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CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE PRESIENTE PRUDENTE (RELATÓRIO) Presidente Prudente Outubro de 2012

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CENTRO DE MUSEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E

ARQUEOLOGIA / CEMAARQ DA FCT/UNESP DE

PRESIENTE PRUDENTE

(RELATÓRIO)

Jessica Amaral

Presidente PrudenteOutubro de 2012

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INTRODUÇÃO

“A arqueologia é o estudo dos fosseis culturais, ou seja, a análise de uma

sociedade através dos elementos que compões a cultura material, encontrados nos sítios

arqueológicos”

O Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia (CEMAARQ) da

Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP – Campus de Presidente Prudente têm,

desde sua formação, uma historia de interesses em comum entre Docentes e

pesquisadores da área. “O estímulo inicial foi dado pelo achado de uma ocorrência

arqueológica no Distrito de Itororó do Paranapanema, Município de Pirapozinho”

Leonice Bigoni, umas das monitoras, recebeu a 55ª turma de Geografia da FCT

UNESP no dia quatro de Outubro de 2012 através da disciplina de Antropologia

Cultural lecionada pela Profª. Drª. Ruth Künzli, da área de Antropologia do

Departamento de Planejamento.

Primeiramente a turma recebeu uma orientação conceitual com apresentação de

slides e posteriormente houve a visita ao conteúdo material do CMAARQ, que por sua

vez é dividida em três setores: Arqueologia, Indígena Contemporânea e a Sala de

Paleontologia.

CONTEUDO CONCEITUAL

Arqueologia se dispõe em dividir o tempo em Arqueologia Pré-Histórica, onde

não há registro escrito, porém ainda encontra-se a arte rupestre. A Arqueologia Clássica

é o estudo de artefatos encontrados relativos ás grandes civilizações desaparecidas

(Egípcia, Grega, Romana etc.). A Arqueologia Histórica é a complementação dos dados

através de evidencias da cultura material, especificamente contemporânea. Além destas,

há ainda a Arqueologia Subaquática que estuda sítios arqueológicos submersos; a

Arqueologia Histórica Brasileira, direcionada a população indígena e a época da

colonização.

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Sobre os períodos culturais arqueológicos, são eles o Paleolítico, Mesolítico e

Neolítico. No Paleolítico, os homens eram essencialmente nômades caçador-coletores,

tendo que se deslocar constantemente em busca de alimentos. Desenvolveram os

primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, osso ou pedra lascada, e dominaram

o uso do fogo. Este longo período histórico subdivide-se em Paleolítico Inferior (até a

aproximadamente 300 mil anos) e Paleolítico Superior (até 10 mil a.C.). Há certa

discordância entre estudiosos quanto a essa divisão, sendo que alguns intercalam

um Paleolítico Médio entre o inferior e o superior.

Os hábitos das culturas do Mesolítico eram basicamente nômades, com

assentamentos estacionais de Inverno e acampamentos de verão, embora em algumas

regiões costeiras européias e no Próximo Oriente (ali onde encontraram recursos

suficientes e regulares) começassem a viver de um modo mais sedentário.

As regiões que sofreram maiores efeitos das glaciações tiveram Mesolíticos

mais evidentes.

As primeiras aldeias do Neolítico eram criadas próximas a rios, de modo a

usufruir da terra fértil (onde eram colocadas sementes para plantio) e água para homens

e animais. Também nesse período começa a domesticação de animais

(cabra, boi, cão, dromedário, etc). O trabalho passa a ser dividido entre homens e

mulheres, os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as mulheres plantam,

colhem e educam os filhos. A disponibilidade de alimento permite também às

populações um aumento do tempo de lazer e a necessidade de armazenar os alimentos e

as sementes para cultivo leva à criação de peças de cerâmica, que vão gradualmente

ganhando fins decorativos.

Sendo assim, todo o material que o CEMAARQ possui está baseado nessa

linha Arqueológica.

ACERVO

As atividades e os objetos são o resultado de pesquisas arqueológicas na FCT

UNESP na Décima Região Administrativa, perfazendo o cadastramento de 130 Sítios

arqueológicos, dentre os quais 15 foram escavados: o Projeto Paranapanema, o Projeto

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Arqueológico Décima Região, o Projeto de Salvamento Arqueológico de Porto

Primavera - SP, e o Projeto de Salvamento Arqueológico de Porto Primavera - SP-

FASE II.

Dentre os objetos indígenas contemporâneo, o conteúdo é original de sítios

arqueológicos da região e de algumas outras regiões, constituindo aproximadamente

2.500 peças, entre eles cerâmica Marajoara e Santarém, armas e cestaria, instrumentos

musicais e adornos.

O setor da Arqueologia possui dispõe materiais desde a era da pedra lascada,

pedra polida, material de contato a pré-história européia, além de moldes de crânio. A

maior parte destes baseia-se em moldes de materiais arqueológicos originais que se

encontram no Museu Nacional de Arqueologia na Europa.

A Sala de Paleontologia é o mais recente dos setores abertos a visitação. O

conteúdo exposto contou com a doação de pesquisadores da área e compõem diversos

fosseis sendo alguns encontrados na região.

CONCLUSÃO

O número, importância e diversidade de sítios geológicos arqueológicos e

paleontológicos no Brasil, vêm aumentando, assim como vem crescendo

progressivamente as pesquisas nessa área. Da mesma forma, o avanço de obras,

construções e outros empreendimentos em todo o país tem sido responsável por toda a

sorte de impactos e prejuízos ao patrimônio geológico e paleontológico nacional.

A Arqueologia de Contrato dilatou o campo de atuação profissional do

arqueólogo, porém, abriu um delicado e novo campo de discussão: o que merece ser

preservado, e o que pode ser destruído? Quais os sítios arqueológicos que deverão ser

escavados de forma intensiva, e quais receberão apenas trabalhos sumários? Até que

ponto a identificação de um patrimônio arqueológico de alta significação poderia alterar

(ou mesmo impedir) a implantação de um empreendimento?

As discussões crescem, à medida que cresce a consciência dos homens em

relação ao seu passado. Arqueólogos de contrato e empreendedores se vêem diante do

desafio de ajustar perspectivas e necessidades, que até então se mostravam tão

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diferentes.

Entretanto, é notável que o avanço crescente de hidrelétricas, estradas e outros

empreendimentos permitiram que extensas áreas do território brasileiro, antes

desconhecidas do ponto de vista arqueológico, fossem estudadas.

Nesse sentido, a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) vem estimulando

a realização de encontros e grupos de trabalho voltados ao aprofundamento destas

questões, aliando-se aos órgãos federais, estaduais e municipais de preservação. O seu

maior desafio: o estabelecimento de normas éticas de conduta e a capacitação dos novos

quadros de profissional rumo à preservação da herança cultural brasileira.

BIBLIOGRFIA

BIGONI, Leonice. [e-mail] 04 de Outubro de 2012, Presidente Prudente [para] 55ª

Turma de Geografia FCT Unesp PP. 3 folhas. Texto sobre o CEMAARQ.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN.

“A incidência da legislação relativa ao patrimônio cultural brasileiro em sítios

geológicos e paleontológicos”. Disponível em

http://sigep.cprm.gov.br/destaques/legislacao_sitios_arqueologicos_paleontologicos.pd

fAcesso em 10 de Outubro de 2012.

ITAU CULTURAL. “Arqueologia de contrato”. Disponível em:

http://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/contrato00.htm. Acesso em 10 de

Outubro de 2012.

Jessica AmaralDisciplina de Antropologia Cultural

Docente Profª. Drª. Ruth Künzli

Presidente PrudenteOutubro de 2012