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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ESTUDO SOBRE A MOTIVAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM UMA EMPRESA MULTINACIONAL DO RAMO BPO/TERCEIRIZAÇÃO
Felipe Gonçalves Ramos1
Eduardo Bueno2
RESUMO
O presente artigo consiste no trabalho de conclusão de curso de administração da UNI-BH, com o tema principal sendo a motivação dos profissionais em uma empresa multinacional do ramo BPO/terceirização localizada em Nova Lima-MG. Teve como objetivo, abordar quais os fatores determinantes para que um profissional terceirizado alcance a satisfação no trabalho, sejam eles fatores econômicos ou sociais. A classificação da pesquisa quanto aos fins, foi descritiva, quanto aos meios, foi estudo de caso. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado e o universo pesquisado foram os funcionários de uma empresa multinacional que oferta mão de obra terceirizada para processos de negócios. Após a aplicação do questionário, os dados foram analisados e pode-se diagnosticar uma tendência a um clima organizacional desfavorável a organização. O resultado desta pesquisa poderá auxiliar as empresas na elaboração de estratégias, visando à motivação dos seus colaboradores.
PALAVRAS-CHAVE: Motivação no trabalho. Terceirização de serviços. Clima
Organizacional. Satisfação dos funcionários.
1 INTRODUÇÃO
Para Araújo (2006), terceirizar é uma tecnologia conhecida e empregada num
número expressivo de organizações brasileiras que devido ao cenário altamente
competitivo em que estão inseridas, buscam por meio dela encontrar benefícios
financeiros e tecnológicos, além de uma maior excelência operacional e de seus
1 Graduando em Administração do Centro Universitário UNIBH – e-mail: [email protected] 2 Professor orientador. Especialista em Controladoria e Finanças – e-mail: [email protected]
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produtos.
BPO (Business Process Outsourcing) ou, em português, Terceirização de Processos
de Negócios, de acordo com a INFRAREDE (2015), é a contratação de uma
empresa para prover serviços para tarefas específicas dentro de uma organização,
garantindo o nível de qualidade maior do serviço. Ele é adotado com o objetivo de
diminuir custos em tarefas que não sejam claramente relacionadas ao negócio fim
da empresa. Outras metas buscadas com a implantação desse modelo de gestão
são o aumento da produtividade, da capacidade de inovação e como vantagem
competitiva, tendo em vista que os maiores esforços e o foco da organização ficam
direcionados aos seus processos chaves.
O BPO é mais detalhado do que uma simples terceirização. É o fornecimento de
soluções desenvolvidas após uma análise profunda dos processos da empresa
que propõem uma remodelação atrelada a inovações e adoção de tecnologias
para melhorar o desempenho e a qualidade (AG TERCEIRIZAÇÃO, 2014).
As empresas que trabalham com o ramo de BPO podem assumir todas as
operações dos clientes, ou seja, tudo aquilo que não faz parte dos seus
negócios principais. São prestadoras de serviços cujas atividades devem ser
seguidas pelo mapeamento a organização, indicadores de parceiros adequados,
definição de indicadores ideais de negócios que permitam elaborar acordos de
níveis de serviços e elaborar bônus e penalidades, representando uma mudança na
relação entre fornecedores e clientes.
O BPO é a terceirização de processos de trabalhos internos em um cliente que
envolva o amplo uso de ferramentas de TI ou mesmo a operação de sistemas de
automação e que não possuem relação direta com o negócio principal desta
empresa. Com o BPO a divisão de responsabilidades com o cliente é real e
satisfatória. Eficiente e inteligente, diante disso a solução de terceirização de
processos de negócio agrega muita qualidade e liberdade aos clientes de
empresas que optam por esse tipo de serviço (PASQUALI SOLUTION TECH,
2015).
3
Diante disso, as empresas deste ramo, assim como as demais, devem elaborar
métodos motivacionais para que seus funcionários trabalhem de forma coerente
para que a satisfação dos clientes na maioria das vezes seja em nível alto. Para
Maximiano (2000), o clima organizacional é representado pelos conceitos e
sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de
maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação para o trabalho.
Diante disso, a pergunta que constituiu problema deste trabalho foi: Quais os
principais fatores para que o profissional terceirizado alcance a satisfação em uma
empresa do ramo de BPO?
O objetivo geral deste trabalho constituiu em identificar os principais fatores para
que um profissional terceirizado alcance a satisfação em uma empresa no ramo de
BPO, e como objetivos específicos, são eles, verificar o grau de satisfação dos
funcionários em relação aos benefíc ios oferecidos pela empresa de atuação,
verificar o grau de satisfação em relação aos gestores e setor de qualidade da
empresa e identificar a satisfação dos funcionários em relação ao clima
organizacional da empresa.
Além da importância do tema, este trabalho se justificou por identificar a importância
de manter os funcionários de uma empresa do ramo de BPO sempre motivados a
realizar suas atividades e competências com qualidade e responsabilidade, a fim de
tornar seu cliente satisfeito e confiante no serviço a ele prestado e com essa
satisfação esforçar-se ao máximo para alcançar e superar as metas da organização.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TERCEIRIZAÇÃO
Com o cenário da economia atual do nosso país, as empresas tendem a diminuírem
seus custos, procurando métodos para realizarem esse feito. A terceirização vem
sendo altamente explorada nos últimos anos, pois além de ser uma mão de obra
mais barata, atinge a qualidade necessária aos seus clientes (CHIARANTARO,
4
2008).
Diante disso, Araújo (2006) argumenta que a terceirização já é um conceito
antigo, usada por muitas empresas como estratégia para adquirir vantagem
competitiva. Lykawka (2013) explica que a terceirização ganhou força em meados
da 2ª Guerra Mundial, nos Estados Unidos, com a necessidade da indústria
bélica em aumentar a produção de armas e munições.
Para Giosa (1999), a terceirização é uma prática que vem se qualificando há
muitos anos dentro das organizações do Brasil, a fim de desenvolver atividades
específicas, que podem ser desenvolvidas tanto no ambiente interno das
empresas como no externo.
A figura 1 ilustra o processo de terceirização.
Figura 1: Processo de Terceirização
Fonte: Giosa (1999)
Pagnoncelli (1993, p.10) destaca a terceirização como “um processo planejado de
transferência de atividades para serem realizadas por terceiros”. Giosa (1999) diz
que terceirização é uma tendência de transferir, para terceiros, atividades
complementares do negócio, possibilitando a empresa focar apenas nas
atividades essenciais.
Araújo (2006), afirma que, os principais motivos que levam uma empresa a
adotar a prática de terceirizar são razões de ordem financeira, tecnológicas e
competitivas, além de excelência operacional e competência no negócio. Giosa
(1999, p. 11) diz:
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A terceirização se investe de uma ação mais caracterizada como sendo uma técnica moderna de administração e que se baseia num processo de gestão que leva a mudanças estruturais da empresa, à mudança cultural, procedimentos, sistemas e controles, capitalizando para toda malha gerencial, com o objetivo único quando adotada: atingir melhores resultados, concentrando todos os esforços e energia da empresa em sua atividade principal.
Para Oliveira (2009), a instabilidade econômica que afetou o Brasil durante a
década de 80 foi um fator importante para o crescimento da prática de
terceirização. Lykawka (2013) concorda e afirma que nas duas últimas décadas o
processo de terceirização cresceu em vários segmentos da economia brasileira.
Isso fez com que uma nova forma de terceirização se difundisse no mercado
brasileiro, o Business Process Outsourcing, que se traduz como Terceirização de
Processos de Negócios. Segundo Prado Chaves (2015) desenvolver o BPO é:
Alocar mão de obra, hardware e software de entidades especializadas, que executam tarefas específicas dentro da sua organização garantindo o nível de serviço e elevando a qualidade e a produtividade das funções administrativas, reduzindo custos gerados pela utilização de recursos próprios.
Conforme a Abrapsa (2015), trata-se de uma estratégia valiosa que visa a
terceirização de processos de negócios para empresas interessadas em aumentar
o desempenho empresarial, possibilitando controle dos custos e redução de
riscos. É uma forma de terceirização que se utiliza muito da tecnologia de
informação como ferramenta.
Segundo Peterossi; Simões; Santos (2014), a empresa que deseja transferir
atividades, pode optar pela contratação de uma pessoa física, desde que seja
um profissional autônomo ou uma pessoa jurídica, no caso, uma empresa
especializada, e conforme a legislação não pode haver relação com a sua
atividade - fim e nem existir elementos que caracterizam vínculo empregatício.
Segundo Oliveira (2009), existe um grande número de empresas que ofertam
mão de obra terceirizada, cuja qualidade é superior e possuem maior
flexibilidade em relação as que contratarão o serviço. Porém, essas empresas
necessitam contratar uma mão de obra mais barata, em função de que a
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organização que solicita o serviço terceirizado visa um menor custo operacional,
isso torna essencial que a empresa possua mecanismos que identifiquem e atuem
em possíveis insatisfações e descontentamentos por parte dos contratados, que
podem provocar efeitos desfavoráveis (PETEROSSI; SIMÕES; SANTOS, 2014).
2.2 GESTÃO DE PESSOAS
Para Stadler e Pampolini (2014), a gestão de pessoas foi sendo estabelecida ao
longo do século XX. Conforme as organizações cresciam e o mercado se
desenvolvia, o conceito de gestão de pessoas também evoluía. Conforme
Vergara (2005), a função exercida pela gestão de pessoas é essencial, isto se
deve ao fato de que as pessoas passam a maior parte da vida no interior das
empresas, e sem essas pessoas a empresa não poderia existir. Pessoas e
organizações estão fortemente ligadas, a natureza humana das organizações é a
necessidade dela em ser construída em função das pessoas (MORGAN, 1996).
[...] pessoas e organizações estão envolvidas em um íntimo e prolongado inter-relacionamento. Uma espécie de simbiose. As pessoas precisam das organizações para trabalhar, colaborar, participar e ganhar a vida [...] por outro lado as organizações dependem de pessoas para poderem operar e funcionar satisfatoriamente e vender seus produtos e serviços. (CHIAVENATO, 2010, p. 30)
Segundo Knapik (2012, p. 53), “gestão de pessoas é o conjunto de políticas e
subsistemas que se preocupa com o gerenciamento estratégico das pessoas e
leva à eficácia dos colaboradores em busca dos objetivos pessoais e
empresariais”. De acordo com Fleury e Fisher (1989), a gestão de pessoas pode
ser entendida como um conjunto de políticas e práticas estabelecidas em uma
organização para direcionar o comportamento humano e as relações no ambiente
de trabalho. Fisher (2002, p.12), define Gestão de Pessoas como:
[...] a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. [...] a empresa se estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de gestão. Através desses mecanismos, programa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.
Para Kops; Silva; Romero (2013, p. 16), a gestão de pessoas “envolve não
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somente as práticas e as políticas, mas também uma visão estratégica de
pessoas, ligada ao negócio da organização, que é o novo papel da área de
pessoas nas organizações”. Segundo Stadler e Pampolini (2014, p.16), a gestão de
pessoas “compreende todas as funções ligadas às pessoas dentro do ambiente
organizacional, de modo que sua atuação esteja alinhada às estratégias globais
da empresa”.
Segundo Knapik (2012, p. 58), “a área de gestão de pessoas é dividida em
vários subsistemas, que planejam, organizam e controlam o trabalho e a atuação
dos colaboradores da empresa”. Para Dutra (2002) a área de gestão de pessoas
pode ser dividida em três processos: Movimentação, desenvolvimento e
valorização. Os autores explicam cada um:
[...] o processo movimentação é de natureza física, ocorrendo quando a pessoa muda de local de trabalho, de posição profissional, de empresa e de vínculo empregatício. [...] o desenvolvimento pode ser entendido como o aumento da capacidade da pessoa de agregar valor para a organização. Para dar foco e direção a esse processo, a empresa deve definir o que espera que as pessoas entreguem, [...] o processo de valorização consiste em recompensar as pessoas por suas contribuições, por meio do atendimento de suas necessidades ou expectativas, e deve obedecer a critérios coerentes [...] (PETEROSSI; SIMÕES; SANTOS, 2014, p. 133).
Chiavenato (2014) argumenta que as pessoas constituem o capital humano e
intelectual da organização, por isso as pessoas não são mais vistas como
simples recursos organizacionais. Na gestão de pessoas, as pessoas são vistas
como parceiros das organizações e essa nova visão veio acompanhada de algumas
mudanças, conforme descrito na figura 2:
Figura 2: Gestão de pessoas como recursos humanos e parceiras da organização
Fonte: Chiavenato (2014).
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Kops; Silva; Romero (2013) explicam que as politicas de gestão de pessoas de
uma empresa são desenvolvidas com base em sua filosofia, cultura e
necessidades. Por meio dessas politicas a organização encontra uma maneira de
direcionar os seus funcionários em busca de alcançar os seus objetivos e
permitindo aos colaboradores, a satisfação de alcançar os seus objetivos
individuais.
A figura 3 descreve alguns objetivos que as organizações almejam e os objetivos
que os funcionários buscam alcançar segundo (Chiavenato, 2014): Figura 3: Objetivos organizacionais e individuais.
Fonte: Chiavenato (2014)
Para Lacombe (2012), as organizações atuais estão cientes da importância das
pessoas e de que elas necessitam ser administradas, visto que, no passado, o
foco estava na tecnologia ou no processo, por exemplo. O autor afirma que,
embora as pessoas precisem ser administradas pelas organizações como seus
recursos humanos, não se pode perder de vista que elas são seres humanos, que
querem ser felizes e ter qualidade de vida, que têm outros vínculos além
daqueles que mantêm com suas organizações e que seus objetivos nunca
coincidem integralmente com os da organização, ainda que possam ter muitos
pontos coincidentes.
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2.3 CLIMA ORGANIZACIONAL
O clima organizacional é um dos fatores determinantes dentro das organizações, com
isso é importante mencionar a importância do clima organizacional no dia a dia das
empresas.
Segundo Chiavenato (2014), cada organização é única e não existem organizações
com perfis iguais, cada uma delas tem seu próprio estilo, cultura e identidade. A
cultura e clima organizacional representa como as pessoas enxergam o mundo em
que vivem.
De acordo com Knapik (2012) o clima organizacional representa o ambiente
psicológico de uma empresa ou departamento, sendo a condição interna percebida
pelo funcionário é que influencia no seu comportamento. Por isso, torna - se
essencial que este clima seja positivo, pois assim poderá gerar motivação e
interesse nos colaboradores.
Lacombe (2012, p 283) argumenta que o clima organizacional:
Está vinculado à motivação, à lealdade e identificação com a empresa, à colaboração entre as pessoas, ao interesse no trabalho, à facilidade das comunicações internas, aos relacionamentos entre as pessoas, aos sentimentos e emoções, à integração da equipe e outras variáveis [...].
Shein e Fleury (2009) explicam, conforme estruturado na figura 4, que a cultura
organizacional se manifesta em três níveis: artefatos, valores assumidos e
pressupostos subjacentes. O autor ainda destaca que há interações e influências
contínuas entre os níveis, uma vez que a cultura é um processo dinâmico e
interativo.
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Figura 4: Níveis de Cultura
Fonte: Shein e Fleury (2009)
Outro elemento para a cultura organizacional é o papel do fundador na moldagem
dos padrões culturais da organização (FLEURY; FISHER 1989). Os valores e as
concepções organizacionais do fundador são como âncoras que apoiam toda
estrutura organizacional. Os estudos empíricos confirmam que os fundadores
exercem uma forte influência sobre a cultura organizacional, uma vez que trazem
consigo um conjunto de pressupostos, valores, perspectivas e artefatos que são
repassados para os outros atores organizacionais. Em algumas organizações,
principalmente as familiares, a morte de um fundador pode gerar grande ruptura e
perda de identidade (LOURENÇO; FERREIRA, 2012).
De acordo com Bateman e Snell (2012, p.45), a cultura organizacional é o
conjunto de premissas a respeito da empresa e de suas metas e práticas que
são compartilhadas pelos seus membros. É um sistema de valores compartilhados
a respeito do que importa e de crenças a respeito de como o mundo
funciona. A cultura organizacional são os valores compartilhados pelos
colaboradores de uma organização e que a diferencia de outras. Trata-se de como
estes funcionários enxergam as características da empresa e isso não significa
que eles devem gostar delas. (ROBBINS, 2009).
Desta forma, podemos observar a importância de mensurar o clima organizacional,
dando ouvidos ao que diz o cliente interno da organização por meio de uma
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pesquisa de clima organizacional (SOUZA, 2014). As empresas devem considerar
a pesquisa de clima como um levantamento consistente sobre a opinião dos
funcionários a respeito do momento da organização (BERGAMINI, 1997).
Sendo assim, Chu (2012) conclui que a cultura organizacional tem caráter
dinâmico, podendo ser apreendida, alterada e transmitida aos outros membros
da organização. Nesse sentido, esse tipo de cultura tem como função oferecer
soluções estáveis para problemas de integração interna e adaptação externa. A
forma como as organizações direcionam suas atividades, existe um conjunto de
características-chave que representam a essência da cultura organizacional e
orientam suas ações (ROBBINS, 2009).
2.4 CLIMA MOTIVACIONAL
Para Bergamini (1997), o tema motivação humana sempre foi envolvido por
uma arte de mistério, resultado em uma variação de abordagens, que, no
entanto, refletem sem dúvida alguma importância capital desse aspecto tão
característico do ser humano.
De acordo com Knapik (2012), o clima organizacional representa o ambiente
psicológico de uma empresa ou departamento, sendo a condição interna
percebida pelo funcionário e que influencia no seu comportamento. Por isso torna-
se essencial que este clima seja positivo, pois assim poderá gerar motivação e
interesse nos colaboradores.
Pasetto e Mesadri (2012) apresentam algumas variáveis, que são utilizadas
para avaliar o clima nas organizações e que, dependendo de como se
apresentam na empresa, influenciam a motivação do funcionário. Algumas dessas
variáveis são a Imagem da empresa, a comunicação, a remuneração e os
benefícios, a carreira e o desenvolvimento, a liderança e o relacionamento. Para
Peterossi; Simões; Santos (2014, p. 133) “as empresas precisam conhecer o que
seus colaboradores pensam e como se sentem, em relação às diferentes
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variáveis que afetam o clima”, nos dias atuais a administração do clima tornou-se
uma ação estratégica em busca dos objetivos da organização (PETEROSSI;
SIMÕES; SANTOS, 2014).
Knapik (2012) apresenta outro fator que provoca alterações no clima, a cultura
organizacional, segundo ela, a cultura da empresa aparece por meio de rituais,
códigos e símbolos diariamente, influenciando o estado de ânimo das pessoas e
afetando o clima organizacional. Em suma, o clima organizacional demonstra a
qualidade do ambiente em uma organização e é fortemente influenciado pela sua
cultura (LACOMBE, 2012).
De acordo com Bateman e Snell (2012, p.45), “a cultura organizacional é o
conjunto de premissas a respeito da empresa e de suas metas e práticas que
são compartilhadas pelos seus membros. É um sistema de valores compartilhados
a respeito do que importa e de crenças a respeito de como o mundo
funciona”. A cultura organizacional são os valores compartilhados pelos
colaboradores de uma organização e que a diferencia de outras.
Em virtude disso, torna-se importante mensurar o clima organizacional, dando
ouvidos ao que diz o cliente interno da organização por meio de uma pesquisa
de clima organizacional (SOUZA, 2014). As empresas devem considerar a pesquisa
de clima como um levantamento consistente sobre a opinião dos funcionários a
respeito do momento da organização (BERGAMINI, 1997).
Maximiano (2012) aponta que é necessário compreender os mecanismos que
movimentam as pessoas para o comportamento de alto desempenho, indiferença ou
improdutividade, a favor ou contra interesses da organização e administração.
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
A metodologia que foi utilizada neste artigo possui uma abordagem
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quantitativa. Este tipo de pesquisa tem como finalidade coletar dados em certa
população, com o intuito de serem tratados estatisticamente. Geralmente os
resultados apresentam números reais trazendo resultados que são
representativos da população estudada, fazendo com que os resultados
obtidos sejam tomados como um retrato realista desta população pesquisada
(LAKATOS E MARCONI, 2005).
De acordo Rudio (2011, p. 30) “Pesquisa é um conjunto de atividades
orientadas para a busca de um determinado conhecimento”, sendo assim para
esse artigo, foi escolhida a pesquisa descritiva que, conforme Gil (2011), o seu
objetivo é levantar as opiniões de uma população a respeito do problema
estudado.
De acordo com Gil (2011), a pesquisa descritiva, objetiva descrever as
características de uma população ou um fenômeno a fim de mostrar e destacar
que a pesquisa descritiva pode assumir algumas formas, entre elas a de
pesquisa de opinião, que procura saber atitudes, pontos de vista, preferências
das pessoas a respeito de algum assunto ou tema a ser abordado para futuras
análises dos dados obtidos.
Fonseca (2005, p. 35) argumenta que, na maioria dos levantamentos, não são
pesquisados todos os integrantes da população estudada. Além disso, a
pesquisa de levantamento apresenta algumas vantagens, pois permite
conhecer o sujeito que está sendo investigado, e facilita a quantificação e
análise dos dados obtidos.
A coleta de dados é a fase da pesquisa em que se mostra a realidade e se
obtêm dados pela aplicação de técnicas, em que as pesquisas de campo são
comuns o uso de questionários e entrevistas, conforme Richard (1985).
Para esta pesquisa, foi utilizado método de levantamento. Segundo Gil (2011),
este é um tipo de pesquisa que tem por característica a interrogação direta a
pessoas cuja opinião se deseja conhecer. De acordo com Gil (2011, p. 35) “na
maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da
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população estudada”.
Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um questionário
estruturado. O que facilita a coleta dos dados, pois o questionário é o
instrumento ideal quando se quer medir dados com maior precisão, também
facilita a tabulação e análise dos dados como um todo, conforme argumentado
por Fonseca (2005).
Rudio (2011, p 104) descreve que “O questionário é o instrumento mais usado
para levantamento de informações, não está restrito a uma quantidade de
questões, porém, aconselha-se que não seja mais exaustivo, para que não
desanime o pesquisado e deve ser entregue por escrito e também dessa forma
respondido”.
Segundo Fonseca (2005), um universo ou população pode ser considerado
como um conjunto que pode ser formado por pessoas, empresas ou outros
tipos de elementos que são essenciais para a fundamentação do resultado de
uma pesquisa e a amostra é a menor representação que baseias opiniões de
um todo maior considerado para a pesquisa.
O questionário elaborado conta com 15 questões fechadas, utilizando-se a
escala social Likert de 10 pontos, que mede a intensidade da opinião e atitude
de forma objetiva. O questionário foi elaborado e aplicado através do Google
Docs, e enviado, usando a técnica de enviado do google forms, com a
divulgação para todos os 147 funcionários da empresa, 45% deles (67)
responderam o questionário. Após a aplicação deste questionário, os dados
foram tabulados em gráficos através do Software Microsoft Excel e analisados
com base na fundamentação teórica. Para a análise, foram dados significados,
da seguinte forma: de 01 a 02 totalmente insatisfeito, 3 a 4 parcialmente
insatisfeito, 5 a 6 satisfeito 7 a 8 parcialmente satisfeito e 9 a 10 totalmente
satisfeito.
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3.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
O objeto desta pesquisa é uma filial de empresa no ramo de
BPO/Terceirização localizada na cidade de Nova Lima - MG, Fundada em
1981 na cidade de Pune localizada na Índia, é uma empresa de tecnologia da
informação e terceirização de processos para clientes no mundo todo, é
sediada em Bangalore na Índia.
A empresa tem presença global em escritórios e centros de desenvolvimento
em todo o mundo. Atualmente possui centros nas Américas, Ásia-Pacífico,
Europa, Oriente Médio e África, estando presente em mais de 50 países
possuindo mais de 193.000 funcionários. Estabelecida no Brasil em 2009 na
cidade de Nova Lima – MG contendo 147 colaboradores.
A empresa hoje expandiu seus negócios para outras localidades do país e
possui em seu portfólio grandes empresas nacionais e multinacionais como
clientes.
A empresa oferece terceirização de processos nas áreas de finanças e
contabilidade, compras e suprimentos, contabilidade fiscal, com a manutenção
SAP, apoio à produção entre outros serviços.
4 DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA
4.1 ANÁLISE DOS DADOS
Conforme aplicado o questionário elaborado, foi possível conhecer algumas
características sociais dos colaboradores. Percebe-se que a maioria dos funcionários
da empresa é do sexo feminino, apresentando 58% do total da amostra, o tempo de
casa médio dentre os atuais colaboradores é de 1,2 anos, destes a média de idade
é de 27 anos. O gráfico 01 demonstra a média geral das respostas das perguntas
contidas no questionário estruturado, conforme apêndice 1.
16
Gráfico 01: Média das respostas
Fonte: Dados da pesquisa (2016).
A pergunta 1 teve como objetivo avaliar a satisfação dos funcionários com relação
aos benefícios oferecidos pela empresa envolvendo salários e flexibilidade. Sobre
salário e benefícios oferecidos pela empresa, 28% dos funcionários se mostram
satisfeitos e 28% dos entrevistados se encontram parcialmente satisfeitos, 24%
parcialmente insatisfeitos, 18% totalmente insatisfeitos e apenas 2% totalmente
satisfeito, conforme demonstrado no gráfico 02.
Analisando esse ponto, conforme mencionado pelos autores, Peterossi; Simões;
Santos (2014, p. 133), para avaliar o clima nas organizações e que dependendo de
como se apresentam na empresa, influencia a motivação do funcionário, algumas
dessas variáveis são a imagem da empresa, a comunicação, a remuneração e os
benefícios, portanto tais benefícios como salários, podem ser essenciais para a
motivação de seus funcionários.
0123456789
10
Média das respostas
MÉDIA
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Gráfico 02: Satisfação em relação ao salário e benefícios oferecidos pela empresa.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
Referente à pergunta 02, dos funcionários da empresa que responderam ao
questionário, 40% estão satisfeitos com a divisão de tarefas e feedbacks dados
pelos seus coordenadores diretos, 25% estão parcialmente satisfeitos, 27% se
encontram parcialmente insatisfeitos, 5% estão totalmente satisfeitos e apenas 3%
estão totalmente insatisfeitos, de acordo com os resultados demonstrados no gráfico
03. Desta forma, conforme indagado por Maximiano (2012), o indivíduo tem a
necessidade de realização, como busca por crescimento profissional, oportunidades
e estímulos no dia a dia do trabalho e desafios que o impulsione e motive dentro da
organização.
Gráfico 03: Satisfação com postura, divisão de tarefas e FeedBack dos coordenadores diretos.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
Nas perguntas 3 e 12 , os questionamentos foram referentes a satisfação dos
funcionários em relação ao plano de carreira e critérios de promoções dentro da
18%
24%
28%
28%
2%
TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
3%
27%
40%
25%
5%
TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
18
empresa. Sobre o plano de carreira, os entrevistados mostram que 36% estão
satisfeitos, 21% parcialmente insatisfeitos, 19% parcialmente satisfeitos, 16%
totalmente insatisfeitos e apenas 8% totalmente satisfeitos, conforme gráfico 04. E
quando questionados com relação aos critérios de promoções realizados na
empresa muitos deles informam estar totalmente insatisfeitos 22%, porém 33%
relataram que estão parcialmente satisfeitos, 19% satisfeitos, 21% parcialmente
insatisfeitos e 5% totalmente satisfeitos, conforme resultados demonstrados no
gráfico 05.
Deste modo, é importante ressaltar que para uma empresa no ramo de
BPO/Terceirização, a carreira e o desenvolvimento de liderança e o relacionamento
também são variáveis que afetam impreterivelmente o clima das organizações, com
isso é importante dar ouvidos aos colaboradores e considerar as sugestões deles
em relação ao plano de carreira e critérios de promoções (KNAPIK 2012).
Gráfico 04: Satisfação com o plano de carreira oferecido pela empresa.
Fonte: Dados da pesquisa (2016).
Gráfico 05: Satisfação com critérios de promoções dentro da empresa.
Fonte: Dados da pesquisa (2016).
16%
21%
36%
19%
8%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTEINSATISFEITOSATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
22%
21%
19%
33%
5%
TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
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O BPO é mais detalhado do que uma simples terceirização, é o fornecimento de
soluções desenvolvidas após uma análise profunda dos processos da empresa
que propõem uma remodelação atrelada a inovações e adoção de tecnologias para
melhorar o desempenho e a qualidade, deste modo é imprescindível que o setor de
qualidade das empresas deste ramo tenha capacidade de oferecer suporte às
melhorias de processos e treinamentos qualificados aos seus funcionários (AG
TERCEIRIZAÇÃO, 2014).
Sendo assim, quando questionados na pergunta 04, sobre sua satisfação referente
aos treinamentos oferecidos pela empresa, á maioria dos questionados informaram
estar parcialmente satisfeitos (33%), já 25% concluíram que estão apenas satisfeitos
e 15% totalmente satisfeitos, os funcionários que classificam como totalmente
insatisfeitos, correspondem a 6% e apenas 21% estão parcialmente insatisfeitos
conforme gráfico 06, e quando questionados na pergunta 14 sobre a satisfação pelo
suporte oferecido pelo setor de qualidade em melhorias de processos aos
funcionários, foi concluído que 37% dos entrevistados informaram que estão
parcialmente satisfeitos, 25% apenas satisfeitos, outros 25% parcialmente
insatisfeitos, 8% totalmente satisfeitos e 5% totalmente insatisfeitos, conforme
demonstrados no gráfico 07.
Gráfico 06: Satisfação com os treinamentos oferecidos pela empresa
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
6%
21%
25%33%
15% TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
20
Gráfico 07: Satisfação com suporte do setor de qualidade com relação ao auxílio em projetos de melhoria a serem implantados na empresa.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
Questionados na pergunta 05, referente à comunicação com o cliente terceirizado,
dos funcionários que responderam o questionário, 33% informaram que estão
satisfeitos, 30% parcialmente satisfeitos, 6% totalmente satisfeitos, entretando 16%
estão parcialmente insatisfeitos e 15% totalmente insatisfeitos com a comunicação
entre a empresa e o cliente terceirizado, conforme demonstrado no gráfico 08, de
acordo com Wagner e Hollenbeck (2012) este é um fator influência no clima
organizacional das empresas.
Gráfico 08: Satisfação com a comunicação entre a empresa de atuação e o cliente terceirizado.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
Na pergunta 6 foi verificado a satisfação dos funcionários em relação com o horário
de trabalho e sua flexibilidade que, de acordo com Wagner e Hollenbeck (2012), é
um fator que pode gerar reações emocionais negativas nos colaboradores e que
5%
25%
25%
37%
8% TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
15%
16%
33%
30%
6%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
21
influenciam no desempenhar de suas funções, 30% dos entrevistados demonstram
que estão satisfeitos com o seu horário de trabalho, 28% se encontram parcialmente
insatisfeitos, 27% parcialmente satisfeitos, 8% totalmente insatisfeitos e apenas 7%
disseram que estão totalmente satisfeitos com o horário de trabalho oferecido pela
empresa e a flexibilidade do mesmo, conforme demonstrado no gráfico 9.
Gráfico 09: Satisfação com o horário de Trabalho, se justo é apropriado e flexível.
Fonte: Dados da pesquisa (2016).
Nas questões 7,8 e 9 o questionamento aos funcionários foi em relação aos
programas de reconhecimento pelas atividades realizadas e como e feito esse
reconhecimento tanto pela empresa de atuação quanto pelo cliente terceirizado, os
resultados podem ser verificados conforme gráfico 10.
Referente aos programas de reconhecimentos oferecidos pela empresa 33% estão
satisfeitos, 22% parcialmente satisfeitos, 22% parcialmente insatisfeitos, 16%
totalmente insatisfeitos e apenas 6% totalmente satisfeitos. Para Shein (2012)
relacionamento entre gestores e funcionários são muito importantes, e para que
esse fator seja aprimorado, bons programas de incentivo e reconhecimento são
essenciais. Em relação ao modo como é reconhecido todo o trabalho, dedicação e
esforço enquanto colaborador, os mesmos responderam que 48% estão satisfeitos,
18% parcialmente satisfeitos, 16% parcialmente insatisfeitos, 13% totalmente
insatisfeitos e 4% totalmente satisfeitos. Já em relação a satisfação com
8%
28%
30%
27%
7%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
22
reconhecimento do cliente terceirizado 34% responderam que estão satisfeitos, 24%
parcialmente insatisfeitos, 22% parcialmente satisfeitos, 13% satisfeitos e 6%
totalmente satisfeitos.
Gráfico 10: Respostas das perguntas 07,08 e 09.
Fonte: Da pesquisa (2016).
Questionados na pergunta 10 se estavam satisfeitos com as condições de trabalho
oferecidas pela empresa, conforme demonstrado no gráfico 11, 33% dos
entrevistados demonstraram estar satisfeitos com as condições atuais de trabalho,
enquanto 31% se sentem parcialmente satisfeitos e 12% totalmente satisfeitos,
porém 13% estão parcialmente insatisfeitos, e o restante (11%) informou que estão
totalmente insatisfeitos quando questionados se há preocupação da empresa para
com as condições de trabalho oferecidas aos seus funcionários, o que pode ser um
fator que pode gerar reações emocionais negativas nos colaboradores, que
influenciam no desempenhar de suas funções, conforme Wagner e Hollenbeck
(2012).
TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
13%
24%
34%
22%
6%
13%
16%
48%
18%
4%
16%
22%
33%
22%
6%
Perguntas 07,08 e 09
Pergunta 07 Pergunta 08 Pergunta 09
23
Gráfico 11: Satisfação com a preocupação entre a empresa de atuação em relação as condições de trabalho de seus funcionários.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
Segundo Cohen e Fink (2003, p. 202), “a relação interpessoal pode se tornar um
motivo de satisfação ou de frustração e assim afetar todo o trabalho de maneira
importante”. Ao serem questionados sobre a satisfação com o ambiente de trabalho
e clima organizacional na empresa na pergunta 11, os funcionários entrevistados se
mostram bem satisfeitos com relação a este ponto abordado sendo que, 31% dos
entrevistados estão satisfeitos, 27% parcialmente satisfeitos, 11% totalmente
satisfeitos, embora 22% estão parcialmente insatisfeitos e 6% totalmente
insatisfeitos, como pode-se observar no gráfico 12.
Gráfico 12: Satisfação com o ambiente de trabalho e clima organizacional na empresa.
Fonte: Dados da pesquisa (2016)
A respeito da satisfação dos entrevistados com estabilidade do seu emprego
11%
13%
33%
31%
12% TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
9%
22%
31%
27%
11%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
24
questionada na pergunta 13 e os resultados demonstrados no gráfico 13, foi
verificado que 36% dos entrevistados se consideraram parcialmente satisfeitos em
relação à existência de alguma estabilidade no seu emprego, enquanto 24% estão
apenas satisfeitos, 19% dos entrevistados se mostraram parcialmente insatisfeitos e
11% totalmente insatisfeitos e 10% totalmente satisfeitos.
Gráfico 13: Satisfação com a estabilidade do seu emprego.
Fonte: Da pesquisa (2016)
Para Fisher e Fleury (1989), a gestão de pessoas pode ser entendida como um
conjunto de políticas e práticas estabelecidas em uma organização para direcionar
o comportamento humano e as relações no ambiente de trabalho. A pergunta 15
teve por objetivo analisar a satisfação de como a empresa se organiza para
gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Com os dados
recolhidos e demonstrados no gráfico 14, foi verificado que 34% dos funcionários
estão satisfeitos com a organização da empresa para gerenciar o comportamento
humano no trabalho, 28% estão parcialmente satisfeitos, 21% parcialmente
insatisfeitos, 11% totalmente insatisfeitos e apenas 6% totalmente satisfeitos.
11%
19%
24%
36%
10%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
25
Gráfico 14: Satisfação de como a empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho.
Fonte: Da pesquisa (2016).
Os fatores que foram questionados são importantes para avaliar a satisfação dos
indivíduos questionados, pois afeta a vida e a motivação do funcionário tanto fora
como dentro do ambiente de trabalho, de acordo com Maximiano (2012). Foi
constatado que de modo geral os funcionários se mostram estar apenas satisfeitos
em relação aos pontos estabelecidos (33%), na média entre 5 e 6. A empresa deve
buscar alternativas para que essa média de satisfação aumente, pois assim a
motivação dos seus funcionários irá aumentar, atingindo um grau de qualidade do
seus serviços prestados mais elevado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
É do conhecimento das empresas que a pesquisa sobre motivação dos funcionários
é uma importante ferramenta para tornar conhecidas as percepções e sentimentos
dos seus funcionários em relação a organização em que trabalham. Diante do
diagnóstico obtido por esta pesquisa, a empresa pode medir o grau de motivação do
funcionário em relação à empresa.
Após a análise dos dados obtidos pela pesquisa realizada, foi evidenciado,
conforme pré-estabelecido na pergunta principal, Quais os principais fatores para que
o profissional terceirizado alcance a satisfação em uma empresa do ramo de BPO. Foi
diagnosticada uma tendência a um clima organizacional desfavorável à
organização, visto que a maior parte dos indicadores apresentou que, de forma
11%
21%
34%
28%
6%TOTALMENTE INSATISFEITO
PARCIALMENTE INSATISFEITO
SATISFEITO
PARCIALMENTE SATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO
26
geral, os funcionários estão apenas satisfeitos.
Diante disso, de acordo com os objetivos específicos dessa pesquisa, foi
evidenciado, que os profissionais que atuam na empresa se mostram apenas
satisfeitos em relação aos benefícios oferecidos pela empresa de atuação, o que é
considerado, de certa forma, baixo, pois dependendo de como se apresentam na
empresa, influencia a motivação do funcionário. Algumas dessas variáveis são a
imagem da empresa, a comunicação, a remuneração e os benefícios. Portanto, tais
benefícios como salários, podem ser essenciais para a motivação de seus
funcionários.
Outro objetivo dessa pesquisa está relacionado à satisfação dos funcionários em
relação aos gestores e setor de qualidade da empresa. Em relação a estes pontos,
os funcionários também se mostram estar apenas satisfeitos. Portanto, em relação
aos gestores, o indivíduo tem a necessidade de realização, como busca por
crescimento profissional, oportunidades e estímulos no dia a dia do trabalho e
desafios que o impulsione e motive dentro da organização e a satisfação com o setor
de qualidade dentro da empresa é imprescindível que o setor das empresas deste
ramo tenha capacidade de oferecer suporte a melhorias de processos e
treinamentos qualificados aos seus funcionários.
Por fim, outro objetivo respondido na pesquisa realizada foi à satisfação em relação
ao clima organizacional, outro ponto importante que também se apresenta na
opinião dos funcionários apenas satisfeitos. É de suma importância que esse ponto
seja desenvolvido dentro da organização, pois a relação interpessoal pode se tornar
um motivo de satisfação ou de frustração e assim afetar todo o trabalho de maneira
importante e deste modo pode afetar a qualidade dos serviços prestados pela
empresa.
Com o objetivo de verificar quais os fatores são determinantes para que o
profissional terceirizado alcance a motivação no seu ambiente de trabalho, pode-se
concluir como é importante ter empregados motivados e satisfeitos dentro da
organização, entretanto, é recomendado que seja realizado um estudo qualitativo,
onde se possam investigar com maior profundidade, os fatores que levam os
27
funcionários insatisfeitos com alguma variável pesquisada.
Este estudo pode ser utilizado como um instrumento para a melhoria das ações
voltadas para a motivação dentro desta empresa estudada promovendo reflexões e
tomadas de decisões acerca do bom funcionamento dos serviços prestados e para
que a organização se torne um excelente ambiente de trabalho e uma fonte de
aprendizado para os funcionários que nela atuam.
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APÊNDICE
Questionário de satisfação dos funcionários de uma empresa no ramo de BPO/Terceirização
O presente questionário tem por objetivo verificar a percepção dos empregados de uma empresa no ramo de BPO/Terceirização em relação ao grau de satisfação entre os pontos em questão. Sua participação é muito importante para o êxito deste trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipo meus mais sinceros agradecimentos!
Favor selecionar a opção que melhor representa a sua satifação, sendo que 1 para TOTALMENTE INSATISFEITO e para 10 TOTALMENTE SATISFEITO.
PERGUNTAS
1) Satisfação em relação ao salário e beneficios oferecidos pela empresa.
2) Satisfação com postura, divisão de tarefas e feedback dos coordenadores
diretos.
3) Satisfação com plano de carreira oferecido pela empresa.
4) Satisfação com os treinamentos oferecidos pela empresa.
5) Satisfação com a comunicação entre a empresa de atuação e o cliente
terceirizado.
6) Satisfação com o horário de trabalho, se e justo, apropriado e flexível.
7) Satisfação com o reconhecimento do cliente terceirizado.
8) Satisfação com relação ao modo como é reconhecido todo meu trabalho,
dedicação e esforço enquanto colaborador.
9) Satisfação com os programas de reconhecimentos oferecidos pela empresa. 10) Satisfação com a preocupação entre a empresa de atuação em relação às
condições de trabalho de seus funcionários. 11) Satisfação com o ambiente de trabalho e clima organizacional na empresa.
12) Satisfação com critérios de promoções dentro da empresa.
13) Satisfação com a estabilidade do seu emprego.
14) Satisfação com o suporte do setor de qualidade em relação ao auxílio em projetos de melhoria a serem impantados na empresa.
15) Satisfação de como a empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho.