cenario 6 pdf - sinteces...comentários. para entrar em contato envie e-mail para...

24

Upload: others

Post on 06-Sep-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa
Page 2: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa
Page 3: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

Edit

oria

l

Nes

ta E

diçã

o

Parecer TécnicoCartas dos leitores

IV SetecEvento acontece em agosto

Institucional - Participação dostécnicos no Sistema Confea/Crea

Matéria de capaTécnicos e a Construção Civil no ES

Entrevista - Miguel MadeiraTécnico Industrial em Metalurgia

Para relaxarPoesia em todo lugar

EmpreendedorismoComo fazer seu negócio prosperar

LegislaçãoLei Nº5.524 e Decreto Nº 90.922

4

4

5

6

12

14

16

Expe

dien

te

Revista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noEstado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Av. N. Srª da Penha, 280, Ed. Praia Center, Sala 204, Praia de SantaHelena, Vitória-ES CEP: 29.055-050Tel.: (27) 3325 0598 Telefax: (27) 3345 [email protected] www.sintec-es.com.br

Presidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Kepler Daniel S. EduardoVVVVVice Price Price Price Price Presidente:esidente:esidente:esidente:esidente: Adir Barbosa da CruzSecretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral: Marconi Mota do MonteFinanças:Finanças:Finanças:Finanças:Finanças: Heraldo Gonçalves FogosImprensa:Imprensa:Imprensa:Imprensa:Imprensa: André Luiz Barbosa de QueirozAssuntos JAssuntos JAssuntos JAssuntos JAssuntos Jurídicos:urídicos:urídicos:urídicos:urídicos: João Carlos de SouzaFFFFFororororormação Pmação Pmação Pmação Pmação Política:olítica:olítica:olítica:olítica: Bernardino José GomesSuplentes: Miguel Antonio Madeira da Silva Araújo, Juan Carlos PerezMourente, Hideraldo Gomes, Paulo Pinheiro de Almeida, Ângelo RenatoBrambila, Gerson Eli Cruz, Dirlene de Paula ReisConselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal: Domingos Sávio Giacomeli, Fabio Luiz GamaPimentel, José de Anchieta ScarduaSuplentes: João Bosco Pinheiro, Cláudio Max Amorim Moreira, Fran-cisco Paulo de Mendonça Uchoa FilhoConsConsConsConsCons..... de R de R de R de R de Reeeeeprprprprpresentantes:esentantes:esentantes:esentantes:esentantes: Aivete Taquete, José R. Baião PassamaiSuplentes: Rodolfo Ribeiro Rocha, Georgino GonçalvesConselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais: Maurino Fidelis de Oliveira,Irineu Pedro Gujanwski, Joaquim Artur Duarte Branco, Valmir XavierMartins, José Joaquim da Silva Gonçalves, Rônio Linhares de OliveiraSuplentes: Dionísio José Souza Carvalho, Aluyr Carlos Zon Junior,Elianderson Bernardes França, Portugal Sampaio Salles, AloísioCarnielli, Manoel Fernando Moreto

JJJJJororororornalista Rnalista Rnalista Rnalista Rnalista Responsávesponsávesponsávesponsávesponsável e Prel e Prel e Prel e Prel e Projeto Gráfojeto Gráfojeto Gráfojeto Gráfojeto Gráf ico:ico:ico:ico:ico:Márcio Scheppa (ES 02206/JP)RRRRReeeeeporporporporpor tatatatatagggggem:em:em:em:em:Paulo Gois Bastos e Priscilla ThompsonFoto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Sérgio Cardoso

Esta edição da Revista Cenário Técnico traz umpanorama da construção civil no Espírito Santo.Quando a economia de um país vai bem, este setoré um dos que mais rapidamente reflete a boasituação, com a execução de obras por todo lado. Ocontrário também acontece e, em tempos de criseeconômica internacional buscamos a opinião deespecialistas que pudessem determinar o quantoessa indústria já foi atingida.

A construção civil é responsável por gerar 10%do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba e entre osprofissionais representados pelo Sintec-ES, são ostécnicos em edificações e em eletrotécnica os quemais aproveitam as opor tunidade de trabalhoofertadas pelo setor.

Outros dois pontos relevantes abordados nareportagem são a sustentabilidade e a segurançado trabalho. Os profissionais da área tecnológicasão cada vez mais requisitados a apresentar

soluções que diminuamos impactos causadospor essa indústria aomeio ambiente. Umdesafio que deve serencarado com muitaresponsabilidade.

Com relação à segurança, segundo estudiosos,os trabalhadores contratados na informalidade estãoentre os mais vulneráveis a sofrerem acidentes, o queevidencia a falta de políticas públicas para o setor.

Boa leitura e aguardamos suas sugestões ecomentários. Para entrar em contato envie e-mailpara [email protected] ou cartas para Av.Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de SantaHelena, Vitória/ES, CEP 29055-050.

Téc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ES

22

Page 4: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

IV Setec acontece em agosto"Empregabilidade, Empreende-

dorismo e Inovação Tecnológica".Este será o tema do IV Semináriodos Técnicos Industriais (IV Setec) aser realizado nos dias 7, 8 e 9 deoutubro de 2009, no Instituto Fede-ral do Espírito Santo (Ifes), antigoCefetes. A previsão é de que o evento,cuja proposta é fomentar o empre-endedorismo e a capacitação pro-fissional, visando o melhor preparoe desempenho dos profissionais daárea tecnológica, reúna 2 mil parti-cipantes nos três dias de atividades.

Técnicos industriais, tecnólogos,engenheiros, arquitetos, empresá-rios, autoridades, e estudantes terãoa oportunidade de debater empre-gabilidade e mercado de trabalho,ter acesso às inovações tecnológicas,conhecer casos de sucesso em-presarial, fomentar o empreendedo-rismo e promover a valorização dosprofissionais do setor.

O IV Setec promete superar osucesso da terceira edição doseminário, realizada em outubro doano passado, quando 1 mil e 500

pessoas e inúmeros especialistasabordaram questões relacionadas àpar ticipação dos profissionais daárea tecnológica no cenário dedesenvolvimento do Espírito Santo.

Assim como em 2008, o eventodeste ano será realizado peloSindicato dos Técnicos Industriais doEspírito Santo (Sintec-ES), sob aorganização da Cooperativa dosTécnicos Industriais e Tecnólogos doEstado do Espírito Santo (Coopttec-ES), que já prepara uma amplaprogramação com cursos, minicur-sos, palestras, feira e o prêmiodestaque 2009, que tem como

missão eleger os melhores profis-sionais, empresas e empreendi-mentos da área tecnológica noestado.

Para viabilizar o evento, querequer considerável infra-estruturae alto padrão de qualidade técnicae logística, os organizadores jácomeçaram a buscar parceiros, umavez que o IV Setec não possui finslucrativos e terá todos os seus custoscober tos por patrocínio, apoio einscrições para os cursos. Osinteressados em conhecer o projetodevem podem obter informaçõespelo tel.: (27) 3323-1486.

@Meio ambienteGosto muito da qualidade da

Revista Cenário Técnico. Já quevocês adotaram a impressão em

Parecer Técnico Contribua você também com sugestões, críticas e comentários.E-mails para [email protected] ou cartas para Av.Nossa Senhora da Penha, 280, Ed. Praia Center, Sala 204,Praia de Santa Helena, Vitória/ES CEP 29055 050

papel reciclado, sugiro que a cadamatéria de capa, sejam abordadastambém as questões ambientaisrelacionadas ao tema. Apesar degerar emprego e renda, infelizmen-te, muitas indústrias ainda não sepreocupam em cuidar da nossa tãosofrida Terra. Temos que cobrar amudança de atitude de empresáriose políticos irresponsáveis.

Jul iano Felix SoaresJul iano Felix SoaresJul iano Felix SoaresJul iano Felix SoaresJul iano Felix SoaresEstudanteEstudanteEstudanteEstudanteEstudanteVVVVVila i la i la i la i la VVVVVelha - ESelha - ESelha - ESelha - ESelha - ES

A importância da informaçãoA informação de qualidade é uma

impor tante ferramenta para quemluta pelo cumprimento da lei, ouseja, para que seus direitos comotrabalhador sejam respeitados.Parabenizo a iniciativa do Sintec-ES em nos presentear a cadasemestre com uma revista repletade boas matérias.

Paulo de SouzaPaulo de SouzaPaulo de SouzaPaulo de SouzaPaulo de SouzaTécnico em EletrotécnicaTécnico em EletrotécnicaTécnico em EletrotécnicaTécnico em EletrotécnicaTécnico em EletrotécnicaV i tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ES

Em 2008 o evento reuniu mais de 1,5 mil participantes

4

Evento técnico

Page 5: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

5

Representantes em 2009Representantes em 2009Representantes em 2009Representantes em 2009Representantes em 2009

Institucional

Técnicos consolidam atuaçãono Sistema Confea/Crea

O número de técnicos industriaisque ocupam funções determinantesno Sistema Confea/Crea/Mútua temsido cada vez mais representativo,gerando frutos e conquistas para acategoria, que passa a ter maisforça, credibilidade e responsabili-dade dentro das três instituições.

No Conselho Regional deEngenharia, Arquitetura eAgronomia do Espírito Santo (Crea-ES) os técnicos industriais estãopresentes em todas as instânciasde decisão. A categoria possuirepresentantes na diretoria, su-perintendência, plenário, câmarasespecializadas, comissões einspetorias regionais.

Na Caixa de Assistência dosProfissionais do Crea-ES (Mútua-ES), o Téc. em Eletrônica EdsonWilson foi empossado no início desteano e será o diretor financeiro dainstituição até 2011. A entidade nãopossui fins lucrativos e tem comoobjetivos apoiar as profissões eprofissionais da área tecnológica

oferecendo benefícios, convênios eserviços.

O Téc. em Metalurgia MiguelMadeira e o Téc. em EletrotécnicaJosé Carlos Pigatti conduzem noestado as atividades do ProjetoPensar o Brasil, do ConselhoFederal de Engenharia, Arquiteturae Agronomia (Confea). Entre asatividades do Projeto Pensar oBrasil estão a de monitorar asobras do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) eacompanhar a elaboração eexecução do orçamento públicoestadual. O Núcleo Capixaba doProjeto Pensar o Brasil possuidinâmica própria de funcionamentoe se reúne mensalmente pararealizar debates impor tantes eprioritários para o Espírito Santo.

Diante do índice crescente depar ticipação dentro do Sistemadesde 2000, quando foi constituídaa Comissão dos Técnicos, e dosresultados positivos obtidos pelacategoria nos últimos anos, frutos

de uma atuação positiva e dequalidade, o presidente do Sindicatodos Técnicos Industriais de NívelMédio no Estado do Espírito Santo(Sintec-ES) Téc. em MetalurgiaKepler Daniel S. Eduardo aproveitaa oportunidade para conclamar ostécnicos industriais a seregistrarem e permanecerem emdia com o Crea-ES.

"Dessa forma, estaremos aptosa nos candidatar e a representarnossa categoria no maior conselhoprofissional do estado. Separticiparmos mais ativamente dosfóruns do Conselho, teremos maisopor tunidades de interferir nasdecisões tomadas pelo Crea-ES,defender nossos direitos econsolidar nossa imagem. Alémdisso, o Sintec-ES se tornará maisfor te para lutar pelas atribuiçõesprofissionais contidas na Lei 5524/68 e no Decreto 90.922/85, quedispõe sobre o exercício daprofissão de Técnico Industrial denível médio", diz.

Coord. do Núcleo Capixaba doCoord. do Núcleo Capixaba doCoord. do Núcleo Capixaba doCoord. do Núcleo Capixaba doCoord. do Núcleo Capixaba doProjeto Pensar o Brasil do ConfeaProjeto Pensar o Brasil do ConfeaProjeto Pensar o Brasil do ConfeaProjeto Pensar o Brasil do ConfeaProjeto Pensar o Brasil do ConfeaTéc. em Eletrotécnica José Carlos Pigatti

Membro da Coordenação NacionalMembro da Coordenação NacionalMembro da Coordenação NacionalMembro da Coordenação NacionalMembro da Coordenação Nacionaldo Projeto Pensar o Brasil dodo Projeto Pensar o Brasil dodo Projeto Pensar o Brasil dodo Projeto Pensar o Brasil dodo Projeto Pensar o Brasil doCon feaCon feaCon feaCon feaCon feaTéc. em Metalurgia Miguel Madeira

Diretor Financeiro da Mútua-ESDiretor Financeiro da Mútua-ESDiretor Financeiro da Mútua-ESDiretor Financeiro da Mútua-ESDiretor Financeiro da Mútua-ESTéc. em Eletrônica Edson Wilson

1º vice-presidente do Crea-ES1º vice-presidente do Crea-ES1º vice-presidente do Crea-ES1º vice-presidente do Crea-ES1º vice-presidente do Crea-ESTéc. em Mecânica Ronaldo Neves Cruz

Conselheiros do Crea-ESConselheiros do Crea-ESConselheiros do Crea-ESConselheiros do Crea-ESConselheiros do Crea-ESTéc. em Agrimensura Aloisio CarnielliTéc. em Edificações Rosimara PimentelTéc. em Eletrotéc. José Joaquim da SilvaGonçalves

Téc. em Eletrotéc. Portugal Sampaio SallesTéc. em Mecânica Jadir José PelaTéc. em Mecânica Ronaldo Neves CruzTéc. em Agrimensura Joel Rocha TrancosoTéc. em Edificações Marcione T. de MoraisTéc. em Eletrotécnica Délio Moura do CarmoTéc. em Eletrotécnica Hideraldo GomesTéc. em Mecânica Jairo Estevão RoccaTéc. em Mecânica Adejair Anselmo Pertel

Comissão de Ética e ExercícioComissão de Ética e ExercícioComissão de Ética e ExercícioComissão de Ética e ExercícioComissão de Ética e ExercícioProfissional do Crea-ESProfissional do Crea-ESProfissional do Crea-ESProfissional do Crea-ESProfissional do Crea-ESTéc. em Edificações Rosimara Pimentel

Comissão Orçamento e Comissão Orçamento e Comissão Orçamento e Comissão Orçamento e Comissão Orçamento e TTTTTomada deomada deomada deomada deomada deContas do Crea-ESContas do Crea-ESContas do Crea-ESContas do Crea-ESContas do Crea-ESTéc. em Agrimensura Aloísio Carnielli(coordenador)Téc. em Edificações Rosimara Pimentel(coordenador adjunto)Téc. em Eletrotéc. Portugal Sampaio Torres

Comissão de RComissão de RComissão de RComissão de RComissão de Renoenoenoenoenovvvvvação do ação do ação do ação do ação do TTTTTerçoerçoerçoerçoerçodo Crea-ESdo Crea-ESdo Crea-ESdo Crea-ESdo Crea-ESTéc. em Eletrotécnica José Joaquim da SilvaGonçalves

Comissão Eleitoral Regional doComissão Eleitoral Regional doComissão Eleitoral Regional doComissão Eleitoral Regional doComissão Eleitoral Regional doCrea-ESCrea-ESCrea-ESCrea-ESCrea-ESTéc. em Agrimensura Aloisio CarnielliTéc. em Eletrotécnica Portugal SampaioSalles

Inspetores do Crea-ESInspetores do Crea-ESInspetores do Crea-ESInspetores do Crea-ESInspetores do Crea-ESTéc. em Eletrônica Ronio Linhares deOliveira (Cachoeiro de Itapemirim)Téc. em Eletrotécnica José Delerme deCastro (Cachoeiro de Itapemirim)Téc. em Eletrotécnica Francisco EmmanuelSoares dos Santos (Linhares)

Superintendente do Crea-ESSuperintendente do Crea-ESSuperintendente do Crea-ESSuperintendente do Crea-ESSuperintendente do Crea-ESTéc. em Mecânica Aluyr Carlos Zon Júnior

Page 6: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

A indústria da construção civil éum segmento que tem grande pesona economia capixaba. Enquanto osetor representa 7% do ProdutoInterno Bruto (PIB) do país, noEspírito Santo corresponde a 10%do PIB. Segundo dados daSecretaria de Desenvolvimento doEstado do Espírito Santo, são 70 milempregos ligados a esse ramoindustrial.

Na última década, a construçãocivil foi uma das atividadeseconômicas que mais cresceu noestado, inclusive acima da médianacional, a ponto de atrairconstrutoras e incorporadas deoutras unidades da federação. Aexpansão de maneira segmentadado mercado imobiliário é um dosindicadores desse dinamismoeconômico. Toda essa positividadedeve-se a uma conjunção defatores: disponibilidade de crédito,política e legislação habitacional

favoráveis, organização ecompetência técnico-gerencial dosetor, estabil idade econômico-política do Espírito Santo e do país.

Segundo o Sindicato daIndústria da Construção Civil doEstado do Espírito Santo(Sinduscon-ES), o setor, junto comtodas as atividades a elerelacionadas - que envolve obraspúblicas e privadas - movimenta R$5bilhões por ano. A indústriaimobiliária registrou, até o final de2008, um volume de 26 mil unidadesem produção, o que representa umcrescimento de 16% em relação aoano anterior. Porém, diante da atualcrise financeira internacional, osetor está incer to quanto acontinuidade de processo. Aperspectiva é de cautela.

A constr ução civil capixabaconta com empresas muito bempreparadas e capacitadas paraqualquer tipo de empreendimento.

Todas elas têm entre as suasprioridades o sistema de gestão daqualidade, a capacitação decolaboradores e a capacitaçãogerencial. Há empresas capixabasaltamente qualificadas que estãoatuando fora do estado junto comgrandes corporações.

"Nosso setor cresceu, evoluiu, semodernizou e se posicionou comopróspero e com uma visão muitomoderna de atuação", falaentusiasmado o presidente doSinduscon-ES, Aristóteles PassosCosta Neto.

O entusiasmo de agora sejustif ica diante do cenárioeconômico que o setor possui desde2003. "Nós chegamos a registrar,em alguns anos, uma queda do PIBdos negócios. A partir de 2003, ascoisas mudaram, e algumasmedidas impor tantes de naturezaeconômica foram tomadas",completa.

6

Tijolo por tijolo para c

A concorrência externa

O Espírito Santo, juntamentecom Santa Catarina, são os doisestados brasileiros que maiscrescem economicamente. Asconfigurações geográficas tambémfazem do nosso estado um lugaratraente para o mercado imobiliário.Trata-se de um estado consideradobom para se morar por possuir umcrescente e diversificado setorindustrial e de serviços, dimensõesterritoriais pequenas e disponibili-dade de infra-estrutura para novosempreendimentos, além de umavariabilidade climática agradável.

Foi para explorar esse potencialque grandes empresas do setorvieram para cá. A segmentação queo setor vive hoje mostra o quanto o

Especial - Construção CivilFo

tos:

rgio

Ca

rdos

oFo

tos:

rgio

Ca

rdos

oFo

tos:

rgio

Ca

rdos

oFo

tos:

rgio

Ca

rdos

oFo

tos:

rgio

Ca

rdos

o

Page 7: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

7

construir um ES fortemercado é amplo e promissor. Issose deve a chegada dessaconcor rência. Claro que aconcentração desses empreendi-mentos ainda está muito concen-trada na Região da Grande Vitóriaaté o município de Aracruz, comalguns poucos empreendimentosno norte e no sul do Estado.

Sobre a chegada dessaconcor rência, o presidente doSinduscon-ES diz que, em umprimeiro instante, houve uma reaçãonegativa por par te das empresaslocais. Depois, passou-se por umperíodo de acomodação. "Algumasdessas empresas fizeram parceriaslocais. Trouxeram ferramentas demarketing e algumas novidades queacabaram enriquecendo nossomercado. A grande verdade é queessas empresas vieram extre-mamente capitalizadas, com umpoder de compra muito grande equase sufocaram nosso mercadolocal. Mas, como o mercado é livre,nós administramos isso", diz.

Essa capacidade de absorver aconcor rência e manter-se emcrescimento também se deve a umprocesso de busca da qualificaçãomobilizado pela própria indústria daconstrução civil local. Práticas enoções como racionalização deprocessos, controle de produtos einsumos, fazem parte do cotidianodas empresas e garantem aqualidade e a produtividade. Comessa cultura de negócios foi possívelinovar a gestão das empresas dosetor tornando-as competitivas.

O presidente do Sindicato dosTécnicos Industriais de Nível Médiono Estado do Espírito Santo(Sintec-ES), Téc. Industrial emMetalurgia Kepler Daniel S.Furtado, destaca a contribuição dosprofissionais técnicos para ocrescimento e for talecimento dosetor. "Foi também graças aatuação competente e séria dessesprofissionais que essa indústriaconseguiu imple-mentar inovaçõese se estabelecer como segmento

Histórico do setorHistórico do setorHistórico do setorHistórico do setorHistórico do setor

econômico forte", diz.

A crise atual

Dada a sua capacidade deabsorção rápida de mão-de-obra,a construção civil funciona comomola propulsora de desenvolvi-mento e responde rapidamente aosmenores estímulos. Mas diante dacrise atual, ainda é prematuro fazerprevisões. Em geral, o setorcontinua construindo os projetos jávendidos e somente a par tir dosegundo semestre será possível teruma noção do impacto da crisesobre a economia do setor.

A indústria da construção civilse mostra cautelosa. "Nossa crençaé que nos próximos mesestenhamos a sinalização derecuperação da economia. É bemverdade que não voltará a ser afarra de 2007, mas não queremosfarra. Queremos continuartrabalhando", diz o presidente doSinduscon-ES.

Início:Início:Início:Início:Início: Em 3 de outubro de1934, 11 construtores, criaramo "Syndicato dos ConstructoresCivis de Victoria", com o objetivode organizar as poucasempresas que surgiam em tornodas obras que se iniciavam nacapital capixaba.

Demanda:Demanda:Demanda:Demanda:Demanda: Até a década de 50,a construção civil no EspíritoSanto só existia de formaindividualizada. A demanda erapequena e a finalidade não era,ainda, a comercialização. A partirde 1950, porém, os edifícioscomeçam a surgir como produtoimobiliário.

Política:Política:Política:Política:Política: O BNH, criado em

1964, ser viu para fomentar omercado habitacional no Brasil etornou popular a política dehabitação, que não existia até entãono país. Em 1986, o órgão foiextinto.

Auge:Auge:Auge:Auge:Auge: O setor viveu o seu auge,no Estado, entre 1975 e 1982,quando a base econômica do estadodeixa de se agrícola para se tornarurbano-industrial.

Crise:Crise:Crise:Crise:Crise: Na década de 80, o setoratravessou uma grave crise, porcausa dos altos índices de inflaçãoregistrados no país.

Auto financiamento:Auto financiamento:Auto financiamento:Auto financiamento:Auto financiamento: De 1990a 2004, as construtoras passarama trabalhar com auto financiamento,onde buscavam os compradores

para financiar as obras por contaprópria. A retomada dosfinanciamentos imobiliários foifeita, em par te, pela CaixaEconômica Federal em 1995.

VVVVVolume de neolume de neolume de neolume de neolume de negócios:gócios:gócios:gócios:gócios: Em2007 e 2008, os bancos injetarammais de R$ 22 bilhões emrecur sos da poupança nomercado imobiliário. Em 2000,esse investimento não passava deR$ 1 milhão. O volume derecur sos foi multiplicado emquase 20 vezes nesse período.

(Fonte: Campos Junior, CarlosTeixeira de. "A história daconstrução e das transformaçõesda cidade". Vitória: Cultural-es,2005).

Page 8: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

O setor de construção civil éresponsável pelo consumo degrande quantidade de recursosnaturais. A geração de resíduossólidos e efluentes, as poluiçõesatmosféricas, sonoras e visuais sãoalguns dos problemas ambientaispossíveis de serem gerados poressa atividade. Estima-se que 66%de toda a madeira extraída, 40%da energia consumida e 16% daágua potável do mundo sejamutil izados pela indústria daconstrução.

Porém, cada vez mais a buscapelo desenvolvimento sustentáveltem sido uma das grandes preocu-pações da atividade industrial e aconstrução civil está inserida nesseprocesso. A motivação para essamudança de paradigma vem tantoda conscientização dos empreen-dedores como da valorizaçãomercadológica da sustentabilidade:cada vez mais os consumidoresexigem produtos que respeitem omeio ambiente.

A adoção dos princípios dasustentabilidade pela indústria daconstrução civil pode ser divididaem dois momentos. O primeiroconsiste na aplicação dessesprincípios no processo de concep-ção e produção dos bens daconstrução civil. O segundo dizrespeito ao funcionamento doproduto final.

Essas duas formas de aplicar asustentabilidade ao setor dependeda qualif icação de recursoshumanos, da melhoria de processose tecnologias construtivas e doconsumo sustentável de recursosnaturais. O supervisor de ProjetosAmbientais da Marca Ambiental,Bruno de Freitas Ramos, explicaque, nessa linha de pensamento,

destacam-se a minimização doconsumo e maximização da reu-tilização dos recursos, a utilizaçãode recursos renováveis ou reci-cláveis e a busca na qualidade naconcepção do ambiente construído.

"Neste contexto, a escolha demateriais de construção deixa deser realizada apenas tomando-secomo base os critérios estéticos,mecânicos e econômicos, estandocondicionada também com asquestões de contaminação doambiente interno de uma edificação,dos possíveis impactos ambientaisda sua disposição enquanto resíduosólido e das possibilidades de suareutilização ou reciclagem", diz.

A Marca Ambiental é umaempresa que presta ser viço degerenciamento de resíduos e estáatuando, juntamente com a MazziniGomes Construtora, na execução deum empreendimento residencialque respeite ao máximo osprincípios da sustentabilidade.

O projeto, lançado no final doano passado, visa implementar a

Por uma construção civilsustentável

8

idéia da sustentabilidade em todosos detalhes da sua execução etambém no funcionamento doproduto final. Para isso, todas asetapas da edificação serãomonitoradas a fim de medir ovolume de carbono emitido naatmosfera, de posse desse número,posteriormente serão plantadasárvores para fazer a compensaçãodo impacto gerado.

Ações para reduzir o consumode energia de água e energia,destinação e transporte adequadosdas sobras da construção tambémestão prevista no empreendimento.

Mercado consumidor

Mesmo que a consciênciaambiental dos empreendedores sejaum forte motivador para a adoçãode práticas sustentáveis pelo setor,a demanda dos consumidores porprodutos ecologicamente corretosé o que parece impulsionar asconstrutoras a conceberemprodutos dentro desses princípios.

Foto

s:

Sérg

io

Card

oso

Foto

s:

Sérg

io

Card

oso

Foto

s:

Sérg

io

Card

oso

Foto

s:

Sérg

io

Card

oso

Foto

s:

Sérg

io

Card

oso

Page 9: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

9

Segundo a gerente do setor deprojetos da construtora Lorenge,Ana Maria Lorenzon de Aragão,normalmente o futuro compradorde um imóvel leva em consideraçãoquatro itens principais: a localizaçãodo imóvel; o layout - a distribuiçãodos cômodos na planta do imóvel;a taxa de condomínio que serácobrada; e as condições definanciamento.

Agora uma nova preocupaçãofaz parte dessa lista: a sustentabi-l idade do empreendimento. "Oconsumidor está cada vez maisatento a esse tema, pois o assuntoestá em evidência na mídia. O quecada um pode fazer para minimizaros impactos sobre o aquecimentoglobal é uma questão colocada paratodos. As empresas buscamimplementar inovações nessesentido e publicizam isso como umaforma de valorizar os imóveis",explica Ana Maria.

A Lorenge é uma empresa doramo da construção imobiliária quetem investido em inovaçõessustentáveis nos seus empreendi-mentos. Ana Maria também contaque os corretores da empresa sãoorientados a reforçar essasqualidades nos imóveis durante avenda.

Estimulo

Mas, para Ana Maria, asustentabil idade não pode serresultado do protagonismomercadológico apenas. "Ainda faltauma atuação do poder público nosentido de estabelecer legislação eincentivar a adoção de inovaçõessustentáveis nos novos empreendi-mentos por meio de subsídiosfiscais, por exemplo", diz. Emalgumas capitais do país, como SãoPaulo e Curitiba, já há leis quetratam do uso racional e dareutilização da água, bem como dacapitação da água pluvial.

Enquanto o Poder Público local

A preocupação com a segurança do trabalhadorA preocupação com a segurança do trabalhadorA preocupação com a segurança do trabalhadorA preocupação com a segurança do trabalhadorA preocupação com a segurança do trabalhador

Apontada como umas dasindústrias com maior índice deacidentes de trabalho, aconstrução civil procurou reverteressa realidade por meio deinvestimento em treinamentos dotrabalhador e em políticas desegurança do trabalho. Segundodados do Ministério daPrevidência Social, as atividadesde incorporação de empreendi-mentos imobiliários e deconstrução de edifícios somaram5.975 acidentes de trabalho naRegião Sudeste do Brasil em2007. No Espírito Santo, o totalde acidentes dessas duasatividades foi de 610 nessemesmo ano.

Para o presidente do ServiçoSocial da Indústria da ConstruçãoCivil do Estado do Estado doEspírito Santo (Seconci),Francisco Xavier Mill, nos últimosanos, o setor de construção civildeixou de ser mancheteconstante nos jornais por causade acidentes de trabalho. Omotivo: investimento em políticasde segurança do trabalho porpar te dos empre-gadores."Atualmente, além dos examesadmissionais obrigatóri-os, otrabalhador da construçãorecebe treinamento teórico eprático sobre segurança dotrabalho. Essa capacitaçãotambém acontece quando elemuda de empresa ou funçãodentro do canteiro", explica.

A preocupação com a segu-

não toma essas medidas, o própriomercado vai buscando formas defazer a sustentabilidade ser umvalor e uma prática da construçãocivil.

Exemplo disso é o Prêmio Eco,uma iniciativa do Sinduscon-ES, quevisa criar uma cultura de preserva-ção dos recursos naturais e reco-nhecer as empresas detentoras deprojetos e técnicas promotoras da

redução dos impactos ambientais.As inscrições para a premiação

só serão abertas em 2010, pois aolongo deste ano o Sinduscon-ESdesenvolverá um trabalho demobilização e capacitação do setorem torno da temática.

Nesse processo serão apresen-tadas as categorias e discutidos oscritérios de avaliação que farãoparte do Prêmio.

rança do trabalho faz parte dasexigências legais às quais asempresas do setor estãosubmetidas. As certificações dequalidade também colaborampara que o setor busque reduziros índices de acidentes. Nessesentido, as empresas de maiorpor te acabam sendo maisatentas para essa questão, pois,para se ter um programa desegurança e saúde no trabalho,é preciso investir em uma gestão.

O tecnologista da FundaçãoJorge Duprat Figueiredo deSegurança e Medicina doTrabalho (Fundacentro), Francis-co de Almeida Gusmão, diz queo setor de construção civil doEspírito Santo tem acompa-nhado a evolução do setornacional no que diz respeito asegurança do trabalho. "Com achegada de empresas de fora,essa preocupação foi intensifi-cada. Em quase todos os cantei-ros, é possível ver isso pelapresença de equipamentos deproteção periférica, comotapumes e rede de proteção. Jáa terceirização do setor tende aprecarizar a segurança e asaúde do trabalhador. Mas acontratação de uma outraempresa para a execução doserviço não exime a contratantedas responsabilidades. A saúdedo trabalhador não pode sercolocada em risco por causa daredução de custos" concluiGusmão.

Page 10: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

10

A atuação dos técnicos naconstrução civil se dá em etapasque vão desde o planejamento àexecução de uma obra. Trabalhandoem escritório de projetos, esseprofissional é responsável pelaelaboração de orçamentos, levan-tamentos topográficos e progra-mação de custos. Mas também épossível atuar diretamente na obra,coordenando equipes, acompa-nhando o andamento do empre-endimento e supervisionando otrabalho de outros profissionaisenvolvidos.

Em todas as etapas e em todosos segmentos da construção civil,o mercado de trabalho para otécnico industrial continua emexpansão no Espírito Santo. Mesmodiante da crise econômica mundial,a indústria imobiliária, as obrasindustriais e as obras públicascontinuam oferecendo oportunida-des de trabalho e de colocação nomercado. Mas apesar do otimismodo setor, há a possibilidade deredução de contratações em 2009.

Para o presidente do Sintec-ES,Téc. Industrial em Metalurgia KeplerDaniel S. Eduardo, assim como emoutros segmentos industriais, apresença do técnico é fundamentalpara que a atividade produtiva daconstrução civil seja qualificada.

Mercado de trabalho"Esses profissionais estão sempreatualizados e garantem o corretoandamento dos processos industri-ais, por isso esse tipo de mão-de-obra é cada vez mais indispensá-vel", completa.

Responsável direto pelo desen-volvimento desse setor, o técnico emconstrução civil atua como umadministrador, otimiza custos,garante a produtividade, contratafuncionários, divide tarefas entre asequipes, apóia quem está atuandono canteiro de obras, cuida domaterial utilizado no empreendi-mento e, sobretudo, ser ve de"ponte" entre o engenheiroresponsável pela obra e osoperários da construção.

O técnico em edificaçõesGeraldo Sampaio Torres trabalhacomo gestor de produção na StalcConstrutora e Incorporadora e estáno mercado há 23 anos. Ele explicaque o trabalho na obra exige que oprofissional técnico esteja atento atodas as novidades do setor e tenharesponsabilidade para se relacionarcom a sua equipe de trabalho."Somos o apoio direto do pessoalque está em campo. Por isso, temosque estar sempre ligados nasinovações e conhecer todo oandamento das etapas da obra,transmitindo esses conhecimentos

para quem está lidando com aconstrução de modo prático", diz.

Segundo Geraldo, a formaçãodos técnicos tem sido satisfatória,mas há certas competências que oprofissional só conseguirá desen-volver quando passar a lidar direta-mente com a equipe de operáriosno canteiro. "Lidamos diariamentecom pessoas de pouca formação.Sempre que posso, estou junto coma equipe a fim de entendê-losmelhor e estabelecer uma relaçãomais próxima e de confiança",ressalta.

Essa capacidade de estabelecerempatia e um bom relacionamentointerpessoal com os subordinadose chefes faz par te das competên-cias atitudinais que o profissionaldeverá desenvolver. A coordenadorado curso Técnico em ConstruçãoCivil do Ifes, antigo Cefetes, Lívia RohrCardoso, diz que a formaçãotambém busca suprir esse tipo deconhecimento. "Aqui no curso, porestarmos sempre em contato comas empresas do setor, acabamospor mapear quais são essascompetências que o profissionalprecisa adquirir ao longo daformação". Ainda segundo acoordenadora, as empresas dosetor estão cada vez mais cedocontratando os estudantes, o que

Fotos: Sérgio CFotos: Sérgio CFotos: Sérgio CFotos: Sérgio CFotos: Sérgio C

Page 11: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

11

demonstra a boa aceitação daformação do técnico pelo mercado.

Outro profissional bastanterequisitado pelo setor é o técnicoem Segurança do Trabalho. Asempresas, de modo geral,dependem dessa mão-de-obrapara planejar, estimular e garantira util ização de medidas deprevenção contra acidentes detrabalho e que visem à saúde dotrabalhador.

Tem mulher na obra

A participação das mulheres naconstrução civil também tem papelde destaque. Apesar de a atividadeainda estar muito ligada à idéia detrabalho pesado, elas se dão muitobem ocupando cargos de coorde-nação e planejamento.

Recém chegada ao mercado detrabalho, a técnica em edificaçõesSabrine dos Santos Raasch, 23anos, trabalha no escritório daGalwan Construtora e Incorporadorarealizando projetos, vistorias nasobras e planejamento do orçamen-to da empresa. Com ela, outras seismulheres atuam no setor deplanejamento do escritório,recebendo contratos e projetandocustos. "A procura pela profissão écada vez maior entre as mulheres,porque o mercado de trabalho émuito bom e nos permite crescerdentro da empresa", diz.

Mas não é só nos escritórios queas mulheres são encontradas.Algumas preferem lidar diretamen-te com o dia-a-dia da execução deum empreendimento, como é ocaso da técnica em edificaçõesLorena Favero, 22 anos. Elatrabalhou por um ano na construçãode um imóvel e, agora, divide afunção com o trabalho no escritório."Sempre gostei de estar na obra,porque é um ambiente mais agitadoe que me permite acompanhar aevolução do projeto de perto", diz.

E se engana quem pensa que,

em meio a tantos homens, elas sãodesvalorizadas. "Todos têm o maiorrespeito pelo trabalho do outro. Nãohá diferença entre o trabalho queo homem exerce e o da mulher.Somos capacitados da mesmaforma e temos condições decumprir qualquer das tarefas quenos é delegada", explica Lorena.

Um dos principais atrativos paraesse setor, segundo elas, é osalário. A remuneração para otécnico em edificações gira emtorno de R$ 2mil no estado, alémdos benefícios como seguro de vida,alimentação e transporte, ofereci-dos por grande parte das empre-sas. Alguns empregadores tambémoferecem convênios com planos desaúde e par ticipação nos resulta-dos. "O mercado continua favorávelpara a nossa profissão. Por isso,vemos a procura pelos cur sostécnicos aumentar", diz Lorena.

Mesmo com tantas vantagens,quem já atua no setor destaca quea especialização da mão-de-obrae a capacitação constante sãofundamentais para se conseguirbons postos de trabalho. Acoordenadora de cargos eavaliações da Morar Construtora,Tailenne Salgado Mar tins, afirmaque essa deve ser uma preocupaçãode todos os profissionais envolvidosna construção civil.

"Estar atualizado e conhecer asinovações do mercado é fun-damental para se manter nacarreira e crescer profissionalmen-te", diz. Tailenne também informaque nos cursos promovidos pelaempresa busca-se, sempre quepossível, montar turmas mistas,com profissionais de níveis eformações diversas a fim de que oaprendizado seja mais rico e amplo.

Competências necessáriasCompetências necessáriasCompetências necessáriasCompetências necessáriasCompetências necessáriaspara atuar no setorpara atuar no setorpara atuar no setorpara atuar no setorpara atuar no setor

AtualizaçãoAtualizaçãoAtualizaçãoAtualizaçãoAtualização - Se vocêpretende trabalhar emdeterminado setor da economia,manter-se atualizado sobre aárea pretendida é fundamental,mesmo que ainda não estejaatuando profissionalmente.

Responsabil idadeResponsabil idadeResponsabil idadeResponsabil idadeResponsabil idade - Otécnico em edificações, demaneira mais específica, atuacomo uma espécie deadministrador da obra. Eleresponde pela equipe deoperários que trabalha naconstrução. Cotidianamentetoma decisões, dá instruções,administra recursos e pessoas,por isso o exercício daresponsabilidade é umaconstante na rotina desseprofissional.

Pró-atividadePró-atividadePró-atividadePró-atividadePró-atividade - A execuçãode uma obra cumpre crono-gramas complexos, decisões sãotomadas rapidamente para queos prazos sejam obedecidos. Oprofissional precisa ter ahabil idade de lidar com oplanejamento e visualizar asdemais etapas que se sucedema atual em execução. Por isso,ele deve ter pró-atividade a fimde fazer com o processoaconteça sem entraves.

Liderança e relaciona-Liderança e relaciona-Liderança e relaciona-Liderança e relaciona-Liderança e relaciona-mento intermento intermento intermento intermento inter pessoalpessoalpessoalpessoalpessoal - Épreciso saber dar instruções,orientar e mobilizar o pessoalpara a correta execução do quefoi planejado. Mediar conflitos sãoalgumas das habilidades que otécnico precisará desenvolverpara cumprir adequadamente oseu trabalho.

TTTTTambém colaambém colaambém colaambém colaambém colaborborborborborarararararam com essa ram com essa ram com essa ram com essa ram com essa reeeeeporporporporpor tatatatatagggggem:em:em:em:em:- Karla Barbosa Nunes - técnica em segurança do trabalho da PROGEN;- Lúcia Regina Meirelles - técnica em edificações da PROGEN;- Francis Gomes Ferrari - coordenadora administrativo-financeira da PROGEN;- Sidcley Gabriel Silva - encarregado de departamento pessoal da Morar Construtora.

CardosoardosoCardosoardosoardoso

Page 12: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

Cenário Técnico - Como foi oCenário Técnico - Como foi oCenário Técnico - Como foi oCenário Técnico - Como foi oCenário Técnico - Como foi oinício de sua atuação sindical?início de sua atuação sindical?início de sua atuação sindical?início de sua atuação sindical?início de sua atuação sindical?Como está a parComo está a parComo está a parComo está a parComo está a par ticipação dosticipação dosticipação dosticipação dosticipação dostécnicos industriais na luta portécnicos industriais na luta portécnicos industriais na luta portécnicos industriais na luta portécnicos industriais na luta pormelhores salários e condiçõesmelhores salários e condiçõesmelhores salários e condiçõesmelhores salários e condiçõesmelhores salários e condiçõesdignas de trabalho?dignas de trabalho?dignas de trabalho?dignas de trabalho?dignas de trabalho?

Miguel MadeiraMiguel MadeiraMiguel MadeiraMiguel MadeiraMiguel Madeira - Minha primeiraatuação efetiva no movimentosindical foi em 1988 na greve dostrabalhadores da então CompanhiaSiderúrgica Tubarão (CST), hojechamada ArcelorMittal Tubarão.Trabalho na empresa desde 1982.Depois da greve passei a participardas atividades do Sintec-ES. Oconvite partiu do vice-presidente daentidade na época, o Tácito VieiraVargas. Em 1989 o Sindicato tinhauma diretoria provisória e emagosto daquele ano foi constituídaa primeira diretoria. Nela fiquei

responsável pelos trabalhos dasecretária de imprensa.

Avalio como satisfatória apar ticipação dos técnicosindustriais brasileiros no movimentosindical. Nossa marca é oengajamento e, ao longo dos anos,conquistamos vitórias impor tantese ocupamos mais espaços,principalmente, dentro do SistemaConfea/Crea.

A luta pelo reconheci-A luta pelo reconheci-A luta pelo reconheci-A luta pelo reconheci-A luta pelo reconheci-mento das atribuições legaismento das atribuições legaismento das atribuições legaismento das atribuições legaismento das atribuições legaisdos técnicos industriaisdos técnicos industriaisdos técnicos industriaisdos técnicos industriaisdos técnicos industriaismarcou sua gestão à frente domarcou sua gestão à frente domarcou sua gestão à frente domarcou sua gestão à frente domarcou sua gestão à frente doSintec-ES, de 2001 a 2004.Sintec-ES, de 2001 a 2004.Sintec-ES, de 2001 a 2004.Sintec-ES, de 2001 a 2004.Sintec-ES, de 2001 a 2004.Conte-nos sobre esta fase.Conte-nos sobre esta fase.Conte-nos sobre esta fase.Conte-nos sobre esta fase.Conte-nos sobre esta fase.

Durante a presidência doSintec-ES tinha que dar conta domeu trabalho, pois não tinha

liberação integral para atuar noSindicato, e ainda era conselheiroe diretor no Crea-ES. O que facilitoufoi que nossa gestão era de fatocolegiada. Cada diretor tevepar ticipação fundamental para osucesso obtido nas negociaçõescom os patrões e na busca peloequilíbrio nas contas do Sindicato.Inclusive, a sustentabil idadefinanceira era um de nossos focose a categoria tinha acesso aosnúmeros relacionados às despesase receitas do Sintec-ES através denosso boletim.

Estreitamos também arelação com o Cefetes e com opróprio Crea. Quanto às atribuiçõesprofissionais, buscamos mostrarque os direitos dos técnicos nãoferem os direitos dos demaisprofissionais do Sistema Confea/12

Com uma rica trajetória na luta pela valorização profissional dos técnicos industriais, o mineiro daCom uma rica trajetória na luta pela valorização profissional dos técnicos industriais, o mineiro daCom uma rica trajetória na luta pela valorização profissional dos técnicos industriais, o mineiro daCom uma rica trajetória na luta pela valorização profissional dos técnicos industriais, o mineiro daCom uma rica trajetória na luta pela valorização profissional dos técnicos industriais, o mineiro dacidade de Caratinga Miguel Antônio Madeira Silva Araújo, 47, veio para o Espírito Santo no ano de 1982,cidade de Caratinga Miguel Antônio Madeira Silva Araújo, 47, veio para o Espírito Santo no ano de 1982,cidade de Caratinga Miguel Antônio Madeira Silva Araújo, 47, veio para o Espírito Santo no ano de 1982,cidade de Caratinga Miguel Antônio Madeira Silva Araújo, 47, veio para o Espírito Santo no ano de 1982,cidade de Caratinga Miguel Antônio Madeira Silva Araújo, 47, veio para o Espírito Santo no ano de 1982,

parparparparpara tra tra tra tra traaaaabalhar na árbalhar na árbalhar na árbalhar na árbalhar na área de maea de maea de maea de maea de materiais da então Companhia Siderúrteriais da então Companhia Siderúrteriais da então Companhia Siderúrteriais da então Companhia Siderúrteriais da então Companhia Siderúrgica de gica de gica de gica de gica de TTTTTubarão (CST),ubarão (CST),ubarão (CST),ubarão (CST),ubarão (CST), hoje hoje hoje hoje hojeArArArArArcelorMittal celorMittal celorMittal celorMittal celorMittal TTTTTubarãoubarãoubarãoubarãoubarão,,,,, onde ainda é funcionário onde ainda é funcionário onde ainda é funcionário onde ainda é funcionário onde ainda é funcionário..... F F F F Fororororormado mado mado mado mado Técnico Industrial em MetalurTécnico Industrial em MetalurTécnico Industrial em MetalurTécnico Industrial em MetalurTécnico Industrial em Metalurgia,gia,gia,gia,gia, Miguel já f Miguel já f Miguel já f Miguel já f Miguel já foioioioioipresidente do Sintec-ES, de 2001 a 2004 e é militante do movimento sindical desde o final da década depresidente do Sintec-ES, de 2001 a 2004 e é militante do movimento sindical desde o final da década depresidente do Sintec-ES, de 2001 a 2004 e é militante do movimento sindical desde o final da década depresidente do Sintec-ES, de 2001 a 2004 e é militante do movimento sindical desde o final da década depresidente do Sintec-ES, de 2001 a 2004 e é militante do movimento sindical desde o final da década de

1980. Confira um breve resumo dessa história de desafios e conquistas.1980. Confira um breve resumo dessa história de desafios e conquistas.1980. Confira um breve resumo dessa história de desafios e conquistas.1980. Confira um breve resumo dessa história de desafios e conquistas.1980. Confira um breve resumo dessa história de desafios e conquistas.

Técnico em MetalurgiaMiguel Madeira

Entrevista

Page 13: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

13

Crea. Esta luta ainda não terminoue depende da efetiva participaçãoda categoria.

Nossa gestão foi umacontinuidade do trabalho dos doispresidentes que me antecederam,Paulo Ronaldo Mar tins Rangel eCarlúcio Nunes Martins. Assinamosum convênio com a Unimed eadquirimos a primeira sede.Aproveito para parabenizar otécnico Kepler Daniel pelos avançosconquistados em sua atual gestão.

Em tempos de criseEm tempos de criseEm tempos de criseEm tempos de criseEm tempos de criseeconômica intereconômica intereconômica intereconômica intereconômica inter nacional,nacional,nacional,nacional,nacional, qual qual qual qual qualdeve ser a postura dos técnicosdeve ser a postura dos técnicosdeve ser a postura dos técnicosdeve ser a postura dos técnicosdeve ser a postura dos técnicosindustr ia is?industr ia is?industr ia is?industr ia is?industr ia is?

Essa crise é resultado daganância e do desejo desenfreadopelo lucro. O neoliberalismo semprefoi disseminado como modelo a serseguido, mas se mostrou cruel aonão considerar as questões sociaismais fundamentais como otrabalho, saúde e educação paratodos. A dignidade humana fica emsegundo plano. Os técnicos edemais trabalhadores são vítimasdessa crise e, independente dela,devemos buscar, por exemplo, aatualização profissional.

O Sintec-ES está atento aessas questões e criou ainda em1993 uma cooperativa dos técnicosindustriais. O cooperativismo requerbaixo investimento e se mostracomo um caminho interessante atémesmo na oferta de treinamento ecapacitação.

A sociedade exige tambémsoluções tecnológicas que causemmenor impacto ao meio ambiente.Acredito que o aquecimento globale a falta de cuidado com nossosrecursos hídricos podem ser oscausadores de uma crise dahumanidade. Daí a importância detodos economizarem água eenergia, e na hora de votarescolherem candidatos comprome-tidos com a causa ecológica entreoutras práticas.

Conte-nos um pouco sobre suaConte-nos um pouco sobre suaConte-nos um pouco sobre suaConte-nos um pouco sobre suaConte-nos um pouco sobre suaatuação recente no Conselhoatuação recente no Conselhoatuação recente no Conselhoatuação recente no Conselhoatuação recente no ConselhoFederal de Engenharia,Federal de Engenharia,Federal de Engenharia,Federal de Engenharia,Federal de Engenharia,Arquitetura e AgronomiaArquitetura e AgronomiaArquitetura e AgronomiaArquitetura e AgronomiaArquitetura e Agronomia(Confea). Quais foram os(Confea). Quais foram os(Confea). Quais foram os(Confea). Quais foram os(Confea). Quais foram osprincipais desafios eprincipais desafios eprincipais desafios eprincipais desafios eprincipais desafios econquis tas?conquis tas?conquis tas?conquis tas?conquis tas?

Fiquei dois anos e meio noConfea. De agosto de 2006 até ofinal de 2008. Atuei na assessoriada gerência de relaçõesinstitucionais. Um de nossostrabalhos era ligado ao Grupo deTrabalho Meio Ambiente ondear ticulamos parcerias com oMinistério Federal do MeioAmbiente. Foram muitos osdesafios o que proporcionou muitoaprendizado. Não concluímos todosos projetos, mas os resultadosforam satisfatórios para o Confea epara a gerência de relaçõesinstitucionais.

Estabelecemos contato comoutros Ministérios Federais como odas Cidades; de Ciência eTecnologia; do Desenvolvimento,Indústria e Comércio; da Agricultura;e também com organizações dasociedade civil. O objetivo eraarticular a par ticipação do Confeaem fóruns deliberativos deinstâncias federais e assim podercontribuir com soluções técnicaspara resolver uma série deproblemas que atingem asociedade.

Como é hoje a aComo é hoje a aComo é hoje a aComo é hoje a aComo é hoje a aberberberberber turturturturtura e oa e oa e oa e oa e oincentiincentiincentiincentiincentivvvvvo paro paro paro paro para a para a para a para a para a par ticipaçãoticipaçãoticipaçãoticipaçãoticipaçãodos técnicos industrias nodos técnicos industrias nodos técnicos industrias nodos técnicos industrias nodos técnicos industrias noSistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?

Os técnicos industriais representamcerca de 30% dos profissionaisregistrados no Sistema. Por isso,não dá mais para serem ignorados.Esse percentual tende a aumentardevido aos investimentos doGoverno Federal na implantação denovas escolas técnicas e tambémpela própria valorização que essesprofissionais têm no mercado de

trabalho.Acho significativo citar que na

última eleição para presidentes deCreas, pelo menos três técnicosindustriais concorreram ao cargo,o que evidência a importância dacategoria buscar par ticipar cadavez mais desses espaços.

O senhor também atuou umO senhor também atuou umO senhor também atuou umO senhor também atuou umO senhor também atuou umperíodo na Mútua-ES. Como foiperíodo na Mútua-ES. Como foiperíodo na Mútua-ES. Como foiperíodo na Mútua-ES. Como foiperíodo na Mútua-ES. Como foiessa etapa? O que a Mútuaessa etapa? O que a Mútuaessa etapa? O que a Mútuaessa etapa? O que a Mútuaessa etapa? O que a Mútuapode oferecer para os técnicospode oferecer para os técnicospode oferecer para os técnicospode oferecer para os técnicospode oferecer para os técnicosindustr ia is?industr ia is?industr ia is?industr ia is?industr ia is?

Minha participação na Mútua foi depouco mais de um ano, entre abrilde 2005 a julho de 2006. Comocoordenador-adjunto apresenteium plano de ação com metasestipuladas. Até então apenas aMútua do Rio Grande do Norte tinhatido como coordenador-adjunto umtécnico industrial.

Acredito que a minhapar ticipação abriu caminho paraoutros técnicos. Um exemplo é otrabalho do Técnico Industrial emEletrônica Edson Wilson que é oatual diretor financeiro da Mútua.

Apesar de ainda ser poucoaproveitada pelos técnicos, a Mútuaé impor tante pelo número debenefícios oferecidos e pelas taxasde juros bem inferiores secompararmos com as que sãopraticadas pelo mercado.

PPPPPararararara fa fa fa fa f inal izarinal izarinal izarinal izarinal izar,,,,, deix deix deix deix deixe umae umae umae umae umamensagem para a categoria?mensagem para a categoria?mensagem para a categoria?mensagem para a categoria?mensagem para a categoria?

As por tas do Sintec-ESsempre estiveram aber tas àpar ticipação dos técnicos. Todacontribuição é muito impor tantepara for talecer a categoria. Avalorização que conquistamos éresultado da união e competênciade profissionais que além de sededicarem e mostrarem respon-sáveis em seus postos de trabalhotambém são capazes de ir à luta ereivindicar melhores salários econdições de trabalho.

Page 14: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

Sol de meio-dia. Praça CostaPereira, Centro de Vitória. Oengraxate tenta vender seu serviçoa um engravatado que passaapressado. O pastor, antes de lerum trecho da Bíblia, brada que ofim está próximo e que é hora dese conver ter. O barulho incomodaquem está ali naqueles bancostorcendo para que os minutospassem devagar e o horário dedescanso do almoço se prolongue.A trilha sonora vem de uma flautatocada por um boliviano vendedorde CDs.

Este cenário descrito acima nãopoderia ser melhor para a conversacom o técnico industrial emmecânica e poeta Laureni Luciano,acostumado a interagir com o povo.

Militância e poesia emtodo lugar

Além de escrever, ele percorrelocais públicos e vai de por ta empor ta oferecendo suas obras apreços módicos, R$ 1,00 cada. Autorde seis livros, o poeta conta quecom este método já vendeu maisde 13 mil exemplares.

Morador do bairro Consolação,Laureni percorreu o seu e todos osoutros bairros da capital capixabaem busca de leitores. "Batizei estainiciativa de 'Poesia em todo lugar'.Para mim é uma questão de honravender pelo menos um livro porbair ro. Também apresento meutrabalho em encontros de militantesde movimentos sociais fora doEspírito Santo. Pelo meu controlejá tiveram contato com a minhaobra pessoas de 12 países, de todos

os estados da federação brasileira,de 42 municípios capixabas e de 51bairros de Vitória", contabiliza oescritor.

Carreira profissional

Antes de se dedicar integral-mente à militância do movimentonegro e à escrita, o técnico Laureniatuou, durante os anos de 1979 a1990, em grandes empresas dasáreas de siderurgia e celulose. Jána primeira metade da década de1990 foi professor de matemáticae iniciou o curso de Física daUniversidade Federal do EspíritoSanto (Ufes), mas não chegou aconcluir a graduação.

Sua militância é marcada por

Arqu

ivo

Pess

oal

Arqu

ivo

Pess

oal

Arqu

ivo

Pess

oal

Arqu

ivo

Pess

oal

Arqu

ivo

Pess

oal

14Laureni (à esquerda) e um de seus leitores no XI Encontro Nacional porLaureni (à esquerda) e um de seus leitores no XI Encontro Nacional porLaureni (à esquerda) e um de seus leitores no XI Encontro Nacional porLaureni (à esquerda) e um de seus leitores no XI Encontro Nacional porLaureni (à esquerda) e um de seus leitores no XI Encontro Nacional por

MorMorMorMorMoradia Padia Padia Padia Padia Popularopularopularopularopular,,,,, em Goiânia (GO) em Goiânia (GO) em Goiânia (GO) em Goiânia (GO) em Goiânia (GO)

Para relaxar

Page 15: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

DescorrompendoDescorrompendoDescorrompendoDescorrompendoDescorrompendomais de uma década como Agentede Pastoral Negro (APN). E hojeatua na elaboração de políticaspúblicas e comunitárias, voltadasprincipalmente para a populaçãonegra, do campo e da cidade."Buscamos alternativas queminimizem os efeitos da discri-minação racial e promovam maisjustiça nas relações sociaisbrasileiras", afirma.

A escrita como desabafo

Apesar de escrever poesiasdesde a adolescência, seu primeirolivro, intitulado "Sob a Luz deEstrelas", foi editado somente em2004. "Esta obra integra umaproposta de geração de trabalho erenda chamada Projethum, queconsiste na elaboração de livrosvendidos a preços populares. OProjethum é mais uma iniciativa doComplexo Sócio-educacional Maná(Cosem), instituição incubadora deprojetos criada em 1999, em VilaVelha (ES)", explica.

"Sob a Luz de Estrelas" éresultado da produção intensa dear tigos escritos por Laureni em1994 que, ao serem transformadosem poemas, deram origem àcoletânea. "Naquele ano, comomilitante do movimento negro,percorri com outros companheiroso município de Santa Leopoldina. Oobjetivo era pensar um projeto decampanha para um candidato avereador, o quilombola Wallace doRetiro. Mas, antes das eleições,percebemos que o eleitorado nãotendia a votar em nosso candidato,mesmo quando apresentávamosum projeto político sólido. Amaneira que encontrei à épocapara desabafar o meudescontentamento com essasituação foi a escrita", relembra.

Confira, ao lado, uma poesia deLaureni escreita nessa época, alista completa de suas obras e ocontato com o autor. CE

NÁRI

O TÉ

CNIC

O

MAI

O20

09

15

Não sei se a corrupçãoÉ uma opção de vida,Uma fé ou uma religião.Não sei se as pessoas nascemassim.Será que a coisa é genética?

Se for tradição de família,Ou aprendem com os paisOu levadas à escola;Só sei que, depois que aprendem,Nunca, jamais esquecemDo dever de servir que é eternoE pela elite vão até pro inferno

Capacitados para não ver,Ouvir, amar ou sentir;Dependentes, só repetem;Não conseguem mais refletir.

O tipo de elite não importaPode ser religiosa, política,Empresarial, educacional,ar tística.Tem sangue azul, nasceu pramandar;Se vê pelos olhos, roupa, cor,cabelo,

Tem importado até no cheiro.

Para um bom corrupto,necessariamenteElite não começa com "e" mas"c"Pois possui, na sua mentecorrompida,Casa, carro, cargo, conta ecomida.E a ela este é tão obediente,Que se ordenar ao demente:morra!Cai mortinho, imediatamente.

Uma coisa que preocupa e énojenta,É saber que a corrupção segueassim,Um mal que com sêmenalimenta,Que tem meios, mas parece nãoter fim.

Laureni LucianoLaureni LucianoLaureni LucianoLaureni LucianoLaureni Lucianopublicado em 2004 no livro“Sob a Luz de Estrelas”

Obras do autorSob a Luz de Estrelas (2004)

Conflitos e Ternura (2006)Entre Juras e Traições (2006)

Fale de amor (2006)Nasce uma flor (2006)

O que a onça comeu? (2007)

ContatoTel.: (27) 9927-1774 | E-mail:[email protected]

Page 16: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

Conta a mitologia grega queDédalo, notável arquiteto e inven-tor de talento inigualável, e seu filhoÍcaro, ao tentar fugir do castelo doMinotauro, na ilha de Creta,construíram dois pares de asasusando penas de pássaros e cerade abelha para grudá-las. Dédaloe Ícaro buscavam a liberdade.Encheram-se de coragem e seprepararam para o desafio: voarcomo os pássaros. Ao alçar vôo emdireção ao sonho, o engenhosoDédalo chegou a instruir seu filhoÍcaro a não subir muito, pois o solderreteria a cera, tampouco ficarmuito junto ao mar, já que aumidade faria as asas pesaremdemais. Porém, Ícaro, no afã de suajuventude, empolgado pelo prazerde voar e deslumbrado com abeleza do firmamento, não ouviu opai e voou cada vez mais alto, comcoragem, chegando perto do sol, oque fez derreter a cera e provocarsua queda mortal sobre o que hojeé o mar Egeu.

O mito de Dédalo e Ícaro é,nesse sentido, o maior exemplo dodesejo do homem de ultrapassarbarreiras e vencer suas própriaslimitações correndo atrás de umsonho, mesmo que isso possacustar a própria vida. Apesar dosimpulsos impensados, Ícaro, porsua ousadia em ar riscar, foiconsagrado como um símbolo dosque se glorificam para morrer pelaconquista do espaço.

Ser empreendedor de cer taforma também é voar. O mestre emAdministração J. Caetano, no livro"O Vôo do Camaleão", faz umametáfora sobre o fato de voar pelaprimeira vez e abrir a primeiraempresa. A publicação, que ilustra16

Técnicos em busca de novaspossibilidades

os desafios pelos quais irão passaros empreendedores, bem comosuas recompensas pelos riscosassumidos, diz que quando umapessoa se lança ao desafio de criarum negócio próprio ela estáganhando asas e quando alguémcoloca uma empresa para funcionaré como se estivesse realizando seuprimeiro vôo.

Lançar-se ao primeiro vôorepresenta se expor ao fracasso, semachucar ou até mesmo "morrer",como aconteceu com Ícaro, mastambém significa vencer aslimitações da espécie humana,superar-se como pessoa, fazer oque centenas de geraçõessonharam e não conseguiram. Épreciso coragem e sabedoria parase expor ao fracasso, porém arecompensa pode ser grandiosa.

O dicionário Michaelis defineempreendedor como "Aquele quese aventura à realização de coisasdifíceis ou fora do comum; ativo,arrojado. Aquele que empreende".Profissionais com essascaracterísticas aproveitam evalorizam as opor tunidades paracriar mudanças, são movidos pelasuperação de obstáculos.

Publicações que tratam doassunto traçam comhomogeneidade o perfi l dosempreendedores, classificando-oscomo pessoas que detêm umaforma especial e inovadora de sededicar às atividades profissionais.Relatos técnicos explicitam queempreendedores percebem eaproveitam as opor tunidades noâmbito dos negócios e criam novasformas de uso dos recursos,deslocando-os de seu empregotradicional e sujeitando-os a novas

combinações. Além disso, essesprofissionais conseguem ver eavaliar as opor tunidades denegócios; prover recursosnecessários para pô-los emvantagens; e iniciar a açãoapropriada para assegurar osucesso. São desbravadores, abremnovas tri lhas, exploram novosconhecimentos, definem objetivos edão o primeiro passo, sem deixarde assumir riscos para atingiremseus objetivos.

Procuram-se verdadeirosempreendedores

Diante do cenário econômicoatual, de instabilidade financeira eincer tezas, é preciso que osempresários assim como osfuncionários trabalhem para inovar.É necessário também rever ashabil idades pessoais eprofissionais; se atualizar, reverconvicções, quebrar paradigmas,repensar hábitos e atitudes frenteàs novas exigências do mercado.Empreendedores não são apenasempresários. Um empregadotambém pode e deve ser umempreendedor. Hoje o mercadoanseia por profissionais quedesenvolvam novas habilidades ecompetências, com coragem dear riscar-se e de aceitar novosvalores, descobrindo e transpondoseus limites.

Devido a impor tância dainovação como fonte decompetitividade, algumasorganizações já começam aestimular funcionários queapresentam esse perfil. Geralmentesão profissionais que exercemliderança e estimulam a criatividade

Empreendedorismo

Page 17: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

17

dentro das empresas, estandosempre à frente dos processosorganizacionais. Porém, odesenvolvimento dessesempreendedores corporativos àsvezes é interrompido por falta deopor tunidades.

No Brasil, a cultura do chamadointraempreendedorismo ainda nãodecolou. Segundo a pesquisa Glo-bal Entrepreneurship Monitor (GEM)2008, realizada pelo InstitutoBrasileiro de Qualidade eProdutividade (IBQP) e que tem oSebrae como um dos parceiros, ataxa de empreendedorescorporativos no país é de apenas0,6%.

"Nunca como hoje, as empresasprecisaram de verdadeirosempreendedores. Cada funcionáriodeve ter a atitude e comportamentode 'dono do negócio' e asempresas de sucesso são aquelasque têm em seus quadrosverdadeiros empreendedores", dizo presidente da Cooperativa deTrabalho em Tecnologia, Educaçãoe Gestão do Espírito Santo(Coopttec-ES) Tecg. Wellington LuizPompermayer. Segundo ele, aformação cultural do país ainda éresponsável pelos inúmerosobstáculos encontrados paradespertar o espírito empreendedorno brasileiro. "Mesmo assim, osonho, a maior e inesgotável fontede energia do ser humano, nosfaz acreditar que é possível".

Jovens exemplos

O Téc. em InformáticaIsaías Reis Verdin, éum exemplo da nova

geração de empreendedores. Comapenas 19 anos, teve apoio daCoopttec-ES para atuar comopequeno empresário na área deTecnologia da Informação. Nacooperativa pode tirar dúvidas eobter conselhos dos maisexperientes.

O consultor, autor de livros eprofessor das principais escolas denegócios do país, José Dornelas, dizjustamente isso. "Emempreendedorismo, ouvir a voz daexperiência faz a diferença eantecipa ou evita muitosproblemas". Para ele, osempreendedores que chegam aosucesso descobrem antes, bemcedo durante o processo deempreender, que buscar ouviroutros empreendedores e ter umconselheiro ou conselheiros a quemrecorrer em momentos de dúvidaserá especialmente interessante."Não pense que osempreendedores se isolam etomam decisões sem pedirconselhos. Muitos fazem isso, éclaro, mas a maioria que chega aosucesso escolhe algumas pessoasmais experientes, com história devida e, dep r e f e r ê n c i a ,que tenhamconhecimento

específico na área de negócio doempreendedor, para discutir osproblemas e possíveis soluçõespara a empresa".

Apesar de ser novo e estar noinício de sua vida profissional, Ver-din já é capaz de recomendar ocompor tamento mais adequadopara o profissional que quiser serum empreendedor: "Nunca agir porimpulso. O ideal é reconhecer osriscos, calculá-los, criar um planode ação, ter disciplina, buscarinformações a todo o momento,reconhecer muito bem o mercadoque vai trabalhar, fazer da melhorforma, reduzir despesas, registraras decisões, fazer a diferença, nãoesperar que os outros façam porvocê, mergulhar de cara e levar asério".

Para o jovem empresário, tudoé possível quando há querer. "Quemdetermina o que fazemos, quantoganhamos, como será nossa vidaprofissional, somos nós. O quepensamos acontece, desde quereconhecemos a essência doditado: "O que plantar você colhe!".O nosso limite é apenas um pontode vista. E quem está determinadoa crescer profissionalmente, quebratodas as barreiras com consciência,racionalidade e profissionalismo".

No Espírito Santo, a culturado empreendedorismo

caminha a

Page 18: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

18

Curso sobre EmpreendedorismoCurso sobre EmpreendedorismoCurso sobre EmpreendedorismoCurso sobre EmpreendedorismoCurso sobre Empreendedorismo

Para os técnicos industriais edemais profissionais e estudan-tes que desejam realizaçãopessoal e profissional emnegócios próprios, em seusempregos ou ainda que estão embusca de novos desafios,desejando obter conhecimentosobre empreendedorismo, aCoopttec realiza nos dias 15 e 16

de junho, de 9h às 18h, no Auditórioda Casa do Cooperativismo, emBento Ferreira, Vitória, o cursoEmpreendedorismo - Transforman-do Sonhos em Realidade.

O evento, com carga horária de16 horas, tem como objetivodesenvolver a capacidadeempreendedora, com ênfase noestudo do perfil do empreendedor,

o auto-conhecimento, o sonho,a motivação e a criatividade.Contribuirá também para auxiliaro participante a desenvolver suaidéia de negócio, através de umprocesso de aprendizagem pró-ativa.

As Vagas são limitadas. Maisinformações pelo tel.: (27) 3323-1486.

passos lentos. De acordo comPompermayer, apesar daproliferação do ensino deempreendedorismo na maioria dasgrades cur riculares desde aeducação fundamental ao ensinosuperior no Espírito Santo, oscapixabas ainda não absorveram acultura empreendedora. "Aindafalta mais ousadia e atitude deempreender ao nosso povo, sejaindividual ou coletivamente.Atualmente, um dos grandesdesafios que enfrentamos nagestão de pessoas é a captação deprofissionais com perfi lempreendedor, seja para sócio deum empreendimento ou seja parafuncionário", constata.

Os técnicos em Mecânica AllanCar los de Freitas e João FilipeBranco Oliveira, ambos com apenas21 anos, possuem esse perfil e, porisso, conquistaram a função dediretores de Mecânica e Caldeira daCoopttec-ES.

Para viabilizar o sonho de umnegócio próprio, os sócioscontaram com o apoio do Sebrae edo Instituto Federal do EspíritoSanto (Ifes), antigo Cefetes, a fimde obter as orientações necessáriaspara o início das atividades. "Essasduas instituições foram de grandeimportância no início, não só pelacriação do projeto Prêmio TécnicoEmpreendedor, que deu a idéia danecessidade de se criar um Planode Negócios antes de iniciar

qualquer empreendimento, mastambém pela contribuição cominformações de quais passosseriam importantes seguir para tersucesso no empreendimento",explicam.

João Filipe defende o Plano deNegócios como peça fundamentalpara abrir um empreendimento."Um projeto ou empreendimentopessoal ou corporativo pode serestruturado e administrado dediversas maneiras, mas se vocêpretende buscar capital ou recursoscom investidores, bancosincubadoras ou outros órgãos defomento, ou se pretende convenceroutros parceiros a investir na suaidéia, o ideal é fazer um Plano deNegócios. Ele é um instrumento fun-damental".

Para Allan, o que define osucesso de um empreendedor é oquanto ele se dedica ao seunegócio. "Tem que par ticiparefetivamente do seu projeto,acompanhando cada passo,planejando cada ação, para secer tificar que está no caminhocer to e visualizando asopor tunidades que surgem nocaminho". O técnico tambémacredita que o risco estádiretamente ligado aoplanejamento, ou seja, quantomaior e eficiente o planejamento,menor o risco no processo. "Énecessário buscar recursos eferramentas que possibilitem esse

planejamento eficiente. O Plano deNegócio é uma excelenteferramenta pois possibilita preverpossíveis riscos e opor tunidades,diminuir os riscos e expandir asoportunidades. Livros e pessoas quelidam com este tipo deplanejamento também são umaboa opção".

A busca constante pornovidades é fundamental para aatividade de um empreendedor.Para se atualizar, Allan e João Filipeestão sempre antenados aosurgimento de novas tecnologias,buscando sempre informaçõessobre tendências do mercado parase antecipar às opor tunidades eaproveitá-las ao máximo. "Estamosna Era da Informação. Hápossibilidades de se obter comcerta facilidade informações sobrevários assuntos impor tantes paraum negócio. Seminários, Livros,Palestras, Internet, quanto maior eeficiente a busca por informações,maior a possibilidade de descobriroportunidades e absorver recursospara transformá-la em resultado",acredita Allan. João Filipe aposta nodiscernimento para enxergar asopor tunidades e dar um passo afrente dos outros. "Temos de estarsempre ligados no que há de novono mercado. É importante tambémfazermos cursos ligados a nossaárea de atuação e outros de gestãode empresas. Conhecimento nuncaé demais".

Page 19: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

De acordo com o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estado(IBGE), existem no Brasil 14,8milhões de micro e pequenasempresas - 4,5 milhões formais e10,3 milhões informais - querespondem por 28,7 milhões deempregos e por 99,23% dosnegócios do país.

Os números são curiosamentealtos e surpreendentes para umpaís que ainda carece deverdadeiros empreendedores. Aoanalisar esses índices, o presidenteda Coopttec-ES, Well ingtonPompermayer, explica: "Existe umnúmero muito grande de empresasno Brasil, porém, segundo dados doSebrae, 49,4% dessesempreendimentos fecham antes decompletar dois anos de vida, ouseja, abre-se muito e fecha-sepraticamente metade". Entre osprincipais motivos de mor talidadedas empresas o Sebrae indica afalta de capital (20%), encargos ecarga tributária elevada (13,3%),problemas financeiros (6,7%) ebaixo nível das vendas (23,7%). Asrazões para o fracasso, segundoPompermayer, também sãomotivadas pela falta de elaboraçãode um plano de negócios detalhadoe, principalmente, por falta de perfilempreendedor.

O Téc. Industrial em MecânicaJuan Mourente (45) acredita queplanejamento e dedicação aotrabalho são os principaisingredientes para que umaempresa cresça de forma sólida. Àfrente da JDJ Projetos, empresalocalizada em Vitória (ES), Juancomanda uma equipe de 23funcionários que desenvolvemprojetos industriais nas áreas demecânica, civil, elétrica, arquitetura,meio ambiente, tubulação eestrutura metálica.

Planejamento e dedicação paracrescer forte

"A JDJ cresceu muito em umcur to espaço de tempo, resultadoda assinatura de contratosimpor tantes com grandesempresas da área de siderurgia. Deuma sala com 100m² passamospara uma estrutura de 600m², en-tre imóveis próprios e alugados.Nosso faturamento no ano passadofoi superior a R$ 3 milhões, maisque o dobro do conquistado em2007", comemora.

Apesar da crise econômicainternacional, a JDJ, ao invés depraticar demissões, contratou maisfuncionários e investiu emtreinamento e na compra desoftwares de alta tecnologia comoo Solid Edge Synchronous Technol-ogy e o Team Center Over viewutilizados, respectivamente, nodesenvolvimento de projetostridimensionais (3D) e nogerenciamento e planejamento deengenharia.

"Além desses treinamentos, aJDJ oferece curso de inglês paraseus funcionários. As aulasacontecem no próprio auditório daempresa, duas vezes por semana.Ainda como forma de incentivar aequipe, todos passaram a recebergratificação por produtividade",

explica Juan.Para este ano de 2009, a JDJ

Projetos tem como meta inauguraruma fi l ial fora da regiãometropolitana de Vitória e chegarao número de 80 funcionários emseu quadro fixo.

Apoio às Micro e PequenasEmpresas

No país, a instituição maistradicional no estímulo aoempreendedorismo é o Ser viçoBrasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae),entidade privada sem fins lucrativos,atuante desde 1972. No site dainstituição (www.sebrae.com.br), ocandidato a empreendedorencontra programas, dicas,orientações e opor tunidades paraos negócios.

Um dos programas maisconhecidos do Sebrae é oEmpretec. Destinado à empresáriose empreendedores que planejaminiciar um negócio ou modificar suaforma de agir, o seminário érealizado em postos deatendimento do Sebrae e, apesarde não ser gratuito, é subsidiadoem parte pela entidade.

O técnico empreendedor Juan Mourente aposta no planejamento

Cler

isso

n So

uza

Cler

isso

n So

uza

Cler

isso

n So

uza

Cler

isso

n So

uza

Cler

isso

n So

uza

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

19

Page 20: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

20

Page 21: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

MAI

O20

09

21

No último dia 13 de março, emsolenidade realizada no CerimonialEspaço Verde, em Vitória, o Eng.Agrônomo Helder Paulo Carnielli foiempossado para o cargo dediretor-geral da Mútua/Caixa deAssistência dos Profissionais doCrea-ES durante o triênio 2009/2011. Integram a nova diretoria odiretor financeiro, Técnico Industrialem Eletrônica Edson WilsonBernardes França, e o diretoradministrativo, Eng. Eletricista OlavoBotelho Almeida.

"A Mútua-ES está de por tasabertas para os técnicos industriaise os demais profissionais doSistema Confea/Crea. Atingimosano passado a marca de um milassociados e ultrapassamos a cifrade R$ 8 milhões em benefícios. Éimpor tante que os técnicosindustriais se informem e passema aproveitar mais de todas asvantagens que a Mútua oferece.Ainda é tímida a busca por par tedesses profissionais", afirma odiretor financeiro, Téc. emEletrônica Edson Wilson.

Prioridades

Aumentar o número deassociados; divulgar ainda mais osbenefícios da Mútua para osprofissionais do interior do Estado;criar benefícios corporativos paraas entidades de classe quedesejam oferecer atualizaçãoprofissional para seus associados;e lutar pela criação de um fundode pensão e de investimentos paraos profissionais do Sistema Confea/Crea são as principais ações aserem detalhadas no próximoplanejamento estratégico.

"Com a ofer ta de inúmerosprodutos, serviços e benefícios, aMútua contribui para o desenvolvi-

mento e proporciona assistência dequalidade para os profissionais eseus dependentes. Disponibiliza-mos auxílio tanto em momentos dedificuldades, na aquisição demedicamentos ou pagamento detratamento médico, quanto na horade comprar material de constru-ção, equipamentos ou investir emeducação", esclarece.

Saiba MaisSaiba MaisSaiba MaisSaiba MaisSaiba Mais

MútuaMútuaMútuaMútuaMútua - Entidade sem finslucrativos, instituída pela Lei Fed-eral 6.496/77, que tem comomissão e objetivos institucionaisapoiar as profissões eprofissionais do Sistema em todoo Brasil, através de benefícios,convênios e serviços.

InvestimentoInvestimentoInvestimentoInvestimentoInvestimento - Os sócioscorporativos e institucionaisestão isentos da taxa deinscrição e anuidade.

Os sócios contribuintespagam uma taxa de inscrição deR$ 40,00 e anuidade de R$130,00 que poderá ser dividida

Nova diretoria da Mutúa-ES parao triênio 2009/2011 toma posse

Mútua-ES

em até 5 parcelas iguais de R$28,00. Todos os sócios têmacesso à Previdência Privada,Seguro Profissional e a todos osconvênios com desconto, comofaculdades, farmácias, escolas,cursos de idiomas, hotéis,pousadas entre outros.

EndereçoEndereçoEndereçoEndereçoEndereço - Avenida NossaSenhora da Penha, 356, Praiado Canto, Boulevard da Praia, 3ºandar, lojas 16 e 17.Telefones: (27) 3325-3166 /3324-3545 / 9948-4908.E-mail: [email protected]: www.mutuaes.com.br

Além dos benefícios reembolsá-veis, a Mútua-ES firmou convêniosque garantem descontos paraprofissionais em hotéis, pousadas,faculdades, academias e farmácias."Temos também o Tecnoprev, umplano de previdência que pro-porciona uma renda complementarao benefício pago pela PrevidênciaSocial", conclui Edson.

(Da esq. p/ dir.) O diretor administrativo da Mútua-ES, Eng. Eletricista OlavoBotelho Almeida; o diretor financeiro da Mútua-ES, Técnico Industrial em EletrônicaEdson Wilson Bernardes França; o presidente da Mútua, Eng. Civil Anjelo da Costa

Neto; e o diretor-geral da Mútua-ES, Eng. Agrônomo Helder Paulo Carnielli

Page 22: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa

LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio.Art. 1º - É livre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio, observadas as condiçõesde capacidade estabelecidas nesta Lei.Art. 2º - A atividade profissional do Técnico Industrial de nível médio efetiva-se no seguinte campo derealizações:I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional.Art. 3º - O exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio é privativo de quem:I - haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de ensino técnico industrial, tenha sido diplomado porescola oficial autorizada ou reconhecida, de nível médio, regularmente constituída nos termos da Lei nº4.024, de 20 DEZ 1961;II - após curso regular e válido para o exercício da profissão, tenha sido diplomado por escola ou institutotécnico industrial estrangeiro e revalidado seu diploma no Brasil, de acordo com a legislação vigente;III - sem os cursos e a formação atrás referidos, conte, na data da promulgação desta Lei, 5 (cinco) anosde atividade integrada no campo da técnica industrial de nível médio e tenha habilitação reconhecida porórgão competente.Art. 4º - Os cargos de Técnico Industrial de nível médio, no serviço público federal, estadual ou municipalou em órgãos dirigidos indiretamente pelo poder público, bem como na economia privada, somente serãoexercidos por profissionais legalmente habilitados.Art. 5º - O Poder Executivo promoverá expedição de regulamentos, para execução da presente Lei.Art. 6º - Esta Lei será aplicável, no que couber, aos técnicos agrícolas de nível médio.Art. 7º - A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.A. DA COSTA E SILVA - Presidente da RepúblicaPublicada no D.O.U. de 06 NOV 1968 - Seção I - Pág. 9.689.

DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985Regulamenta a Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, que "dispõe sobre o exercício da profissão de técnicoindustrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau."O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendoem vista o disposto no artigo 5º da Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, DECRETA:Art. 1º - Para efeito do disposto neste Decreto, entendem-se por técnico industrial e técnico agrícola de2º grau ou, pela legislação anterior, de nível médio, os habilitados nos termos das Leis nºs 4.024, de 20DEZ 1961, 5.692, de 11 AGO 1971, e 7.044, de 18 OUT 1982.Art. 2º - É assegurado o exercício da profissão de técnico de 2º grau de que trata o ar tigo anterior, a quem:I - tenha concluído um dos cursos técnicos industriais e agrícolas de 2º grau, e tenha sido diplomado porescola autorizada ou reconhecida, regularmente constituída, nos termos das Leis nºs 4.024, de 20 DEZ1961, 5.692, de 11 AGO 1971, e 7.044, de 19 OUT 1982;II - seja portador de diploma de habilitação específica, expedido por instituição de ensino estrangeira,revalidado na forma da legislação pertinente em vigor;III - sem habilitação específica, conte na data da promulgação da Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, 5 (cinco)anos de atividade como técnico de 2º grau.Parágrafo único - A prova da situação referida no inciso III será feita por qualquer meio em direitopermitido, seja por alvará municipal, pagamento de impostos, anotação na Car teira de Trabalho ePrevidência Social ou comprovante de recolhimento de contribuições previdenciárias.Art. 3º - Os técnicos industriais e técnicos agrícolas de 2º grau, observado o disposto nos ar ts. 4º e 5º,poderão:I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional.Art. 4º - As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeitodo exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenarequipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção;II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos epesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria,exercendo, dentre outras, as seguintes atividades:1) coleta de dados de natureza técnica;2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança;5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho;6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dosmateriais, peças e conjuntos;7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.III - executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos,instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados,assessorando, padronizando, mensurando e orçando;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2ºgraus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistérionesses dois níveis de ensino.§ 1º - Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, na modalidade Edificações,poderão projetar e dirigir edificações de até 80m2 de área construída, que não constituam conjuntosresidenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armadoou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.§ 2º - Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda deenergia de até 800 Kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.§ 3º - Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições para a medição, demarcação de levantamentostopográficos, bem como projetar, conduzir e dirigir trabalhos topográficos, funcionar como perito emvistorias e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer atividade de desenhista de sua especialidade.Art. 5º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos técnicos industriais de 2º

grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular.Art. 6º - As atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau em suas diversas modalidades, para efeito doexercício profissional e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:I - desempenhar cargos, funções ou empregos em atividades estatais, paraestatais e privadas;II - atuar em atividades de extensão, associativismo e em apoio à pesquisa, análise, experimentação,ensaio e divulgação técnica;III - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2ºgraus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistérionesses dois níveis de ensino;IV - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;V - elaborar orçamentos relativos às atividades de sua competência;VI - prestar assistência técnica e assessoria no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisastecnológicas, ou nos trabalhos e vistorias, perícia, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras,as seguintes tarefas:1) coleta de dados de natureza técnica;2) desenho de detalhes de construções rurais;3) elaboração de orçamentos de materiais, insumos, equipamentos, instalações e mão-de-obra;4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança no meio rural;5) manejo e regulagem de máquinas e implementos agrícolas;6) assistência técnica na aplicação de produtos especializados;7) execução e fiscalização dos procedimentos relativos ao preparo do solo até à colheita, armazenamento,comercialização e industrialização dos produtos agropecuários;8) administração de propriedades rurais;9) colaboração nos procedimentos de multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas, bemcomo em serviços de drenagem e irrigação.VII - conduzir, executar e fiscalizar obra e serviço técnico, compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;VIII - elaborar relatórios e pareceres técnicos, circunscritos ao âmbito de sua habilitação;IX - executar trabalhos de mensuração e controle de qualidade;X - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos em materiais especializados,assessorando, padronizando, mensurando e orçando;XI - emitir laudos e documentos de classificação e exercer a fiscalização de produtos de origem vegetal,animal e agroindustrial;XII - prestar assistência técnica na comercialização e armazenamento de produtos agropecuários;XIII - administrar propriedades rurais em nível gerencial;XIV - prestar assistência técnica na multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas;XV - conduzir equipe de instalação, montagem e operação, reparo ou manutenção;XVI - treinar e conduzir equipes de execução de serviços e obras de sua modalidade;XVII - desempenhar outras atividades compatíveis com a sua formação profissional.§ 1º - Os técnicos em Agropecuária poderão, para efeito de financiamento de investimento e custeio pelosistema de crédito rural ou industrial e no âmbito restrito de suas respectivas habilitações, elaborarprojetos de valor não superior a 1.500 MVR.§ 2º - Os técnicos agrícolas do setor agroindustrial poderão responsabilizar-se pela elaboração deprojetos de detalhes e pela condução de equipe na execução direta de projetos agroindustriais.Art. 7º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos Técnicos Agrícolas de2º grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular.Art. 8º - As denominações de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau ou, pela legislaçãoanterior, de nível médio, são reservadas aos profissionais legalmente habilitados e registrados naforma deste Decreto.Art. 9º - O disposto neste Decreto aplica-se a todas as habilitações profissionais de técnico de 2º graudos setores primário e secundário, aprovadas pelo Conselho Federal de Educação.Art. 10 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividade além daquelas que lhe competem pelascaracterísticas de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos das disciplinas quecontribuem para sua formação profissional.Art. 11 - As qualificações de técnicos industrial ou agrícola de 2º grau só poderão ser acrescidas àdenominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais possuidores de tais títulos.Art. 12 - Nos trabalhos executados pelos técnicos de 2º grau de que trata este Decreto, é obrigatória,além da assinatura, a menção explícita do título profissional e do número da carteira referida no Art.15 e do Conselho Regional que a expediu.Parágrafo único - Em se tratando de obras, é obrigatória a manutenção de placa visível ao público, escritaem letras de forma, com nomes, títulos, números das car teiras e do CREA que a expediu, dos autorese co-autores responsáveis pelo projeto e pela execução.Art. 13 - A fiscalização do exercício das profissões de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grauserá exercida pelos respectivos Conselhos Profissionais.Art. 14 - Os profissionais de que trata este Decreto só poderão exercer a profissão após o registro nosrespectivos Conselhos Profissionais da jurisdição de exercício de sua atividade.Art. 15 - Ao profissional registrado em Conselho de Fiscalização do Exercício Profissional será expedidaCarteira Profissional de Técnico, conforme modelo aprovado pelo respectivo Órgão, a qual substituiráo diploma, valendo como documento de identidade e terá fé pública.Parágrafo único - A Car teira Profissional de Técnico conterá, obrigatoriamente, o número do registro ea habilitação profissional de seu portador.Ar t. 16 - Os técnicos de 2º grau cujos diplomas estejam em fase de registro poderão exercer asrespectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Profissional, por um ano, prorrogávelpor mais um ano, a critério do mesmo Conselho.Art. 17 - O profissional, firma ou organização registrados em qualquer Conselho Profissional, quandoexercerem atividades em outra região diferente daquela em que se encontram registrados, obrigam-se ao visto do registro na nova região.Parágrafo único - No caso em que a atividade exceda a 180 (cento e oitenta) dias, fica a pessoa jurídica,sua agência, filial, sucursal ou escritório de obras e serviços, obrigada a proceder ao seu registro nanova região.Art. 18 - O exercício da profissão de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau é regulado pelaLei nº 5.524, de 5 NOV 1968, e, no que couber, pelas disposições das Leis nºs 5.194, de 24 DEZ 1966,e 6.994, de 26 MAIO 1982.Art. 19 - O Conselho Federal respectivo baixará as Resoluções que se fizerem necessárias à perfeitaexecução deste Decreto.Ar t. 20 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Brasília, 6 FEV 1985; 164º da Independência e 97º da República.João FigueiredoMurilo MacêdoPublicado no D.O.U. DE 07 FEV 1985 - Seção I - Pág. 2.194.

Lei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e Decreto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85

Page 23: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa
Page 24: cenario 6 PDF - SINTECES...comentários. Para entrar em contato envie e-mail para faleconosco@sintec-es.com.br ou cartas para Av. Nossa Senhora da Penha, 280, sala 204, Praia de Santa