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Ministério da Educação Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Projeto Final de Graduação Anderson Oliveira Leite Diego Augusto Corrêa Fabiano Luiz Baciuk Fábio Lorençon “SOFTWARE PARA VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE BARRAMENTOS QUANTO A ESFORÇOS TÉRMICOS E MECÂNICOS DEVIDO A CORRENTE DE CURTO CIRCUITO” Curitiba/2004

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Ministério da Educação

Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná

Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

Projeto Final de Graduação

Anderson Oliveira Leite

Diego Augusto Corrêa

Fabiano Luiz Baciuk

Fábio Lorençon

“SOFTWARE PARA VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE

BARRAMENTOS QUANTO A ESFORÇOS TÉRMICOS E MECÂNICOS DEVIDO A

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO”

Curitiba/2004

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Anderson Oliveira Leite

Diego Augusto Corrêa

Fabiano Luiz Baciuk

Fábio Lorençon

“SOFTWARE PARA VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE

BARRAMENTOS QUANTO A ESFORÇOS TÉRMICOS E MECÂNICOS DEVIDO A

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO”

Trabalho de final de curso apresentado

para obtenção do título de graduado em

Engenharia Industrial Elétrica no CEFET-

PR.

Orientador: Prof. Paulo Sérgio Walenia

Curitiba/2004

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DEDICATÓRIA

“Dedicamos este trabalho em especial a nossas

esposas pela paciência quando não estávamos

presentes durante a preparação deste”.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossas famílias pelo constante apoio durante os anos de

graduação.

Ao Professor Paulo Sérgio Walenia pela orientação esclarecedora do trabalho.

Ao Professor Álvaro Alencar pelas orientações quanto à formatação.

Ao Engenheiro André Ricardo Spolti sem o qual não conseguiríamos entender a

tempo a estrutura de programação do C#.

Aos nossos amigos pela compreensão nos momentos em que vários convites foram

recusados em virtude da preparação deste trabalho.

À empresa EDC S/A por ter cedido o relatório de ensaio que pode consolidar o

software.

Aos senhores Jorge Luiz Gregório, José Ivan Freo e Marlo Luiz Pscheidt da empresa

EDC S/A, que sempre estavam à disposição para esclarecer nossas dúvidas

técnicas.

Ao Departamento Acadêmico de Eletrotécnica do CEFET-PR por ter acreditado em

nosso projeto final de graduação.

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RESUMO

Os conjuntos de manobra e controle destinam-se a realizar a distribuição e

medição de energia elétrica e controlar uma série de equipamentos elétricos entre

outras funções. Para tanto, o mesmo é provido de uma série de dispositivos e

acessórios os quais são alimentados e conectados por barramentos condutores de

alumínio, ligas especiais e, mais comumente, cobre.

Estes barramentos quando percorridos por elevadas correntes de curto-circuito

são solicitados por forças de origem eletromagnéticas capazes de, caso o

barramento não esteja corretamente dimensionado, oferecer riscos não só com

relação à instalação física dos conjuntos de manobra bem como oferecer riscos aos

operadores que por ventura estejam próximos ao equipamento. Em virtude destas

possibilidades indesejáveis é necessário conhecer não somente as propriedades

físicas e mecânicas dos materiais que são compostos os condutores, mas também

compreender os efeitos dinâmicos e térmicos provocados pelas correntes de curto-

circuito.

Para se ter uma idéia da importância de se conhecer estes efeitos, as normas

estabelecem uma série de ensaios que devem ser aplicados aos conjuntos de

manobra e controle para se verificar se estes atendem as mais severas condições

de trabalho inclusive no que tange os fenômenos de curto-circuito. Estas normas

estabelecem não somente o valor e a duração da corrente de falta como também

prevê a análise do comportamento dos equipamentos durante os ensaios e a

verificação se houve ou não degradação dos barramentos condutores, seus apoios,

isoladores e peças de conexão.

Além dos efeitos térmicos e dinâmicos já mencionados, existem outras

características relacionadas ao comportamento ondulatório das correntes de curto-

circuito, que podem determinar o valor de pico que as mesmas podem atingir. Tal

valor é um importante dado no dimensionamento das barras que serão responsáveis

pela condução de corrente, pois interferem diretamente no valor da força magnética

entre os condutores principais e/ou subcondutores. Relacionados também com os

tipos de barramentos, se compostos por uma ou mais barras por fase, existem ainda

considerações mecânicas que devem ser levadas em conta para o

dimensionamento, como, por exemplo, forma geométrica do perfil das barras, tipo de

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vínculos de fixação dos condutores além do comprimento e número de vãos que

compõem o arranjo.

Em função do elevado número de considerações de origens elétricas e

mecânicas, está contida neste trabalho uma metodologia de cálculo necessária à

verificação do dimensionamento dos barramentos condutores com relação aos

esforços térmicos e dinâmicos devido a corrente de curto-circuito baseados nas

determinações das normas IEC 865-1(1993) e IEC 865-2(1998).

Devido à complexidade e ao elevado número de cálculos a serem realizados,

este trabalho propõe uma solução rápida e confiável par as verificações necessárias

de dimensionamento, baseada nas normas IEC e validada através de comparações

com ensaios realizados, através da elaboração de um software, a ser denominado

“BusBarCalc”. Este apresenta, através de algoritmos concisos e detalhados, uma

interface amigável e atual para as necessidades de vários usuários potenciais como,

por exemplo, fabricantes de conjuntos de manobra e controle, fabricantes de

isoladores, fornecedores de barras, laboratórios de ensaios, além de importante

caráter de cunho acadêmico, visto que existe dificuldade de se encontrar no

mercado informações específicas relacionadas ao tema proposto.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparação entre resultados do cálculo dinâmico simplificado. ..........122 Tabela 2 - Comparação entre resultados do cálculo dinâmico detalhado. .............123 Tabela 3 - Comparação entre resultados do cálculo térmico..................................123 Tabela 4 - Comparação entre as análises de verificações. ....................................123

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Propriedades mecânicas dos materiais condutores ................................26 Figura 2 - Características do Barramento de Cobre Nú Construído com Cobre Tipo

E-CU F30 ................................................................................................27 Figura 3 - Propriedades físicas dos materiais condutores .......................................27 Figura 4 - Limites de Temperatura Admissíveis.......................................................31 Figura 5 - Correntes simétricas e assimétricas........................................................35 Figura 6 - Tensão máxima no instante do curto-circuito. .........................................35 Figura 7 - Assimetria máxima em tensão zero no instante do curto-circuito............36 Figura 8 - Corrente assimétrica ...............................................................................36 Figura 9 - Condição para obter a máxima assimetria na corrente de curto-circuito

num circuito com X e R ...........................................................................37 Figura 10 - Componentes da corrente assimétrica de curto ......................................38 Figura 11 - Decréscimo da componente contínua (como a corrente assimétrica se

torna simétrica)........................................................................................38 Figura 12 - Fator ( fi) de impulso de assimetria correspondente ao primeiro

semiciclo da corrente de curto-circuito. ...................................................39 Figura 13 - Faltas e sentido das correntes de curto-circuito em sistema trifásico......40 Figura 14 - Onda física para corrente de curto-circuito no instante mais desfavorável

para o chaveamento................................................................................41 Figura 15 - Equações para cálculos de curto-circuito. ...............................................43 Figura 16 - Tipos de vigas e seus apoios ..................................................................44 Figura 17 - Disposição de Barramentos ....................................................................47 Figura 18 - Distância efetiva as entre condutores ......................................................51 Figura 19 - Fator k1s para cálculo da distância efetiva ...............................................52 Figura 20 - Valores máximos possíveis de V Vr´ Vs Vrs VF Vr ..................................54 Figura 21 - Tipos de barramentos e seus apoios.......................................................55 Figura 22 - Fator q .....................................................................................................56 Figura 23 - Direção de carregamento ........................................................................57 Figura 24 - Momento de inércia linear efetivo............................................................58 Figura 25 - Fator c .....................................................................................................63 Figura 26 - Fatores V, Vs, VF................................................................................64 Figura 27 - Fatores Vr e Vrs ......................................................................................65 Figura 28 - Fator m ....................................................................................................67 Figura 29 - Fator n .....................................................................................................67 Figura 30 - Máxima temperatura recomendada para condutores ..............................68 Figura 31 - Relação entre a densidade da corrente de curta duração (Tkr=1s) e a

temperatura do condutor .........................................................................69 Figura 32 - Disposição dos condutores .....................................................................72 Figura 33 - Posição dos espaçadores e subcondutores ............................................77 Figura 34 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo dinâmico simplificado...............93 Figura 35 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo dinâmico detalhado..................97 Figura 36 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo térmico...................................100 Figura 37 - Posição dos subcondutores ..................................................................105 Figura 38 - Tela inicial dos dados de entrada para o cálculo dinâmico simplificado.

..............................................................................................................115 Figura 39 - Resultados do cálculo dinâmico simplificado. .......................................116

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Figura 40 - Tela inicial dos dados de entrada para o cálculo dinâmico detalhado...117 Figura 41 - Resultados do cálculo dinâmico detalhado. ..........................................118 Figura 42 - Dados de entrada para o cálculo térmico. .............................................119 Figura 43 - Resultados do cálculo térmico...............................................................120

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LISTA DE SÍMBOLOS FATORES DINÂMICOS

As Seção transversal nominal do condutor (m2)

a Distância entre condutores principais (m)

am Distância efetiva entre elementos condutores principais (m)

as Distância efetiva entre elementos subcondutores (m)

a1n Distâncias geométricas entre subcondutores, entre o 1o e o n-ésimo

condutor (m)

a1s Distâncias efetiva entre subcondutores (m)

b Largura do condutor (m)

bm Largura efetiva do condutor (m)

c Fator de influência dos espaçadores (1)

d Espessura do condutor (m)

dm Espessura efetiva do condutor (m)

E Módulo de Young (N/m2)

F Força entre condutores paralelos devido ao curto-circuito (N)

Fd Força no isolador (N)

Fm Força entre condutores principais devido ao curto-circuito (N)

Fm2 Força entre condutores principais devido ao curto-circuito fase-fase (N)

Fm3 Força no condutor principal central durante curto-circuito trifásico

balanceado (N)

Fs Força entre subcondutores principais devido ao curto-circuito (N)

f Freqüência do sistema (Hz)

fc Freqüência natural de um condutor principal (Hz)

fcs Freqüência natural de um subcondutor (Hz) ''

kI Corrente inicial de curto-circuito simétrica (A)

ip Valor de pico da corrente de curto circuito (A)

ip2 Valor de pico da corrente de curto circuito fase-fase (A)

ip3 Valor de pico da corrente de curto circuito trifásica balanceada (A)

i1, i2 Valor instantâneo da corrente nos condutores (A)

J Momento de inércia do condutor principal (m4)

Js Momento de inércia do subcondutor (m4)

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k Número de espaçadores entre dois isoladores (1)

k1n Fator de correção para espaçamento efetivo entre dois subcondutores (1)

k1s Fator para distancia efetiva do condutor (1)

κ Fator para cálculo da corrente de pico de curto-circuito (fator de

assimetria) (1)

l Distância das linhas de centro entre isoladores (m)

ls Distância entre espaçadores ou espaçadores e isoladores (m)

m’ Massa por unidade de comprimento de um condutor principal (kg/m)

m’s Massa por unidade de comprimento de um subcondutor (kg/m)

mz Massa total dos espaçadores (kg)

n Número de subcondutores de um condutor principal (1)

q Fator de plasticidade (1)

Rp0,2 Tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura (N/m2)

VF Fator da força dinâmica e estática sobre isoladores (1)

Vr Fator da tensão mecânica para um condutor principal (1)

Vrs Fator da tensão mecânica para um subcondutor (1)

V Fator da tensão mecânica dinâmica e estática em condutores principais

(1)

Vs Fator da tensão mecânica dinâmica e estática em subcondutores (1)

Z Momento de inércia linear de um condutor principal (m3)

Zs Momento de inércia linear de um subcondutor (m3)

Fator para força no isolador (1)

Fator para tensão mecânica em condutores principais (1)

Fator para freqüência natural (1)

o Constante de permeabilidade magnética no vácuo (H/m)

m Tensão mecânica causada por forças entre condutores principais (N/m2)

s Tensão mecânica causada por forças entre subcondutores (N/m2)

tot Tensão mecânica resultante no condutor (N/m2)

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LISTA DE SÍMBOLOS FATORES TÉRMICOS

A Seção transversal do condutor principal (m2)

Ik Corrente eficaz de curto-circuito (A)

I´´k Corrente inicial de curto-circuito simétrica (A)

Ith Corrente térmica de curta duração (A)

Ithi Corrente térmica de curta duração no caso de religamento (A)

Ithr Corrente térmica instantânea admissível do condutor (A)

K Fator para o cálculo de Sth (As0,5/m2)

m Fator para o efeito de aquecimento da componente d.c. (1)

n Fator para o efeito de aquecimento da componente a.c. (1)

Sth Densidade de corrente térmica de curta duração (A/m2)

Sthr Densidade de corrente térmica instantânea admissível (A/m2)

Tk Duração da corrente de curto-circuito (s)

Tki Duração individual da corrente de curto-circuito no caso de

religamento (s)

Tkr Tempo admissível do curto-circuito no condutor (s)

θb Temperatura do condutor no início do curto-circuito (oC)

θc Temperatura do condutor no final do curto-circuito (oC)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15

1.1 GENERALIDADES......................................................................................15

1.2 JUSTIFICATIVA:.........................................................................................15

1.3 OBJETIVOS................................................................................................16 1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................16 1.3.2 Objetivos Específicos ..............................................................................16

1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO....................................................................17

1.5 METODOLOGIA .........................................................................................18

2 REFERENCIAL TEÓRICO 20

2.1 CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE BAIXA TENSÃO E MÉDIA TENSÃO .....................................................................................................20

2.1.1 Definição .................................................................................................20

2.2 BARRAMENTO...........................................................................................22

2.3 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS E MECÂNICAS DO MATERIAL CONDUTOR ...............................................................................................23

2.3.1 Características do Cobre (Cu) .................................................................23 2.3.2 Aplicações do Cobre ...............................................................................24 2.3.3 Características do Alumínio (Al) ..............................................................24 2.3.4 Aplicações do Alumínio ...........................................................................25 2.3.5 Propriedades dos materiais condutores ..................................................25

2.4 ENSAIOS APLICADOS AO BARRAMENTO ..............................................27 2.4.1 Ensaio de Corrente Suportável Nominal de Curta Duração e do Valor de

Crista Nominal da Corrente Suportável ...................................................29 2.4.1.1 Arranjo do Equipamento e do Circuito de Ensaio ...........................29 2.4.1.2 Valor e duração da corrente de ensaio...........................................30 2.4.1.3 Comportamento do Equipamento Durante o Ensaio ......................30 2.4.1.4 Estado do Equipamento Após o Ensaio .........................................31

2.5 INTRODUÇÃO AO CURTO-CIRCUITO......................................................32 2.5.1 Efeitos Dinâmicos das Correntes de Curto-Circuito ................................32 2.5.2 Efeito Térmico das Correntes de Curto-Circuito......................................33 2.5.3 Corrente de Curto-Circuito Simétrica e Assimétrica ................................33 2.5.4 Corrente de Curto-Circuito em Sistemas Trifásicos.................................39

2.6 CONSIDERAÇÕES MECÂNICAS ..............................................................43 2.6.1 Fatores envolvidos no dimensionamento de vigas ..................................44

2.7 BASES PARA DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES SUJEITAS A CORRENTES ELEVADAS..........................................................................45

2.7.1 Dimensionamento de Barramentos Relativo à Resistência Mecânica ao Curto-Circuito ..........................................................................................46

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2.7.2 Cálculo das Forças de Origem Eletromagnética .....................................47 2.7.3 Cálculo da Força Máxima Entre os Condutores Principais Durante um

Curto-Circuito Trifásico............................................................................48 2.7.4 Cálculo da Força Máxima Entre os Condutores Principais Durante um

Curto-Circuito Entre Duas Fases.............................................................48 2.7.5 Cálculo da Força Máxima Entre Subcondutores Coplanares ..................49 2.7.6 Distância Efetiva Entre Condutores Principais e Entre Subcondutores...50 2.7.7 Cálculo da Tensão Mecânica em Condutores Rígidos e nos Pontos de

Apoio .......................................................................................................52 2.7.8 Cálculo da Tensão Mecânica em Barramentos.......................................53 2.7.9 Momento de Inércia e Fator q nos Barramentos Principais Compostos por

Mais de uma Barra ..................................................................................56 2.7.10 Tensão Mecânica Máxima Permissível em Barramentos........................58 2.7.11 Cálculo das Forças Sobre os Suportes dos Barramentos .......................59 2.7.12 Cálculo Considerando a Oscilação dos Barramentos .............................60 2.7.13 Cálculo da Freqüência Natural de Oscilação ..........................................60 2.7.14 Fatores V, Vs, VF ,Vr e Vrs.................................................................63 2.7.15 Suportabilidade Mecânica para Isoladores, Suportes e Conectores .......65 2.7.16 Efeito Térmico em Barramentos ..............................................................65 2.7.17 Cálculo do Aumento da Temperatura......................................................66 2.7.18 Cálculo da Corrente Térmica de Curta Duração......................................66 2.7.19 Cálculo do Aumento da Temperatura e Densidade de Corrente

Instantânea Suportada pelo Barramento.................................................68 2.7.20 Cálculo da Suportabilidade Térmica Para Diferentes Durações de

Corrente de Curto-Circuito em Barramentos ...........................................69

3 DESENVOLVIMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO SOFTWARE 71

3.1 MÉTODO DE CÁLCULO ANALÍTICO.........................................................71 3.1.1 Cálculo dinâmico para barramentos de fase simples ..............................71 3.1.2 Cálculo dinâmico para barramentos de fase composta...........................76 3.1.3 Cálculo do efeito térmico em barramentos ..............................................83

3.2 ALGORITMO ..............................................................................................85 3.2.1 Algoritmo para o Cálculo Dinâmico Simplificado .....................................85 3.2.2 Algoritmo para o Cálculo Dinâmico Detalhado em Barramentos de Seção

Retangular ...............................................................................................94 3.2.3 Algoritmo para o Cálculo Térmico ...........................................................98

3.3 O PROGRAMA .........................................................................................101 3.3.1 Linguagem de programação..................................................................101 3.3.2 Estrutura................................................................................................101 3.3.3 Interface ................................................................................................102

4 RESULTADOS E PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO 105

4.1 EXEMPLO DE CÁLCULO MANUAL.........................................................105 4.1.1 Cálculo dinâmico ...................................................................................105 4.1.2 Cálculo térmico......................................................................................112

4.2 CALCULANDO COM O PROGRAMA.......................................................114 4.2.1 Cálculo dinâmico ...................................................................................114

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4.2.2 Cálculo térmico......................................................................................119

4.3 ENSAIO ....................................................................................................121

4.4 COMPARAÇÕES......................................................................................122

5 CONCLUSÕES 124

5.1 SOBRE RESULTADOS ............................................................................124

5.2 SOBRE MÉTODOS ..................................................................................124

5.3 SUGESTÕES DE CONTINUIDADE DO TRABALHO...............................125

5.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS ...........................................................126

6 REFERÊNCIAS 128

APÊNDICE A – TUTORIAL 129

ANEXO A – RELATÓRIO DE ENSAIO 169

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15 1 INTRODUÇÃO

1.1 GENERALIDADES

Os barramentos condutores, quando percorridos por uma corrente elétrica, são

sujeitos a forças uniformemente distribuídas ao longo de sua extensão. Em caso de

curto-circuito, deve-se verificar que essas forças têm grande importância, pois

sujeitam os barramentos condutores a esforços de flexão, ao mesmo tempo em que

os suportes são submetidos a esforços de cisalhamento, tração e compressão. Por

essa razão, os barramentos condutores devem ser dimensionados não só com

relação à corrente que os percorre, mas também tendo em conta os esforços

resultantes do valor máximo previsto do curto-circuito.

Por tais motivos, os esforços previstos nos barramentos condutores e seus

apoios, na eventualidade de estarem sujeitos a um curto-circuito, devem ser

calculados previamente.

Tendo em vista a falta no mercado de um aplicativo de interface amigável e ao

mesmo tempo ágil com relação a tais dimensionamentos, segue proposta de

desenvolvimento de um software para verificação do dimensionamento de

barramentos rígidos e isoladores quanto a esforços térmicos e mecânicos devido a

corrente de curto circuito em cubículos e invólucros metálicos até 36,2 kVac.

1.2 JUSTIFICATIVA:

Para os fabricantes de cubículos, o software proposto pode servir como

ferramenta para elaboração de memorial de cálculo e também para o pré-

dimensionamento de protótipos a serem ensaiados em simulações de curto-circuito

como os testes realizados nos laboratórios do CEPEL, por exemplo.

Dentro do segmento de fabricantes de componentes (isoladores, chapas

isolantes, etc.) para painéis elétricos, pode-se ainda desenvolver um trabalho de

parceria junto aos mesmos para a utilização deste software, já que este poderá

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16 informar os esforços a que estariam sujeitos não só os barramentos condutores bem

como seus suportes isoladores.

Outro detalhe importante deste trabalho se refere ao enriquecimento

acadêmico a ser absorvido devido ao envolvimento concentrado nas áreas afins da

engenharia, destacando-se entre elas eletromagnetismo, instalações industriais,

resistência dos materiais e linguagem de programação.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Este projeto visa elaborar um software que tem como objetivo realizar o cálculo

das forças de origem eletromagnéticas às quais são submetidos os barramentos

condutores e isoladores durante a ocorrência de curtos-circuitos.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para o proposto deverão ser considerados os seguintes aspectos:

a. Pesquisar literatura técnica, bibliografia e normas a que se refere o

objeto do trabalho;

b. Levantar dados técnicos referentes aos componentes elétricos que

estarão envolvidos no projeto;

c. Compreender normas e procedimentos de cálculos conciliados a artigos

técnicos e livros;

d. Desenvolver os cálculos de: força entre fases condutoras devido à

corrente de curto-circuito, tensão mecânica nas fases condutoras, força

entre condutores de uma mesma fase devida à corrente de curto-

circuito, tensão mecânica em condutor de uma fase, tensões mecânicas

máximas admissíveis, força nos suportes isoladores;

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17

e. Verificar a distância entre isoladores suporte e espaçadores de barras;

f. Verificar a resistência mecânica de isoladores;

g. Verificar a coerência dos parâmetros fornecidos como dados de entrada;

h. Estruturar a programação do software;

i. Definir linguagem de programação;

j. Definir interface gráfica;

k. Implementar o software;

l. Comparar resultados obtidos pelo software com dados obtidos em

ensaios realizados;

m. Elaborar o tutorial do programa;

1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

Deve-se considerar que este trabalho visa à criação de um elemento de

verificação de dimensionamento quanto às solicitações a que os barramentos

estarão sujeitos quando da ocorrência de curtos-circuitos trifásicos. Portanto, devem

ser considerados, antes da verificação proposta pelo objeto de estudo, condições de

ampacidade dos barramentos condutores, distâncias mínimas de isolação entre

fases, tensão máxima de operação e corrente máxima de curto-circuito,

determinação da disposição das fases condutoras no interior dos conjuntos de

manobra e controle, quantidade e localização de espaçadores e subcondutores para

o caso de fases compostas por mais de uma barra além das propriedades de origem

mecânica relacionadas ao tipo de materiais que compõem o barramento.

Como se trata de uma primeira versão de software, este trabalho é válido

somente para os casos previstos na IEC 865-1(1993), destinando-se, portanto, para

verificar dimensionamentos relacionados às solicitações provocadas por curto-

circuito trifásicos em barramentos coplanares de fases múltiplas (compostas de mais

de uma barra por fase) de perfis retangulares e de fases simples (compostas por

uma única barra por fase).

Outra limitação a que está condicionada este trabalho é referente ao nível de

tensão, sendo que o mesmo é determinado segundo a NBR 6979 (1998), para

conjuntos de manobra e controle de média tensão em invólucro metálico, em

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18 tensões até 36,2kV. Convém ressaltar que o valor de tensão de trabalho limitará

outra variável que corresponde à distância mínima de isolação entre partes vivas.

1.5 METODOLOGIA

Este trabalho possui um método de abordagem dedutivo visto que se inicia

através de conceitos já estabelecidos e baseados nas normas IEC 865-1(1993) e

IEC 865-2(1994), além de bibliografias referentes aos aspectos elétricos e

mecânicos condizentes ao objeto de estudo, procurando criar um elemento

facilitador (software) para o processo de cálculos e posterior verificação de

dimensionamentos previamente realizados.

Como métodos de procedimento, foram utilizados o monográfico e o

comparativo. O método de procedimento monográfico está presente na SEÇÃO 2 –

REFERENCIAL TEÓRICO, pois se utilizando técnicas de documentação indireta,

documental e bibliográfica, iniciou-se o levantamento de dados através de literaturas

como livros, internet, acervo técnico de empresas, normas técnicas brasileiras e

internacionais, com o intuito de adquirir informações para compreender o local de

atuação dos fenômenos envolvidos e suas características, além de definir os

procedimentos e o seqüencial de cálculos necessários para a estruturação do objeto

final do presente trabalho.

Nesta etapa, foram verificadas as definições dos conjuntos de manobra e

controle conforme as normas NBR 6808 (1993) e NBR 6979 (1998), para

características elétricas e mecânicas dos barramentos condutores e os ensaios

aplicados aos mesmos. Para a melhor compreensão do trabalho, foram realizadas

considerações sobre os efeitos de origem elétrica, tratando-se especificamente do

curto-circuito, além de considerações mecânicas devido à forma de montagem dos

barramentos nos conjuntos de manobra e controle. No término desta etapa,

demonstra-se todo o embasamento para o dimensionamento de instalações sujeitas

a correntes elevadas, estabelecendo-se, após o levantamento dos dados

necessários para a verificação dos dimensionamentos, toda a seqüência para se

desenvolver os cálculos de força entre fases condutoras devido à corrente de curto-

circuito, tensão mecânica nas fases condutoras, força entre condutores de uma

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19 mesma fase devida à corrente de curto-circuito, tensão mecânica em condutor de

uma fase, tensões mecânicas máximas admissíveis e força nos suportes isoladores.

Esta seqüência foi baseada nos métodos conforme interpretação da norma IEC 865-

1 (1993).

Na SEÇÃO 3 – DESENVOLVIMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO SOFTWARE,

o método de procedimento comparativo teve melhor adaptação, visto que houve a

necessidade de exemplificar cálculos conforme IEC 865-2 (1994), além de analisar

quais dados devem ser pré-definidos pelo usuário e tratar, para a forma

computacional, os dados característicos e empíricos citados nas normas utilizadas

como fontes de pesquisa.

Pode-se verificar que o universo de estudo baseia-se nas informações contidas

nas normas já mencionadas anteriormente e particularmente para conjuntos de

manobra e controle para tensões até 36,2kV conforme NBR 6979 (1998).

Uma vez determinada à forma e seqüência de desenvolvimento dos cálculos,

determinou-se a estrutura do programa através de algoritmos computacionais,

representados em fluxogramas de blocos, para cada tipo de cálculo previsto. Desta

forma foi possível definir qual linguagem de programação melhor se adaptaria à

complexidade do algoritmo e a interface gráfica.

Como existe uma grande tendência em se utilizar linguagens de programação

que possibilitem desenvolvimentos orientados a objeto e proporcionem aplicações

em ambiente WEB, Optou-se por utilizar em nosso projeto o programa Visual

Studio.NET da Microsoft. Em função disto chegou-se à linguagem de programação

C#. Concluindo os procedimentos supra citados pode-se então implementar o

software e finalmente o tutorial deste.

Para a verificação do cumprimento do trabalho proposto, procurou-se basear

as considerações em função dos resultados obtidos pelos cálculos manuais, os

processados pelo software e os obtidos por ensaio, fornecendo assim uma análise

confiável para o produto final deste trabalho.

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20 2 REFERENCIAL TEÓRICO

Para o embasamento deste trabalho, apresentam-se a seguir definições que

facilitam o entendimento do objeto de estudo, evidenciando aspectos construtivos,

aplicações e características físicas dos componentes que estarão sujeitos aos

esforços provenientes por eventuais correntes de curto-circuito.

Estas correntes por sua vez, também serão retratadas quanto a seus tipos,

características e efeitos em seção específica.

2.1 CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE BAIXA TENSÃO E MÉDIA

TENSÃO

2.1.1 Definição

Os conjuntos de manobra e controle tratam-se de dispositivos e equipamentos

associados entre si através de interligações e suportados em uma estrutura

acondicionada em invólucro metálico. Estes conjuntos têm como funções controlar,

regular, proteger e promover a medição de circuitos elétricos.

Estes conjuntos dividem-se em dois tipos, segundo a NBR 6808 (1993) e a

6979 (1998), conforme a tensão de trabalho a que se destinam, sendo um deles

denominado Conjunto de Manobra e Controle de Baixa Tensão Montados em

Fábrica (CMF) e o outro Conjunto de Manobra e Controle em Invólucro Metálico para

Tensões Acima de 1kV até 36,2kV (Média Tensão).

Os CMF (Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa Tensão Montados em

Fábrica), conforme NBR 6808 (1993), destinam-se a tensões não superiores a 1kV

sendo caracterizados pela combinação de dispositivos e equipamentos de manobra,

controle, medição, proteção, sinalização e regulação de baixa tensão,

completamente montados com todas as interligações elétricas e mecânicas internas

além das partes estruturais e destinam-se principalmente para realizar a distribuição

da energia elétrica em baixa tensão.

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21

Quanto aos Conjuntos de Manobra e Controle aplicados em média tensão, são

definidos conforme NBR 6979 (1998) em:

a. Conjunto de Manobra e Controle: conjunto de dispositivos de manobra e

equipamentos associados para o controle, regulação, proteção e

medição, incluindo a respectiva montagem, com suas interligações,

acessórios e estrutura suporte, em invólucro metálico, composto por um

ou mais cubículos;

b. Conjunto de Manobra e Controle Blindado: conjunto de manobra e

controle em invólucro metálico, com grau de proteção mínimo para as

partes externas e internas de IP2X (proteção contra contato com os

dedos e proteção contra penetração de corpos estranhos médios), no

qual os componentes são dispostos em compartimentos separados com

divisões metálicas aterradas. Estes compartimentos devem ser

separados para os seguintes componentes:

− equipamento de manobra principal,

− componentes ligados a um dos lados de um equipamento de

manobra principal (circuito alimentador, por exemplo),

− componentes ligados a outro lado do equipamento de manobra

principal (conjunto de barras, por exemplo; se houver mais de um

conjunto de barras, cada conjunto deve estar em compartimento

separado),

− componentes de baixa tensão.

O equipamento de manobra principal deve ser extraível, a fim de se

poder deslocá-lo entre as posições: inserida, de ensaio, extraída e

removida. Quando o transformador de potencial (TP) for ligado ao

barramento principal através de fusíveis, o conjunto deverá estar alojado

em compartimento separado devendo pelo menos os fusíveis estar

montados sobre dispositivos extraíveis. No caso específico de ser

necessária a instalação de equipamento não extraível em uma ou mais

unidades de um conjunto blindado, apenas estas unidades devem

atender à especificação de conjunto de manobra e controle simplificado,

sem prejuízo da classificação original do conjunto como blindado;

c. Conjunto de Manobra e Controle com Divisões de Material Isolante:

conjunto de manobra e controle em invólucro metálico, com o grau de

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22

proteção mínimo para as partes externas e internas de IP2X (proteção

contra contato com os dedos e proteção contra penetração de corpos

estranhos médios), no qual os componentes são dispostos em

compartimentos separados, como no conjunto de manobra e controle

blindado, mas com pelo menos uma divisão de material isolante.

d. Conjunto de Manobra e Controle Simplificado: conjunto de manobra e

controle em invólucro metálico, com pelo menos uma das seguintes

características:

− que não tenha divisões, exceto para componentes de baixa

tensão e entre cubículos adjacentes, com proteção mínima IP2X,

− número de compartimentos inferior ao necessário para conjunto

de manobras e controle blindado,

− que tenha divisões com grau de proteção inferior a IP2X,

− equipamento de manobra principal fixo.

2.2 BARRAMENTO

É o elemento por onde será conduzida a corrente de alimentação dos

conjuntos de manobra e controle e, por conseqüência, é o componente que

transmitirá os esforços oriundos de eventuais curtos-circuitos ao sistema.

Segundo NBR 6808 (1993), a disposição das fases deverá ser A-B-C da

esquerda para direita, de cima para baixo e da frente para trás, quando se está na

frente do painel. As barras deverão ser montadas em suportes isolantes, sendo que

os mesmos devem formar uma barreira entre as colunas, além de serem previstas

tampas removíveis ou portas articuladas e parafusadas em cada painel para permitir

acesso para instalação, manutenção e inspeção do barramento.

Os barramentos deverão ser executados em cobre eletrolítico, de seção

compatível com a corrente nominal do painel, e fixados de forma a suportar os

esforços dinâmicos e térmicos resultantes da máxima corrente de curto-circuito

especificado e deverão estar em conformidade com a norma NBR 6808 (1993) para

baixa tensão e NBR 6979 (1998) para média tensão.

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23

2.3 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS E MECÂNICAS DO MATERIAL

CONDUTOR

É importante observar que os materiais empregados apenas para fins elétricos,

raramente podem ser escolhidos levando-se em consideração somente o seu

comportamento elétrico. Todos os materiais elétricos, como regra geral, sofrem

simultaneamente uma série de outros efeitos, tais como mecânicos, térmicos,

luminosos, magnéticos, sob os quais o material em si não pode ter, pelo menos

sensivelmente, prejudicadas as suas propriedades iniciais. Por essas razões, a

escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai naquele de

características elétricas mais vantajosas, mas sim, num outro metal ou numa liga,

que, apesar de eletricamente menos vantajoso, satisfaz as demais condições de

utilização.

Pelas razões expostas, e sendo parte do objeto de estudo os barramentos de

cobre e alumínio, a seguir apresentam-se características referidas a estes materiais.

2.3.1 Características do Cobre (Cu)

O cobre apresenta as vantagens a seguir, que lhe garantem posição de

destaque entre os metais condutores:

a. Pequena resistividade;

b. Características mecânicas favoráveis;

c. Baixa oxidação para a maioria das aplicações;

d. Fácil deformação a frio e a quente.

O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre. A máxima

pureza é encontrada no cobre obtido em ambiente sem oxigênio, quando alcança

61m/Ωmm2, comparável com o valor do cobre eletrolítico, cujo valor é de 58m/Ωmm2

e é o normalmente usado em escala industrial. O seu grau de pureza, nesse caso, é

de 99,9%.

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24

Na laminação a frio, o cobre se torna mais duro e elástico, e reduz sua

condutividade. É o estado de cobre encruado. Essa modificação de características

pode representar um empecilho ao uso do metal, e nesse caso, se faz o seu

recozimento a uma temperatura de 500-560°C. O cobre encruado, porém, tem

também algumas aplicações diretas e raras, em que certos fios de cobre precisam

apresentar determinadas características mecânicas para permitir seu uso.

A maior parte das aplicações, porém, são encontradas na área do cobre

recozido (ou mole), havendo casos em que se dá preferência a um cobre que não

sofra recozimento total, que são os casos de “meio duro” ou “meio mole”. Nesses

casos, a característica mecânica é menos importante, prevalecendo a maior

condutividade obtida através do recozimento.

Observe-se que o recozimento influi bem mais nas características mecânicas

do que nas elétricas.

2.3.2 Aplicações do Cobre

Em função das propriedades já comentadas, o cobre nas suas diversas formas

puras tem determinadas aplicações. O cobre encruado ou duro é usado nos casos

em que se exige elevada dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como no

caso de redes aéreas de cabo nu em linhas elétricas metroviárias, particularmente,

para fios telefônicos, para peças de contato, para anéis coletores e coletores de

lâminas (ou lamelas). Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos,

barramentos e cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido.

2.3.3 Características do Alumínio (Al)

Entre as principais características que levam o uso do alumínio para fins

elétricos pode-se citar, além de sua boa capacidade de condução de corrente

elétrica, seu custo inferior ao cobre e peso cerca de 31% menor que o do cobre.

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25 Outro detalhe importante é sua resistência à oxidação para atmosfera agressiva

como a salina, por exemplo.

Uma das vantagens interessantes dos barramentos de alumínio é quando na

ocorrência de arco de curto-circuito, formar-se apenas resíduos sob a forma de

poeira de óxido de alumínio não condutora. Assim não há a deposição de metais

sobre os isoladores vizinhos nem em outros componentes da instalação, sendo este

um fator limitante na extensão de prejuízos. Com isso as instalações de manobra

com barramentos de alumínio podem retornar o seu serviço mais rapidamente

depois da ocorrência de um arco de curto-circuito.

2.3.4 Aplicações do Alumínio

Pode-se generalizar que o alumínio é usado no lugar do cobre quando o fator

peso tiver prevalência na instalação. Além disso, existem outras considerações

quanto ao uso do alumínio em eletricidade como, por exemplo, em sua forma pura

(pureza maior que 99,5%) tem aplicações para condutores enquanto que suas ligas

compostas de silício (Si), magnésio (Mg) e manganês (Mn) são utilizadas para a

confecção de cabos, barramentos, rotores de motores de indução tipo gaiola e

bobinas de eletroímãs, devido à melhora na resistência mecânica.

2.3.5 Propriedades dos Materiais Condutores

Para o dimensionamento de barramentos quanto a solicitações mecânicas e

térmicas, existem vários aspectos envolvendo as propriedades de cada material que

possuem grande influência para os cálculos como, por exemplo, resistência á tração,

resistência até o limite de elasticidade (ruptura), o módulo de elasticidade.

Apresenta-se na Figura 1, segundo Guthmann (1982), para o cobre (Cu) e o

alumínio (Al) respectivamente, as propriedades que devem ser levadas em

consideração para a realização de cálculos de resistência mecânica.

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Resistência até o Ponto Limite de

Elasticidade Símbolo

Resistência à Tração

B

N/mm2

Módulo de Elasticidade

E

N/mm2

Rp0,2 mín.

N/mm2

Rp0,2 máx.

N/mm2

Dureza Brinell HB 10

N/mm2

Condutividade a 20ºC

m/mm2 (mínimo)

Cobre E-Cu F20 200 11.104 - 120 450...700 57 E-Cu F25 250 11.104 200 290 700...950 56 E-Cu F30 300 11.104 250 360 800...1050 56 E-Cu F37 370 11.104 330 400 950...1150 55 Alumínio E-Al F6,5/7 65/70 6,5.104 25 80 200...300 35,4 E-Al F8 80 6,5.104 50 100 220...320 35,2 E-Al F10 100 6,5.104 70 120 280...380 34,8 E-Al F13 130 6,5.104 90 160 320...420 34,5 Al F10 100 ~6,5.104 70 - 280...300 34 Liga de alumínio maleável E-Al Mg Si 0,5F17 170 7.104 120 180 450...650 32 E-Al Mg Si 0,5F22 220 7.104 160 240 650...900 30

Figura 1 - Propriedades mecânicas dos materiais condutores Fonte: Guthmann (1982), Tabela 6-30.

Exemplo:

E Cu F20 Resistência à tração B = 20kg/mm2 (200N/mm2)

Cobre Industrial

Material para fins elétricos

Como na maioria das aplicações é utilizado cobre do tipo E-Cu F30, a Figura 2

mostra maiores informações e detalhes dos barramentos construídos com este tipo

de material condutor.

Continua... Capacidade Condução de Corrente

Permanente Largura X

Espessura (mm)

Secção

(mm2)

Peso

(kg/m) Tamb = 35ºC Tbarra = 65ºC

(A)

Tamb = 40ºC Tbarra = 80ºC

(A) 15 X 3 44,5 0,396 162 190 20 X 5 99,1 0,882 274 320 25 X 5 119,6 1,11 327 380 30 X 5 149 1,33 379 440 40 X 5 199 1,77 482 560 40 X 10 399 3,55 715 830 50 X 5 249 2,22 583 680 60 X 5 299 2,66 688 800 60 X 10 599 5,33 985 1150

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...continuação Capacidade Condução de Corrente

Permanente Largura X

Espessura (mm)

Secção

(mm2)

Peso

(kg/m) Tamb = 35ºC Tbarra = 65ºC

(A)

Tamb = 40ºC Tbarra = 80ºC

(A) 80 X 5 394,6 3,51 885 1030 80 X 10 799 7,11 1240 1445 100 X 5 494,6 4,40 1080 1260

100 X 10 999 8,89 1490 1740 Figura 2 - Características do Barramento de Cobre Nú Construído com Cobre Tipo E-CU F30 Fonte: DIN 43671 (1975)

Na Figura 3 são apresentadas as propriedades físicas que tem grande

influência quanto à verificação do dimensionamento referente às solicitações

térmicas.

Símbolo Unidade Cobre (E-Cu) Alumínio (E-Al) Pantal (E-Al Mg Si)

c J/(kgºC) 390 910 910

kg/m3 8900 2700 2700

20 1/(m) 56.106 34,8.106 30.106

20 1/ºC 0,0039 0,0040 0,0036

Figura 3 - Propriedades físicas dos materiais condutores Fonte: IEC 865-01 (1993), Figura 13.

2.4 ENSAIOS APLICADOS AO BARRAMENTO

Todos os barramentos devem ser verificados quanto a sua suportabilidade

térmica e dinâmica para que possam atender as especificações para as quais foram

projetados bem como oferecer segurança operacional. Para o caso de painéis de

baixa tensão pode-se comprovar esta preocupação conforme estabelece a NBR

6808 (1993):

Os Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa Tensão Montados em Fábrica – CMF, devem ser construídos de forma a suportar os efeitos térmicos e dinâmicos resultantes da corrente de curto-circuito até os valores nominais. (NBR 6808, 1993, p 8, seção 5.1.3.5.1).

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Para painéis de média tensão, estas considerações também são verdadeiras e

contribuem enfaticamente para a justificativa do desenvolvimento deste trabalho.

Ratificando esta idéia a NBR 6979 (1998), estabelece:

Todas as barras que compõem o barramento devem ser projetadas de modo a suportar com segurança o máximo esforço mecânico, térmico e elétrico a que podem estar sujeitas pela passagem da corrente nominal e de curto-circuito. (Conforme NBR 6979, 1998, p 7, seção 5.2.2.3.1).

Além do aspecto de segurança citado anteriormente, deve-se verificar que a

finalidade da isolação é minimizar a possibilidade de propagação de curtos-circuitos

e prevenir o desenvolvimento de falhas no barramento, resultantes de objetos

estranhos que possam fazer contato momentâneo com as barras sem isolação. Não

é garantido que a superfície externa desta cobertura isolante esteja ao potencial de

terra e não deve, portanto, em nenhuma hipótese ser assumido que esta cobertura

oferece completa proteção ao contato pessoal.

A continuidade dos circuitos de aterramento deve ser assegurada levando em

conta os esforços térmicos e dinâmicos causados pelas correntes que possam

ocorrer. O valor máximo das correntes de falta para terra deve ser especificado pelo

usuário.

Pode-se considerar para o objeto do estudo os seguintes ensaios de tipo:

a. Ensaio de corrente suportável de curta duração e do valor de crista

nominal da corrente suportável em circuitos principais;

b. Ensaio de corrente suportável de curta duração e do valor de crista

nominal da corrente suportável em circuitos de aterramento.

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29 2.4.1 Ensaio de Corrente Suportável Nominal de Curta Duração e do Valor de

Crista Nominal da Corrente Suportável

Conforme NBR 6979 (1998), o conjunto de manobra e controle deve ser

ensaiado com todos os componentes associados instalados, como se estivesse em

condições de operação.

Sendo assim, seus circuitos principais e de aterramento devem ser submetidos

ao ensaio para comprovar sua capacidade de resistir a corrente nominal suportável

de curta duração e o valor de crista nominal da corrente suportável especificado.

Quanto à freqüência em que devem ser realizados os ensaios, deve

permanecer em uma faixa de ± 10% da freqüência nominal para o qual o

equipamento foi projetado em qualquer tensão conveniente e a partir de qualquer

temperatura ambiente. Considerações devem ser realizadas quando equipamentos

de freqüência de 50 Hz são ensaiados em 60 Hz.

Quanto aos dispositivos de proteção, durante estes ensaios é necessário

assegurar que se operem somente aqueles previstos para limitar a corrente de curto-

circuito.

2.4.1.1 Arranjo do Equipamento e do Circuito de Ensaio

Como as solicitações impostas ao equipamento durante o ensaio dependem

fundamentalmente do arranjo físico empregado, é necessário que o arranjo físico

dos condutores de alimentação seja o mais semelhante possível à situação real.

A corrente de curto-circuito de ensaio deve ser aplicada nas três fases

simultaneamente. O sistema de proteção deve ter o seu sistema de disparo

inoperante. Fusíveis limitadores de corrente se houver, devem ser substituídos por

barras de corrente nominal igual a máxima especificada para o circuito a ser

ensaiado. O arranjo empregado no ensaio deve ser indicado em relatório dedicado a

este fim, sendo que o mesmo deve acompanhar, quando solicitado, o conjunto de

manobra e controle.

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30

2.4.1.2 Valor e duração da corrente de ensaio

Conforme NBR 6979 (1998), a componente alternada da corrente de ensaio

deve ser, em princípio, igual a da corrente suportável nominal de curta duração do

conjunto de manobra e controle.

O valor de crista da corrente não deve ser menor que o valor de crista nominal

e não deve excedê-lo em mais que 5% sem o consentimento do fabricante. Quanto

a variação máxima permitida, a corrente nas fases não deve exceder em mais de

10% da média entre elas.

A corrente de ensaio deve ser aplicada por um tempo igual à duração nominal

do curto-circuito. Entretanto, quando as características do laboratório forem tais que

os valores de crista e eficaz da corrente especificada não puderem ser obtidos

conforme duração exigida no ensaio, são permitidos alguns desvios os quais são

tratados em item específico da própria NBR 6979 (1998).

2.4.1.3 Comportamento do Equipamento Durante o Ensaio

Todos os equipamentos devem poder conduzir sua corrente suportável

nominal de curta duração e o valor de crista nominal da corrente suportável,

conforme previsto em sua especificação, sem sofrer danos mecânicos em qualquer

parte e sem que os contatos se separem.

É admitido pela NBR 6979 (1998) que, durante o ensaio, a elevação de

temperatura das partes que conduzem as correntes e das partes adjacentes do

equipamento possa exceder certo limite especificado, porém a temperatura máxima

atingida deve ser tal que não cause danos às partes circunvizinhas.

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31 2.4.1.4 Estado do Equipamento Após o Ensaio

Após o ensaio, o conjunto de manobra não deve apresentar nenhuma

deformação que possa alterar as condições de operação para o qual foi projetado,

devendo poder funcionar normalmente e suportar sua corrente nominal sem que os

limites de elevação de temperatura da Figura 4 sejam excedidos, além de suportar

as tensões especificadas para os ensaios dielétricos do equipamento.

Valores máximos

Natureza do elemento Temperatura Final ºC

Elevação de temperatura para um ambiente não

excedendo 40ºC

1 Contatos

1.1 Cobre nú ou liga de cobre nua

1.2 Prateados ou niquelados

1.3 Estanhados

75

105

90

35

65

50

2 Conexões aparafusadas ou equivalentes

1.4 Cobre nú ou liga de cobre nua ou liga de alumínio nua

1.5 Prateadas ou niqueladas

1.6 Estanhadas

90

115

105

50

75

65

3 Invólucros

1.7 Partes manipuladas

1.8 Partes acessíveis

1.9 Partes inacessíveis

50

70

110

10

30

70

Figura 4 - Limites de Temperatura Admissíveis Fonte: NBR 6979 (1998), Tabela A.2

Após o ensaio, algumas deformações do condutor, conexões e dispositivos de

aterramento são permissíveis desde que a condutividade do circuito seja mantida.

O estado dos contatos após o ensaio deve ser tal que o funcionamento não

seja afetado para qualquer valor de capacidade de estabelecimento ou interrupção

até os valores nominais previstos.

Para verificar estes requisitos, conforme previsto na NBR 6979 (1998), em

geral é suficiente o funcionamento em vazio do equipamento imediatamente após o

ensaio, seguido de uma inspeção visual dos contatos.

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32

Caso ainda houver dúvida quanto à capacidade de condução da corrente

nominal, um ensaio de elevação de temperatura adicional deve ser realizado, antes

da opção do recondicionamento do equipamento.

2.5 INTRODUÇÃO AO CURTO-CIRCUITO

O curto-circuito é uma condição de anomalia em que o sistema elétrico está

sujeito. É caracterizada por correntes de amplitude de no mínimo 8 a 10 vezes a

corrente nominal e que pode ocorrer em uma, duas ou nas três fases deste sistema.

Fatores internos ou externos ao sistema podem dar origem a um curto-circuito,

como, por exemplo, falha na isolação dos enrolamentos de um transformador, queda

de uma das fases no solo ou por um animal dentro de um cubículo.

Um curto-circuito pode causar sérios danos aos equipamentos e componentes

de um sistema, tendo em vista seus efeitos sobre os mesmos. Um correto

dimensionamento desses equipamentos é muito importante no sentido de minimizar

os possíveis danos. Seguindo o mesmo raciocínio, também é função da proteção

eliminar a anomalia o mais rápido possível. A seguir serão estudados esses efeitos e

suas conseqüências (efeitos térmico e dinâmico).

2.5.1 Efeitos Dinâmicos das Correntes de Curto-Circuito

Quando dois ou mais condutores são postos próximos, estes estarão sujeitos

as forças devidas ao campo magnético produzido pela corrente que os percorre.

Essa força poderá ser de atração, caso as correntes estejam no mesmo sentido, ou

de repulsão, caso as correntes estejam em sentido contrário. Na ocorrência de um

curto-circuito tal força aumenta proporcionalmente com a elevação da corrente.

As implicações de efeito dinâmico devido à corrente de curto-circuito são

mecânicas, agem sobre o próprio condutor e seus apoios. Em condutores rígidos

essas forças geram tensões que tendem causar a sua ruptura. Daí a importância de

um correto dimensionamento do barramento bem como seus apoios.

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33

2.5.2 Efeito Térmico das Correntes de Curto-Circuito

Também conhecido como perdas por efeito Joule, o efeito térmico, de grosso

modo, é o aquecimento dos condutores devido à passagem de corrente elétrica. A

física clássica nos mostra pela seguinte equação, 2IRPJ ×= , que essa é uma perda

que depende da resistividade do condutor e também da corrente que o percorre.

Portanto para uma situação de elevada corrente, como é o caso de um curto-

circuito, o condutor experimentará elevadas temperaturas, tendo em vista a

proporcionalidade com o quadrado da corrente, mesmo que o tempo de duração do

curto-circuito seja pequeno.

Esse aumento brusco da temperatura fará com que o condutor se dilate,

conforme suas propriedades termodinâmicas, aumentando seu comprimento e, no

caso particular de barramentos, proporcionando esforços indesejáveis em seus

pontos de apoio. Dependendo do valor que a temperatura atingir, segundo Beer e

Johnston (1982,1989) o material condutor poderá ter suas características mecânicas

alteradas dentre as quais resistência mecânica, ductibilidade e resistência à

corrosão.

No ponto de vista elétrico, o aumento da temperatura fará com que a

resistividade do condutor também aumente.

2.5.3 Corrente de Curto-Circuito Simétrica e Assimétrica

Para definir-se a simetria ou assimetria das correntes de curto-circuito,

necessita-se observar o comportamento de sua amplitude em relação ao tempo

como mostrado na Figura 5.

Segundo Creder (1995), geralmente a corrente de curto-circuito se inicia com

assimetria máxima e, ao longo do tempo, tende a se tornar gradualmente simétrica

(Figura 5d).

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34

Os sistemas elétricos, em sua grande maioria, possuem tensão e corrente

resultante senoidal. Visto que esta última é função da impedância e, em caso de

curto-circuito, a resistência torna-se desprezível em relação à reatância, a corrente

de curto-circuito, quando relacionada à tensão do sistema, fica atrasada de 90º

(Figura 5e).

Considerando-se uma instalação com fator de potência unitário e quando o

curto–circuito ocorre no momento em que a tensão tem seu valor de pico, a corrente

de curto-circuito será simétrica e se comporta como mostrado na Figura 6.

continua... a) Corrente Simétrica b) Corrente Parcialmente Assimétrica

c) Corrente totalmente assimétrica d) Corrente inicialmente assimétrica e, após

alguns ciclos, simétrica

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35

...continuação. e) Relação de fase entre corrente e tensão num curto-circuito, desprezando a parte resistiva da

impedância

Cor

rent

e

Tens

ão

0º 90º

Corrente

90ºTempo

Corrente

Tensão

Tensão

Figura 5 - Correntes simétricas e assimétricas Fonte: Dib (1991), Figuras 6.5 e 6.6

Icc

Tensão

Figura 6 - Tensão máxima no instante do curto-circuito. Fonte: Dib (1991), Figura 6.7.

Para que a corrente de curto-circuito tenha a máxima assimetria, o curto

deverá ocorrer quando a tensão esteja em seu ponto zero, conforme a Figura 7.

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36

Figura 7 - Assimetria máxima em tensão zero no instante do curto-circuito. Fonte: Dib (1991), Figura 6.8.

Caso o curto-circuito ocorra em um instante onde a tensão do sistema esteja

em um valor entre a tensão de pico e a tensão zero então a assimetria assumirá um

valor médio conforme mostrado na Figura 8.

Figura 8 - Corrente assimétrica Fonte: Dib (1991), Figura 6.9.

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37

Na Figura 9, pode-se observar que a máxima assimetria nos casos em que a

resistência do circuito não é desprezível em relação à reatância, é obtida quando o

curto-circuito ocorre no momento em que o ângulo φ , medido a partir do ponto de

tensão é nula, é igual a:

ϕφ += 90

onde,

RX

tg ⋅= −1ϕ

O curto-circuito deve ocorrer aqui para produzir o deslocamento máximo.

90º+φ

Tensão

Icc

Figura 9 - Condição para obter a máxima assimetria na corrente de curto-circuito num circuito com

X e R Fonte: Dib (1991), Figura 6.10.

Tem-se, na Figura 10, uma corrente de curto-circuito assimétrica, a qual é

composta de seus componentes de corrente contínua e de corrente alternada, com o

curto começando em zero e, na Figura 11, o curto começando em um valor entre o

zero e o pico da tensão gerada.

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38

Componente da corrente alternada.

Instante do curto.

Componente da corrente contínua.

Figura 10 - Componentes da corrente assimétrica de curto Fonte: Dib (1991), Figura 6.11.

Figura 11 - Decréscimo da componente contínua (como a corrente assimétrica se torna simétrica) Fonte: Dib (1991), Figura 6.12.

Conforme Creder (1995), a componente de corrente contínua decresce de

valor proporcional a relação X/R entre a reatância e a resistência do circuito.

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39

Os seguintes casos extremos devem ser levados em consideração:

0=R , ou seja, ∞=RX

o componente contínuo é mantido indefinidamente;

∞=R , ou seja, 0=RX

decréscimo instantâneo.

Devido à dificuldade de se determinar o instante em que se dará o curto-

circuito, partindo-se da relação X/R (ver Figura 12), foram desenvolvidos métodos

simplificados por onde se pode determinar o fator de assimetria.

Fator de Assimetria

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

X/R

κκκκ

Figura 12 - Fator ( fi) de impulso de assimetria correspondente ao primeiro semiciclo da corrente de curto-circuito.

Fonte: Dib (1991), Figura 6.13.

2.5.4 Corrente de Curto-Circuito em Sistemas Trifásicos

Nos sistemas trifásicos podem existir cinco tipos diferentes de defeitos com

relação a corrente de curto-circuito. Estes defeitos estão representados na Figura

13.

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40

É sabido das teorias de sistemas elétricos que, para fins de dimensionamento

de barramentos, o curto-circuito trifásico é o mais importante, tendo em vista que o

nível do curto-circuito trifásico é o mais elevado, podendo haver casos onde o curto-

circuito monofásico poderá ser maior. Sendo assim os efeitos termodinâmicos que

os equipamentos e componentes do sistema estarão sujeitos são mais severos. Daí

a importância de se conhecer o nível de curto-circuito trifásico para um correto

dimensionamento dos condutores, barramentos e apoios.

L2

L3

L1

Ik''EE

Ik''2E

L3

L3

L2

L1

L1

L2

L3

Ik''3

L3

L2

L1

L1

L2

Correntes de curto-circuito

Correntes parciais de curto-circuito.

Ik''1

Ik''2

Figura 13 - Faltas e sentido das correntes de curto-circuito em sistema trifásico. Fonte: Dib (1991), Figura 7.1.

Para melhor entendimento, pegamos o caso de um gerador trifásico com seus

terminais curto-circuitados. O comportamento da corrente de curto-circuito é

representado pela Figura 14. Num momento inicial a corrente tem um valor elevado

de crista, mas que decresce para um valor estável conforme a constante de tempo

do circuito.

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41

b

a

c

Rápido decréscimo da componente CA

Decréscimo lento da componente CA

Decréscimo da componente CC

a - Valor inicial da componente CC Ig'

b - 2√2 Corrente de curto-circuito simétrica inicial Ik''

c - Corrente de curto-circuito assimétrica de pico Is'

Figura 14 - Onda física para corrente de curto-circuito no instante mais desfavorável para o chaveamento.

Fonte: Dib (1991), Figura 7.2.

A cota c representa o pico assimétrico da corrente de curto-circuito 'sI , o valor

máximo instantâneo desta corrente durante as condições iniciais de curto-circuito e é

assumido como valor de crista no primeiro ciclo após sua ocorrência, em conjunto

com a componente CA e a componente CC. É o valor de 'sI que determina o

máximo esforço dinâmico nos componentes da instalação, sendo assim, tais

componentes deverão ser dimensionados por tal corrente.

'kI é o valor eficaz da corrente de curto-circuito simétrica, é através dela que se

calcula a corrente de curto-circuito assimétrica do primeiro pico 'sI , assim como

para determinação da corrente de interrupção aI que é o valor eficaz da

componente alternada da corrente de curto-circuito no instante da separação dos

contatos do disjuntor.

A corrente de curto-circuito estabilizada ''kI é a corrente simétrica que

converge o sistema após o estágio transitório; a cota a representa seu valor eficaz.

A Figura 15 nos mostra as equações usadas para o cálculo da corrente de

curto-circuito simétrico inicial ''kI que podem ocorrer dentro de um sistema trifásico.

Dada sua importância, a corrente trifásica de curto-circuito deve ser envolvida por

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42 um fator de segurança de 10%, para o dimensionamento dos equipamentos, de

modo a serem capazes de suportar os curtos-circuitos.

continua... Tipo de curto-circuito Equações

Trifásico U

U

Z

Z

UIk 3

1,1)3('' =

Entre fases

Z

U

U

ZU

Ik 21,1

)2('' =

Monofásico U

U

Z

Ek ZZZ

UI

3231,1

0)1('' ++

=

Duplo para terra U

U

U

U

ZI ZIII ZII

IIIIIIIII

IIIIIIIIIk

ZZZZ

ZZZZZU

I0

)1('' )(2631,1

+++

++=

''kI - corrente sub-transitória inicial simétrica eficaz de curto-circuito;

''2 KS IfiI ⋅= - corrente de curto-circuito de crista assimétrica;

''Ka II µ= - corrente de interrupção de curto-circuito;

KI - corrente de curto-circuito permanente;

UIS KK 3'''' = - potência de curto-circuito simétrica;

UIS aa 3= - capacidade de interrupção (potência);

22 XRZ += - impedância de seqüência positiva de curto-circuito por fase;

20

200 XRZ +=

- impedância de seqüência zero de curto-circuito por fase.

22EEE XRZ +=

- impedância de terra;

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43

...continuação U - tensão nominal do sistema, fase-fase;

X - reatância indutiva;

'ϕ - fator que indica o efeito do componente CC. Depende da relação R/X da corrente de curto-circuito e pode ser determinado no gráfico da Figura 12;

µ - fator que determina o decréscimo da corrente inicial de curto-circuito até o início da separação dos contatos do disjuntor. Depende da relação ''kI / NI do gerador e pode ser determinada na Figura 14.

Figura 15 - Equações para cálculos de curto-circuito. Fonte: Dib (1991), Tabela 7.1.

2.6 CONSIDERAÇÕES MECÂNICAS

Para dar-se continuidade ao acompanhamento das informações necessárias

para o desenvolvimento do embasamento de cálculos da próxima seção deste

trabalho, é necessária a apresentação de algumas definições de caráter mecânico

com relação à resistência dos materiais.

Primeiramente definir-se-á, para fins de estudo, as vigas como sendo barras

longas, retas e de perfil prismático inalterável ao longo de seu comprimento, as quais

devem ser projetadas para suportar os esforços aplicados ao longo de seu

comprimento.

Esses esforços, também denominados como cargas, são geralmente

perpendiculares ao eixo das vigas submetendo-as a esforços de cisalhamento

(corte) e momentos de flexão. Os carregamentos das vigas podem ser

concentrados, distribuídos, ou ainda, uma combinação de ambos.

As vigas são ainda classificadas quanto à maneira pela qual estão vinculadas

ou apoiadas, sendo que a distância entre estes apoios é denominada vão. Na Figura

16 seguir podem-se verificar os tipos de apoio aos quais as vigas poderão estar

condicionadas para o caso do objeto de estudo deste trabalho.

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Viga simplesmente apoiada

A B

Viga engastada em um extremo e simplesmente apoiada em outro

BA

Viga bi-engastada

A B

Viga contínua

A AB Figura 16 - Tipos de vigas e seus apoios

2.6.1 Fatores envolvidos no dimensionamento de vigas

Segundo Beer e Johnston, em Resistência dos Materiais (1981) e Mecânica

Vetorial para Engenheiros (1984), os seguintes fatores devem estar presentes no

dimensionamento de vigas:

a. força cortante ou de cisalhamento: podem ser definidas como a reação

dos apoios que tendem a cisalhar (cortar) a viga em um determinado

ponto ao longo de sua extensão. Deve-se observar que a força cortante

tem sempre um valor constante de acordo com o carregamento

perpendicular sobre a viga.

b. momento fletor: é definido como a reação dos apoios que tendem a fletir

a viga em um determinado ponto ao longo de sua extensão. O momento

fletor possui relação com a distância entre o ponto analisado e à reação

de apoio.

c. tensão mecânica dos materiais (σ): é obtida pela relação entre o valor

do carregamento (forças) pela área de seção transversal.

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45

d. limite de elasticidade de um material: corresponde ao maior valor de

tensão para o qual o material apresente comportamento elástico. Um

material possui comportamento dito elástico quando após a aplicação

de um carregamento as deformações ocasionadas por estes

desaparecem após a retirada destes esforços.

e. módulo de elasticidade: também chamado de módulo de Young

(cientista inglês, 1773-1829), é o coeficiente correspondente à tensão

diretamente proporcional à deformação específica do material. Essa

relação de proporcionalidade é conhecida como Lei de Hooke e foi

caracterizada pelo matemático inglês Robert Hooke (1635-1703).

f. momento resistente: é a relação entre o momento de inércia e a

distância entre o centróide e a lateral da barra em estudo no sentido

normal a força conforme a equação cJ

Z = ;

g. momento de inércia de uma determinada área: em relação ao eixo x é

definido como sendo a integral =Ax dAyJ 2 e em relação ao eixo y como

=Ay dAxJ 2 ;

Pode-se agora, em virtude de todos os conceitos abordados, de origens

elétricas e mecânicas, iniciar-se o tratamento do equacionamento básico para o

cálculo dos valores das forças de origem eletromagnéticas bem como proceder a

verificação dos fatores mecânicos envolvidos, relacionados à disposição dos

barramentos e as tensões e esforços em seus respectivos apoios.

2.7 BASES PARA DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES SUJEITAS A

CORRENTES ELEVADAS

Como visto anteriormente, há uma série de considerações relativas ao cálculo

dos esforços que, além de origens elétricas e mecânicas, envolvem vários fatores

como, por exemplo, a disposição dos barramentos, formas de fixação, quantidade e

tipos de suportes, número de barras por fase além de outros.

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46

Nesta seção serão demonstrados todos os cálculos necessários para a

verificação dos dimensionamentos, baseados na norma IEC 865-01 (1993), onde

estarão relacionadas às implicações dos detalhes da instalação para a definição dos

valores das forças envolvidas no estudo.

2.7.1 Dimensionamento de Barramentos Relativo à Resistência Mecânica ao Curto-

Circuito

Os condutores paralelos, de comprimento suficientemente grande em relação

ao seu afastamento am, são sujeitos, quando atravessados por uma corrente elétrica,

a forças uniformemente distribuídas ao longo da sua extensão. No caso de um curto-

circuito, essas forças devem ser levadas em consideração, pois sujeitam os

condutores a esforços de flexão, ao mesmo tempo em que submetem os isoladores

a esforços de corte, tração e compressão. Por essa razão, as barras condutoras

devem ser dimensionadas não só considerando à corrente que as percorre, mas

também tendo em conta os esforços resultantes do valor máximo previsto do curto-

circuito. Por tais motivos, os esforços previstos nos barramentos e seus apoios, na

eventualidade de um curto-circuito, devem ser calculados previamente ou

determinados por meio de ensaios.

A Figura 17 mostra a disposição de um barramento constituído por três

conjuntos de barras principais H, cada um dos quais com três barras B, separadas

entre si por espaçadores D: a — Distância média entre barras principais, a1n —

Distância geométrica entre elementos condutores (por ex. a12 entre os elementos

condutores 1 e 2), Fd — Esforço no ponto de apoio, h — Distância entre o ponto de

aplicação da força e a aresta superior do isolador de suporte, l — Distância entre

isoladores, ls — Distância máxima entre um separador e o ponto de apoio ou entre

dois separadores adjacentes.

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47

ls

a12

a

l

Fd

h

H

D

B

Figura 17 - Disposição de Barramentos Fonte: Guthmann (1983), Figura 4-1.

2.7.2 Cálculo das Forças de Origem Eletromagnética

A força eletromagnética exercida entre as barras principais, quando

percorridas pela mesma corrente é definida pela seguinte equação:

al

iiF ⋅⋅⋅= 210

2πµ

(1)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 1.

onde:

i1 e i2 são os valores instantâneos das correntes nos condutores;

l é a distância entre centros dos suportes isoladores;

a é a distância entre centros dos condutores.

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48

Quando as correntes em dois condutores tiverem a mesma direção, as forças

são atrativas. Analogamente quando as direções das correntes são opostas, as

forças são repulsivas.

2.7.3 Cálculo da Força Máxima Entre os Condutores Principais Durante um Curto-

Circuito Trifásico

Em um sistema trifásico com os condutores principais dispostos no mesmo

plano e de distâncias entre centros iguais, a força máxima atua no condutor principal

central durante o curto-circuito trifásico e é dada por:

mpm a

liF ⋅⋅⋅= 2

30

3 23

2πµ

(2)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 2.

onde:

Ip3 é o valor de pico da corrente de curto-circuito no caso de um curto-circuito

trifásico;

l é a distância máxima entre centros dos suportes isoladores;

am é a distância entre centros dos condutores principais.

2.7.4 Cálculo da Força Máxima Entre os Condutores Principais Durante um Curto-

Circuito Entre Duas Fases

A força máxima atuante entre condutores submetidos à corrente de curto-

circuito entre duas fases em um sistema trifásico ou ainda entre dois condutores

pertencentes a um sistema monofásico é dada por:

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49

mpm a

liF ⋅⋅= 2

20

2 2πµ

(3)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 3.

onde:

Ip2 é o valor de pico da corrente de curto-circuito no caso de um curto-circuito

entre duas fases;

l é a distância máxima entre centros dos suportes isoladores;

am é a distância entre centros dos condutores principais.

2.7.5 Cálculo da Força Máxima Entre Subcondutores Coplanares

A força máxima atua sobre os subcondutores externos, e está localizada entre

dois espaçadores adjacentes e é dada por:

s

sps a

ln

iF ⋅

⋅=

2

0

2πµ

(4)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 4.

onde:

n é o número de subcondutores;

IP é o valor de pico da corrente de curto-circuito no caso de um curto-circuito

trifásico (IP3) ou de curto-circuito entre duas fases (IP2);

lS é a distância máxima entre centros de dois espaçadores adjacentes;

aS é a distância entre centros dos subcondutores.

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50 2.7.6 Distância Efetiva Entre Condutores Principais e Entre Subcondutores

A força entre condutores percorridos por corrente de curto-circuito depende da

configuração geométrica e disposição dos condutores. Por esta razão a distância

efetiva am entre os condutores principais está considerada nas equações (2) e (3) e

a distância efetiva as entre os subcondutores na equação (4) e devem ser

considerados conforme a seguir:

a. distância efetiva am entre os condutores principais co-planares com

relação à distância a de suas linhas de centro:

- condutores principais constituídos de um único condutor por fase de

seção transversal circular:

aam = (5)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 5.

- condutores principais constituídos de um único condutor por fase de

seção transversal retangular e condutores principais compostos de

subcondutores com seção transversal retangular:

12ka

am = (6)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 6.

k12 deve ser obtido da Figura 19, com a1s=a, b=bm e d=dm.

b. distância efetiva as entre n subcondutores co-planares de um condutor

principal:

- subcondutores com seção transversal circular:

nss aaaaaa 11141312

1....

1....

1111 ++++++= (7)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 7.

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51

- subcondutores com seção transversal retangular: alguns valores para

as são dados na Figura 18.

b Seção Transversal Retangular d

0,04 0,05 0,06 0,08 0,10 0,12 0,16 0,20

b

d

d

0,005

0,010

0,020

0,028

0,024

0,031

0,027

0,034

0,033

0,041

0,040

0,047

0,054

0,067

0,080

d

d

b

0,005

0,010

-

0,017

0,013

0,019

0,015

0,020

0,018

0,023

0,022

0,027

-

0,030

-

0,037

-

0,043

d

d

b

0,005

0,010

-

0,014

-

0,015

-

0,016

-

0,018

-

0,020

-

0,022

-

0,026

-

0,031

d

d

b

0,05

0,005

0,010

-

0,017

0,014

0,018

0,015

0,020

0,018

0,022

0,020

0,025

-

0,027

-

0,032

- -

Figura 18 - Distância efetiva as entre condutores Fonte: IEC 865-1 (1993), Tabela 1.

Para outras distâncias e dimensões a equação a seguir pode ser usada:

n

n

s

s

s ak

ak

ak

ak

ak

a 1

1

1

1

14

14

13

13

12

12 ........1 ++++++=

(8)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 8.

Os valores para k12...k1n devem ser obtidos da Figura 19.

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52

Figura 19 - Fator k1s para cálculo da distância efetiva Fonte: IEC 865-1 (1993), Figura 1.

2.7.7 Cálculo da Tensão Mecânica em Condutores Rígidos e nos Pontos de Apoio

Os condutores podem ser sustentados de diferentes maneiras, dependendo do

tipo e número de isoladores; a tensão mecânica nos condutores e a força nos

isoladores poderão ser diferentes para a mesma corrente de curto-circuito. As

equações dadas também incluem a elasticidade dos isoladores.

A tensão mecânica nos condutores e a força nos isoladores também

dependem da relação entre a freqüência natural relevante do sistema mecânico e a

freqüência do sistema elétrico. Por exemplo, no caso de ressonância ou próximo da

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53 freqüência de ressonância, as tensões mecânicas e forças no sistema podem ser

ampliadas. Se a razão entre a freqüência natural do condutor fc e a freqüência do

sistema elétrico f for menor que 0,5, a resposta do sistema diminuirá e a máxima

tensão mecânica estará nas fases mais externas.

2.7.8 Cálculo da Tensão Mecânica em Barramentos

Como se tratam de barramentos (condutores rígidos), as forças axiais podem

ser desconsideradas. Sob esta hipótese as forças atuantes são de flexão e a

equação geral para tensão mecânica à flexão entre barramentos principais é dada

por:

ZlF

VV mrm 8

⋅⋅⋅= βσ σ (9)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 9.

onde, Fm equivale a Fm3 para sistemas trifásicos ou Fm2 para sistemas monofásicos a

dois condutores, Z é o momento de inércia linear do condutor principal e l a distancia

entre linhas de centro dos isoladores.

A tensão mecânica à flexão causada pelas forças entre subcondutores é dada

por:

s

ssrsss Z

lFVV

16⋅⋅= σσ (10)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 10.

V, Vs, Vr e Vrs são fatores que levam em consideração os fenômenos

dinâmicos do sistema, e é um fator que leva em consideração o tipo e o numero de

isoladores. Tais fatores são provenientes da Figuras 20 e 21 respectivamente.

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54

Sistema Sem

religamento automático

Com religamento automático

Com e sem religamento automático Tipo do curto-

circuito V Vr´ Vs Vrs V Vr´ Vs Vrs VF Vr

Fase-Fase 1,0 -

2,0

2,0

2,0

2,0

8,00,10,1

0,18,0

5,08,0

5,08,0

0,2

p

tot

p

tot

tot

p

p

tot

Rpara

Rpara

RR

para

⋅≤

<⋅

<⋅

≤⋅

σ

σσ

σ

Trifásico 1,0 1,8

2,0

2,0

2,0

2,0

8,00,10,1

0,18,0

370,08,0

370,08,0

7,2

p

tot

p

tot

tot

totp

p

tot

Rpara

Rpara

RR

para

⋅≤

<⋅

<⋅

≤⋅

σ

σσ

σ

σ

Figura 20 - Valores máximos possíveis de V Vr´ Vs Vrs VF Vr Fonte: IEC 865-1 (1993), Tabela 2.

0

2,7

0 0,37 0,7 1 1,6 2

σt ot / 0,8*R p0 , 2

V F . V r

1

3

2

0

1

2

0 0,5 1 1,6

σtot/0,8*R p0,2

V F.V r

1

2 3

3

2

1

3

2

1

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55

Conforme IEC 865-1 (1993), para os tipos de fixação e apoio dados na Figura

16, além do fator dado pela Figura 21 também deve ser considerado o fator q dado

na Figura 22.

Tipo de barramento e suporte Fator α Fator β Fator γ

A e B: Suportes simples

A B

A: 0,5 B: 0,5 1,0 1,57

A: Suporte fixo B: Suporte simples

BA

A: 0,625

B: 0,375

0,73 2,45 Vão Simples

A e B: Suportes fixos

A B

A: 0,5 B: 0,5 0,5 3,56

Dois vãos

A AB

A: 0,4 B: 1,25 0,73 2,45 Barramento

contínuo com distâncias

iguais entre suportes

Três vãos ou mais A B B A

A: 0,4 B: 1,1 0,73 3,56

Figura 21 - Tipos de barramentos e seus apoios Fonte: IEC 865-1 (1993), Tabela 3.

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56

Seção Transversal Seção Transversal

5,1=q

83,1=q

19,1=q

7,1=q

Ds

4

3

)/21(1)/21(1

7,1DsDs

q−−−−=

sD

4

3

)/21(1)/21(1

5,1DsDs

q−−−−=

1

1,2

1,4

1,6

1,8

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

s/D

q

Seção Circular

Seção Retangular

Figura 22 - Fator q Fonte: IEC 865-1 (1993), Tabela 4.

Ainda segundo a IEC 865-1 (1993), em caso da utilização de vãos com

diferentes distâncias para os isoladores, deve-se tomar cuidado ao considerar-se

somente o vão maior, pois, os isoladores das extremidades estão sujeitos a tensões

mecânicas menores que os isoladores centrais. Vãos com distâncias superiores a

20% do vão adjacente devem ser evitados. Se isso não for possível, o barramento

deve ser dividido usando união flexível nos apoios, se uma união flexível entre os

vãos é utilizada a distancia deste vão deve ser menor que 70% da distancia dos

vãos adjacentes.

Se o tipo de fixação ou apoio não estiver evidente, o pior caso deve ser levado

em consideração.

2.7.9 Momento de Inércia e Fator q nos Barramentos Principais Compostos por

Mais de uma Barra

Se a tensão mecânica age de acordo com a Figura 23a, o momento de inércia

linear Z independe do numero de espaçadores em cada vão e é igual a soma dos

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57 momentos de inércia Zs das barras que compõem o barramento (relacionado ao eixo

x-x). O fator q vale 1,5 para seção transversal retangular e 1,19 para seção U e I.

Se a tensão mecânica ocorre de acordo com a Figura 23b e havendo somente

um ou nenhum espaçador em cada vão, o momento de inércia linear Z é igual a

soma dos momentos de inércia Zs das barras que compõem o barramento (com

relação ao eixo y-y). O fator q vale 1,5 para seção transversal retangular e 1,83 para

seção U e I.

Fm

dm

y 0 y

y 0 y

x

y 0

ay 0

d=dm

x

Fm

x

a

x

d

b=bm

y

y

bm

b

a)

b)

Figura 23 - Direção de carregamento Fonte: IEC 865-1 (1993), Figura 2.

Quando houver dois ou mais espaçadores entre vãos, os valores de momento

de inércia mais elevados podem ser usados.

Para barramentos principais compostos de barras com subcondutores de

seção transversal retangular com espaço entre as barras igual à espessura das

barras, o momento de inércia é dado pela Figura 24.

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58

Seção retangular Z Seção retangular Z

b

d

d

Fm

0,867 d2b

d

d

bFm

3,48 d2b

d

d

bFm

1,98 d2b

d

d

bFm

1,73 d2b

Figura 24 - Momento de inércia linear efetivo Fonte: IEC 865-1 (1993), Tabela 5.

Para barras com seção transversal U e I, considera-se 50% do momento de

inércia com relação ao eixo 0-0.

O fator q vale 1,5 para seção transversal retangular e 1,83 para seção U e I.

2.7.10 Tensão Mecânica Máxima Permissível em Barramentos

Um barramento simples é considerado a prova de curto-circuito se:

2,0pm Rq ⋅≤σ (11)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 11.

onde:

- Rp0,2 é a tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura do

barramento.

- O fator q deve ser obtido pela Figura 22. Quando um barramento principal for composto por mais de um subcondutor a

tensão mecânica total no barramento é dada por:

smtot σσσ += (12)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 12.

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59 onde,

- sσ é a tensão de flexão causada por forças entre subcondutores.

Neste caso o barramento é resistente as forças de curto-circuito quando:

2,0ptot Rq ⋅≤σ (13)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 13.

Para que os subcondutores também sejam resistentes ao curto-circuito e a

distancia entre eles não seja afetada, a seguinte relação deve ser observada:

2,0ps R≤σ (14)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 14

Na Figura 22 os maiores valores aceitáveis de q são dados para diferentes

seções transversais. Para 2,0pm Rq ⋅=σ e 2,0ptot Rq ⋅=σ pequenas

deformações podem ocorrer e valem aproximadamente 1% da distância entre

isoladores para valores de q conforme a Figura 22. Tais deformações não

prejudicam a segurança de operação bem como a mínima distância entre

condutores principais ou entre o condutor principal e a estrutura aterrada.

Para a tensão de ruptura dos materiais condutores, Rp0,2, as normas

freqüentemente estabelecem valores mínimos e máximos. Neste caso o valor

mínimo deve ser utilizado nas fórmulas desta seção e os valores máximos devem

ser usados conforme a Figura 20.

2.7.11 Cálculo das Forças Sobre os Suportes dos Barramentos

O valor da força dinâmica Fd no isolador deve ser calculado através da

seguinte equação:

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60

mrFd FVVF ⋅⋅⋅= α (15)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 15.

Onde Fm é o valor de Fm3 e Fm2, ou seja, valores da força eletromagnética entre

barramentos principais em curto-circuito trifásico e curto-circuito entre duas fases

respectivamente.

Os valores máximos de VF e Vr são obtidos na Figura 20.

O fator depende do tipo e número de isoladores e é obtido através da Figura

21.

2.7.12 Cálculo Considerando a Oscilação dos Barramentos

As equações (9), (10) e (15) contém os fatores V, Vs, VF ,Vr e Vrs os quais

levam em consideração a natureza da oscilação das tensões mecânicas e forças a

que estão sujeitas o sistema.

Os limites superiores destes fatores são dados na Figura 20. Valores menores

que estes são permitidos desde que os mesmos sejam calculados com dados

precisos. Para isto deve-se determinar a freqüência natural fc.

2.7.13 Cálculo da Freqüência Natural de Oscilação

A freqüência natural de oscilação de um barramento é calculada pela seguinte

equação, que se aplica somente para barramentos principais com um único condutor

por fase:

,2 mEJ

lfc ⋅= γ

(16)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 16.

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61 onde,

- E é o modulo de Young do material;

- J é o momento superficial de inércia do condutor principal;

- m’ é a massa por unidade de comprimento de um condutor principal.

O fator depende do tipo e número de isoladores e é obtido pela Figura 21.

Caso o condutor principal seja composto de dois ou mais condutores de seção

retangular, a freqüência natural de oscilação do condutor principal deve ser

calculada pela seguinte expressão:

,2s

sc m

EJl

cf ⋅⋅= γ (17)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 17.

O fator c é obtido através dos gráficos b ou c da Figura 25. Para os casos em

que não se aplicam espaçadores, considera-se c=1.

continua...

ls

ls

ls

ls

ls

ls=0,2l

ls=0,25l

ls=0,5l

la)

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62

...continuação...

b)

0,81,01,21,41,61,82,02,22,42,62,83,0

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16

mz/(nm'sl)

c k=6

k=5k=4

k=3

k=1

k=2 (ls/l = 0,33)

k=2 (ls/l = 0,5)

c)

0,72

0,76

0,80

0,84

0,88

0,92

0,96

1,00

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16

mz/nm´sl

c

k=2 (ls/l = 0,5)

k=6k=5

k=1k=2 (ls/l = 0,33)

k=3

k=4

a) Disposição das peças de conexão entre o vão;

b) Peças de conexão como elementos de apoio;

c) Peças de conexão como espaçadores.

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63

...continuação Entre o vão há

k elementos de apoio k espaçadores

Direção da oscilação perpendicular a superfície

Fator c (da Figura 25 b)

Fator c (da Figura 25 c)

Direção da oscilação ao longo da superfície

Fator c (da Figura 25 c)

Fator c (da Figura 25 b)

Figura 25 - Fator c Fonte: IEC 865-1 (1993), Figura 3.

Para o cálculo da tensão mecânica dos subcondutores considerando a

freqüência natural de oscilação, deve-se utilizar a seguinte equação:

,2

56,3

s

s

scs m

EJl

f ⋅= (18)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 18.

Os momentos de inércia J e Js são calculados conforme as Figuras 23a e 23b.

2.7.14 Fatores V, Vs, VF ,Vr e Vrs

Os fatores V, Vs, VF ,Vr e Vrs como funções das relações fc/f e fcs/f, onde f é a

freqüência do sistema, possuem pequena diferença se considerados curto-circuito

trifásico ou curto-circuito entre fases, e também são dependentes das propriedades

mecânicas do sistema de condutores.

Estes fatores podem ser obtidos através da Figura 26, conforme IEC 865-1

(1993).

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64

Figura 26 - Fatores V, Vs, VF Fonte: IEC 865-1 (1993), Figura 4.

Segundo a própria IEC 865-1 (1993), deve-se levar em conta os seguintes

aspectos:

a. Curto-circuito de duração Tk 0,1s pode causar uma considerável

redução das tensões em estruturas com fc/f 1;

b. No caso de isoladores elásticos a freqüência natural é menor que a

calculada com a equação (16). Isto é considerado quando se utilizam os

fatores da Figura 26 se a relação fc/f é maior que 2,4.

Para religamento automático trifásico, os fatores Vr e Vrs são obtidos através da

Figura 27. Para outros casos utiliza-se Vr =1 e Vrs =1.

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65

Figura 27 - Fatores Vr e Vrs Fonte: IEC 865-1 (1993), Figura 5.

2.7.15 Suportabilidade Mecânica para Isoladores, Suportes e Conectores

A força Fd para um condutor rígido não deve ser maior que o valor limite

fornecido pelo fabricante dos suportes e isoladores. Para um isolador solicitado por

esforços de flexão, o valor limite é dado como sendo a força concentrada na cabeça

do isolador. Para forças atuantes em pontos superiores à cabeça do isolador um

valor menor que o suportável deve ser utilizado, baseado no momento fletor

suportável na seção transversal crítica do isolador. Para o caso de conectores para

condutores rígidos devem ser relacionados com os valores de Fd.

2.7.16 Efeito Térmico em Barramentos

O aquecimento dos barramentos devido às correntes de curto-circuito envolve

vários fenômenos de característica não linear, outros fatores são desconsiderados

ou aproximados na medida em que aproximações matemáticas são possíveis.

Segundo a IEC 865-1 (1993), para os métodos de cálculo do efeito térmico em

barramentos devido a correntes de curto-circuito são assumidas as seguintes

considerações:

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66

a. efeito skin e a influência magnética causada por barras paralelas

próximas são desconsiderados;

b. a variação da resistência com a temperatura é considerada linear;

c. calor específico do material condutor é considerado constante;

d. processo de troca de calor é considerado adiabático.

2.7.17 Cálculo do Aumento da Temperatura

Quando os barramentos são submetidos à consecutivos curtos-circuitos com

pequenos intervalos de tempo entre eles (no caso de religamentos automáticos do

circuito), o resfriamento durante o pequeno tempo de religamento pode ser

desconsiderado, e o processo de troca de calor pode ser considerado adiabático.

Nos casos onde o tempo de religamento é de longa duração, a perda de calor pode

ser levada em consideração.

2.7.18 Cálculo da Corrente Térmica de Curta Duração

A corrente térmica de curta duração deve ser calculada usando o valor da

corrente de curto-circuito RMS e os fatores m e n dependentes da duração e efeitos

do aquecimento das componentes D.C. e A.C. da corrente de curto-circuito.

A corrente térmica de curta duração pode ser expressa por:

nmII kth +⋅= '' (19)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 63.

Onde m e n são fatores numéricos e I’’k é o valor RMS da corrente de curto-

circuito simétrica.

Os valores m e n são mostrados nas Figuras 28 e 29, tais valores são função

da duração da corrente de curto-circuito.

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67

Figura 28 - Fator m Fonte: IEC 865-01 (1993) Figura 12a.

Figura 29 - Fator n Fonte: IEC 865-01 (1993) Figura 12b.

Quando o barramento é submetido a correntes de curto-circuito com intervalos

de curta duração, a resultante da corrente térmica de curta duração é obtida por:

ki

n

ithi

kth TI

TI

=

⋅⋅=1

21 (20)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 64.

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68 onde:

=

=n

ikik TT

1 (21)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 65.

Nos equipamentos limitadores de corrente o valor da corrente térmica de curta

duração e o tempo associado a ela (Tk) é um dado fornecido pelo fabricante.

2.7.19 Cálculo do Aumento da Temperatura e Densidade de Corrente Instantânea

Suportada pelo Barramento

O aumento da temperatura em um barramento causado por um curto-circuito é

função da duração da corrente de curto-circuito, da corrente térmica de curta

duração e do material condutor.

A máxima temperatura instantânea recomendada para diferentes barramentos

é dada na Figura 30. Se esses valores são ultrapassados, um decréscimo na

resistência mecânica pode ocorrer colocando em risco a segurança da operação. O

valor máximo da temperatura permitido do isolador deve ser levado em conta.

Tipo do condutor Máxima temperatura recomendada durante o curto-circuito

Barra condutora sólida: Cu, Al ou liga de Al 200ºC Barra condutora sólida: aço 300ºC

Figura 30 - Máxima temperatura recomendada para condutores Fonte: IEC 865-01 (1993), Tabela 6.

Pelos gráficos da Figura 31, é possível calcular o aumento da temperatura do

barramento quando a densidade de corrente instantânea suportada é conhecida ou

vice-versa. A densidade de corrente é a razão entre a área da seção transversal e a

corrente térmica de curta duração.

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69

a) Linhas cheias: Cobre

Linhas tracejadas: Aço b) Alumínio, ligas de alumínio, condutor de alumínio/aço Figura 31 - Relação entre a densidade da corrente de curta duração (Tkr=1s) e a temperatura do

condutor Fonte: IEC 865-01 (1993), Figura 13.

2.7.20 Cálculo da Suportabilidade Térmica Para Diferentes Durações de Corrente de

Curto-Circuito em Barramentos

Barras condutoras possuem suportabilidade térmica tão alta quanto as

seguintes relações para densidade de corrente térmica instantânea Sth para todos os

valores Tk.

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70

k

krthrth T

TSS ⋅≤

(22)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 67.

onde:

- Sthr é a densidade de corrente térmica instantânea admissível do material;

- Tkr é o tempo admissível do curto-circuito no condutor.

A densidade de corrente instantânea admissível pelo barramento é mostrada

na Figura 31, para Tkr = 1s.

Segundo a IEC 865-1 (1993), ao invés da equação acima a seguinte equação

pode ser usada (Integral de Joule):

2222 AKTIdti kth ⋅≤⋅= (23)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 68.

onde:

krthr TSK ⋅= (24)

Fonte: IEC 865-1 (1993), Equação 69.

De acordo com todo o desenvolvimento das bases de cálculo apresentadas até

o momento, pode-se partir para a verificação da aplicabilidade do formulário base,

visto nesta seção, para alguns exemplos de cálculo de esforços em barramentos.

O próximo capítulo deste trabalho tem o intuito de desenvolver exemplos para

a demonstração dos cálculos e o desenvolvimento e estruturação do objeto de

estudo deste trabalho bem como complementar com informações que por ventura

tenham sido omitidas nesta etapa inicial.

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71 3 DESENVOLVIMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO SOFTWARE

Nesta etapa do trabalho serão aplicados todos os conhecimentos

concentrados para o embasamento teórico mencionado anteriormente, os quais

farão parte dos aspectos necessários para a estruturação do software em si, levando

em consideração exemplos de cálculo, desenvolvimento do algoritmo, definição da

linguagem de programação, tutorial do software e, finalmente, comparativo de dados

obtidos após programação.

3.1 MÉTODO DE CÁLCULO ANALÍTICO

Os cálculos analíticos a seguir visam à demonstração de alguns exemplos que

se enquadram nas características da maioria das aplicações, ou seja, muito próximo

das condições reais de sujeição dos barramentos aos esforços dinâmicos e

térmicos.

3.1.1 Cálculo dinâmico para barramentos de fase simples

Exemplo de cálculo dos efeitos mecânicos em um arranjo de barras conforme

Figura 32. Trata-se de um barramento trifásico, eqüidistante em toda sua extensão,

contendo um condutor por fase onde as barras que o compõem são de seção

retangular contínua.

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72

d

b

aa

Figura 32 - Disposição dos condutores

a. Dados necessários:

Corrente inicial de curto circuito simétrica: ''kI 3

Fator para o cálculo da corrente de pico de curto-circuito: κ

Freqüência do sistema: f

Religamento automático; sim ou não

Distância entre os suportes isoladores: l

Distância entre condutores principais: a

Número de vãos por fase: 0 a n

Material da barra retangular . Al, Cu, etc

- Dimensões: b e d

- Massa por unidade de comprimento: 'm

- Módulo Young: E

- Tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura: mín,pR 20 e máx,pR 20

b. Força máxima no condutor principal central

mpm a

liF ⋅⋅⋅= 2

30

3 23

2πµ

(2)

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73 onde,

''

kp Ii 33 2κ=

e a distância efetiva entre os condutores principais,

12ka

am = (6)

com 12k de acordo com Figura 19 para a relação db , aa s =1 , d/a .

c. Tensão mecânica nos condutores e força sobre os suportes isoladores

Os cálculos podem ser desenvolvidos pelo Método Simplificado e/ou através

do Método Detalhado, conforme apresentados a seguir:

c.1. Método Simplificado

- Tensão mecânica nos condutores

ZlF

VV mrmtot 8

3βσσ σ== (9,12)

onde,

maxrr )VV(VV σσ = de acordo com a Figura 20;

β de acordo com a Figura 21;

12

3bdJ = ;

2/dJ

Z = .

As barras suportarão o curto-circuito se:

mín,ptot qR 20≤σ (13)

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74

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF ⋅⋅⋅= α (15)

De acordo com a Figura 20 e com o maior valor para 2,0pR tem-se um valor

para a relação:

máx,p

tot

R. 2080 ×σ

portanto, para um curto-circuito trifásico, busca-se em que intervalo se

encontrará:

2080 ,p

tot

R, ⋅σ

logo, tem-se o valor para:

rFVV

Para os suportes isoladores extremos (A), busca-se Aα , conforme Figura 21:

3mArFdA FVVF α=

Para os suportes isoladores centrais (B), busca-se Bα , conforme Figura 21:

3mBrFdB FVVF α=

c.2. Método Detalhado

- Freqüência natural cf e fatores FV , rV e σV

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75

'mEJ

lf c 2

γ= (16)

onde,

γ de acordo com a Figura 21;

J conforme anteriormente calculado.

Da razão ffc e conforme Figura 26, Figura 27 e seção 2.7.14 são obtidos os

valores para os fatores FV , σV e rV :

- Tensão mecânica nos condutores

A tensão mecânica nos condutores é:

ZlF

VV mrmtot 8

3βσσ σ== (9,12)

onde:

rVVσ conforme definição a partir do cálculo de ffc ;

β de acordo com a Figura 21;

Z conforme anteriormente calculado.

As barras suportarão o curto-circuito se:

mín,ptot qR 20≤σ (13)

Considerando para a seção retangular q , conforme Figura 22, e o mínimo

valor para 2,0pR .

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF ⋅⋅⋅= α (15)

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76

Para os suportes isoladores extremos (A) utiliza-se Aα , conforme Figura 21:

3mArFdA FVVF α=

Para os suportes isoladores centrais (B) utiliza-se Bα , conforme Figura 21:

3mBrFdB FVVF α=

d. Conclusões

Através dos resultados obtidos, pode-se realizar forma comparativa entre os

dois métodos utilizados.

Método

Simplificado

Método

Detalhado As barras podem ou não suportar a força devido

ao curto-circuito. Valores Valores

As tensões mecânicas calculadas totσ

são: 2/ mmN ... ...

Os suportes extremos devem suportar

uma força dinâmica de: N ... ...

Os suportes centrais devem suportar

uma força dinâmica de: N ... ...

Analisando os valores que poderão ser obtidos acima; pode se obter algumas

conclusões quanto aos métodos utilizados.

3.1.2 Cálculo dinâmico para barramentos de fase composta

Considere um barramento trifásico de seção contínua, contendo três

subcondutores por fase, conforme mostrado na Figura 33. A seção transversal de

cada barra é de db × .

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77

ls = l/2

d

d

l

Figura 33 - Posição dos espaçadores e subcondutores

a. Dados necessários:

Corrente inicial de curto-circuito simétrica: ''kI 3

Fator para o cálculo da corrente de pico de curto-circuito: κ

Freqüência do sistema: f

Religamento automático. Sim ou não

Distância entre os suportes isoladores: l

Distância entre condutores principais: a

Número de subcondutores: n

Dimensões dos subcondutores na direção da força: d

Número de espaçadores: k

Distância entre os espaçadores: sl

Material da barra retangular Al, Cu, etc.

- Dimensões: b e d

- Massa por unidade de comprimento: 'm

- Módulo Young: E

- Tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura: mín,pR 20 até máx,pR 20

a. Força máxima no condutor principal central

mpm a

liF 2

30

3 23

2πµ

= (2)

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78 onde,

''kp Ii 33 2κ=

e a distância efetiva entre os condutores principais,

12ka

am = (6)

com 12k de acordo com Figura 19 para mm d/b e md/a . As dimensões mb e md são

mostradas na Figura 23b.

b. Força máxima nos subcondutores externos entre dois espaçadores

adjacentes para uma mesma fase

S

SpS a

ln

iF

2

30

2

=

πµ

(4)

onde:

13

13

12

121ak

ak

aS

+= (8)

com 12k e 13k da Figura 19:

12k para d/a12 e d/b

13k para d/a13 e d/b

ou Sa da Figura 18.

c. Tensão mecânica nos condutores e força sobre os suportes isoladores

Os cálculos podem ser desenvolvidos pelo Método Simplificado ou através do

Método Detalhado, conforme apresentados a seguir:

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79

c.1. Método Simplificado

- Tensão mecânica causada por forças entre os condutores principais

ZlF

VV mrm 8

3βσ σ= (9)

onde,

máxrr )VV(VV σσ = de acordo com a Figura 20;

β de acordo com a Figura 21;

6

2bdnZ = de acordo com seção 2.7.9.

- Tensão mecânica causada por forças entre os subcondutores

s

ssrsss Z

lFVV

16σσ = (10)

onde,

maxrssrss )VV(VV σσ = de acordo com a Figura 20;

sZ como Z do exemplo para fase simples.

- Tensão mecânica total nos condutores

smtot σσσ += (12)

As barras suportarão o curto-circuito se:

mín,ptot qR 20≤σ (13)

mín,ps R 20≤σ (14)

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80

Considerando para a seção retangular q , conforme Figura 22, e o mínimo valor

para 2,0pR .

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF α= (15)

De acordo com a Figura 20 e com o maior valor para 2,0pR tem-se um valor

para:

2080 ,p

tot

R, ⋅σ

portanto, para um curto-circuito trifásico, encontra-se a faixa de valores para:

2080 ,p

tot

R, ⋅σ

logo, tem-se o valor para:

rFVV

Para os suportes isoladores extremos (A) encontra-se Aα , conforme Figura 21:

3mArFdA FVVF α=

Para os suportes isoladores centrais (B) encontra-se Bα , conforme Figura 21:

3mBrFdB FVVF α=

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81

c.2. Método Detalhado

- Freqüência natural cf dos condutores principais, csf dos subcondutores e os

valores de FV , rV , rsV , σV e sVσ .

s

sc 'm

EJl

cf 2

γ= (17)

onde,

c de acordo com a Figura 25c para o valor de k e a relação:

l'nmm

s

z

γ de acordo com a Figura 21;

J conforme exemplo para fase simples.

s

s

scs 'm

EJl,

f 2

563= (18)

Das relações ffc / e ffcs / ,conforme Figura 26, Figura 27 e seção 2.7.14 são

obtidos os valores para os fatores FV , rV , rsV , σV e sVσ :

- Tensão mecânica causada por forças entre os condutores principais

zlF

VV mrm 8

3βσ σ= (9)

onde,

rVVσ definidos a partir do cálculo de ffc ;

β de acordo com a Figura 21;

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82

6

2bdnZ = de acordo com 2.7.9.

- Tensão mecânica causada por forças entre os subcondutores

s

ssrsss Z

lFVV

16σσ = (10)

onde,

maxrssrss )VV(VV σσ = de acordo com a Figura 20;

sZ como Z do exemplo de barras simples.

- Tensão mecânica total nos condutores

smtot σσσ += (12)

As barras estão assumindo suportar o curto-circuito se:

mín,ptot qR 20≤σ (13)

mín,ps R 20≤σ (14)

Considerando para a seção retangular q , conforme Figura 22, e o menor valor

para 2,0pR .

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF α= (15)

Para os suportes isoladores extremos (A) considerar Aα , conforme Figura 21:

3mArFdA FVVF α=

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83

Para os suportes isoladores centrais (B) considerar Bα , conforme Figura 21:

3mBrFdB FVVF α=

d. Conclusões

Através dos resultados obtidos, pode-se realizar forma comparativa entre os

dois métodos utilizados.

Método

Simplificado

Método

Detalhado As barras podem ou não suportar a força devido

ao curto-circuito. Valores Valores

As tensões mecânicas calculadas totσ

são: 2/ mmN ... ...

Os suportes extremos devem suportar

uma força dinâmica de: N ... ...

Os suportes centrais devem suportar

uma força dinâmica de: N ... ...

Analisando os valores que serão obtidos acima para o caso de barras múltiplas

por fase, também podem se obter algumas conclusões quanto aos métodos

utilizados.

3.1.3 Cálculo do efeito térmico em barramentos

Considerando um barramento trifásico, contendo um condutor por fase, deve-

se proceder aos cálculos de origem térmica como a seguir.

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84

a. Dados necessários:

Corrente inicial de curto-circuito simétrica: ''kI 3

Corrente eficaz de curto-circuito: 3kI

Fator para o cálculo da corrente de pico de curto-circuito: κ

Duração da corrente de curto-circuito: kT

Freqüência do sistema: f

Área da seção transversal da barra A

Temperatura do condutor no início do curto-circuito: bθ

Temperatura do condutor no término do curto-circuito: cθ

b. Procedimento de Cálculo:

Para bθ e cθ , thrS é encontrado através da Figura 31.

A corrente térmica de curta duração equivalente é:

nmII ''kth += 3 (19)

m e n são encontrados, através da Figura 28 e da Figura 29 respectivamente, para:

kTf ⋅ , 8,1=κ e 33 k''

k I/I .

Para o condutor de seção transversal de área A :

AI

S thth =

O barramento condutor terá suficiente resistência térmica se:

thS for menor que k

krthr T

TS (22)

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85

c. Conclusão:

O barramento condutor poderá ou não possuir suficiente resistência térmica ao

curto-circuito.

3.2 ALGORITMO

Utilizando a seqüência de dados conforme exposto na metodologia

apresentada nas seções anteriores, pode-se então partir para a elaboração dos

procedimentos para a resolução dos problemas em termos de ações a serem

executadas, e em que ordem essas ações devem ocorrer, ou seja, devem-se

preparar um algoritmo para cada tipo de cálculo previsto, conforme prescrito na

norma IEC 865-1 (1993) e IEC 865-2 (1994).

3.2.1 Algoritmo para o Cálculo Dinâmico Simplificado

Entrada de dados:

Definir seção transversal do barramento (retangular, circular, tubular

circular, tubular retangular, perfil “U”, perfil “I”);

Caso retangular;

Entrada de dados:

Fator de assimetria, tensão mecânica correspondente ao ponto de

ruptura, freqüência do sistema, corrente inicial de curto-circuito

simétrica, comprimento do barramento, distância entre fases,

dimensões do barramento, número de barras por fase, número de

espaçadores, distância entre espaçadores, número de vãos, tipo de

vínculos, sujeito a religamentos;

Calcular:

valor de pico da corrente de curto-circuito;

Entrada de dados:

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86

Direção de carregamento na maior face da barra? (sim, não);

Caso Sim;

Assumir:

largura efetiva igual a largura do condutor;

Calcular:

Espessura efetiva, relação largura efetiva por espessura

efetiva, relação distância entre fases por espessura efetiva,

fator para distância efetiva do condutor, distância efetiva do

condutor, momento de inércia em relação ao eixo de fixação;

Assumir:

valor do momento de inércia igual ao momento de inércia em

relação ao eixo de fixação;

Caso Não;

Assumir:

largura efetiva igual a espessura do condutor e espessura

efetiva igual a largura do condutor;

Calcular:

Relação largura efetiva por espessura efetiva, relação distância

entre fases por espessura efetiva, fator para distância efetiva

do condutor, distância efetiva do condutor, momento de inércia

em relação ao eixo de fixação;

Assumir:

valor do momento de inércia igual ao momento de inércia em

relação ao eixo de fixação;

Calcular:

Força no condutor principal;

Assumir:

Tensão mecânica entre condutores principais e entre subcondutores igual

a zero;

Verificar:

Número de barras por fase é igual é um?(Sim, Não);

Caso Não:

Calcular:

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87

distância geométrica entre todos os subcondutores, relação

distância geométrica por espessura, relação largura por espessura

(subcondutores), fator para distância efetiva, distância efetiva entre

subcondutores, força entre subcondutores, momento de inércia do

subcondutor, produto fator da tensão mecânica dinâmica e estática

em subcondutores por fator da tensão mecânica para um sub-

condutor, tensão mecânica entre subcondutores;

Caso Sim;

Calcular:

Produto fator tensão dinâmica e estática em condutores principais por

fator tensão mecânica em um condutor principal, fator beta dependente

do vínculo, tensão mecânica entre condutores principais, tensão

mecânica total, fator de plasticidade.

Verificar:

Tensão mecânica total menor ou igual ao produto fator de plasticidade

por tensão mecânica no ponto de ruptura, tensão mecânica por forças

entre subcondutores menor ou igual a tensão mecânica no ponto de

ruptura;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Calcular:

Fator para a força sobre os isoladores dependente do vínculo, produto do

fator da força dinâmica e estática sobre os isoladores pelo fator da

tensão mecânica para um condutor principal, força sobre os isoladores.

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Caso perfil “U” ou “I”;

Entrada de dados:

Fator de assimetria, tensão mecânica ao ponto de ruptura,

freqüência do sistema, corrente inicial de curto-circuito simétrica,

comprimento do barramento, distância entre fases, dimensões do

barramento, número de vãos, tipo de vínculos, sujeito a

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88

religamentos;

Calcular:

valor de pico da corrente de curto-circuito, distância efetiva entre

fases, força no condutor principal;

Entrada de dados:

Direção de carregamento na maior face da barra? (sim, não);

Caso Não;

Calcular:

Momento de inércia em relação ao ponto de fixação do

barramento;

Assumir:

Momento de inércia do perfil igual ao momento de inércia em

relação ao ponto de fixação do barramento.

Caso Sim;

Entrada de dados:

Perfil “U”?(Sim, Não);

Caso Não;

Calcular:

Momento de inércia em relação ao ponto de fixação do

barramento “I”;

Assumir:

Momento de inércia do perfil “I” igual ao momento de inércia em

relação ao ponto de fixação do barramento.

Caso Sim;

Calcular:

Momento de inércia em relação ao ponto de fixação do

barramento “U”;

Assumir:

Momento de inércia do perfil “U” igual ao momento de inércia

em relação ao ponto de fixação do barramento.

Calcular:

Produto fator tensão dinâmica e estática em condutores principais por

fator tensão mecânica em um condutor principal, fator beta dependente

do vínculo, tensão mecânica total, calcular fator de plasticidade.

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89

Verificar:

Tensão mecânica total menor ou igual ao produto fator de plasticidade

por tensão mecânica no ponto de ruptura;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Calcular:

Fator para a força sobre os isoladores dependente do vínculo, produto

entre fator da força dinâmica e estática sobre os isoladores pelo fator da

tensão mecânica para um condutor principal, força sobre os isoladores.

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Caso circular ou tubular circular;

Entrada de dados:

Fator de assimetria, tensão mecânica ao ponto de ruptura,

freqüência do sistema, corrente inicial de curto-circuito simétrica,

comprimento do barramento, distância entre fases, dimensões do

barramento, número de barras por fase, número de vãos, tipo de

vínculos, sujeito a religamentos;

Calcular:

valor de pico da corrente de curto-circuito, força no condutor

principal, momento de inércia;

Assumir:

tensão mecânica no condutor principal e tensão mecânica nos sub-

condutores igual a zero;

Verificar:

Número de barras por fase é igual é um?(Sim, Não);

Caso Não:

Calcular:

distância geométrica entre todos os subcondutores, distância efetiva

entre subcondutores, força entre subcondutores, momento de

inércia do subcondutor, produto fator da tensão mecânica dinâmica

e estática em subcondutores por fator da tensão mecânica para um

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90

sub- condutor, tensão mecânica entre subcondutores;

Caso Sim;

Calcular:

Produto fator tensão dinâmica e estática em condutores principais por

fator tensão mecânica em um condutor principal, fator beta dependente

do vínculo, tensão mecânica entre condutores principais, tensão

mecânica total, calcular fator de plasticidade.

Verificar:

Tensão mecânica total menor ou igual ao produto fator de plasticidade

por tensão mecânica no ponto de ruptura, tensão mecânica por forças

entre subcondutores menor ou igual a tensão mecânica no ponto de

ruptura;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Calcular:

Fator para a força sobre os isoladores dependente do vínculo, produto do

fator da força dinâmica e estática sobre os isoladores pelo fator da tensão

mecânica para um condutor principal, força sobre os isoladores.

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Caso tubular retangular;

Entrada de dados:

Fator de assimetria, tensão mecânica ao ponto de ruptura,

freqüência do sistema, corrente inicial de curto-circuito simétrica,

comprimento do barramento, distância entre fases, dimensões do

barramento, número de barras por fase, número de vãos, tipo de

vínculos, sujeito a religamentos;

Calcular:

distância geométrica entre todos os condutores, fator para distância

efetiva do condutor, distância efetiva do condutor, valor de pico da

corrente de curto-circuito, força no condutor principal, momento de

inércia;

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91

Assumir:

tensão mecânica no condutor principal e tensão mecânica nos sub-

condutores igual a zero;

Verificar:

Número de barras por fase é igual é um?(Sim, Não);

Caso Não:

Calcular:

distância geométrica entre todos os subcondutores, fator para distância

efetiva do condutor, distância efetiva entre subcondutores, força entre

subcondutores, momento de inércia do subcondutor, produto fator da

tensão mecânica dinâmica e estática em subcondutores por fator da

tensão mecânica para um sub- condutor, tensão mecânica entre

subcondutores;

Caso Sim;

Calcular:

Produto fator tensão dinâmica e estática em condutores principais por

fator tensão mecânica em um condutor principal, fator beta dependente

do vínculo, tensão mecânica entre condutores principais, tensão

mecânica total, calcular fator de plasticidade.

Verificar:

Tensão mecânica total menor ou igual ao produto fator de plasticidade

por tensão mecânica no ponto de ruptura, tensão mecânica por forças

entre subcondutores menor ou igual a tensão mecânica no ponto de

ruptura;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Calcular:

Fator para a força sobre os isoladores dependente do vínculo, produto do

fator da força dinâmica e estática sobre os isoladores pelo fator da tensão

mecânica para um condutor principal, força sobre os isoladores.

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Fim do cálculo dinâmico simplificado.

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92

Ver Figura 34 a seguir correspondente ao fluxograma do algoritmo para os

cálculos simplificados.

Continua...

Rp0,2 pode ser obtidoatravés do BD ou inserida

pelo usuário.

Direção decarregamento na

maior face dabarra?

Calcular:ZyU , Z=ZyU

Calcular: ip3, am, Fm3,

Calcular:ZxUI , Z=ZxUI

Calcular:q, Vσ Vr, β, σtot

SimNão

Obter valores deentrada:

κ, Rp0,2, f , I"k3, l, a,B, H, b, h, sp(vãos),

vínculos,religamento?

Perfil U ou I

Sim

σtot ≤ qRp0,2

Sim

Calcular: αA, αB, VF Vr,

FdA, FdB

Gera relatório dosresultados

FimCálculo Dinâmico

Simplificado

Não

Não

U ?

Sim

Calcular:ZyI , Z=ZyI

Não

InícioCálculo Dinâmico

Simplificado

Rp0,2 pode ser obtidoatravés do BD ou inserida

pelo usuário.

Direção decarregamento na

maior face dabarra?

bm=bcalcular:

dm=d(2n-1), bm/dm,a/dm , kRS, am, Zy ,

Z=Zy

Calcular ip3

bm=d, dm=bcalcular: bm/dm,

a/dm , kRS, am, Zx ,Z=Zx

Calcular Fm3,σm=0, σs=0

Sim

Não

n = 1

Calcular:a1s=(s-1)2d, a1s/d,b/d, k1s, as, Fs , Zs

Não

Com 2≤s≤n

Calcular:Vσ Vr , β, σm

Sim

Obter valores deentrada:

κ, Rp0,2, f , I"k3, l, a,b, d, n, k, ls,

sp(vãos), vínculos,religamento?

Calcular:VσsVrs , σs,

Calcular σtot , q

σtot ≤ qRp0,2

σs ≤ Rp0,2

Sim

Não

Calcular: αA, αB, VF Vr,

FdA, FdB

Gera relatório dosresultados

FimCálculo Dinâmico

Simplificado

Retangular ?

Seção barra:Retangular, Circular,

Tubular Circular,Tubular Retangular,

Perfil U, Perfil I

Sim

Não

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93

...continuação.

Rp0,2 pode ser obtidoatravés do BD ou inserida

pelo usuário.

Calcular:Vσ Vr , β, σm

Calcular:ip3, Fm3, Z,

σm=0, σs=0

Calcular:q, β, σtot

Obter valores deentrada:

κ, Rp0,2, f , I"k3, l, a,dn, n, D, s, sp(vãos),

vínculos,religamento?

Circular, TubularCircular

Sim

σtot ≤ qRp0,2

σs ≤ Rp0,2

Sim

Calcular: αA, αB, VF Vr,

FdA, FdB

Gera relatório dosresultados

FimCálculo Dinâmico

Simplificado

Não

Não

n = 1

Sim

Calcular:a1s, as, Fs , Zs

Não

Calcular:VσsVrs , σs,

Rp0,2 pode ser obtidoatravés do BD ou inserida

pelo usuário.

Calcular:Vσ Vr , β, σm

Calcular: a1s, kRS, am, ip3,

Fm3, Z,σm=0, σs=0

Calcular:q, Vσ Vr , β, σtot

Obter valores deentrada:

κ, Rp0,2, f , I"k3, l, a,dn, n, D, s, sp(vãos),

vínculos,religamento?

Circular, TubularRetangular

Sim

σtot ≤ qRp0,2

σs ≤ Rp0,2

Sim

Calcular: αA, αB, VF Vr,

FdA, FdB

Gera relatório dosresultados

FimCálculo Dinâmico

Simplificado

Não

n = 1

Sim

Calcular:a1s, k1s, as, Fs , Zs

Não

Calcular:Vσs Vrs , σs,

Não

Figura 34 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo dinâmico simplificado

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94

3.2.2 Algoritmo para o Cálculo Dinâmico Detalhado em Barramentos de Seção

Retangular

Entrada de dados:

Fator de assimetria, tensão mecânica ao ponto de ruptura, freqüência do

sistema, corrente inicial de curto-circuito simétrica, comprimento do

barramento, distância entre fases, dimensões do barramento, massa por

unidade de comprimento, módulo de elasticidade, número de barras por

fase, número de espaçadores, distância entre espaçadores, número de

vãos, tipo de vínculos, sujeito a religamentos;

Calcular:

valor de pico da corrente de curto-circuito;

Entrada de dados:

Direção de carregamento na maior face da barra? (sim, não);

Caso Sim;

Assumir:

largura efetiva igual a largura do condutor;

Calcular:

Espessura efetiva, relação largura efetiva por espessura

efetiva, relação distância entre fases por espessura efetiva,

fator para distância efetiva do condutor, distância efetiva do

condutor, momento de inércia em relação ao eixo de fixação,

momento de inércia superficial em ralação ao eixo de fixação;

Assumir:

valor do momento de inércia igual ao momento de inércia em

relação ao eixo de fixação, valor do momento de inércia

superficial igual ao momento de inércia superficial em relação

ao eixo de fixação;

Caso Não;

Assumir:

largura efetiva igual a espessura do condutor e espessura

efetiva igual a largura do condutor;

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95

Calcular:

Relação largura efetiva por espessura efetiva, relação distância

entre fases por espessura efetiva, fator para distância efetiva

do condutor, distância efetiva do condutor, momento de inércia

em relação ao eixo de fixação, momento de inércia superficial

em ralação ao eixo de fixação;

Assumir:

valor do momento de inércia igual ao momento de inércia em

relação ao eixo de fixação, valor do momento de inércia

superficial igual ao momento de inércia superficial em relação

ao eixo de fixação;

Calcular:

Força no condutor principal;

Assumir:

Tensão mecânica entre condutores principais e entre subcondutores igual

a zero;

Verificar:

Número de barras por fase é igual é um?(Sim, Não);

Caso Não:

Calcular:

distância geométrica entre todos os subcondutores, relação

distância geométrica por espessura, relação largura por espessura

(subcondutores), fator para distância efetiva, distância efetiva entre

subcondutores, força entre subcondutores, momento de inércia do

subcondutor, massa total dos espaçadores, fator de influência dos

espaçadores, fator de freqüência natural;

Assumir:

Momento de inércia superficial do subcondutor igual ao momento de

inércia do condutor principal;

Calcular:

Freqüência natural de um condutor, relação freqüência natural pela

freqüência do sistema, relação freqüência natural de um sub-

condutor pela freqüência do sistema, fator da tensão mecânica

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96

dinâmica e estática em subcondutores, fator da tensão mecânica

em um subcondutor, tensão mecânica entre sub-condutores;

Caso Sim;

Calcular:

Fator tensão dinâmica e estática em condutores principais, fator tensão

mecânica em um condutor principal, fator beta dependente do vínculo,

tensão mecânica entre condutores principais, tensão mecânica total, fator

de plasticidade.

Verificar:

Tensão mecânica total menor ou igual ao produto fator de plasticidade

por tensão mecânica no ponto de ruptura, tensão mecânica por forças

entre subcondutores menor ou igual a tensão mecânica no ponto de

ruptura;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Calcular:

Fator para a força sobre os isoladores dependente do vínculo, produto do

fator da força dinâmica e estática sobre os isoladores pelo fator da tensão

mecânica para um condutor principal, força sobre os isoladores.

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Fim do cálculo dinâmico detalhado.

Observa-se que a única diferença entre os algoritmos de cálculo simplificado e

detalhado se dá com relação à inserção de uma rotina para a verificação dos

coeficientes de freqüência fundamental dos condutores, tanto para os barramentos

de fases simples como para os de fases contendo mais de uma barra.

Essa pequena diferença entre os algoritmos dos cálculos detalhados e

simplificados, podem ser melhor observadas na Figura 35 a seguir que mostra o

fluxograma para o algoritmo dos cálculos detalhados para os barramentos de seção

transversal retangular.

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97

InícioCálculo Dinâmico

Detalhado

m', E, Rp0,2 pode ser obtidoatravés do BD ou inserida

pelo usuário. Para doisespaçadores em um vão

ls=0,33 ou ls=0,5.

Direção decarregamento na

maior face dabarra?

bm=bcalcular:

dm=d(2n-1), bm/dm,a/dm , kRS, am, Zx , Jx,

J=Jx, Z=Zx

Calcular ip3

bm=d, dm=bcalcular: bm/dm,

a/dm , kRS, am, Zy , Jy,J=Jy, Z=Zy

Calcular Fm3,σm=0, σs=0

Sim

Não

n = 1

Calcular:a1s=(s-1)2d, a1s/d,b/d, k1s, as, Fs , Zs,

mz , c, γ, Js=J, fc, fcs,

Não

Com 0≤s≤n

Calcular:Vσ ,Vr , β, σm

Sim

Obter valores deentrada:

κ, Rp0,2, f , I"k3, l, a,b, d, m', E, n, k, ls,

sp(vãos), vínculos,religamento?

Calcular:fc/f, fcs/f,

Vσs ,Vrs , σs,

Calcular σtot , q

σtot ≤ qRp0,2

σs ≤ Rp0,2

Sim

Não

Calcular: αA, αB, VF ,

FdA, FdB

Gera relatório dosresultados

FimCálculo Dinâmico

Detalhado

fc paracondutorsimples

Calcular:γ, J, fc

fc paracondutorcomposto

de n barras

Figura 35 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo dinâmico detalhado

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98 3.2.3 Algoritmo para o Cálculo Térmico

Entrada de dados:

Fator de assimetria, freqüência do sistema, número de religamentos,

número de barras, temperatura no início do curto-circuito, temperatura no

fim do curto-circuito tensão mecânica ao ponto de ruptura, corrente inicial

de curto-circuito simétrica, corrente eficaz de curto-circuito, tempo

admissível do curto-circuito no condutor;

Entrada de dados:

Definir seção transversal do barramento (retangular, circular, tubular

circular, tubular retangular, perfil “U”, perfil “I”);

Caso retangular;

Entrada de dados:

espessura, largura;

Caso perfil “U” e perfil “I”;

Entrada de dados:

altura, largura, altura interna, largura interna;

Caso circular;

Entrada de dados:

diâmetro;

Caso circular tubular;

Entrada de dados:

Diâmetro externo, espessura;

Caso retangular tubular;

Entrada de dados:

lado externo, espessura;

Entrada de dados:

Duração individual do curto-circuito em cada religamento;

Calcular:

duração do curto-circuito, fator para o efeito de aquecimento da

componente d.c., fator para o efeito de aquecimento da componente a.c.,

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99

corrente térmica instantânea admissível do condutor, seção transversal

dos condutores, densidade de corrente térmica de curta duração,

densidade de corrente térmica instantânea admissível;

Verificar:

densidade de corrente térmica de curta duração deve ser menor ou igual

ao produto da densidade de corrente térmica instantânea admissível pela

raiz quadrada da relação tempo admissível do curto-circuito no condutor

pela duração do curto-circuito;

Caso Não:

Utilizar nova entrada de dados;

Caso Sim;

Imprimir:

Relatório dos dados obtidos.

Fim do cálculo térmico.

Na Figura 36 a seguir está demonstrado o fluxograma para o algoritmo da

verificação dos cálculos térmicos.

Agora que todos os algoritmos estão definidos, pode-se então concluir que

todas as informações necessárias para o entendimento das conseqüências das

correntes de curto-circuito quanto aos efeitos térmicos e dinâmicos podem ser

tratadas através de uma linguagem de programação. Na próxima seção serão

demonstrados os detalhes que influenciaram na escolha da linguagem para a

construção do software, sua estruturação além de mostrar quais dados farão parte

da interface do programa em questão.

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100

Figura 36 - Fluxograma do algoritmo para o cálculo térmico

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101 3.3 O PROGRAMA

3.3.1 Linguagem de programação

Atualmente existe uma grande tendência em se utilizar linguagens de

programação que possibilitem desenvolvimentos orientados a objeto e proporcionem

aplicações em ambiente WEB. Devido a isto, a linguagem de programação que mais

se adapta a nossa proposta de trabalho é o Visual Studio.NET da Microsoft. O Visual

Studio.NET é uma ferramenta de desenvolvimento abrangente, para múltiplas

linguagens, destinada ao ágil desenvolvimento e integração de aplicações,

oferecendo um ambiente altamente produtivo para o desenvolvimento de aplicações,

nos possibilitando, futuramente, disponibilizar o software via WEB. Essa linguagem

de programação nos proporcionará desenvolver uma boa interface com o usuário.

Em função destas características, chegou-se ao programa criado em C#.

3.3.2 Estrutura

O C# fornece uma série de vantagens, pois como está dentro do contexto da

plataforma .NET da Microsoft e tem raízes em C, C++ e Java, além de permitir o uso

de várias linguagens .NET como Visual Basic .NET, Visual C++ .NET, não há a

necessidade do programador aprender um novo tipo de linguagem, mas sim utilizar

aquela que ele melhor se adapta. Outro detalhe importante é permitir que os

aplicativos possam ser acessados e utilizados via internet.

O C# é uma linguagem de programação visual dirigida por eventos e

totalmente orientada a objetos, ou seja, existe um esquema de empacotamento que

facilita a criação de unidades de software significativas que podem ser reutilizadas

dentro da criação de um mesmo programa ou utilizada para a criação de outros. Os

programas são criados utilizando um ambiente de desenvolvimento integrado no

qual pode-se criar, executar, testar e depurar os programas em C# reduzindo assim

o tempo necessário para produzir um programa confiável e funcional.

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102

A estrutura do C# fornece recursos muito importantes à programação como

orientação a objetos, strings, elementos gráficos, componentes gráficas de interface

com o usuário, processamento de bancos de dados, estrutura de dados pré-

empacotadas, processamento de arquivos além de permitir a implementação de

aplicativos para a internet que se integram totalmente aos aplicativos utilizados em

microcomputadores.

Basicamente, dentro das várias ferramentas que o C# oferece, pode-se

resumir a estrutura da programação utilizada para a execução deste trabalho até o

momento da seguinte forma:

- programação orientada a objetos: elemento facilitador pois pode-se criar

uma ou mais classes a serem utilizadas várias vezes dentro do programa

diminuindo o tempo para a execução do mesmo;

- múltiplas linhas de execução: este aspecto permite a ação de várias

tarefas concomitantemente como, por exemplo, acesso a um banco de

dados enquanto se processam demais cálculos, agilizando assim o

produto final esperado;

- integração de bancos de dados: permite o acesso e manipulação dos

bancos de dados internos e externos pelo aplicativo;

- debugger: permite a análise dos programas linha a linha auxiliando o

encontro e correção de possíveis erros no código dos aplicativos

Existem ainda outras possibilidades nas quais o programa poderá ser

estruturado como, por exemplo, a disponibilidade de acesso e utilização do software

via internet e a intercambiabilidade com outros aplicativos, entre outras.

3.3.3 Interface

Como em todo software, para se obter um resultado esperado, é necessário

primeiramente alimentá-lo com uma série de dados em função do objetivo a que se

pretende chegar. Com relação ao software proposto neste trabalho, tem-se que

dividir esta alimentação de dados com relação a três cálculos distintos, sendo que

dois deles calculam os esforços provenientes de origem dinâmica e o terceiro

apresenta a verificação de origem térmica quanto ao curto-circuito especificado.

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103

Os resultados relacionados aos cálculos dinâmicos podem ser obtidos de duas

maneiras, através do cálculo dinâmico simplificado ou do cálculo dinâmico

detalhado.

Para o cálculo dinâmico simplificado, o usuário deve inserir os seguintes

parâmetros de entrada:

− existência ou não de religamentos;

− corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica (kA);

− fator de assimetria;

− número de barras por fase;

− direção de carregamento conforme disposição das barras;

− dimensões da barra (largura e espessura) (mm);

− distância entre suportes isoladores (mm);

− distância entre centros de condutores principais centrais (mm);

− distância entre centros de subcondutores adjacentes (mm);

− número de vãos;

− tipos de vínculos;

− tensão mecânica de ruptura mínima e máxima (estes dados podem

ser inseridos manualmente ou obtidos através da seleção do material

do barramento conforme banco de dados do próprio software)

(N/mm2).

Para o cálculo dinâmico detalhado, o usuário deve inserir, além dos mesmos

dados para o cálculo simplificado, os seguintes parâmetros de entrada:

− número de distanciadores por vão;

− caracterizar a função dos distanciadores como elementos de apoio

ou espaçadores;

− distância máxima entre os distanciadores (mm);

− comprimento do distanciador (mm);

− freqüência do sistema (Hz);

− módulo de Young (N/mm2) e densidade do material das barras

(kg/m3) (estes dados podem ser inseridos manualmente ou obtidos

através da seleção do material do barramento conforme banco de

dados do próprio software);

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104

Os resultados ou dados de saída para ambos os cálculos dinâmicos são os

seguintes:

− força máxima nos condutores principais (N);

− força máxima nos subcondutores (N);

− força nos suportes isoladores extremos– reação em A (N);

− força nos suportes isoladores centrais– reação em B (N);

− tensão mecânica total nos condutores (N/mm2);

− tensão mecânica nos subcondutores (N/mm2);

− análise final da verificação.

Com relação às verificações de resistência térmica ao curto-circuito, o usuário

deve inserir os seguintes parâmetros de entrada:

− corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica(kA);

− corrente eficaz de curto-circuito:

− número de barra por fase;

− fator de assimetria;

− freqüência do sistema (Hz);

− duração da corrente de curto-circuito (s);

− tempo admissível do curto-circuito;

− dimensões da barra, largura e espessura (mm);

− temperatura do condutor no início do curto-circuito (ºC);

− temperatura do condutor no término do curto-circuito (ºC);

− tipo de material do condutor.

Os resultados ou dados de saída para o cálculo térmico são os seguintes:

− corrente térmica de curta duração (kA);

− densidade de corrente térmica de curta duração (A/mm2);

− densidade de corrente térmica instantânea admissível (A/mm2);

− análise da verificação.

Através do conhecimento das variáveis de entrada e saída desejadas, é

possível iniciar os procedimentos de cálculos e análise dos valores obtidos conforme

detalhado na próxima seção.

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105 4 RESULTADOS E PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO

Nesta seção serão evidenciadas as formas de cálculo das forças ocasionadas

pela corrente de curto-circuito para um caso real através de resultados obtidos por

cálculos manuais, através da utilização do software “BusBarCalc”, que é o tema

deste trabalho, e ainda a verificação destes resultados com um ensaio realizado em

um barramento de um conjunto de manobra e controle.

4.1 EXEMPLO DE CÁLCULO MANUAL

4.1.1 Cálculo dinâmico

Considere um barramento trifásico, tensão nominal 460V, seção contínua,

contendo dois sub-condutores por fase, conforme mostrado na Figura 37. A seção

transversal de cada barra é de mmmm 540 × .

d

d

l

Figura 37 - Posição dos subcondutores

Dados:

Corrente inicial de curto-circuito simétrica: kAI k 25''3 =

Fator para o cálculo da corrente de pico de curto-circuito: 485,1=κ

Freqüência do sistema: Hzf 60=

Distância entre os suportes isoladores: ml 15,0=

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106

Distância entre condutores principais: ma 04,0=

Número de subcondutores: 2=n

Dimensões dos subcondutores na direção da força: mmd 5=

Barra retangular de 30CuFE − :

- Dimensões: mmb 40=

mmd 5=

- Massa por unidade de comprimento: mkgm /77,1'=

- Módulo Young: 24 /10.11 mmNE =

- Tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura: 2

2,0 /250 mmNRp =

até 2/360 mmN

- Força máxima no condutor principal central

Nm

mA

AmV

al

iF S

mpm 57,1575

04545,015,0

)105,52(23

2104

23

223

72

30

3 =×⋅××⋅==−

ππ

πµ

(2)

onde,

AkAkAIi kp3''

33 105,525,5225485,122 ⋅==××== κ

e a distância efetiva entre os condutores principais,

mka

am 04545,088,004,0

12

=== (6)

com 12k de acordo com Figura 19 para 667,215/40/ == mmmmdb mm e

667,215/40/ == mmmmda m . As dimensões mb e md são mostradas na Figura

23b.

- Força máxima nos subcondutores externos entre dois espaçadores

adjacentes para uma mesma fase

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107

Nm

mAAmV

al

n

iF S

S

SpS 59,1033

102015,0

2105,52

2104

2 3

2372

30 =⋅

×

⋅×⋅=

= −

ππ

πµ

(4)

onde:

mmmmak

aS 201

1050,01

12

12 === (8)

com 12k e 13k da Figura 19:

5,012 =k para 25/10/12 == mmmmda e 8/ =db

ou Sa da Figura 18.

- Tensão mecânica nos condutores e força sobre os suportes isoladores

Os cálculos podem ser desenvolvidos pelo Método Simplificado ou através do

Método Detalhado, conforme apresentados a seguir:

a. Método Simplificado

- Tensão mecânica causada por forças entre os condutores principais

22636

3

76641076641033308

15057157573001

8

mm/N,m/N,m,

m,N,,,

ZlF

VV mrm

=⋅=⋅×××=

=

βσ σ

(9)

onde,

máxrr VVVV )(0,10,1 σσ =×= de acordo com a Figura 20;

73,0=β de acordo com a Figura 21;

36322

10333,06

005,004,02

6mm

bdnZ −⋅=××== de acordo com seção 2.7.9.

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- Tensão mecânica causada por forças entre os subcondutores

22636 0258100258

10167016150591033

01

16

mm/N,m/N,m,m,N,

,

ZlF

VVs

ssrsss

=⋅=⋅×××=

=

σσ (10)

onde,

max)(0,10,1 rssrss VVVV σσ =×= de acordo com a Figura 20;

36322

10167,06

005,004,06

mmbd

Z −⋅=×==

- Tensão mecânica total nos condutores

222 /37,123/02,58/35,65 mmNmmNmmNsmtot =+=+= σσσ (12)

As barras estão assumindo suportar o curto-circuito se:

2,0ptot qR≤σ (13)

2,0ps R≤σ (14)

Considerando para a seção retangular 5,1=q , conforme Figura 22, e o mínimo

valor para 2,0pR , tem-se:

2/37,123 mmNtot =σ menor que 22 /375/2505,1 mmNmmN =×

2/02,58 mmNs =σ menor que 2/250 mmN

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF α= (15)

De acordo com a Figura 20 e com o maior valor para 2,0pR tem-se:

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109

428,0/3608,0

/37,1238,0 2

2

2,0

=⋅ mmN

mmNRp

totσ

de acordo com a relação a seguir, para um curto-circuito trifásico:

18,0

370,02,0

<⋅

<p

tot

tem-se,

33,2/37,123/3608,08,0

2

22,0 =×=

⋅=

mmNmmNR

VVtot

totprF σ

σ

Para os suportes isoladores extremos (A) com 4,0=Aα , conforme Figura 21:

NNFdA 43,146857,15754,033,2 =××=

Para os suportes isoladores centrais (B) com 1,1=Bα , conforme Figura 21:

NNFdB 19,403857,15751,133,2 =××=

b. Método Detalhado

- Freqüência natural cf dos condutores principais, csf dos sub-condutores e os

fatores FV , rV , rsV , σV e sVσ .

Hzmkg

mmNmm

EJl

cfs

sc 17,805

/77,110167,4/1011

)15,0(56,3

1'

410210

22=⋅×⋅××==

−γ(17)

onde,

1=c de acordo com as considerações da seção 2.7.13.

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56,3=γ de acordo com a Figura 21;

410433

10167,412

005,004,012

mmdb

J −×=×=×= .

Hzmkg

mmNmm

EJl

fs

s

scs 17,805

/77,110167,4/1011

)15,0(56,3

'56,3 410210

22=⋅×⋅×==

(18)

A relação ffc / e ffcs / é 42,13 . Conforme Figura 26, Figura 27 e seção 2.7.14

são obtidos os seguintes valores para os fatores FV , rV , rsV , σV e sVσ :

0,1=FV

0,1=σV

0,1=sVσ

0,1=rV

0,1=rsV

- Tensão mecânica causada por forças entre os condutores principais

22636

3

/76,64/1076,6410333,08

15,057,157573,00,10,1

8

mmNmNm

mNZ

lFVV m

rm

=⋅=⋅××××=

=

βσ σ

(9)

onde,

0,10,1 ×=rVVσ definidos a partir do cálculo de ffc ;

73,0=β de acordo com a Figura 21;

36322

10333,06

005,004,02

6mm

bdnZ −⋅=××== de acordo com 2.7.9.

- Tensão mecânica causada por forças entre os subcondutores

22636

/02,58/1002,5810167,016

15,059,10330,10,1

16

mmNmNmmN

ZlF

VVs

ssrsss

=⋅=⋅×××=

=

σσ (10)

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111

onde,

max)(0,10,1 rssrss VVVV σσ =×= de acordo com a Figura 20;

36322

10167,06

005,004,06

mmbd

Z s−⋅=×== .

- Tensão mecânica total nos condutores

222 /78,122/02,58/76,64 mmNmmNmmNsmtot =+=+= σσσ (12)

As barras estão assumindo suportar o curto-circuito se:

2,0ptot qR≤σ (13)

2,0ps R≤σ (14)

Considerando para a seção retangular 5,1=q , conforme Figura 22, e o menor

valor para 2,0pR , tem-se:

2/78,122 mmNtot =σ menor que 22 /375/2505,1 mmNmmN =×

2/02,58 mmNs =σ menor que 2/250 mmN

- Força nos suportes isoladores

3mrFd FVVF α= (15)

De acordo com os dados obtidos neste método, 0,10,10,1 =⋅=⋅ rF VV o qual

possui um valor menor que 33,2=⋅ rF VV obtido pelo Método Simplificado. Para os suportes isoladores extremos (A) com 4,0=Aα , conforme Figura 21:

NNFVVF mArFdA 23,63057,15754,00,10,13 =×××== α

Para os suportes isoladores centrais (B) com 1,1=Bα , conforme Figura 21:

NNFVVF mBrFdB 13,173357,15751,10,10,13 =×××== α

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112

c. Conclusões

As barras suportarão as forças devido ao curto-

circuito. Método

Simplificado

Método

Detalhado

As tensões mecânicas calculadas mσ

são: 2/ mmN 76,64 76,64

As tensões mecânicas calculadas sσ

são: 2/ mmN 02,58 02,58

Os suportes extremos devem

suportar uma força dinâmica de: N 43,1468 23,630

Os suportes centrais devem suportar

uma força dinâmica de: N 19,4038 13,1733

Para este caso de fase com barras múltiplas do barramento ensaiado, conclui-

se que na utilização do método simplificado existe uma variação para maior no valor

das forças dinâmicas sobre os suportes. Conseqüentemente, a utilização do método

simplificado para este tipo de cálculo fornece uma margem de segurança,

sobredimensionamento, na verificação dos esforços.

4.1.2 Cálculo térmico

a. Dados:

Corrente inicial de curto-circuito simétrica (média): kA,I ''k 4253 =

Corrente eficaz de curto-circuito: kA,I k 32203 =

Fator para o cálculo da corrente de pico de curto-circuito: 4851,=κ

Duração da corrente de curto-circuito: s,Tk 01=

Freqüência do sistema: Hzf 60=

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113

Barra de seção transversal retangular, liga de 30CuFE − : 2200mmA =

Temperatura do condutor no início do curto-circuito: Cb°= 65θ

Temperatura do condutor no término do curto-circuito: Cc°= 170θ

Os dados referentes às temperaturas bθ e cθ foram obtidos através de uma

média entre vários ensaios em barramentos de características semelhantes, visto

que o ensaio utilizado como exemplo não apresentou estes dados.

b. Procedimento de Cálculo:

Para Cb°= 65θ e Cc

°= 170θ , thrS é encontrado através da Figura 31, sendo

seu valor:

2120 mm/ASthr =

A corrente térmica de curta duração equivalente é:

kA,,,kA,

nmII ''kth 0512850050

2425

3 =+×=+= (19)

m e n são encontrados, através da Figura 28 e da Figura 29 respectivamente, para:

60160 1 =×=⋅ − ssTf k , 4851,=κ e 251322042533 ,kA,/kA,I/I k''

k == .

Para o condutor de seção transversal 2200mmA = :

22

3

2560200

100512mm/A,

mmA,

AI

S thth =⋅==

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114

O barramento condutor terá suficiente resistência térmica se:

22560 mm/A,Sth = for menor que 22 120

11

120 mm/Ass

mmA

TT

Sk

krthr =×= (22)

c. Conclusão:

O barramento condutor possui suficiente resistência térmica ao curto-circuito.

4.2 CALCULANDO COM O PROGRAMA

4.2.1 Cálculo dinâmico

Na Figura 38 são apresentados, conforme tela inicial do programa

“BusBarCalc”, os dados de entrada necessários para o procedimento da verificação

do dimensionamento de acordo com o método para o cálculo dinâmico simplificado

mostrado nas seções anteriores.

É interessante observar que os dados inseridos são os mesmos apresentados

no cálculo manual e que estes também se referem ao ensaio apresentado a seguir e

contido no anexo A deste trabalho.

Alguns dos dados visualizados podem ser obtidos através de um banco de

dados contido no próprio software através da seleção do material que é composto o

barramento, como os dados de Módulo de Elasticidade (Young), tensão de ruptura

mínima e máxima e densidade, por exemplo.

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115

Figura 38 - Tela inicial dos dados de entrada para o cálculo dinâmico simplificado.

Após a inserção dos dados de entrada, realiza-se o cálculo da verificação com

um simples toque no botão “Calcular”, tendo como resultados os mesmos mostrados

na tela do software conforme Figura 39.

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116

Figura 39 - Resultados do cálculo dinâmico simplificado.

Pode-se observar que o software também processa a análise de verificação

comprovando se o barramento suportará ou não os efeitos dinâmicos do curto-

circuito especificado.

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117

Estão contidos na tela a seguir, Figura 40, os dados de entrada necessários

para o cálculo dinâmico detalhado conforme exposto em seções anteriores a esta e

seguindo os mesmos dados referidos ao ensaio do anexo A.

Figura 40 - Tela inicial dos dados de entrada para o cálculo dinâmico detalhado.

Como no exemplo anterior, após a inserção dos dados de entrada, realiza-se o

cálculo da verificação com através do botão “Calcular”, tendo como resultados os

contidos na tela do software conforme Figura 41.

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118

Figura 41 - Resultados do cálculo dinâmico detalhado.

Novamente pode-se observar que o software processa a análise de verificação

comprovando se o barramento suportará ou não os efeitos dinâmicos do curto-

circuito especificado.

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119 4.2.2 Cálculo térmico

São apresentados na Figura 42 os dados de entrada necessários para o

procedimento da verificação do dimensionamento de acordo com o cálculo térmico

mostrado nas seções anteriores. Como no cálculo dinâmico, os dados inseridos são

os mesmos apresentados no cálculo manual e estes também se referem ao ensaio

contido no anexo A.

Figura 42 - Dados de entrada para o cálculo térmico.

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120

Após a inserção dos dados de entrada, realiza-se o cálculo da verificação com

um simples toque no botão “Calcular”, obtendo-se a tela de resultados do software

conforme Figura 43.

Figura 43 - Resultados do cálculo térmico.

Pode-se observar que o software, para este caso, também processa a análise

de verificação comprovando se o barramento suportará ou não os efeitos térmicos

para o curto-circuito especificado.

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121 4.3 ENSAIO

Os presentes dados desta seção foram obtidos conforme ensaio realizado pelo

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) para a empresa INEPAR S.A. –

INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES e cedidos gentilmente pela empresa EDC

EQUIPAMENTOS E SISTEMAS S/A. Ver reprodução total do ensaio em anexo.

− Dados necessários para a entrada do software conforme ensaio

Corrente inicial de curto-circuito simétrica: kAI k 25''3 =

Valor de crista da corrente suportável kA,ip 5523 =

Freqüência do sistema: Hzf 60=

Distância entre os suportes isoladores: ml 15,0=

Distância entre condutores principais: ma 04,0=

Número de subcondutores: 2=n

Dimensões dos subcondutores na direção da força: mmd 5=

Barra retangular de 30CuFE − :

- Dimensões: mmb 40=

mmd 5=

- Massa por unidade de comprimento: mkgm /77,1'=

- Módulo Young: 24 /10.11 mmNE =

- Tensão mecânica correspondente ao ponto de ruptura: 2

2,0 /250 mmNR p =

até 2/360 mmN

Foi necessário para a inserção de dados no software, encontrar o valor para o

fator de assimetria κ conforme cálculo a seguir:

4851252552

2525522 33 ,kA

kA,kAkA,Ii ''

kp =∴×

=∴××=∴= κκκκ

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122

A seguir estão apresentadas algumas informações retiradas do relatório

UNIAP 448/98-R contido no anexo A, obtidas após a realização do ensaio de

corrente suportável de curta duração e de valor de crista da corrente suportável para

o conjunto de manobra e controle em questão:

Condições do equipamento antes do ensaio: equipamento novo.

Duração sTk 1=

Valor de crista da corrente suportável 1: kA,ip 8463 =

Valor de crista da corrente suportável 2: kA,ip 6423 =

Valor de crista da corrente suportável 3: kA,ip 4553 =

Corrente inicial de curto-circuito simétrica 1: kA,I ''k 4253 =

Corrente inicial de curto-circuito simétrica 2: kA,I ''k 5253 =

Corrente inicial de curto-circuito simétrica 3: kA,I ''k 4253 =

Condições do equipamento após o ensaio: equipamento sem anormalidades.

4.4 COMPARAÇÕES

A seguir estão apresentados, em tabelas comparativas, os valores

provenientes dos resultados das verificações calculadas manualmente e através do

software para os cálculos dinâmico simplificado, dinâmico detalhado e térmico,

sendo que estes podem ser comparados através das condições finais do

equipamento após o ensaio conforme já evidenciado na seção anterior.

Método Dinâmico Simplificado Cálculo manual BusBarCalc

Força máxima nos condutores principais - (N) 1.575,57 1.592,85

Força máxima nos subcondutores - (N) 1.033,59 1.009,57

Força nos suportes isoladores - Reação em A - (N) 1.468,43 1.501,67

Força nos suportes isoladores - Reação em B - (N) 4.038,19 4.129,59

Tensão mecânica total nos condutores – (N/mm2) 122,78 122,19

Tensão mecânica nos subcondutores – (N/mm2) 58,02 56,79

Tabela 1 - Comparação entre resultados do cálculo dinâmico simplificado.

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123

Método Dinâmico Detalhado Cálculo Manual BusBarCalc

Força máxima nos condutores principais - (N) 1.575,57 1.592,85

Força máxima nos subcondutores - (N) 1.033,59 1.009,57

Força nos suportes isoladores - Reação em A - (N) 630,23 637,14

Força nos suportes isoladores - Reação em B - (N) 1.733,13 1.752,13

Tensão mecânica total nos condutores – (N/mm2) 122,78 122,19

Tensão mecânica nos subcondutores – (N/mm2) 58,02 56,79

Tabela 2 - Comparação entre resultados do cálculo dinâmico detalhado.

Cálculo Térmico Cálculo Manual BusBarCalc

Corrente térmica de curta duração - kA 24,10 25,32

Densidade de corrente térmica de curta duração -

(A/mm2) 60,25 63,29

Densidade de corrente térmica instantânea

admissível - (A/mm2) 120,00 122,05

Tabela 3 - Comparação entre resultados do cálculo térmico.

Análise das Verificações

Cálculo Manual As barras suportarão as forças e possuem suficiente resistência

térmica devido ao curto-circuito.

BusBarCalc As barras suportarão aos efeitos dinâmico e térmico do curto-circuito

especificado.

Ensaio Condições do equipamento após o ensaio: equipamento sem

anormalidades.

Tabela 4 - Comparação entre as análises de verificações.

Em função das tabelas mostradas previamente pode-se, finalmente, realizar a

apuração das conclusões necessárias com relação aos resultados obtidos e suas

divergências, métodos utilizados e demais aspectos de importância para a

continuidade e aprimoramento deste trabalho.

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124 5 CONCLUSÕES

5.1 SOBRE RESULTADOS

Analisando os cálculos efetuados manualmente, seguindo os critérios

estabelecidos pela IEC 865-1 (1993) e IEC 865-2 (1994), e fazendo uma

comparação com os dados de saída obtidos através dos cálculos efetuados pelo

software verificou-se que os resultados fornecidos pelo programa foram satisfatórios.

A validação do software foi feita comparando-se os resultados obtidos pelos

cálculos manuais, conforme citado anteriormente e, visando uma maior eficácia no

procedimento de validação e consistência dos dados, com ensaio realizado pelo

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) para a empresa INEPAR S.A. –

INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES, Relatório de Ensaio UNIAP 448/98-R, e cedidos

gentilmente pela empresa EDC EQUIPAMENTOS E SISTEMAS S/A.

Com isso, conclui-se que foi obtido uma ferramenta que torna possível efetuar

de uma maneira rápida e confiável a verificação do dimensionamento dos

barramentos condutores que compõem os conjuntos de manobra e controle, com

relação aos esforços térmicos e dinâmicos devido à corrente de curto-circuito.

5.2 SOBRE MÉTODOS

Acredita-se que os métodos de pesquisa utilizados realmente tenham surtido

efeito visto que, após toda uma seqüência de busca de informações com relação

aos efeitos inerentes ao curto-circuito, pode-se compreender vários efeitos que

realmente poderiam ter passado desapercebidos. Pode-se comprovar isto na maioria

das constantes e fatores que envolvem os cálculos, pois as normas muitas vezes

não mostram sua origem, forçando a constante busca da compreensão da influência

destes valores e poder tratá-los de forma correta para então processá-los no

software.

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125

Outro detalhe de extrema importância se deu com relação à metodologia

utilizada para os algoritmos de cálculos, pois além de facilitar o processo de criação

do programa, permitiu ainda prever a correlação do objetivo proposto, cálculo de

barramentos de perfil retangular, com cálculos possíveis de serem implementados

posteriormente conforme os fluxogramas e algoritmos já apresentados neste

trabalho.

Para concluir, apesar da dificuldade inicial encontrada no início do uso do

software C#, pode-se verificar que esta escolha foi acertada, pois o mesmo se

adaptou perfeitamente às necessidades de programação impostas pelo aplicativo a

ser elaborado, oferecendo segurança e agilidade, que foram vitais para a conclusão

deste trabalho dentro do tempo proposto.

5.3 SUGESTÕES DE CONTINUIDADE DO TRABALHO

Como se trata de uma primeira versão de software, esta é válida somente para

verificar dimensionamentos relacionados às solicitações provocadas por curtos-

circuitos trifásicos em barramentos coplanares de fases múltiplas (compostas de

mais de uma barra por fase) e de fases simples (compostas por uma única barra por

fase) de perfis retangulares.

Portanto, pode-se implementar o aplicativo para realizar a verificação dos

cálculos para perfis circulares, tubulares, tipo “U” e tipo “I” conforme algoritmos já

detalhados neste trabalho e para diferentes disposições de barramentos.

Outra implementação que pode ser realizada é quanto à verificação

correspondente à distância mínima de isolação entre partes vivas. Acredita-se que

com uma simples alteração de algoritmo e a inserção de um banco de dados,

segundo valores normalizados de distâncias mínimas em função dos níveis de

tensão, pode-se agregar mais uma função de verificação para o software

“BusBarCalc”.

Ainda com relação ao trabalho em si, pode-se utilizar grande parte do

embasamento teórico para se proceder cálculos de verificação para linhas de

transmissão e também barramentos de cobre oco para subestações, aumentando o

limite de tensão atual proposto, 36,2kV, para valores maiores.

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126

Quanto ao aspecto acadêmico, existem algumas considerações observadas

em algumas literaturas que não são evidenciadas nas normas pesquisadas. Estas

considerações certamente podem ser desenvolvidas em prováveis teses de

mestrado como, por exemplo, disposições de barramentos não coplanares nos

conjuntos de manobra e controle, influências das derivações e conexões de

barramentos secundários nos barramentos principais, considerações sobre o

momento de inércia quanto ao arranjo das barras em fases compostas.

Finalmente pode-se desenvolver a aplicação do software, com fins comerciais,

para a utilização por parte de fabricantes de cubículos e empresas que

comercializam componentes para este segmento.

5.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS

No desenvolvimento deste trabalho foram encontradas algumas barreiras

muitas vezes difíceis de serem transpostas. No início do projeto existiram

dificuldades referentes à localização de literatura técnica que trate do assunto

proposto por este trabalho, principalmente no que tange a normatização, devido ao

pequeno número de bibliografias específicas do tema. Em virtude destas

dificuldades foi necessário adquirir normas técnicas internacionais para que fosse

possível dar continuidade ao projeto.

Como o escopo deste trabalho se refere a um assunto restrito, durante todo o

processo de desenvolvimento do projeto não foi localizado corpo técnico

especializado capaz de nos dar orientações específicas sobre o tema.

Outro problema encontrado foi com relação à linguagem escolhida para o

desenvolvimento do software. Como a linguagem de programação C# é uma

ferramenta relativamente nova houve uma certa dificuldade, principalmente no início

da estruturação do software, para se conseguir uma adaptação à maneira de se

trabalhar com o referido método de programação, mesmo sendo muito parecido com

os existentes até então. Também, neste caso, foi necessária a aquisição de material

bibliográfico de apoio, pois não foram encontradas literaturas que tratem desta

linguagem nas principais bibliotecas de comum acesso a graduandos.

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127

Pode-se resumir que, apesar destas dificuldades, a integração entre a equipe e

o coordenador foi fundamental, pois através das orientações recebidas pode-se

contornar estas dificuldades e valorizar ainda mais a iniciativa para a realização de

trabalhos de pesquisa.

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128 6 REFERÊNCIAS

1) BEER, Ferdinand Pierre, JONHSTON, E. Russel, Mecânica Vetorial para

Engenheiros. São Paulo: McGraw-Hill, 1989,1982.

2) BEER, Ferdinand Pierre, JONHSTON, E. Russel, Resistência dos Materiais.

São Paulo: McGraw-Hill, 1989,1982.

3) CREDER, Hélio, Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1995.

13ª Edição.

4) DEITEL, Harvey, C#### - Como programar. São Paulo: Person Education, 2003.

5) DIB, Wanderley Mauro, Projetos de Quadros de Baixa e Média Tensão,

Informativo Técnico vol. XXII - Siemens.

6) GUTHMANN, Otto, Manual de instalações eléctricas. Portugal, Região Norte

Porto: Editora Ordem dos engenheiros, 1982. 6ª edição.

7) IEC 865-1: 1993, Short-circuit currents – Calculations of effects

8) IEC 865-2: 1994, Short-circuit currents – Calculations of effects

9) MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria, Metodologia do

Trabalho Científico. São Paulo: Atlas, 2001.

10) NBR 6808: 1993, Conjunto de manobra e controle de baixa tensão;

11) NBR 6979: 1998, Conjunto de manobra e controle em invólucro metálico

para tensão acima de 1kV até 36,2kV;

12) ROEPER, Richard, Correntes de Curto-Circuito em Redes Trifásicas. São

Paulo: Prol Editora Gráfica, 1991.

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129

APÊNDICE A – TUTORIAL

TÓPICOS DE AJUDA ÍNDICE Entrada de dados

Geral Cálculo Simplificado / Cálculo Detalhado Religamento Corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica

Fator de assimetria Direção de carregamento Dimensão b e dimensão d Distância entre suportes isoladores

Distância entre centros de condutores principais Distância entre centros de subcondutores adjacentes Numero de vãos Vínculos Numero de distanciadores por vão Distância máxima entre distanciadores Comprimento dos distanciadores Tensão de ruptura, módulo de Young e densidade Freqüência do sistema

Cálculo térmico Corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica Corrente eficaz de curto-circuito Número de barras por fase Fator de assimetria Freqüência do sistema Duração da corrente de curto-circuito Tempo admissível do curto-circuito Dimensões da barra Temperatura do condutor no inicio do curto-circuito Temperatura do condutor no término do curto-circuito Condutor utilizado

Informações sobre o projeto Criando um novo projeto Abrindo um projeto salvo Salvando um projeto Imprimindo um projeto

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130

Entrada de Dados Geral

Para que o BusBarCalc possa efetuar todos os cálculos corretamente, todos os dados deverão ser fornecidos de uma forma correta. Nenhum campo deve ser deixado em branco, bem como as unidades especificadas devem ser observadas. Para tanto, uma série de proteções forami incorporada ao software, onde ele pode identificar quando o usuário entra com um dado incorreto ou incoerente. Cálculo Dinâmico

Para obter o resultado dos cálculos após inserir os dados basta clicar no

botão “Calcular”. O software exibirá uma mensagem de verificação dos esforços dinâmicos. Para visualizar os resultados, clique no botão “Ver Resultados”.

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131

O usuário poderá inserir comentário no campo Comentários.

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132

Cálculo Simplificado / Cálculo Detalhado

Clicando no checkbox correspondente, as opções “Cálculo Simplificado” ou

“Cálculo Detalhado” poderão ser selecionadas. A opção “Cálculo Simplificado” é a

opção default quando o BusBarCalc é iniciado.

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133

Religamento

Clicando no checkbox correspondente, as opções “Com Religamento” ou

“Sem Religamento” poderão ser selecionadas. A opção “Sem Religamento” é a

opção default quando o BusBarCalc é iniciado.

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134

Corrente Inicial de Curto-Circuito Simétrica Trifásica

A corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica deverá ser fornecida no

campo correspondente conforme a figura abaixo.

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135

Fator de Assimetria

O do fator de assimetria deverá ser fornecido no campo correspondente

conforme a figura abaixo.

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136

Numero de Barras por Fase

O número de barras por fase deverá ser fornecido no campo correspondente

conforme a figura abaixo. Para acessar o campo basta utilizar as setas ou selecionar

o campo e utilizar as setas do teclado.

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137

Direção de Carregamento

Este dado fornece ao software a configuração básica do barramento. Clicando

no campo correspondente, o usuário define a direção de carregamento, podendo ser

na maior face ou na menor face. A opção direção de carregamento “Maior Face da

Barra” é a opção default quando o BusBarCalc é iniciado.

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138 Para tal escolha leve em consideração o esquema abaixo:

1. Direção de carregamento “Maior Face da Barra”:

Fm

2. Direção de carregamento na “Menor Face da Barra”:

Fm

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139

Dimensão “b” e Dimensão “d”

As dimensões da barra deverão ser fornecidas no campo correspondente

conforme a figura abaixo.

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140

Para entrar com os valores de b e d observe sempre a direção de carregamento.

1. Direção de carregamento na maior face da barra

y

y

Fm

d

b

Observe que a força magnética age na face de dimensão b da barra (maior face).

“b” deverá ser fornecido em milímetros.

2. Direção de carregamento na menor face da barra

dFm

x

xb

Nesse caso a força magnética age na face de dimensão d da barra (menor face).

“d” deverá ser fornecido em milímetros.

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141

Distância Entre Suportes Isoladores

Para entrar com a distância entre suportes isoladores acesse o campo

correspondente, conforme figura abaixo.

Considere a figura abaixo.

lm

“lm” representa a distância entre suportes isoladores. Observe que “lm“é

tomado entre o centro dos suportes.

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142

Distância Entre Centros de Condutores Principais

Para entrar com a distância entre centros de condutores principais acesse o

campo correspondente, conforme figura abaixo.

Considere a figura abaixo.

a a “a” representa a distância entre centros de condutores principais. Observe

que “a” é tomado entre os centros do conjunto das barras que compõem cada fase. Para fins de cálculo, o BusBarCalc admite que as barras são coplanares e a fases eqüidistantes.

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143

Distância Entre Centros de Subcondutores Adjacentes

Para entrar com a distancia entre centros de subcondutores adjacentes

acesse o campo correspondente.

Considere a figura abaixo.

as “as” representa a distância entre centros de subcondutores. Observe que “as”

é tomado entre os centros de duas barras adjacentes. Caso a fase tenha uma única barra, esse parâmetro não será necessário para os cálculos, e o campo se tornará inativo. Para fins de cálculo, o BusBarCalc admite que as barras subcondutoras são coplanares e eqüidistantes.

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144

Número de Vãos

Para entrar com o número de vãos acesse o campo correspondente. Para

acessar o campo basta utilizar as setas ou selecionar o campo e utilizar as setas do

teclado.

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145

Vínculos

A caixa de opções Vínculos é a entrada de dados dos tipos de vínculos da

análise em questão. Ela faz correspondência ao número de vãos do barramento

principal.

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146

Caso o número de vão seja igual a 1, uma das opões abaixo deverá ser

selecionada.

a) 1 apoio articulado fixo e 1 apoio articulado móvel

A B

b) 1 apoio engastado e 1 apoio articulado móvel

BA

c) 2 apoios engastados

A B

Caso o número de vãos seja igual a 2 ou mais, o BusBarCalc selecionará

automaticamente o tipo de vínculo, ficando o campo inacessível.

a) 2 vãos

A AB

b) vãos ou mais

A B B A

Observe que os apoios denominados A e B das figuras servem como

referência para a identificação das forças FdA e FdB.

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Número de Distanciadores por Vão e Tipo de Distanciador

Para entrar com o número de distanciadores por vão acesse o campo

correspondente. Caso o número de condutores por fase seja 1, o campo se tornará

inativo. Para acessar o campo basta utilizar as setas ou selecionar o campo e utilizar

as setas do teclado.

Clicando no checkbox correspondente a elementos de apoio ou

distanciadores o usuário seleciona o tipo de distanciador desejado.

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Distância Máxima Entre Distanciadores

Para entrar com a distância entre distanciadores acesse o campo correspondente.

Este campo está vinculado ao numero de vãos. Quando esse valore é diferente de 2, o campo estará inativo e o BusBarCalc preencherá automaticamente a distância máxima entre distanciadores. Para um número de vãos igual a 2 o usuário poderá optar por vãos igualmente espaçados ou conforme a figura abaixo, onde ls é a distância máxima entre distanciadores.

ls = l/2

l

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Comprimento dos Distanciadores

Para entrar com o comprimento dos distanciadores acesse o campo correspondente conforme figura abaixo. Este campo está vinculado com o número de vãos. Este campo somente estará ativo se o número de vãos for diferente de zero.

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150

Tensão de Ruptura, Módulo de Young e Densidade

O BusBarCalc traz em seu banco de dados uma lista de alguns tipos de

materiais condutores e suas de tensões de ruptura mínima e máxima, módulo de

Young e densidade. Para entrar com os dados selecione na caixa de opções o

material desejado.

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Clicando em “Customizado” os campos serão ativados, e o usuário poderá

entrar com os valores desejados.

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152

Freqüência do Sistema

Para entrar com a freqüência do sistema acesse o campo correspondente

conforme figura abaixo.

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153

Cálculo Térmico

Para obter o resultado dos cálculos após inserir os dados basta clicar no

botão “Calcular”. O software exibirá uma mensagem de verificação dos efeitos

térmicos. Para visualizar os resultados, clique no botão “Ver Resultados”.

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154

O usuário poderá inserir comentários no campo “Comentários”.

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155

Corrente Inicial de Curto-Circuito Simétrica Trifásica

A corrente inicial de curto-circuito simétrica trifásica deverá ser fornecido no

campo correspondente conforme a figura abaixo.

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156

Corrente Eficaz de Curto-Circuito

A corrente eficaz de curto-circuito deverá ser fornecida no campo

correspondente conforme a figura abaixo.

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157

Número de Barras por Fase

O número de barras por fase deverá ser fornecida no campo correspondente

conforme a figura abaixo. Para acessar o campo basta utilizar as setas ou selecionar

o campo e utilizar as setas do teclado.

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158

Fator de Assimetria

O fator de assimetria deverá ser fornecido no campo correspondente

conforme a figura abaixo.

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159

Freqüência do Sistema

A freqüência do sistema deverá ser fornecido no campo correspondente

conforme a figura abaixo.

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160

Duração da Corrente de Curto-Circuito

A duração da corrente de curto-circuito deverá ser fornecida no campo

correspondente conforme a figura abaixo.

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161

Tempo Admissível do Curto-Circuito

O tempo admissível do curto-circuito deverá ser fornecido no campo

correspondente conforme a figura abaixo.

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162

Dimensões da Barra

As dimensões da barra deverão ser fornecidas no campo correspondente

conforme a figura abaixo. Para definição de “b” e “d” poderá ser utilizado o mesmo

critério do cálculo dinâmico.

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Temperatura do Condutor no Início do Curto-Circuito

A temperatura do condutor no início do curto-circuito deverá ser fornecida no

campo correspondente conforme a figura abaixo.

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164

Temperatura do Condutor no Término do Curto-Circuito

A temperatura do condutor no término do curto-circuito deverá ser fornecida

no campo correspondente conforme a figura abaixo.

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165

Condutor Utilizado

O condutor utilizado deverá ser fornecido no campo correspondente conforme

a figura abaixo. Clicando no campo o usuário poderá escolher entre cobre, alumínio

e liga de alumínio.

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Informações Sobre o Projeto

No menu Projeto, clique em “Informações sobre o Projeto...”. Se o projeto

estiver aberto, abrirá um formulário onde poderão ser inseridos diversos dados

referentes ao projeto conforme figura abaixo. Os dados serão armazenados ao clicar

no botão “Confirmar”.

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167

Criando um Novo Projeto

No menu Arquivo, clique em “Novo”. Será aberto um novo projeto em branco

na tela para que seja inserido os dados para cálculo.

Abrindo um Projeto Salvo

No menu Arquivo, clique em “Abrir”. Surgirá uma tela, conforme figura abaixo,

para que seja selecionado o arquivo que se deseja abrir. Selecione o arquivo com a

extensão “.bbc” desejado e clique no botão “Abrir”.

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Salvando um Projeto

No menu Arquivo, clique em “Salvar”. Surgirá uma tela, conforme figura abaixo,

para que seja selecionado o local e o nome do arquivo. Digite o nome do arquivo

desejado e clique no botão “Salvar”. O arquivo será salvo com a extensão “.bbc” no

local especificado.

Imprimindo um Projeto

No menu Arquivo, clique em “Imprimir”.

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ANEXO A – RELATÓRIO DE ENSAIO

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