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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO Silvia Luisada Juliani A PRÁTICA ORQUESTRAL UMA OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO DE JOVENS MÚSICOS. São Paulo 2017

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

SANTO AMARO

Silvia Luisada Juliani

A PRÁTICA ORQUESTRAL – UMA OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO DE

JOVENS MÚSICOS.

São Paulo

2017

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Silvia Luisada Juliani

A PRÁTICA ORQUESTRAL – UMA OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO DE

JOVENS MÚSICOS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como

exigência parcial para obtenção do grau de Pós-

Graduação Lato Sensu em Gestão Cultural:

Cultura, Desenvolvimento e Mercado.

São Paulo

2017

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Silvia Luisada Juliani

A PRÁTICA ORQUESTRAL – UMA

OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO DE

JOVENS MÚSICOS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como

exigência parcial para obtenção do grau de Pós-

Graduação Lato Sensu em Gestão Cultural:

Cultura, Desenvolvimento e Mercado.

Orientadores Prof. Alexandre Fioravante e Prof.

Diolia de Carvalho Graziano

A banca examinadora dos trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em

________________/___/________, considerou o (a) candidato (a):

1) Examinador (a)

2) Examinador (a)

3) Presidente

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Juliani, Silvia Luisada A PRÁTICA ORQUESTRAL UMA OPORTUNIDADE NA

FORMAÇÃO DE JOVENS MÚSICOS. / Silvia Luisada Juliani - São Paulo (SP),

2017. 68 f.: il. color. Mediador (a): Alexandre Fioravante, Diólia Graziano Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Pós-graduação em Gestão Cultural) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2017. 1. Música instrumental. 2.Prática orquestral. 3. Formação de músico.

4. Profissionalização de músicos. 5. Acessibilidade cultural. I. Fioravante,

Alexandre (Mediad.) II. Graziano, Diólia (Mediad.) III. Título

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Ao meu marido Armando Juliani e filhos Helena e

Enzo que apoiaram meus estudos.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, por eu ser quem sou

A minha irmã Valquiria pelas orientações e

MSc Diolia de Carvalho Graziano pelo exemplo e incentivo

.

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“A música está num plano tão superior que nenhuma inteligência a pode acompanhar, e dela

surge um efeito que domina tudo e do qual ninguém está em condições de se aperceber”.

Goethe

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RESUMO

O elemento central deste projeto é mostrar a importância da prática orquestral na formação

profissional de jovens músicos, criando um diferencial na vida deles, obtendo uma

profissão através da vocação artística. O desenvolvimento deste trabalho, valorizará e

dará a oportunidade de resgatar a cidadania, fortalecer talentos e criar aprimoramento

técnico e interpretativo. Através da apresentação pública, os jovens músicos poderão

testar seu conhecimento, crescimento e aprendizado, sendo estimulados ao aperfeiçoamento

a cada concerto a ser realizado. As apresentações serão realizadas com repertório

diversificado entre o erudito e popular, com narrações didáticas realizadas pelo regente a

cada obra apresentada sobre os compositores e músicas, oferecendo ao músico um

conhecimento de história da música e através da forma que serão apresentadas ao

público, com inserções cênicas, convidando bailarinos ou cantores, projeções visuais,

irão auxiliar o entendimento, o aprendizado de como a música instrumental pode ser

absorvida. Desta forma é trabalhada a formação do músico e do público na medida

que o conhecimento atrai as pessoas, percebendo que o erudito é acessível e prazeroso.

Na formação de público, o hábito em frequentar eventos culturais como lazer é um direito,

acessibilidade cultural como um bem a ser adquirido. Essa acessibilidade cultural é

complementada pelos preços populares dos ingressos e pela audiodiscrição e interpretação

de libras nos concertos, proporcionando aos deficientes visuais e auditivos um melhor

aproveitamento dos concertos. O resultado do trabalho adquirido pelos músicos, propiciará

a uma região menos favorecida de eventos culturais, concertos mensais.

Palavras-chave: 1. Música instrumental. 2.Prática orquestral. 3. Formação de músico.

4. Profissionalização de músicos. 5. Acessibilidade cultural.

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ABSTRACT

O elemento central deste projeto é mostrar a importância da prática orquestral na

formação profissional de jovens músicos, criando um diferencial na vida deles,

obtendo uma profissão através da vocação artística.

O desenvolvimento deste trabalho, valorizará e dará a oportunidade de resgatar a

cidadania, fortalecer talentos e criar aprimoramento técnico e interpretativo.

Através da apresentação pública, os jovens músicos poderão testar seu conhecimento,

crescimento e aprendizado, sendo estimulados ao aperfeiçoamento a cada concerto a ser

realizado.

As apresentações serão realizadas com repertório diversificado entre o erudito e

popular, com narrações didáticas realizadas pelo regente a cada obra apresentada

sobre os compositores e músicas, oferecendo ao músico um conhecimento de história

da música e através da forma que serão apresentadas ao público, com inserções cênicas, convidando bailarinos ou

cantores, projeções visuais, irão auxiliar o entendimento, o aprendizado de como a

música instrumental pode ser absorvida. Desta forma é trabalhada a formação do

músico e do público na medida em que o conhecimento atrai as pessoas, percebendo

que o erudito é acessível e prazeroso.

Na formação de público, o hábito em frequentar eventos culturais como lazer é um

direito, acessibilidade cultural como um bem a ser adquirido. Essa acessibilidade

cultural é completada pelos preços populares dos ingressos e pela audiodiscrição

e interpretação de libras nos concertos favorecendo aos deficientes visuais e

auditivos um melhor aproveitamento dos concertos. O resultado do trabalho

adquirido pelos músicos, propiciará a uma região menos favorecida de eventos

culturais, concertos mensais.

Palavras-chave: 1. Música instrumental. 2.Prática orquestral. 3. Formação de músico.

4. Profissionalização de músicos. 5. Acessibilidade cultural.

ABSTRACT

The main idea of this project is to demonstrate the importance of orchestra practice for

young musicians in professional training, creating a differential in their lives in order to

get a profession through their artistic vocation. The development of this process will

value and give opportunity to rescue citizenship, strengthen the talents and produce the

technical and interpretative improvement. In the public presentations, the young

musicians will be able to test their knowledge, growth and learning being stimulated to

pursue technical enhancement in every concert. The concerts will have diverse

repertoire, from erudite to popular, teaching narratives about the composers and the

songs made by the orchestra conductor for every piece presented, offering the musician

a little about the history of the music through the way it will be shown to the public.

There will also be performing arts with dancers or singers, visual projections to help the

understanding of how an instrumental music can be absorbed. The formation is worked

thus with the musician and the public as far as the knowledge attracts people, realizing

that the erudit is accessible and enjoyable. For the public, the habit of attending cultural

events as leisure is a right to be acquired. This cultural accessibility is completed by the

price of the tickets, the audio description and the interpretation into the Brazilian Sign

Language (LIBRAS) during the concerts providing the visually or hearing impaired

people a better use of the concert.

The result acquired by the musicians will provide a less-favoured region, monthly

concerts.

Keywords: 1. Instrumental music. 2. Orchestral practice. 3. Musician training.

4. Professionalization of musicians. 5. Cultural accessibility.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OFISA Orquestra Filarmônica Santo Amaro

SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

EMESP Escola de Música do Estado de São Paulo

PROAC Programa de Ação Cultural

ECAD Escritório Central de Arrecadação e Distribuição

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO.....................................................................................................................11

2. OBJETIVOS.........................................................................................................................12

2.1. Objetivo geral.................................................................................................................12

2.2. Objetivos específicos......................................................................................................13

3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................14

4. PÚBLICO ALVO..................................................................................................................24

4.1 PÚBLICO DIRETO........................................................................................................24

4.2 PÚBLICO INDIRETO....................................................................................................24

5. CRONOGRAMA DE AÇÕES..............................................................................................25

6. PLANO DE COMUNICAÇÃO............................................................................................28

7. ORÇAMENTO......................................................................................................................30

8. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS – PESQUISA QUALITATIVA.......................32

9. AVALIAÇÃO.......................................................................................................................54

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................59

REFERÊNCIAS..................................................................................................................63

APÊNDICE A.....................................................................................................................66

APÊNDICE B.....................................................................................................................67

APÊNDICE C.....................................................................................................................68

APÊNDICE D.....................................................................................................................72

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1. INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso da pós-graduação em Gestão Cultural propõe

o projeto Prática orquestral, uma oportunidade na formação de jovens músicos.

A cultura tem papel fundamental na promoção do desenvolvimento no sentido amplo da

cidadania: humano, social e mesmo econômico, pois pode gerar renda.

A democratização cultural, ofertando acessibilidade cultural aos jovens, atendendo a

demanda da região em termos de qualificação e oferta cultural, é um fator importante a se

considerar na proposta.

A cidade de São Paulo possui algumas formações orquestrais oferecidas pela Prefeitura e

Estado, grupos sinfônicos com formação orquestral, coral e de banda, para jovens e

profissionais, porém são poucas, se pensarmos no tamanho e na sua extensão geográfica.

Podemos verificar também a existência de grupos orquestrais nas igrejas evangélicas, locais

que despertam talentos e possuem professores de instrumentos musicais gratuitamente, porém

o desenvolvimento técnico e de repertório fica restrito à música religiosa.

A necessidade de grupos orquestrais que permitam ao jovem ter essa prática é real, dada a

sua escassez e demanda, possibilitando seu crescimento e preparando-os ao mercado de

trabalho, valorizando o seu dom natural, seu talento para a música, que independe da sua

condição financeira, que muitas vezes não existe para arcar com os custos de uma formação

musical ou acadêmica particular.

“Impulsionar projetos que promovam uma articulação mais efetiva entre diferentes

dinâmicas culturais existentes na localidade, uma vez que a possibilidade do encontro, é

potencializada pelo reconhecimento da existência” (BARROS, ZIVIANI, 2011, pg.105)

O projeto será desenvolvido na Orquestra Filarmônica Santo Amaro – OFISA, na região de

Santo Amaro também por ser periférica, mais afastada do centro, onde existe uma carência

maior de oportunidades culturais, referentes ao aprendizado da prática orquestral, assim como

da possibilidade em assistir eventos de música instrumental erudita e/ou popular que será

oferecida à população de baixa renda, como o resultado do trabalho adquirido pelos músicos

com sua prática orquestral.

O consumo cultural e interesse na região de Santo Amaro, por ser uma área já trabalhada

em formação de público em música instrumental erudita, realizadas na Casa de Cultura de Santo

Amaro, local aonde foi fundada a OFISA – Orquestra Filarmônica Santo Amaro, através de

oficinas de instrumentos musicais, programações culturais com concertos mensais por mais de

vinte anos, realizados pela produtora e regente da Orquestra Filarmônica Santo Amaro.

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Os espaços adequados para realizar os concertos da OFISA, seriam os teatros da zona sul,

localizados na área de localização da orquestra, no bairro de Santo Amaro. Os teatros teriam

que comportar 50 músicos, no palco, com medidas aproximadas de 10X15 metros, e capacidade

para em torno de 400 pessoas de público na plateia.

Subsidiar manifestações artísticas, espontâneas, de um fazer cultural que traz um bem

comum para a comunidade local tem aspectos relevantes como a autoestima e a cidadania, e

pode ser utilizada como uma política pública.

As apresentações serão realizadas sempre no último domingo do mês, às 11hs, com o

objetivo de formar um hábito no público, que poderá se programar naquele final de semana

para assistir o concerto.

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivos gerais

Conseguir manter uma orquestra filarmônica, como recurso para a formação de jovens

músicos, preparando-os para a vida profissional, acolhendo talentos, despertando outros e

aprimorando-os, através da prática orquestral.

Através da prática orquestral podemos estimular a sensibilidade pela arte musical,

formando novos músicos, potencializando a técnica e interpretação musical através dos ensaios

e apresentações da Orquestra, promovendo a inclusão social, cidadania e desenvolvimento

comunitário. Para manter o corpo da orquestra e do suporte técnico para mantê-la, iremos gerar

empregos.

O projeto pretende atingir seu objetivo, conseguindo remunerar a orquestra, permitindo

aos músicos a possibilidade de empenho integral no estudo do instrumento e das obras, para

que consigam ultrapassar os conhecimentos já adquiridos, aprimorando-se a cada ensaio,

aumentando a sua bagagem de repertório, fraseado, dinâmica e interpretação, a ponto de ficarem

aptos aos testes seletivos para progresso na sua vida profissional, buscando a realização de sua

dignidade e sonhos.

Produzir a motivação necessária através da prática orquestral aos músicos, aumentando

a sua autoestima pela valorização de cada um dentro do grupo, transformando suas perspectivas

em relação ao crescimento profissional.

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A orquestra será composta por 48 jovens músicos, para que a variedade e quantidade de

instrumentos apresentados seja de forma completa e rica, um maestro e convidados que

ilustrarão ao longo da temporada os concertos.

Pretende-se aumentar em 50% o número de músicos que consigam através da pratica

orquestral na OFISA o crescimento necessário para sua ascensão, entrando nas grandes

orquestras profissionais, deixando seus lugares para novos músicos a serem treinados pelo

repertório diversificado, que gera tanto crescimento aos músicos para a realização dos concertos

mensais que protagonizam.

1.2 Objetivos específicos

Programa diversificado, transformando o concerto em espetáculo. Para o

desenvolvimento deste trabalho, serão utilizados recursos como explanações sobre as obras e

autores, inserções cênicas, convidados bailarinos, cantores, poetas, ilustrando o significado da

música instrumental, preparando o público presente a apreciar a música, e consequentemente

formando público.

Formação de solistas para o desenvolvimento dos músicos dentro da pratica orquestral,

poderão ser convidados alguns jovens integrantes para realizarem solos frente à orquestra,

abrindo oportunidade de trabalharem suas aptidões como solistas.

Despertar interesse na juventude, oferecendo acesso do público a ensaios abertos, é uma

opção para propiciar aos jovens o conhecimento do trabalho do músico dentro da orquestra,

despertando vocações, ou ainda a oportunidade de ver o trabalho em conjunto para o resultado

final.

O hábito cultural, acompanhar os concertos da temporada em apresentações mensais,

sempre no último domingo do mês, às 11 horas, com duração de uma hora, com o objetivo de

criar o costume de frequentar concertos como lazer cultural.

O conhecimento de repertório através das apresentações que tem o seu repertorio

pensado com conteúdo didático, quando as obras serão apresentadas com descrições narrativas,

utilizando melodias conhecidas do cenário musical, obras desconhecidas para serem

apresentadas, compositores brasileiros e estrangeiros, ampliando desta forma, com a frequência

mensal aos concertos um crescimento cultural, conhecimento dos instrumentos, obras e autores

do universo musical erudito, elucidando os princípios da composição musical, ou ainda,

mostrando a influência e qualidade sonora extraída através dos diversos instrumentos musicais.

Despertar interesse infanto-juvenil, pois a música é importante na formação, no

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desenvolvimento, podendo despertar talentos e vocações, e apresentar lazer cultural, instigando

a criatividade que a música instrumental proporciona, educando para absorve-la, e podendo ser

usufruída em família.

Proporcionar um concerto inclusivo, através da participação do público com limitações

físicas, através da audiodescrição do programa e do Teatro, para deficientes visuais e a

interpretação dos comentários sobre as obras e autores realizados pela maestrina em libras para

os surdos. Aumento de oportunidade ao público, através de uma maior divulgação, para formar

adeptos para a música instrumental popular e erudita, crescendo em até 30% o público de

seguidores da orquestra, conseguindo a lotação máxima em todos os concertos.

3. JUSTIFICATIVAS

Segundo William Alexandrino, os eventos e ações para a promoção da cultura no Brasil

crescem à medida que a demanda do cidadão por essa necessidade emerge e o governo não

dispõem de recursos para atende-la. Para suprir essa demanda, os profissionais da cultura,

produtores culturais, e hoje, os produtores executivos exercem papel fundamental na gestão

desses processos culturais.

O cadastro, ou mapa cultural de uma região, identifica informações que analisadas

mostram a infraestrutura cultural e que existem demandas para aquelas intervenções culturais e

sociais, ações com forças transformadoras.

A análise de antecedentes, mostra vários projetos desenvolvidos em bairros do entorno,

como Projeto Pão de Açúcar, comunidades como Paraisópolis, Heliópolis e Monte Azul,

projetos que atraíram patrocinadores de grande porte e com grande retorno midiático, com uma

grande procura pelos jovens músicos, buscando aulas gratuitas e bolsas pela participação em

orquestras comunitárias.

Temos teatros viáveis ao projeto, com acessibilidade, boa localização geográfica e

acesso através de transporte público e/ou estacionamento para veículos, como os Teatros Paulo

Eiró, Teatro UniItalo e o Teatro do Campus Santo Amaro do Senac.

Porém, o apoio governamental partindo da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade

de São Paulo em oferecer o Teatro Paulo Eiró, como residência artística para a Orquestra

Filarmônica Santo Amaro realizar seus ensaios e apresentações, assim como a guarda de seus

instrumentos, é fundamental para a realização do projeto. O teatro está em região central de

Santo Amaro, excelente localização e acesso, tanto por automóvel, ônibus ou metrô, além da

estrutura física ser totalmente adaptada com acessibilidade, com capacidade para 468 pessoas.

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A atividade orquestral da Orquestra Filarmônica Santo Amaro contribui diretamente

com a questão sociocultural na região sul de São Paulo, além de desenvolver a habilidade

musical dos participantes da Orquestra.

A Orquestra Filarmônica Santo Amaro, possui um cadastro de seus músicos desde sua

fundação, quando foi criada uma Associação, na qual todos os participantes foram filiados. Já

passaram pela OFISA 246 músicos, até a data atual.

Destes músicos 10% permanecem até hoje no quadro da orquestra, pois possuem outra

profissão ou fonte de renda financeira que lhes permitem continuar trabalhando no seu

crescimento artístico, embora não almejam a carreira de músico profissional, porém não

conseguem ficar sem a música na vida deles. Outros 10% conseguiram migrar através do

aproveitamento conseguido na prática orquestral, realizando testes seletivos para orquestras

profissionais de maior porte, municipais ou estaduais e ainda em outros estados, ou bandas. A

maior parte, 75% saíram da orquestra com o objetivo de obtenção de renda que auxiliasse seus

estudos, ou na manutenção de suas despesas pessoais e familiares, pois a OFISA não possui

remuneração ou bolsa auxílio para seus músicos e apenas 5% saíram da OFISA pelo fato de

ingressarem em universidades para concluir os estudos como músico.

A remuneração, a bolsa auxilio para que o músico possa ter condições de dedicação ao

estudo do instrumento, para que com a pratica orquestral, possa adquirir seu crescimento e

profissionalização, é fator preponderante.

O jovem proveniente de classe social menos privilegiada na sociedade, muitas vezes

precisa parar de estudar visando ajudar no orçamento financeiro para o sustento da família,

muitos tocam na igreja aonde conseguem instrumentos e aulas gratuitas, descobrindo ali um

talento, um fascínio e paixão que os levam a querer ser músicos. Dificilmente terão apoio

familiar, pois “o músico é vagabundo, o músico não consegue ganhar dinheiro”, são expressões

ouvidas a respeito dos jovens músicos da periferia, por suas famílias.

Essa realidade é vivida por muitos jovens músicos, que ao ingressarem em uma

orquestra conquistam através das apresentações públicas o resgate e valorização de sua

cidadania, o reconhecimento perante a sua família pois estará desenvolvendo uma carreira

profissional, lhe trazendo respeito no convívio social.

Por meio da cultura é possível promover o desenvolvimento humano, social e

econômico, pois quando é pensado como um produto, ele gera valor econômico. Os problemas

sociais não se resolvem sem a relação com os problemas econômicos, pois o seu

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desenvolvimento influencia a vida cultural como o aumento da autoestima de uma sociedade.

(REIS, 2007).

Quanto maior contato tivermos com a cultura, maior necessidade de vivencia-la

teremos.

Diante da obra artística não podemos esquecer que somos seres diferentes, racionais,

com gostos e valores criados a partir dos conhecimentos adquiridos, experiências, vivências

que fazem parte da vida de cada indivíduo. Por esse motivo, o gosto não se discute, admiramos

algo e odiamos outro, podemos amplificar nossas referências dependendo da maneira como nos

sãos apresentadas. Temos a capacidade de aprender a gostar de um repertorio que não é

imposto, que surge e aprendemos a aprecia-lo.

Por outro lado, fazer exercícios repetidamente para adquirir uma técnica no instrumento,

as vezes se torna chato e cansativo quando não se tem um propósito, essa mesma técnica pode

ser desafiada mediante um repertorio apresentado, e para conquistar a habilidade para toca-lo,

o exercício técnico é procurado com um objetivo – vencer a dificuldade.

A ampliação do repertorio pessoal vem contribuir em muitas relações que são

estabelecidas na sociedade, traz crescimento, e é um aliado em sua atuação, pois conhecimento

não ocupa espaço e amplia a capacidade de desenvolver mais espaços profissionais.

“Quanto mais boa música uma pessoa ouvir, mais provável é que seu gosto por ela aumentará.

” (MARSHAL apud REIS, 2007, p.18).

A música como linguagem universal, propicia a inclusão cultural e integração das

classes, colocando ricos e pobres no mesmo espaço, executando o mesmo repertório, a mesma

nota e recebendo os mesmos aplausos, o que torna paz e harmonia um objetivo facilmente

conquistado durante suas apresentações.

A Orquestra Filarmônica Santo Amaro tem um potencial enorme para a divulgação da

marca de patrocinador na zona sul de São Paulo, pois participa de vários eventos sociais, tendo

uma imagem positiva, possui um grande número de público que a segue, pratica inclusão social

e ainda não teve nenhum apoio patrocinado ao longo dos quatorze anos de existência. Um apoio

patrocinado representaria um crescimento seguro seja na qualidade dos músicos, na

manutenção de um quadro fixo, na quantidade de público e no retorno de imagem para o

patrocinador.

Os músicos protagonizarão apresentações públicas, para estimular a autoconfiança dos

participantes e funcionar como um teste para os conhecimentos adquiridos. A cada desafio,

dedicam-se ainda mais ao aprendizado e o resultado é o aperfeiçoamento das apresentações.

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O projeto irá gerar um bem artístico na formação e aprimoramento dos componentes da

orquestra, trará conhecimentos novos aos músicos e ao público que participará das

apresentações, através da diversidade do repertório escolhido serão beneficiados com

conhecimento cultural, lazer cultural, divertimento para a sociedade.

Quando a ação existe, conseguimos oferecer um produto cultural para promover

conteúdos e mecanismos para a sociedade. O conhecimento através da arte, é absorvido de

forma emocional, estimulando a criação, a percepção dos sentidos, sonoros, visuais, de forma

concreta, gerando bem-estar. Programas culturais desenvolvidos em família, cria vínculos,

memórias e hábitos a serem levados por toda a vida.

A formação de público é a comprovação da importância da pratica orquestral, pois o seu

resultado gera, além da qualificação e preparo para o crescimento cultural e profissional dos

jovens, benefícios públicos.

Na realização do planejamento estratégico, utilizaremos a Matriz FOFA e o Mapa

Mental, para apontar as necessidades para a construção e realização do projeto, assim como os

problemas que precisam ser solucionados e vantagens que ajudam na concretização das ações,

ferramentas fundamentais para a elaboração do cronograma de ações.

O apoio governamental da Secretaria Municipal de Cultural proporcionando a residência

artística da OFISA no Teatro Paulo Eiró, proporciona o lugar para poder concretizar o projeto,

diminuindo os recursos necessários à realização do projeto, criando maiores possibilidades para a

captação da verba necessária para cobrir o restante do custo do projeto, como o pagamento dos músicos.

No processo de captação de recursos, os apoiadores culturais devem ser buscados como

fonte de recursos, pois os mesmos diminuem e auxiliam a viabilidade dos projetos, abrem o

leque de oportunidades se buscarmos soluções criativas nas parcerias.

As diversas formas de captação de recursos, apresentadas abrem novas oportunidades,

para não depender somente das Leis de Incentivo e editais, pois as mesmas, apesar de aprovadas

só conseguem patrocínio se os projetos proporcionarem alcance midiático.

Solucionado o local para ensaios, apresentações e guarda dos instrumentos, diminuem

muitas das necessidades operacionais para a realização do projeto, ficando pendentes para a

produção, apenas a confecção dos materiais gráficos, pagamento dos técnicos, arranjos e

partituras, registro de vídeo e fotográfico, ECAD – Escritório Central de Arrecadação e

Distribuição dos direitos autorais.

Outra ação paralela é a obtenção de uma parceria, para desenvolver de forma conjunta,

um projeto de inclusão, aonde será desenvolvido em cada concerto uma interpretação em libras

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dos comentários das obras apresentadas, assim como uma descrição audiovisual do Teatro e

tudo que aconteça durante a apresentação para os deficientes visuais.

Mapa mental

Locação do

piano

Teatro para realização transporte dos

dos concertos instrumentos

ORQUESTRA

PÚBLICO

ALVO Guarda dos

instrumentos

local para os ensaios

material gráfico da orquestra partituras para músicos

orquestra

programas e regente

Registro de fotos e vídeo

das apresentações arquivista e

montador

Fonte: a autora.

iluminador

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Matriz FOFA

Forças – a orquestra existe, há 14 anos de

trabalho ininterrupto.

Existe um público já formado na região que

acompanha o trabalho da orquestra.

A orquestra tem os instrumentos básicos,

cadeiras, estantes de partitura, estante de

maestro, praticável de maestro, piano digital,

instrumentos de percussão.

A arquivista cede seu trabalho gratuitamente

pois tem engajamento com o projeto.

A residência artística no Teatro Paulo Eiró,

guarda dos instrumentos, realização dos

ensaios e apresentações.

Oportunidades – repertório diversificado

com explanações feitas pelo regente, atrai o

público que se sente inserido no contexto

musical.

Lazer cultural à preços populares ou entrada

franca. – Inclusão social.

Acessibilidade através de audiodescrição e

interpretação de libras – Inclusão ao

deficiente.

Fraquezas – Não possui patrocínio, para

custear bolsas para os músicos pagarem seus

estudos, para arcar com conserto e

manutenção dos instrumentos, verba para

confecção dos programas para os concertos,

material de divulgação, para transporte dos

instrumentos musicais para apresentações em

outros locais. Não possuem praticáveis para

melhor acomodação acústica dos músicos no

palco.

Ausência de um profissional no projeto

especializado em captação de recursos.

Ameaças – a falta de patrocínio para custear

as despesas básicas dos músicos é um fator

desencadeante para a constante troca de

músicos, que tem que desistir da

participação na orquestra para trabalhar em

outras áreas para subsistência.

Recursos para confecção de material gráfico

Recursos para manutenção e compra dos

instrumentos básicos de orquestra.

Bumbo sinfônico, xilofone, bells,

prejudicando a realização de alguns

repertórios.

Fonte: a autora

As ameaças e fraquezas estão claras, devem ser estudadas para serem sanadas.

O projeto acontece quase sem custo, devidos aos apoios culturais e governamentais

adquiridos, sendo que a infraestrutura de teatro, apoio para material gráfico a baixo custo, são

fatores importantes para essa condição, porém os músicos, arquivistas, montadores, apoio de

palco e regente não recebem remuneração. O recurso da bilheteria cobre custos de condução

dos músicos para ensaios, pagamento do contador, gráfica e registro fotográfico da temporada.

O projeto é viável apesar de dispender muita energia para se realizado, pois a falta de

remuneração para os músicos resulta em um quadro que tem dificuldade para permanecer

constante em sua totalidade, vários músicos acabam saindo do projeto por terem que procurar

remunerações para seu sustento financeiro.

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Foi feito o cronograma de ações de forma planejada, justificando as fases necessárias,

assim como a planilha dos custos para a sua realização.

O processo de captação de recursos, a busca por parcerias, a obtenção de apoios

financeiros, vai definir as alterações e adaptações que serão necessárias mediante os resultados

obtidos.

A análise interna permite avaliar que a orquestra e regente tem condições para a

realização do projeto, músicos que mesmo não obtendo remuneração constante tem grande

motivação e envolvimento pelo aprendizado e capacidade de realização, satisfação pelo público

presente e crescimento claramente perceptível a cada apresentação. Os recursos humanos são

disponíveis, a estrutura é organizada, porém faltam recursos financeiros.

A necessidade de planejar as atividades a serem desenvolvidas e as formas que poderão

ser obtidos os recursos necessários é fundamental, buscando-se parceiros, possíveis

financiadores, ou ainda mesmo contar com a receita da bilheteria para cobrir despesas

fundamentais.

O projeto poderá ser oferecido às empresas da região que poderão adotar um concerto

ao ano, oferecendo ingressos aos seus colaboradores, clientes, fornecedores, com o objetivo

ainda de aliar a sua marca a um projeto cultural.

Os consumidores são cada vez mais mobilizados a comprarem de empresas com as quais

concordam com seus valores.

Parece estar justamente no poder simbólico dos produtos culturais o interesse

da iniciativa privada em investir nesse setor, apostando em técnicas como o

mecenato e o patrocínio, visando transferir para si o prestígio de determinado

produto cultural e buscando, por meio de associação direta ou subliminar

legitimação perante a sociedade a qual pertencem (2001, p.629 apud

NUSSBAUMER, 1997).

Para Kotler (2010) as transformações culturais e ambientais globais trouxeram uma

consciência aos consumidores que fez com que eles buscassem comprar de empresas não mais

somente pela qualidade dos seus produtos, mas principalmente, pela identificação com os

valores que professam.

Portanto as empresas que não colocarem em prática sua missão, visão e valores tenderão

a perder clientes, pois a compreensão para construir um mundo melhor é fator vital à opinião

pública, associar sua marca à divulgação e inserção cultural inclusiva, com certeza virá a

fortalecer vínculos dos consumidores aos seus produtos.

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Segundo Gitman (2010 p.94), “ o planejamento financeiro é um aspecto importante

das atividades da empresa porque oferece orientação para a direção, a coordenação e o

controle das providências tomadas para que atinja seus objetivos”.

O diagnóstico revela capacidade de realização com alcance dos objetivos, ficando clara

a necessidade de parcerias, para minimizar os custos, assim como a facilidade de se ter um

Teatro para as apresentações.

O planejamento deve ser elaborado com a escolha criteriosa de estratégias de

comunicação, para atuar no público alvo, aumentando a frequência cativa nos concertos, e para

manter estável o quadro de músicos da orquestra para um maior rendimento, tanto para os

músicos, tanto para quem recebe o trabalho realizado por eles.

[...]. Quando se quer obter um financiamento, deve-se explicar por que e para

que se pretende obtê-lo. Invariavelmente esses “porquês” e “para quês estão

relacionados a um problema, a uma situação negativa que o projeto, uma vez

obtido os recursos, irá resolver...o problema não é a carência de dinheiro, mas

a circunstância de que falta um lugar ou de que falta o material para se poder

operar [...] (THIRY-CHEQUES, 2008, p.39)

O Planejamento estratégico mostrou o quanto é importante planejar as ações e os

caminhos a serem percorridos, na busca de alternativas, plano de ação, cronogramas a serem

cumpridos e analisados pelos profissionais envolvidos, montagem da equipe, e sua forma de

atuação dentro do projeto.

O planejamento estratégico nos dará fundamentos para criar o plano de ação de forma a

evitar erros, criando dificuldades desnecessárias.

E sem dúvida a análise em tempo integral, nos possibilita ir adequando, mudando as

ações de forma a ganhar com as experiências obtidas e aperfeiçoar o projeto para sua melhor

execução e obtenção de resultados.

A pratica orquestral como objeto de crescimento – para quem toca e para quem ouve,

pode ser avaliada no nível artístico dos músicos a cada apresentação, assim como o

conhecimento adquirido pelo público frequentador, com a audição do repertório que é

preparada pelas explanações feitas das músicas e compositores a cada obra apresentada.

Segundo Pierre Bourdieu, “ os condicionamentos materiais e simbólicos agem sobre nós

(sociedade e indivíduos) numa complexa relação de interdependência. O gosto cultural é

produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola e não um fruto de

uma sensibilidade inata dos agentes sociais, portanto, fruto de um trabalho e assimilação,

conquistado à custa de muito investimento, tempo”.

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Bourdieu dizia que “em uma sociedade hierarquizada e injusta como a nossa, não são

todas as famílias que possuem bagagem culta e letrada para se apropriar e se identificar com os

ensinamentos escolares. Os de uma origem social superior terão mais facilidade do que outros,

pois já adquiriram estes ensinamentos em casa”. Porém, para ele “o gosto cultural se adquire e

é resultado de diferenças de origem e de oportunidades sociais. ”

O poder da mídia no caso dos jovens, e seus grupos de convivência são fatores

desencadeantes do gosto cultural pela aprovação de seus segmentos sociais.

Redes sociais tem enorme poder de transformação de opinião, pois o

consumidor deixou de aguardar a informação, tendo em vista que ele mesmo

produz conteúdo. Pesquisas e enquetes mostram que mais da metade dos

consumidores nas redes sociais já interagiram com marcas nesses ambientes e

92% das pessoas confiam em recomendações dos amigos e não mais em

propaganda (GIARDELLI. 2012, p.54)

Para transformar os indivíduos em frequentadores e apreciadores de eventos de cultura, ou

seja, a escolha do lazer cultural, só acontece quando é feito um trabalho efetivo de longo prazo,

oferecendo-lhes educação artística, ou seja, quando o indivíduo é apresentado a um mundo que

antes desconhecia e temia por não o dominar.

Durand, aponta que a paisagem cultural só é enriquecida e diversificada à longo prazo,

resultado de processos que possam estimular o gosto artístico, no seu aprendizado e transmissão

dele, processos atrelados à educação, estilo de vida e nível econômico.

A avaliação dos músicos deverá ser feita de forma constante durante todo o

desenvolvimento do projeto, assim como uma análise da quantidade e qualidade de público,

através dos borderôs e verificando sua reincidência, a formação de seguidores do projeto, número

de novos participantes, sendo que o resultado obtido, é conquistado a cada apresentação.

Os objetivos propostos envolviam o crescimento dos músicos e em decorrência o

crescimento do público, que teria acesso ao lazer cultural, como resultado do trabalho oferecido

pelo projeto, que seriam as apresentações públicas. As transformações de comportamento do

público da região foram sentidas ao longo do projeto, por ser uma área com poucas atividades

culturais, o público-alvo não estava acostumado à frequentar concertos instrumentais, sendo

vencido o desafio de aproximação e desmistificação que a música orquestral é atributo da elite e

de classes sociais mais abastadas na sociedade, ou seja, o projeto propiciou uma mudança de

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valores e atitudes na medida que favoreceu para a emancipação da comunidade, através de análise

visualmente comprovada, por reconhecer a reincidência das mesmas pessoas que formaram novos

hábitos culturais.

Para Maia (2008, p.37):

[...]os programas e projetos, especialmente aqueles de caráter social, são

elaborados a partir de macro objetivos, de objetivos específicos e de metas a serem

alcançadas, não axiologicamente definidas, sim, a partir de avaliações subjetivas

de valor, pelos tomadores de decisão (governantes) e/ou pelo público-alvo, quando

consultado[...]

Segundo Cohen e Franco (2002) a avaliação pode ser compreendida em função dos

objetivos e de quem realiza a avaliação. A avaliação ex-ante realizada antes da implementação do

projeto, mostrou que a área do público alvo era desfavorecida de eventos culturais e pela pesquisa

realizada do interesse da população pela frequência de público em eventos culturais realizados em

equipamentos de cultura indicavam que a implementação do projeto seria bem sucedida pela

ordem positiva do interesse, porém, considerando-se a ordem negativa, indicava que o público-

alvo é detentor de poder aquisitivo baixo e a condição necessária ao benefício ser realizado

positivamente seria o valor dos ingressos a preços populares, oferecendo a inclusão desta parcela

da comunidade à cultura.

Essa avaliação, proporcionou adotar critérios e decisões fundamentais ao sucesso de

público ao evento referido, definindo sua implantação, sua conveniência, as circunstancias

adequadas para o custo benefício pela análise do custo efetividade. Clemente, (2008).

Podemos citar que a avaliação ex-post do projeto é essencial para decidir a continuidade

do trabalho, assim como levantar os problemas ocorridos, corrigi-los e aperfeiçoa-los.

No caso em questão, por se tratar de um projeto sócio cultural, o resultado financeiro deixa

a desejar em contrapartida a realização social, “[especialmente daquelas cujas demandas são

definidas por necessidades humanas universalmente aceita, as avaliações são feitas no campo das

análises de custo-afetividade (ACE) [...]”. MAIA (2008, p.39).

A análise de custo-benefício do projeto em questão identificou benefícios tangíveis no que

se refere ao aumento de conhecimento cultural de música, de seus compositores e obras ao público

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e do aperfeiçoamento técnico e interpretativo de seus músicos, assim como benefícios intangíveis

no aumento da autoestima e exercício de cidadania e autovalorização do indivíduo que merece e

que investe em si mesmo.

A análise é um feedback necessário para a tomada de decisões, para reciclagem,

aprimoramento, aperfeiçoamento, um instrumento importante para qualquer trabalho realizado,

um processo contínuo, determinante até para a sua sustentabilidade e para sua continuidade.

4. PÚBLICO ALVO

4.1 PÚBLICO DIRETO

O público alvo direto, seriam os jovens para formação da orquestra, de 18 a 26 anos em

sua maioria, de classe social menos favorecida, residentes na periferia, com pouca condição

financeira em custear os estudos para uma faculdade, já que precisam trabalhar para ajudar no

orçamento caseiro, vivendo em bairros periféricos, porém apesar do entorno, possuem gosto e

hábitos culturais não condizentes com a região, devido ao dom musical, artístico que tem. O

conhecimento artístico musical destes jovens se dá através das igrejas evangélicas em sua

grande maioria, e o aprofundamento deste estudo é procurado através das escolas de música

gratuitas, como Escola Municipal de Música - EMM e EMESP – Escola de Música do Estado

de São Paulo. O público alvo também pode ser composto por integrantes mais velhos, pessoas

que não tiveram condições em realizar seus sonhos na juventude, desde que estejam de acordo

com os critérios de avaliação, e tenham conhecimento necessário para ingressar em uma

orquestra, disponibilidade para seus ensaios e apresentações, com envolvimento no projeto. A

formação da orquestra será realizada por testes seletivos.

4.2 PÚBLICO INDIRETO

O público alvo indireto, é o que frequentaria os concertos, as apresentações públicas,

mostrando o resultado do trabalho desenvolvido pelos jovens da orquestra. Esse público é

formado por apreciadores de música instrumental, de terceira idade, jovens e famílias, que

fazem um programa juntos, e muitas vezes saem para almoçar na sequência, pessoas que não

gostam de sair do seu bairro. Podemos dividi-lo em 60% com poder aquisitivo restrito, com

gosto cultural para seu lazer, porém com perspectivas de procurar eventos gratuitos ou de baixo

custo, 40% moradores do Alto da Boa Vista, Chácara Flora, apreciadores de música orquestral

atraídos pela facilidade geográfica da localização do Teatro e pelo repertório diferenciado

apresentado.

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Pensamos também no público portador de deficiências visuais e auditivas, já que os

concertos terão áudio discrição da apresentação e do espaço físico do teatro, e interpretação de

libras, já que todas as obras e compositores são apresentados pela maestrina a cada música.

Pretendemos com isso, dar acessibilidade deste público à cultura.

Outro público a ser desenvolvido é o formado por crianças em idade escolar, já que

podemos convidá-las para assistir os concertos didáticos desenvolvidos para elas, e ainda aos

alunos do ensino médio, para conhecer uma orquestra através de ensaio fechado.

“Um projeto é uma sequência ordenada de decisões sobre tarefas e recursos,

direcionada para alcançar determinados objetivos em determinadas condições” (CEREZUELA,

2007). Desta forma, o programa a ser desenvolvido nos concertos é pensado com o objetivo de,

a longo prazo ter contribuído culturalmente em conteúdo para o público em questão.

Segundo THIRY-CHERQUES (2008, p.31-32) vale a pena o esforço quando se tem

convicção de que o objetivo a ser realizado é positivo e empreendedor.

5. CRONOGRAMA DE AÇÕES

5.1. Pré-produção /Preparação/ Planejamento:

5.1.1. Orquestra

Escolha da Orquestra, regente, direção artística, arte gráfica, teatro, iluminador, repertório dos

concertos.

Decidido o nome da Temporada, seu logotipo deverá ser criado, proporcionando visualização do

projeto, através da sua marca.

O repertório deverá ser escolhido, para todos os meses.

Deverão ser providenciadas as partituras, em pastas para toda a orquestra, inclusive para o regente.

5.1.2 Designer

Contratação do designer gráfico. A arte gráfica deve ser elaborada, para cartazes, telas de

divulgação e programas.

5.1.3 Local

Escolha do local para a realização dos ensaios e concertos, deverá ser um teatro, pela qualidade

sonora, acústica, comportando o tamanho da orquestra no palco, camarins femininos e masculinos,

com banheiros, para músicos e atores, assim como uma plateia confortável, que acomode um

grande número de pessoas, proporcionando a cobertura dos custos e a acessibilidade do público,

através de ingressos com preços populares. A instalação escolhida deverá ser limpa, ter

acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, fácil acesso por meio de transporte público

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e estacionamento, devendo ainda profissionais treinados na bilheteria e recepção do teatro,

auxiliando o público de forma rápida e eficiente.

5.1.4 Público Alvo

O público alvo terá a classificação recomendada a partir de 5 anos.

5.1.5 Orçamento

Fazer uma estimativa de orçamento.

5.1.6 Captação de recursos.

Captação de recursos: apresentação do projeto a patrocinadores e apoiadores culturais. Realização

de reuniões. Definição de contrapartidas e envio do planejamento do evento.

Estratégia para Captação de Recursos

A Captação de recursos será realizada de diversas formas - institucional, promocional, e

contará também com apoios culturais.

O patrocínio promocional será oferecido para empresas que tem seus produtos para

consumo das famílias, que tenham em suas missões o desenvolvimento sócio cultural e inclusão.

Outra estratégia a ser trabalhada, o apoio de um mecenas, empresário que realizaria junto

aos seus amigos e fornecedores, cotas para aliar a sua marca a evento cultural que transforma a

vida das pessoas, oferecendo visão de futuro e prosperidade ligada à música erudita.

“[...]. Se seu evento tem mais de um patrocínio, o ideal é que você estabeleça cotas de

participação para cada marca. Assim, a empresa que investiu mais, não vai se sentir prejudicada

porque outra empresa que investiu menos teve o mesmo nível de divulgação”. VIEIRA (2014). As

cotas aplicadas no patrocínio terão a mesma proporção patrocinada em divulgação da marca dos

patrocinadores, nos materiais do evento.

Os apoios culturais se relacionam a serviços gráficos, designer gráfico, profissionais da

comunicação – fotos e filmagem, arquivista e outros que poderiam oferecer descontos financeiros,

contrapartidas com logomarca ou ainda seu trabalho de forma voluntária por acreditar no projeto,

ajudando desta forma o equilíbrio financeiro e realização do evento.

5.2 Produção/ Execução;

5.2.1 Equipe da Orquestra

Será necessária a contratação do maestro, a divulgação e realização de testes seletivos para a

escolha do spalla e músicos que comporão a orquestra.

5.2.2 Convidados para os concertos

Seleção dos convidados, solistas, atores, dançarinos, que comporão os concertos.

5.2.3 Equipe técnica/Contratações

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Contratação de iluminador, ajudante e montador de palco, arquivista e equipe para registro

fotográfico, videográfico e para gravação de teaser, intérprete de libras e profissional para elaborar

e realizar a audiodescrição.

Definição do material gráfico, contratando o serviço gráfico.

Reserva e locação do Teatro.

Contratação do produtor.

Contratação de transporte especializado dos instrumentos.

Início dos ensaios da orquestra com o repertório escolhido, para o primeiro concerto da

temporada, processo que continuará mensalmente, já que os programas serão diferentes a cada

mês.

5.2.4 Estreia, realização do concerto

5.3. Divulgação e Comercialização

5.3.1 Contratação de uma assessoria de comunicação, marketing e vendas, para trabalhar a

divulgação do evento e a pós-produção também, do resultado obtido com o evento, marketing do

evento nas redes sociais e site.

5.3.2 Colocação e distribuição de material de divulgação, camisetas, banners, anúncios,

Redes sociais, confecção e comercialização de ingressos, etc.

5.4. Administração do projeto: Custos /Administração

5.4.1 Contratação de auxiliar administrativo, contador e captador de recursos.

5.4.2 Acompanhamento financeiro contínuo no controle e direcionamento de gastos.

5.4.3 Análise, feedback mês a mês para correção dos erros que podem ocorrer e serem solucionados.

5.4.4 Prestação de contas

5.4.5 Elaboração de planos futuros.

PROJETO: PRÁTICA ORQUESTRAL – UMA OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO DO JOVEM

MÚSICO

INÍCIO: JAN/2018 TÉRMINO: DEZ DE 2018

AÇÃO: PRE-PRODUÇÃO Tempo

Previsto

Planejamento: escolha da Orquestra, regente, direção artística, arte gráfica, teatro,

iluminador, repertório, roteiro do concerto e estimativa prévia de orçamento.

Primeira

quinzena de

janeiro

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Captação de recursos: apresentação do projeto a patrocinadores e apoiadores

culturais. Realização de reuniões. Definição de contrapartidas e envio do

planejamento do evento.

A partir de

janeiro

Desenvolvimento do projeto: contratação dos profissionais envolvidos, definição do

local para a realização dos ensaios e concerto, reserva do teatro para locação.

Segunda

quinzena de

janeiro

PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

Contratações da equipe técnica e convites aos envolvidos na programação dos

concertos, início dos ensaios com os músicos, contratação da parte gráfica e compra

de figurinos. Locação do Teatro e do transporte dos instrumentos. Início dos ensaios.

Contratação da comunicação, marketing, pessoal de registro fotográfico, vídeo.

Mês de

fevereiro

Estreia – realização do primeiro concerto e na sequencia concertos mensais março a

novembro

DIVULGAÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO

Contratação de assessoria de comunicação e marketing fevereiro

ADMINISTRAÇÃO DO PROJETO

Auxiliar administrativo, acompanhamento financeiro continuo, análise e feed back

continuo mensal, direcionamento de gastos

Desde janeiro

Prestação de contas e elaboração de planos futuros

Mês de

dezembro

6. PLANO DE COMUNICAÇÃO

Ao se elaborar um plano de marketing, o levantamento do público alvo é muito

importante. As apresentações devem possuir um grande número de público, para que possa

interessar aos patrocinadores, assim como cumprir o papel sócio cultural, propiciando

diversidade cultural, justificando o objetivo do projeto, ajudando aos músicos cumprirem seus

objetivos.

O público que queremos atingir reside na zona sul, é carente de eventos culturais, precisa

ser conquistado através do repertorio diversificado que trabalhará sua adesão à cultura.

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As mídias sociais são muito importantes para ir divulgando a orquestra, suas ações,

fotos e vídeos dos eventos realizados, é uma estratégia para que seu nome e trabalho seja

conhecido.

A promoção “envolve a divulgação do produto[...]” (OGDEN; CRESCITELLI, 2007,

p.7-9).

Podemos ter um excelente projeto, mas se o público alvo não saber que ele existe, ele

não existe, você não pode apreciar o que não conhece.

A comunicação é essencial, a Orquestra Filarmônica Santo Amaro, tem valor artístico,

é adequada ao público alvo, mas o jovem músico tem que saber da sua existência, quando são

realizadas as suas apresentações, assim como os testes seletivos para ingresso na orquestra. Da

mesma forma que o público que acompanha o seu desenvolvimento, só poderá fazê-lo através

da divulgação, da comunicação, para comparecer aos concertos.

Segundo Kotler, um projeto só pode ser vencedor se atender ás necessidades do seu

cliente de maneira econômica e conveniente com comunicação efetiva. (KOTLER, 2000, p. 38)

Além do recurso transmidiático, serão utilizadas também as plataformas tradicionais,

com levantamento o dos locais a serem afixados os cartazes, divulgação nas escolas, academias

esportivas, bibliotecas, centro culturais, comercio da região do entorno do Teatro e em

seguimentos utilizados por músicos e público da música.

Pela internet utilizaremos tela de divulgação para chamamento aos testes seletivos da

orquestra e posteriormente a agenda de apresentações da orquestra.

Serão publicados vídeos nas mídias sociais, dos resultados obtidos nos concertos

anteriores e também dos músicos participantes, apresentando seus instrumentos, ou ainda

chamando outros músicos a virem integrar a orquestra, para completar um naipe, no caso de

necessidade.

Podemos convidar um gatewatcher da área musical erudita, para promover um debate

sobre o repertório apresentado nos concertos, compartilhando conteúdo sobre os autores e obras

apresentadas.

Incluímos no projeto o registro fotográfico e de vídeo das apresentações, porque além

de contribuírem para o registro e memória da orquestra, elas preservam o trabalho realizado,

são a comprovação do resultado obtido e de sua existência.

A cada concerto realizado, serão publicadas fotos nas páginas sociais da orquestra do

Facebook e Instagran, realizando uma pequena reportagem do ocorrido, para registro do

trabalho realizado, constar a participação das outras linguagens artísticas inseridas nas

apresentações, ajudar na divulgação dos concertos futuros e como fonte de conhecimento para

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que outros músicos tenham interesse em participar da orquestra, reciclando-a quando

necessário, pois o objetivo é manter os naipes completos, os lugares dos músicos que sairão da

OFISA para seguirem suas trajetórias em outras orquestras profissionais.

Promoções para ONGS que visem o crescimento cultural, fechando pacotes que

facilitem o ingresso dos jovens nos projetos, serão estudadas.

O perfil de público é de classe média baixa, para tanto os ingressos devem ter preços

populares para se dar condições econômicas de adesões. A faixa etária é diversificada, porém

o número de meia entrada é superior a 50% com integrantes da terceira idade e estudantes em

maior número.

O melhor avaliador para esses números é o borderô dos concertos realizados, aonde

constam o número de público e a quantidade de meias entradas.

Publicação dos concertos em revista especializada, Revista Concerto, de circulação para

assinantes e com distribuição nas grandes salas de concerto da cidade, incluindo um público

interessado na música instrumental orquestral, de poder aquisitivo mais amplo, morador da Alto

da Boa Vista, Chácara Santo Antonio e Chácara Santa Helena.

Divulgação nos jornais de bairro, e na grande imprensa, Folha e Estado de São Paulo,

Revista Veja São Paulo, são canais importantes, que dependerão do investimento conquistado.

Inserções na rádio Cultura FM, ou Radio Alpha FM, para atrair um público participante

da vida cultural das orquestras brasileiras.

Nas Mídias Sociais, serão trabalhados os anúncios dos concertos e reportagens dos

concertos realizados, para ampliar o conhecimento das realizações da orquestra, postando a

cada dois dias novidades para movimentar a procura pela página.

Distribuição de programas como convites aos concertos pelos integrantes da orquestra

aos amigos e familiares, conhecidos, funcionam também para conquistar pessoas que ao

conhecer o trabalho acabam gostando e retornam em apresentações futuras.

7. ORÇAMENTO – O orçamento é detalhado nas etapas do cronograma, na planilha de custos

detalhada a seguir:

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31

1

1.1 1 obras 18 350,00 6.300,00

1.2 1 projeto 1 1.000,00 1.000,00

1.3 54 roupas 54 400,00 21.600,00

1.4

1.5

R$ 28.900,00

2

2.1 1 arquivo de 8 obras 9 500,00 4.500,00

2.2 4 por concerto 9 150,00 5.400,00

2.3 44 musicos 9 800,00 316.800,00

2.4 8 chefes de naipe 9 1.000,00 72.000,00

2.5 1 por concerto 9 500,00 4.500,00

2.6 9 8 obras 490 0,50 2.205,00

2.7 9 8 obras 190 0,50 855,00

2.8 9 8 obras 9 792,00 7.128,00

2.9 1 profissional 9 500,00 4.500,00

2.10 1 profissional 9 300,00 2.700,00

2.11 1 teatro 9 8.000,00 72.000,00

2.12 1 instrumentomusical 9 100,00 900,00

2.13 1 profissional 9 1.500,00 13.500,00

2.14 1 caminhao bau 9 600,00 5.400,00

2.15 1 café, cha, copos 9 100,00 900,00

2.16 1 profissional 9 1.500,00 13.500,00

2.17 1 profissional 9 500,00 4.500,00

2.18 1 profissional 9 4.000,00 36.000,00

R$ 567.288,00

3

3.1 1 anuncio 9 1.500,00 13.500,00

3.2 distribuidor de impresso 10000 profissional 9 0,01 900,00

3.3 folhetos 10000 folhetos 9 0,06 5.400,00

3.4 teaser 3 minutos 1 teaser 9 500,00 4.500,00

3.5 spot de radio 30 segundos 4 spot 9 500,00 18.000,00

3.2 1 anuncio 2 5.000,00 10.000,00

3.3 1 profissional 9 3.000,00 27.000,00

3.4 1 banner 9 120,00 1.080,00

3.5 1 camisetas 200 15,00 3.000,00

3.6 250 cartazes 9 1,50 3.375,00

3.7 700 folders 9 0,90 5.670,00

3.8 650 ingressos 9 0,50 2.925,00

3.9 5000 convite eletronico 9 0,01 450,00

3.10 1 trabalho 9 400,00 3.600,00

R$ 99.400,00

4

4.1 1 profissional 9 500,00 4.500,00

4.2 3 cartuchos 9 100,00 2.700,00

4.3 1 escritorio 9 400,00 3.600,00

4.4 1 diversos 9 700,00 6.300,00

4.5 1 profissional 1 60.000,00 60.000,00

R$ 77.100,00

5 R$ 772.688,00

6

6.1 0,00

6.2 0,00

6.3 0,00

6.4 0,00

6.5 0,00

R$ 0,00

7 R$ 772.688,00TOTAL DO PROJETO

Subtotal -Total de Impostos, Tarifas e Seguros

bolsa incentivo

bolsa incentivo

confecção de material cenográfico

anúncio de 1/2 pagina em jornal regional

Subtotal -Divulgação/Mídia/ Comercialização

contador

material de escritório

camisetas para uso dos musicos e produção

Subtotal - Despesas Administrativas

spalla

transporte dos instrumentos

registro videgráfico

arquivista

assistentes - montador, carregador, secretária, apoio de palco

Total de Pré-Produção

PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

cópias para partituras do regente

locação de teatro

manutenção dos instrumentos

cópias de partituras para os concertos

ECAD

iluminador

DIVULGAÇÃO/ MÍDIA

regente

fotografo

produtor

material de consumo

Subtotal - Produção/Execução

QTDVALOR

UNITÁRIO (R$)DESCRIÇÃO DO ÍTEM

figurino

TOTAL DA LINHA

(Qtd x Qtd de

unidades x Valor

unitário)

QTD DE

UNIDADEUNIDADE

PRÉ-PRODUÇÃO

aquisição de partituras

projeto gráfico

cartazes de divulgação

cartucho de impressora

confecção de ingressos

folders

convite eletronico

remuneração para captação de recursos

IMPOSTOS/TARIFAS/SEGUROS

designer grafico

auxiliar administrativo

SUBTOTAL DA PLANILHA (Soma dos itens 1 a 4 do projeto)

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

anuncio de 1/4 de pagina revista concerto

assessoria de imprensa

banner

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32

8. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS – PESQUISA QUALITATIVA

A técnica utilizada para a sistematização dos dados foi a análise de categorias, conforme

Bardin (2000), é um conjunto de técnicas de análise de comunicação, que não tem uma forma

única, e sim, uma construção de acordo com cada contexto. Por sua natureza científica, tendo

como princípios a eficácia, exatidão e a clareza (RICHARDSON, 1999).

De acordo com o citado autor, a análise de categorias tem como características

metodológicas a objetividade, sistematização e a inferência, iniciando-se com uma primeira

leitura com o objetivo de organizar as ideias, seguindo pela análise dos elementos que as

organizam e, assim, extrair dos relatos os aspectos mais relevantes.

Para Bardin (2016), o termo análise de conteúdo designa:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por

procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das

mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de

conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis

inferidas) destas mensagens (Bardin, 2016, p. 47).

Bardin (2000) estabelece as seguintes etapas para a análise de categorias: pré-análise,

exploração do material e discussão dos resultados. Obedecendo esta sequência, neste estudo,

após a entrega dos questionários enviados por emails, teve-se como norte a leitura de cada

questão para os 20 músicos que se disponibilizaram em responder. Nesta leitura foram

abstraídas as palavras chave e os pontos em comum expressos pelos profissionais. O mesmo

procedimento foi feito com a questão número dois e assim sucessivamente, na pesquisa interna.

O critério de sigilo da identidade dos músicos participantes é mantido, sendo

representados por M1, M2, M3, M4, M5, M6, M7 M8, M9, M10, M11, M12, M13, M14, M15,

M16, M17, M18, M19, M20.

A mesma avaliação ocorreu com a pesquisa externa, realizada através de perguntas

abertas e respondidas por email, por uma amostragem com 15 pessoas do público frequentador

dos concertos da OFISA, que concordaram em responder as questões propostas pela

pesquisadora.

O critério de manter sigilo quanto a identidade do participante do público é mantida,

sendo identificados por P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12, P13, P14, P15.

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33

Para extrair as categorias apresentadas nos questionários, concordamos com o conceito

de análise proposto por QUEIROZ que significa “decompor um texto, fragmentá-lo em seus

elementos fundamentais, isto é, separar claramente os diversos componentes, recortá-los, a fim

de utilizar somente o que é compatível com a síntese que se busca” (QUEIROZ, 2008, p.41-

42).

Nesse sentido, avaliamos que existe um consenso entre músicos e público alvo em relação

aos objetivos e metas do projeto.

A avaliação da arte, educação e cidadania, através da prática orquestral forma a cidadania

na formação dos jovens e o resultado de seu trabalho é destinado à formação de público, que

possibilita formação cultural.

A avaliação pode ser considerada mista, pois aprimora e aperfeiçoa os músicos e o seu

público.

Na sequência serão apresentadas as categorias com as respectivas ilustrações das “falas”

dos participantes.

Conforme indicado anteriormente, ressaltamos que os profissionais estão representados

por números, sendo o músico 1, representado por M1 e assim sucessivamente. O mesmo

acontece em relação ao público, sendo que o participante de público 1, será representado por

P1, e assim sucessivamente.

Ressaltamos que apenas as principais falas foram inseridas de forma compatível com o

objetivo e a proposta do trabalho.

Questionário 1 –“ Músicos”

Pergunta 1: interesse pela prática orquestral

Categoria1 – Amor pela música

Principais relatos:

Eu decidi optar pela prática orquestral por conta do

amor a música erudita, e o meio de aperfeiçoar meus

conhecimentos e praticar o que aprendi, era através da

orquestra, pois a mesma possui um repertório vasto e

diversificado me desafiando a melhorar a cada

concerto. M11

Desde pequeno sempre gostei de

orquestras, cresci assistindo ao filme

"Fantasia" da Disney, e ao me tornar

músico não imaginei outro caminho

senão o meio orquestral. M10

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34

Categoria 2 – Busca pelo aperfeiçoamento

Principais relatos:

Categoria 3 – Incentivo por terceiros:

Principais relatos

Optei pela prática

orquestral por orquestra

ser algo que sempre gostei,

dos arranjos. M 12

orquestrais sempre tão

ricos.

A orquestra também

amplia nosso

conhecimento

musical, tanto com

repertórios novos,

como por motivar o

nosso estudo para

melhorarmos a técnica

.M3

Decidi pela

prática orquestral

tendo em vista a

execução do

trombone em

obras consagradas

por grandes

compositores. M8

. M 888

Pela variedade dos timbres na sua

real essência sonora sem efeitos

ou distorções, mas sim puro e

limpo, quando cada instrumento

mostra sua personalidade e no

tutti uma união perfeita, isso

muito me atrai. M7

Porque sou guiado pelo

professor Donizeti Fonseca

a ser um músico de

orquestra. E por ter poucas

bandas com espaço para

trombone em São Paulo.

M14

Não foi opção, levei

meu filho em uma

Oficina de Flauta Doce

e com incentivo da

professora comecei a

fazer Flauta Doce e

estou até hoje.M1

Por causa da Silvia

(isso é sério) M9

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35

Pergunta 2: o que é ser músico

Categoria 1 – razão de viver - Principais relatos

Categoria 2 – sensibilizar o outro, transmitir ao outro

Categoria 3 – felicidade

Para mim a

música é

tudo, razão

de viver! M1

Ser músico significa

tudo, simplesmente

não consigo me

imaginar sem um

instrumento na mão.

M10

Ser músico significa para

mim o exercício de uma

atividade que considero das

mais importantes em minha

vida, na qual dedico grande

parte do meu tempo.M8

..eintelecto no estudo e

interpretação musical com o

trombone.

Uma pergunta complexa ser Músico, tem

vários aspectos, mais o principal é

emocionar as pessoas e emocionar-se com

a interpretação das composições,

histórias.

Dos autores, evolução e fatos ligados ao

desenvolvimento musical, novas técnicas

de execução. M6

Ser músico significa que vale a

pena acreditar e viver o sonho pois

o verdadeiro sentido no palco é

apresentar o trabalho do estudo e

trabalho em ensaios do restante é

diversão e tocar no sentimento

daqueles que recebem levando

algo sincero com amor e carinho.

M7

Ser músico para mim é mais do que especial, pois, é um sonho que realizo.

Desde criança meu desejo era ser músico e tocar violino, e confesso que em

muitas ocasiões vi esse meu sonho distante, porquanto sou de uma família

humilde, e a prática da música erudita no Brasil infelizmente é elitizada e sem

incentivo do governo, mas através de muita luta e barreiras superadas, hoje

posso desfrutar desse sonho de menino. M11

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36

Pergunta 3: Quanto tempo está na OFISA?

Categoria 1 – desde a fundação

Categoria 2 – bastante tempo

Categoria 3 – pouco tempo

Pergunta 4: Qual a contribuição da OFISA?

Categoria 1 – constrói habilidades técnicas e interpretativas

Ser músico é ser feliz.

M15

Estou na OFISA

desde sua

fundação 14 anos.

M1

Há 5 meses.

M3 Há cinco

anos. M2

Ela amplia meu conhecimento

sobre diversos tipos de repertórios,

de épocas e estilos diferentes.

Motiva para estudarmos repertórios

mais difíceis, que exigem um

aprimoramento técnico. M3

Sou muito

agradecida a

OFISA por ter me

proporcionado

conhecimento

musical e prática

Orquestral e tudo o

que sei hoje foi

através da OFISA.

M1

A OFISA contribuiu em

70% da minha formação

profissional. Hoje, olho

para trás, a exatamente 2

anos quando ingressei na

orquestra, e vejo o quanto

evolui, seja em técnica,

interpretação, qualidade

de som, capacidade de

tocar em grupo, etc. M11

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37

Categoria 2 – formação profissional – prepara para o mercado de trabalho

Categoria 3 – proporciona trabalhos

Categoria 4 – conhecimento de repertório diversificado

A OFISA contribui profissionalmente

oferecendo a oportunidade de tocar trombone

em uma orquestra e prepara para o mercado de

trabalho na execução de peças sinfônicas.M8

Coloca os músicos em contato com as

questões profissionais, preparando

melhor para uma postura adequada para

que possamos trabalhar com música de

verdade. Faz concertos com várias

modalidades de arte diferentes, como

balé, coral, canto, que ampliam nosso

modo de se relacionar com a arte. M3

Contribui com conhecimento em

repertórios que as vezes desconheço e

pela oportunidade de trabalho e por ser

reconhecido no meio de grandes

músicos.M14

Ter a oportunidade de

tocar repertorio

diversos, de diferentes

períodos e estilos.M20

No crescimento musical, tive

oportunidade de melhorar como

músico em meu instrumento,

estudando repertório diversificado,

alguns tecnicamente com grandes

desafios.M5

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38

Pergunta 5: aspectos positivos de se tocar em orquestra

Categoria 1 - formação profissional – técnica, interpretação e comportamento

Categoria 2- conhecer repertorio

Categoria 3 – experiência de grupo – amigos

Categoria 4 – oportunidade de solos

O resultado final dos estudos e

ensaios traz um sentimento muito

grande de satisfação e orgulho com

os resultados alcançados, além da

troca de experiências e

conhecimentos com outros músicos

mais experientes. M16

Os aspectos positivos de se tocar em uma orquestra,

é o aperfeiçoamento profissional, tanto na parte

prática do instrumento, quanto na parte de

comportamento e convivência em grupo, pois te

agrega no aspecto profissional de forma completa,

além das oportunidades de solo, grupos de câmara,

repertório diversificado com obras de diversas

épocas, etc.M11

Contato com peças de

grandes compositores, no

meu caso, a execução do

trombone nas partes dos

metais graves escrito por

eles.M8

Ter a oportunidade de tocar

repertorio diversos, de

diferentes períodos e estilos.

M20

Tocando em orquestra aprendemos a tocar em

grupo, respeitar os colegas, ter responsabilidade,

não basta ser você com você, tem que aprender a

trabalhar em equipe. M12

Fazer música em conjunto e ter

oportunidade de solos.M14

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39

Categoria 5 – Família musical

Categoria 6 – sentimento de inclusão

Pergunta 6: aspectos negativos de se tocar em orquestra

Categoria 1- falta de recursos financeiros

Participar em um grupo onde todos amam o

que fazem. Uma orquestra não é apenas um

grupo de trabalho, é de amigos, é nossa

família musical.M5

O lado bom, é que além de ser ganhar

mais conhecimento, você êm um

convívio social ... problemas

individuais são na maioria resolvido

pela direção. "Não é apenas um grupo

de ensaios e apresentações,

analogamente é uma família". M13

Do aspecto profissional, me

proporcionou a prática orquestral.

Ampliou meu conhecimento técnico e

musical. Contribuiu para o

conhecimento de repertório, obras que

até então não faziam parte de minha

vida. Me fez sentir parte de algo

grandioso, que realmente impacta a

vida das pessoas. Me deu autoridade e

prova social como músico.M11

Responsabilidade,

trabalho em equipe,

conhecimento,

sentimento de inclusão,

respeito M19

Infelizmente, no nosso país, a cultura musical não favorece as

formações orquestrais, não há divulgação massiva como outros

gêneros tem e não há colaboração de empresas, como patrocínio ou

bolsa/salário para os músicos e colaboradores de uma orquestra...M4

M4

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40

Categoria 2 – falta de comprometimento, postura e egos grandes de alguns

músicos

Categoria 3 – poucos ensaios

O lado ruim, é que nem todos contribuem com

trabalho da direção, como chegar atrasado e não

dá a devida atenção ao repertório. A falta de

recurso atrapalha, não tem remuneração para

arquivista, montador, os próprios músicos "dão

um jeito". M13

Algum sacrifício nas

individualidades de cada

musico, diluído no conjunto,

no tocante a improvisações,

experimentações e

personalidades mais geniais.

Por outro lado menor,

percepção dos erros

cometidos, que também ficam

mais difíceis de se apurar, fato

que as vezes é tido como uma

vantagem aparente. M6

Aspectos negativos acredito que

sejam que não somente você

trabalha para conseguir um

resultado, para chegar no

horário ou conseguir tocar

aquele trecho, é uma orquestra

toda, então podemos encontrar

pessoas não tão comprometidas,

o que pode causar dificuldades

para o grupo como um

todo.M12

Egos grandes M9

Os aspectos negativos são por ter um

dia na semana para ensaio e não é o dia

todo, é apenas poucas horas. Também

por não ser remunerado. M5

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41

Pergunta 7: expectativas quanto à OFISA.

Categoria 1 – reconhecimento/crescimento

Categoria 2 – que seja patrocinada

Penso que a OFISA está em ascensão

nesse momento, que ainda vai se tornar

uma orquestra grande e profissional,

carregar o nome de Santo Amaro é de

uma visibilidade ótima, tenho boas

expectativas. M2

Minhas expectativas é que a OFISA seja

reconhecida como merece .M1

A OFISA gera uma grande expectativa no

sentido de se tornar uma orquestra

reconhecida por empresários ou pelo

governo e, desta forma, oferecer

remuneração aos talentosos e dedicados

músicos que à compõem .M5

Eu torço para OFISA conseguir patrocínio

para que possa manter um grupo

permanente, dando oportunidade do

músico melhorar cada vez mais

profissionalmente, com remuneração o

músico pode dedicar mais seu tempo aos

estudos e investir em aprendizado extra,

investir em melhor instrumento

também.M5

.

M.

Por ser uma quantidade grande de

músicos em certos momentos é

difícil de entender o

comportamento de alguns

colegas músicos. Que continue

crescendo musicalmente e que

receba apoio de quem possa doar

ajuda para que os músicos

tenham salários podendo assim

se dedicar mais aos estudos e

carreira profissional/musical.M7

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42

Pergunta 8: expectativas profissionais dos músicos

Categoria 1- crescer sempre e viver de música – sonho realizado

As minhas expectativas quanto a OFISA, são as melhores possíveis. Mesmo em um tempo de

turbulência em que vive o nosso país, eu acredito que a tendência em relação a nossa orquestra é

melhorar, pois possuímos um excelente grupo de trabalho, cheio de talentos individuais, com muita

vontade de mudar a realidade da música clássica no nosso país, e uma orquestra que sobrevive a 13

anos, sem ajuda de custo nenhum para a manutenção dos instrumentos, sem estrutura para ensaios

até o inicio desse ano, quando conseguimos após muito esforço e trabalho da maestrina Silvia

Luisada o Teatro Paulo Eiró como nossa casa, tocando em condições precárias, e mesmo sob todas

essas situações negativas, não faltar empenho e esforço da maestrina e músicos em tirar o seu

melhor, a cada ensaio e apresentação, de fato prova o quanto essa orquestra é grande. E mesmo sob

todas essas circunstâncias, a cada temporada a qualidade da orquestra só aumenta, isso não é para

qualquer um, e é o me faz acreditar que as expectativas para nós são positivas, porque a OFISA se

reinventa a cada repertório tocado, e é isso que me faz permanecer lutando por ela a cada ano. M11

Crescer e crescer seguindo adiante e que a música cresça mais e mais

em mim, que através do trabalho sincero e verdadeiro possa tocar no

sentimento daqueles que recebem e dar o melhor não só na música, mas

também para minha família através do meu trabalho, mostrar para o

próximo que vale a pena acreditar e viver do seu sonho. M7

Meu objetivo é ser primeiro trompete de

uma grande orquestra, e estou estudando

e me dedicando para que isso se torne

realidade e que eu possa realizar meus

sonhos na área da música. M10

Desejo continuar desenvolvendo o conhecimento musical e técnico do meu

instrumento. Aprimorando a sensibilidade, para também servir melhor aos

que me ouvem. E que a música sempre esteja presente em minha vida, nos

melhores ou piores momentos, como refúgio ou palácio, independente do

instrumento que eu tocar.M18

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43

Categoria 2 – ser remunerado

Categoria 3 – possibilidade de lecionar

Categoria 4 – Ascenção: chegar a solistas, arranjadores ou regentes.

Acredito que o mercado está muito difícil para os

músicos, não faço música pelo dinheiro, mas se

pudéssemos viver de música seria tudo mais fácil,

então com tudo isso vejo que terei que seguir outra

carreira, mas ainda sim seguir como musico também.

M20

A curto prazo desejo seguir

com a minha carreira de

músico em orquestras, a médio

e longo prazo tenho o desejo de

dar aulas para crianças de

baixa renda para propagar a

música erudita em nossa

sociedade e futuramente focar

apenas em lecionar.M11

Pretendo fazer no futuro

faculdade de licenciatura em

música, para poder lecionar.

M15

Acredito que continuarei tocando meu

instrumento violino e também o canto lírico.

Também estudarei cada vez mais para que

melhoremos a orquestra e para que possa

conseguir trabalhar também em algum coro

lírico ou atuando como solista. Assim,

balanceando violino e canto estarei sempre

satisfeita com minha carreira musical. M 12

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44

Podemos observar que o músico é um indivíduo que ama a música tendo na sua profissão, no

seu dom, a razão de viver. A busca pelo aperfeiçoamento constante, incentivados por outros,

como professores, regentes, ou por sonhos desde a infância, é uma premissa em todos os

participantes da pesquisa.

A consciência que a sua profissão, a prática orquestral é um bem gerado aos outros através das

apresentações públicas, estão apontadas nas falas M6 e M7 e na felicidade que é gerada nas

falas M11 e M15.

Conseguimos constatar que a pratica orquestral constrói as habilidades técnicas e

interpretativas, prepara os músicos para o mercado de trabalho, proporciona oportunidades de

trabalho, conhecimento cultural através de repertório amplo e diversificado, além do

aprendizado do trabalho em grupo, em equipe, treinando-os para adquirir comportamento

adequado para se viver em sociedade, nas falas M1. M3. M5. M8. M11.M14 e M20.

O tempo de permanência na orquestra pelos músicos não interfere nos sentimentos e nas

respostas, elas possuem características semelhantes.

Cada espaço social, confere aos indivíduos uma forma de comportamento, Bordieu sinaliza que

para não se sentirem “deslocados, os que penetram em um espaço devem cumprir as condições

que ele exige tacitamente de seus ocupantes” (Bordieu, 2008.p.165)

Bozzetto (2009) constatou que as “músicas que circulam no repertório dos aparelhos celulares

são indicadores de formação de identidades musicais não apenas do próprio usuário, mas

também do grupo social do qual participa”. (Bozzetto, 2009, p.68).

A prática orquestral é considerada uma formação profissional, mas o mesmo espaço propicia a

formação de amigos, a oportunidade de se apresentarem como solistas, ou seja,

desenvolvimento individual dentro do grupo e muitos consideram uma segunda família - a

família musical, relatos apresentados nas falas M11 e M16.

Quero me formar em bacharel, exercer a profissão dentro de

uma orquestra ... montar um grupo de câmara ... estudar

musicalmente na Europa ... futuramente fazer faculdade,

mestrado e doutorado ... e exercer papel como regente no

restante de minha vida.

M 13

..

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45

O regate da cidadania ao músico integrante da prática orquestral é sentido nas falas M11 e M19,

aonde o sentimento de inclusão é colocado.

São levantados aspectos negativos na prática orquestral como a falta de recursos e de apoio

governamental, é um sentimento geral entre os integrantes, destacados nas falas M4 e M13, e

na decorrência desta falta de recursos, a quantidade de ensaios é pequena em vista da

necessidade ideal, colocada na fala M5.

Alguns pontos de vista individuais dos músicos, como a falta de comprometimento, egos

grandes, também são colocadas pelos integrantes como negativos para o trabalho desenvolvido,

falas M6, M9 e M12.

Todo o músico tem como meta o crescimento constante, alcançar profissionalmente sua ascen

ção tornando-se solistas, regentes, ou ainda desenvolvendo carreiras acadêmicas na música, ou

seja, o sonho de conseguir viver na área musical é presente nas falas M7, M10, M11, M12,

M13, M15, M18, M20. A busca pelo reconhecimento, falas M1, M2, M5, está ligada a

possibilidade de obter patrocínio, respostas M5, M7, M11 e M17.

De acordo com Hikiji (2006), o olhar construído socialmente do “aprendizado de um

instrumento de orquestra é geralmente entendido, por músicos, pedagogos ou leigos, como

“difícil”. É associado à disponibilidade de dedicação, tempo, concentração, persistência”, e

além disso os “resultados não são imediatos” (HIKIJI, 2006, p.154).

O músico para entrar na prática orquestral deve ter no mínimo de quatro a cinco anos de estudo

individual, para conseguir ser selecionado. O estudo é individual, solitário como podemos

constatar na fala M3, para depois conseguir concluir esse estudo no grupo, que trabalha muitas

horas juntos para realizar com precisão as obras apresentadas.

QUESTIONÁRIO 2: PÚBLICO

PERGUNTA 1: Quanto tempo conhece a OFISA

CATEGORIA - tempo

Desde o início, por intermédio da C.P. P1

Conheço a orquestra desde o início de sua formação.

Acompanho o trabalho desde então, não me recordo exatamente

o tempo. P7

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46

PERGUNTA 2: Quantos concertos assistiu

CATEGORIA - frequência

Entre os 15 questionários realizados, apenas uma pessoa conhece o trabalho da OFISA apenas

há 4 meses P6. De dois a cinco anos temos P10, P12 e P13. De sete há doze anos P2, P3, P4,

P5, P8, P11 e desde sua fundação P1, P7, P9, P14 e P15, podendo concluir pela amostragem

das perguntas 1 e 2 que o público é reincidente e um público já conquistado pelas apresentações

da orquestra.

Segundo Pierre Bourdieu, o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo,

ambientado na família e na escola e não um fruto de uma sensibilidade inata dos agentes sociais,

portanto, fruto de um trabalho e assimilação, conquistado à custa de muito investimento,

tempo”.

Conheço OFISA desde quando ela foi formada,

desde começo dela. Conheci por intermédio da

fundadora dela: Maestrina Silvia Luisada. P14

Praticamente todos. P1.

Quanto a Ofisa se não falhar a memória, todas as apresentações. P5

Fica difícil saber o número exato, mas assisti praticamente a todos os

concertos, nos vários espaços e teatros em que ocorreram os eventos.

Eu diria que assisti a cerca de 90% dos concertos da OFISA.

estive presentes. P12

3 Concertos, de abril, maio e junho

deste ano (2017). P6

Diria que entre 20 e 25.P13

Acho que mais de 20, só não

fui em duas apresentações, e

no magia orquestral. P11

30 e mais de 30. P2. P3

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47

PERGUNTA 3: O que acha do trabalho desenvolvido?

CATEGORIA 1: Maravilhoso, Excelente, Importante, Constante.

CATEGORIA 2: Acessibilidade

CATEGORIA 3: Surpreendente – Inclusão de outras artes.

CATEGORIA 4: Diversidade de repertório com explanação sobre as obras

Maravilhoso,

surpreendente,

muito bem

elaborado. P3

Acho excelente acompanho

a orquestra há um tempo e

vejo O quanto estão se

dedicando e evoluindo, é

gostoso ver e sentir está

evolução. P11

Importante para a

disseminação da

cultura. P1

Acompanho de perto o trabalho da Silvia Luisada e acho muito

competente e importante. Os concertos sempre cheios e o

público empolgado com este patrimônio da nossa cidade, são

resultados do trabalho constante e sério da maestrina Silvia. P12

É um excelente trabalho, sempre com ótimos repertórios,

muito bem interpretados pela orquestra e sempre com grande

acessibilidade, tanto para pessoas com alguma

deficiência física como acessível financeiramente. P6

Multíssimo interessante. A Orquestra,

não só, as músicas apresentadas, mas

agrega com Coral, Balê, e outras áreas. P5

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CATEGORIA 5: Concertos didáticos

CATEGORIA 6: Crescimento dos músicos e da orquestra como um todo.

Pergunta 4: O que mais aprecia nos concertos?

O nível profissional das músicas e a escolha dos repertórios que além de

diversificado é de extremo bom gosto. E também quanto às oportunidades que

são amplamente aproveitadas no sentido de levar aos frequentadores a história

dos compositores ali expostos através de suas músicas. P4

Excelente! Principalmente os concertos didáticos. Já levei

as duas escolas onde trabalho para o concerto didático da

Ofisa. Já levei meus alunos em concertos didáticos de

outros projetos, mas realmente, o da Ofisa realmente

envolve e informa de forma eficaz. P7

O trabalho da orchestra e trabalho da Maestrina

Silvia Luisada e fantastico. E muito facil de se

fazer música com orchestras com boms musicos

professionais e e muito dificil de fazer programas

que OFISA faz com nivel de musicos que OFISA

tem, de tao bom e resultado final na hora de

concerto. A Maestrina Silvia Luisada faz milagres

com esta orchestra. P14

Acho o trabalho maravilhoso

dando oportunidade para os

musicistas desenvolverem seu

potencial independentemente

da idade. As 2 orquestras são

muito boas principalmente

para um público mais

generalista e não especialista.

A proposta de divulgar a

música é excepcional. P13

Acho um trabalho de grande valor, proporcionando aos

músicos de vários instrumentos que lá são aceitos, um

ótimo desenvolvimento técnico e artístico, preparando-os

para continuar como excelentes elementos da OFISA ou

treinando-os para serem aceitos em outras orquestras. P15

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CATEGORIA 1: Diversidade do repertório, explanações feitas pela maestrina e inclusão das

outras artes – forma lúdica, comprometida e dedicada como são apresentados os concertos, foi

unanime nas respostas.

PERGUNTA 5: Aspectos negativos nas apresentações da OFISA

O que mais aprecio nos concertos é a variedade de

gêneros musicais. P8

Qualidade, programação variado tanto na escolha dos

compositores, e participação de ballet, cantores etc. P9

O som orquestral e dos solos, as variedades dos repertórios, as

diversidades de atrações como cantores solistas e coral, bailarinas,

odaliscas, encenações teatrais, as telas de fundo com imagens, a

interação da maestrina com a platéia. P2.

A afinação, a inovação, a

oportunidade que a Maestrina

Silvia Luisada proporciona aos

seus músicos desenvolvendo

seus talentos e se relaciona com

a plateia de forma alegre e

descontraida, falando dos.

compositores. A parte teatral, as

imagens no telão, gosto também

dos convidados que participam

do concerto: pianistas,

bailarinos (as), cantores solistas,

Coral Rachel Peluso, músicos

solistas, além do prazer de ouvir

e sentir cada música ainda

adquirimos um conteúdo

imensurável de conhecimento

musical e cultural. P3

A dedicação com a qual todos os participantes

demonstram ter pelo sucesso do evento, isso fica

evidente no resultado final do trabalho, sempre

excelente. P6

O que mais aprecio é a dedicação, a forma lúdica

e envolvente que os componentes da orquestra

realizam o concerto. P7

Aprecio o ambiente alegre e sempre muito concorrido apesar da maioria dos

concertos serem aos domingos pela manhã. O profissionalismo e comprometimento

da maestrina e de todos os musicistas é percebido durante todo o concerto. P13

Gosto muito da seleção das músicas, indo do erudito ao popular orquestrado,

agradando a todos os ouvintes da plateia. P15

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CATEGORIA 1: não tem nada de negativo – quase todas as respostas.

CATEGORIA 2: Falta de lugares marcados e filas para comprar ingresso.

A análise dos dados constata problemas na produção do projeto, e não no conteúdo da

apresentação em si, podendo ser solucionados com o apoio financeiro necessário para a

realização do mesmo, provocado pela falta de pessoas treinadas e contratadas para as funções.

PERGUNTA 6: você tem o hábito em frequentar concertos e quais orquestras conhece?

CATEGORIA 1: Sim. Resposta unânime em todos os entrevistados

CATEGORIA 2: Conhece orquestras brasileiras

Não há nada que não me agrade nos concertos da

OFISA. Percebi o crescimento da qualidade

sonora ao longo dos anos e já faz muito tempo

que sinto a perfeição sonora promovida pela

maestrina e seus músicos. P15

Fila enorme na caixa de

comprar ingressos. P6 Não tem lugar marcado no

ingresso e uma grande fila,

tanto para compra de

ingresso quanto para a

entrada no local. P14

Tenho o hábito de frequentar

concertos. Conheço a OSESP,

OMSP, Jazz Sinfônica, OSMC,

OSM de Santos, Banda

Sinfônica de São Paulo, etc. P8

Sim, eu tenho. Orquestra

Municipal de São Paulo,

Osesp, Orquestra jovem de

SP, Orquestra do Guri. P6

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CATEGORIA 3: Conhece orquestras a nível nacional e internacional.

Podemos constatar que o público que acompanha os concertos da OFISA, é aquele que já tem

o hábito em frequentar apresentações de orquestra e que detém o conhecimento de grandes

grupos, considerados excelentes em performance técnica e interpretativa, apenas o P6 está

iniciando sua vivencia na prática orquestral, através da OFISA.

PERGUNTA 7: Como se sente dentro de um teatro?

CATEGORIA 1: Sensações muito boas

Infelizmente estou recém descobrindo este novo

mundo e seus grandes benefícios que ele traz, por

enquanto só acompanho a OFISA. P6

SIM, frequentei algumas apresentações

também na Sala São Paulo com orquestras

diversas – Orquestra da Lituânia, OSESP,

Orquestra Jovem e outras. P13

Sim, tenho o hábito. Sou assinante da

OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de

São Paulo desde 2006 e vou a 8 ou 9

concertos anualmente na Sala São Paulo.

Sou assinante dos concertos ao vivo e

gravados, que assisto na televisão, da

Orquestra Filarmônica de Berlim. Assisto

muitos concertos na plateia externa do

Teatro do Parque Ibirapuera, além de

procurar não perder nenhum concerto da

OFISA. P15

Sim, sobretudo OSESP E

MOZARTEUM. P9

Sim. Conheco e assisti filarmonica de

Berlim, de Boston, Chicago, OSESP,

orchestra Municipal de Sao Paulo e muitos

outros. P14

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CATEGORIA 2: Funcionamento do Teatro

CATEGORIA 3: Ansiedade

PERGUNTA 8: As atividades culturais são importantes, quais aprecia?

CATEGORIA 1: importância ligada ao bem-estar

Felicidade. P1, P3, P4, P6,

P12.

Paz e RenovaçãoP11, P13, P15.

Sinto-me muito bem, e quando acaba o concerto me sinto alegre,

mais ‘leve’, renovada. P15

Me sinto confortável no teatro.

P8.

Em um universo de realizações.

P10.

Se tudo e bem organizado e funciona bem

é maravilhoso, mas quando as coisas não

funcionam, não é muito agradável. O bom

e que a música e boa e gente fica feliz. P14

Me sinto

ansiosa dentro

do teatro. P7

Acredito que as atividades culturais, são realmente muito importantes,

uma vez que pessoas com mais cultura, conseguem discernir melhor entre

o certo e o errado. Aprecio as apresentações de balé e as orquestras. P6

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CATEGORIA 2: autoconhecimento cultural

CATEGORIA 3: desenvolvimento sócio- cultural

sim, porque a música me

proporciona uma alegria

interior muito grande.

Gosto também de peças

teatrais. P4

Actividades culturais

fazem parte da nossa

vida, em especial, a da

música. P14

É extremamente importante. Depois da minha profissão

(engenheiro aposentado) a música é mais importante na

minha vida. Eu encarei sempre a música faz parte da

atividade cultural. Outra atividade cultural que eu

aprecio é ler os livros. P5

Sim, acho importante pois através da

cultura o ser se conhece, se encontra e

evolui. Precisamos de mais atividades

no campo da música instrumental

principalmente em áreas mais ao

extremo onde o contato com está arte

é quase zero, danças (seja

contemporânea, clássica.) Mas que

estas atividades faça um “link” com a

realidade cultural. P11

É muito, muito, muito importante. Se

tem mais atividades culturais,

educacionais, musicais Brasil vai mudar,

não vai ter tanta violência, Cultura faz

pessoas melhores. P14

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PERGUNTA 9: Com que frequência participa de eventos culturais.

CATEGORIA 1: mensalmente. P1, P6.

CATEGORIA 2: Semanalmente. P3, P13.

CATEGORIA 3: Quinzenalmente. P10, P11, P12

CATEGORIA 4: eventualmente. P2, P4, P5, P7, P9.

CATEGORIA 5: tempo todo. P14 e P15.

9. AVALIAÇÃO

A cultura ao constituir um bem simbólico, de transmissão de ideais e valores, resgata na

alma da sociedade aquilo que só ela pode oferecer ao mundo (REIS 2007, p.28)

A arte não pode ser considerada mercadoria a ser comercializada, uma opção de lucro,

ela é um bem, um direito social, que fortalece os laços humanos, fazendo sua estória, criando e

buscando acolher as demandas culturais da sociedade. As políticas públicas são importantes

para que a arte possa se estabelecer ou até existir, assim como o poder privado pode ser

beneficiado e beneficiar com a sua missão aliada a cultura, reforçando a sua marca e o valor

dela na sociedade.

Todos os recursos complementam uma ação, efetivando a realização de um projeto que

tenha conteúdo cultural comprovado, e este por sua vez, também não quer ver seu trabalho, sua

arte, aliada a empresas que não possuam produtos de qualidade que são concordantes e

apropriados para estarem ligados.

A missão, os valores éticos e a realização de um trabalho com conteúdo cultural devem

combinar e legitimar o seu patrocinador, pois os fins não justificam os meios, já diziam os

sábios.

A economia passa a ser aplicada ao produto cultural, dando-lhe noção de eficiência e

eficácia, usando o planejamento, estudando o comportamento humano para avaliar o mercado,

e as políticas públicas. A economia à serviço da cultura, permite que se possa garantir bons

resultados, pois o consumo da cultura traz entretenimento, informação, educação e

comportamento, seu desenvolvimento econômico está vinculado ao desenvolvimento social,

tendo impacto na imagem de seu povo. (MINC, 2008).

A cultura tem como contribuição a geração de emprego e quando ela ocorre através dos

dons artísticos, é realizado um complemento educacional e até podemos dizer que existe uma

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eficiência terapêutica comprovada, já que a renovação do meio ambiente muda a situação de

uma região.

A cultura erudita não é para a alta sociedade, pois pode ser absorvida pela sensibilidade

de cada um e não pelo poder aquisitivo que possui.

Na avaliação do projeto, podemos concluir que ele pode se efetivar, pois os recursos

seriam utilizados nos momentos e quantidades previstas, os concertos programados

conseguiriam ser realizados de forma eficiente, o número de público alcançado é a lotação do

teatro em todas as apresentações, o que beneficiaria os parceiros. O desempenho sinalizou o

maior resultado que poderíamos pretender.

O projeto para assegurar a formação do jovem músico, abrange a fruição cultural,

quantidade de público e inclusão social. Os indicadores foram: Local – teatro de bairro, número

de apresentações em uma temporada anual, plateias lotadas, várias linguagens inclusas, material

educativo, diversificado, pensado na formação de público, através dos programas impressos e

narrações realizadas nos concertos sobre autores e obras, participação a jovens solistas dentro

do quadro da orquestra, acessibilidade física, audiodescrição e interpretação de libras, preços

populares dos ingressos, informações quantitativas e qualitativas que fornecem elementos

caracterizando o projeto com um nível de atendimento à população seja pela preparação e

valorização dos músicos como de seu público, com muita qualidade, potencialmente positiva

para a sua realização.

A captação de recursos deverá ocorrer de forma ampla, pois vários aspectos podem ser

resolvidos com apoio cultural, pois apesar de não envolver troca financeira, o retorno em

visibilidade para o apoiador, é uma moeda de troca quando a logomarca do apoiador é colocada

em material de mídia impressa, por meio de cartazes, mídias sociais, programas.

Dividir a temporada em cotas mensais, procurando um patrocinador para cada concerto

é uma opção. Mostrar ao patrocinador o potencial do projeto para aliar a marca da empresa a

um trabalho sócio cultural, com preocupação de inclusão, pode ser compatível com a missão

do patrocinador. A região de Santo Amaro na zona sul, é portadora de várias empresas. Com a

realização de concertos mensais com um número de público grande frequentador dos concertos,

a visibilidade da orquestra aumenta sua possibilidade de encontrar empresas afins.

Todas as empresas participantes da temporada anual, teriam suas marcas divulgadas por

todo o período como patrocinadores, com maiores contrapartidas no seu mês de patrocínio.

Exemplos possíveis de realização: uma apresentação institucional de sua empresa em telão,

antes do início do concerto; quantidade de ingressos para convidados, clientes, amigos; uso de

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camisetas pelos músicos com o logotipo da empresa; marca impressa no material de divulgação

da apresentação mensal.

Uma forma de ativar a divulgação do patrocinador no projeto da OFISA seria a criação

de cadeiras de honra no Teatro aos patrocinadores/apoiadores nos concertos, participação dos

grupos de Câmara da OFISA, quarteto de cordas, duos ou quinteto de metais, apresentando-se

em feiras, exposições da empresa ou ainda em eventos corporativos específicos, festas ou datas

comemorativas da empresa patrocinadora.

O marketing empresarial, tem se voltado para valores funcionais, emocionais e

espirituais, pensando na responsabilidade de um mundo mais sustentável, aliando a missão da

sua marca em questões politicamente corretas, voltadas a valores dos seus consumidores alvos.

O uso do patrocínio cultural pelas empresas, são um meio para comunicar sua marca, e desta

forma criando uma contiguidade aos valores dos seus consumidores, tendo um relacionamento

mais próximo com o público, composto por formadores de opinião.

Parece estar justamente no poder simbólico dos produtos culturais o

interesse da iniciativa privada em investir nesse setor, apostando em

técnicas como o mecenato e o patrocínio, visando a transferir para si o

prestígio de determinado produto cultural e buscando, por meio de

associação direta ou sublimar legitimação perante a sociedade a qual

pertencem (2001, p.629 apud NUSSBAUMER, 1997).

A criatividade e singularidade devem sobrepor o interesse de produto de venda, para

que o projeto tenha valor cultural, ele pode ter valor para venda se apresentado de forma atraente

como objeto de formação de público.

Como as pessoas criativas, as empresas devem refletir sobre sua

autorrealização além dos objetivos materiais. Precisam entender quem

são e por que estão no negócio. Precisam saber o que querem ser. Tudo

isso deve estar presente na missão, na visão e nos valores corporativos.

O lucro resultará da valorização, pelos consumidores, da contribuição

dessas empresas para o bem-estar humano. (KOTLER, 2010, p.22).

As empresas podem ajudar o projeto cultural e a si mesmas, comprando um número de

ingressos aos concertos por exemplo, para presentear clientes, associando a sua marca a

conteúdos artísticos e culturais, adquiridos para a sociedade.

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Se a empresa patrocinar sozinha a Temporada anual da OFISA, ela poderá ter como

contrapartida o seu nome junto ao da orquestra. Exemplo: OFISA/empresa apresenta a

Temporada 2018. O naming rights é uma forma forte da empresa ter sua marca mencionada em

todos os momentos, divulgação, exposição e até pelos próprios músicos da orquestra.

[...] a empresa deve buscar constantemente analisar os movimentos

culturais da sociedade, os seus valores e crenças, e buscar se alinhar a

eles, falando a língua de seus consumidores, principalmente em um

tempo de intensa globalização, em que paradoxalmente as culturas

tendem a se homogeneizar e a se diferenciar em suas diferentes tribos

para marcar suas diferenças (KOTLER, 2010, p.13)

O setor coorporativo, pode desempenhar papéis em relação ao setor de serviços

culturais.

[...] o de patrocinador, viabilizando a realização de projetos culturais

que necessitem de recursos financeiros ou encomendando projetos

próprios, além de comprar produtos ou serviços culturais como parte de

ações promocionais (como livros, peças de artesanato ou reproduções,

espetáculos teatrais, cinemas ou concertos). A empresa atua, então

como mediadora da demanda e da produção, seja como marca,

corporação, instituto ou fundação ligada à empresa. (REIS, 2007, p. 88)

O apoio empresarial à cultura pode vir a patrocinar projetos culturais sem a utilização

de Leis que a beneficiem economicamente, mas com o objetivo de identificar a sua marca a

favor de um mundo mais sustentável, relacionando a cultura com seu público consumidor,

fortalecendo o meio cultural do seu país ou cidade de localização, pois as pessoas necessitam

de algo que lhes traga alegria e paz.

A alternativa de vários patrocinadores, com contribuição mensal, atingiria o objetivo de

realizar a temporada anual, evitando a utilização da lei Rouanet, que atende a projetos de maior

valor, porém somente alguns trabalhos conseguem captar recursos.

Nesse espetáculo promovido com o dinheiro público não há lugar para

todos. O governo lava suas mãos em relação ao setor, “fazendo a sua

parte no processo, ou seja, aprovando projetos a rodo e sem critérios.

Conspurca, assim, o setor à condição de esmoleiro incompetente, pois

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menos de 20% dos proponentes dos projetos efetivam o patrocínio. À

empresa, o governo reserva o camarote. Via de regra, esta consegue

reaver 100% (com resgate além do valor aplicado de 9% a 25%) do

valor “investido” em artes e espetáculos (em sua maioria, eventos

reservados ao seu público-alvo, voltados para a promoção de suas

marcas). Ao contribuinte, que pagou a farra, resta a oportunidade de

comprar ingressos ou produtos a preços extorsivos (BRANT, 2002)

“A cultura sempre foi vista como o perfume que emana de uma sociedade, sem ver toda a

complexidade não só para produzir, como para veicular e para disponibilizar o acesso, para estruturar

uma economia forte” (FERREIRA, 2010, p.246).

As atividades culturais, tem um conteúdo inserido na criação de trabalho e ocupação

dos jovens em atividades que lhe agreguem valor.

[...]. Em comparação com outros setores, apresentam um elevado

potencial de nível de empregos por valor investidos e tendem a pagar

melhores salários. Geram renda, emprego, bem-estar, e são capazes de

propiciar a inclusão e coesão sociais, em particular de jovens e

minorias. Para isso contribui sobremaneira a característica intrínseca da

cultura em atuar com a diversidade, o que também a fortalece como

instrumento de desenvolvimento local e regional[...]. GORGULHO et

al., (2010).

A captação do auxílio governamental deve ser considerado, no caso, o da Secretaria

Municipal de Cultura, oferecendo o Teatro Paulo Eiró como residência artística, e local para a

realização dos concertos, com apoio para a infraestrutura como iluminação, uso do piano, é

fator primordial para a resolução do maior problema para a realização do projeto, que é o local

para ensaios e apresentações, pois os teatros da região oferecem um custo muito alto pelas

diárias, tendo ainda que arcar com profissionais para iluminação, além do transporte

especializado para os instrumentos, carregadores e montadores, caso o local de ensaio seja

diferente do local das apresentações .

Uma segunda opção seriam os editais do PROAC, que poderiam cobrir as despesas de

alguns meses, e buscando em financiamento coletivo através de mídias sociais - crowfunding,

são recursos que poderíamos utilizar, caso não consigamos captar o plano de patrocinadores

mensais.

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Na análise final constatamos a necessidade do patrocínio para que seja possível a remuneração

através de bolsa auxilio para os músicos, visando sua sustentação e continuidade da qualidade

apresentada, pois os músicos necessitam trabalhar em outras áreas para seu sustento econômico, tendo

escassez de tempo para seu desenvolvimento no estudo do instrumento musical, como já citamos

anteriormente.

A incorporação de uma academia dos músicos da orquestra em todos os instrumentos de

orquestra, com o objetivo de preparar músicos para o ingresso na prática orquestral, capacitaria

profissionais, seria um processo completo, educativo, de formação à produção artística e cultural,

propiciando acessibilidade e tornando o processo completo de fruição e inclusão sócio-cultural.

As empresas patrocinadoras que tenham visão/missão a capacitação de jovens/qualidade

cultural oferecida na formação e acesso à cultura, viriam a se encaixar na valorização do ser humano e

na responsabilidade social de acessibilidade cultural.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A economia na cultura existe no momento em que apresentações musicais podem ser

consideradas um produto, resultado de um trabalho criativo, e no desenvolvimento desse

produto, no caso, a música instrumental mesclando com diferentes linguagens artísticas, criam

um espetáculo de formação de público em que a sua apresentação proporciona um bem cultural,

além da oportunidade de lazer cultural.

Quando o fazer cultural é considerado como um produto, ele terá um valor simbólico

interagindo com o valor econômico.

As produções culturais geram valor econômico, sendo a economia um recurso à serviço

da cultura.

A cultura representa um desenvolvimento humano e social, por contribuir para o

crescimento, que coloca a atividade cultural como resultante das relações de trabalho geradas

pelas atividades desenvolvidas, além de movimentarem a economia consolidam as linguagens

artísticas, verdadeiramente educativas e produtivas.

A cultura como fator de desenvolvimento, pode ser gerador de empregos, utilizando o

seu saber artístico, gerando desenvolvimento para sua região com seus produtos e mantendo

viva sua herança cultural, do seu povo, estimulando seu empreendedorismo cultural e

preservando sua memória.

“A economia criativa trabalha para gerar mercado e a indústria criativa trabalha para

competir por mercado” (Avelar, 2010.pag26)

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“A economia criativa promove a geração de renda e empregos, estimulando o

empreendedorismo cultural”. Soledad Galhardo.

A criatividade é um fator de competividade nos projetos, produção que ganha no

mercado pela ideia, inovação, tornando-se fundamental para o sucesso de mercado.

A OFISA, enquanto produto cultural, é diferenciada, na escolha do repertório e a forma

de apresenta-lo, com elucidações sobre as obras e autores, diversificando estilos e épocas em

que as músicas foram compostas, alternando-se composições ligeiras, com introspectivas, em

uma sequência que possibilite ao público presente ficar atento, e absorver com alegria e

interesse o programa apresentado. O músico integrante da orquestra ganha experiência técnica

e interpretativa ao se preparar para repertórios não tradicionais de formação, ritmos e gêneros

que apresentem desafios na sua execução, se tornam conhecedores de vasto repertório

orquestral.

A maior criatividade deve ocorrer no momento de conseguir realizar o projeto em si,

levantando recursos, já que dependemos da iniciativa privada para conseguir patrocínio ou das

políticas públicas ou do próprio interesse do público em frequentar aos concertos, para obter o

sucesso idealizado.

“Criatividade. Palavra de definições múltiplas, que remete intuitivamente à capacidade

não só de criar o novo, mas de reinventar (…) equacionar soluções para novos e velhos

problemas. ” (REIS, 2007 p.15).

“A criatividade é um catalizador entre os bens simbólicos e os bens econômicos...o

importante é que esses bens circulem e garantam a renovação da diversidade cultural, como

também seja garantido o acesso a esses bens, principalmente aos jovens (REIS, 2006).

“Quanto mais boa música uma pessoa ouvir, mais provável que seu gosto por ela

aumentará”. (MARSHALL apud REIS, 2007, p.18).

No campo da cultura, dizemos que o consumo da cultura fomenta a formação do hábito.

Quanto mais estivermos em contato com a cultura, mais necessidade de vivencia-la teremos.

O projeto possui uma certa complexidade para seu desenvolvimento pela falta de

recursos, apesar dos parceiros e pessoas engajadas na sua realização, é necessário o patrocínio

e para que se tenha recursos, devemos despertar os interesses externos, pois apesar de estar

comprovada a relevância de seu valor artístico, as empresas patrocinadoras devem ter a mesma

percepção do público seguidor da orquestra.

O projeto gera um bem artístico, um entretenimento – lazer cultural que deve ser

despertado e trabalhado com perseverança, já que hábitos culturais não são adquiridos de uma

hora para outra, é necessário um trabalho de descoberta ao conhecimento.

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A música se constitui num fenômeno de sociabilidade segundo Michel Bozon, discípulo

de Pierre Bordieu, sendo a orquestra um espaço privilegiado de manifestações de diferenças

que podem ser percebidas nos diferentes instrumentos, naipes e músicos.

No estudo qualitativo realizado entre os músicos da OFISA que foram entrevistados,

podemos constatar que a prática orquestral é um pilar fundamental para o crescimento

individual do músico que aprende a desenvolver suas habilidades e produzi-la no grupo, se

percebendo dentro da equipe para a realização de um objetivo conjunto.

Segundo Philip Kotler “Precisa ser único de alguma forma, ser diferente”.

A necessidade da arte de se ponderar, recriar e compreender o mundo faz com que o

hibridismo seja cada vez mais presente e proveitoso no mundo das artes, rompendo-se as

fronteiras entre as linguagens, criando-se novas formas de se apresentar os trabalhos.

Segundo Renato Ortiz (2000) a pluralidade, heterogeneidade, diversidade e flexibilidade

fazem parte do mundo contemporâneo, assim como da arte contemporânea, pois ela incorpora

influências da cultura.

Portanto, podemos concluir que as apresentações dos concertos, com diversidade de

repertório e com interações de outras linguagens vem mostrar um novo caminho de difusão da

música instrumental, trazendo crescimento e um maior conhecimento aos seus músicos e

público, em um mundo contemporâneo em que novas apropriações são pertinentes.

O artista sempre reflete na sua arte incômodos dos quais necessitam falar, ou alegrias

vividas, essa situação vem sendo sentida no decorrer dos tempos, na transição dos períodos

barroco, classicismo, romantismo para o contemporâneo, o atual que responde pela realidade

vivida no mundo globalizado.

O teatro é o lugar aonde se vê, não existe um musico, uma orquestra aonde não existe

um público para assisti-la, estão interligadas, exemplificamos através de Duchamp (1980):

Resumindo, o ato criador não é executado pelo artista sozinho; o

público estabelece o contato entre a obra de arte e o mundo exterior,

decifrando e interpretando suas qualidades intrínsecas e, desta forma,

acrescenta sua contribuição ao ato criador. (p.3)

O entendimento de que a criação artística interage com o tempo e dependem das

políticas públicas e privadas para acontecerem, são fundamentais e tem ação transformadora

para a região aonde ocorrem, favorecendo a construção social da cultura e refletirem a

sociedade atual, afinal cultura é o modo de pensar, fazer e agir de uma sociedade.

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O projeto possui qualidade, pois tem utilidade social, viabilidade em acontecer, baseia-

se em princípios éticos e precisos nas justificativas, tendo condições necessárias de exibirem

valor e mérito na sua realização.

Albuquerque e Silva (2010) destacam que o acesso universal à cultura deve ser a ênfase

de todo projeto cultural, de forma a buscar as condições de expansão dos meios de difusão, os

direitos de acesso e ampliar as possibilidades de aproveitamento cultural.

Segundo THIRY_CHERQUES, (2008, p 31-32) o fundamental é chegar à convicção de

que vale a pena o esforço.

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REFERÊNCIAS

A economia da cultura o BNDES e o desenvolvimento sustentável – Luciane Fernandes

Gorgulho, Marcelo Goldstein, Patricia Vieira Machado, Alexandre e Gustavo Affonso Taboas

de Melo.

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APÊNDICE A

Questionário para músicos da orquestra:

Nome:

Idade:

1. Porque você decidiu optar pela prática orquestral.

2. O que significa para você ser músico.

3. Você está na OFISA há quanto tempo?

4. Em que a OFISA contribuiu na sua formação profissional.

5. Quais são os aspectos positivos de tocar em orquestra.

6. Quais os aspectos negativos de tocar em orquestra.

7. Quais suas expectativas quanto a OFISA

8. Quais suas expectativas quanto a sua carreira profissional.

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APÊNDICE B

Questionário para público da Ofisa

Nome:

Idade:

1. Há quanto tempo conhece a OFISA, por intermédio de quem?

2. Quantos concertos você já assistiu?

3.O que você acha do trabalho desenvolvido pela orquestra?

4. O que mais aprecia nos concertos?

5. O que você não gosta nos concertos da OFISA?

6. Você tem o hábito de frequentar concertos? Quais orquestras conhece?

7. Como se sente dentro de um teatro?

8. Para você é importante ter atividades culturais? Quais atividades culturais aprecia?

9. Com que frequência participa de eventos culturais?

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APÊNDICE C – PERGUNTAS AOS MÚSICOS

Porque você decidiu optar pela

prática orquestral.

Não foi opção, levei meu filho em

uma Oficina de Flauta Doce e com

incentivo da professora comecei a

fazer Flauta Doce e estou até hoje.

A princípio não decidi, nasci e fui

criado no interior, onde vários

músicos, inclusive meu professor,

participavam da orquestra da cidade, então foi um caminho

natural onde me inseri.

O estudo da música é muito

solitário. Estudamos horas seguidas

sozinhos. Gosto do ambiente de

orquestra, de encontrar com as pessoas e fazer música junto. Gosto

dos sons que são produzidos pelo

conjunto. A orquestra também

amplia nosso conhecimento musical, tanto com repertórios

novos, como por motivar o nosso

estudo para melhorarmos a técnica.

Por ser uma experiência de imersão

em música que eu admiro pela

atenção e percepção do proximo

que é exigida para que tudo funcione como se deve.

O que significa para você ser músico.

pra mim a música é tudo, razão de viver.

Pra mim significa ser fluente em uma linguagem, assim como inglês,

francês. Significa além disso,

perceber coisas que pessoas que não

tiveram uma construção musical nem sonham que exista.

A música sempre me acompanhou. Desde criança toquei piano, flauta e

na adolescencia a viola.Tenho uma

profissão principal, que é ser

psicóloga. Ela requer muita energia emocional. A música ameniza as

dificuldades que passo com a

psicologia, dá um equilíbrio interno,

sinto muita satisfação em tocar meu instrumento e em ouvir belos

sons.Tento dividir meu tempo entre

a psicologia e a música, nem

sempre é fácil...

Ser musico, pra mim, é poder me expressar através de um instrumento

numa linguagem universal que

alcance a todo aquele que ouve.

Você está na OFISA há quanto

tempo?

Estou na OFISA desde sua

fundação 14 anos

5 meses Entrei em fevereiro de 2012, há 5

anos.

Há 3 anos (desde 2014)

Em que a OFISA contribuiu na sua

formação profissional.

Sou muito agradecida a OFISA por

ter me proporcionado conhecimento musical e prática Orquestral e tudo

o que sei hoje foi através da OFISA

Contribuiu para a quantidade de

trabalhos em orquestra que realizei, contribui para minha primeira

experiência musical na capital, e a

chance de crescer cada vez mais

como músico instrumentista e arranjador.

Ela amplia meu conhecimento sobre

diversos tipos de repertórios, de épocas e estilos diferentes. Motiva

para estudarmos repertórios mais

difíceis, que exigem um

aprimoramento técnico. Coloca os músicos em contato com as

questões profissionais, preparando

melhor para uma postura adequada

para que possamos trabalhar com musica de verdade. Faz concertos

com várias modalidades de arte

diferentes, como balé, coral, canto,

que ampliam nosso modo de se relacionar com a arte.

A Ofisa, através da prática

orquestral me ensinou a ter postura, disciplina e maior controle e tecnica

do meu instrumento e sonoridade.

Quais são os aspectos positivos de

tocar em orquestra.

São vários: conhecimento musical,

estar sempre renovando, amigos.

. É maravilhoso a experiência de

tocar em orquestra, ouvir a

combinação de vários instrumentos, trabalhar em equipe, se sentir parte

e crescer junto com o grupo, treinar

e aumentar suas habilidades em ter

que prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo e exercitar a

disciplina.

A orquestra amplia nosso

conhecimento musical, tanto com

repertórios novos, como por motivar o nosso estudo para

melhorarmos a técnica.

Encontramos colegas, aprendemos

junto com os outros,podemos formar grupos de musica de câmara,

desenvolvemos a postura

profissional e aprendemos a lidar

com regentes.

Aprender e desenvolver aspectos

como disciplina, respeito, postura e

atenção.

Quais os aspectos negativos de

tocar em orquestra.

Acho que não tem, Eu só queria

conseguir tocar brilhantemente,

para acompanhar o repertório.

Entendo como aspectos negativos

só como a cultura de modo geral é

subestimada na sociedade

extremamente capitalista em que estamos inseridos, tendo como

consequência falta de apoio privado

ou público.

Acho que se o repertório é muito

fácil, o musico fica acomodado, não

se desenvolve.

Infelizmente, no nosso país, a

cultura musical não favorece as

formações orquestrais, não há

divulgação massiva como outros gêneros tem e não há colaboração

de empresas, como patrocínio ou

bolsa/salário para os músicos e

colaboradores de uma orquestra... Quais suas expectativas quanto a

OFISA

Minha espectativas e que a OFISA

seja reconhecida como merece.

Penso que a OFISA está em

ascensão nesse momento, que ainda

vai se tornar uma orquestra grande e

profissional, carregar o nome de Santo Amaro é de uma visibilidade

ótima, tenho boas expectativas.

Eu gosto muito de tocar na OFISA,

acho que o grupo é legal e a regente

sabe conduzir a orquestra.

Espero que consigamos vencer as

dificuldades que o país está

passando e crescer em qualidade e

desenvolvimento, tanto pessoal quanto do todo.

Quais suas expectativas quanto a

sua carreira profissional.

Para mim: qualidade de vida... . Me tornar arranjador profissional

na área de orquestras, para filmes e outros materiais de áudio-visual,

crescer como regente, e sobretudo

mudar como a cultura das

orquestras é vista pelo estado.

Gostaria muito que a OFISA

conseguisse um patrocínio, para que possamos diminuir as atividades

paralelas que fazemos e possamos

nos concentrar mais na música.

Crescer e desenvolver técnica e

didática para continuar atuando no meio musical profissionalmente.

1

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PERGUNTAS AOS MÚSICOS

M5 M6 M7 M8

Porque você decidiu

optar pela prática

orquestral.

Sempre gostei de ver e ouvir

orquestras, gosto muito de músicas eruditas.

A pratica orquestral era uma

experiencia que me faltava, assim como a maior disciplina no

estudo teorico, da musica e do

violoncello qdo decidi adquiri-lo

em 2006. Outro fato foi a aproximação da aposentadoria

em 2009, já descidido a voltar

definitivamente ao mundo

Musical Profissional.

Pela variedade dos timbres na sua

real essência sonora sem efeitos ou distorções mas sim puro e

limpo, quando cada instrumento

mostra sua personalidade e no

tutti uma união perfeita, isso muito me atrai.

Decidi pela prática orquestral

tendo em vista a execução do trombone em obras consagradas

por grandes compositores.

O que significa para você ser

músico.

Uma pergunta complexa ser Musico, tem

varios aspectos, mais o principal é

Emocionar as pessoas e Emocionar-se com

a interpretação das composições, historias dos autores, evolução e fatos ligados ao

desenvolvimento musical, novas tecnicas

de execução e por que não, novas

tecnologias humanas como a introdução da eletronica, nas ultimas decadas. Para mim

esta é a Arte Maior, da Alma em todos os

seres Vivos. Como Fisico passei a

relacioná-la com a Astronomia a Estrutura da Materia e por fim o Universo.

Ser músico significa que vale a pena

acreditar e viver o sonho pois o verdadeiro

sentido no palco é apresentar o trabalho do

estudo e trabalho em ensaios do restante é diversão e tocar no sentimento daqueles

que recebem levando algo sincero com

amor e carinho.

Ser músico significa para mim o exercício

de uma atividade que considero das mais

importantes em minha vida, na qual dedico

grande parte do meu tempo e intelecto no estudo e interpretação musical com o

trombone.

Você está na OFISA há

quanto tempo?

10/11 anos . Desde Setembro de 2011

inicialmente na OSL, e após na

OFISA, uma curiosidade que reparei no nome da orquestra.

Santo Amaro da Purificação.

7 anos 2 anos e meio aproximadamente.

Em que a OFISA

contribuiu na sua

formação profissional.

No crescimento musical, tive

oportunidade de melhorar como músico em meu instrumento,

estudando repertório

diversificado, alguns

tecnicamente com grandes desafios.

Na verdade esta contribuindo, na

complementação da minha vocação primeira, que por força

das circunstancias financeiras da

decada de 70, optei por

considerá-la um Hobby, até atingir minha independencia

financeira. Mas nem por isso me

faltou nas horas de aperto

familiar, pude contar com uma ajuda extra Sempre.

Me tornando um músico que

busca mais crescer não só no instrumento mas sim na música

em um todo, também no respeito

para com o grupo de trabalho

evitando atrasos e faltas para não comprometer o resultado final,

nas vestimentas para se

apresentar no palco e também nas

apresentações solos, duetos e trios.

A OFISA contribui

profissionalmente oferecendo a oportunidade de tocar trombone

em uma orquestra e prepara para

o mercado de trabalho na

execução de peças sinfônicas.

Quais são os aspectos

positivos de tocar em

orquestra.

Participar em um grupo onde

todos amam o que fazem. Uma

orquestra não é apenas um grupo de trabalho, é de amigos, é nossa

família musical.

Diversidade musical de musicos,

de instrumentos, timbres,

sonoridades e sobretudo na origem dos instrumentos, com

menor artificios eletronicos,

oportunidade de "viajar" no

tempo, nas eras musicais, participando das execuções

seculares, as vezes com

roupagem contemporanea.

Noutro aspecto, um maior respeito as hierarquias que a

compõe.

O crescimento musical e o

amadurecimento em trabalhar em

grupo.

O contato com peças de grandes

compositores, no meu caso, a

execução do trombone nas partes dos metais graves escrito por

eles.

Quais os aspectos

negativos de tocar em

orquestra.

Os aspectos negativos são por ter

um dia na semana para ensaio e não é o dia todo, é apenas poucas

horas. Também por não ser

remunerado

Algum sacrificio nas

individualidades de cada musico, diluido no conjunto, no tocante a

improvisações, experimentações

e personalidades mais geniais.

Por outro lado menor percepção dos erros cometidos, que também

ficam mais dificeis de se apurar,

fato que as vezes é tido como uma vantagem aparente.

. A falta de apoio do governo e

órgãos que poderiam doar incentivos para realização dos

trabalhos.

No meu caso, o aspecto negativo

é que o trombone não aparece em peças orquestrais de alguns

períodos da história da música e

em algumas peças não é tão

explorado, sendo necessário esperar inúmeros compassos para

tocar algumas notas.

Quais suas expectativas

quanto a OFISA

Eu torço para OFISA conseguir

patrocínio para que possa manter

um grupo permanente, dando oportunidade do músico melhorar

cada vez mais profissionalmente,

com remuneração o músico pode

dedicar mais seu tempo aos estudos e investir em aprendizado

extra, investir em melhor

instrumento também.

Grandes, tenho a percepção que

ela cresce em varias direções,

isso me causa grande entusiasmo, pois sou muito otimista nos

ideais da musica. A muito por

fazer o que é ótimo.

Por ser uma quantidade grande de

músicos em certos momentos é

difícil de entender o comportamento de alguns colegas

músicos.Que continue crescendo

musicalmente e que receba apoio

de quem possa doar ajudas para que os músicos tenham salários

podendo assim se dedicar mais

aos estudos e carreira

profissional/musical.

A OFISA gera uma grande

expectativa no sentido de se

tornar uma orquestra reconhecida por empresários ou pelo governo

e, desta forma, oferecer

remuneração aos talentosos e

dedicados músicos que à compõem.

Quais suas expectativas

quanto a sua carreira

profissional.

Pretendo estudar e fazer o melhor

que posso.

. Vejo o Profissional Musico

como uma consequencia do

trabalho e seu empenho, e no

aspecto financeiro, não vejo como um objetivo final, se ser

Profissional é o Bom Amador,

que faz por Amor e com Amor,

nos seremos recompensados. Isto será um caminho natural e mais

leve.

. Crescer e crescer seguindo

adiante e que a música cresça

mais e mais em mim, que através

do trabalho sincero e verdadeiro possa tocar no sentimento

daqueles que recebem e dar o

melhor não só na música mas

também para minha família através do meu trabalho, mostrar

para o próximo que vale a pena

acreditar e viver do seu sonho.

A expectativa na minha carreira

profissional enquanto

trombonista é de seguir no estudo

sob orientação de um professor e após superar todos os desafios de

dificuldade técnica e musical do

trombone, continuar atuando

como músico de orquestra, solista de peças de nível técnico

avançado e atuar como professor

de trombone.

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PERGUNTAS AOS MÚSICOS M9 M10 M11 M12

Porque você decidiu optar

pela prática orquestral.

Por causa da Silvia (isso é sério) Desde pequeno sempre gostei de orquestras, cresci assistindo ao filme "Fantasia" da Disney, e ao me tornar músico não imaginei outro caminho se não o meio orquestral

Eu decidi optar pela prática orquestral por conta do amor a música erudita, e o meio de aperfeiçoar meus conhecimentos e praticar o que aprendi, era através da orquestra, pois a mesma possui um repertório vasto e diversificado me desafiando a melhorar a cada concerto.

Optei pela prática orquestral por orquestra ser algo que sempre gostei, dos arranjos orquestrais sempre tão ricos.

O que significa para você

ser músico.

Ser musico é um talento Ser músico significa tudo, simplesmente não consigo me imaginar sem um instrumento na mão

Ser músico para mim é mais do que especial, pois, é um sonho que realizo. Desde criança meu desejo era ser músico e tocar violino, e confesso que em muitas ocasiões vi esse meu sonho distante, porquanto sou de uma família humilde, e a prática da música erudita no Brasil infelizmente é elitizada e sem incentivo do governo, mas através de muita luta e barreiras superadas, hoje posso desfrutar desse sonho de menino.

Músico é levar a música para as pessoas de alguma forma e tocá-las com isso.

Você está na OFISA há

quanto tempo?

6 anos 4 meses Estou na OFISA há 2 anos. Estou na OFISA há 5 anos.

Em que a OFISA contribuiu

na sua formação profissional.

Crescimento, conhecimento, vontade de estudar mais, interesse, abertura de horizontes, disciplina, convívio com equipe.

A OFISA me ajuda a construir habilidades que são muito importantes para um músico profissional, como a responsabilidade de fazer parte de um grupo onde cada um é importante independente da voz/estante que esteja tocando

A OFISA contribuiu em 70% da minha formação profissional. Hoje, olho para trás, a exatamente 2 anos quando ingressei na orquestra, e vejo o quanto evolui, seja em técnica, interpretação, qualidade de som, capacidade de tocar em grupo, etc.

Ela não só contribuiu como foi praticamente o que fez a minha carreira musical, influenciou completamente para que eu me tornasse uma violinista, pois com o dia a dia dos ensaios e a ajuda dos amigos, vamos aprendendo e construindo um repertório muito grande em termos técnicos e de estilos diferentes também.

Quais são os aspectos positivos de tocar em

orquestra.

Aprendizado, trabalho em equipe, concentração, observação

Tocar em orquestra é muito mais do que somente tocar, você aprende a ouvir os outros enquanto toca a sua parte, assim aprendendo que ouvir muitas vezes é mais importante para o resultado final. Aprendemos que o todo é mais importante que a parte individual, e muitas vezes precisamos abrir mão de algumas ideias musicais e nos adaptarmos ao meio, o que nos faz crescer como músicos.

Os aspectos positivos de se tocar em uma orquestra, é o aperfeiçoamento profissional, tanto na parte prática do instrumento, quanto na parte de comportamento e convivência em grupo, pois te agrega no aspecto profissional de forma completa, além das oportunidades de solo, grupos de câmara, repertório diversificado com obras de diversas épocas, etc.

Tocando em orquestra aprendemos a tocar em grupo, respeitar os colegas, ter responsabilidade, não basta ser você com você, tem que aprender a trabalhar em equipe.

Quais os aspectos negativos de tocar em orquestra.

Egos grandes Por se tratar de um grupo grande formado por individuos completamente diferentes tocar em orquestra as vezes pode ser um desafio e tanto se você não souber se adaptar.

Os aspectos negativos de se tocar em uma orquestra, é a falta de recurso financeiro, falta de incentivo por parte do governo e da população, a falta de reconhecimento do nosso trabalho, a dificuldade em formar um público, etc.

. Aspectos negativos acredito que sejam que não somente você trabalha para conseguir um resultado, para chegar no horário ou conseguir tocar aquele trecho, é uma orquestra toda, então podemos encontrar pessoas não tão comprometidas, o que pode causar dificuldades para o grupo como um todo.

Quais suas expectativas

quanto a OFISA

Crescimento, aprendizado. A OFISA tem tudo para ser uma orquestra cada vez maior e de mais qualidade, minhas expectativas são altissimas e sei que a orquestra não me decepcionará quanto a elas.

As minhas expectativas quanto a OFISA, são as melhores possíveis. Mesmo em um tempo de turbulência em que vive o nosso país, eu acredito que a tendência em relação a nossa orquestra é melhorar, pois possuímos um excelente grupo de trabalho, cheio de talentos individuais, com muita vontade de mudar a realidade da música clássica no nosso país, e uma orquestra que sobrevive a 13 anos, sem ajuda de custo nenhum para a manutenção dos instrumentos, sem estrutura para ensaios até o inicio desse ano, quando conseguimos após muito esforço e trabalho da maestrina Silvia Luisada o Teatro Paulo Eiró como nossa casa, tocando em condições precárias, e mesmo sob todas essas situações negativas, não faltar empenho e esforço da maestrina e músicos em tirar o seu melhor, a cada ensaio e apresentação, de fato prova o quanto essa orquestra é grande. E mesmo sob todas essas circunstâncias, a cada temporada a qualidade da orquestra só aumenta, isso não é para qualquer um, e é o me faz acreditar que as expectativas para nós são positivas, porque a OFISA se reinventa a cada repertório tocado, e é isso que me faz permanecer lutando por ela a cada ano.

Acredito que a OFISA já é uma orquestra de sucesso, pois fazemos um trabalho de educação com as pessoas de Santo Amaro e outras. Levamos a música a muitos que antes não a conheciam desta forma. Levamos cultura. A OFISA, contanto com a grande força de nossa maestrina Silvia Luisada, tem se sustentado sozinha de uma forma admirável. As expectativas são as melhores, pois tenho certeza de que logo mais teremos novos projetos pela frente.

Quais suas expectativas quanto a sua carreira

profissional.

Não tenho expectativas profissionais Meu objetivo é ser primeiro trompete de uma grande orquestra, e estou estudando e me dedicando para que isso se torne realidade e que eu possa realizar meus sonhos na area da música.

A curto prazo desejo seguir com a minha carreira de músico em orquestras, a médio e longo prazo tenho o desejo de dar aulas para crianças de baixa renda para propagar a música erudita em nossa sociedade e futuramente focar apenas em lecionar.

Acredito que continuarei tocando meu instrumento violino e também o canto lírico. Também estudarei cada vez mais para que melhoremos a orquestra e para que possa conseguir trabalhar também em algum coro lírico ou atuando como solista. Assim, balanceando violino e canto estarei sempre satisfeita com minha carreira musical.

3

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PERGUNTAS AOS MÚSICOS M17 M18 M19 M20

Porque você decidiu optar pela prática orquestral.

Porque a orquestra dá uma

visão ampla da Música e da

sua essência.

Fui atraído pela prática

orquestral porque como

músico, quis conhecer como era uma orquestra de perto.

Comecei a me aproximar da

OFISA, e pelo seu repertório diversificado, me

identifiquei como músico popular, nascendo ali a

vontade de integrar um

grupo como este.

É um sonho realizado!! decidi optar pela pratica

orquestral, pois com isso

desenvolvo um melhor trabalho em conjunto, minha

tecnica instrumental e

musicalidade.

O que significa para você

ser músico.

Aprender o Amor. Do aspecto pessoal, a

experiência de ser envolvido

pelos sons, impactando a própria alma. Do aspecto

social, proporcionar as pessoas também essa

experiência, trazendo ainda à

memória os momentos particulares de suas vidas.

2- Paz de espírito, realização, grande felicidade

para mim ser músico

significa poder fazer um

mundo um lugar melhor para se viver, através da musica

levamos alegria para as pessoas e com isso tornamos

as pessoas e o mundo cada

dia melhor

Você está na OFISA há

quanto tempo?

6 meses Estou na 3ª Temporada com

a OFISA– Do aspecto pessoal, a experiência de ser

envolvido pelos sons, impactando a própria alma.

Do aspecto social,

proporcionar as pessoas também essa experiência,

trazendo ainda à memória os momentos particulares de

suas vidas.

3 anos 3 anos

Em que a OFISA

contribuiu na sua formação profissional.

Contribuiu muito e continua contribuindo no aspecto do

repertório, prática , execução

, percepção , harmonia, contraponto, audição, tempo,

interpretação, fraseado, leitura.

Do aspecto profissional, me proporcionou a prática

orquestral. Ampliou meu

conhecimento técnico e musical. Contribuiu para o

conhecimento de repertório, obras que até então não

faziam parte de minha vida.

Me fez sentir parte de algo grandioso, que realmente

impacta a vida das pessoas.

Me deu autoridade e prova social como músico.

Confiança, comprometimento,

experiência, trabalho em

equipe

a OFISA para mim foi um grande laboratório

orquestral, onde pude

desenvolver técnica, musicalidade, sonoridade, e

tocar em conjunto

Quais são os aspectos

positivos de tocar em orquestra.

Aprender a Música como um todo através do

relacionamento ,

entrosamento e crescimento pessoal com os colegas de

trabalho.

A ideia social de fazer parte de um todo, como

comunidade. A divisão e

organização do trabalho, que gera a responsabilidade de

saber que o seu trabalho,

contribui como o todo. O Desenvolvimento técnico e

musical são enlevados de tal forma, que sozinho seria

impossível alcançar o

mesmo resultado, principalmente porque a

habilidade de tocar em grupo

é estimulada o tempo todo. O impacto, a impressão e as

frequências físicas que somente uma orquestra pode

gerar, de forma orgânica,

gera uma experiência única para qualquer músico ou

ouvinte.

Responsabilidade, trabalho em equipe, conhecimento,

sentimento de inclusão,

respeito

ter a oportunidade de tocar repertorio diversos, de

diferentes períodos e estilos.

Quais os aspectos negativos de tocar em

orquestra.

desconheço – Como toda organização social, os problemas

existem. Primeiramente porque cada pessoa, tem

uma percepção do que

acontece, e visualiza em sua própria mente como deveria

ser uma orquestra ideal. Isso pode gerar conflito de ideias,

interesses ou frustração para

quem não tem esta habilidade social. Do

aspecto técnico, pode existir

comodismo para determinados naipes que

possuem muitos instrumentos, pelo fato de

que é possível se ‘esconder’

um pouco, no som de outras pessoas.

Nenhum na minha opinião não vejo nenhum

Quais suas expectativas

quanto a OFISA

Muito boas . A orquestra se

desenvolve muito rápido.

Tenho a expectativa que a

OFISA continue a crescer musicalmente, com

consciência de grupo e em impacto social.

Continuar crescendo e

aprimorando

Acredito que a OFISA esta

no caminho certo para se tornar uma grande orquestra

brasileira, o principal que poucas fazem, a OFISA já

faz que é levar alegria ao

público com um repertorio diversificado.

Quais suas expectativas

quanto a sua carreira profissional.

Também muito boas . Uma

orquestra como essa é algo muito precioso na carreira de

um Músico.

Desejo continuar

desenvolvendo o conhecimento musical e

técnico do meu instrumento. Aprimorando a

sensibilidade, para também

servir melhor aos que me ouvem. E que a música

sempre esteja presente em

minha vida, nos melhores ou piores momentos, como

refúgio ou palácio, independente do instrumento

que eu tocar.

Acompanhar a OFISA no

crescimento e aprimoramento.

acredito que o mercado esta

muito dificil para os músicos, não faço música

pelo dinheiro mas se pudessemos viver de

m´´usica seria tudo mais

facil, então com tudo isso vejo que terei que seguir

outra carreira, mas ainda sim

seguir como musico tbm.

5

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APÊNDICE D - PERGUNTAS AO PÚBLICO

PERGUNTAS AO PÚBLICO

P1 P2 P3 P4

1 . Há quanto tempo conhece a OFISA, por

intermédio de quem?

Desde o início, por intermédio da C.P.

12 anos, minha esposa Conheci a OFISA em junho de 2005, há 12

anos. Ganhei um convite de uma amiga

que freqüenta o Coral Rachel Peluso.

Há oito anos , passando pelo centro cultural .

2 Quantos concertos você já assistiu?

Praticamente todos. mais de 30 Mais de 30 concertos. 30 concertos

3 O que você acha do trabalho desenvolvido

pela orquestra?

Importante para a disseminação da

cultura.

É um trabalho árduo, constante e muito

bonito.

Maravilhoso, surpreendente, muito

bem elaborado

O nível profissional das músicas e a escolha dos

repertórios que além de diversificado é de

extremo bom gosto. E também quanto às

oportunidades que são amplamente

aproveitadas no sentido de levar aos

frequentadores a história dos

compositores ali expostos através de suas

músicas.

4 O que mais aprecia nos

concertos?

Observar os detalhes e

relaxar com as músicas.

O som orquestral e dos

solos, as variedades dos repertórios, as

diversidades de atrações como cantores solistas e

coral, bailarinas, odaliscas, encenações

teatrais, as telas de fundo com imagens, a

interação da maestrina com a platéia.

A afinação, a inovação, a

oportunidade que a

Maestrina Silvia Luisada proporciona aos seus

músicos desenvolvendo seus

talentos e se relaciona com a

plateia de forma alegre e descontraida, falando dos.

compositores. A parte

teatral, as imagens no telão,

Gosto também dos convidados que participam

do concerto: pianistas,

bailarinos (as), cantores solistas, Coral Rachel

Peluso, músicos solistas,

além do prazer de ouvir e

sentir cada música ainda adquirimos um conteúdo

imensurável de

conhecimento musical e

cultural.

Estas observações dão

maior sentido às melodias, sejam elas

alegres ou tristes, contribuindo para um

conhecimento mais elaborado a respeito dos

seus autores.

5 O que você não gosta nos concertos da

OFISA?

Nada me desagrada. Não tem. Nunca aconteceu nada que me desagradou

Eu aprecio muito esta orquestra, não tendo o

que falar no sentido negativo sobre a

mesma.

6 Você tem o hábito de

frequentar concertos? Quais orquestras

conhece?

De vez em quando.

Osesc, Sesc e outras.

costumo frequentar a

OSL- Orquestra Silvia Luisada, André Rieu –

Ginásio do Ibirapuera – 2012 e Sala São Paulo

costumo frequentar a

OSL- Orquestra Silvia Luisada, André Rieu –

Ginásio do Ibirapuera – 2012 e Sala São Paulo

Já fui a OCA em várias

exposições, no museu da língua Portuguesa,

no MAM. Exposição dos impressionistas no

CC Banco do Brasil.

Cinema.Casa Cor.

7 Como se sente dentro de um teatro?

Feliz. Muito bem! Muito feliz! muito feliz

8 Para você é importante ter atividades culturais?

Quais atividades culturais aprecia?

Sim. Concertos, visita a museus, e peça de

teatro.

Sim! Musicais, Teatros, Jogral, Cinema, Circo

Muito importante! Teatro, Cinema,

Literatura. Oficinas de Arte: Flauta Doce,

Violão, Desenho Artístico, Pintura,

Coral...

sim, porque a música me proporciona uma

alegria interior muito

grande. Gosto também de peças teatrais.

9 Com que frequência

participa de eventos culturais?

Mensalmente. Várias vezes por ano. Semanalmente! sempre que posso

1

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PERGUNTAS AO PÚBLICO

P5 P6 P7 P8

1 . Há quanto tempo conhece a OFISA, por

intermédio de quem?

Cerca de 8 anos e meio. Assisti uma apresentação

da Ofisa na época e interessei para ser

membro da Orquestra

4 Meses apresentado pela M.V.

Conheço a orquestra desde o início de sua formação. Acompanho o trabalho desde então, não me recordo exatamente o tempo.

Conheço a OFISA desde 2009, por intermédio de Misael Soares de Oliveira

2 Quantos concertos você

já assistiu?

Quanto a Ofisa se não

falhar a memória, todas as apresentações estive

presentes.

3 Concertos, de abril,maio e junho deste ano(2017).

Infelizmente poucos , quatro, pois sou da área musical e muitas vezes as datas das minhas apresentações musicais acontecem na mesma data.

Já assisti a mais de 10 concertos

3 O que você acha do trabalho desenvolvido

pela orquestra?

Multíssimo interessante. A Orquestra, não só, as

músicas apresentadas, mas agrega com Coral,

Balê, e outras áreas.

É um excelente trabalho, sempre com ótimos repertórios, muito bem interpretados pela orquestra e sempre com grande acessibilidade, tanto para pessoas com alguma deficiência física como acessível financeiramente.

Excelente! Principalmente os concertos didáticos.Já levei as duas escolas onde trabalho p o concerto didático da Offisa.Já levei meus alunos em concertos didáticos de outros projetos, mas realmente , o da Offisa realmente envolve e informa de forma eficaz.

O trabalho desenvolvido pela OFISA tem melhorado a cada dia

4 O que mais aprecia nos concertos?

Concerto é o resultado do nosso trabalho ao longo

dos ensaios, onde o juiz é o público da plateia.

Quando o público vem

A dedicação com a qual todos os participantes demonstram ter pelo sucesso do evento, isso fica evidente no resultado final do trabalho, sempre excelente.

O que mais aprecio é a dedicação, a forma lúdica e envolvente que os componentes da orquestra realizam o concerto.

O que mais aprecio nos concertos é a variedade de gêneros musicais.

5 O que você não gosta nos concertos da OFISA?

Os membros da orquestra são bons e o público são

maravilhosos.

Não tem lugar marcado no ingresso e uma grande fila, tanto para compra de ingresso quanto para a entrada no local.

Não há nada negativo até o presente momento.

nada

6 Você tem o hábito de frequentar concertos?

Quais orquestras conhece?

varias. Infelizmente estou recem descobrindo este novo mundo e seus grandes benefícios que ele trás, por enquanto só acompanho a OFISA.

Osusp, Orquestra Bachiana, Orquestra do Sesi, Offisa, OSESP.

Tenho o hábito de frequentar concertos. Conheço a OSESP, OMSP, Jazz Sinfônica, OSMC, OSM de Santos, Banda Sinfônica de São Paulo, etc.

7 Como se sente dentro de um teatro?

teatro muito bonito Dentro do teatro é sempre muito bom, parece que o som contagia mais a gente, é sempre uma grande felicidade e grande emoção.

Me sinto ansiosa dentro do teatro

Me sinto confortável no teatro.

8 Para você é importante

ter atividades culturais? Quais atividades culturais

aprecia?

É extremamente

importante. Depois da minha profissão

(engenheiro aposentado) a música é mais

importante na minha vida. Eu encarei sempre a

música faz parte da atividade cultural. Outra

atividade cultural que eu aprecio é ler os livros.

Acredito que as atividades culturais, são realmente muito importantes, uma vez que pessoas com mais cultura, consegue discernir melhor entre o certo e o errado. Aprecio as apresentações de balé e as orquestras.

. É muito importante.portante Atividades culturais. Todas , minha preferência são atividades musicais, pois sou dessa área. Por outro lado adoro a dança é a dramatização. Quando é possível unir todas essas expressões artísticas, o resultado é maravilhoso, além de muito rico e instigante.

Acho muito importante ter atividades culturais. O que mais aprecio é ouvir música, mas gosto também de cinema , teatro e exposições de arte.

9 Com que frequência participa de eventos culturais?

hoje em dia por causa da minha

idade é mais restrito. Tento pelo menos 1 vez por mês participar de um evento diferente.

Participo constantemente de atividades culturais. Pois sou arte educadora e frequentemente apresento meu coral e outras formações musical.

2

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PERGUNTAS AO PÚBLICO

P9 P10 P11 P12

1 . Há quanto tempo conhece a OFISA, por

intermédio de quem?

Conheço Ofisa desde sua creação pela maestrina

A 2 anos por intermedio da Maestrina Silvia

Luizada

Conheço a Ofisa a 7 anos. Através de

amigos.

Conheço desde 2015 por intermédio de um

musico, L.G.

2 Quantos concertos você já assistiu?

Muitas dois Acho que mais de 20, só não fui em duas

apresentações, e no magia orquestral.

3 concertos

3 O que você acha do

trabalho desenvolvido pela orquestra?

Trabalho muito abrangente quanto a formação dos músicos e do publico

Espetacular pelo alto

nivel orquestral e a diversidade musical executada.

Acho excelente

acompanho a orquestra há um tempo e vejo O quanto estão se

dedicando e evoluindo, é gostoso ver e sentir

está evolução.

Acompanho de perto o

trabalho da Silvia Luisada e acho muito competente e

importante. Os concertos sempre cheios

e o publico empolgado com este patrimonio da nossa cidade, são

resultados do trabalho constante e sério da maestrina Silvia.

4 O que mais aprecia nos concertos?

Qualidade, programação variado tanto na escolha dos compositores, e participação de ballet, cantores ets.

A diversidade de estilos de obras executadas.

O repertório é sempre diversificado e sofisticado.

Aprecio a proximidade com que a musica classica é tratada nos

concertos.

5 O que você não gosta nos concertos da

OFISA?

eu não sei Nao tenho nada adverso ao espetaculo.

Acho que não tenho o do reclamar, talvez uma

sugestão de ter apresentações aos sábados “no horário

tarde/noite”

não tenho nada a dizer

6 Você tem o hábito de frequentar concertos?

Quais orquestras conhece?

Sim,sobretudo OSESP E MOZARTEUM

poucos. Ofisa, OFAA, Osesp, OfUSP, etc

Sim, eu tenho. Orquestra Municipal de

São Paulo, Osesp, Orquestra jovem de SP, Orquestra do Guri.

Sim, como musico conheço basicamente

todas as mais importantes orquestras da cidade.

7 Como se sente dentro de um teatro?

Muito a vontade na espera/antecipação do spectaculo.

em um universo de realizações

bem, em paz Me sinto a vontade e feliz por estar ali.

8 Para você é importante ter atividades culturais?

Quais atividades culturais aprecia?

Actividades culturais fazem parte da nossa vida, em especial, a da musica.

não respondeu Sim, acho importante pois através da cultura a

ser se conhece, se encontra e evolui.Precisamos de

mais atividades no campo da música instrumental

principalmente em áreas mais ao extremo onde o

contato com está arte é quase zero, danças (seja contemporânea,

clássica.) Mas que estas atividades faça um “link” com a realidade

cultural.

Acho atividades culturais extremamente

importantes. Aprecio musica, exposições de arte, dança e teatro.

9 Com que frequência

participa de eventos culturais?

Depende das oportunidades, locais ou nas viagens

não respondeu Ao menos duas vezes

por mês, ou quando tenho um encaixe no horário do trabalho

Com bastante

frequencia, diria que ao menos a cada 15 dias.

3

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PERGUNTAS AO PÚBLICO

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1 . Há quanto tempo conhece a OFISA, por intermédio de quem?

Aproximadamente 5 anos. Por intermédio da pianista L.G.

Conheco OFISA desde quando ela foi formada, desde comeco dela. Conheci por intermedio da fundadora dela: Maestrina Silvia Luisada.

Conheço a Filarmônica de Santo Amaro- OFISA desde seus primeiros concertos em 2004. Conheci a formação inicial da orquestra pela própria maestrina e Pianista Profa. Silvia Luisada, minha professora de piano.

2 Quantos concertos você já assistiu?

Diria que entre 20 e 25. Assisti bastante concertos ( nao sei exatamente o numero) e tambem assisti ensaios da OFISA

Fica difícil saber o número exato, mas assisti praticamente a todos os concertos, nos vários espaços e teatros em que ocorreram os eventos. Eu diria que assisti a cerca de 90% dos concertos da OFISA.

3 O que você acha do trabalho desenvolvido pela

orquestra?

Acho o trabalho maravilhoso dando

oportunidade para os musicistas desenvolverem seu potencial independente

da idade. As 2 orquestras são muito boas principalmente para um

público mais generalista e não especialista. A proposta de divulgar a

música é excepcional.

O trabalho da orchestra e trabalho da Maestrina Silvia Luisada e fantastico. E muito facil de se fazer musica com orchestras com boms musicos professionais e e muito dificil de fazer programas que OFISA faz com nivel de musicos que OFISA tem, de tao bom e resultado final na hora de concerto. A Maestrina Silvia Luisada faz milagres com esta orchestra.

Acho um trabalho de grande valor, proporcionando aos músicos de vários instrumentos que lá são aceitos, um ótimo desenvolvimento técnico e artístico, preparando-os para continuar como excelentes elementos da OFISA ou treinando-os para serem aceitos em outras orquestras.

4 O que mais aprecia nos

concertos?

Aprecio o ambiente alegre

e sempre muito concorrido apesar da maioria dos

concertos serem aos domingos pela manhã. O profissionalismo e

comprometimento da maestrina e de todos os musicistas é percebido

durante todo o concerto.

A variedade das musicas, interpretacao das obras, ideas brilhantes de juntar outras artes junto com musica: bale, danca, teatro.

Gosto muito da seleção das músicas, indo do erudito ao popular orquestrado, agradando a todos os ouvintes da plateia.

5 O que você não gosta nos

concertos da OFISA?

Não tem nada de que não

goste. Apreciei muito todos os concertos que assisti – desde os exclusivamente

musicais até aqueles didáticos, temáticos e inclusivos. Quando há

participação de Balés ou Coral a emoção cresce.

Fila enorme na caixa de comprar ingressos.

Não há nada que não me agrade nos concertos da OFISA. Percebi o crescimento da qualidade sonora ao longo dos anos e já faz muito tempo que sinto a perfeição sonora promovida pela maestrina e seus músicos.

6 Você tem o hábito de frequentar concertos? Quais orquestras conhece?

SIM ; Frequentei algumas apresentações também na Sala São Paulo com

orquestras diversas – Orquestra da Lituânia, OSESP, Orquestra Jovem e

outras.

Sim. Conheco e assisti Filarmonica de Berlim, de Boston, de Chicago, OSESP, orchestra Municipal de Sao Paulo e muitos outros.

Sim, tenho o hábito. Sou assinante da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo desde 2006 e vou a 8 ou 9 concertos anualmente na Sala São Paulo. Sou assinante dos concertos ao vivo e gravados, que assisto na televisão, da Orquestra Filarmônica de Berlim. Assisto muitos concertos na plateia externa do Teatro do Parque

7 Como se sente dentro de um teatro?

Sinto muito prazer e durante a apresentação em geral sinto muita Paz e

Emoção.

Se tudo e bem organizado e funciona bem e maravilhoso mas quando as coisas nao funcionam nao e muito agradavel. O bom e que a musica e boa e gente fica feliz.

Sinto-me muito bem, e quando acaba o concerto me sinto alegre, mais ‘leve’, renovada.

8 Para você é importante ter atividades culturais? Quais

atividades culturais aprecia?

SIM; Importantíssimo participar de atividades

culturais. Aprecio Cinema, Teatro, Shows, Música de diversos gêneros, Visita a

Museus, Leitura.

E muito, muito, muito importante. Se tem mais atividades culturais, educacionais, musicais Brasil vai mudar, nao vai ter tanta violencia, Cultura faz pessoas melhores.

Sim, gosto de participar a atividades culturais, principalmente às relacionadas à apresentação de música clássica, erudita e popular orquestrada.

9 Com que frequência

participa de eventos culturais?

no mínimo 3 vezes ao mês Tempo todo eu participo nos eventos culturais e com muito prazer

Normalmente vou com meu marido a eventos culturais relacionados com música clássica, também à apresentação da audição de pianista na frequência média de duas vezes por mês, além de assistir, quase diariamente, orquestras no computador e na TV.