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79 DO FILME À CRÍTICA: UMA BREVE HISTÓRIA DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA EM SANTA MARIA (RS) NOS ANOS 1980 ALEXANDRE MACCARI FERREIRA 1 Centro Universitário Franciscano - UNIFRA ANTONIA DIAS DA COSTA TEIXEIRA 2 Centro Universitário Franciscano - UNIFRA Resumo A crítica cinematográfica em Santa Maria configurou-se como um espaço de apreciação e divulgação cinematográfica de grande relevo na História Cultural de Santa Maria. A década de 1980 marca para a cidade um período chave no que se refere ao espaço da programação dos cinemas na cidade, na medida em que ocorre uma alteração significativa no processo de interação social. A socialização pretende abrir espaço para o estudo do universo da crítica cinematográfica e do cinema na cultura do município de Santa Maria e justifica-se pelo pioneirismo de estudos desse tipo no universo acadêmico, bem como pelo debate necessário que pretende gerar a partir das relações entre cinema, cultura e sociedade. A crítica cinematográfica é um espaço que está relacionado ao universo do fazer histórico-cultural da arte. Pensar o cinema enquanto meio de análise e contra-análise da sociedade (FERRO, 2010, p.15) é um dos elementos que norteiam estudiosos, leitores e mesmo cinéfilos interessados em compreender o mote ou as temáticas de obras artísticas ligadas ao áudio visual. Neste estudo, motivado pelo interesse profissional e pessoal sobre a s relações entre cinema e história, e o desenvolvimento de pesquisas no âmbito acadêmico, esboçaremos de forma inicial considerações sobre sociedade, cinema e produção crítica em Santa Maria, RS. Introdução O desenvolvimento de uma responsabilidade acadêmica, social e cultural, transita tanto pelo meio da produção de conhecimento universitário quanto pela inserção de discussão de temas que estão ligados a questões de gosto popular. Nesse sentido, para este estudo, são importantes os estudos de Pierre Bourdieu (2008) sobre o julgamento de valores estéticos de arte e cultura como um aspecto de distinção social, pois, nesse sentido, o papel da crítica desempenha uma relevante relação entre filme e público, possibilitando a formação de um juízo informativo, muitas vezes acompanhado de um juízo de valor temático, social e estético. Para explorar os meandros do cinema, são fundamentais para colocar em pauta questões que perpassam o exercício do olhar crítico ao assistir a um filme: sua historicidade e seu sentido histórico; os aspectos culturais envolvidos em sua produção, assim como suas visões 1 Professor do Curso de História – UNIFRA, Pesquisador de História do Cinema. 2 Acadêmica do Curso de História- UNIFRA, bolsista PROBIC-UNIFRA.

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Do filme à crítica: uma breve história Da crítica cinematográfica em santa maria (rs) nos anos 1980

AlexAndre MAccAri FerreirA1

Centro Universitário Franciscano - UNIFRA

AntoniA diAs dA costA teixeirA2

Centro Universitário Franciscano - UNIFRA

resumo

A crítica cinematográfica em Santa Maria configurou-se como um espaço de apreciação e divulgação cinematográfica de grande relevo na História Cultural de Santa Maria. A década de 1980 marca para a cidade um período chave no que se refere ao espaço da programação dos cinemas na cidade, na medida em que ocorre uma alteração significativa no processo de interação social. A socialização pretende abrir espaço para o estudo do universo da crítica cinematográfica e do cinema na cultura do município de Santa Maria e justifica-se pelo pioneirismo de estudos desse tipo no universo acadêmico, bem como pelo debate necessário que pretende gerar a partir das relações entre cinema, cultura e sociedade.A crítica cinematográfica é um espaço que está relacionado ao universo do fazer histórico-cultural da arte. Pensar o cinema enquanto meio de análise e contra-análise da sociedade (FERRO, 2010, p.15) é um dos elementos que norteiam estudiosos, leitores e mesmo cinéfilos interessados em compreender o mote ou as temáticas de obras artísticas ligadas ao áudio visual. Neste estudo, motivado pelo interesse profissional e pessoal sobre a s relações entre cinema e história, e o desenvolvimento de pesquisas no âmbito acadêmico, esboçaremos de forma inicial considerações sobre sociedade, cinema e produção crítica em Santa Maria, RS.

introdução

O desenvolvimento de uma responsabilidade acadêmica, social e cultural, transita tanto pelo meio da produção de conhecimento universitário quanto pela inserção de discussão de temas que estão ligados a questões de gosto popular.

Nesse sentido, para este estudo, são importantes os estudos de Pierre Bourdieu (2008) sobre o julgamento de valores estéticos de arte e cultura como um aspecto de distinção social, pois, nesse sentido, o papel da crítica desempenha uma relevante relação entre filme e público, possibilitando a formação de um juízo informativo, muitas vezes acompanhado de um juízo de valor temático, social e estético.

Para explorar os meandros do cinema, são fundamentais para colocar em pauta questões que perpassam o exercício do olhar crítico ao assistir a um filme: sua historicidade e seu sentido histórico; os aspectos culturais envolvidos em sua produção, assim como suas visões

1 Professor do Curso de História – UNIFRA, Pesquisador de História do Cinema.

2 Acadêmica do Curso de História- UNIFRA, bolsista PROBIC-UNIFRA.

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políticas; a dicotomia entre arte e ciência; seus olhares sobre a vida humana (TURNER, 1997, p. 49).

A preocupação com a diversidade cinematográfica e o cinema enquanto meio de comunicação industrial, independente e de expressão cultural e ideológica de determinados países, possibilita a análise continental das peculiaridades criativas, políticas e temáticas de cinemas pelo mundo, considerando o filme como objeto de fruição e como documento científico.

Nesse sentido, este trabalho se justifica pela necessidade de estudos mais sistemáticos e científicos acerca do universo da crítica cinematográfica enquanto um espaço de problemática do filme, ao mesmo tempo em que um reflexo cultural das obras cinematográficas em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Este texto tem como objetivo estudar as quatro críticas cinematográficas publicadas no jornal diário A Razão, em Santa Maria, RS, na década de 1980, verificando a produção de uma escrita histórico-cultural acerca da recepção do cinema nessa sociedade e do processo de formação sócio-histórico da cultura audiovisual no município.

Valer-nos-emos de uma metodologia que procurará pesquisar, levantar e coletar críticas cinematográficas de jornais publicados em Santa Maria, em arquivos do município e em especial no acervo do jornal A Razão que possuía na década de 1980 um espaço importante e raro para reflexões sobre cinema.

Este trabalho é integrante do projeto PROBIC operacionalizado UNIFRA e que optamos por adotar uma organização do material conforme autoria e determinado tipo de crítica, realizando, em seguida, a seleção para análise vinculada à problemática cultural-cinematográfica em Santa Maria.

Julgamos necessário o desenvolvimento de estudos deste porte no universo acadêmico, para que possamos aperfeiçoar e despertar o senso crítico-científico tanto entre o público discente quanto na comunidade em geral que recebe o cinema e a crítica cinematográfica sem problematizar e sem estabelecer o diálogo necessário do fazer histórico-cultural na sociedade do município de Santa Maria.

1. o crítico de cinema e as imagens

O papel dos críticos de cinema estabelece-se a partir de uma perspectiva de autoria. Cada autor resenha ou comenta um filme que, em geral, atende motivações da imprensa para divulgação de uma obra que será exibida em determinada cidade. A função do crítico pode, em linhas gerais, apontar a escrita como uma linguagem opinativa e informativa ao público sobre os filmes, passando um conhecimento que se pressupõe que os leitores não tenham e tratá-los como consumidores de cultura, logo, indicando-lhes se vale a pena gastar tempo e dinheiro para assistir a este ou àquele filme. Entretanto, podemos pensar a crítica também como a capacidade de situar a obra em contexto histórico, servindo de registro do desenvolvimento da sétima arte e apontar novos rumos para a produção cinematográfica. Uma crítica pode analisar o conteúdo e a forma do filme, enquadrá-lo na obra geral de determinado autor/diretor e estudá-lo baseado em diversas ciências, como Política, História, Psicologia e Sociologia, entre outras áreas do conhecimento. Assim, a crítica pode ser mais analítica, teórica e reflexiva como podemos verificar em textos do crítico brasileiro Luiz Carlos Merten (2003) ou no conjunto de críticas do norte-americano Roger Ebert (2004).

O crítico cinematográfico Tuio Becker (2003, p.15), expõe que “a parte do crítico é informar (...) e dar alguns elementos para o espectador poder entrar melhor dentro do filme. O filme não é uma geração espontânea. Ele está dentro da obra de alguém. Ninguém faz um filme distanciado do resto que realizou.”

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Nesse sentido, a compreensão da crítica passa necessariamente pelo entendimento do papel interpretativo e social do cinema. Essa arte é um importante espaço de reflexão social que permite discussões históricas e analogias a outros universos científicos. As particularidades do cinema, como arte, e da História, como ciência, são relevantes na medida em que o entrecruzamento direcionado do estudo das imagens pode ser entendido como um elemento para percepção e formação da memória histórica, considerando as manifestações culturais, no caso das obras cinematográficas exibidas e criticadas em jornais da cidade de Santa Maria nas décadas de 1980 e 1990.

A necessidade da abordagem das relações entre cinema e História vislumbra-se a partir de uma abertura de um pensamento reflexivo calcado tanto sobre a análise das representações quanto das inter-relações viáveis do projeto de lançamento de um filme, como utilização de um bojo alegórico voltado para causas políticas, sociais, documentais e propagandísticas que as obras visam retratar e expô-las ao grande público espectador. A crítica cinematográfica colaborou para que essa análise reflexiva sobre o cinema se desenvolve, principalmente a partir da década de 1950 com a criação na França do Cahiers du Cinéma por André Bazin e Jacques Doniol-Valcrose (COSTA, 1989, p.35-36).

A utilização temática do entrecruzamento de cinema e História tem atraído, cada vez mais, a atenção de pesquisadores, uma vez que é reveladora de um pensamento crítico da política, da cultura e da história e que se constitui como um elo de dois vieses de representação: o científico pela expressão da História; e o artístico pela produção cinematográfica.

A partir dos estudos de Marc Ferro (2010, p.13) podemos vislumbrar e compreender mais sistematicamente as interferências múltiplas entre cinema e história, por exemplo: na confluência entre a História que se faz e a História compreendida como relação de nosso tempo, como explicação do devir das sociedades. Em todos esses pontos o cinema intervém.

Para Peter Burke (2004), o sentido da utilização das imagens não está apenas no que está sobre o véu do objeto analisado, mas também os elementos e os detalhes que se acionam como um modo de trazer o que deve ser sutilmente visto. O cinema enquanto imagem, e outros meios, e representação possibilita a vinculação do movimento como um viés de capacitação da ação artística e do sentido histórico e temático da obra.

A dicotomia entre arte e ciência faz-se presente através da utilização de representações que ilustram e justificam certos momentos históricos e da validação da imagem como fonte documental para a pesquisa, que se constrói sobre uma base artística entrecruzada com um sentido científico da História. A utilização das imagens se mostra como um importante caminho de estudo de reestruturação de uma história tanto no sentido sócio-cultural quanto da representação social de uma sociedade e de um tempo.

É interessante observar que no caso das críticas cinematográficas realizadas em Santa Maria grande parte delas recai sobre o cinema hollywoodiano, o que necessita de um referencial teórico sobre esse tipo de produção como encontramos em obras como O cinema de Hollywood, de Philippe Paraire (1994), que estuda questões de gênero cinematográfico, anos de produção, e diretores representativos, e entre outros autores que de alguma forma trabalhem conceitos e temáticas que se entrecruzam com a pesquisa, serão relevantes para a realização desse estudo.

Assim, quando refletimos os usos da imagem na sociedade contemporânea percebemos que artes como a cinematográfica ganharam especial enfoque e destaque no universo acadêmico, seja pela necessidade de reflexão ideológica, estética, cultural e científica, capazes de avaliar as propostas que os produtores e criadores dessas imagens propõem em relação ao público receptor, seja pelo destaque da comunhão criação/produto/recepção a partir da formação do sentido de espetáculo, com as formas de expressão simbólica, comunicativa, criativa e propagandística que o cinema desenvolveu no século XX, e reinventa-se cada vez mais neste século XXI, também podemos pensar a questão da crítica cinematográfica

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produzida em determinado espaço social, como pretenderemos estudar neste projeto.O Brasil é um dos países no mundo que mais consome produtos audiovisuais,

especialmente os oriundos da televisão, veículo e meio de comunicação de massa que também exibe filmes. Entretanto, a produção e a difusão de conhecimento acerca do audiovisual, principalmente no campo das ciências humanas, ainda demanda empreendimentos acadêmicos mais sistemáticos. (LEITE, 2005, p. 25-30)

No capítulo seguinte trataremos acerca das crônicas de Jair Alan e Julio Cabrera.

2. a escrita de uma história cultural

O papel do crítico cinematográfico leva em grande medida considerações ligadas a fruição, à distinção, ao erudito e à cultura. Esses elementos compõe uma perspectiva social de diferenciação e informação que em muitas das análises pode estar carregada de uma compreensão crítica que não leva em conta a explicação de uma obra cinematográfica que é sucesso de público, mas um fracasso de crítica e vice-versa.

Entre 1980 e 1985 dois críticos se revezavam nos textos lançados no jornal A Razão. O primeiro e mais destacado, pois ainda hoje atua no jornal, é o jornalista Jair Alan Siqueira. A experiência de Jair Alan com o cinema é muito importante na escrita de suas crônicas, pois a vivência do autor, enquanto músico e ator, insere-o no espaço de compreensão da sétima arte, além da formação em jornalismo que colabora para uma compreensão técnica.

O outro cronista foi Julio Cabrera. Argentino de nascimento e naturalizado brasileiro, Cabrera atuou como professor da UFSM período que também produziu crônicas para o jornal.

A formação de Julio Cabrera é na área de filosofia o que indica uma erudição ligada para esse viés do pensamento científico, e que, de certa forma, aparecia nas críticas dos filmes que ele analisou. O autor lançou o livro O cinema pensa, pela editora Rocco, e atualmente é professor da Universidade de Brasília.

Analisaremos uma característica interessante na abordagem das crônicas: o sentindo culto destinado às duas obras de Stanley Kubrick: Barry Lyndon (Drama de época) e O Iluminado (Suspense).

O aspecto negativo de produções nível “b”, mas que possuíam grande público: O filme brasileiro Eu te amo (Pornochanchada) e Black Emanuelle (Erótico)

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Os títulos das crônicas já revelam uma consideração positiva no sentido da indicação e da expectativa dos cronistas: “Se a projeção ajudar Barry Lyndon é a pedida”. Jair Alan já revela o problema técnico que afligia a sala de projeção do Cinema Glória, mas expõe que a qualidade técnica do filme de Kubrick vale o ingresso. Julio Cabrera anuncia “O iluminado está aqui”, em alusão a obra-prima do suspense e do terror do diretor, considerado genial em ambas as críticas, Stanley Kubrick.

O fundo temático das obras ainda que bastante distintos são tratados como um ótimo programa para o público, pois a qualidade estética e temática do diretor capacitam a produção em um nível superior de filme, tanto em nível social quanto cultural, pois exigem um grau de compreensão e erudição mais desenvolvidos no sentido de leituras (já que ambas as obras também são produtos relacionados a adaptações literárias).

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Publicada originalmente em A Razão, 10 de Agosto de 1980

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Publicada originalmente em A Razão, 12 de Dezembro de 1981

Publicada originalmente em A Razão, 24 de Fevereiro de 1980

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Publicada originalmente em A Razão, 30/31 de Maio de 1981

Por outro lado as críticas dos filmes Eu te amo e Black Emanuelle trazem em especial elementos que classificam os filmes como qualidade muito ruim. Jair Alan sequer dá título a sua crônica sobre Black Emanuelle, que traz, todavia, uma publicidade que destaca a obra como “Liberada sem cortes pela censura” ou seja o caráter sexual privilegiado. Entretanto, Jair Alan destaca que faltam recursos estéticos e temáticos para a obra ser de qualidade.

Julio Cabrera é mais direto no seu texto. O título “Eu (não) te amo” constrói o tom de crítica ao filme de Arnaldo Jabor, carregando com tintas negativas a produção que possui pouco nexo e explora apenas o lado chanchadesco, visto pelo crítico como subcultura. Em todo o caso, esse elemento revela que as críticas negativas não são sinônimos de pouco público no cinema, já que as obras se configuraram como grandes sucessos do cinema em Santa Maria no início da década de 1980.

Dentre as questões analisadas nas crônicas destacamos: - a autoria e sua impressão crítica; - motivações da imprensa para divulgação de uma obra, lançamento dos filmes no

cinema;- a escrita como uma linguagem opinativa e informativa ao público;- conhecimento que se pressupõe que os leitores não tenham e tratá-los como

consumidores de cultura;- capacidade de situar a obra em contexto histórico, servindo de registro do

desenvolvimento da sétima arte e apontar novos rumos para a produção cinematográfica;- ser mais analítica, teórica e reflexiva;- analisar o conteúdo e a forma do filme, enquadrá-lo na obra geral de determinado

autor/diretor e estudá-lo baseado em diversas ciências, como Política, História, Psicologia e Sociologia.

conclusão

Este texto considera relevante relacionar cinema e história, pois proporciona uma estudo social do filme, em seu contexto de produção, lançamento e crítica. Os estudos sobre crítica cinematográfica como documentos para uma escrita cultural da história.

As reflexões sobre os tipos de filmes que eram lançados no cinema estão diretamente relacionados a questões de fruição e sociedade, na medida que os críticos criam resenhas positivas de obras de cunho culto, de diretores renomados, como Stanley Kubrick, e associam as produções a um determinado tipo de público, leitor do jornal, e que tem o cinema enquanto espaço de socialização, cultura e aprendizado.

Por outro lado, produções consideradas de baixo orçamento, que apelavam para o erótico, sexual e pela chanchada, são na grande maioria das vezes rechaçados pelos autores, que consideram subproduto artístico, e não correspondem a ideia de qualidade do público leitor da crítica. Ainda assim, estes filmes ficavam mais tempo em cartaz por serem sucessos de bilheteria, já que atingiam uma parcela da população afeita com o perfil de filme em questão.

A pesquisa, nesse sentido, ainda que possa oferecer uma diversidade bastante grande de análises, serve como ponto de partida para pesquisas futuras e uma reflexão mais ampla sobre a crítica cinematográfica e seu enquanto documento cultural e social na cidade de Santa Maria.

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referências

BECKER, Tuio. Sublime Obsessão. Santa Cruz do Sul, RS: Unidade Editorial, 2003.

BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EDUSP, 2008.

BURKE, Peter. Testemunha ocular: História e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. Bauru, SP: EDUSC, 2004.

COSTA, Antonio. Compreender o cinema. Tradução de Nilson Moulin Louzada. 2ª ed. São Paulo: Globo, 1989.

EBERT, Roger. A magia do cinema. Tradução de Miguel Cohn. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

FERRO, Marc. Cinema e História. Tradução de Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.

LEITE, Sidney Ferreira. Cinema Brasileiro: das origens à retomada. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.

MERTEN, Luiz Carlos. Cinema: entre a realidade e o artifício. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2003.

PARAIRE, Philippe. O cinema de Hollywood. Tradução de Marina Appenzeller. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

TURNER, Graeme. Cinema como prática social. Tradução de Mauro Silva. São Paulo: Summus, 1997.