cenário macroeconômico e mercado de saúde privada 2016 abrasp 2015... · de acordo com o caged,...
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Cenário macroeconômico e
mercado de saúde privada
2016
Adriano Pitoli
Análise Setorial e Inteligência de Mercado
Out/15
PIB de 2015 será negativo
PIB: -2,8%
Renda do trabalho: -5,4%
Consumo: -7,0%
Prod. Ind: -7,5%
Ano difícil já estava encomendado - muitos ajustes macroeconômicos
Novas elevações de juros
Reajuste de tarifas (energia, combustíveis, transporte)
Elevações de impostos e cortes de gastos públicos
Choques adversos e baixa governabilidade explicam a parte aguda da crise
Lava Jato
Crise hídrica
Queda das commodities
Setores mais afetados são os movidos à confiança: construção civil
(-9,9%), bens de capital, automotivo e consumo em geral
Sudeste é a região mais afetada: PIB 2015: (-3,3%)
Governo terá muita dificuldade para recompor a confiança
Riscos continuam assimétricos para baixo
Desaceleração da China
Impactos da crise hídrica podem se agravar
Não se sabe quais são os desdobramentos da Lava Jato
Governabilidade pode se deteriorar intensamente
2015 – a tempestade perfeita
CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO
CONFIANÇA DO CONSUMIDOR
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Média histórica
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2016
Efeito carregamento negativo já induz um PIB de -1,0% em 2016
Ainda assim, projeção implica início de lenta reversão da atividade no 2º semestre de 2016
Gatilhos favoráveis:
Significativa desaceleração da inflação, de +9,6% em 2015 para +6,5% em 2016
Redução da Selic de 14,25% para 13,0%
Câmbio mais depreciado favorece setores tradables (comericializáveis)
Porém,
Desemprego em alta e renda em queda impede melhora da confiança
Alta capacidade ociosa, ramificação mais ampla da Lava Jato e demora na retomada dos setores tradabels
devem forçar novo recuo na taxa de investimento (FBKF) no próximo ano, de -7,0%
Apesar da forte queda de 2015, PIB de 2016 deve mostrar novo recuo
Ambiente Político 1º Dilma: “governo ruim” (centralizador + diagnóstico errado).
Ambiente Político 2º Dilma: “governo fraco” (falta de governança e instabilidade política).
Conflitos internos na base aliada seguem sem resolução.
Interrupção de mandato não é cenário mais provável. Ainda que aja elemento concreto para instalação de um processo (contas 2014). Único elemento que sustenta este cenário é a falta de clareza sobre o governo pós-Dilma.
Probabilidade de interrupção é de 30%
Cenário Político
Reforma ministerial traz dois destaques na reconfiguração da base: (i) maior espaço ao PMDB; (ii) recomposição de “petistas raiz” na articulação política
Sinaliza que PT não deve “abandonar” a presidente. “Plano A” do partido é permanecer no poder até 2018.
Reforma também diminui chances do PMDB romper formalmente com o governo. Isto, porém, não impede comportamento ambíguo do partido.
Eventuais processos de impeachment e/ou cassação devem ser bastante conflituosos e com forte chance de judicialização.
Alto risco de não aprovação de medidas de ajuste fiscal, especialmente a CPMF.
Cenário Político
Popularidade
Fonte: Datafolha Elaboração: Tendências
Atual patamar de popularidade de Dilma já é inferior ao pior momento do governo Collor.
Cenário político 7
Risco de interrupção do mandato presidencial cresceu nas últimas semanas
Probabilidade subjetiva do evento é avaliada como algo em torno de 20%
Seriam três os caminhos possíveis para o encerramento prematuro do segundo mandato de Dilma Rousseff: Congresso (TCU), TSE e renúncia.
Natureza do
mecanismoPolítica Pessoal Judicial
Motivação Questão Fiscal Pressão política Eleitoral
Ação Impeachment Renúncia Ineligibilidade
ConsequênciaVice-presidente
assume
Vice-presidente
assume
Novas eleições /
eleição indireta
8 Reconstrução do tripé macroeconômico
Elaboração: Tendências
Política Fiscal
Redução dos subsídios ao setor elétrico
Reforma previdenciária (pensões por morte)
Restrições à obtenção do seguro desemprego
Redução dos subsídios aos bancos públicos
Reversão da desoneração da folha
Recomposição da Cide (combustíveis)
Fim da contabilidade criativa (transparência)
Política Monetária
Aperto mais intenso que o esperado
Discurso do BC volta a focar busca do centro da meta de inflação
Política Cambial
Defesa explícita do menor intervencionismo
Redução do estoque de swaps
Política Fiscal
Fonte: Banco Central (elaboração Tendências)
Cenário fiscal se mostra cada vez mais crítico. Após revisão das metas promovida em julho, governo enviou projeto orçamentário com déficit para 2016, o que antecipou a perda do grau de investimento.
Medidas anunciadas em 14 de setembro tentam reverter quadro negativo para 2016, embora a ocorrência de novo déficit siga como mais provável.
Com isso, expectativa é de déficit primário de 0,3% em 2015 e de 0,1% em 2016. Em conjunto com evolução negativa do PIB, deve gerar forte alta do endividamento.
Taxa de câmbio
Perda do grau de investimento e manutenção de quadro político adverso mantém incertezas, explicando patamar de câmbio corrente.
Como cenário básico não contempla mudanças significativas no quadro político e econômico não há espaço para apreciação.
Tendência para os próximos anos é de desvalorização do real, com alta global do dólar, termos de troca menos favoráveis e necessária correção das contas externas.
Banco Central deve manter os juros básicos em 14,25% ao longo dos próximos meses. Espaço para queda a partir de meados do próximo ano se reduziu com piora das projeções para o IPCA 2016.
Ainda que alta de juros não possa ser descartada, Selic no atual patamar deve ser mantida pro mais tempo.
Política Monetária
Fonte: Banco Central (Elaboração e projeções: Tendências)
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Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)
(Q/Q-4)
Inflação de 2015 está muito pressionada pelo realinhamento de preços administrados, principalmente pela energia elétrica (53% no ano). Teto da meta será ultrapassado.
Inflação de serviços deve desacelerar de forma muito lenta, em linha com inércia elevada deste conjunto de preços.
Para 2016, a inflação deve desacelerar, mas ainda assim, no teto da meta.
Inflação
Confiança do consumidor
Fonte: FGV (dados dessazonalizados até jul/15)
O índice de confiança do consumidor mostra notável derretimento neste ano, acentuando
ainda mais a trajetória de queda que é registrada já há alguns anos. No acumulado entre
janeiro e julho, a queda já ultrapassa 20%.
A piora da confiança está associada à deterioração do quadro econômico, com a combinação de
aumento do desemprego, queda da renda real e alta da inflação corrente, mas também é
influenciada pelo agravamento da crise política. Diante deste diagnóstico e da ausência de
algum gatilho que reverta tais movimentos no curto prazo, é difícil vislumbrar recuperação do
indicador nos próximos meses e mesmo em 2016.
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Médiahistórica
PIB Deterioração econômica tem sido mais intensa que o esperado. Com isso, contração do PIB em 2015 deve atingir 2,8%.
Política macroeconômica dos últimos anos gerou graves desequilíbrios e perda de confiança, sentimento acentuado pelos impactos da operação Lava Jato e pelos efeitos contracionistas dos apertos fiscal, monetário e creditício.
Para 2016, expectativa é de nova contração, porém em menor intensidade. Aumento da ociosidade de fatores possibilita leve retomada em 2017 e 2018.
Fonte: IBGE e FGV (Elaboração e projeções: Tendências)
• Massa de renda mostrou nova contração no 2º trimestre, puxada novamente pelo rendimento real.
Retração da atividade econômica e baixa confiança, implicando recuo do emprego
Aumento da inflação corroendo os ganhos de renda real e diminuindo o poder de barganha dos
trabalhadores nas negociações salariais
• Cenário para os próximos meses e também em 2016 é de que renda real continue pressionando a massa de
renda para baixo, ainda impactada por menores reajustes salariais, atividade enfraquecida e pela estratégia de
contenção de custos das empresas de contratarem funcionários pra salários mais baixos que os demitidos
Massa de renda do trabalho – Curto prazo 15
Fonte: PME - IBGE. (Projeção: Tendências). O rendimento efetivamente recebido inclui todos os ganhos extras (bonificação, atrasados, horas extras, PL, 13o, 14o, adiantamento do 13o) e considera os descontos ocasionais (faltas, parte do 13o antecipado, prejuízo eventual do empreendimento).
Massa de renda do trabalho
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6Proj.
t/t-1
(dessaz)t/t-4
t/t-1
(dessaz)t/t-4
t/t-1
(dessaz)t/t-4
1T14 2.7% 4.3% 0.2% 0.0% 2.9% 4.2%
2T14 0.1% 3.6% -0.1% 0.1% -0.4% 3.7%
3T14 0.1% 3.4% -0.3% -0.5% 0.1% 2.8%
4T14 0.5% 3.6% 0.1% 0.0% 0.8% 3.5%
1T15 -2.7% -2.0% -0.5% -0.7% -3.2% -2.7%
2T15 -0.9% -3.1% -0.2% -0.9% -1.6% -4.0%
3T15 -2.2% -5.2% -0.3% -1.0% -2.4% -6.2%
4T15 -1.5% -6.9% -0.4% -1.4% -1.5% -8.3%
1T16 0.0% -4.6% -0.2% -1.1% -0.4% -5.8%
2T16 0.1% -3.7% 0.0% -0.9% -0.5% -4.7%
3T16 0.4% -0.9% 0.0% -0.6% 0.8% -1.5%
4T16 0.4% 1.1% 0.0% -0.3% 0.9% 0.8%
Renda efetiva Ocupação Massa de renda
Taxa de desemprego Ocupação PEA Rendimento médio real Massa salarial real
2009 8,1% 0,7% 0,9% 3,2% 3,9%
2010 6,7% 3,5% 2,0% 3,8% 7,4%
2011 6,0% 2,1% 1,2% 2,7% 4,8%
2012 5,5% 2,2% 1,7% 4,1% 6,3%
2013 5,4% 0,7% 0,6% 1,8% 2,6%
2014 4,8% -0,1% -0,7% 2,7% 2,5%
2015 7,0% -1,0% 1,3% -4,0% -5,0%
2016 9,0% -0,7% 1,5% -2,0% -2,8%
Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)
(Q/Q-4)
Mercado de trabalho
Retração do emprego e o retorno de pessoas à PEA devem manter elevação do desemprego nos próximos meses.
Taxa de desemprego pela PME atingiu 7,6% em agosto (de 5,0% em Ago/14). Pela PNAD contínua, taxa já se encontra em 8,6%.
Deterioração do mercado de trabalho irá resultar em perdas reais de renda e massa salarial em 2015 e 2016.
17
De acordo com o Caged, no acumulado de 2015 até agosto, há redução líquida de 633 mil empregos. Como comparação, na crise de 2008/09 saldo negativo acumulado foi de 286 mil empregos (entre novembro/08 e abril/09).
O ajuste no mercado formal de trabalho deve prosseguir.
Fonte: Caged (MTE)
Mercado de trabalho
Fonte: IBGE *Projeção Tendências
EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO
Por dez anos (2004 a 2013), o varejo cresceu, em média, quase o dobro do PIB (7,8% x 4,0%) e 40% a mais que a renda (7,8% x 5,5% a.a.).
Daqui para frente, a renda e varejo devem mostrar desempenhos bem próximos do PIB.
Além disso, os riscos são assimétricos – o cenário de consumo pode sofrer novas revisões para baixo.
Há até mesmo um risco não desprezível de uma “super-ressaca”, como a de 1998-2002
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2,4%
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0,1%
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2000-03 2004-13 2014 2015* 2016-20*
PIB Renda famílias Vendas varejo
Projeção
Festa do consumo acabou
Festa do consumo acabou
Fonte: IBGE *Projeção Tendências
EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO
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Termos de troca(2006=100)
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dez
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-08
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-09
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dez
-12
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-13
dez
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-14
dez
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jun
-15
Conta Capital e Financeira - 12m (US$ milhões)
A forte bonança externa verificada entre 2004 e
2013, com aumento dos termos de troca (relação
entre preços de exportação e importação) do Brasil
e volume expressivo de entrada de fluxos
estrangeiros, favoreceu o consumo e a renda do
Brasil.
No entanto, para os próximos anos, a perspectiva é
de reversão desta tendência, o que deve limitar
significativamente o espaço para consumo e renda
crescerem muito acima do PIB.
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2,4%
4,0%
0,1%
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1,4%1,9%
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PIB Renda famílias Vendas varejo
Projeção
Brasil - Taxa de câmbio Taxa de câmbio tem exibido volatilidade elevada, em virtude de aspectos externos (apostas para os juros nos EUA e turbulências na China) e internos (tensões políticas, redução das metas fiscais e perda de rating).
Estes fatores devem manter a instabilidade nos próximos meses, ainda que o Banco Central tenha sinalizado que vai intervir para conter movimentos mais agudos.
Tendência para os próximos anos é de depreciação do real, com alta global do dólar, termos de troca menos favoráveis e necessária correção das contas externas.
Méd. 2015 x Méd. 10-12 (período de maior
apreciação do real)
Câmbio nominal: depreciação de 86%
Câmbio real: depreciação de 52%
Média 2019-20
Câmbio nominal: depreciação de 7,5% ao ano
Câmbio real: depreciação de 4,4% ao ano
A estimativa atual do IBGE é de que o País tenha alcançado 201 milhões de habitantes em 2013. De forma geral, o cenário é de que o crescimento da
população continue a diminuir lentamente, de uma taxa de 0,93% em 2012 para 0,70% em 2019. Na média de 2016 a 2019, o crescimento deverá ser de 0,75%
aa contra alta de 1,01% entre 2007 e 2013.
Já a população em idade ativa (PIA) – total de indivíduos de 15 a 64 anos de idade – deve continuar a registrar crescimento acima da variação total da
população, apesar de também com tendência de desaceleração. Entre 2016 e 2019, projetamos crescimento médio de 1,03% a.a. na PIA, razoavelmente abaixo do período entre 2007 e 2013, quando houve avanço de 1,45% a.a. na média. Esse cenário explicita o processo de envelhecimento da população e,
mais importante, um aumento na proporção da população em idade de trabalho.
A relação PEA/PIA recuou de 74,1% em 2005 para 72,0% em 2013. A expectativa é de ligeira queda até 2015 e posterior reversão desta proporção. Desde 2013, uma combinação de razões conjunturais e estruturais fez com que a PEA mostrasse fraco desempenho. O aumento dos jovens “nem-nem” (não estudam nem
trabalham), a expansão de gastos nos programas de financiamento estudantil como o Fies, o aumento da renda familiar nos últimos anos e o próprio envelhecimento da população brasileira são alguns dos fatores que justificam uma fraca evolução da PEA nos últimos anos.
No entanto, diante de um cenário prolongado de baixo crescimento da economia e do emprego, impactando negativamente o rendimento médio familiar, as
pessoas em idade ativa que estão fora do mercado de trabalho devem, em algum grau, buscar uma colocação. O ponto positivo é que pelo menos uma parte
dessas pessoas voltará ao mercado de trabalho mais qualificada, o que deve contribuir para a recuperação dos ganhos de produtividade na economia. De
qualquer forma, essa transição implicaria a elevação da taxa média de desemprego nos próximos anos.
População, PIA e PEA
Fonte: IBGE. Projeção: IBGE (população e PIA) e Tendências (PEA)
Tendência de envelhecimento da população e,
consequentemente, aumento da PIA/população
10.000.000 5.000.000 0 5.000.000 10.000.000
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2000 - Brasil
10.000.000 5.000.000 0 5.000.000 10.000.000
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90+
2020 - Brasil
Ano Milhões Var. % Milhões Var. % Milhões Var. %2007 189,5 1,14% 126,5 1,63% 93,9 1,33%
2008 191,5 1,09% 128,5 1,57% 95,7 1,90%
2009 193,5 1,05% 130,4 1,51% 97,4 1,82%
2010 195,5 1,01% 132,3 1,44% 97,4 -0,08%
2011 197,4 0,97% 134,1 1,38% 97,3 -0,08%
2012 199,2 0,93% 135,9 1,32% 98,1 0,89%
2013 201,0 0,90% 137,6 1,26% 99,0 0,91%
2014 202,8 0,86% 139,3 1,21% 99,5 0,47%
2015 204,5 0,83% 140,9 1,15% 100,7 1,18%
2016 206,1 0,80% 142,5 1,12% 102,1 1,37%
2017 207,7 0,77% 144,0 1,04% 103,3 1,24%
2018 209,2 0,73% 145,3 0,96% 104,5 1,12%
2019 210,7 0,70% 146,6 0,88% 105,6 1,05%
Pop. PIA PEA
21
Segundo estimativas populacionais do IBGE (revisão de 2013), havia 14,9
milhões de idosos em 2013, o que configurou uma alta de 4,1% ante o dado
de 2012.
Entre 2007 e 2013, a população idosa (cima de 65 anos) mostrou crescimento
de 3,6% aa, ritmo muito superior ao da população em idade ativa (PIA), de
1,45% aa. e mais ainda, da população total (1,01% aa).
Nos próximos anos, a tendência é que essa discrepância na evolução
demográfica se intensifique. Para o período de 2017 a 2020, a população
idosa deverá crescer a um ritmo ainda maior, de 4,4% aa, ao passo que o
crescimento da PIA deve recuar para 0,9% aa e o da população total para
0,72% aa.
Como resultado, a proporção de idosos se elevou de 9,2% da PIA e em 2005
para 10,8% em 2013, devendo alcançar 13,5% em 2020. Em relação à
população total, a proporção de idosos passou de 6,1% para 7,4%, devendo
alcançar 9,4% no final do período.
População 65 anos ou mais
Fonte e projeção: IBGE Elaboração: Tendências
Evolução da população com 65 anos ou mais de idade
0
5
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1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016 2020
Milh
õe
s Projeção
População >= 65 anos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* 2020*
Em milhões 11,3 11,6 12,0 12,4 12,8 13,3 13,7 14,3 14,9 15,5 16,1 16,8 17,6 18,3 19,1 20,0
var. % anual 3,1% 3,1% 3,1% 3,2% 3,3% 3,6% 3,7% 3,9% 4,1% 4,2% 4,2% 4,3% 4,3% 4,4% 4,4% 4,4%
Pop. Idosa / PIA 9,2% 9,4% 9,5% 9,6% 9,8% 10,0% 10,3% 10,5% 10,8% 11,1% 11,5% 11,8% 12,2% 12,6% 13,1% 13,5%
Pop. Idosa / Pop. Tot 6,1% 6,2% 6,3% 6,5% 6,6% 6,8% 7,0% 7,2% 7,4% 7,6% 7,9% 8,2% 8,5% 8,8% 9,1% 9,4%
22
A expectativa de vida ao nascer deve continuar se elevando no País nos próximos anos, devendo alcançar 76,3 anos em 2018. O
índice, no entanto, tem mostrado ganhos adicionais mais modestos no período mais recente.
Nas décadas de 1990 e 2000, o ganho na expectativa de vida foi de aproximadamente 4 anos por década, passando de 62,6 anos em
1980 para 66,6 anos em 1990 e 69,8 anos em 2000. Na primeira década deste século, a expectativa de vida também ganhou mais 4
anos, alcançando 73,9 anos em 2010 (segundo estimativa do IBGE). Para a atual década, a projeção do IBGE é de que o ganho
adicional seja de 2,8 anos, alcançando 76,3 anos em 2018 e 76,7 anos em 2020.
Apesar dessa evolução significativa, a expectativa de vida no Brasil ainda está significativamente abaixo da observada nos países
desenvolvidos (entre 78 e 84 anos) e mesmo de outros países da América Latina, como México, Argentina, Uruguai e Paraguai (entre
76 e 77 anos)
Expectativa de vida ao nascer (idade)
Expectativa de vida ao nascer
Expectativa de vida ao nascer
Fonte e projeção: IBGE. Elaboração: Tendências.
2000 69,8
2005 72,0
2010 73,9
2015 75,4
2018 76,3
2020 76,768
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11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
20
17
20
18
20
19
20
20
Projeção
23
• A massa de renda das famílias (Pnad-IBGE) deve mostrar retração ainda maior em 2015 e 2016 em
relação ao cenário anterior (revisada de -0,5% e -0,2%, respectivamente), puxada pela queda esperada
para a massa do trabalho.
• A evolução dos benefícios previdenciários, por outro lado, deve evitar uma piora mais significativa no
curto prazo e ser o principal destaque no médio prazo, em virtude do crescimento do número de
beneficiários e, em 2016, do reajuste do salário mínimo (INPC de 2015 será superior a 9,0%).
• Bolsa família já está praticamente universalizada, o que justifica evolução bem mais modesta daqui por
diante.
Massa de Renda total das famílias 24
Fonte: PNAD - IBGE. (Projeção: Tendências)
Renda das famílias (ampliada)
6.5
%
9.2
%
4.4
%
6.5
%
4.0
%
5.9
%
2.7
%
9.2
%
4.0
%
1.8
%
-4.0
%
-0.9
%
1.0
% 1.4
%
2.0
%
2.7
%
1,4621,666
1,8472,007
2,279 2,226 2,228 2,3032,365
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
20
17
20
18
20
19
20
20
% Milhões
AnoTotal Trab INSS
Bolsa
Fam.
Out
Rendas100% 79% 16% 1% 4%
2011 2,7% 2,3% 4,9% 13,0% -1,1%
2012 9,2% 8,4% 8,2% 15,4% 29,6%
2013 4,0% 4,4% 5,6% 11,1% -10,6%
2014 1,8% 1,5% 2,2% 2,7% 5,0%
2015 -4,0% -5,4% 3,6% -5,7% -7,0%
2016 -0,9% -2,7% 8,6% -2,6% -4,5%
2017 0,4% -0,4% 3,3% 1,7% 3,0%
2018 1,5% 0,9% 3,9% 0,9% 3,0%
2019 2,0% 1,2% 5,1% 1,2% 3,0%
2020 2,7% 2,2% 4,7% 1,3% 3,0%
05-14 5,4% 5,4% 5,8% 10,1% 4,6%
15-16 -2,5% -4,1% 6,1% -4,2% -5,8%
17-20 1,7% 0,9% 4,3% 1,3% 3,0%
• Taxa de ocupação e principalmente os rendimentos médios reais mostram intensa deterioração em 2015. Assim,
projeções para a massa de rendimento efetivo do trabalho são de -5,4% em 2015 e de -4,4% em 2016.
• O mercado de trabalho está em processo de ajuste: no 1º semestre, a renda real mostrou queda de 2,5% YoY e a taxa de
ocupação caiu 0,8% YoY. No curto prazo, tal processo deve continuar, com taxa de desemprego em torno de 8,0% em
2016 e os rendimentos reais afetados pela transferência de trabalhadores para o setor informal e substituição de mão-
de-obra com salários mais elevados por aqueles de menor remuneração.
• No médio prazo, a massa deve voltar a registrar variações positivas, mas em ritmo muito inferior ao de anos anteriores.
Por razões externas e estruturais da economia brasileira, não será mais factível uma expansão da renda acima do PIB.
Mercado de Trabalho e Massa salarial efetiva* 25
Massa e Renda (Variação real anual)
5,2%5,1%6,4% 6,2%
7,4%
3,1%
8,1%
5,0%
6,6%
2,1%
3,6%
-5,4%
-2,7%
0,3%0,7%1,2%2,1%
-8,0%
-6,0%
-4,0%
-2,0%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Massa Renda
Massa Renda Emprego
2008 7,4% 3,9% 3,4%
2009 3,1% 2,4% 0,7%
2010 8,1% 4,4% 3,5%
2011 5,0% 2,9% 2,1%
2012 6,6% 4,3% 2,2%
2013 2,1% 1,5% 0,7%
2014 3,6% 3,7% -0,1%
Méd. 08-14 5,1% 3,3% 1,8%
2015 -5,4% -4,4% -1,0%
2016 -2,7% -2,0% -0,7%
2017 0,3% -0,9% 1,2%
2018 0,7% -0,5% 1,2%
2019 1,2% -0,2% 1,4%
2020 2,1% 0,8% 1,3%
Méd. 17 -20 1,1% -0,2% 1,3%
Fonte: PME - IBGE. (Projeção: Tendências). O rendimento efetivamente recebido inclui todos os ganhos extras (bonificação, atrasados, horas extras, PL, 13o, 14o, adiantamento do 13o) e considera os descontos ocasionais (faltas, parte do 13o antecipado, prejuízo eventual do empreendimento).
• O cenário de forte deterioração das condições do mercado de trabalho tem se consolidado. A taxa de
desemprego exibe nítida trajetória de alta desde o final do ano passado (e de maneira mais forte no
decorrer de 2015), repercutindo o aumento de demissões e a volta de pessoas à força de trabalho.
• A elevação da taxa de desemprego decorre do fechamento de vagas na economia, juntamente com a
pressão adicional advinda do fim da redução da força de trabalho, que foi a razão da permanência da
taxa em patamares mínimos históricos ao longo de 2014.
• Os limites à concessão ao crédito estudantil bem como a crescente necessidade de complementação da
renda familiar na atual conjuntura de retração de atividade e aumento da inflação, por sua vez, têm feito
com que esses indivíduos voltem a buscar emprego de forma mais intensa que o esperado
anteriormente
Taxa de desemprego 26
Taxa de desemprego (%)
Fonte: IBGE. (Projeção: Tendências)
Tx. Desemprego PEA Emprego
2013-I 5.6% 1.6% 1.9%
2013-II 5.9% 0.5% 0.5%
2013-III 5.4% 1.0% 0.9%
2013-IV 4.7% -0.8% -0.5%
2014-I 5.0% -0.6% 0.0%
2014-II 4.9% -1.0% 0.1%
2014-III 4.9% -1.0% -0.5%
2014-IV 4.6% -0.1% 0.0%
2015-I 5.8% 0.1% -0.7%
2015-II 6.7% 1.0% -0.9%
2015-III 7.6% 1.9% -1.0%
2015-IV 7.9% 2.1% -1.4%
2016-I 8.9% 2.3% -1.1%
2016-II 9.2% 1.9% -0.9%
2016-III 9.2% 1.1% -0.6%
2016-IV 8.8% 0.6% -0.3%
9.9% 10.0%
9.3%
7.9% 8.1%
6.7%
6.0%5.5% 5.4%
4.8%
7.0%
9.0% 9.3% 9.1% 9.0% 8.9%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
2005200620072008200920102011201220132014201520162017201820192020
Emprego formal 27
Fonte: Caged./Rais (Projeção: Tendências)
Evolução do emprego formal - Caged
• Os dados do Caged até julho reforçam o cenário bastante pessimista para o emprego celetista, que acumula no ano (de janeiro a
julho) demissões líquidas de 547,5 mil pessoas. A intensidade do ajuste sobre as contratações supera o pior momento da crise
de 2008.
• A abertura setorial aponta perdas generalizadas, com destaque para a intensificação das demissões líquidas no setor de serviços,
embora as principais influências negativas ainda estejam na indústria de transformação e na construção civil – quadro muito
negativo que já se prolonga desde o início de 2014 em virtude da acentuada crise de confiança dos empresários nestes
segmentos.
• Acompanhando a retração na economia em 2015 e 2016 (-2,8% e -1,0%), o estoque de emprego formal deve diminuir de
maneira relevante no período (-1,6% e -1,2%), o que interrompe a tendência de formalização que se observava na economia. De
todo modo, este movimento deve voltar a ocorrer no médio prazo.
Emprego formal (mi) Var %
2007 40,67 3,6%
2008 42,49 4,5%
2009 43,14 1,5%
2010 45,13 4,6%
2011 46,99 4,1%
2012 48,17 2,5%
2013 48,86 1,4%
2014 49,40 1,1%
méd. 07-14 45,61 2,9%
2015 48,63 -1,6%
2016 48,03 -1,2%
2017 48,67 1,3%
2018 49,48 1,7%
2019 50,32 1,7%
2020 51,13 1,6%
méd. 17-20 49,90 1,6%
Beneficiários – Evolução Recente
O indicador apresentou desaceleração no final do ano anterior
Trajetória negativa se acentua esse ano, acarretando na primeira queda na margem do indicador desde 2003
Patamar reduzido deve se manter no curto prazo, de forma que deve haver significativa desaceleração até 2016
Variações
Fonte: ANS/SulAmérica (dados disponíveis até jun/15) e deflacionados pelo IPCA. Projeção: Tendências.
Número de beneficiários
T/T-4T/T-1
(dessaz)
1T14 3,7% 0,9%
2T14 3,2% 0,5%
3T14 2,8% 0,7%
4T14 2,5% 0,4%
1T15 1,6% 0,0%
2T15 1,0% 0,0%
3T15 0,4% -0,1%
4T15 -0,2% -0,1%
1T16 -0,2% 0,0%
2T16 -0,2% 0,0%
3T16 0,0% 0,1%
4T16 0,4% 0,2%
-1.0%
0.0%
1.0%
2.0%
3.0%
4.0%
5.0%
6.0%
7.0%
30000
35000
40000
45000
50000
55000
1T04 1T05 1T06 1T07 1T08 1T09 1T10 1T11 1T12 1T13 1T14 1T15 1T16
Var. t/t-4 (dir.) Número de Beneficiários (esq.)
28
Reduzimos nossas projeções para o número de beneficiários de planos de saúde. Para 2015, a estimativa foi reduzida de +1,0% para -0,2%, ao passo que para 2016 a projeção passou de +0,7% para +0,4%. Para o período 2017-20, esperamos avanço de 1,8% a.a. em média, alcançando 54,5 milhões de beneficiários no fim desse período.
O resultado do segundo trimestre indica 50,5 milhões de beneficiários. Até o fim do ano, projetamos que número de beneficiários deva se manter nesse patamar. Nosso cenário para o curto prazo é baseado nas perspectivas para o mercado de trabalho, principalmente o emprego formal, e também para os reajustes dos preços dos planos de saúde. Para o emprego formal, nossa projeção passou de -1,0% para -1,6% em 2015 e de -0,5% para -1,2% em 2016, o que significa forte desaceleração frente aos anos anteriores (+3,2% a.a. entre 2006-13). A redução tem impacto importante no indicador de beneficiários, haja vista que 75% dos beneficiários utilizam planos empresariais.
Para o período entre 2017 e 2020, nosso cenário é baseado nas perspectivas para o crescimento doméstico, para a geração de emprego (principalmente formal) e para o setor industrial. Para o emprego formal, projetamos alta de 1,6% entre 2017 e 2020. Nesse contexto, a taxa de desemprego deve atingir 8,9% no fim do período. Como componentes positivos, destaca-se que ainda há potencial pouco explorado para a conquista de novos beneficiários, uma vez que apenas 25% da população brasileira tem acesso a algum plano de saúde. Além disso, a distribuição regional atual de beneficiários (4% no Norte, 13% no Nordeste e 6% no Centro-Oeste) indica maior potencial de penetração justamente nas regiões de destaque do crescimento econômico do País entre 2016-19. O processo de mudança da pirâmide etária e envelhecimento populacional também reforçará a demanda, cabendo lembrar que os gastos com saúde se elevam mais do que proporcionalmente com a idade. Segundo resultados da POF, entre 2003 e 2009 o percentual gasto com planos de saúde (com relação à renda destinada à assistência a saúde entre as famílias) se elevou de 26% para 30%.
Beneficiários de planos de saúde
Beneficiários de planos de saúde (mil) Variações anuais
30000
35000
40000
45000
50000
55000
60000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: ANS (dados disponíveis até jun/15). Projeção: Tendências.
29
2010 5,5%
2011 2,7%
2012 3,7%
2013 3,5%
2014 2,5%
2015 -0,2%
2016 0,4%
2017 1,6%
2018 2,1%
2019 1,9%
2020 1,7%
Méd. 17-20 1,8%
Para 2015, nossa projeção para a receita de saúde privada (seguradoras e outras operadoras) passou de +2,3% para +1,4% (+10,4% nominais). Para 2016, a estimativa foi revisada de +1,2% para +1,1% (+7,9% nominais). Já para o período 2017-20, esperamos avanço de +3,7% a.a. na média (+8,4% a.a. nominais), contra +3,6% a.a. esperados anteriormente.
Para esse ano, a redução da estimativa se relaciona com a mudança na projeção de beneficiários. Para 2015, a estimativa passou de +1,0% para -0,2% puxado pela estimativa de deterioração do mercado de trabalho. Reduzimos nossa projeção para a massa total de renda de -0,5% para -4,0%, ao passo que para o emprego formal a estimativa foi de -0,1% para -1,6%. O cenário leva em conta ainda o enfraquecimento dos reajustes dos planos de saúde, que tiveram alta real de 0,4% até agosto (ago/15 x dez/14). Novas pressões são esperadas para os próximos meses, diante do teto de 13,55% fixado pela ANS em junho, valor acima do observado nos últimos anos. Ainda assim, para a média do ano é esperado ritmo mais brando de crescimento dos preços dos planos de saúde em relação aos anos anteriores.
Para o próximo ano, ainda esperamos trajetória fraca para os principais condicionantes. Projetamos -1,2% para o emprego formal e -0,9% para a massa de renda. Deve-se considerar, por fim, que a melhora dos ganhos financeiros das operadoras (devido à elevação da Selic) pode permitir algum fôlego para o crescimento orgânico das empresas, na medida em que a maior eficiência operacional favorece sua recomposição de margens. Isto é ainda mais relevante após dois anos em que (i) o avanço dos custos com serviços médicos não foram repassados completamente aos preços; e (ii) a queda acentuada das taxas de juros (em 2012 e 2013) reduziu os resultados financeiros das operadoras.
Para o período entre 2017 e 2020, nosso cenário é baseado nas perspectivas para o crescimento doméstico, para a geração de emprego (principalmente formal) e o crescimento do numero de beneficiários. Nossa estimativa para o número de beneficiários é de alta de 1,8% a.a. na média entre 2017 e 2020. Já para o mercado de trabalho, nossa projeção é de alta de 1,7% para a massa de renda, com crescimento da taxa de desemprego, que deve atingir média de 9,1% no período. Como componentes positivos, destaca-se que ainda há potencial pouco explorado para o segmento, uma vez que apenas 25% da população brasileira tem acesso a algum plano de saúde. Além disso, a distribuição regional atual de beneficiários (4% no Norte, 13% no Nordeste e 6% no Centro-Oeste) indica maior potencial de penetração justamente nas regiões de destaque do crescimento econômico do País entre 2017-20.
Receita de mercado de saúde privada
Receita real de operadoras (R$ mil deflac.) Variações anuais
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: ANS (dados disponíveis até 2014) e deflacionados pelo IPCA. Projeção: Tendências.
30
Nominal Real
2011 16,7% 6,5%
2012 8,8% 5,9%
2013 12,7% 10,2%
2014 13,6% 6,7%
2015 10,4% 1,4%
2016 7,9% 1,1%
2017 8,2% 3,3%
2018 8,8% 4,0%
2019 8,5% 3,8%
2020 8,2% 3,6%
Méd. 17-20 8,4% 3,7%
Mobilidade social Famílias
1992 1995 2004 2013 2015* 2020*
75,1%65,3% 69,3%
53,5% 54,2% 52,9%
17,6%21,9%
20,8%
31,9% 31,2% 31,5%
6,5%10,8% 8,7% 12,6% 12,6% 13,4%
0,7% 1,9% 1,3% 2,0% 2,0% 2,1%
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D e E
1992 a 95: a sensível melhora no ambiente econômico teve como resultado a migração das famílias para classes de renda mais altas.
1996 a 2004: com a piora da economia, houve perda de participação das famílias das classes mais altas.
2005 a 2013: retomada expressiva da economia. A participação das famílias de classes mais altas se recuperou, ficando próximo do verificado em 1995.
2014 em diante: a expectativa é de continuidade da migração das famílias para classes mais altas, com percalço em 2015 e 2016.
31
32 Critério de definição classes de renda
Classe D e E
Classe C
Classe B
Estratificação por classe de renda obedece um critério arbitrário, dada a ausência de um critério oficial ou usualmente aceito
Classe A
Faixa de renda por classe – a preços de dez/14
Famílias com rendimento mensal de até R$ 1.957
Famílias com renda entre R$ 1.957 e R$ 4.720
Famílias com renda entre R$ 4.720 e R$ 14.695
Famílias com rendimento superior a R$ 14.695
33 Número de famílias | Brasil
Taxa anual média de crescimento
-0,8%
4,2%
1,0%
7,2%
-1,4%
1,7%
6,2%
-0,5%
2,8%
6,3%
-1,3%
2,9%
Méd. 06-14 2015 Méd. 16-20
Classe D e E Classe C Classe B Classe A
linha tracejada:média Brasil
Obs 1: Os resultados de número de famílias de 2010 e 2011 decorrem da distribuição do crescimento acumulado de 2009 a 2011 (em 2010 não houve
Pnad), com base em estimação da Tendências que levou em conta as variações observadas na PME e na PMC. Obs 2: Houve revisão para trás por conta da
inclusão da zona rural da região Norte e alguns ajustes na base de dados. Fonte: IBGE *Projeção Tendências
Em 2015 e 2016 deve ocorrer aumento mais
expressivo das famílias da classe D/E (queda das
famílias da classe C para a D/E).
As estimativas para as classes de renda em 2014
foram alteradas com base em novas informações
disponíveis pelo IBGE.
Para 2017 em diante, expectativa é de retomada da
migração das famílias para classes mais altas.
Classe A: crescimento médio de 2,9% ao ano.
Classe B: crescimento médio de 2,8% ao ano.
Classe C: crescimento médio de 1,7% ao ano.
Classe D/E: recuo médio de 1,0% ao ano
BrasilFamílias
(mil) 20132008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* 2020*
Méd.
16-20
Classe D e E 36.609 -1,3% 0,9% -0,4% -0,4% -2,9% 0,7% 0,8% 4,2% 3,0% 1,1% 0,3% 0,4% 0,2% 1,0%
Classe C 21.809 9,0% 4,5% 5,1% 4,9% 10,0% 3,3% 2,9% -1,4% -0,8% 2,0% 2,5% 2,6% 2,4% 1,7%
Classe B 8.646 10,3% 4,2% 4,8% 4,5% 8,8% 5,6% 3,9% -0,5% 1,2% 2,9% 3,5% 3,2% 3,3% 2,8%
Classe A 1.355 -0,1% 4,7% 4,4% 4,2% 12,7% 7,9% 3,8% -1,3% 0,7% 2,8% 3,6% 3,8% 3,8% 2,9%
Total 68.420 2,5% 2,3% 1,8% 1,7% 2,5% 2,2% 1,9% 1,7% 1,6% 1,7% 1,4% 1,5% 1,4% 1,5%
Para 2015, nossa projeção para os preços dos produtos farmacêuticos (IPCA) é de -2,4% em termos reais (+6,2% nominais), contra -2,2% projetados anteriormente. Para 2016, a projeção passou de -1,4% para -1,7% (+4,8% nominais). Para o período 2017-20, esperamos recuo médio de -0,7% a.a. em termos reais (+3,8% nominais), contra -1,4% a.a. projetados anteriormente.
O reajuste anual médio de preços farmacêuticos é autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e calculado a partir (i) da inflação em 12 meses (IPCA); (ii) dos ganhos de produtividade do setor e (iii) de dois fatores de aumento de preços relativos do setor – intersetorial e intrasetorial. Primeiro, o fator de produtividade é estimado a partir de variáveis de PIB, taxa real de juros, taxa de câmbio e da própria inflação. Já o fator de preço intersetorial busca repassar aos preços as elevações de custos não gerenciáveis, sendo nulo na média histórica. Por fim, o fator de preço relativo intersetorial envolve a divisão dos medicamentos em três classes segundo o grau de competitividade, medido a partir da participação (no faturamento) de genéricos em cada nível: no nível 1, há 20% ou mais de genéricos; no nível 2, há de 15% a 20%; e no nível 3, a participação de genéricos é inferior a 15%.
Em 2014, a CMED autorizou reajuste nominal máximo de até 5,68% nos preços dos medicamentos vendidos no país. Para 2015, o reajuste foi de 7,7%. Historicamente, o indicador avança abaixo do reajuste máximo permitido pela CMED a cada ano (+3,9% a.a. x +5,2% a.a. entre 2007-13, devido ao fato de o repasse do fator “produtividade” não ser integral em todos os níveis). Para 2015, consideramos também as projeções para o IPCA, PIB e taxa de câmbio. Nossa projeção para o IPCA passou de 8,9% para 9,6%, ao passo que para o PIB passou de -1,4% para -2,8%. Esperamos ainda que a taxa de cambio atinja R$ 3,95/US$ em dez/15, contra R$ 3,06/US$ esperados anteriormente. O cenário considera, ainda, os incentivos fiscais para substâncias usadas em medicamentos de tarja vermelha/preta, que também atenua maiores pressões sobre os preços de medicamentos.
Para os próximos anos, esperamos trajetória ligeiramente mais fraca para o IPCA (cuja alta projetada é de 4,5% a.a. entre 2017 e 2020 na média). O quadro inflacionário mostra-se mais tênue no médio prazo e a piora para a atividade econômica também atenua os fatores de produtividade considerados pela Câmara. De todo modo, a perspectiva de forte depreciação cambial é um fator de pressão para os preços do segmento, o que explica a revisão das estimativas no médio prazo. A projeção da Tendências é de que a taxa de câmbio atinja R$ 4,80/US$ em dez/20.
Preços de produtos farmacêuticos
Preços nominais de produtos farmacêuticos (jan/12 = 100) Variações anuais
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: IPCA (dados disponíveis até ago/15) e deflacionados pelo IPCA. Projeção: Tendências.
34
Nominal Real
2011 3,9% -2,6%
2012 4,4% -0,9%
2013 4,7% -1,4%
2014 4,5% -1,7%
2015 6,2% -2,4%
2016 4,8% -1,7%
2017 3,9% -0,8%
2018 4,0% -0,6%
2019 3,6% -0,9%
2020 3,7% -0,7%
Méd. 17-20 3,8% -0,7%
Para 2015, nossa projeção para os preços de serv. laboratoriais e hospitalares passou de +0,2% para -1,0% (+7,7% nominais). Para 2016, a estimativa passou de -0,1% para +0,4% (+7,1% nominais). Para o período 2017-20, projetamos +0,7% a.a. na média (+5,3% nominais), contra +0,2 a.a. projetados anteriormente.
O índice de preços de serv. laboratoriais e hospitalares do IPCA é composto por custos com hospitalização e cirurgia (64%), exame de laboratório (19%) e exame de imagem (18%). Portanto, sua evolução está associada, por um lado, a custos com mão de obra de profissionais de saúde, tanto de nível superior quanto de nível técnico. Por outro, também responde à evolução de custos com equipamentos especializados (radiação e terapia) e instrumentos cirúrgicos. Historicamente, avança acima do IPCA (+6,5% a.a. x +5,4% a.a. entre 2007-13). No entanto, nesse período, evoluiu abaixo do custo com serv. médicos (+8,5% a.a.), devido (i) à relevância dos preços de equipamentos para o indicador, que avançaram abaixo da média (preços externos favoráveis e câmbio mais apreciado) e (ii) a ganhos de produtividade, propiciado pelas recorrentes inovações nos procedimentos médicos e ambulatoriais.
No curto prazo, apesar da deterioração das perspectivas para o mercado de trabalho e para a atividade, a trajetória de depreciação da taxa de cambio deve manter a perspectiva de pressão nos preços dos serviços. Para 2015, nossa projeção para a massa total passou de -0,5% para -4,0%, ao passo que para 2016 foi reduzida de -0,2% para -0,9%. Em contrapartida, nossa projeção para a taxa de cambio no fim de 2015 passou de R$ 3,06/US$ para R$ 3,95/US$, que deve ser seguida por R$ 4,20/US$ em dez/16.
Para o médio prazo, as projeções também refletem o cenário para a atividade e para a renda e emprego. Para os próximos anos, nossa estimativa para o PIB de serviços é de alta de 1,6% a.a. na média, contra +1,7% a.a. projetados anteriormente. Para a massa de renda total, projetamos +1,7% a.a. na média. Desse modo, consideramos que o diferencial entre o crescimento do rendimento geral dos ocupados, dos profissionais da saúde e dos custos hospitalares deva convergir um pouco mais aceleradamente, devido às mudanças estruturais para a economia brasileira e ao desaquecimento do mercado de trabalho. Pressão altista é esperada diante da depreciação mais forte da taxa de câmbio, que pressiona os custos com produtos importados. Nossa projeção para a taxa de câmbio no médio prazo passou de R$ 4,05/US$ para R$ 4,80/US$ em dez/20.
Preços de serv. laborat. e hospitalares
Preços nominais de serv. laborat. e hospitalares (2010 = 100) Variações anuais
60
80
100
120
140
160
180
200
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: IPCA (dados disponíveis até ago/15) e deflacionados pelo IPCA. Projeção: Tendências.
35
Nominal Real
2011 8,8% 2,1%
2012 9,0% 3,4%
2013 6,7% 0,4%
2014 6,6% 0,3%
2015 7,7% -1,0%
2016 7,1% 0,4%
2017 5,1% 0,4%
2018 5,5% 0,9%
2019 5,2% 0,7%
2020 5,3% 0,8%
Méd. 17-20 5,3% 0,7%
Gastos federais em saúde (custeio)
Gastos federais em saúde (R$ bilhões deflacionados) Variações anuais
Nominal Real
2010 16,4% 9,9%
2011 11,3% 4,5%
2012 13,3% 7,0%
2013 6,5% 0,5%
2014 14,2% 7,3%
2015 11,6% 1,9%
2016 4,1% -1,2%
2017 9,0% 4,1%
2018 9,0% 4,3%
2019 11,6% 6,7%
2020 11,9% 7,3%
Méd. 17-20 10,4% 5,6%25
35
45
55
65
75
85
95
105
115
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: SIGA. Dados deflacionados pelo IPCA (base Jan/15=100). Projeção: Tendências
36
• Os cortes de despesas em andamento pelo governo federal têm recaído principalmente sobre investimentos, enquanto gastos com custeio têm apresentado relativa estabilidade. Em função disso, revisamos nossa projeção de gastos com custeio em saúde para 2015 (+1,9% ante projeção anterior de -2,6%) e para 2016 (-1,2% ante 4,8% anterior).
• A partir de 2016, a União deverá gastar em saúde (custeio + investimentos) no mínimo 15% da receita corrente líquida (RCL) do governo federal, de forma escalonada em 5 anos. Levando em consideração um cenário econômico e fiscal muito ruim no curto e médio prazos, e recuperação lenta e gradual a partir de 2017, espera-se cumprimento apenas parcial dessa regra nos próximos anos. Ainda assim, nossas projeções revisadas indicam crescimento real anual médio do gasto com custeio em saúde de 5,6% entre 2017 e 2020, fazendo com que o gasto federal com custeio em saúde passe de 1,4% do PIB (2005 – 2015) para 1,7% do PIB (2016 – 2020).
OBS.: Os gastos com custeio de saúde não incluem a despesa com a folha do funcionalismo. Na nossa análise, estamos considerando apenas os critérios GND-3 para o custeio (outras despesas correntes) e GND-4 para o investimento.
Para 2015, mantivemos nossa estimativa para o índice de serviços médicos em +0,7% (+9,5% nominais). Para 2016, a estimativa passou de -0,1% para -0,2% (+6,5% nominais). Para o período 2017-20, projetamos alta média de 0,6% a.a. (+5,2% nominais), contra +1,0% a.a. projetados anteriormente.
A categoria tem peso de 48% no subitem do IPCA de “serviços médicos e dentários”. Em termos reais, sua evolução histórica mostra avanços mais acentuados entre 2010-14 (+4,2% a.a.) vis-à-vis 2005-09 (+1,8% a.a.), sendo que nesses últimos anos tem crescido acima dos rendimentos reais médios do total de ocupados (que avançou 3,4% a.a. entre 2010-14). De fato, as categorias de profissionais voltados ao setor de serviços como um todo mostraram maior capacidade de elevação de rendimentos, seja porque o setor de serviços de modo geral tem mostrado crescimento acima da média da economia, seja porque são não comercializáveis (não sofrem a competição com importações), possuindo maior capacidade de repassar pressões de custos aos preços finais.
No curto prazo, o cenário de desaceleração dos reajustes salariais e a deterioração do mercado de trabalho reduzem as pressões e balizam o cenário para os preços de serviços médicos bem menos pressionados que nos últimos anos (+0,2% a.a. na média de 2015-16) – ainda que crescendo mais que a média dos ocupados (-0,9% a.a.) e dos serviços laboratoriais e hospitalares (-0,3% a.a.). Desse modo, a projeção para o período reflete o cenário para a massa de renda, para a qual esperamos trajetória mais fraca do que era esperado anteriormente. Para 2015, nossa projeção para a massa total passou de -0,5% para -4,0%, ao passo que para 2016 foi reduzida de -0,2% para -0,9%.
Para o médio prazo, as projeções também refletem o cenário para a atividade e para a renda e emprego. Para os próximos anos, nossa estimativa para o PIB de serviços é de alta de 1,6% a.a. na média, contra +3,5% a.a. na média entre 2008 e 2013. Para a massa de renda total, projetamos +1,7% a.a. na média, contra +5,4 a.a. na média entre 2008 e 2013. Assim, com a desaceleração do mercado de trabalho, a evolução esperada considera que há pouco espaço para avanço no mesmo ritmo dos últimos anos, sendo que o diferencial entre o crescimento do rendimento geral dos ocupados e dos profissionais da saúde tende a convergir um pouco mais aceleradamente.
Preços de serviços médicos
Preços nominais de serv. médicos (2010 = 100) Variações anuais
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Projeções
Fonte: IPCA (dados disponíveis até ago/15) e deflacionados pelo IPCA. Projeção: Tendências.
37
Nominal Real
2011 10,2% 3,4%
2012 10,0% 4,4%
2013 11,5% 5,0%
2014 10,3% 3,8%
2015 9,5% 0,7%
2016 6,5% -0,2%
2017 4,7% -0,1%
2018 5,1% 0,5%
2019 5,4% 0,8%
2020 5,7% 1,2%
Méd. 17-20 5,2% 0,6%
ambiente conjuntural
O cenário para 2016 ainda carrega enormes incertezas, com riscos elevados de
revisão para baixo nos indicadores de atividade econômica
O setor de saúde, incluindo o segmento premium, ainda sofrerá reflexos mais
fortes do momento de crise.
Efeitos defasados da crise emprego formal beneficiários serviços médicos
Os condicionantes de emprego e renda continuam em trajetória de deterioração
Número de beneficiários deve mostrar freada brusca em 2015 sem reação até 2016
Forte pressão por downgrade de planos de saúde
Principais conclusões 38
tendências de médio prazo
Inflexão dos custos hospitalares
Câmbio depreciado veio para ficar e pressiona custos com materiais e equipamentos
Forte pressão de custos com mão de obra deve deixar de ocorrer
Não há perspectivas de melhora significativa na saúde pública, apesar do
aumento da vinculação de recursos ao setor
Há potencial de mercado para prestação de serviços médicos a estrangeiros no
Brasil nos próximos anos, diante da redução dos custos de serviços médico-
hospitalares em dólares
Área de saúde deve atrair investimentos estrangeiros
Ativos estão com os preços depreciados em dólares
Há amplo espaço para consolidação e profissionalização de vários segmentos
Principais conclusões 39
40
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