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UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL – UNIDERP CELSO FABRÍCIO CORREIA DE SOUZA AEROPORTO INDUSTRIAL DE CAMPO GRANDE (MS): ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL CAMPO GRANDE - MS 2005

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UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL – UNIDERP

CELSO FABRÍCIO CORREIA DE SOUZA

AEROPORTO INDUSTRIAL DE CAMPO GRANDE (MS): ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CAMPO GRANDE - MS

2005

CELSO FABRÍCIO CORREIA DE SOUZA

AEROPORTO INDUSTRIAL DE CAMPO GRANDE (MS): ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em nível de Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal - UNIDERP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Orientação: Profa. Regina Sueiro de Figueiredo Profa. Dra. Mercedes Abid Mercante Profa. Dra. Lúcia Elvira Alícia Raffo de Mascaró

CAMPO GRANDE - MS 2005

FOLHA DE APROVAÇÃO

Candidato: Celso Fabrício Correia de Souza Dissertação defendida e aprovada em 4 de julho de 2005 pela Banca Examinadora: __________________________________________________________ Profa. Doutora Regina Sueiro de Figueiredo (orientadora) __________________________________________________________ Prof. Doutor Paulo Sérgio Miranda Mendonça (UFMS) __________________________________________________________ Prof. Doutor Ido Luiz Michels (UNIDERP)

_________________________________________________ Prof. Doutor Silvio Favero

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

________________________________________________ Profa. Doutora Lúcia Salsa Corrêa

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIDERP

iii

Dedico este trabalho a minha esposa e

amiga de todas os momentos, Danielle

Monteiro, aos meus filhos: Stéphanie

Lara, Mariah Eduarda e Enzo Fabrício.

Aos meus queridos pais, Celso Correia e

Cidinha Garcia, às minhas irmãs Juliana e

Lara (in memorian), aos meus avós

maternos Alfredo (in memorian) e

Madalena e paternos João e Durvalina.

iv

AGRADECIMENTOS

• A Profa. Regina Sueiro de Figueiredo pela orientação, por sua compreensão e

entusiasmo e também pelos indispensáveis ensinamentos durante o curso e no

desenvolvimento deste trabalho.

• Aos professores do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento

Regional da UNIDERP, que de algum modo, ajudaram na elaboração deste

trabalho.

• As entidades públicas e privadas, cujos representantes abrilhantaram com

importantes contribuições este trabalho, em especial, a INFRAERO, pelo

fornecimento de dados imprescindíveis para a realização deste estudo;

• Ao meu primo Oswaldo Teixeira Neto, por ele estar no momento certo e na hora

certa...

v

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................vii LISTA DE TABELAS ................................................................................................ix

RESUMO...................................................................................................................x ABSTRACT...............................................................................................................xi 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................01 2 REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................06

2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO AEROPORTO INTERNACIONAL

DE CAMPO GRANDE (MS) ......................................................................................06

2.1.1 Histórico ..........................................................................................................06

2.1.2 Atuais Condições (infra-estrutura)...................................................................07

2.1.3 Mapa de Posicionamento ................................................................................08

2.1.4 Movimentação de Cargas no Aeroporto Internacional

de Campo Grande (MS) ............................................................................................09

2.1.5 Política Ambiental da INFRAERO ...................................................................10

2.1.5.1 Estrutura organizacional para o gerenciamento das questões

ambientais na INFRAERO.........................................................................................11

2.1.5.2 Os princípios ambientais da INFRAERO.......................................................12

2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CONTEXTUALIZADA ......................................26

2.2.1 Desenvolvimento Sustentável ..........................................................................26

2.2.2 Planejamento Regional ....................................................................................32

2.2.3 Arranjos Produtivos Locais – APL’s .................................................................34

2.2.4 Sistema Local de Inovação Tecnológica (plataforma tecnológica)...................37

2.2.5 Cluster ..............................................................................................................37

2.2.6 Condomínios Industriais ...................................................................................38

2.2.7 Logística ...........................................................................................................39

3 MATERIAIS E MÉTODOS .....................................................................................43

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................46

4.1 AEROPORTO INDUSTRIAL ...............................................................................46

vi

4.1.1 Definição e Fases para Instalação ...................................................................46

4.2 SEGMENTOS INDUSTRIAIS ALVO ..................................................................48

4.3 ASPECTOS LEGAIS, INCENTIVOS FISCAIS E LAY-OUT ...............................49

4.3.1 Regimes Aduaneiro Especiais..........................................................................50

4.3.2 Legislação Básica ............................................................................................51

4.4 O AEROPORTO INDUSTRIAL DE CAMPO GRANDE (MS) .............................52

4.5 EXPERIÊNCIAS EM OUTROS AEROPORTOS INTERNACIONAIS.................53

4.5.1 Aeroporto Internacional de Petrolina (PE) ........................................................54

4.5.2 Aeroporto Internacional de Confins (MG).........................................................54

4.5.3 Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SP) ..................................55

4.5.4 Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (RJ) ...............................................55

4.5.5 Complexo Industrial Aeroporto - Indústria de Praia Grande (SP).....................55

4.5.6 Aeroporto de Rickenbacker FTZ (EUA)............................................................56

4.5.7 Plataforma Logística de Saragoza (Espanha) ..................................................56

4.5.8 Outras Experiências .........................................................................................57

4.6 DISCUSSÃO ......................................................................................................58

4.6.1 Análise das Perspectivas Socioeconômicas de Mato Grosso do Sul...............58

4.6.2 Alternativas de Desenvolvimento Regional ......................................................61

4.6.3 Cenários para Mato Grosso do Sul ..................................................................63

4.6.4 Resultados e Discussão da Pesquisa Qualitativa ............................................65

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................71

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 74

APÊNDICES .............................................................................................................77

APÊNDICE A – Modelo de questionário aplicado às entidades públicas

e privadas................................................................................................................. 78

ANEXOS ...................................................................................................................80 ANEXO A – Relatório do 1° Fórum sobre aeroportos, aviação civil e desenvolvimento

de negócios em Mato Grosso do Sul ...................................................81

ANEXO B – Relatório do Café da Manhã sobre aviação

– aeroportos industriais ........................................................................87

ANEXO C – Instrução Normativa SRF n° 241, de 06 de Novembro de 2002 ...........91

vii

ANEXO D – Instrução Normativa SRF n° 356, de 02 de Setembro de 2003 ..........107

ANEXO E – Instrução Normativa SRF n° 463, de 19 de Outubro de 2004 .............110

ANEXO F – Balança Comercial do Brasil e Mato Grosso do Sul ............................113

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização do aeroporto de Campo Grande (MS)....................................08

Figura 2. Área frontal do aeroporto de Campo Grande (MS) ....................................09

Figura 3. Movimentação de cargas – vôos domésticos ............................................09

Figura 4. Movimentação de cargas – vôos internacionais ........................................10

Figura 5. Fluxograma de logística integrada .............................................................40

Figura 6. Fluxograma de aeroporto industrial............................................................48

Figura 7. Foto aérea do aeroporto internacional de Campo Grande (MS) ................53

Figura 8. Estrutura da plataforma logística de Saragoza (Espanha).........................57

Figura 9. Estrutura produtiva do PIB/MS – série histórica 1985-2003.......................59

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Estrutura Produtiva do PIB/MS – 1985-2003 ............................................58

Tabela 2. Exportações de Mato Grosso do Sul – Principais Destinos ......................61

x

RESUMO

O advento da reforma tributária que determina a unificação em todo o território

nacional das regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços - ICMS, garantia o fim da guerra fiscal, na qual alguns Estados da

Federação, concedem incentivos para captar novos empreendimentos industriais, ao

passo que Estados menos favorecidos que não se situam no eixo sul-sudeste

continuariam com vazios econômicos, bolsões de pobreza e disparidades regionais.

A aplicação desta reforma poderia prejudicar Mato Grosso do Sul, pois muitas

empresas se fixaram no Estado devido, principalmente, aos benefícios fiscais

concedidos pelo Governo do Estado através de seu Conselho Industrial de

Desenvolvimento – CDI/MS. Tendo por base este cenário macroeconômico, buscou-

se analisar, através de pesquisa qualitativa com representantes de entidades

públicas e privadas e identificação de modelos pré-existentes, a possibilidade de

implantação do Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS), como forma de

alavancar o desenvolvimento regional sustentável de Mato Grosso do Sul.

Palavras-chave: Aeroporto; Logística; Desenvolvimento Regional.

xi

ABSTRACT

The advent of the reform tax that all determines the unification in the domestic

territory of the rules of collection of the ICMS, guarantee the end of the fiscal war, in

which some States of the Federacy, grants incentives to catch new industrial

enterprises, to the step that favored States less than do not place in the axle south-

Southeast would continue with economic emptinesses, regional bolsões of poverty

and disparidades. The application of this reform could harm Mato Grosso do Sul,

therefore many companies if had fixed in the which had State, mainly, to the tax

benefits granted by the Government of the State through its Industrial Advice of

Development - CDI/MS. Having for base this macroeconomic scene, one searched

to analyze, through qualitative research with representatives of public and private

entities and identification of preexisting models, the possibility of implantation of the

Industrial Airport of Campo Grande (MS), as form of alavancar the sustainable

regional development of Mato Grosso do Sul.

Key-words: Airport; Logistic; Regional Development

1 INTRODUÇÃO

A globalização da economia estabelece pontes sobre abismos das

disparidades continentais e regionais. Porém, essas vias parecem ter mão única na

direção de países desenvolvidos, com concentração do capital, como demonstra

organismos internacionais, a globalização, em vez de corrigir, está ampliando as

diferenças econômicas e sociais entre povos ricos, emergentes e miseráveis. A cada

dia se manifestam novos exemplos de desequilíbrios, frutos da deformada estrutura

dessa política excludente. A globalização da economia mundial resulta na

desagregação social, em função da crescente concentração da renda e ampliação

de contingentes de pobreza, especialmente em países do Terceiro Mundo.

Também, a globalização é um projeto de expansão comercial de empresas

multinacionais, para vender seus produtos e ocupar mercados globais. O objetivo é

conquistar consumidores locais, com produtos concebidos, a partir de padrões de

consumo, necessidades e culturas absolutamente distintas (MAY, 1995).

No Brasil, vive-se a dicotomia quanto às conseqüências da globalização. De

um lado, a integração aos avanços no conhecimento, tecnologia, produtos e

mercados, são inquestionáveis. De outro, produtos estrangeiros criam demandas

artificiais, agridem tradições centenárias, mudam hábitos e impõem padrões de

consumo, muitas vezes, incompatíveis com culturas locais (SASSEN, 1998). Para

isso, o primeiro alvo dos oligopólios multinacionais é destruir as culturas locais para

desestruturar referências e deformar sentimentos e adormecer iniciativas populares.

O desenvolvimento sustentável requer, em primeiro lugar, desenvolvimento do

capital humano, via organização e conhecimento, tecnologia apropriada à eficiência

econômica e relativa independência econômica. É fundamental que a sociedade

compreenda o mimetismo global para que saiba construir processos alternativos à

hegemonia, apropriando benefícios dessas macro-forças, naquilo que elas podem

oferecer de positivo: domínio do conhecimento, desenvolvimento tecnológico,

qualidade de produtos e de processos de acesso a mercados.

Diante de um processo acelerado de globalização do País, Mato Grosso do Sul

apresenta possibilidade real de se desenvolver em diversos setores da economia,

2

respeitando seus valores locais, que lhe confere referências comparativas e

competitivas, singulares. Hoje, já se observa uma reversão estrutural em alguns

indicadores do Estado, como emprego e geração e distribuição de renda. Contudo,

ainda se está longe do necessário, uma vez que há uma longa caminhada a ser

feita, na edificação de uma economia descentralizada, diversificada e competitiva.

O desafio impõe ao Estado de Mato Grosso do Sul uma nova postura. Definir,

claramente, seu papel, promover ajustes internos e implementar políticas de

produção agrícola, industrial e do turismo; organizar sistemas estratégicos de

promoção ao investimento, às exportações e ao comércio interno e perseguir

obstinadamente as parcerias para promover o crescimento econômico e a

distribuição da renda de forma sustentável. Para tanto, necessita-se de qualificação

técnica e gerencial para inovar em processos, de valor competitivo agregado, para

participar e disputar concretamente espaços em mercados.

Inovação técnica e gerencial é a chave da competitividade. Têm-se produtos

competitivos, como carnes, minérios, soja e turismo, mas não se tem

competitividade orgânica na economia estadual. É preciso um esforço de

harmonização de políticas, com enfoque em amplas parcerias, para que brotem

sinergias endógena e sistêmica e resulte na emergência de um ambiente favorável

ao desenvolvimento econômico e competitivo, em Mato Grosso do Sul.

Os novos papéis do Estado focalizam a promoção da inclusão social e da

regulação e indução ao desenvolvimento. Para cumprir essa missão, em primeiro

lugar, são necessárias políticas sociais de redistribuição de renda, como a bolsa-

escola, reforma agrária, segurança alimentar, entre outras, em prática pelo Governo

Popular de Mato Grosso do Sul. São políticas necessárias, mas não suficientes ao

desenvolvimento sustentável. Providências associadas, desconcentração de renda e

crescimento da economia são pré-requisitos nessa equação.

O resultado esperado, nessa equação é a elevação de padrões de vida das

pessoas, que vivem no país com novas perspectivas, numa sociedade que deixa de

ser assistencialista para investir no incremento da renda e emprego, por meio de

políticas de inclusão e emancipação socioeconômica dos cidadãos.

3

Políticas sociais que emancipem cidadãos, elevando-os a um novo patamar de

dignidade; políticas de promoção da produção, com renda agregada e geradora de

emprego, com respeito ao meio ambiente, vinculadas a uma moderna estrutura

industrial e de serviços; e sob o controle competente de uma estrutura de gestão

democrática e participativa. Estes pressupostos formam a base de um novo conceito

de desenvolvimento econômico sustentável para Mato Grosso do Sul. Isso passa,

portanto, por políticas de inclusão social, de desenvolvimento tecnológico e de

crescimento econômico, com expansão da matriz produtiva e verticalização da

mesma, através de inovações na geração de renda agregada e de acesso aos

mercados.

Mato Grosso do Sul está, pois, na porta de entrada para o seu

desenvolvimento, em que sai da condição de Estado produtor de matérias primas

baratas, para um novo paradigma, de Estado com produção diversificada e

agroindustrializada, apoiada por um setor de serviços e orientada por uma

população evoluída tecnicamente e sábia politicamente.

Diretrizes macroeconômicas do Estado estão traçadas nos Cenários e

Estratégias de Longo Prazo para Mato Grosso do Sul – MS 2020, que passaram por

amplas discussões microeconômicas locais e regionais (fóruns temáticos) e

legitimam tomadas de decisões do Governo. Assim, as macro-políticas e diretrizes

para o desenvolvimento econômico sustentável, têm os seguintes objetivos

principais (SEPLANCT/MS, 2000):

• Promover o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul, tendo como objetivo a elevação de qualidade de vida e a equidade social; como pré-requisito a eficiência e ao desenvolvimento econômico; e como condicionante a conservação ambiental;

• Definir novos rumos para o desenvolvimento econômico do Estado, com atração de investimentos, desenvolvimento de mercados, promoção e incremento da produção, da geração de renda, da criação de novos empregos, para reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida da população.

• Definir as estratégias de ação para a implementação de políticas econômicas, aproveitar as diferentes forças endógenas das pessoas. Se estas são diferentes, as comunidades se organizam de forma distinta e as regiões apresentam potencialidades

4

próprias, logo a metodologia do desenvolvimento deve ser local, ao implementar os Arranjos Produtivos Locais - APL' s;

• Definir uma carteira de Programas e Projetos de atividades econômicas estratégicas e prioritárias.

Nestes anos de governo, o esforço foi de redirecionar rumos do

desenvolvimento do Estado. A economia sul-mato-grossense apresentava sinais de

depressão, em grande parte como resultante da âncora verde, ao sustentar as

políticas macroeconômicas, de abertura da economia brasileira. Num cenário de

incertezas econômicas, baixa credibilidade política e baixa rentabilidade a economia

sul-mato-grossense estagnou, não investiu e viveu longos anos de autofagia. A

mudança política, ocorrida em 1998, com a chegada ao poder do “Governo Popular”,

tem a ver com o novo cenário de “retomada do desenvolvimento”, com

investimentos, políticas sociais, democracia, credibilidade e participação.

A estratégia de curto prazo consistiu na atração de investimentos produtivos ao

Estado, para incrementar a produção, gerar renda, criar empregos e melhorar a

qualidade de vida da população, ao utilizar a logística privilegiada, proximidade de

grandes centros consumidores e dos incentivos fiscais enquadrados na Lei 093, de

novembro de 2001, também chamada de MS-Empreendedor.

Neste sentido, o fortalecimento da produção, a implementação do parque

industrial, o incremento de atividades de serviços e negócios e a me1horia de

condições de infra-estrutura, com cuidados ambientais, constituem-se eixos básicos

sobre os quais o desenvolvimento econômico possibilita evoluir.

Por outro lado, está em trâmite a reforma tributária que determina a unificação

em todo o território nacional, das regras de cobrança do Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços - ICMS, o principal imposto estadual (REVISTA ÉPOCA,

2004). Isto garantiria o fim da guerra fiscal, na qual alguns Estados da Federação,

inclusive Mato Grosso do Sul, concedem incentivos para captar novos

empreendimentos industriais. Aprovada, em 2003, pelo Senado Federal, espera por

votação na Câmara dos Deputados, mas continua na dependência de um acordo

entre governadores.

5

Estratégias para fomento industrial e a busca de novas alternativas para captar

novos empreendedores seriam objetivos de curto prazo para garantir equidade

social e desenvolvimento econômico no Estado.

Tendo por base este cenário macroeconômico, o presente estudo busca

identificar experiências de caráter regional, nacional e internacional prospectadas

para o caso de aeroportos industriais, subsidiar o poder público estadual e municipal

com informações estratégicas para formulação de políticas públicas para

implantação do Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS), como forma de atrair

investimentos produtivos e, assim gerar novas oportunidades de trabalho e renda

aos cidadãos.

Para efeito de acompanhamento deste estudo, o mesmo foi estruturado em

capítulos, além desta introdução. O primeiro aborda a evolução histórica do

Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS). Como segundo capítulo tem-se a

fundamentação teórica que possibilitou traçar da investigação pautada em

estudiosos sobre o assunto.

O terceiro refere-se ao procedimento metodológico em que se detalha fases

que permitiram o desenvolvimento da investigação. Conceitos e fases que permitem

a implantação de um aeroporto industrial, como modelo para o Estado de Mato

Grosso do Sul, são tratados no quarto capítulo.

Já como quinto têm-se resultados e discussões relativas as perspectivas

econômicas, sociais e ambientais, com base na aplicação do questionário. Por fim,

apresentam-se conclusões e recomendações sobre o estudo realizado.

2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CAMPO

GRANDE (MS)

Apresenta-se histórico, infra-estrutura, localização, modalidades de

movimentação entre outros. São citados estudiosos sobre a temática de

desenvolvimento regional sustentável e de modelos de alavancagem industrial.

2.1.1 Histórico

O Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS), também conhecido como

Aeroporto Internacional Tenente Antônio João, designado oficialmente, conforme Lei

Federal n.º 1.905, de 21/07/53. Sua operação é compartilhada com a Base Aérea da

Capital, está classificado como Aeroporto Internacional, pois dispõe de todos os

serviços essenciais àquela classificação, como SAC/DAC - Seção de Aviação Civil,

DTCEA - Destacamento de Controle do Espaço Aéreo, CVS - Coordenação de

Vigilância Sanitária, Polícia Federal e Receita Federal, órgãos que disponibilizam

apoio necessário para o completo desempenho de suas atividades.

Atualmente, possui duas pistas homologadas para pouso/decolagem, sendo

que a pista principal possui dimensões de 2.600 m de comprimento X 45 m de

largura, e outra classificada como secundária nas dimensões de 2.500 m de

comprimento X 23 m de largura. Quanto à pista principal, a sua construção foi

iniciada em concreto cimento em 1950 e concluída em 1953, cuja inauguração

contou com a presença do então Presidente da República, o Exm.º Sr. Getúlio

Vargas, que a bordo de uma aeronave Constellation, da Panair do Brasil, pousou na

pista, dando-a por inaugurada.

O terminal de passageiros teve sua inauguração em 20/01/64, ao contar com a

presença de diversas autoridades. Em 1967, foram implantados os pátios de

aeronaves - civil e militar, em pavimentos rígidos, com o mesmo suporte da pista

7

existente. Com o aumento da demanda da aviação comercial, foi necessária a

ampliação do pátio civil ou seja, o alargamento, doze anos após sua construção.

O Aeroporto Internacional de Campo Grande foi administrado pelo Ministério da

Aeronáutica, através do DAC - Departamento de Aviação Civil, até 03 de fevereiro

de 1975, nessa mesma data, passo a ser administrado pela Empresa Brasileira de

Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO, conforme plano de absorção gradativo de

encargos, aprovado pelo Ministério da Aeronáutica - MINAER, e desde então passou

a receber benefícios expressos em obras, que visa atender o ritmo acelerado de

crescimento da aviação comercial.

2.1.2 Atuais Condições (infra-estrutura)

O Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS) tem se transformado

positivamente, em um pólo de convergência nos últimos anos, em todas as suas

áreas de atuação, sendo que na parte operacional, oferece suporte para a Aviação

Regular Nacional/Regional e Aviação Geral, sendo também de fundamental

importância para as operações militares e apoio imprescindível à Aviação

Internacional.

O Aeroporto disponibiliza, na ala ampliada, todos os serviços públicos

necessários, tais como: Polícia Federal, Receita Federal e Serviço de Vigilância

Sanitária, que canaliza todo o fluxo Internacional para essa área, que também possui

terraço público com vista panorâmica para pátios e pistas, pois segundo a filosofia

mundial de que os Aeroportos são multiplicadores de negócios, a administração está

transformando positivamente todo o complexo Aeroportuário, com a instalação de

novas lojas comerciais, bancos, caixas eletrônicos, que objetiva a facilidade e maior

opção aos usuários.

No tocante ao terminal de passageiros, houve um aumento considerável de

área em 1983, passando de 1.500 m² para 5.000 m². Recentemente, recebeu novos

investimentos na ordem de R$ 3.540.000,00; para fins de aplicação

em/modernização/ampliação, com acréscimo de 1.082 m², face à criação da ala

internacional (setor de desembarque), totalizando 6.082 m² (INFRERO, 2004).

As empresas aéreas que operam, atualmente, em vôos domésticos regulares

são:

8

a) GOL - Gol Linhas Aéreas;

b) VASP - Aviação Aérea São Paulo;

c) TAM - Transporte Aéreo Marilia/Meridional/Mercosul;

d) VARIG - Aviação Aérea Riograndense;

e) TRIP - Trip Linhas Aéreas;

f) GENSA - General Serviço de Aviação.

Em relação aos terminais de cargas alfandegados, a INFRAERO e empresas

aéreas disponibilizam a seguinte infra-estrutura para embarque e desembarque de

mercadorias:

a) Terminal de Carga INFRAERO: 250 m²;

b) Terminal de Carga TAM: 387 m²;

c) Terminal de Carga VASP: 1.560 m².

2.1.3 Mapa de Posicionamento

Figura 1. Localização do Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS)

9

Figura 2. Área frontal do Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS)

2.1.4 Movimentação de Cargas no Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS)

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

embarquedesembarquetrânsito

Figura 3. Movimentação de cargas – vôos domésticos (em Kg) Fonte: Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO , 2004.

10

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

embarquedesemb.trânsito

Figura 4 – Movimentação de cargas – vôos internacionais (em Kg) Fonte: Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO, 2004.

Observar-se que, a movimentação de cargas em termos de embarque,

desembarque e trânsito, é relativamente pequena se comparado com outros

aeroportos nacionais. Nota-se que não existe fluxo de carga internacional nos

últimos anos, até porque não existem vôos comerciais e/ou cargueiros que saem de

Campo Grande (MS) para outros países.

As cargas exportadas não são registradas no Estado de origem. Caso

fossem, Mato Grosso do Sul teria registro de movimentação principalmente pela

comercialização de produtos do vestuário, de biotecnologia e de cortes especiais de

carne bovina e de peixe com países da Europa, Ásia e Rússia.

Vale salientar que o tamanho do terminal de cargas - TECA da INFRAERO,

com cerca de 250 m2, acompanha a reduzida movimentação de cargas, tendo em

vista sua capacidade de armazenamento de mercadorias.

As figuras 3 e 4 mostram que o embarque de cargas domésticas em 2004 se

comparado ao ano de 2003 aumentou em 20%, o desembarque incrementou cerca

de 7% e o trânsito de mercadorias apresentou elevação de 15% em igual período.

2.1.5 Política Ambiental da INFRAERO

As preocupações ambientais norteiam tomadas de decisão da INFRAERO,

uma vez que o órgão dispõe de uma Política Ambiental, em vigor desde 1995 e

revisada em 2000, à qual orienta as estratégias e os objetivos da Empresa.

11

"Assegurar o cumprimento de normas e padrões de proteção ao meio

ambiente a operação, manutenção e expansão dos aeroportos

administrados pela Empresa, visando à minimização e prevenção

dos impactos ambientais decorrentes de suas atividades

(INFRAERO, 2004)"

Veremos a seguir as três linhas de trabalho da INFRAERO e os respectivos

detalhamentos das etapas que norteiam a gestão ambiental da empresa

(INFRAERO, 2004):

a) ATENDIMENTO À LEGISLAÇÃO: Reúne ações que visam o cumprimento da

legislação ambiental. Nesta linha, está a continuidade dos processos de

licenciamento nos aeroportos, iniciado em 2000;

b) ECOEFICIÊNCIA: Objetiva a implementação de ações preventivas visando a

utilização eficiente dos recursos naturais, o aumento de produtividade e a

redução de custos. Nesta linha, estão os programas de desempenho ambiental;

c) EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO: Prioriza ações conscientizadoras do público

interno e externo, prevê a promoção de campanhas de educação ambiental nos

aeroportos, bem como, o apoio a programas de preservação da flora e fauna.

2.1.5.1 Estrutura organizacional para o gerenciamento das questões ambientais na

INFRAERO

Na Sede:

a) Superintendência de Meio Ambiente e Energia – coordena e acompanha as

ações relativas à implementação da Política Ambiental e Energética da

Empresa;

b) Comissão de Gestão Ambiental - propõe à Diretoria da Empresa políticas,

diretrizes, metas e o plano de ação ambiental da INFRAERO, ao selecionar

os projetos prioritários, na área de Meio Ambiente.

12

Nas Superintendências Regionais:

a) Áreas de Meio Ambiente – dar o suporte adequado ao gerenciamento

ambiental dos sessenta e cinco aeroportos da Empresa. Entre as funções das

áreas está o acompanhamento e a orientação aos aeroportos do Plano

Ambiental da Infraero.

Nos aeroportos:

a) Comissão de Gestão Ambiental – garantir o desenvolvimento e a implantação

do Plano Ambiental e apoiar o superintendente do aeroporto na condução dos

assuntos relacionados ao Meio Ambiente.

2.1.5.2 Os princípios ambientais da INFRAERO

Quanto ao ruído aeronáutico:

A INFRAERO considera que:

Um dos principais impactos ambientais resultantes da atividade aeroportuária

é o ruído aeronáutico, proveniente das operações das aeronaves;

As formas mais efetivas de reduzir este impacto são o controle do ruído

gerado na fonte, o zoneamento e a fiscalização do uso do solo nas áreas de entorno

dos aeroportos;

O ruído aeronáutico afeta cada aeroporto e sua área de influência de forma

particular, dependendo das condições específicas do sítio e exige medidas locais e

diferenciadas para alcançar os melhores resultados em cada caso;

A legislação em vigor, que trata das restrições às aeronaves ruidosas e do

controle do uso e da ocupação do solo deve ser aperfeiçoada, visando alcançar a

eficácia necessária para minorar os impactos decorrentes das operações aeronaves;

Está consciente de que a minoração dos efeitos do ruído aeronáutico deve

considerar a adoção de medidas efetivas e que os custos destas medidas poderão

incidir sobre o transporte aéreo.

13

Quanto ao ruído não-aeronáutico:

A INFRAERO considera que:

A forma mais efetiva de reduzir os impactos do ruído não-aeronáutico é o

controle das fontes de emissão;

A compatibilização dos níveis de ruído interno nas edificações com as

atividades desenvolvidas é fundamental para o conforto humano e a produtividade;

A melhor forma da Empresa contribuir para a redução do ruído proveniente

das áreas industriais, equipamentos de solo, veículos e áreas comerciais é

assegurar o cumprimento das normas e legislações federais, estaduais e municipais

que regulamentam os níveis máximos, permitindo e incentivando a substituição dos

equipamentos ruidosos e poluidores.

Quanto a qualidade do ar:

A INFRAERO considera que:

A forma mais efetiva de reduzir as emissões atmosféricas poluentes é

controlando as fontes de emissão, ainda que a contribuição do transporte aéreo seja

marginal na poluição atmosférica global;

A maior contribuição para a poluição do ar nas áreas de entorno dos

aeroportos deve-se ao tráfego de veículos de superfície;

Devido às características de suas atividades, as emissões de poluentes e

material particulado em seus aeroportos apresentam níveis de concentração bem

abaixo daqueles permitidos pela legislação e que sua contribuição para a qualidade

do ar está na busca pela melhoria contínua e no aperfeiçoamento de seus

equipamentos;

A sua contribuição para a qualidade do ar abrange desde a especificação

técnica, o licenciamento e a manutenção de seus veículos e equipamentos até as

ações que visem à melhoria da qualidade do ar nas áreas internas de seus

aeroportos.

14

Quanto aos recursos hídricos:

A INFRAERO considera que:

Deverá buscar otimizar procedimentos de forma a reduzir o consumo de água

nos aeroportos, proteger mananciais e preservar cursos d'água, de forma compatível

com a atividade aeroportuária;

A política de gestão de águas deve estimular a adoção de novas tecnologias

que aumentem a eficiência no uso dos recursos hídricos na construção e na

operação de instalações.

Quanto aos resíduos sólidos:

A INFRAERO considera que:

A política de gestão de resíduos deve compatibilizar o controle sanitário e a

proteção ao meio ambiente com processos eficientes, buscando os menores custos

operacionais;

A melhor forma de contribuir para o tratamento dos resíduos nas localidades

onde atua é utilizando as melhores alternativas tecnológicas e operacionais

disponíveis em áreas internas ou externas aos aeroportos;

A reciclagem deve ser adotada como atividade auxiliar para a redução de

material incinerado ou destinados a aterros sanitários e de modo a buscar receitas e

reduzir custos operacionais do tratamento de resíduos.

Quanto ao consumo de combustíveis:

A INFRAERO considera que:

A forma mais efetiva de alcançar a redução e a racionalização do consumo de

combustíveis é por meio do correto gerenciamento de seus veículos operacionais e

equipamentos;

Sua responsabilidade engloba toda a comunidade aeroportuária e, para tal,

deve coordenar ações com seus parceiros comerciais.

Quanto à conservação de energia:

A INFRAERO considera que:

15

Está consciente de sua responsabilidade em operar os aeroportos de forma a

contribuir para a redução do consumo de energia devendo aplicar medidas de

redução e racionalização do consumo energético decorrentes de suas operações

aeroportuárias;

Que uma das formas mais efetivas de se reduzir o consumo de energia é

adotendo novas tecnologias em seus projetos e instalações, que visem à economia

energética;

Pode contribuir para o uso eficiente de energia coordenando ações com seus

parceiros comerciais e disseminando a conscientização sobre seu uso racional.

Quanto ao uso do solo:

A INFRAERO considera que:

O planejamento do uso e da ocupação do solo é a forma mais eficiente de

garantir a segurança de vôo, minimizar os efeitos do ruído nas comunidades do

entorno e melhorar a acessibilidade aos aeroportos;

O planejamento do uso e da ocupação do solo de áreas internas e externas

aos aeroportos deve ser elaborado de forma integrada com a comunidade,

garantindo o potencial de desenvolvimento da sua área de influência;

A fiscalização e o controle dos usos incompatíveis com os Planos de

Proteção, de Zoneamento de Ruído e a segurança das operações aeroportuárias

devem ser aperfeiçoados para manter o potencial de desenvolvimento dos

aeroportos e minimizar os impactos sobre as comunidades de entorno;

O bom funcionamento do sistema viário e a integração dos modais de

transporte são essenciais para garantir o fluxo de passageiros e mercadorias que

utilizam o transporte aéreo e a plena utilização da infra-estrutura aeroportuária.

Programas Ambientais da INFRAERO

Os programas ambientais da INFRAERO, abaixo relacionados, foram

definidos pelo Comitê de Gestão Ambiental, sendo suas respectivas ações

executadas pela Superintendência de Meio Ambiente e Energia e pelas

Superintendências Regionais:

16

a) Licenciamento ambiental;

b) Resíduos sólidos;

c) Recursos hídricos;

d) Conservação do solo;

e) Prevenção de riscos e emergências ambientais;

f) Ruído;

g) Controle do uso do solo;

h) Avifauna;

i) Conservação de energia;

j) Eficiência no uso de combustíveis;

k) Energias alternativas;

l) Educação ambiental e treinamento;

m) Controle da poluição atmosférica;

n) Gestão de informações.

Licenciamento ambiental

A INFRAERO prioriza, entre seus diversos Programas Ambientais, o de

Licenciamento Ambiental, que objetiva dar continuidade aos processos de

licenciamento dos aeroportos da rede. Dentro desse Programa, cerca de 50

(cinqüenta) dos 65 (sessenta e cinco) aeroportos passam por processos de

licenciamento e 32 (trinta e dois) aeroportos renovaram ou obtiveram seu

licenciamento até 2002.

Resíduos sólidos

Todos os dias, em média, 1.500 m³ de resíduos sólidos provenientes das

aeronaves, terminais de passageiros, instalações industriais e de carga são

processados pela INFRAERO.

Até o final de 2002 foram elaborados ou estiveram em fase de

desenvolvimento 49 (quarenta e nove) Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos (PGRS) nos aeroportos da rede.

17

Nestes planos foram adotadas como diretrizes a implantação de processos

de reciclagem e, paralelamente, a redução dos volumes de lixo incinerados, visando

a desativar todos os incineradores e queimadores de lixo em operação nos

aeroportos até 2004.

Durante o ano de 2002 foram desativados 4 (quatro) incineradores, restando

apenas 17 (dezessete) unidades em operação e uma redução de 53% do lixo

incinerado quando comparado a 2001.

Recursos hídricos

O Programa Recursos Hídricos tem por objetivo geral promover o uso racional

da água de abastecimento nos sistemas aeroportuários sob administração da

INFRAERO em benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da eficiência

dos serviços, propiciando a melhor produtividade dos ativos existentes, na

implantação de sistemas eficientes nas novas unidades.

Para atender a esse objetivo foram concentrados esforços na instalação de

hidrômetros para possibilitar a macromedição da água produzida e consumida em

todos os aeroportos da rede, visando o melhor controle e o gerenciamento do

consumo em cada unidade.

Paralelamente, foi dada continuidade às ações de redução do consumo que

resultaram em uma economia de 233.938.000 litros de água potável, quantidade

suficiente para atender anualmente a 7.800 residências com um consumo mensal de

30 m³, representando uma economia de R$ 2.071.8170,00.

Na expansão de suas instalações, a INFRAERO está prevendo a implantação

de novas tecnologias que venham a permitir a reutilização das águas oriundas das

estações de tratamento de esgotos, aproveitamento das águas de chuva, água de

condensação de sistemas de ar-condicionado em sistemas e utilizações

compatíveis, onde não é necessária a utilização de água potável. Os aeroportos de

Recife, Maceió, Vitória, Santos-Dumont, Congonhas, Florianópolis e o Terminal 3

(três) de Guarulhos já contarão com estas novas tecnologias.

18

Conservação do solo

A atividade aeroportuária caracteriza-se pela utilização de grandes áreas

mantidas sem edificações, com vegetação rasteira, para evitar obstáculos às

operações das aeronaves. Por essa razão, o solo tem uma importância fundamental

para os aeroportos.

A INFRAERO, consciente da necessidade de manutenção da estabilidade do

solo que se depara com fatores naturais de desagregação provocados pela ação da

água dos rios e da chuva, e também pelo homem, vem desenvolvendo projetos para

evitar processos erosivos, conservar a vegetação e proteger a camada fértil do solo.

O Plano Ambiental da INFRAERO prevê o tratamento sistemático e

preventivo no aperfeiçoamento de sistemas de drenagem e investimento de recursos

no controle de processos erosivos.

Seguindo essa diretriz, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -

EMBRAPA, solos foi contratada no início do 2° semestre de 2001 para realizar

diagnóstico ambiental, projeto executivo e transferência de tecnologias para a

conservação e recuperação de áreas degradadas principalmente pela erosão. Após

análises criteriosas, 19 (dezenove) aeroportos da rede foram inicialmente

contemplados onde estão sendo investidos R$ 866.400,00 ao longo de 42 (quarenta

e dois) meses, prazo previsto para o término dos serviços.

Ao descrever os processos erosivos e as áreas sem cobertura vegetal, o

diagnóstico ambiental propôs ações corretivas correspondentes, fornecendo os

subsídios básicos necessários para que, com a INFRAERO, fossem definidas e

priorizadas as áreas, nas unidades aeroportuárias a serem recuperadas.

A recuperação das áreas degradadas utilizando tecnologias da EMBRAPA

com baixo custo para a recuperação de processos erosivos em áreas rurais permite

atender maior quantidade de unidades aeroportuárias com os recursos disponíveis.

Prevenção de riscos e emergências ambientais

Cabe à INFRAERO, com os superintendentes dos aeroportos elaborar,

aprovar, divulgar e atualizar os Planos de Emergência Aeronáutica – PLEM.

19

Atenta à eficácia dos procedimentos de emergência, a INFRAERO realiza,

nos aeroportos, treinamentos periódicos com a utilização de material inflamável, de

acordo com as normas ambientais locais.

Todos os aeroportos da INFRAERO possuem Planos de Emergência

Aeronáutica onde estão dispostos, além das situações de emergência, os

procedimentos e as ações a serem desenvolvidos pela comunidade aeroportuária e

órgãos externos à unidade. São considerados emergenciais, nos aeroportos,

eventos que envolvem diretamente a operação da aeronave, necessidades de

atendimento médico a tripulantes ou passageiros, situações originadas de

vazamentos de materiais perigosos (embalagens inadequadas), situações

resultantes de desastres naturais (inundações, incêndios em áreas patrimoniais,

tempestades), bem como emergências decorrentes de incêndios nas instalações ou

edificações aeroportuárias. Para cada tipo de emergência, o Plano estabelece um

procedimento adequado previsto desde o início do atendimento até a liberação total

da área de ocorrência e retorno à normalidade.

Um dos principais objetivos do Programa Prevenção de Riscos e

Emergências Ambientais é identificar os riscos ambientais existentes nos sítios

aeroportuários, possibilitando o estabelecimento de ações integradas de prevenção

e correção para o aumento da segurança ambiental.

As Análises Preliminares de Perigos, realizadas nos aeroportos, contemplam

os principais sistemas de interesse do ponto de vista ambiental, tais como Sistema

de Combustíveis, Sistema de Drenagem Pluvial, Terminal de Cargas, Comissária,

Incinerador, Subestações, Central de Água Gelada, Estação de Tratamento de Água

e Estação de Tratamento de Esgotos. Também foram analisadas qualitativamente as

atividades de manutenção realizadas em oficinas, tomando-se por referência o

Aeroporto de Congonhas. Com este estudo a INFRAERO dispõe de uma Matriz de

Aceitabilidade de Riscos, que define se os riscos são aceitáveis ou não e quais

ações devem ser tomadas visando à sua adequação.

A Análise Preliminar de Perigos para os sistemas de interesse existentes no

aeroporto de Guarulhos permitiu a identificação de cenários de acidentes para os

quais foram feitas recomendações que visam a atenuar o risco. Pôde-se, também,

constatar a existência de práticas avançadas do ponto de vista da segurança

ambiental em vários sistemas daquele aeroporto. Estas práticas podem ser adotadas

20

como referências internas da INFRAERO, para adoção em outros aeroportos ou em

novos projetos.

Ruído

Considerado o impacto ambiental mais importante entre os relacionados à

aviação civil, o ruído está diretamente associado a toda operação das empresas

aéreas nos aeroportos. Aproximação, pouso, decolagem e taxiamento das

aeronaves, assim como os testes de motores e outras atividades são fontes de

ruído.

Dentro do Programa Ruído Aeroportuário, a Universidade Federal do Rio de

Janeiro, por meio da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos,

Tecnológicos - COPPETEC, foi contratada em 2001 para elaborar as curvas de ruído

para a situação atual dos 65 (sessenta e cinco) aeroportos sob administração da

INFRAERO, tendo sido o seu contrato renovado em 2002 para dar continuidade aos

estudos relacionados às projeções futuras, subsidiando os Planos de

Desenvolvimento dos Aeroportos, que estão sendo desenvolvidos pela Diretoria de

Engenharia da Empresa.

Controle do uso do solo

Nos terminais de passageiros, técnicas de insonorização são aplicadas. No

que diz respeito aos empregados, os cuidados com a minimização dos impactos

causados pelo ruído são tomados por meio da adoção de equipamentos de

proteção, campanhas de conscientização e treinamento.

O Programa Ruído Aeroportuário prevê a adoção de processos de melhoria

contínua na manutenção e na inspeção de veículos, estudos que possibilitem reduzir

o número de equipamentos ruidosos e procedimentos que visem a incrementar o

controle de emissões de ruído em terra.

Em 2002, o trabalho desenvolvido pelo grupo de acústica ambiental da

COPPE/UFRJ teve como principal objetivo o desenvolvimento de procedimentos que

possibilitem o controle da emissão sonora dos equipamentos de apoio ao solo de

aviões, visando à redução de ruído nos pátios dos aeroportos sob sua

administração.

21

Tendo como referência o pátio do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro,

devido à expressiva representação de sua frota nas operações aeroportuárias, os

objetivos específicos do trabalho permitem em médio prazo:

• A elaboração de metodologia de medição do ruído emitido por equipamentos de

apoio ao solo em aeroportos;

• A proposição de níveis máximos de emissão sonora dos equipamentos, a serem

adotados pela INFRAERO;

• O monitoramento dos níveis de ruído emitidos pelos principais equipamentos em

uso, de acordo com a metodologia proposta.

O Programa Ruído Aeroportuário prevê a adoção de processos de melhoria

contínua na manutenção e na inspeção de veículos, estudos que possibilitem reduzir

o número de equipamentos ruidosos e procedimentos que visem a incrementar o

controle de emissões de ruído em terra.

Avifauna

Este programa objetiva reduzir os riscos de acidentes aeronáuticos

decorrentes de colisão com aves mediante ações internas aos sítios aeroportuários

que busquem a redução de fatores atrativos a estas, como também por meio de

articulações externas (governo e municípios) devido às condições de ocupação do

solo e da infra-estrutura da área do entorno.

As ações indicadas neste programa têm como base discussões técnicas

geradas após diagnóstico elaborado pela COPPETEC/UFRJ, realizado em 2002, por

meio da investigação de acidentes ocorridos na aviação civil e militar em território

nacional e identificados os grupos de aves que proporcionam risco potencial à

aviação. Aeroportos da rede foram visitados e identificadas algumas das causas

atrativas às espécies encontradas. Procedimentos foram sugeridos pela equipe

técnica a fim de serem minimizadas as causas aparentes para esses sítios.

A preocupação da INFRAERO com os resíduos sólidos não se restringe aos

sistemas operados pelos aeroportos. Tendo em vista que a falta de saneamento e as

áreas apropriadas para destinação de lixo nos centros urbanos podem afetar

perigosamente a segurança das operações das aeronaves, a INFRAERO tem feito

22

gestões, com as administrações públicas competentes, para impedir atividades

proibidas pela Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA nº4/95.

De acordo com a resolução, não estão permitidas, no entorno dos aeroportos,

atividades que sirvam de foco de atração de pássaros, seja através de áreas

degradadas, atividades irregulares, depósitos clandestinos de lixo e, até mesmo,

aterros sanitários sem controle adequado.

Conservação de energia

Durante o ano de 2002, independentemente dos resultados de 2001, quando

teve que se submeter às metas estabelecidas pelo governo durante o período de

racionamento, a INFRAERO deu prosseguimento aos seus programas internos de

eficientização de energia e teve um consumo anual de energia elétrica de

367.884.577,35 kWh.

Com a energia poupada foi possível disponibilizar 11.183.691,15 kwh para

atendimento à expansão de sua infra-estrutura, que representou 3,04% de seu

consumo em 2002 e fechar o ano com saldo líquido de redução de consumo de

1,92% em relação a 2001. Estas ações redundaram em uma economia de R$

5.285.532,00.

Dando prosseguimento ao Plano Diretor de Energia foram elaborados vários

estudos de viabilidade de implantação de cogeração de energia. Esta tecnologia

agrega grande ganho ambiental, pois trata-se de sistema de grande eficiência sob o

ponto de vista energético, mediante aproveitamento do calor liberado pelos motores

dos geradores na produção de água gelada para os sistemas de ar-condicionado,

utilizando gás natural como combustível.

Os resultados iniciais sinalizaram a viabilidade da implantação desta

tecnologia nos aeroportos de Maceió, Vitória, Galeão, Santos-Dumont, Congonhas e

Guarulhos.

Eficiência no uso de combustíveis

Ciente da importância do uso racional dos recursos energéticos e dos

desdobramentos econômicos e ambientais que a economia de combustível pode

representar para uma atividade, e de forma a obter uma melhor compreensão dos

23

impactos destes insumos, e também de como implementar as ações necessárias à

sua eficientização, a INFRAERO contratou a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz

Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/Universidade Federal do Rio

de Janeiro), por meio do Programa de Engenharia de Transportes, para elaborar o

Programa de Eficiência Energética para Veículos nos seus aeroportos.

No Planejamento Empresarial 2003 a INFRAERO determinou, como uma de

suas metas, a implantação deste programa em um aeroporto de cada uma das suas

sete Superintendências Regionais.

A INFRAERO entende que a implantação conjunta das medidas visando à

Eficiência Energética e do Programa de Uso de Combustíveis Alternativos

representam uma possibilidade concreta para a redução de custos financeiros e

ambientais.

Energias alternativas

A INFRAERO objetiva, por meio desse programa, contribuir para a redução

das emissões atmosféricas locais e globais, adotando combustíveis alternativos

como fonte de energia nos locais onde forem confirmadas a viabilidade técnica e

econômica para a sua implantação.

Durante o ano de 2002 foi solicitado à COPPE avaliação preliminar do

potencial de utilização de fontes de energias alternativas. Os estudos de pré-

viabilidade recomendaram a utilização da energia solar térmica e sinalizaram com a

possibilidade da produção de energia com a biomassa, que seria obtida com a

produção de biodiesel a partir da gordura retirada de suas estações de tratamento

de esgotos, e a produção de energia elétrica mediante instalação de geradores

eólicos em alguns aeroportos do nordeste.

Em continuidade a este programa serão elaborados estudos complementares

para implantação de planta-piloto de produção de biodiesel no aeroporto do Galeão,

visando a alimentar parte da frota de veículos e geradores elétricos que consomem

óleo diesel naquele aeroporto.

Da mesma forma, tendo o Aeroporto de Fortaleza como piloto, está previsto a

contratação de levantamento e medições complementares sobre o vento, com o

objetivo de identificar o aerogerador ideal para as condições locais, viabilizando a

24

sua instalação mediante otimização das condições futuras de operação do conjunto,

que garantirão a viabilidade financeira do empreendimento.

Educação ambiental e treinamento

Com o objetivo de conscientizar a comunidade aeroportuária e do entorno dos

aeroportos sobre os aspectos ambientais da atividade aeroportuária, a

implementação de Projetos de Educação Ambiental foi incluída como meta no

Planejamento Empresarial, colocando em prática medidas sócio-ambientais que

contribuem no desenvolvimento de suas atividades.

Todos os setores da Empresa são periodicamente sensibilizados para que

uma nova percepção do meio ambiente seja provocada por meio de programas

efetivos de educação ambiental.

Foram implementados ou tiveram continuidade 14 (quatorze) projetos de

educação ambiental, por meio das Superintendências Regionais, em Mato Grosso

do Sul, especificamente, podemos citar:

• Aeroporto de Ponta Porã - Projeto INFRAERO Amiga da Escola. Objetivo:

Promover a preservação ambiental, despertando a conscientização sobre a

necessidade da redução de resíduos e efluentes, e o interesse às questões

ambientais.

Treinamento

O programa objetiva promover a participação, a conscientização e o

conhecimento dos empregados, da comunidade aeroportuária e da sociedade em

geral sobre os aspectos ambientais relacionados às atividades aeroportuárias.

Em todas as regionais foram realizadas palestras de sensibilização nos

cursos de formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, no

treinamento introdutório, na Semana de Investigação e Prevenção de Acidentes do

Trabalho – SIPAT, entre outras.

Cursos, treinamentos e palestras estão inseridos na rotina das atividades

aeroportuárias no que diz respeito aos aspectos ambientais. Seja com o objetivo de

reciclar ou formar empregados com vistas à capacitação e níveis crescentes de

25

qualidade nas atividades regulares que desempenham, a INFRAERO envolve, nesse

conceito de necessidade de aperfeiçoamento, tanto gerentes quanto técnicos.

A INFRAERO acredita que o uso de equipamentos de proteção, operação de

máquinas, manuseio de materiais perigosos, procedimentos ambientais em ações de

emergência entre outras rotinas são atividades que exigem atenção, atualização e

aperfeiçoamento constante por parte de quem as executa.

Os superintendentes e os profissionais que ocupam funções gerenciais

dispõem de treinamento específico no curso "Gerenciamento Ambiental de

Aeroportos", administrado anualmente pela INFRAERO desde 2000, com

especialistas dos seus quadros e convidados externos.

Controle da poluição atmosférica

A Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio da COPPETEC, elaborou

estudo sobre poluição do ar decorrente da operação dos aeroportos, demonstrando

que as concentrações de poluentes atmosféricos oriundas das atividades

aeroportuárias estão muito abaixo dos níveis máximos permitidos pelo CONAMA e

por outros órgãos ambientais internacionais.

Independentemente da contribuição dos aeroportos na qualidade do ar, a

INFRAERO vem implementando ações visando à substituição de combustíveis de

equipamentos e veículos, buscando o equilíbrio entre a eficiência energética e o

meio ambiente.

Gestão de informações

O Sistema de Informações Geográficas de Meio Ambiente – SIGMA tem

como objetivo um melhor controle ambiental no entorno dos aeroportos

administrados pela INFRAERO, permitindo visualizar, analisar e cruzar informações

ambientais que possam interferir na gestão aeroportuária, acessar, atualizar e cruzar

dados do aeroporto de interesse ambiental que facilitem a gestão, disponibilizar

dados corporativos e do aeroporto para todos os níveis de gestão e integrar dados e

atualização das informações sem redundância. Tem como base inicial o projeto,

contratado com o Grupo de Tecnologia em Computação Gráfica da PUC-Rio

(TECGRAF/PUC-RIO), visou obter, integrar e dispor de informações geográficas e

26

alfanuméricas confiáveis e atualizadas para 20 (vinte) aeroportos administrados pela

INFRAERO.

Informações disponibilizadas:

• Gestão Ambiental – emissão de relatórios de situação, análises do entorno e

acompanhamento da evolução urbana;

• Gestão aeroportuária;

• Instalações aeroportuárias, ações ambientais em curso e pronta recuperação de

informações e documentos técnicos;

• Ambientais para o Planejamento – auxiliar nas tomadas de decisão sobre

ampliações pretendidas;

• Operações, Segurança e Navegação – implantações de natureza perigosa,

controle de avifauna, obstáculos, rotas de fuga – monitoramento do entorno.

2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CONTEXTUALIZADA

2.2.1 Desenvolvimento Sustentável

No final de 1980, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento

(Comissão Brundtland) publicou o relatório, intitulado "Nosso Futuro Comum" que

passou a constituir a referência central para o futuro desenvolvimento, propagando o

conceito de Desenvolvimento Sustentável, como sendo "aquele que satisfaz as

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras

satisfazerem as suas próprias necessidades" (CMMAD, 1988).

O desenvolvimento sustentável, como princípio, deve ser compreendido a partir

desse enfoque de complexidade que considera restrições estruturais da organização

do sistema sócio-ambiental. Por outro lado, a visão ética e de solidariedade passa,

necessariamente, por escolhas políticas e pelas condições complexas da realidade,

com os seus conflitos e tensões internas. Assim, o desenvolvimento sustentável

pode ser conceituado, de forma operacional, como o "processo de mudança social e

elevação de oportunidades da sociedade, ao compatibilizar, no tempo e no espaço,

o crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a qualidade de

27

vida e a equidade social, que partiu de um claro compromisso com o futuro e a

solidariedade de gerações" (BUARQUE, 1995). O conceito encerra três grandes

conjuntos interligados e com características e papéis diferentes no processo do

desenvolvimento, diferenciando os componentes econômicos, sociais e ambientais

da proposta:

a) A elevação da qualidade de vida e a equidade social constituem objetivos

centrais do modelo de desenvolvimento, orientação e propósito final de todo

esforço de desenvolvimento no curto, médio e longo prazo;

b) A eficiência econômica e o crescimento econômico constituem pré-requisitos

fundamentais, sem os quais não é possível elevar a qualidade de vida com

equidade. Desta forma, representa uma condição necessária, embora não

suficiente, do desenvolvimento sustentável;

c) A conservação ambiental é um condicionante decisivo da sustentabilidade do

desenvolvimento e da manutenção no longo prazo, sem a qual não é possível

assegurar qualidade de vida para as gerações futuras e equidade social

sustentável e contínua no tempo e no espaço.

Desenvolvimento ambiental, econômico, social e político

Desenvolvimento é um processo de natureza antropológica, cultural,

sociológica, ecológica, tecnológica, política, econômica e ambiental. O

desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo inter-

relacionado, complexo e sistêmico, que envolve diversos valores locais, recursos

naturais, capital social e econômico, a gestão do conhecimento e o gerenciamento

de negócios, em articulação com as classes empresariais e de trabalhadores (MAY,

1995). Desenvolvimento, portanto, resulta de forças naturais, da solidariedade

organizada e da inteligência humana, no sentido da construção do bem comum e da

solidariedade entre gerações presente e futura.

Com essa visão, as políticas públicas voltadas à promoção do investimento, da

produção, da geração de renda, da criação de empregos e da cidadania do povo sul-

mato-grossense, são elementos indutores ao desenvolvimento econômico do

Estado. Essas políticas integram o projeto do desenvolvimento do Estado, que

envolve dimensões social, econômico e político.

28

O desenvolvimento sustentável será alcançado por meio de atividades bem

orientadas e com prudência ambiental, eficiência econômica e justiça social. Será

um produto harmônico, resultante do equilíbrio estrutural do ponto de vista

ambiental, do lucro e do combate à pobreza e da inclusão social, que requer um

processo capaz de dominar a avidez do capital pela concentração da renda, de

direcionar a produção tecnológica voltando-a ao objeto da inclusão social e de

fomentar a solidariedade no conjunto dos atores do desenvolvimento

(CONFEDERAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1996).

O novo paradigma do desenvolvimento sustentável, no ambiental, econômico,

social e político tem referências centradas no conhecimento, na gestão

compartilhada, na geração e desconcentração da renda, no respeito ao meio

ambiente e na inclusão social. Este é o desafio do desenvolvimento sustentável em

Mato Grosso do Sul.

Desenvolvimento competitivo, sistêmico e endógeno

Crescimento econômico e preservação ambiental são considerados objetivos

antagônicos. Nessa perspectiva, existem evidências suficientes para comprovar que

industrialização e urbanização criam pressões significativas na base natural de uma

economia, seja pela utilização acelerada de recursos naturais exauríveis em

processos produtivos, seja devido à geração de poluição que degrada a qualidade

ambiental (MAY, 1995). A competitividade nasce e diferencia atores econômicos, na

gestão, empresarial, na tecnológica, na qualidade e na forma de atuar em mercados

O desenvolvimento endógeno requer um enorme esforço na construção de

uma parceria ampla e representativa da sociedade que seja capaz de reproduzir,

coletivamente, decisões para alavancar o desenvolvimento, em tempo real. O

desenvolvimento só acontece quando as forças sociais assumem compromissos

com o processo e passam a implementá-lo, de forma sistêmica (BUARQUE, 1999).

Atores locais, mobilizados por interesses comuns constroem um pacto territorial

capaz de estimular o desenvolvimento competitivo, sistêmico e endógeno. O

desenvolvimento sócio-econômico. Assim, é um produto, resultante do ambiente

político; do capital humano; das condições socioeconômicas; da natureza do

conhecimento e tecnologia; dos valores locais comparativos; da mão-de-obra e

29

logística; das condições atrativas ao investimento; do mercado e valores de

competitividade.

Conhecimento como marca principal

O desenvolvimento econômico sustentável tem sua base no conhecimento e se

apoia no domínio e na inovação tecnológica, como um instrumento essencial. Sem

tecnologia, socialmente apropriada, não há desenvolvimento e, ambos, dependem

do conhecimento para inovar e melhorar a produção com renda agregada. Este é o

sentido ético do desenvolvimento da produtividade , sem desperdícios, da produção

voltada ao consumo e do respeito aos valores locais (MAY, 1995).

Desenvolvimento sustentável requer diversificação econômica e da valorização

das culturas locais, expressas nas virtudes naturais, nas artes e nas tradições da

população. Estes elementos condicionam a construção da necessária aliança

territorial, para promover a riqueza e fomentar Arranjos Produtivos Locais em

atividades integradas e interdependentes, capazes de gerar sinergias sócio-

econômicas, que satisfaçam as necessidades e criem escala de satisfações futuras

(SEBRAE, 1999).

O desenvolvimento da produção, com base no conhecimento, via tecnologia e

gestão de cadeias produtivas, é um dos caminhos para melhorar a produtividade,

reduzir custos, corrigir os estrangulamentos e equilibrar a matriz produtiva, dotando-

a de força competitiva, eficiência econômica, respeito ao meio ambiente e justiça

social.

Em Mato Grosso do Sul é necessária a implantação imediata de políticas de

gestão do conhecimento, que envolva a comunidade acadêmica e científica para a

qualificação de atores para o desenvolvimento, em tecnologias inovadoras como os

Arranjos Produtivos Locais - APL 's, emergentes, com base em diferenças regionais

e agregação de valores e na incorporação de conceitos de qualidade aos processos

produtivos do Estado.

A função social

Investir para produzir, gerar renda, criar emprego, promover a qualidade de

vida da população, são missões do desenvolvimento econômico sustentável cujo fim

30

está na promoção do homem, respeito à natureza e na eficiência das atividades

produtivas. O homem é a razão, porque é o agente das transformações e das

mudanças, sem as quais não há, nem a justiça social (CAVALCANTI, 1999).

Assim, as políticas de desenvolvimento devem expressar aspirações da

comunidade, comprometidas em corrigir as deformações ao promover correções nas

deformações estruturais da economia, de tal forma a voltá-las à maioria da

população. Ainda, essas políticas devem estar sob o controle social, por meio de

processos sistêmicos e endógenos. Sistêmicos porque se sustentam na interação de

diversos atores envolvidos e endógenos porque são concebidos pela vontade

coletiva da sociedade de assumir a idéia de se desenvolver.

Mercado como referência

O mercado se orienta pelas tendências do consumo, que, por sua vez, se

referencia na qualidade e no preço dos produtos. Respeitar interesses de

consumidores é uma estratégia moderna de competitividade, reproduzem o novo

paradigma para quem deseja ser visto e permanecer no mercado. Não basta

produzir, mas é necessário produzir o que o consumidor quer comprar, correr atrás

do consumidor e ter competitividade para atuar e conquistar esse mercado

(BUARQUE, 1999).

O mercado orienta a produção, dentro de limites da livre concorrência. Isto é,

nos limites da obediência civil e da livre concorrência, a relação oferta/procura se

auto-regulamenta e auto-fiscaliza. O Estado indutor e regulador intervêm quando

estas condições não forem respeitadas.

Por outro lado, a capacidade competitiva de agentes econômicos resulta da

inteligência de processos de gestão do conhecimento, com sinergia sobre

competências estabelecidas e inovadores do ponto de vista operacional,

administrativo e tecnológico e capazes e interagir proativamente em APL’S.

A inteligência competitiva é, por isso, uma estratégia importante ao

desenvolvimento econômico sustentável (SEBRAE, 1999).

31

Cooperação e competitividade

A paradoxal parceria entre a cooperação e competitividade é uma estratégia do

desenvolvimento econômico sustentável. Atores competem no mercado, mas

cooperam, entre si, por soluções técnicas comuns. Esta é a aliança contemporânea

da complementariedade das ações, utilizada na produção integrada e voltada ao

desenvolvimento dos sistemas de produção, solidários e competitivos.

Num cenário global, cuja lógica é concentrar, numa ponte e excluir, na outra, a

sobrevivência econômica de agentes, tem relação direta com a sua capacidade de

integração e cooperação.

Em Mato Grosso do Sul, cooperar é um imperativo. As barreiras culturais da

nossa população precisam ser removidas para alicerçar o desenvolvimento do

Estado total sobre uma base solidária e integrada no associativismo.

Indiscutivelmente, a organização é a primeira estratégia da competitividade

(SEPLANCT, 2000).

Informações estratégicas

Na atividade econômica, informação é inteligência competitiva. Por isso, os

agentes econômicos atuam em escala crescente de agressividade, competindo mais

e se utilizando de melhores informações estratégicas para disputarem o mercado.

Portanto, um sistema de informações estratégicas, na linguagem e objetividade do

investidor, orientada para a atração de investimentos e promoção de negócios, é

uma ferramenta importante. A operacionalização disso se dá por equipes técnicas

capacitadas, treinadas e motivadas a cumprir essas funções altamente

profissionalizadas, no atendimento aos clientes e na realização de investimentos e

negócios.

Mato Grosso do Sul ainda não se utilizou dessa ferramenta, por isso, tem uma

imagem frágil, e pouco conhecido, apesar de sua enorme potencialidade. Seu nome

ainda não se firmou como marca, sendo freqüentemente confundido com o Estado

de Mato Grosso.

Por isso fortalecer a marca "Pantanal", associada ao nome de Mato Grosso do

Sul é assumir uma identidade simbolizada pela marca representativa das místicas

potencialidades ambientais, culturais e oportunidades para investimentos e

32

negócios. Isso pode ser uma estratégia para se fortalecer rapidamente a imagem do

Estado no mercado nacional e internacional e vender as oportunidades e

potencializar o nosso desenvolvimento.

Articulação sócio-política e institucional

A velocidade do conhecimento e a geração de novas tecnologias requerem

mudanças nas formas gerenciais das instituições e dos processos econômicos. Isto

significa a prospecção e acompanhamento de mudanças de caráter tecnológico,

mercadológico, cultural e financeiro. Estes são os principais fatores - internos e

externos - a serem monitorados, com o objetivo de apoiar adequadamente o

desenvolvimento rápido de empreendimentos que gerem produção, renda e

oportunidades, para o desenvolvimento econômico-social local e regional. Há,

portanto, uma enorme necessidade de construir parcerias voltadas a viabilizar uma

ampla estrutura gestora do desenvolvimento econômico, onde a sociedade e os

agentes econômicos assumem o processo e apoiam os atores técnicos e

econômicos na implementação do empreendedorismo. As parcerias, além de

viabilizarem gestões prósperas, potencializam os recursos, facilitam a cooperação

sistêmica e promovem a competitividade, com grande impulso às economias locais e

regionais (SEPLANCT, 2002).

O desenvolvimento, concebido na lógica do desenvolvimento local sustentável,

ganha velocidade, na razão direta da qualidade e amplitude das parcerias, devendo

estas expressar concretamente à vontade da sociedade (SEBRAE, 1999).

Assim, o desenvolvimento ganha impulso quando os atores e a sociedade,

coletivamente, assumem esse objetivo, com as parcerias horizontais e verticais,

importantes. Porém, essa engenharia social deve ser feita com muita habilidade e

proatividade, priorizando políticas majoritárias de valor agregado. Alavancar o

desenvolvimento significa solidariedade e trabalho, em faixas de consenso social e

somente envolvem questões conflituosas, em casos de extrema relevância.

Operar sem esta inteligência é priorizar crescimento setorial, com base no

corporativismo que, pela sua natureza, é temporário e fugaz, portanto, insustentável.

33

2.2.2 Planejamento Regional

O planejamento do território, nas suas diversas escalas, esteve esquecido ou

arrefecido durante vários anos no Brasil, depois de mais de três décadas de

destaque nas formulações de política e programas nacionais. Desde a década de

oitenta, o planejamento regional e sub-regional esteve fora de moda, como resultado

da própria crise do Estado e, conseqüentemente, do planejamento como instrumento

de orientação da ação, e da forte concentração das políticas nacionais no controle

macroeconômico, abordando o território como uma unidade, embora com diferentes

impactos das políticas globais (ANDRADE, 1991).

Ao mesmo tempo em que a questão territorial saía de cena, os problemas e

desigualdades regionais e sub-regionais se agravavam e passavam por novas e

profundas mudanças decorrentes da globalização, da integração dos mercados, da

reestruturação produtiva e da reformulação do papel do Estado. Esta combinação de

fatores tem levado estudiosos da questão regional a identificarem uma tendência de

reconcentração econômica do país ou, na melhor das hipóteses, redução da

desconcentração. Desta forma, a década de noventa tem apresentado uma

característica interessante de ausência de política regional com um incipiente

processo de reflexão acadêmica e técnica sobre as questões regionais; de forma

que as mudanças deste último qüinqüênio estão fazendo ressurgir o debate sobre o

território e as políticas regionais.

Por outro lado, a reforma do Estado, que tenderia a levar a uma moderação

das políticas regionais, o que parece efetivamente ocorrer, contém um forte

componente de descentralização da estrutura político-institucional, levando a uma

valorização dos sub- espaços nas diversas escalas. Com efeito, quase todos o

programas e projetos federais estão sendo gerenciados de forma descentralizada,

em grande parte assumidos diretamente pelos municípios, como menor unidade

político-administrativa. Essa descentralização reforça a preocupação com a

organização do território, ao mesmo tempo em que aumenta a responsabilidade das

instâncias locais no seu próprio desenvolvimento.

Surgem conceitos planejamento de diferentes fontes - desenvolvimento

sustentável, desenvolvimento humano, desenvolvimento endógeno, entre outros - na

busca de uma abordagem mais ampla e multidisciplinar que negam os resultados

limitados do crescimento econômico - convivendo com a pobreza e a desigualdade -

34

e os impactos desastrosos sobre o meio ambiente. Pouco a pouco estas visões vão

saindo da academia e dos limitados espaços de reflexão técnica para se tornar um

efetivo referencial de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o planejamento evolui

para uma abordagem participativa que corresponde a uma crescente organização da

sociedade e a importantes inovações institucionais, especialmente a emergência de

novas organizações sociais e funções públicas não estatais.

Como fruto desta política, foi instituído os Conselhos Regionais de

Desenvolvimento Sustentável - COREDES, divididos em oito regiões do Estado:

Central, Bolsão, Alto Pantanal, Norte, Sul-fronteira, Leste, Sudoeste e Grande

Dourados. Este trabalho se caracteriza como continuidade dos Cenários e

Estratégias de longo prazo para Mato Grosso do Sul - MS2020, sendo considerado a

interação da região com os municípios que formam o espaço regional, combinando

procedimentos como: esforço de mobilização de sociedade local nos municípios,

voltado para a reflexão sobre os problemas e potencialidades e as ações

necessárias ao desenvolvimento municipal; o processo de análise macro regional e

construção de uma visão estratégica da região (SEPLANCT, 2001).

2.2.3 Arranjos Produtivos Locais – APL'S

A região é um espaço particular que sintetiza e cristaliza no território um

processo social, econômico, ecológico e cultural complexo, em interação com outros

espaços diferenciados. Não se limita a uma simples delimitação geográfica ou

político- administrativa, traçada de forma mais ou menos arbitrária e como reflexo de

interesses políticos, mas só existe enquanto articulação e relação com outros

espaços ou formações sócio-culturais (BUARQUE, 1995).

Neste conceito, a produção, se apóia no conhecimento, através do domínio

tecnológico, em atividades identificadas com as potencialidades locais, agregadas e

dimensionadas em espaços de resultantes sinergéticas positivas. A região, assim

definida, constrói um pacto territorial, para ali edificar o seu processo de

desenvolvimento, com base nas forças endógenas da sinergia social.

O Arranjo Produtivo Local - APL resulta do desenvolvimento local, que por sua

vez, é resultante direta da capacidade dos atores e da sociedade local se

estruturarem e se mobilizarem, com base nas suas potencialidades e na matriz

35

cultural, para definir e explorar as oportunidades, buscando a competitividade num

contexto de rápidas e profundas transformações (SEBRAE, 1999).

O espaço regional/local, objeto da identificação e implementação dos sistemas

produtivos, é ao mesmo tempo, econômico, político e sócio-cultural, mas deve

incorporar, ainda a dimensão ambiental expressando um conjunto delimitado de

ecossistemas que interagem entre si.

Assim, o APL nada mais é do que um espaço sinergético de processos sociais,

políticos, econômicos, culturais e ambientais, que interagem e produzem produtos

resultantes dessas relações complexas. Quanto maior o grau de agregação de

valores aos produtos, dimensionadas no tempo e no espaço, maior será a

competitividade do sistema, com benefícios que se distribuem sistemicamente na

comunidade interativa. Por isso, o APL é um sistema endógeno de grande impacto,

sobre o território e seus integrantes, promovendo o desenvolvimento local

sustentável.

Do ponto de vista econômico, APL é uma estratégia para reduzir custos,

aumentar produtividade e fixar renda agregada. É um espaço de atividade

econômica exercida sob inspiração social, sabedoria técnica e aproveitamento de

todas as sinergias locais, para potencializar as oportunidades e minoria as ameaças.

Atualmente, são apoiados pelo Ministério da Integração Nacional três APL's no

Estado de Mato Grosso do Sul:

• APL Mandioca: Vale do Ivinhema; APL Cerâmica: Rio Verde de Mato Grosso;

APL Turismo: Costa Leste.

Existem projetos de implementação de mais sete APL's a partir de demandas

do Governo do Estado, tais como:

• APL Piscicultura: Dourados;

• APL Apicultura: Corumbá;

• APL Têxtil X Confecções: Fronteira/Bolsão;

• APL Erva-mate: Ponta Porá;

• APL Madeira/mobiliário: Ribas do Rio Pardo;

• APL Lácteo: local indefinido;

36

• APL Fruticultura: local indefinido.

Desenvolvimento local

Desenvolvimento local é o processo endógeno de mobilização das energias

sociais em espaços de pequena escala que implementem mudanças capazes de

elevar as oportunidades sociais, a viabilidade econômica e as condições de vida da

população, aproveitando as potencialidades locais e explorando as oportunidades

globais (BUARQUE,1999).

O desenvolvimento local significa, também, um projeto coletivo, articulado na

valorização dos valores locais, expressos no capital social, nas aptidões e

oportunidades, na tecnologia, no capital e na viabilidade técnica, ambiental e

econômica das atividades econômicas.

O desenvolvimento local compreende, em primeiro lugar, o sentido da

organização, que eleve o capital social, à vocação de desenvolver processos

endógenos; depois, o objetivo concreto de agregar valores, aos bens sociais e

culturais da comunidade organizada; e, por último, adequar, reestruturar, e

democratizar o setor público, para acompanhar a endogenia e a potencialização da

energia social local.

O desenvolvimento local se processa através de análises participativas, em

que se identificam problemas e potencialidades, numa visão de futuro, de ameaças e

oportunidades, para a escolha de opções estratégicas de programas e projetos a

serem instruídos por um sistema de gestão, estruturado em bases endógenas,

sistêmicas e competitivas (SEPLANCT, 2001).

Valor regional

A alavanca do processo de desenvolvimento de uma região está na sua

população e seu ambiente, ou seja, na potencialidade da interação humana, com a

sua cultura, seu território e suas relações externas. Uma região tem o seu valor

determinado pela sua capacidade de mudar, para competir e se desenvolver. Os

maiores valores de uma região ou local se correspondem ao capital social, o natural

e o financeiro.

37

Atores do desenvolvimento

Os atores do desenvolvimento econômico são as pessoas, as organizações

sociais e empresariais e as instituições que lhe presta apoio logístico em infra-

estrutura e em serviços, como tecnologia, crédito e capacitação profissional. O

Governo atua como agente regulador, num ambiente de intensas relações e

profundas transformações, ocorrendo em velocidade quase imperceptível.

2.2.4 Sistema Local de Inovação Tecnológica (plataformas tecnológicas)

Desafios relacionados à gestão e ao financiamento das políticas públicas de

ciência e tecnologia têm sido enfrentados. Ênfase tem sido dada ao desenvolvimento

tecnológico, na difusão da inovação para a competitividade econômica, por meio dos

sistemas locais de inovação tecnológica.

Entendem-se como sistemas de inovação, a organização de instituições e

processos que se comunicam, interagem e desenvolvem para produzir e promover a

difusão de tecnologias inovadoras; organização dinâmica das inovações nos

ambientes do mercado, da infra-estrutura de C&T e da produção para gerar e

viabilizar a difusão de tecnologias.

A abordagem sistêmica de cadeias produtivas, com vistas a fortalecer os

arranjos produtivos locais, será implementada através de plataformas tecnológicas.

Esta metodologia permite o envolvimento e a negociação entre todos os atores

envolvidos: setor público e suas agências, setor produtivo, as universidades e os

centros de pesquisa, visando a identificação dos instrumentos tecnológicos e

culminando com a elaboração de projetos cooperativos, capazes de apresentar

soluções para os problemas de acesso às tecnologias por parte, principalmente, dos

pequenos produtores rurais e dos micro e pequenos empresários.

O resultado esperado é que o setor produtivo se aproprie de tecnologias

geradas, especialmente para superação dos problemas tecnológicos enfrentados no

cotidiano, permitindo o fortalecimento da geração de renda local, a ampliação da

oferta de empregos e, consequentemente, da melhoria das condições de vida da

população.

O desenvolvimento da ciência e da tecnologia como vetor do desenvolvimento

econômico, deve estar baseado nas características, riquezas e vocações locais.

38

Uma realidade local e regional de fragilidade de competência técnico-científica tende

a perenizar situações de exclusão social e de estagnação econômica.

2.2.5 Clusters

Cluster é uma aglomeração ou agrupamento avançado de empresas com alto

nível de coesão e coordenação entre seus agentes, habilitam ganhos de

externalidades para as empresas por meio de cooperação e aprendizado tecnológico

e comercial (BRITTO, 2000). Ao partir da idéia simples de que as atividades

empresariais raramente, encontram-se isoladas, o conceito de Cluster busca

investigar atividades produtivas e inovativas de forma integrada à questão do espaço

e das vantagens de proximidade. Ao se apoiarem mutuamente, as empresas

integradas a estes arranjos conferem vantagens competitivas para uma região

particular, permitindo explorar diversas economias de aglomeração.

Os fundamentos da competitividade moderna estão no desenvolvimento

científico e tecnológico, incorporado nas organizações públicas e privadas. Nesse

sentido, a sustentabilidade de um Cluster produtivo tem muito mais a ver com a

qualidade do capital humano e intelectual que comanda cada uma de suas

atividades do que com eventos efêmeros de natureza macroeconômica (apreciação

ou desvalorização cambial) ou de políticas regionais (sistemas de incentivos em

regime de guerra fiscal) que podem gerar competitividades espúrias (MEDEIROS,

1996).

As atividades de promoção das oportunidades de investimentos e de

modernização dos sistemas produtivos locais deveriam privilegiar a organização dos

Clusters potenciais em suas regiões de abrangência. Os Clusters consistem em

indústrias e instituições que têm ligações, particularmente, fortes entre si, tanto

horizontal quanto verticalmente. Usualmente, a organização de um Cluster inclui

empresas de produção especializada, fornecedoras, prestadoras de serviços,

instituições de pesquisas, públicas e privadas de suporte fundamental.

A análise de Clusters focaliza os insumos críticos, num sentido geral, que as

empresas geradoras de renda e de riqueza necessitam para serem dinamicamente

competitivas. A essência da organização de Clusters é a criação de capacidades

especializadas dentro de regiões para a promoção de seu desenvolvimento

econômico, ambiental e social (BRITTO, 2000).

39

2.2.6 Condomínios Industriais

O conceito de Condomínios Industriais pressupõe o uso compartilhado da área,

serviços e de gestão. Assim, pode ser definido como uma área construída ou

adaptada para abrigar mais do que uma empresa, oferece, além da infra-estrutura,

serviços paralelos como segurança, telefonia, transporte de resíduos industriais,

transporte de carga interno, serviços de manutenção (limpeza, elétrica, hidráulica e

jardinagem), refeitório industrial, serviços de creche, treinamentos empresariais,

salão de convenções, assistências jurídica, contábil e tributária e como também de

correios (MEDEIROS, 1996).

E importante ressaltar que a diferença básica entre condomínios e loteamentos

ou distritos industriais, é que no caso dos primeiros tem-se que, edificações são

instaladas em um único terreno. É mais fácil montar um condomínio do que um

loteamento ou distrito, uma vez que a área necessária é menor, e pode ser instalado

em edificações já existentes, que passariam por uma adaptação.

A adaptação pode ser realizada por uma empresa que tem capacidade ociosa,

pela Prefeitura, em imóveis públicos ou privados, ou mesmo por empreendedores

privados que queiram dar um novo uso para imóveis existentes.

Condomínios também se diferenciam de loteamentos ou distritos industriais. No

que se refere à formatação jurídica, havendo parcelamento do solo através do

conceito de fração ideal (MORETTI, 1993). Um loteamento é uma forma de

parcelamento em que todas as áreas são de propriedade privada ou pública. As ruas

e outras áreas de uso comum são públicas, enquanto os lotes são de propriedade

privada.

Uma vez implantado um loteamento industrial, ele pode ser chamado de distrito

industrial, dado que é uma parte da cidade que se destina ao uso industrial. No caso

do condomínio, existem áreas de uso comum que não são nem públicas, nem de um

único proprietário. A Lei Federal n° 4591 de 1964 é que dispõe sobre condomínios

em edificações e as incorporações imobiliárias.

2.2.7 Logística

A logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que

facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o

40

ponto de consumo final, assim como todos os fluxos de informações que colocam os

produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços

adequados aos clientes a um custo razoável. Possui atividades primárias que são:

transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos (ANTT, 2004).

Um dos principais pilares da logística empresarial moderna é o conceito de

Logística Integrada, que está representado na Figura 3. Através deste conceito as

funções logísticas deixam de ser vistas de forma isolada e passam a ser percebidas

como um componente operacional da estratégia de marketing. Com isso, o

transporte passa a ter papel fundamental em várias estratégias na rede logística,

tornando necessária a geração de soluções que possibilitem flexibilidade e

velocidade na resposta ao cliente, ao menor custo possível, gera assim maior

competitividade para a empresa (COPPEAD, 2000).

Figura 5. Fluxograma de Logística Integrada Fonte: Centro de Ensino e Estudos Avançados em Gerência de Negócios da Universidade

Federal do Rio de Janeiro – COPPEAD, Rio de Janeiro, 2000.

Modais de transporte de cargas

O transporte é a atividade básica que trata da movimentação tanto de matérias

primas quanto do produto final. É considerada por muitos como a atividade mais

notória e conhecida no meio empresarial, devido a sua importância nos custos

41

logísticos: absorve cerca de 2/3 desses custos (ANTT, 2004). Os transportes são

classificados de acordo com a modalidade em:

• Terrestre: rodoviário, ferroviário e dutoviário; Aquaviário: marítimo e hidroviário;

Aéreo.

Cada um possui custos e características operacionais próprias, que os tomam

mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Os critérios para

escolha de modais devem sempre levar em consideração aspectos de custos por um

lado, e características de serviços por outro. Em geral, quanto maior o desempenho

em serviços, maior tende a ser o custo do mesmo. Basicamente são dois os critérios

adotados por um embarcador na escolha do modal de transporte: preço/custo e

desempenho.

Os modais de transporte mais rápidos e caros como o aéreo e o rodoviário

possuem menor capacidade de carregamento, permitindo a consolidação em menor

tempo e gera flexibilidade necessária para acompanhar variações na demanda. Um

exemplo de empresa que opera totalmente com transporte aéreo é a IBM norte-

americana, na entrega de peças de reposição de mainframes aos seus clientes. Tão

logo surja uma necessidade colocada por seus clientes, a peça, já produzida

anteriormente e em estoque, é enviada imediatamente, via aérea para o local de

uso. Desta forma, a IBM articulou as seguintes decisões de posicionamento

logístico: transporte aéreo fracionado, produção para estoque, estoques

centralizados e fluxos puxados (COPPEAD, 2002).

Além disto, a pesquisa revelou que, quando aumenta a densidade de custos ao

longo dos diversos setores, aumenta o percentual de utilização do transporte aéreo

nos casos pesquisados e reduz-se o total de pontos de estocagem. Um maior

número de pontos de estocagem cria a necessidade de consolidar carregamentos e

explorar economias de escala no transporte, o que muitas vezes só é conseguido

com a programação dos embarques.

Sistema multimodal de transporte

A multimodalidade e a intermodalidade são operações que se realizam pela

utilização de mais de um modal de transporte. Isto quer dizer transportar uma

42

mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no destino final por modalidades

diferentes.

A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de documento de

transporte para cada modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os

transportadores. Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um

documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de origem

até o ponto de destino. Este documento é emitido pelo Operador de Transporte

Multimodal - OTM, que também toma gara si a responsabilidade total pela carga sob

sua custodia (ANTT, 2004).

Várias são as vantagens da utilização do transporte multimodal, entre as quais:

• Contratos de compra e venda mais adequados;

• Melhor utilização da capacidade disponível da nossa matriz de transporte;

• Utilização de combinações de modais mais eficientes energeticamente;

• Melhor utilização das tecnologias de informação;

• Ganhos de escala e negociações do transporte;

• Melhor utilização da infra-estrutura para as atividades de apoio, tais como

armazenagem e manuseamento;

• Aproveitamento da experiência internacional tanto do transporte como dos

procedimentos burocráticos e comerciais;

• Redução dos custos indiretos.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O procedimento metodológico consiste nas etapas que orientaram a

investigação, a coleta de dados obtidos e análise de possibilidades de implantação

do Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS) como estratégia para o

desenvolvimento regional e seus impactos socioeconômicos e ambientais.

As etapas acham-se colocadas seqüencialmente em pesquisas quanto aos

fins, isto é, exploratória e descritiva e quanto aos meios, ou seja, em bibliográfica,

documental e estudo de caso.

A pesquisa é exploratória porque ela “é realizada em área na qual há pouco

conhecimento acumulado e sistematizado por sua natureza de sondagem não

comporta hipóteses [...]” (VERGARA 2000, p.47).

Na pesquisa é descritiva porque de acordo com Vergara (2000, p.47), ela:

“expõe características de determinada população ou fenômeno,

pode-se também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua

natureza. Não tem compromisso de explicar o fenômeno que

descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de

opinião insere-se nessa classificação”

A pesquisa quanto aos meios foram enquadradas em bibliográfica para dar

suporte teórico e prático para a temática explorada, ao passo que a pesquisa

documental serviu para verificar a legislação pertinente a incentivos tributários e de

desembaraços aduaneiros e tarifários, além de examinar relatórios técnicos de

fóruns de discussão sobre a temática com representantes de entidades públicas e

privadas.

O embasamento teórico, a pesquisa documental e experiências de instalação

de aeroportos do tipo industrial em outros Estados da Federação e em outros países

permitiram possibilidades de viabilização deste tipo de projeto em Campo Grande

(MS).

44

Também, tem-se o estudo de caso, como classificação quanto aos meios, pois

Gil (2002) e Vergara (2000) explicitam como modalidade amplamente utilizada no

campo das ciências sociais e se justificam pelo fato de, em muitas circunstâncias,

constituir a modalidade de pesquisa mais adequada aos objetivos pretendidos.

Gil (2002, p.124) esclarece a utilização do estudo de caso e cita Yin (2001)

“hoje encarado como delineamento mais adequado para a investigação de um

fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, em que os limites entre o

fenômeno e o contexto não são claramente percebidos”.

A análise do processo de possibilidades de implantação do Aeroporto Industrial

de Campo Grande (MS) como estratégia de desenvolvimento Regional foi realizado

com base nos métodos:

a) indutivo em que foram descritas experiências viáveis sobre a modalidade de

aeroporto industrial com suas instalações focadas em estrutura e em processo de

caráter regional, nacional e internacional;

b) dedutivo em que examina princípios descritos de experiências sobre

aeroportos industriais localizadas em outros países e regiões que são viáveis

economicamente e que pode ser adequado ao caso de Campo Grande (MS) como

estratégia de desenvolvimento regional ao considerar vantagens de cunho

socioeconômico.

A população-alvo que compõe o estudo coincide com a amostra e é intencional

estimada em 15 (quinze) entidades de classe por entender que são elas que podem

contribuir efetivamente com a atividade socioeconômica no tocante a viabilização da

proposta de implantação no aeroporto industrial, assim detalhada:

a) públicas: INFRAERO, Governo do Estado, Prefeitura Municipal, Serviço de Apoio

as Micros e Pequenas Empresas - SEBRAE, Federação das Indústrias

do Estado de Mato Grosso do Sul - FIEMS, Federação do Comércio do

Estado de Mato Grosso do Sul - FECOMÉRCIO, Receita Federal,

Polícia Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social - BNDES e Conselhos Regionais.

b) privadas: empresas áreas, despachantes aduaneiros, transportadoras de cargas e

empresas montadoras.

45

A coleta de dados teve abordagem qualitativa em que foi possível obter dos

representantes de entidades públicas e privadas opiniões e entendimentos, a partir

das quatro questões abertas sobre.a viabilidade de implantação do Aeroporto

Industrial de Campo Grande (MS) e examinar mediante categorias – política,

econômica, social e ambiental – vantagens e desvantagens.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 AEROPORTO INDUSTRIAL

Neste capítulo são apresentados conceitos e fases que permitem a implantação de

um Aeroporto industrial. Observou-se também experiências nacionais e

internacionais sobre a temática abordada, cenários macroeconômicos de Mato

Grosso do Sul, resultados e discussões relativas as perspectivas econômicas,

sociais e ambientais, com base na aplicação do questionário

4.1.1 Definição e Fases para Instalação

A idéia de criar Aeroportos Industriais no Brasil foi instituída em 2001 pela

INFRAERO em parceria com órgãos do Governo Federal para contemplar empresas

como a EMBRAER, em São José dos Campos, e a VARIG Engenharia e

Manutenção, no Rio de Janeiro. Em 2003 foram promovidos os primeiros fóruns de

discussão com objetivo de sensibilizar indústrias e criar demanda a esta nova

proposta.

O Aeroporto Industrial é um aeroporto internacional, com área alfandegada

especificamente demarcada para instalação de plantas industriais e agregar valores

às mercadorias destinadas predominantemente à exportação. O objetivo é

transformar os sítios aeroportuários em importantes impulsores de crescimento das

exportações brasileiras, que é regulamentado pelo Regime Especial de Entreposto

Aduaneiro na Importação e Exportação da Secretaria da Receita Federal do

Ministério da Fazenda está inserido na política do Governo Federal de incentivo ao

Comércio Exterior (INFRAERO, 2003).

As grandes vantagens da implantação para indústrias se instalaram no interior

de sítios aeroportuários ou em área tangentes (limítrofes) passíveis de serem

alfandegadas, podem estar compreendidas em redução dos custos logísticos de

transporte e de seguro, pela agregação de valor diretamente na zona primária, sem

a necessidade de movimentação dos insumos para a zona secundária; suspensão

de todos os tributos ligados aos insumos de produção importados (Imposto de

47

Importação - II e Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI); minimização dos

custos de manutenção de estoques; espaço privilegiado e estratégico; oferecimento

de serviços de qualidade, segurança e rapidez na entrada e saída de mercadorias;

acesso a multimodalidade de transportes de cargas e pessoas; maior integração

com mercados internacionais.

Além disso, proporcionaria menores investimentos no imobilizado da empresa,

no tocante a concessão de área determinada no sítio aeroportuário por um período

de até 30 anos e não necessidade de construir depósitos para armazenar matérias-

primas ou produtos industrializados, a mercadorias de entrada e saída são

rigorosamente registradas em um software de gestão criado pela INFRAERO e

homologado pela Receita Federal.

A fases de instalação de um Aeroporto Industrial são compreendidas como:

a) Infra-estrutura aeroportuária - pista compatível para pouso e decolagens de

aviões de grande porte, como terminal de passageiros e de cargas, serviços

públicos - Polícia Federal, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância

Sanitária - ANVISA, e outros;

b) Entreposto Aduaneiro - importação e exportação de mercadorias e desembaraço

das mesmas;

c) Aeroporto Industrial.

A parceria para viabilizar o Aeroporto Industrial é realizada entre a INFRAERO,

Receita Federal, Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Governos Estaduais e Prefeituras

Municipais.

48

1313

Armazenagem

Espera

Des

pale

tizaç

ão

ReceitaFederal

TECA EXPORTAÇÃOTECA EXPORTAÇÃO

TECA IMPORTAÇÃOTECA IMPORTAÇÃO

Zona primária (aeroporto internacional)Zona primária (aeroporto internacional)

Figura 6. Fluxograma de aeroporto industrial Fonte: Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO, 2004.

Chegada da mercadoria importada desembarque registro de entrada

armazenamento indústria transformação/montagem registro de saída

embarque saída da mercadoria para exportação.

4.2 SEGMENTOS INDUSTRIAIS ALVO

Por se tratar de um projeto de um mecanismo de fomento ao comércio exterior,

as empresas-alvo deste projeto se enquadram em segmentos produtivos de alto

valor agregado, dentre as quais citaremos:

• Fabricantes e montadoras de produtos aeronáuticos;

• Prestadoras de serviços de manutenção em componentes de aeronáuticos;

• Montadoras de produtos eletroeletrônicos, de telecomunicações e de outras

aplicações;

• Fabricantes de jóias e lapidadoras de gemas preciosas e semi-preciosas;

49

• Aferição de instrumentos de precisão e reparo de itens eletrônicos e de mecânica

fina;

• Fabricantes de produtos químicos-farmacêuticos;

• Indústrias de biotecnologia;

• Fabricantes ou montadoras de produtos de valor agregado significativo.

4.3 ASPECTOS LEGAIS, INCENTIVOS FISCAIS E LAYOUT

O Regime de Entreposto Aduaneiro permite a desburocratização do

desembaraço aduaneiro, a simplificação de procedimentos operacionais, a redução

de custos logísticos e tarifários, bem como a isenção de impostos, aumentando a

competitividade das indústrias. O tempo de permanência das mercadorias é de 1

(um) ano prorrogável até 3 (três) anos.

A indústria que quiser se instalar nesses aeroportos deve participar de

concorrência pública para concessão de área, fornecer o delineamento completo dos

produtos e realizar todo o processo legal de liberação das mercadorias e dos

componentes fabricados.

É vedada a participação de empresas que tenham atividades produtivas que

comprometam o meio ambiente e que interfiram na segurança das operações

aeroportuárias: como por exemplo atividades de beneficiamento de fumo e de

produtos de tabacaria, fabricação de armas e munições e demais empreendimentos

de alto risco.

É importante ressaltar que apurada a falta ou avaria de mercadoria, o

depositário responde pelo pagamento dos impostos suspensos, bem como da multa,

de mora ou de ofício, e demais acréscimos legais cabíveis, quando se tratar do

regime de entreposto aduaneiro na importação ou na exportação, na modalidade de

regime comum.

Em alguns casos o poder público estadual utiliza proposições que funcionam

como indutoras para implantação de Aeroporto Industrial. São oferecidos incentivos

fiscais para empresas que se instalarem no sítio aeroportuário, tais como: redução

da carga tributária incidente sobre combustíveis para aviação; redução da carga

tributária do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA para frota

de veículos; diferimento do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias

e Serviços - ICMS incidente na importação de máquinas e equipamentos, destinados

50

e vinculados ao processo industrial; diferimento do pagamento do ICMS incidente

nas operações de importação e nas compras no mercado interno de matérias-primas

e insumos; isenção de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN e

Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana - IPTU, um período determinado; entre

outros benefícios a serem acordados pelo poder público municipal e estadual.

A área específica para fixar as indústrias é demarcada pela INFRAERO após

passar por processos que consideram questões socioeconômicas e ambientais,

como por exemplo, a sustentabilidade do local e o plano de zoneamento de ruído.

Em alguns casos incorporadores imobiliários se interessam em explorar

comercialmente a área. Constroem prédios e realizam obras de infra-estrutura (rede

de água e energia elétrica, esgotamento sanitário, arruamento, entre outros, com

objetivo de alugar imóveis que estariam prontos e adequados para receber plantas

industriais.

O ponto fraco do modal aeroviário continua sendo o alto custo variável

(combustível, mão-de-obra, manutenção, etc) e o fixo (aeronaves, manuseio, seguro

e sistema de carga).

4.3.1 Regimes Aduaneiros Especiais

Trânsito Aduaneiro: é o que permite o trânsito de mercadoria, sob controle

aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro (de uma alfandega até outra),

com suspensão de tributos. É utilizado, por exemplo, quando se utiliza uma EADI -

Estação Aduaneira de Interior;

Admissão Temporária: é o que permite a importação de bens que deverão

permanecer no país por prazo fixado, com suspensão de tributos, observando-se

condições vigentes na legislação aduaneira;

Drawback: o beneficio concedido às empresas que utilizam insumos importados na

produção de mercadorias com destino ao exterior. A parcela de matérias-primas

utilizada nos produtos exportados ficará isenta dos Impostos de Importação, sobre

Produtos Industrializados e sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;

51

Entreposto Aduaneiro: é o que permite na importação e na exportação, o depósito

de mercadorias, em local determinado, com suspensão do pagamento de tributos e

sob controle fiscal;

Entreposto Industrial: é o que permite a determinado estabelecimento de uma

indústria importar, com suspensão de tributos, mercadorias que, depois de

submetidas a operação de industrialização, deverão destinar-se ao mercado externo.

É o projeto do Aeroporto Industrial, por exemplo;

Exportação Temporária: considera-se exportação temporária a saída, do país, de

mercadoria nacional ou nacionalizada, condicionada a reimportação em prazo

determinado, no mesmo estado ou depois de submetida a processo de conserto,

reparo ou restauração.

4.3.2 Legislação Básica

• Medida Provisória N°2158-35 de 28/06/01 e o Decreto 3.923 de 17/09/01.

"Cria o regime especial de entreposto aduaneiro para armazenagem de mercadoria

estrangeira em local alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento de

interpostos incidentes na importação".

• Instrução Normativa SRF N°241 de 06/11/02, modificada pela IN SRF N°356 de

02/09/03 e pela IN SRF N°463 de 19/10/04

"Dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na

exportação". (Instruções para operacionalização).

• Ato Declaratório COANA/Cotec N° 2, de 26/09/03 e N°11 de 18/03/03.

"Dispõe sobre os requisitos técnicos formais e prazos para a implantação de sistema

informatizado de controle aduaneiro domiciliar e de recintos alfandegados ou

autorizados a operar com mercadorias sob controle aduaneiro. Inclui informações a

serem apresentadas para o controle do Regime de Entreposto Aduaneiro".

52

• Portaria N° 1. 141/GM5, de 08/12/87.

"Artigos 64 e 65 introduzem as aplicações e restrições quanto ao Plano de

Zoneamento de Ruído em aeroportos e aeródromos".

• Portaria N° 320/GM4, de 24/04/86.

"Aprova o Plano Específico da Zona de Proteção do Aeródromo de Campo Grande

(MS)".

4.4 O AEROPORTO INDUSTRIAL DE CAMPO GRANDE (MS)

Em Mato Grosso do Sul, o Aeroporto Internacional de Campo Grande foi

priorizado pela INFRAERO por apresentar apoio político e infra-estrutura adequada

ao projeto de Aeroporto Industrial. Diante disso, o Governo do Estado de Mato

Grosso do Sul, consciente da importância de melhorar a infra-estrutura aeroviária,

em diversas localidades do Estado, visando a implantação do Sistema Multimodal de

Transporte e a atração de novos empreendimentos industriais, promoveu em

outubro de 2003 o I Fórum sobre Aeroportos, Aviação Civil e Desenvolvimento de

Negócios em Mato Grosso do Sul, com objetivo de desenvolver projetos de

adequação de seus aeródromos, bem como, potencializar o transporte de cargas e

de passageiros nos aeroportos atualmente existentes, inclusive incentivar a

implantação do Aeroporto Industrial de Campo Grande.

Em novembro de 2003, o Governo do Estado promoveu um café da manhã

com autoridades, empresas aéreas, transportadoras e indústrias para apresentação

da proposta do Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS).

A partir destas iniciativas, existe um protocolo de intenção entre o Governo do

Estado e a INFRAERO para implantação de do Aeroporto Industrial de Campo

Grande (MS). Contudo, não existe um projeto técnico, ou seja, o montante de

investimentos a ser alocado pela INFRAERO dependerá da demanda industrial, a

ser captada pelo Estado e Prefeitura Municipal.

Nota-se na foto abaixo, uma possível área no sítio aeroportuário para fixação

de plantas industriais. Algumas fontes indicam que aproximadamente 300 (trezentos)

53

hectares poderiam ser disponibilizados para loteamentos que podem variar de

quatro ou oito hectares cada, dependendo da proposta empresarial.

Figura 7. Foto aérea do aeroporto internacional de Campo Grande (MS)

A previsão que um dos resultados esperados da modelagem de Aeroporto

Industrial seria a formação de clusters ou de condomínios industriais. Dentro desta

ótica, o poder público estadual e municipal deveria realizar gestões junto a

empresários do segmento de eletroeletrônicos, biotecnologia, telecomunicações,

químico-farmacêutico, suprimentos de informática, automobilístico, entre outros que

industrializem ou montagens de mercadorias de alto valor agregado, com vistas a

atrair novos empreendimentos a Capital.

4.5 EXPERIÊNCIAS EM OUTROS AEROPORTOS NACIONAIS E

INTERNACIONAIS

A INFRAERO, a priori, sinalizou a implantação de cinco Aeroportos Industriais

no país, são eles:

a) Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão-Antonio Carlos Jobim);

b) Aeroporto Internacional de Confins (Tancredo Neves), em Minas Gerais;

c) Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SP);

d) Aeroporto Internacional de Petrolina (Senador Nilo Coelho), em Pernambuco;

Possível área para fixação de indústrias

54

e) Aeroporto Internacional de Campo Grande (Antonio João), em Mato Grosso do

Sul.

O Departamento de Aviação do Estado de São Paulo – DAESP tem projeto de

implantar o Complexo Industrial Aeroporto-Indústria de Praia Grande (SP).

Internacionalmente, analisaram-se duas experiências de Aeroportos Industriais:

Plataforma Logística de Saragoza (Espanha) e Aeroporto de Rickenbacker FTZ

(EUA).

4.5.1 Aeroporto Internacional de Petrolina (PE)

O Aeroporto Industrial de Petrolina, que consumiu R$ 32 milhões em

investimento da INFRAERO e da Prefeitura Municipal, foi inaugurado em novembro

de 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empreendimento é

indispensável para fortalecer o pólo tecnológico na Região, contando com uma área

industrial de um milhão de metros quadrados e capacidade para receber aviões

cargueiros de até 110 (cento e dez) toneladas.

A pista foi ampliada para 3.250 metros, tornando-se a maior já homologada no

Nordeste. Para atender à grande demanda de exportação de frutas do Vale do São

Francisco, foram construídas seis câmaras de armazenagem com capacidade para

guardar 17 (dezessete) mil caixas de frutas e duas câmaras refrigeradas, que

armazenam até três mil caixas no estoque. Este Aeroporto se constituirá em um

grande centro de distribuição para o agronegócio no Vale do São Francisco.

4.5.2 Aeroporto Internacional de Confins (MG)

Na primeira fase do projeto no complexo aeroportuário de Confins, em Belo

Horizonte, em uma área de 20 (vinte) mil metros quadrados, serão instaladas quatro

ou cinco indústrias que, beneficiadas por isenção fiscal e um software especial

desenvolvido pela INFRAERO em conjunto com a Receita Federal poderão importar

produtos com isenção de impostos para fabricar mercadorias e exportar diretamente.

O Aeroporto Industrial deverá atender a indústrias do setor eletroeletrônico

(empresas asiáticas de telefone celular e computadores já mostraram interesse),

grandes laboratórios farmacêuticos e a Associação de Produtores de Jóias do

55

Estado de Minas Gerais, que pretende trazer do exterior ouro, prata e outros metais

preciosos para fabricar jóias no país, exportando mercadorias de maior valor

agregado que as atuais, pedras vendidas ao exterior.

As empresas devem investir entre US$ 10 milhões a US$ 15 milhões. A

INFRAERO já investiu cerca de US$ 3 milhões para o software que permitirá a

automatização do ingresso e reexportação de bens.

4.5.3 Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SP)

O projeto está na fase de construção e implantação do entreposto aduaneiro e

do terminal de exportação. A INFRAERO está realizando seminários para

sensibilizar empresários e apresentar propostas às empresas interessadas. O

tamanho da área é de 420 (quatrocentos e vinte) mil m2 para receber indústrias,

sendo que a Prefeitura irá construir centros logísticos nas proximidades do

aeroporto.

4.5.4 Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (RJ)

Especializado em importação, o terminal possui 115.000 m2 de área e infra-

estrutura completa para receber todos os tipos de carga. Com novas instalações, é o

mais bem equipado do país e considerado o mais moderno da América Latina. A

INFRAERO planeja disponibilizar um novo terminal, voltado para cargas de

exportação.

Os planos prevêem a construção de um pequeno porto anexo ao Galeão para

recebimento de contêineres. De modo que as cargas poderiam ser embarcadas em

aviões e distribuídas para toda América do Sul ou voar até o pacífico para um novo

embarque. A indústria aeronáutica deve ser a principal beneficiada no Estado.

4.5.5 Complexo Industrial Aeroporto-Indústria de Praia Grande (SP)

Praia Grande poderá ser uma cidade turística que não dependerá só de

temporadas para se auto-sustentar. Um projeto inovador, que levou um ano para ser

desenvolvido, pretende trazer ao município indústrias das áreas de tecnologia,

química, bioquímica, farmacêutica, de automóveis, de componentes de avião, entre

56

outras. A previsão é de que a Baixada Santista ganhe mais de 20 (vinte) mil

empregos diretos e indiretos e tenha sua receita dobrada, principalmente devido ao

aumento na arrecadação do ICMS.

O município vai oferecer aquilo que outras áreas industriais não têm: um

aeroporto para aviões de grande porte voltado especificamente para a exportação

dos produtos que as indústrias do complexo produzirem. O projeto do aeroporto

prevê a construção de duas pistas de três quilômetros de extensão por 45 (quarenta

e cinco) metros de largura, que permite o pouso de aeronaves de grande porte,

inclusive da maior delas, o Boeing 747.

O projeto, chamado Complexo Industrial Aeroporto-Indústria, prevê a instalação

de 20 (vinte) empresas em uma área de 4,5 milhões de metros quadrados entre a

Rodovia Padre Manuel da Nóbrega e a Serra do Mar, apenas 10 (dez) quilômetros

do centro da cidade. O local foi obtido pela Prefeitura através de execução de dívida

ativa no início deste ano. A Prefeitura terá um custo mínimo na instalação do

aeroporto. As indústrias que forem fazer parte do complexo serão parceiras na

construção da pista, através do programa do Governo Federal chamado Parcerias

Público Privadas (PPPs). O custo estimado é de R$ 70 milhões.

4.5.6 Aeroporto de Rickenbacker FTZ (EUA)

Uma FTZ é um local, no interior dos EUA, que é considerado para efeitos

legais, fora do território aduaneiro, permitindo assim que mercadorias possam a ele

ser trazidas, com isenção de impostos e sem a necessidade de formalização da sua

admissão na alfândega. A "Columbus Regional Airport Authority” é beneficiária e

operadora da FTZ número 138, compreendendo uma área de aproximadamente

2.023 (dois mil e vinte e três) hectares no Aeroporto de Rickenbacker. A FTZ de

Rickenbacker pode sediar dois tipos de usuários: industriais e aeronáuticos.

4.5.7 Plataforma Logística de Saragoza (Espanha)

Desenvolvida infra-estrutura de transportes que proporciona agilidade na

entrada e saída de mercadorias, aumento de acordos bilaterais de transportes

internacionais e incentivos para aquisição de equipamentos de grande capacidade

como aeronaves e embarcações.

57

Desenvolvido por incorporadores imobiliários que constroem toda infra-

estrutura necessária. A área se transformou em um agrupamento avançado de

empresas com alto nível de coesão (cluster), apresentando multimodalidade de

transportes e de serviços de apoio.

Figura 8. Estrutura física da plataforma logística de Saragoza - Espanha

4.5.8 Outras Experiências

Na Carolina do Norte (EUA), grandes empresas se aglutinaram em tomo do

aeroporto e formam uma estrutura industrial dependente do transporte aéreo.

Os aeroportos de Los Angeles, Dallas e New York, nos Estados Unidos se

caracterizam por utilizarem outros sistemas logísticos (rodoviário, ferroviário e

marítimo) em seus sítios aeroportuários, de maneira que empresas fixadas na área

alfandegada conseguem obter vantagens competitivas.

58

4.6 DISCUSSÃO

4.6.1 Análise das Perspectivas Socioeconômicas de Mato Grosso do Sul

A expansão da economia sul-mato-grossense está sendo acompanhada de

uma alteração na estrutura produtiva com um significativo aumento do peso relativo

dos setores secundário e terciário e a conseqüente redução da participação da

agropecuária no PIB estadual. Contudo, a agropecuária continua sendo a atividade

de mais impactos diretos e indiretos sobre outros segmentos da economia de Mato

Grosso do Sul, mas já não é o setor com maior peso no PIB estadual. Com efeito, o

setor primário que, em 1985, correspondia a 38,6% do produto estadual, declinava

para 34,9% do PIB em 2003, ao mesmo tempo em que a indústria passava de

17,6% para 22,5% e o segmento de comércio/serviços saltava de 43,8% para 42,5%

do PIB estadual, dentro dos quais se inclui o turismo.

Vale ressaltar que o Estado de Mato Grosso do Sul obteve a maior taxa de

crescimento do PIB em 2001 se comparado com os demais estados da federação,

passando de 2,07% em 2000 para 8,10% em 2001. A participação dos três setores

da economia no PIB/MS está assim dividida:

Tabela 1. Estrutura produtiva do PIB/MS – 1985-2003

SETORES DE ATIVIDADES 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003* AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA E PESCA 38,56 28,74 29,26 28,42 32,03 33,61 34,99 INDÚSTRIA 17,60 16,81 22,24 23,95 22,51 21,48 22,53 .Extrativa mineral 00,38 00,23 00,23 00,27 00,23 00,26 00,30 .Transformação 08,16 06,24 10,43 11,96 11,50 10,46 11,86 .Energia Elétrica e Abastecimento de Água 00,93 01,57 01,55 01,65 01,57 01,43 01,76 .Construção 08,13 08,78 10,03 10,08 09,22 09,33 08,61 SERVIÇOS 43,84 54,42 48,50 47,63 45,46 44,91 42,48 .Comércio 09,39 09,04 10,27 08,99 08,36 08,19 07,18 .Alojamento e alimentação 01,30 01,32 02,63 02,49 02,31 02,21 02,02 .Transporte e armazenamento 04,12 03,96 02,56 02,91 02,82 02,67 02,53 .Comunicações 00,97 01,14 01,24 02,55 02,52 02,39 01,75 .Atividades Financeiras 06,87 06,18 02,94 02,88 03,08 03,19 03,37 .Aluguéis e serviços prestados às empresas 05,21 07,21 05,14 06,01 05,75 06,24 06,34 .Administração Pública 11,92 20,26 17,60 15,28 14,54 13,84 13,41 .Educação e Saúde mercantil 02,47 02,76 03,27 03,18 02,79 02,76 02,60 .Outros Serviços 00,76 02,02 02,28 02,54 02,47 02,57 02,44 .Serviços Domésticos 00,82 00,56 00,57 00,81 00,83 00,84 00,84 Valor adicionado bruto a preços básicos (PIB a custo de fatores) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia - SEPLANCT/MS.

*dados preliminares

59

38,56

28,74 29,26 28,4232,03 33,61 34,99

17,6016,81

22,24 23,95 22,51 21,48 22,53

43,84

54,45

48,50 47,6345,46 44,91 42,48

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

1985 1990 1995 2000 2001 2002* 2003*

A GR OPEC U ÁR IA ,SILV IC U LTU R A EPESC A

IN D ÚST R IA

SER V IÇOS

Figura 9. Estrutura do PIB/MS – série histórica 1985 – 2003 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Secretaria de Estado de

Planejamento e de Ciência e Tecnologia - SEPLANCT/MS.

Esta mudança reflete a intensidade de diversificação e sofisticação da

economia urbana, especialmente o comércio de produtos, imóveis, serviços sociais

(como educação e saúde), serviços de transporte e armazenamento e de bens de

capital. O moderado crescimento industrial, ao longo da nossa história, mostra que

não houve uma verticalização importante da base econômica estadual. O Estado

ainda é grande fornecedor de matérias-primas a centros industrializados,

caracterizada por uma economia bastante vulnerável, marcada por sazonalidades de

safras e dependentes de monoculturas.

Contudo, o Estado está rapidamente ampliando a sua matriz produtiva,

associada a um crescente grau de industrialização dos seus produtos e, com isso,

desenvolve velozmente o setor de serviços. Inclui-se aí o turismo que em Mato

Grosso do Sul, tem vantagens comparativas e vocações incomparáveis.

Na produção, as oportunidades de investimentos são inúmeras. De um lado,

estão os investimentos verticalizados, visando a consolidação da atual base

produtiva, em valores agregados. De outro, a expansão horizontal permitindo o

aproveitamento sustentado dos recursos naturais disponíveis, com amplas

possibilidades de diversificação da produção. O horizonte primário compreende a

incorporação de novas áreas para produção de grãos, energéticos, fibras, hortaliças

60

e frutas, em dimensões vultuosas. As potencialidades de Mato Grosso do Sul,

chegam a um valor aproximado de 10 (dez) milhões de hectares de áreas passíveis

para a agricultura. A pecuária vive um momento de inovação: de um lado, a

diversificação com aves, suínos e peixes, e de outro, a tecnificação da bovinocultura

de corte e de leite.

Mas a agropecuária continuará, a exercer um papel fundamental na economia

de Mato Grosso do Sul, com produtos destacados no ranking da produção brasileira

nos últimos 15 (quinze) anos. A pecuária vem ocupando o 1o lugar na carne bovina,

produzindo anualmente mais de 800 (oitocentas) mil toneladas de carne,

representando aproximadamente 13% da produção brasileira. A partir do

reconhecimento e certificação internacional de área livre de febre aftosa com

vacinação, o Estado pode fornecer carne para os mercados mais exigentes. Quanto

a soja, em 2003 ocupava o 5o lugar e detém um parque de esmagamento deste

produto da ordem de 1,5 milhão de toneladas. O Estado é, também, importante

produtor de milho, frango, suínos, peixe, etc. Ocupa um lugar importante na oferta

nacional de produtos agropecuários e exporta parcela importante da sua produção.

O Estado tem aumentado bastante as exportações nas últimas décadas,

saltando de pouco mais de US$ 10 milhões, em 1990, para US$ 218 milhões em

1999, tendo no ano de 2003, atingido a cifra de US$ 498 milhões, o que representa

um crescimento de 128% em relação ao período anterior. Na agropecuária, foi

alcançada uma razoável diversificação, figurando na pauta de exportação, grãos e

carne. Merece destaque também, o crescimento de participação dos minérios e de

bens industrializados, como é o caso da madeira compensada, couro bovino "wet

blue" e açúcar, no total das exportações de Mato Grosso do Sul, sempre fortemente

dominadas pelos produtos básicos da agricultura.

Essa evolução das exportações se manifesta também na expansão das vendas

para os países do MERCOSUL, importante mercado para Mato Grosso do Sul, pela

dimensão e proximidade fisico-territorial. Em comparação com o último ano, as

exportações do Estado para o mercado regional passaram de 8,84% do total

estadual para 11,22%. A Alemanha, China, Rússia, Itália, Argentina e Japão são

considerados os maiores parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul,

representando 53,2% do total das vendas externas do Estado. O destino das

mercadorias de Mato Grosso do Sul para os principais blocos econômicos está

assim representado:

61

Tabela 2. Exportações de Mato Grosso do Sul – Principais Destinos BLOCOS ECONÔMICOS 2003 (%) 2004 (%)

UNIÃO EUROPEIA – EU 42,77 42,45 ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE MÉDIO) 23,01 20,96 EUROPA ORIENTAL 09,39 11,64 MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL 08,84 11,22 ESTADOS UNIDOS (INCLUSIVE PORTO RICO) 04,07 00,91 DEMAIS BLOCOS 11,91 12,82

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior - SECEX/2004.

Embora tenha registrado, nos últimos anos, um aumento da sua participação

nas exportações totais do Brasil, ainda é muito pequena a sua contribuição para as

vendas externas brasileiras, abaixo do peso que o PIB estadual tem na economia

nacional. Por isso, com forte vocação aos mercados externos, a política exportadora

pode ser um importante instrumento de demanda a atividades complementares

integradas e geração de renda agregada, expressa no efeito multiplicador sobre a

economia local.

4.6.2 Alternativas de Desenvolvimento Regional

Neste momento, com segurança, podem-se distinguir três dimensões nas

políticas econômicas e seus impactos sobre o desenvolvimento estadual. A primeira

está no âmbito do mercado local, ora elevando o seu padrão de consumo; a

segunda reflete no mercado nacional, com amplos espaços a serem ocupados por

Mato Grosso do Sul; e, uma terceira dimensão, representada pelo mercado

internacional, com boas possibilidades de crescimento, que, por definição, exerce

um forte efeito multiplicador sobre a economia local.

É nessa perspectiva que o Estado se coloca com imensas oportunidades de

investimentos. A sua privilegiada localização geoeconômica funciona, de um lado,

como receptor dos principais fluxos de insumos e produtos das regiões Sul e

Sudeste e países da América Latina, especialmente do Mercosul e, de outro, como

centro redistribuidor de insumos e produtos manufaturados, para as regiões Centro-

Oeste e Amazônica.

A lógica do desenvolvimento requer completa integração local e regional. Uma

região tem o seu valor determinado pela sua capacidade de mudar, para competir e

se desenvolver. Desta forma, a questão regional ressurge em novas vertentes

62

técnicas e teóricas do desenvolvimento e do planejamento, com repercussão

decisiva nas estratégias e nas metodologias de trabalho.

A sustentabilidade do desenvolvimento requer, como condição, a conservação

ambiental. A execução de atividades, com respeito ao meio ambiente, é a

condicionante ao desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul.

Face a perspectiva de crescimento econômico a partir da ampliação de

atividades econômicas horizontal e verticalmente, os cuidados com a questão

ambiental deverão ser prioritários, com vistas a manutenção da biodiversidade e da

preservação dos recursos naturais em Mato Grosso do Sul.

O crescimento econômico aliado ao desenvolvimento tecnológico pode

minimizar os impactos negativos ao meio ambiente. A própria definição do modelo

de desenvolvimento econômico pode escolher alternativas que provoquem menor

dano ambiental. Porém a sabedoria está no referenciamento dos limites em que

estes impactos poderão ser suportados pelos ecossistemas, sem comprometer o

equilíbrio e a conservação do mesmo.

É nessa dimensão de "causa e efeito" que as atividades econômicas serão

planejadas, na visão de desenvolvimento local sustentável. Posto isto, as políticas

ambientais orientam o empreendedor para aptidões regionais, com identificação de

pontos fortes e fragilidades ambientais, em relação a atividades potencialmente de

risco. Para isso, deve ser imediato o planejamento ambiental, a partir de planos

estratégicos de avaliação ambiental. Afinal, o empreendedor precisa ter fácil acesso

a informação da localização, por atividade, das áreas proibidas e de risco, e as aptas

ao empreendedorismo.

As atividades econômicas, definidas em Programas e Projetos, integrados aos

arranjos produtivos locais, serão referenciados na legislação e no zoneamento

ecológico-econômico - ZEE que apontará, com objetividade, as possibilidades

regionais do Estado em investimentos e produção. Ressalta-se a implementação de

normas de biossegurança, como um instrumento importante para orientar e

monitorar riscos ambientais.

Assim, Mato Grosso do Sul precisa de crescimento econômico com

conservação ambiental, para elevar a qualidade de vida das pessoas. O desafio

está, pois, na sábia combinação dessas demandas, estruturando as bases do

desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul, com eqüidade e justiça social.

63

Busca-se a racionalização do uso dos modais disponíveis com a integração do

rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário e dutoviário através da implantação de

terminais intermodais de carga em regiões estratégicas. O Estado quer dar maior

competitividade aos produtos nos mercados através de uma política racional de

transportes, que resulte em agilidade, qualidade e menor custo de frete.

4.6.3 Cenários para Mato Grosso do Sul

O cenário de crescimento da economia de Mato Grosso do Sul é de forte

participação do agronegócio, crescente agroindustrialização, desenvolvimento do

turismo, expansão da mineração, consolidação do setor de serviços e a emergência

da siderurgia. Essa potencialidade é um atrativo para investimentos públicos e

privados em infra-estrutura econômica e nas atividades produtivas propriamente

ditas.

A pecuária bovina de corte, como maior expressão da economia rural, tende a

verticalização da produção, através da inovação tecnológica e elevação dos padrões

de qualidade. As explorações de leite, de peixes, de suínos e de aves, têm grandes

possibilidades do crescimento horizontal.

A agroindústria ligada a este segmento de produção tende a acompanhar e se

concentrar nas regiões centro, sul e sudeste do Estado, com o maior parque de

abate de bovinos do país, além de expressivo número de projetos ligados às áreas

de aves e suínos, em processo de expansão nestas regiões. A soja, o milho, o

algodão, a mandioca, a cana-de-açúcar, o trigo, entre outras, têm um grande

potencial de crescimento horizontal nas regiões centro-sul e norte- nordeste do

Estado, com o apoio de um parque agroindustrial, em crescente expansão.

O eixo centro-leste do Estado, passa por um redirecionamento do carvão

vegetal para o papel e celulose, e reposição de essências mais nobres para a

indústria moveleira. O reflorestamento nesta região é um projeto estratégico de

desenvolvimento local, que determina uma boa perspectiva para a indústria da

madeira.

A mineração possui amplas condições de expansão nas regiões sudoeste e

oeste, onde existem grandes reservas de ferro, manganês, granito e mármore, além

de rochas calcárias. Também as reservas de argila existentes nas regiões norte e

64

sudoeste vem possibilitando a expansão e a consolidação de dois importantes pólos

cerâmicos no Estado de Rio Verde de Mato Grosso e Miranda.

Aproveitando a segunda maior jazida de ferro do Brasil e maior reserva de

manganês do Hemisfério Sul, bem como o gás natural com preço diferenciado, foi

firmado protocolo de intenção para implantação do pólo mínero-siderúrgico

corumbaense. Análises já se estabelecem sobre outras atividades industriais

complexas, possíveis ao longo do gasoduto Brasil-Bolívia, como a petroquímica,

especialmente fertilizantes e mínero-siderurgia, com desdobramentos na indústria

metal-mecânica.

A energia é estratégica ao processo de desenvolvimento econômico. Mato

Grosso do Sul tem um fantástico potencial na matriz energética, envolvendo

biomassa, biodiesel, energia solar e eólica, gás natural boliviano, além de

hidrelétricas e termelétricas.

No segmento de serviços, o turismo tende a se consolidar como um dos

principais setores dinamizadores do Estado. Amplia-se significamente o complexo

universitário nos principais centros urbanos do Estado, onde também se consolidam

centros de saúde, inclusive de referência mundial, a exemplo de Hospitais

especializados em diversos males.

O desenvolvimento na geração de tecnologias em Mato Grosso do Sul é

referencial. São sete universidades, três Centros de Pesquisa da Embrapa, quatro

Fundações de pesquisa, além de outras unidades empresariais com dedicação a

pesquisa, num trabalho articulado e integrado, em desenvolvimento tecnológico e de

capacitação de mão-de-obra especializada.

Mato Grosso do Sul, pela sua localização geográfica tem facilidade de

integração com os principais sistemas de transporte das regiões Sul e Sudeste do

país, permitindo também a integração com os principais portos do país. A rota

biomecânica permitirá maior integração com o MERCOSUL e com os demais países

sul-americanos, além de encurtar em mais de 7.000 Km a distância para o mercado

asiático.

As prioridades dos investimentos estão para ampliar e qualificar a matriz

produtiva, no ambiente econômico com o objetivo final da obtenção de produtos

competitivos para serem colocados no mercado. A oficialização das parcerias

público-privadas-PPP's tendem a dinamizar projetos estruturantes no Estado

65

principalmente no campo da logística de transporte – rodovia, ferrovia, aerovia,

hidrovia e dutovia.

O Estado espera por investimentos da ordem de R$ 2,8 bilhões que devem ser

feitos por 230 (duzentos e trinta) empresas, que têm projetos no Conselho de

Desenvolvimento Industrial de Mato Grosso do Sul - CDI/MS. Esse volume diz

respeito a cartas-consulta aprovadas, cartas-consulta em andamento, termos de

acordo em andamento e termos de acordo assinados. Caso sejam viabilizados, os

projetos vão gerar 26.684 (vinte e seis mil seiscentos e oitenta e quatro) empregos

no Estado nos próximos dois anos (CORREIO DO ESTADO, 2005).

Estes investimentos produtivos estão segmentados por atividade econômica,

sendo que alguns se caracterizam por apresentarem produtos de alto valor

agregado, alicerçados em bases tecnológicas modernas que, por sua vez, se

tornarão plantas potenciais para se instalarem no Aeroporto Industrial de Campo

Grande (MS).

Desta forma será vislumbrar a implantação de clusters ou de condomínios

industriais, de maneira que a fixação de plantas industriais no sítio aeroportuário

resultará na formação destas modelagens para alavancar o desenvolvimento

regional.

O impacto disso na sociedade é a geração de renda, que produz empregos e

poupança. Isto induz ao consumo e cria demanda agregada, com grande influência

sobre o aquecimento da economia. Esta é a equação das trocas, expressas no

mercado, na relação de oferta e procura, desafiando agentes econômicos a

equilibrarem o sistema.

Os mercados nacionais estão com demandas em crescimento, mas o

importante é que a potencialidade do mercado interno brasileiro é enorme. Essa

demanda reprimida é conseqüência da baixa renda per capita da população. Logo,

no planejamento de desenvolvimento de mercados, a potencialidade interna, tem de

ser considerada no cenário macroeconômico do futuro, com tendências de

crescimentos numa relação direta com o comportamento da renda.

4.6.4 Resultados e discussão da pesquisa qualitativa

O instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário aplicado junto aos

sujeitos representantes de órgãos públicos, entidades e empresas privadas. O

66

instrumento aplicado teve como objetivo captar relatos sobre quatro questões

decorrentes da questão principal: Até que ponto o Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS) se constitui em estratégia para o desenvolvimento regional?, e

que contribuiriam no desfecho deste trabalho.

As quatro questões foram elaboradas, a partir do entendimento dos sujeitos da

pesquisa a respeito do impacto da reforma tributária na economia sul-mato-

grossense; das perspectivas socioeconômicas com a implantação do Aeroporto

Industrial de Campo Grande (MS); e da compreensão do projeto como uma

alternativa ao desenvolvimento regional. As respostas foram relacionadas e

examinadas à luz das teorias estudadas, a seguir detalhadas.

1º Questão: O fim dos incentivos fiscais, a partir da promulgação da Reforma Tributária, prejudicaria o Estado de Mato Grosso do Sul na atração de investimentos industriais? Por quê?

Em relação a esta primeira indagação as seguintes respostas dos atores foram

assim registradas:

a) Haverá prejuízo para Mato Grosso do Sul, como para outros estados de

economia primária, que são compreendidos como exportadores de matéria-

prima (Prefeitura);

b) Os incentivos são decisivos na opção que as empresas fazem para realizar

investimentos produtivos em municípios de Mato Grosso do Sul (Prefeitura);

c) O fim dos benefícios fiscais acarretaria na redução da capacidade competitiva

em face de restrição para disponibilidade de infra-estrutura por conseguinte a

distribuição de seus produtos em centros consumidores e terminais de

exportação (Governo do Estado);

d) O incentivo é um dos grandes atrativos de Mato Grosso do Sul, que tem base

econômica focada na agropecuária e mão-de-obra desqualificada, ou seja,

este mecanismo é considerado uma maneira de ganhar espaço perante

outros Estados da Federação (Jornal Correio do Estado);

e) O fim dos incentivos só aumentaria o desinteresse dos industriais em investir

no Estado (Despachante Aduaneiro);

f) O incentivo torna-se uma ferramenta se usada de forma adequada a gerar

desenvolvimento regional, em que supri as diferenças existentes muitas vezes

em termos de custos operacionais/logísticos (SEBRAE/MS);

67

g) A reforma tributária deverá ser mais discutida para não prejudicar os Estados

(Assembléia Legislativa).

Os sujeitos da amostra, principalmente, membros do Poder Executivo Estadual

e Municipal, sinalizaram em suas respostas que o término de incentivos levariam a

perda de atratividade industrial, pois o incentivo fiscal tornou-se uma vantagem

competitiva perante Estados do eixo sul-sudeste. Mato Grosso do Sul não detém

política industrial para alavancar o desenvolvimento regional, no tocante a redução

de disparidades regionais, aproveitamento de potencialidades locais, qualificação de

mão-de-obra segmentada e diversificação produtiva.

2ª Questão: O que significa o Aeroporto Industrial para Mato Grosso do Sul? Quais os impactos socioeconômicos à região?

Nesta segunda questão as respostas dos sujeitos da pesquisa foram as

seguintes:

a) Representaria a nova etapa de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, pois

não cria impacto negativo na arrecadação, pelo contrário gera mão-de-obra

(Assembléia Legislativa);

b) Um terminal de cargas alfandegado eleva a importância de qualquer cidade

ou Estado (Prefeitura);

c) Possibilidade de participar do processo de exportação de forma direta e não

apenas afluente (Prefeitura);

d) Viabilizaria o setor de cargas médias em Mato Grosso do Sul, devido

principalmente aos problemas estruturais das rodovias e ferrovias no Estado

(Jornal Correio do Estado);

e) Inclusão no mercado globalizado com produtos industrializados de tecnologia

avançada e irreversível mudança no perfil de produção do Estado

(INFRAERO/CG);

f) Salto tecnológico de produção (INFRAERO/CG);

g) Aumento da demanda por mão-de-obra qualificada (INFRAERO/CG);

h) Aporte de investimentos para produção complementar (INFRAERO/CG);

i) Vetor de desenvolvimento de grandes proporções devido a posição da Capital

em relação a América do Sul e Latina (INFRAERO/CG);

68

j) Oportunidade de crescimento sustentável para o Estado de Mato Grosso do

Sul (Despachante Aduaneiro);

k) Várias empresas se instalariam ao redor do Aeroporto Industrial, gerando

novos empregos (Despachante Aduaneiro);

l) Viabilizaria o crescimento industrial do Estado, com agregação de valor aos

produtos existentes (SEBRAE/MS).

Todos os atores entrevistados concordaram a modelagem de aeroporto

industrial promove o desenvolvimento regional, uma vez que incluiria Mato Grosso

do Sul no mercado exportador global, além de promover mudanças na matriz

industrial através de transferência tecnológica, qualificação de mão-de-obra e

atração de outros empreendimentos entorno do complexo aeroportuário.

3ª Questão: O Aeroporto Industrial seria uma alternativa para o desenvolvimento regional? É viável sua implantação? Justifique.

Nesta terceira questão as respostas foram:

a) Excelente alternativa para o crescimento regional e tem toda viabilidade para

ser implantado (SEBRAE/MS);

b) Alternativa para estar competindo em igualdade no mercado global

(SEBRAE/MS);

c) Alternativa viável, conveniente, importante e necessária, basta para isso o

planejamento definido e disponibilidade de integração com o transporte

ferroviário e rodoviário (Assembléia Legislativa);

d) Elaboração de estudos que avaliem os impactos econômicos, sociais e

ambientais para a implantação do Aeroporto Industrial (Assembléia Legislativa);

e) A viabilidade vem de sua própria implantação, na medida que empresas

tenham intenção de realizar investimentos produtivos (Prefeitura);

f) Não haverá Aeroporto Industrial se não for identificado um potencial mínimo

(Prefeitura);

g) Energia e transporte são dois fatores decisivos para o desenvolvimento

regional (Prefeitura);

h) O Estado poderá exportar com maior facilidade e com menores custos

logísticos (Jornal Correio do Estado);

69

i) Depende de investimentos públicos para sua consolidação (INFRAERO/CG);

j) Dependeria do esgotamento, em primeiro plano, da utilização da capacidade

instalada atual. Em segundo plano, justificativa para análise do custo-

benefício para adequação e expansão de seus recursos (INFRAERO/CG);

k) Adequar o local com infra-estrutura básica e qualificar mão-de-obra são

processos fundamentais para implantar o Aeroporto Industrial (Despachante Aduaneiro);

l) Sensibilizar empresas aéreas para disponibilizar aviões cargueiros no Estado

(Despachante Aduaneiro).

A implantação do Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS) se viabilizaria,

segundo entrevistados, caso fosse identificado demanda ou potencial mínimo. O

paradigma de que o custo do transporte aéreo é elevado e a falta de informações ao

empresariado, interferem na dinâmica da movimentação de cargas e no

esgotamento da capacidade instalada atual. Segundo a Prefeitura Municipal, a

viabilidade no negócio viria com sua própria implantação, conforme intenção de

investimento produtivo. A integração com o transporte ferroviário e rodoviário

complementaria o complexo aeroportuário industrial.

4ª Questão: Que outros comentários gostariam de fazer sobre o Aeroporto Industrial em Campo Grande (MS)?

As principais respostas e observações registradas foram:

a) A idéia de utilizar o conceito de Aeroporto Industrial em Campo Grande (MS),

como elemento alavancador de desenvolvimento, foi colocada em pauta pelo

atual Governo do Estado que no ano passado firmou com a INFRAERO carta

de intenção com este objetivo (INFRAERO/CG);

b) O setor público tem que propiciar ao meio empresarial alternativa para gerar

novos postos de trabalho e manter os existentes (SEBRAE/MS);

c) Existe interesse do Governo Federal e Estadual em implantar o Aeroporto

Industrial em Mato Grosso do Sul, por conseguinte terá total apoio da

Assembléia Legislativa em virtude da importante contribuição ao

desenvolvimento regional (Assembléia Legislativa);

70

d) Para o desenvolvimento sustentável do Estado é necessária a definição de

objetivos como diversificar a base econômica e agregar valor ao agronegócio

(Prefeitura).

e) Ações corretas no sentido de abrir caminhos para exportar diretamente bens

produzidos no Estado (Prefeitura).

Os sujeitos da amostra intencional selecionada prendem-se ao motivo de

serem alavancadores da proposta de implantação do Aeroporto Industrial de Campo

Grande (MS). O apoio, suporte e a multiplicação de informações viriam dos diversos

segmentos públicos e privados entrevistados. Uma das principais interessadas, a

INFRAERO, já firmou compromisso com o Governo Estadual e vem apoiando

iniciativas – seminário e café da manhã – para divulgar e sensibilizar os beneficiários

deste projeto inovador na região Centro-Oeste.

5 CONCLUSÃO

A pesquisa sobre a problemática - Até que ponto o Aeroporto Industrial de Campo Grande (MS) se constitui em estratégia para o desenvolvimento regional? - permitiu chegar as seguintes conclusões e recomendações:

a) A partir de um cenário em que a reforma tributária fosse promulgada e o

ICMS transformado no Imposto sobre Valor Agregado - IVA, o que garantiria o fim da

guerra fiscal, o Estado de Mato Grosso do Sul sairia prejudicado, pois muitas

empresas se fixaram em território sul-mato-grossense devido, principalmente, aos

benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Estado através de seu Conselho

Industrial de Desenvolvimento – CDI/MS, como na isenção de 67% do ICMS devido

pelo período de 15 (quinze) anos.

Ao passo que, Estados de economia primária e menos favorecidos que não se

situam no eixo su1-sudeste continuariam com vazios econômicos, bolsões de

pobreza, disparidades regionais e com reduzida capacidade competitiva.

Diante disso, recomenda-se que o poder público busque nova ferramenta para

gerar desenvolvimento regional, e assim suprir o possível desinteresse de novos

investimentos industriais no Estado.

b) A temática sobre aeroporto industrial é uma alternativa que tem atraído

investimentos produtivos com possibilidades de geração de emprego e renda, e

redução de despesas administrativas, principalmente, pela isenção de impostos

federais, como o Imposto de Importação-II e Imposto sobre Produtos

Industrializados-IPI, cujas alíquotas impactam diretamente sobre os custos de

comercialização das empresas.

Assim, a pesquisa demonstrou que seria viável de implantação do Aeroporto

Industrial de Campo Grande (MS), pois seria um vetor de desenvolvimento a

economia sul-mato-grossense com possibilidade de promover o processo de

exportação de forma direta no mercado globalizado com produtos industrializados de

tecnologia avançada.

72

Recomendam-se estratégias de marketing para atração de empresas no

entorno do aeroporto, porque viabilizaria um pólo dinâmico de alta coesão – cluster

e/ou condomínio industrial – conforme experiências advindas do mercado europeu e

norte-americano e que na região aeroportuária de Campo Grande (MS), existe,

também, a possibilidade de integração rodoferroviária, essencial para complementar

a logística de transporte.

Ressalta-se a existência de 230 (duzentos e trinta) empresas com intenção de

investir no Estado, totalizando o montante de R$ 2,8 bilhões. Algumas destas,

classificadas como potenciais para se fixar no Aeroporto Industrial de Campo

Grande (MS).

c) Ao considerar o cenário em que não fosse aplicada a reforma tributária, o

Governo do Estado concederia benefícios fiscais nos termos da legislação em

vigência para comercialização no mercado nacional. Assim, as empresas fixadas, no

sítio aeroportuário teriam incentivos fiscais tanto para vendas externas e internas, ou

seja, isenção de 67% do ICMS devido para operações interestaduais e isenção total

de IPI e II na fabricação/montagem de seus produtos destinados a exportação.

d) Neste momento, a INFRAERO, que detém carta de intenção firmada com o

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul em 2004, passa por processo de

contratação, pós-licitatório, de consultoria externa, para elaboração de Plano Diretor

Aeroportuário Nacional. O Estado participará da construção deste Plano, em que

agregará informações e demanda de empresas potenciais, para que em conjunto

com a INFRAERO, consolide a implantação do Aeroporto Industrial de Campo

Grande (MS).

Outra legislação idealizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior, que deverá ser apreciada pelo Congresso Nacional, estabelecerá

suspensão de cinco anos da cobrança de impostos federais – PIS, COFINS e IPI –

para novas empresas exportadoras nacionais e estrangeiras (JORNAL CORREIO

DO ESTADO, 2005).

Vale ressaltar que outro projeto está em fase de implantação, na Capital, o

Entreposto Aduaneiro do Interior – EADI, também denominado Porto Seco,

localizado na saída para São Paulo. As obras comportam um terminal intermodal de

transporte alfandegado.

73

Logo, contar com duas estruturas alfandegadas – Aeroporto Industrial e Porto

Seco - ligadas pela multimodalidade de transporte, pode transformar Mato Grosso do

Sul, um Estado mediterrâneo, em pólo exportador dinâmico do país.

O projeto de aeroporto industrial apresentado pela INFRAERO propõe baixo

nível de impacto ambiental. Os principais cuidados têm haver com o uso adequado

do solo, caracterização da zona de ruído aeronáutico (causado pela movimentação

de aeronaves) e não aeronáutico (proveniente de área industrial, veículos e

equipamentos) e controle da qualidade do ar em torno do sítio aeroportuário. A

INFRAERO contribui para minimizar os impactos decorrentes das operações das

aeronaves em seus aeroportos, tendo em vista, determinações da autoridade

aeronáutica quanto aos horários estabelecidos para o funcionamento dos

aeroportos, elaboração de planos diretores aeroportuários, estudos sobre curvas de

ruído de seus aeroportos e projetos arquitetônicos de suas instalações conforme

peculiaridade regional.

Recomenda-se, no entanto, que a INFRAERO e empresas fixadas no sítio

aeroportuário possam cumprir normas e legislações federais, estaduais e municipais.

Gestões com o município de Campo Grande, inclusive com Conselho Municipal de

Meio Ambiente deverão ser realizadas visando à adequação do uso do solo em

função do Plano de Zoneamento Urbano Municipal.

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77

APÊNDICES

78

APÊNDICE A – Modelo de questionário aplicado às entidades públicas e

privadas.

UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP

PROGRAMA DE MESTRADO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

79

Pesquisa de cunho acadêmico do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional/UNIDERP, que tem por objetivo subsidiar políticas públicas de governo. *Nota explicativa: Aeroporto Industrial é um aeroporto internacional com área alfandegada, especificamente demarcada para instalação de plantas industriais com suspensão de tributos em insumos importados destinados a produção ou montagem de mercadorias, com alto valor agregado, que serão exportadas. Nome do entrevistado: Instituição/Órgão representativo: Data:

QUESTIONÁRO PARA PESQUISA 1. O fim dos incentivos fiscais, a partir da promulgação da Reforma Tributária, prejudicaria o Estado de Mato Grosso do Sul na atração de investimentos industriais? Por quê? 2. O que significa o Aeroporto Industrial para Mato Grosso do Sul? Quais os impactos socioeconômicos à região? 3. O Aeroporto Industrial seria uma alternativa para o desenvolvimento regional? É viável sua implantação? Justifique 4. Que outros comentários gostaria de fazer. *caso necessite, responder o questionário em outras folhas.

80

ANEXOS

81

ANEXO A – Relatório do 1º Fórum sobre aeroportos, aviação civil e desenvolvimento

de negócios em Mato Grosso do Sul.

82

83

84

85

86

87

ANEXO B – Relatório do Café da Manhã sobre Aviação – Aeroportos Industriais.

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia

RELATÓRIO

Café da Manhã sobre Aviação – Aeroportos Industriais

Local: SEBRAE Data: 13 de novembro de 2003. Horário: 8 horas Público-alvo: Representantes de empresas transportadoras de cargas, empresários exportadores e importadores, universidades e instituições financeiras. Tema: Potencializando a Utilização do Aeroporto Internacional de Campo Grande Abertura – 8h50 Secretário Egon dá início ao evento manifestando a importância do primeiro fórum sobre aviação e dos debates sobre o assunto. Segundo o secretário, o debate ainda está se iniciando e Mato Grosso do Sul está sendo um dos pioneiros no Brasil em discutir sobre aeroportos industriais. Palestrante: Nelson Rodrigues Farias – Gerente de Logística da INFRAERO O senhor Nelson inicia sua fala comentando sobre a INFRAERO como empresa de transporte aéreo e de sua estrutura. Comenta sobre os fatores que levam o usuário (empresas) a utilizarem os serviços de transporte aéreo de cargas e sobre a tendência atual de dar mais enfoque à cadeia de produtos e serviços, pois está cada vez mais importante reduzir custos. O palestrante também destaca a importância do transporte modal aéreo comparando-o com os demais meios de transporte (rodoviário, ferroviário e fluvial). Outro ponto de importância destacado pelo palestrante é a prestação de diversos serviços às empresas, como a rastreabilidade de produtos, por exemplo. O senhor Nelson destaca três fases de incentivos que influenciam ou que podem influenciar na melhor utilização do terminal de cargas do aeroporto de Campo Grande: 1- Utilização da estrutura existente para carga importada (vários serviços já estão sendo executados pela INFRAERO); 2- Construção e implantação de Entreposto Aduaneiro e Terminal de Exportação (a ser executado); 3- Construção do Aeroporto Industrial (a ser executado). Alguns aeroportos já estão em fase de execução (Confins, S.José dos Campos, etc) e em Campo Grande ainda está em fase de análise de viabilidade. Questionamentos (debate em plenária): 1. Existem empresas interessadas nesse serviço? Ainda não tem empresas inscritas e o processo de implantação depende de uma demanda e união entre empresariado e Estado, para implantação. 2. O aeroporto de Goiânia não teria mais vantagens do que o de Campo Grande? O aeroporto de Goiânia tem restrições em relação às pistas de pouso, onde não suportaria aeronaves de grande porte. 3. O transporte de carga rodoviário tem problemas com o retorno de caminhões vazios, principalmente para os grandes centros consumidores, como São Paulo. Isso não poderia ser interligado com o transporte aéreo de Manaus para Campo Grande e rodoviário de Campo Grande para São Paulo? Não há estudos de viabilidade econômica que justifiquem tal serviço. 4. Quais os tipos de serviços a mais serão prestados? No caso do Entreposto Aduaneiro no local pode reduzir os custos de impostos e ainda, o custo da entrepostagem fica por conta do fornecedor e não do importador. Ambos os lados podem ganhar com isso. O fornecedor mantém o produto em locais de fácil acesso a outros mercados (no exemplo de Campo Grande, o fácil acesso à Argentina) e não implicaria na cobrança de impostos pelo governo brasileiro. No caso do importador (brasileiro), o produto fica armazenado no Entreposto e pode ser particionado e a cobrança dos impostos somente seria cobrado no que realmente for

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia

utilizado (caso seja de interesse a comercialização no próprio país, o custo de importação seria cobrado normalmente). A grande vantagem é na exportação, onde os custos se reduziriam em função da não cobrança de determinados impostos nos produtos importados e industrializados no Aeroporto Industrial. 5. Qual seria o custo de transporte de uma tonelada para Miami? Não há ainda valores exatos, mas pode servir de exemplo o custo de transporte saindo de São Paulo, que gira em torno de U$ 1,05 por quilo. 6. As indústrias, provavelmente multinacionais, que utilizarem os Entrepostos Aduaneiros podem vir a criar novas e pequenas empresas aqui no Brasil? Sim, certamente isso estimularia a criação de novas empresas Reunião pós-evento com equipe executora: Definição dos próximos passos, principalmente em relação às tarefas de cada um dos representantes das secretarias do governo do estado. O objetivo agora é produzir um projeto ou mesmo um ante-projeto sobre o assunto o mais breve possível. Cida Matias (INFRAERO) comentou que ficou de produzir dois documentos – um para tratar do transporte aéreo de cargas e outro para de passageiros – a partir do enfoque interno da empresa. Dia 26 de novembro acontecerá uma reunião com o governador Zeca do PT para apresentar um levantamento técnico. Carlos Bonard (INFRAERO) destaca que a INFRAERO está desempenhando o seu papel. Quem tem que identificar o potencial da demanda é o Estado e os empresários ligados ao assunto (empresas de transporte aéreo). Para se atingir a terceira fase do projeto proposto para o Aeroporto Industrial é necessário utilizar as duas primeiras fases propostas e para Campo Grande, mesmo a primeira fase ainda não está sendo utilizada na sua potencialidade. É necessário reunir os empresários potenciais que futuramente utilizaram desses serviços prestados pela INFRAERO e analisar a demanda existente, para então propor a implantação de novos serviços. Roberto Bertoni (SEPROTUR) afirmou que o contato com as empresas é complicado e difícil. Na primeira reunião realizada foi marcada pela ausência dos empresários que utilizam ou que podem utilizar o transporte aéreo, mas nessa segunda reunião já foi possível reunir pouco mais de quinze empresários ou representantes de empresas. É necessário insistir e assim conseguir bons resultados. Carlos Bonard e Cida Matias (INFRAERO) afirmam que a idéia inicial para o Aeroporto de Campo Grande é primeiro transformá-lo em um hub (centro de distribuição), tanto de cargas quanto de passageiros. Miguel Quevedo (SEPROTUR) afirma que a economia do Estado está baseada na produção primária, com baixa agregação de valor. Existe um potencial de cargas existente, mas os produtos são de baixo valor agregado. Enquanto isso não se modificar significativamente, passando inclusive por questões culturais, não haverá demanda suficiente para garantir o funcionamento das fases dois e três, propostas pela INFRAERO. Nelson Rodrigues (INFRAERO) afirma que o Estado de MS é privilegiado pela questão geográfica em função da proximidade com os países do MERCOSUL e isso deve ser aproveitado. O público alvo (usuários do Aeroporto Industrial) pode não ser somente os empresários locais, mas empresários de outros Estados e países. O governo do Estado não deve errar propondo algo que não pode ser executado. Isto é, devem-se estabelecer projetos viáveis, com elementos concretos, com a prospecção das empresas que podem vir a utilizar os serviços do Aeroporto de Campo Grande. Isso deve estar bem claro para a política estadual de incentivo industrial. Carlos Bonard afirma que a INFRAERO só fornecerá a infra-estrutura necessária e recairá

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sobre a demanda existente a política adotada pelo governo do Estado de MS de fazer funcionar o Aeroporto Industrial. Nelson Rodrigues diz que é necessário o Estado estar regulamentado (questão tributária ainda em debate, no âmbito nacional), para então se tornar viável os incentivos possíveis de serem adotados. Cida Martias destaca que o transporte de passageiros deve ser estimulado (principalmente em função do turismo no Estado), pois este pode ser elemento importante no estímulo para fazer aumentar o transporte de cargas. O transporte de passageiros deve estar associado ao projeto de transporte de cargas.

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ANEXO C – Instrução Normativa SRF nº 241, de 06 de Novembro de 2002.

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Instrução Normativa SRF nº 241, de 6 de Novembro de 2002

DOU de 8.11.2002

Dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na exportação.

Alterada pela IN SRF nº 356, de 4 de setembro de 2003.Alterada pela IN SRF nº 463, de 19 de outubro de 2004

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto nos arts. 340, 342, 344 e 355 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, no Decreto nº 3.923, de 17 de setembro de 2001, e na Portaria MF nº 267, de 30 de agosto de 2001, resolve:

Art. 1º O regime especial de entreposto aduaneiro será aplicado de conformidade com o estabelecido nesta Instrução Normativa.

CONCEITO, MODALIDADES E LOCAIS DE OPERAÇÃO DO REGIME

Art. 2º O regime de entreposto aduaneiro aplica-se à importação e à exportação.

Art. 3º O regime de entreposto aduaneiro na importação permite a armazenagem de mercadoria em local alfandegado com suspensão do pagamento dos impostos incidentes.

Art. 4º O regime de entreposto aduaneiro na exportação permite a armazenagem de mercadoria em local alfandegado:

I - com suspensão do pagamento dos impostos, na modalidade de regime comum; e

II - com direito à utilização dos benefícios fiscais relativos à exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior, na modalidade de regime extraordinário.

Art. 5º As mercadorias admitidas no regime, conforme referido nos arts. 3º e 4º, poderão ser submetidas, ainda, às seguintes operações, nos termos e condições estabelecidos nesta Instrução Normativa:

I - exposição, demonstração e teste de funcionamento;

II - industrialização; e

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III - manutenção ou reparo.

Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado em estação aduaneira interior (porto seco), recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF).

§ 1º O regime poderá ser operado, ainda, em:

I - recinto de uso privativo, alfandegado em caráter temporário para a exposição de mercadorias importadas em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, concedido ao correspondente promotor do evento; e

II - local não alfandegado, de uso privativo, para depósito de mercadoria destinada a embarque direto para o exterior, por empresa comercial exportadora, constituída na forma do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, e autorizada pela SRF.

§ 2º O credenciamento referido no caput será exigido, no caso de porto seco, exclusivamente para as operações referidas no art. 5º.

REQUISITOS E PROCEDIMENTOS

Credenciamento de Recinto Alfandegado

Art. 7º O credenciamento do recinto alfandegado, referido no caput do art. 6º, fica condicionado:

I - à delimitação de áreas distintas destinadas à armazenagem das mercadorias importadas ou a exportar, conforme o caso, ao amparo do regime; e

II - ao desenvolvimento e manutenção de controle informatizado de entrada, movimentação, armazenamento e saída das mercadorias relativas a cada beneficiário, incluídas aquelas objeto das operações de industrialização, manutenção ou reparo autorizadas.

Art. 8º O credenciamento será realizado a requerimento do administrador do recinto alfandegado, apresentado ao titular da unidade da SRF com jurisdição sobre o local.

§ 1º O requerimento deverá indicar as atividades para as quais solicita autorização:

I - armazenagem;

II - exposição, demonstração e teste de funcionamento;

III - industrialização; ou

IV - manutenção ou reparo.

§ 2º Para a realização de industrialização, manutenção ou reparo será exigido área isolada para cada beneficiário, localizada no recinto alfandegado, correspondente a estabelecimento com número de inscrição específico no Cadastro Nacional de Pessoa

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Jurídica (CNPJ), nos termos do art. 13 da Instrução Normativa nº 200, de 13 de setembro de 2002.

§ 3º Na área isolada de que trata o parágrafo anterior não será admitida a realização de atividades não previstas nesta Instrução Normativa, exceto as de caráter administrativo.

§ 4º O pleito será encaminhado à respectiva Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF), com parecer conclusivo da unidade da SRF com jurisdição sobre o local quanto ao cumprimento dos requisitos estabelecidos.

Art. 9º O credenciamento será concedido por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) da SRRF jurisdicionante, que especificará o recinto, a modalidade do regime, as atividades autorizadas e, se for o caso, das mercadorias a serem objeto de industrialização, manutenção ou reparo.

§ 1º Não poderão ser autorizadas operações de industrialização, manutenção ou reparo com mercadorias que ponham em risco a segurança do recinto ou causem dano ao meio ambiente.

§ 2º Para os efeitos do § 1º o processo de credenciamento deverá ser instruído com manifestação expressa do concessionário ou permissionário do recinto quanto ao cumprimento do requisito.

§ 3º O credenciamento de que trata este artigo será concedido a título precário e poderá ser cancelado a qualquer tempo, inclusive em razão de requisição fundamentada de autoridade competente em matéria de segurança ou meio ambiente.

Art. 10. Quando o recinto alfandegado for credenciado para a realização de atividades de industrialização receberá as seguintes denominações:

I - aeroporto industrial, se localizado em aeroporto;

II - plataforma portuária industrial, se localizado em porto organizado ou instalação portuária; ou

III - porto seco industrial, se localizado em porto seco.

Alfandegamento de Recinto para Feira, Congresso,

Mostra ou Evento Semelhante

Art. 11. A solicitação de alfandegamento temporário de recinto de uso privativo para o armazenamento de mercadorias importadas destinadas a exposição em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, devidamente justificada e instruída com a correspondente autorização do órgão competente, será apresentada pelo promotor do evento à SRRF com jurisdição sobre o recinto, com as seguintes informações:

I - período e local do evento;

II - identificação dos expositores;

III - indicação da natureza das mercadorias a serem expostas; e

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IV - leiaute das áreas de realização do evento, incluídas as destinadas à guarda dos volumes anteriormente à realização do despacho aduaneiro de admissão no regime e, quando for o caso, aquelas reservadas à exposição de mercadorias nacionais ou nacionalizadas.

Parágrafo único. No exame do mérito da solicitação serão consideradas a justificativa para o alfandegamento e as condições relativas à segurança fiscal.

Art. 12. O deferimento da solicitação fica condicionado, ainda:

I - ao atendimento às condições exigidas para a emissão da Certidão Negativa de Débitos de Tributos e de Contribuições Federais administrados pela SRF; e

II - à apresentação de termo de fiel depositário das mercadorias a serem admitidas no regime.

Art. 13. O ADE de alfandegamento, expedido pela SRRF, conterá:

I - a identificação do beneficiário;

II - a denominação e o período de realização do evento;

III - o endereço do recinto;

IV - o prazo de alfandegamento;

V - a unidade local da SRF de jurisdição;

VI - a autorização para a entrada e movimentação, no recinto alfandegado, de mercadoria nacional ou nacionalizada, quando couber; e,

VII - os controles e outras obrigações a cargo do beneficiário.

Parágrafo único. O prazo do alfandegamento, observadas as peculiaridades do evento, estará limitado a período que alcance não mais que os trinta dias anteriores e os trinta dias posteriores aos fixados para início e término do evento.

Regime Extraordinário de Entreposto Aduaneiro na Exportação

Art. 14. A empresa comercial exportadora referida no inciso II do § 1º do art. 6º poderá ser autorizada a operar o regime de entreposto aduaneiro na exportação em recinto de uso privativo, na modalidade de regime extraordinário, desde que comprovadamente:

I - possua capital social integralizado igual ou superior a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais);

II - tenha realizado, no ano anterior ou nos doze meses anteriores ao da apresentação do pedido, exportações em montante igual ou superior a US$ 30,000,000.00 (trinta milhões de dólares dos Estados Unidos da América) ou equivalente em outra moeda;

III - atenda às condições exigidas para a emissão da Certidão Negativa de Débitos de Tributos e de Contribuições Federais administrados pela SRF;

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IV - seja proprietária ou possua contrato que garanta o direito de uso do recinto;

V - possua registro especial como empresa comercial exportadora, nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 1972; e,

VI - apresente termo de fiel depositário das mercadorias.

Parágrafo único. A solicitação será dirigida à SRRF com jurisdição sobre o recinto, contendo as seguintes informações:

I - identificação e endereço do recinto;

II - dimensões, capacidade de armazenamento e tipo de recinto; e,

III - prazo requerido para a autorização.

Art. 15. A autorização será outorgada por meio de ADE expedido pela SRRF, contendo:

I - a identificação e o número do registro especial da empresa beneficiária;

II - o endereço e o CNPJ do estabelecimento da empresa beneficiária onde será operado o regime;

III - a unidade da SRF com jurisdição sobre o recinto; e,

IV - o prazo de vigência da autorização.

§ 1º O recinto indicado na autorização deverá ser utilizado exclusivamente para o depósito de mercadorias submetidas ao regime de entreposto aduaneiro na exportação, na modalidade de regime extraordinário.

§ 2º A autorização de que trata este artigo poderá ser concedida por tempo indeterminado quando se tratar de imóvel de propriedade da empresa beneficiária.

APLICAÇÃO DO REGIME DE ENTREPOSTO ADUANEIRO

Bens Admitidos

Art. 16. A admissão no regime será autorizada para a armazenagem dos bens a seguir indicados, em:

I - aeroporto:

a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves, e de equipamentos e instrumentos de uso aeronáutico;

b) provisões de bordo de aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional;

c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, identificáveis por número de série, importados, para serem submetidos a serviço de recondicionamento, manutenção ou reparo, no próprio recinto alfandegado, com posterior retorno ao exterior;

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d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento, manutenção ou reparo referidos na alínea "c"; ou

e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País, ou destinados a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.

II - porto organizado e instalações portuárias:

a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações, e de equipamentos e instrumentos de uso náutico;

b) provisões de bordo de embarcações utilizadas no transporte comercial internacional;

c) bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de comunicação; ou

d) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País ou destinadas a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.

III - porto seco:

a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves e embarcações;

b) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de outros veículos, bem assim de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos;

c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, identificáveis por número de série, importados, para serem submetidos a serviço de recondicionamento, manutenção ou reparo, no próprio recinto alfandegado, com posterior retorno ao exterior;

d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento, manutenção ou reparo referidos na alínea "c"; ou

e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa física ou jurídica, domiciliada ou estabelecida no País, ou destinados a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.

Art. 17. A admissão no regime de entreposto aduaneiro não será autorizada quando se tratar de:

I - mercadoria cuja importação ou exportação esteja proibida;

II - bem usado; e

III - mercadoria importada com cobertura cambial.

§ 1º O disposto no inciso II deste artigo não se aplica aos bens referidos na alínea "a" dos incisos I, II e III, e na alínea "c" dos incisos I e III, do art. 16.

§ 2º O disposto no inciso III deste artigo não se aplica a mercadoria destinada a exportação.

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Atividades Admitidas

Art. 18. Em porto seco ou em outro recinto alfandegado credenciado a operar o regime de entreposto aduaneiro na importação ou na exportação, além da prestação dos serviços comuns a que se refere o inciso I do art. 5º da Instrução Normativa SRF nº 55/00, de 23 de maio de 2000, poderão, ainda, ser realizados os seguintes serviços, relativos às mercadorias ali armazenadas:

I - etiquetagem e marcação, para atender a exigências do comprador estrangeiro;

II - exposição, demonstração e teste de funcionamento;

III - concernentes às operações de industrialização:

a) acondicionamento ou reacondicionamento;

b) montagem;

c) beneficiamento;

d) recondicionamento dos bens referidos na alínea "a" dos incisos I, II e III e alínea "c" dos incisos I e III do art. 16; ou

e) transformação, no caso de preparo de alimentos para consumo a bordo de aeronaves e embarcações utilizadas no transporte comercial internacional ou destinados a exportação.

IV - manutenção ou reparo, no caso dos bens referidos na alínea "a" dos incisos I, II e III e na alínea "c" dos incisos I e III do art. 16.

Beneficiários do Regime

Art. 19. É beneficiário do regime de entreposto aduaneiro na importação o consignatário da mercadoria a ser entrepostada, pessoa jurídica estabelecida no País.

§ 1º O beneficiário do regime operado em porto seco poderá ser pessoa física desde que investido da condição de agente de venda do exportador.

§ 2º Na hipótese de regime de entreposto aduaneiro para a exposição de mercadorias a que se refere o inciso I do § 1º do art. 6º, o beneficiário será o promotor do evento.

§ 3º O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado poderá ser beneficiário do regime de entreposto aduaneiro na importação, quando figurar como consignatário da mercadoria, devendo ser observada, neste caso, a restrição estabelecida no § 2º do art. 38.

Art. 20. São beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na exportação:

I - na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em recinto credenciado, mercadoria destinada ao mercado externo; e

II - na modalidade de regime extraordinário, a empresa comercial exportadora referida no inciso II do § 1º do art. 6º.

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Concessão do Regime na Importação

Art. 21. O regime de entreposto aduaneiro na importação será requerido com base em declaração de admissão formulada pelo beneficiário no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

§ 1º O regime será concedido mediante o desembaraço aduaneiro das mercadorias constantes da respectiva declaração de admissão.

§ 2º No caso de indeferimento da aplicação do regime, o interessado poderá apresentar recurso ao titilar da unidade, no prazo de dez dias, contado da data da ciência.

§ 3º Da decisão denegatória do titular da unidade caberá recurso à respectiva SRRF, no prazo de dez dias, contado da data da ciência.

§ 4º As decisões relativas aos recursos interpostos nos termos dos §§ 2º e 3º deste artigo deverão ser proferidas no prazo máximo de quinze dias, contado da data da protocolização do recurso.

§ 5º Mantido o indeferimento, deverá ser providenciado o correspondente despacho para a reexportação ou consumo, nos termos das normas de regência.

Art. 22. A concessão do regime poderá ser automática na hipótese de importação de:

I - partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações e aeronaves, bem assim de equipamentos e seus componentes de uso náutico ou aeronáutico;

II - bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de comunicação; e

III - bens destinados a provisões de bordo de aeronaves e embarcações.

§ 1º A concessão automática prevista neste artigo fica condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos:

I - o conhecimento de carga deverá acobertar exclusivamente mercadorias destinadas ao regime; e

II - o beneficiário deverá manter controle informatizado de estoque, atualizado diariamente, sem prejuízo dos controles referidos no inciso II do art. 7º, de responsabilidade do depositário das mercadorias.

§ 2º O atendimento ao requisito referido no inciso II do parágrafo anterior será reconhecido pelo titular da unidade da SRF jurisdicionante do recinto, por meio de ADE.

§ 3º Na hipótese de que trata este artigo, o regime subsiste a partir da data de entrada da mercadoria no recinto alfandegado de uso público credenciado.

Art. 23. Na hipótese do artigo anterior, o beneficiário deverá apresentar à unidade da SRF jurisdicionante do recinto, até o quinto dia útil subseqüente à concessão do regime, os conhecimentos de carga relativos às mercadorias admitidas no regime, para:

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I - o registro da destinação da mercadoria, no Sistema Integrado da Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (Mantra); ou

II - a realização das anotações destinadas à conferência final do manifesto, na hipótese de unidade de despacho não usuária do Mantra.

Concessão do Regime na Exportação

Art. 24. A concessão do regime de entreposto aduaneiro na exportação será automática e subsistirá a partir da data:

I - de entrada, no recinto alfandegado credenciado, da mercadoria destinada a exportação, acompanhada da respectiva Nota Fiscal, na modalidade de regime comum; ou

II - de saída, do estabelecimento do produtor-vendedor, da mercadoria vendida a empresa comercial exportadora autorizada, que deverá comprovar a aquisição por meio de declaração firmada em via da correspondente Nota Fiscal, na modalidade de regime extraordinário.

Parágrafo único. O tratamento previsto no inciso I aplica-se também às mercadorias que ingressem no recinto para serem utilizadas nas operações previstas nos incisos III e IV do art. 18.

Prazo de Vigência do Regime

Art. 25. A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na importação pelo prazo de um ano, contado da data do desembaraço aduaneiro de admissão.

Parágrafo único. Na hipótese de mercadoria destinada a exposição em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, o prazo de vigência do regime será equivalente àquele estabelecido para o alfandegamento do recinto.

Art. 26. A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na exportação pelo prazo de:

I - um ano, na modalidade de regime comum;

II - noventa dias, na modalidade de regime extraordinário.

Parágrafo único. Na transferência de mercadoria da modalidade de regime extraordinário para o comum serão observados os prazos estabelecidos neste artigo, considerando-se o tempo transcorrido na modalidade anterior.

Art. 27. O prazo de permanência no regime de mercadoria armazenada em recinto alfandegado de uso público poderá ser sucessivamente prorrogado em situações especiais, mediante solicitação justificada do beneficiário dirigida ao titular da unidade da SRF jurisdicionante, respeitado o limite máximo de três anos.

Dispensa de Garantia dos Impostos Suspensos

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Art. 28. A suspensão do pagamento dos impostos, decorrente da aplicação do regime de entreposto aduaneiro, dispensa a formalização de termo de responsabilidade e a prestação de garantia.

Operacionalidade do Regime em Recinto Alfandegado

Art. 29. Nas operações previstas no inciso III e IV do art. 18, poderão ser empregadas mercadorias estrangeiras objeto de diferentes declarações de admissão no regime, além daquelas nacionais ou nacionalizadas submetidas ao regime de entreposto aduaneiro na exportação.

Parágrafo único. As mercadorias nacionais ou nacionalizadas de que trata este artigo deverão ser fornecidas por estabelecimento da empresa beneficiária do regime.

Art. 30. Na hipótese de regime de entreposto aduaneiro de mercadoria importada com cobertura cambial, destinada a exportação, conforme previsto no § 2º do art. 17, o beneficiário deverá registrar DI para efeitos cambiais.

§ 1º O beneficiário deverá solicitar, no mesmo dia, retificação da declaração de admissão no regime, para incluir o número de registro da DI para efeitos cambiais no campo destinado a informações complementares.

§ 2º A correspondente declaração de exportação deverá ser registrada no prazo de sessenta dias, contado da data de registro da DI para efeitos cambiais.

§ 3º O eventual despacho para consumo será realizado mediante registro, no Siscomex, da respectiva declaração de importação e pagamento dos impostos suspensos, sujeitos aos acréscimos moratórios, calculados na data de registro da correspondente DI para efeitos cambiais, observado o prazo estabelecido no parágrafo anterior.

Art. 31. A movimentação de mercadoria da área de armazenamento para aquelas destinadas à exposição, demonstração e testes de funcionamento, ou às operações a que se referem os incisos III e IV do art. 18, bem assim o correspondente retorno parcial ou total, inclusive do produto resultante, exigirá a prévia emissão de Relação de Transferência de Mercadorias (RTM).

§ 1º A RTM autoriza a saída e a circulação da mercadoria identificada e quantificada, mediante as assinaturas do depositário e do beneficiário do regime, atestando a respectiva operação, em vias a serem arquivadas pelo prazo legal previsto na legislação de regência, por ambos os responsáveis, independentemente de qualquer procedimento da fiscalização.

§ 2º As mercadorias resultantes poderão ser objeto de armazenamento na área isolada destinada às respectivas operações, referidas no caput deste artigo.

Art. 32. Os refugos, sobras e aparas resultantes da industrialização a que forem submetidas as mercadorias deverão permanecer armazenadas na área isolada, enquanto não realizada a correspondente:

I - exportação;

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II - destruição, às expensas do beneficiário do regime e sob acompanhamento da fiscalização; ou

III - despacho para consumo.

§ 1º Na hipótese do inciso III, os tributos incidentes na importação serão calculados segundo a alíquota correspondente à mercadoria entrepostada e a base de cálculo determinada em laudo expedido por entidade ou técnico credenciado pela SRF.

§ 2º As partes e peças defeituosas, que forem substituídas em decorrência das operações de recondicionamento, manutenção ou reparo, deverão ser destruídas ou reexportadas.

Art. 33. O disposto no art. 31 aplica-se, também, na movimentação de bens destinados à prestação de serviços de reposição, manutenção ou reparo de bens estrangeiros, nos termos das alíneas "a", "c" e "d" do inciso I, "a" e "c" do inciso II e "a" a "d" do inciso III do art. 16.

§ 1º A adoção do procedimento previsto neste artigo fica condicionada à manutenção, pelo beneficiário, de controle informatizado de estoque, atualizado diariamente, sem prejuízo dos controles referidos no inciso II do art. 7º, de responsabilidade do depositário das mercadorias.

§ 2º O atendimento ao requisito previsto no parágrafo anterior será previamente reconhecido pelo titular da unidade da SRF jurisdicionante do recinto, mediante expedição de ADE.

Art. 34. As mercadorias submetidas ao regime poderão ser retiradas do recinto alfandegado, para fins de:

I - exposição em feira ou evento semelhante; ou

II - recondicionamento, realizado no exterior, no caso de partes, peças e outros materiais utilizados na manutenção ou reparo de embarcações ou aeronaves e de equipamentos e instrumentos de uso náutico e aeronáutico.

§ 1º Na hipótese deste artigo, poderá ser adotado procedimento simplificado para autorizar a saída e controlar o prazo para retorno ao recinto, com base na RTM, acompanhada de Nota Fiscal ou do Conhecimento de Transporte, conforme o caso.

§ 2º A adoção do procedimento previsto neste artigo fica condicionada à manutenção, pelo beneficiário, do controle informatizado de que trata o § 1º do art. 33.

Operacionalidade do Regime para Feira, Congresso,

Mostra ou Evento Semelhante

Art. 35. As mercadorias importadas para exposição em feira, congresso, mostra ou evento semelhante serão transportadas, sob o regime de trânsito aduaneiro, até o correspondente recinto alfandegado.

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Art. 36. Após a conclusão do trânsito aduaneiro, as mercadorias deverão permanecer depositadas no local destinado à guarda dos volumes, até a formalização do despacho de admissão no regime.

Operacionalidade do Regime Extraordinário de Entreposto Aduaneiro

Art. 37. A empresa comercial exportadora deverá manter controle informatizado, atualizado diariamente, de entrada, movimentação, armazenamento, saída e efetiva exportação de mercadorias admitidas no regime, relativamente a cada produtor-vendedor.

EXTINÇÃO DO REGIME

Mercadorias Admitidas Apenas para Armazenamento

Art. 38. O beneficiário deverá dar início, no decorrer do prazo estabelecido para a permanência da mercadoria importada no regime, ao respectivo despacho aduaneiro para:

I - consumo;

II - admissão em outro regime aduaneiro especial ou atípico;

III - reexportação; ou

IV - exportação, na hipótese prevista no art. 30.

§ 1º A DI para consumo poderá ser apresentada, no Siscomex, por pessoa jurídica diversa do beneficiário, na hipótese de aquisição direta do consignante.

§ 2º A declaração para extinção do regime deverá ser apresentada exclusivamente por pessoa jurídica diversa do beneficiário, quando esse beneficiário for o administrador do recinto em que a mercadoria importada se encontre armazenada.

Art. 39. No prazo estabelecido para a permanência da mercadoria no regime de entreposto aduaneiro na exportação, o beneficiário deverá:

I - dar início ao correspondente despacho aduaneiro de exportação;

II - na modalidade de regime comum, reintegrar a mercadoria ao estoque do estabelecimento de origem ou recolher os impostos suspensos; ou,

III - na modalidade de regime extraordinário, recolher os impostos que deixaram de ser pagos em decorrência dos benefícios fiscais auferidos pelo produtor-vendedor, nos termos da legislação pertinente.

§ 1º O despacho de exportação será realizado com base em declaração de exportação apresentada no Siscomex.

§ 2º O retorno ao mercado interno será autorizado pela autoridade aduaneira, com base na Nota Fiscal correspondente.

104

Art. 40. A formalização da extinção do regime referente a bens destinados a reposição, manutenção ou reparo de outros bens estrangeiros, nos termos do art. 33, poderá ser objeto de procedimento simplificado de reexportação ou exportação, por meio de apresentação periódica de Nota de Destinação de Mercadoria (NDM), a ser apresentada à unidade da SRF jurisdicionante até o quinto dia útil do mês subseqüente ao da saída do recinto.

Parágrafo único. O controle informatizado de estoque, previsto no § 1º do art. 33, deverá vincular a NDM prevista neste artigo às correspondentes RTM.

Mercadorias Submetidas a Industrialização, Manutenção ou Reparo

Art. 41. As mercadorias importadas submetidas às operações previstas nos incisos III e IV do art. 18, estarão sujeitas a despacho aduaneiro de:

I - importação para consumo;

II - exportação; ou

III - reexportação, na hipótese de bem de propriedade estrangeira admitido no regime para fins de recondicionamento, manutenção ou reparo.

§ 1º O despacho aduaneiro será processado no Siscomex, com base em declaração:

I - de importação, que deverá conter a classificação fiscal e descrição das mercadorias, nos campos próprios, e, naquele destinado a Informações Complementares, a classificação fiscal e descrição do produto industrializado.

II - de exportação, que deverá ser formulada com a indicação da classificação fiscal do produto resultante da industrialização.

§ 2º Os números de registro das correspondentes Notas Fiscais ou declarações de admissão das mercadorias importadas no regime deverão ser informados nas declarações referidas no parágrafo anterior, nos campos destinados a Informações Complementares da DI e a Observações do Registro de Exportação, respectivamente.

§ 3º Os bens admitidos no regime para serem submetidos a recondicionamento, manutenção ou reparo, conforme previsto na alínea "c" dos incisos I e III do art. 16 devem, obrigatoriamente, ser submetidos a despacho aduaneiro de exportação ou de reexportação.

Art. 42. No caso do inciso II do art. 34, comprovado o efetivo embarque para o exterior, o regime será considerado extinto decorrido o prazo estabelecido para o retorno da mercadoria ao correspondente recinto de armazenamento.

Mercadorias Expostas em Feira, Congresso,

Mostra ou Evento Semelhante

Art. 43. As mercadorias admitidas no regime para exposição em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, no prazo de vigência estabelecido, poderão ser:

I - reexportadas;

105

II - despachadas para consumo;

III - transferidas para outro regime especial; ou

IV - admitidas no regime de entreposto aduaneiro em outro recinto alfandegado de uso público.

§ 1º Nas situações referidas nos incisos III e IV, o pleito deverá ser instruído com documento comprobatório da concordância do consignante em relação à nova destinação das mercadorias.

§ 2º Na hipótese prevista no inciso IV:

I - a remoção da mercadoria será realizada sob o regime de trânsito aduaneiro;

II - será formulada DI para admissão no regime no recinto alfandegado que a receber, ainda que não haja mudança de consignatário; e

III - não será reiniciada a contagem do prazo de permanência da mercadoria no regime.

§ 3º O material estrangeiro utilizado na montagem e decoração dos estandes poderá ser destruído às expensas do interessado, mediante prévia autorização da unidade da SRF jurisdicionante do recinto alfandegado.

RESPONSABILIDADES DO DEPOSITÁRIO E DO BENEFICIÁRIO

Art. 44. Respondem pela guarda das mercadorias:

I - o permissionário ou concessionário do recinto alfandegado de uso público credenciado; ou

II - o beneficiário do regime, nos demais casos.

§ 1º O depositário deverá, a qualquer tempo, apresentar as mercadorias submetidas ao regime, bem assim oferecer condições à verificação dos inventários que a autoridade aduaneira entenda necessários.

§ 2º O disposto no inciso I deste artigo aplica-se inclusive a mercadorias transferidas para as áreas isoladas referidas no art. 8º.

Art. 45. Apurada a falta ou avaria de mercadoria, o depositário responde pelo pagamento:

I - dos impostos suspensos, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais acréscimos legais cabíveis, quando se tratar do regime de entreposto aduaneiro na importação ou na exportação, na modalidade de regime comum; ou

II - dos impostos que deixaram de ser pagos em decorrência dos benefícios fiscais auferidos pelo produtor-vendedor, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais acréscimos legais cabíveis, no caso do regime de entreposto aduaneiro na exportação, na modalidade de regime extraordinário.

106

Art. 46. São responsabilidades do beneficiário do regime a que esteja submetida a mercadoria objeto de industrialização:

I - observar as normas de escrituração e emissão de documentos fiscais previstos no Decreto nº 2.637, de 25 de junho de 1998;

II - apurar o IPI incidente na importação e aquele relativo às operações de industrialização, manutenção e reparo realizadas no recinto, nos termos das normas específicas.

Art. 47. O beneficiário do regime deverá recolher os impostos suspensos em decorrência da admissão das mercadorias que não retornem ao recinto alfandegado, no prazo estipulado, sem que tenham recebido outra destinação aduaneira, conforme previsto no art. 41, nas hipóteses a que se referem os arts. 33 e 34.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 48. O conhecimento de transporte que instrui a declaração de admissão de mercadoria importada poderá ser desdobrado, para fins de instrução das correspondentes declarações apresentadas para a extinção do regime.

Art. 49. O credenciamento de recinto para operar o regime de que trata esta Instrução Normativa deverá ser suspenso, por meio de ADE da respectiva SRRF, quando ficar constatado o descumprimento de qualquer dos requisitos estabelecidos, pelo prazo necessário à regularização da pendência.

Parágrafo único. Enquanto perdurar a suspensão não será autorizada a admissão de mercadorias no regime.

Art. 50. A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) expedirá os atos necessários:

I - às orientações para a aplicação do disposto nesta Instrução Normativa;

II - ao estabelecimento das informações a serem apresentadas para os controles a que se referem o inciso II do art. 7º, o inciso II do § 1º do art. 22, o § 1º do art. 33, o § 2º do art. 34 e o art. 37;

III - ao estabelecimento dos modelos da RTM e da NDM, a que se referem os arts. 31 e 40.

Art. 51. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 52. Fica revogada Instrução Normativa SRF nº 79, de 11 de outubro de 2001.

EVERARDO MACIEL

107

ANEXO D – Instrução Normativa SRF nº 356, de 02 de Setembro de 2003.

108

Instrução Normativa SRF nº 356, de 2 de setembro de 2003 *

DOU de 4.9.2003

Altera a Instrução Normativa SRF nº 241, de 6 de novembro de 2002, que dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na

exportação.Retificação publicada no DOU de 11.09.2003

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no art. 370 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º Os arts. 30 e 38 da Instrução Normativa SRF nº 241, de 6 de novembro de 2002, passam a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 30. Na hipótese de aplicação do regime de entreposto aduaneiro a mercadoria importada que for destinada a exportação, o beneficiário deverá registrar DI para efeitos cambiais.

Art.38

§ 2º Nas hipóteses referidas nos incisos I, II e IV, a declaração para extinção do regime deverá ser apresentada exclusivamente por pessoa jurídica diversa do beneficiário, quando esse beneficiário for o administrador do recinto em que a mercadoria importada se encontre armazenada.".

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

JORGE ANTONIO DEHER RACHID

* Retificação publicada no DOU de 11.9.2003:

RETIFICAÇÃO

No artigo 1º da Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal nº 356, de 2/9/2003, publicada no DOU nº 171, de 4/9/2003, Seção 1, pág. 36,

onde se lê:

"Art. 30. Na hipótese de aplicação do regime de entreposto aduaneiro a mercadoria importada que for destinada a exportação, o beneficiário deverá registrar DI para efeitos cambiais.

109

Art.38

§ 2º Nas hipóteses referidas nos incisos I, II e IV, a declaração para extinção do regime deverá ser apresentada exclusivamente por pessoa jurídica diversa do beneficiário, quando esse beneficiário for o administrador do recinto em que a mercadoria importada se encontre armazenada.".

leia-se:

"Art. 30. Na hipótese de aplicação do regime de entreposto aduaneiro a mercadoria importada que for destinada a exportação, o beneficiário deverá registrar DI para efeitos cambiais.

(...)"

"Art. 38. (...)

(...)

§ 2º Nas hipóteses referidas nos incisos I, II e IV, a declaração para extinção do regime deverá ser apresentada exclusivamente por pessoa jurídica diversa do beneficiário, quando esse beneficiário for o administrador do recinto em que a mercadoria importada se encontre armazenada."

110

ANEXO E – Instrução Normativa SRF nº 463, de 19 de Outubro de 2004.

111

Instrução Normativa SRF nº 463, de 19 de outubro de 2004 (*) DOU de 21.10.2004

Altera a Instrução Normativa SRF nº 241, de 6 de

novembro de 2002, que dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na exportação.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista disposto no art. 62 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e no art. 370 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º Os arts. 6º e 34 da Instrução Normativa nº 241, de 6 de novembro de 2002, passam a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado em porto seco, recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF)." (NR)

"Art. 34. ...................................................................................

....................................................................................................

III - industrialização, inclusive sob encomenda, de partes, peças e componentes destinados à construção ou conversão de plataformas de petróleo, estruturas marítimas ou seus módulos, de que

trata o inciso II e o parágrafo único do art. 62 da Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

...................................................................................................

§ 3º No caso a que se refere o inciso III, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º, o procedimento está condicionado à apresentação, pelo beneficiário, de cópia do contrato com a empresa:

I - sediada no exterior, contratante da construção ou conversão de plataforma destinada à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, ou de seus módulos ou estruturas marítimas;ou

112

II - contratada da empresa referida no inciso I, ou por esta subcontratada, para os fins de execução do respectivo contrato de fornecimento de partes, peças ou componentes para a plataforma em construção ou conversão, ou para suas estruturas ou módulos ."(NR)

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

JORGE ANTÔNIO DEHER RACHID

(*) Retificado no DOU de 4.11.2004 da seguinte forma:

Na IN SRF Nº 463 de 19 de outubro de 2004, publicado no DOU de 21/10/2004,Seção 1, página 20, onde se lê:

"Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado em porto seco, recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF).

" (NR)

Leia-se:

"Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado em porto seco, recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF).

(...)" (NR)

113

ANEXO F – Balança Comercial do Brasil e Mato Grosso do Sul.

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

BALANÇA COMERCIAL

MATO GROSSO DO SUL

US$ 1.000 FOB

UF52_B1 04/01/08

Ano / Mês E x p o r t a ç ã o I m p o r t a ç ã o S a l d o

Valor (A) Var% (*) Valor (B) Var % (*) (A) – (B)

Obs: (*) VAR% => CRITÉRIO DE CÁLCULO: Anual = Sobre o ano anterior na mesma proporção mensal/Mensal = Sobre o mês anterior. Página 02 IMPORTAÇÃO => Base ALICE - Abr/05. Dados definitivos até DEZ/96. Dados preliminares para os meses seguintes. EXPORTAÇÃO => Base ALICE - Abr/05.

1994 ......................................... 289.841 -29,01 594 -97,05 289.247

1995 ......................................... 304.818 5,17 8.828 --- 295.990

1996 ......................................... 305.859 0,34 2.788 -68,42 303.072

1997 ......................................... 383.698 25,45 120.530 --- 263.168

1998 ......................................... 175.388 -54,29 158.016 31,10 17.373

1999 ......................................... 218.323 24,48 57.575 -63,56 160.748

2000 ......................................... 253.145 15,95 160.717 179,14 92.428

2001 ......................................... 473.679 87,12 281.677 75,26 192.002

2002 ......................................... 384.159 -18,90 424.023 50,53 -39.864

2003 ......................................... 498.108 29,66 492.868 16,24 5.240

2004 ......................................... 643.861 29,26 772.107 56,66 -128.245

Janeiro................................. 31.453 --- 50.809 --- -19.357

Fevereiro ............................. 32.269 2,60 54.030 6,34 -21.761

Março .................................. 68.936 113,63 58.001 7,35 10.935

Abril ..................................... 80.131 16,24 59.823 3,14 20.308

Maio..................................... 51.960 -35,16 54.372 -9,11 -2.412

Junho................................... 70.711 36,09 66.341 22,01 4.370

Julho.................................... 53.217 -24,74 64.158 -3,29 -10.941

Agosto ................................. 51.064 -4,05 20.360 -68,27 30.704

Setembro............................. 55.863 9,40 122.700 502,65 -66.837

Outubro ............................... 44.100 -21,06 71.691 -41,57 -27.590

Novembro............................ 56.102 27,22 73.962 3,17 -17.859

Dezembro............................ 48.055 -14,34 75.860 2,57 -27.804

2005 ......................................... 276.674 30,02 287.636 29,18 -10.962

Janeiro................................. 43.260 --- 24.376 --- 18.883

Fevereiro ............................. 45.861 6,01 66.483 172,73 -20.622

Março .................................. 86.228 88,02 121.387 82,58 -35.159

Abril ..................................... 101.325 17,51 75.389 -37,89 25.936

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Empresas Exportadoras

UF52_E6 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 05/04

TOTAL DA ÁREA 276.673.957 100,00 212.788.862 100,00 30,02

TOTAL DAS PRINCIPAIS EMPRESAS 267.882.782 96,82 170.865.191 80,30 56,78

01 INDEPENDENCIA ALIMENTOS LTDA.................................................... 56.608.046 20,46 15.065.379 7,08 275,75

02 SEARA ALIMENTOS S/A........................................................................ 36.981.291 13,37 29.464.921 13,85 25,51

03 ADM DO BRASIL LTDA .......................................................................... 28.376.471 10,26 42.106.705 19,79 -32,61

04 CARGILL AGRICOLA S A....................................................................... 16.722.502 6,04 13.577.197 6,38 23,17

05 BOM CHARQUE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA................................ 15.546.559 5,62 8.434.871 3,96 84,31

06 URUCUM MINERACAO S A ................................................................... 13.793.152 4,99 5.796.803 2,72 137,94

07 BUNGE ALIMENTOS S/A ....................................................................... 12.123.568 4,38 11.707.630 5,50 3,55

08 FRIBOI LTDA .......................................................................................... 10.620.040 3,84 9.863.954 4,64 7,67

09 GLENCORE IMPORTADORA E EXPORTADORA S/A........................... 7.988.020 2,89 --- --- ---

10 MINERACAO CORUMBAENSE REUNIDA S.A. ..................................... 7.666.716 2,77 4.029.453 1,89 90,27

11 FRIGORIFICO MARGEN LTDA .............................................................. 7.085.073 2,56 3.916.024 1,84 80,93

12 COOPERATIVA AGROPECUARIA E INDUSTRIAL LTDA...................... 6.363.666 2,30 1.305.000 0,61 387,64

13 BMZ COUROS LTDA. ............................................................................. 6.199.826 2,24 6.066.749 2,85 2,19

14 TNL TRADING S.A.................................................................................. 3.435.375 1,24 --- --- ---

15 MASEAL INDUSTRIA DE COMPENSADOS LTDA................................. 3.204.777 1,16 2.643.463 1,24 21,23

16 COMPENSADOS TRIUNFO LTDA ......................................................... 2.639.597 0,95 1.953.339 0,92 35,13

17 SEARA-IND. E COMERCIO DE PRODUTOS AGRO-PECUARIO .......... 2.583.600 0,93 --- --- ---

18 SENDAS DISTRIBUIDORA S/A .............................................................. 2.428.522 0,88 --- --- ---

19 AMAGGI EXPORTACAO E IMPORTACAO LTDA .................................. 2.420.000 0,87 --- --- ---

20 INDUSPAN INDUSTRIA E COMERCIO DE COUROS PANTANA.......... 2.019.328 0,73 1.899.714 0,89 6,30

21 MGT BRASIL COMERCIAL IMPORTADORA E EXPORTADORA ......... 1.842.573 0,67 1.995.999 0,94 -7,69

22 ITAPINUS INDUSTRIA E COMERCIO DE MADEIRAS LTDA................. 1.628.688 0,59 --- --- ---

23 PRIME LUMBER INDUSTRIA E COMERCIO DE MADEIRAS L ............. 1.432.103 0,52 --- --- ---

24 E D & F MAN BRASIL S/A....................................................................... 1.388.768 0,50 --- --- ---

25 USINA MARACAJU SA ........................................................................... 1.378.830 0,50 902.701 0,42 52,74

26 USINA PASSA TEMPO S/A .................................................................... 1.337.400 0,48 310.838 0,15 330,26

27 FRIGORIFICO PEDRA BONITA LTDA.................................................... 1.222.787 0,44 446.568 0,21 173,82

28 COIMBRA IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA................................ 1.203.084 0,43 --- --- ---

29 MF ALIMENTOS BR LTDA...................................................................... 1.134.782 0,41 2.991.952 1,41 -62,07

30 COOPERATIVA AGROPECUARIA MOURAOENSE LTDA .................... 1.130.830 0,41 --- --- ---

31 AGROPECUARIA SANTA MARIA DO CERNE LTDA............................. 1.121.230 0,41 --- --- ---

32 CAMARGO CORREA CIMENTOS S.A. .................................................. 1.088.000 0,39 --- --- ---

33 COMPENSADOS PINHEIRAO LTDA...................................................... 1.038.456 0,38 1.481.959 0,70 -29,93

34 COMPANHIA CIMENTO PORTLAND ITAU............................................ 1.007.016 0,36 1.480.401 0,70 -31,98

35 AMAMBAI INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA .......................................... 940.000 0,34 6.930 --- ---

36 NIPPON MEAT PACKERS DO BRASIL EXPORTACAO E IMPO........... 893.649 0,32 53.919 0,03 ---

37 COMERCIALIZADORA E EXPORTADORA DE SEMENTES GERM...... 857.940 0,31 811.685 0,38 5,70

38 SLC AGRICOLA LTDA............................................................................ 855.729 0,31 1.060.136 0,50 -19,28

39 COMPENSADOS SANTIN LTDA. ........................................................... 844.830 0,31 732.198 0,34 15,38

40 NAO CONSTA NO CADASTRO.............................................................. 729.958 0,26 758.703 0,36 -3,79

41 DEMAIS EMPRESAS.............................................................................. 8.791.175 3,18 41.923.671 19,70 -79,03

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Empresas Importadoras

UF52_I6 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 05/04

TOTAL DA ÁREA 287.635.979 100,00 222.663.414 100,00 29,18

TOTAL DAS PRINCIPAIS EMPRESAS 285.834.412 99,37 207.658.893 93,26 37,65

01 PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS ......................................... 189.142.532 65,76 159.628.716 71,69 18,49

02 AVANTI INDUSTRIA, COMERCIO, IMPORTACAO E EXPORT ............. 15.925.496 5,54 17.341.008 7,79 -8,16

03 ADAR INDUSTRIA , COMERCIO IMPORTACAO E EXPORTAC ........... 13.757.312 4,78 634.252 0,28 ---

04 ELETROCAL INDUSTRIA E COMERCIO DE MATERIAIS ELE.............. 12.376.900 4,30 5.960.709 2,68 107,64

05 MARFRIG FRIGORIFICOS E COMERCIO DE ALIMENTOS LT ............. 8.004.520 2,78 10.447.015 4,69 -23,38

06 AFIL IMPORTACAO EXPORTACAO E COMERCIO LIMITADA ............. 7.297.003 2,54 1.520.898 0,68 379,78

07 F.J.C. - COMERCIAL IMPORTADORA EXPORTADORA LTDA............. 4.647.082 1,62 831.970 0,37 458,56

08 SOLO VIVO INDUSTRIA E COMERCIO DE FERTILIZANTES............... 3.777.076 1,31 505.822 0,23 646,72

09 MACROFERTIL - INDUSTRIA E COMERCIO DE FERTILIZA ................ 3.700.914 1,29 663.536 0,30 457,76

10 NOVA GLOBAL IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA ....................... 3.073.582 1,07 --- --- ---

11 SOPRANO ADMINISTRACAO E PARTICIPACOES S/A ........................ 2.980.479 1,04 --- --- ---

12 FERTIPOL INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LT........... 2.969.617 1,03 2.703.352 1,21 9,85

13 FERTIPAR FERTILIZANTES DO PARANA LIMITADA ........................... 1.827.944 0,64 --- --- ---

14 COABRA COOPERATIVA AGRO INDUSTRIAL DO CENTRO OE......... 1.624.758 0,56 3.701.795 1,66 -56,11

15 INTEGRASUL COMERCIO IMPORTACAO EXPORTACAO LTDA......... 1.597.354 0,56 --- --- ---

16 BRASCOPPER CBC BRASILEIRA DE CONDUTORES LTDA ............... 1.308.567 0,45 364.717 0,16 258,79

17 REFRIGERACAO TIPI LTDA .................................................................. 1.230.065 0,43 --- --- ---

18 GEP INDUSTRIA E COMERCIO LTDA................................................... 1.088.532 0,38 249.354 0,11 336,54

19 UNIVEN PETROQUIMICA LTDA ............................................................ 1.029.090 0,36 452.370 0,20 127,49

20 KLIN PRODUTOS INFANTIS LTDA ........................................................ 848.608 0,30 202.376 0,09 319,32

21 SULTAN INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ............................................ 722.121 0,25 337.323 0,15 114,07

22 ALESANDRA LUCYEN PADILHA DA FONSECA ................................... 644.289 0,22 289.929 0,13 122,22

23 AR - IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA .................................... 597.600 0,21 --- --- ---

24 K FIT INDUSTRIA E COMERCIO LTDA.................................................. 544.981 0,19 --- --- ---

25 CORTTEX INDUSTRIA TEXTIL LTDA .................................................... 501.957 0,17 529.851 0,24 -5,26

26 SERRANA AVIACAO AGRICOLA LTDA-ME .......................................... 466.500 0,16 --- --- ---

27 EXPORTADORA E IMPORTADORA DE CONFECOES NOVO REN ..... 436.198 0,15 --- --- ---

28 MK QUIMICA DO BRASIL LTDA............................................................. 432.066 0,15 --- --- ---

29 SEARA ALIMENTOS S/A........................................................................ 400.858 0,14 257.036 0,12 55,95

30 BMZ COUROS LTDA. ............................................................................. 397.876 0,14 399.959 0,18 -0,52

31 AMERICEL S/A ....................................................................................... 375.048 0,13 41.420 0,02 805,48

32 FRIGORIFICO PEDRA BONITA LTDA.................................................... 290.147 0,10 --- --- ---

33 FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO........ 277.969 0,10 99.552 0,04 179,22

34 BUNGE ALIMENTOS S/A ....................................................................... 261.934 0,09 15.427 0,01 ---

35 BRASPELCO INDUSTRIA E COMERCIO LTDA..................................... 254.331 0,09 --- --- ---

36 UNIVERSO INTIMO INDUSTRIA E COMERCIO DE VESTUAR............. 238.155 0,08 --- --- ---

37 EXPORTRADE EXPORTACAO, IMPORTACAO E REPRESENTAC...... 218.800 0,08 --- --- ---

38 COMPANHIA CIMENTO PORTLAND ITAU ............................................ 210.279 0,07 226.650 0,10 -7,22

39 DEPOSITO DE TECIDOS FATEX LTDA................................................. 187.827 0,07 --- --- ---

40 ADUBOS TREVO S.A ............................................................................. 168.045 0,06 253.856 0,11 -33,80

41 DEMAIS EMPRESAS.............................................................................. 1.801.567 0,63 15.004.521 6,74 -87,99

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Totais por Fator Agregado US$ 1.000 FOB

UF52_E2 04/01/08

Ano/Mês Básicos Industrializa

dos (A+B) Semimanufa turados (A)

Manufatura dos (B)

Operações Especiais T O T A L

1994 ....................................................... 236.029 53.722 39.285 14.437 289.841 1995 ....................................................... 228.975 75.814 54.544 21.270 304.818 1996 ....................................................... 242.368 63.480 48.980 14.500 305.859 1997 ....................................................... 332.505 50.731 34.861 15.871 383.698 1998 ....................................................... 117.442 57.575 38.373 19.202 175.388 1999 ....................................................... 159.432 58.880 25.304 33.576 218.323 2000 ....................................................... 204.102 48.988 19.460 29.528 253.145 2001 ....................................................... 406.543 67.102 35.825 31.277 473.679 2002 ....................................................... 296.476 87.682 49.261 38.422 384.159 2003 ....................................................... 369.232 128.875 73.413 55.462 498.108 2004 ....................................................... 434.568 209.294 141.912 67.381 643.861 Janeiro............................................... 21.898 9.555 6.283 3.272 31.453 Fevereiro ........................................... 24.544 7.725 4.738 2.986 32.269 Março ................................................ 49.636 19.301 15.081 4.219 68.936 Abril ................................................... 64.903 15.228 10.562 4.666 80.131 Maio................................................... 35.919 16.042 7.769 8.272 51.960 Junho................................................. 38.740 31.971 24.987 6.984 70.711 Julho.................................................. 33.424 19.794 12.588 7.206 53.217 Agosto ............................................... 29.047 22.017 16.184 5.833 51.064 Setembro........................................... 36.345 19.517 14.440 5.077 55.863 Outubro ............................................. 32.020 12.080 6.787 5.293 44.100 Novembro.......................................... 34.967 21.135 14.146 6.989 56.102 Dezembro.......................................... 33.125 14.930 8.346 6.584 48.055 2005 ....................................................... 200.542 76.132 54.353 21.779 276.674 Janeiro............................................... 27.143 16.117 10.557 5.560 43.260 Fevereiro ........................................... 30.033 15.828 11.047 4.782 45.861 Março ................................................ 63.447 22.781 16.402 6.379 86.228 Abril ................................................... 79.920 21.405 16.347 5.058 101.325 Maio................................................... --- --- --- --- --- Junho................................................. --- --- --- --- --- Julho.................................................. --- --- --- --- --- Agosto ............................................... --- --- --- --- --- Setembro........................................... --- --- --- --- --- Outubro ............................................. --- --- --- --- --- Novembro.......................................... --- --- --- --- --- Dezembro.......................................... --- --- --- --- ---

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Países e Blocos Econômicos de Destino

UF52_E5 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 05/04

1994 ....................................................... --- 594 --- 594 594 1995 ....................................................... --- 8.828 --- 8.828 8.828 1996 ....................................................... 855 1.933 --- 1.933 2.788 1997 ....................................................... 20.238 100.292 1.787 98.506 120.530 1998 ....................................................... 19.637 138.378 3.781 134.598 158.016 1999 ....................................................... 19.409 38.166 4.173 33.994 57.575 2000 ....................................................... 25.386 135.331 5.722 129.609 160.717 2001 ....................................................... 20.191 261.486 4.543 256.943 281.677 2002 ....................................................... 34.406 389.617 6.249 383.367 424.023 2003 ....................................................... 43.189 449.679 23.178 426.501 492.868 2004 ....................................................... 62.881 709.226 41.522 667.705 772.107 Janeiro............................................... 4.750 46.060 3.819 42.241 50.809 Fevereiro ........................................... 5.144 48.885 2.129 46.756 54.030 Março ................................................ 6.489 51.513 3.435 48.078 58.001 Abril ................................................... 6.278 53.545 1.269 52.276 59.823 Maio................................................... 3.671 50.702 1.521 49.181 54.372 Junho................................................. 5.490 60.851 4.949 55.903 66.341 Julho.................................................. 5.406 58.752 4.139 54.613 64.158 Agosto ............................................... 4.474 15.886 2.701 13.186 20.360 Setembro........................................... 5.811 116.889 3.852 113.038 122.700 Outubro ............................................. 5.301 66.390 3.824 62.565 71.691 Novembro.......................................... 4.368 69.594 5.956 63.638 73.962 Dezembro.......................................... 5.701 70.159 3.929 66.230 75.860 2005 ....................................................... 16.629 271.007 17.453 253.554 287.636 Janeiro............................................... 4.116 20.261 4.183 16.078 24.376 Fevereiro ........................................... 3.203 63.280 4.299 58.981 66.483 Março ................................................ 5.738 115.649 5.722 109.926 121.387 Abril ................................................... 3.572 71.817 3.249 68.568 75.389 Maio................................................... --- --- --- --- --- Junho................................................. --- --- --- --- --- Julho.................................................. --- --- --- --- --- Agosto ............................................... --- --- --- --- --- Setembro........................................... --- --- --- --- --- Outubro ............................................. --- --- --- --- --- Novembro.......................................... --- --- --- --- --- Dezembro.......................................... --- --- --- --- ---

TOTAL DA ÁREA 276.673.957 100,00 212.788.862 100,00 30,02

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Países e Blocos Econômicos de Destino

UF52_E5 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 05/04

TOTAL DOS PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO 253.618.141 91,67 193.788.306 91,07 30,87

01 CHINA ..................................................................................................... 40.752.078 14,73 25.492.541 11,98 59,86

02 PAISES BAIXOS (HOLANDA)................................................................. 26.650.316 9,63 7.336.388 3,45 263,26

03 ITALIA ..................................................................................................... 21.763.307 7,87 18.100.064 8,51 20,24

04 ARGENTINA ........................................................................................... 19.941.358 7,21 10.066.360 4,73 98,10

05 HONG KONG.......................................................................................... 12.312.726 4,45 9.383.260 4,41 31,22

06 FRANCA ................................................................................................. 11.920.187 4,31 9.670.316 4,54 23,27

07 ALEMANHA............................................................................................. 10.662.672 3,85 58.257.278 27,38 -81,70

08 REINO UNIDO ........................................................................................ 10.044.130 3,63 7.346.446 3,45 36,72

09 JAPAO .................................................................................................... 9.381.117 3,39 12.873.314 6,05 -27,13

10 BELGICA................................................................................................. 8.696.413 3,14 2.418.954 1,14 259,51

11 IRA, REPUBLICA ISLAMICA DO ............................................................ 8.541.611 3,09 632.055 0,30 ---

12 RUSSIA, FEDERACAO DA..................................................................... 7.914.553 2,86 11.798.866 5,54 -32,92

13 ESTADOS UNIDOS ................................................................................ 7.387.159 2,67 1.715.306 0,81 330,66

14 EGITO..................................................................................................... 7.254.133 2,62 3.489.882 1,64 107,86

15 ESPANHA ............................................................................................... 6.201.728 2,24 3.479.965 1,64 78,21

16 UCRANIA ................................................................................................ 5.723.907 2,07 355.327 0,17 ---

17 CHILE...................................................................................................... 5.393.654 1,95 430.648 0,20 ---

18 PARAGUAI.............................................................................................. 4.094.714 1,48 2.758.024 1,30 48,47

19 ISRAEL ................................................................................................... 4.000.463 1,45 633.514 0,30 531,47

20 AFRICA DO SUL..................................................................................... 2.804.431 1,01 1.182.675 0,56 137,13

21 MALASIA................................................................................................. 2.760.094 1,00 1.546.471 0,73 78,48

22 VENEZUELA........................................................................................... 2.718.670 0,98 1.147.644 0,54 136,89

23 ROMENIA................................................................................................ 2.523.403 0,91 --- --- ---

24 URUGUAI................................................................................................ 2.479.051 0,90 1.235.144 0,58 100,71

25 BOLIVIA .................................................................................................. 2.450.102 0,89 1.478.981 0,70 65,66

26 CINGAPURA........................................................................................... 2.318.368 0,84 384.349 0,18 503,19

27 ARGELIA................................................................................................. 2.214.817 0,80 37.373 0,02 ---

28 BULGARIA .............................................................................................. 1.646.746 0,60 98.723 0,05 ---

29 SUECIA................................................................................................... 1.627.183 0,59 250.281 0,12 550,14

30 TAIWAN (FORMOSA) ............................................................................. 1.439.050 0,52 188.157 0,09 664,81

31 DEMAIS PAÍSES..................................................................................... 23.055.816 8,33 19.000.556 8,93 21,34

PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS

01 UNIAO EUROPEIA - UE.......................................................................... 101.592.679 36,72 114.261.067 53,70 -11,09

02 ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE MEDIO).................................................... 72.560.260 26,23 54.447.864 25,59 33,27

03 MERCADO COMUM DO SUL - MERCOSUL.......................................... 26.515.123 9,58 14.059.528 6,61 88,59

04 EUROPA ORIENTAL .............................................................................. 21.856.071 7,90 12.606.510 5,92 73,37

05 ORIENTE MEDIO.................................................................................... 15.215.440 5,50 2.361.815 1,11 544,23

06 DEMAIS BLOCOS .................................................................................. 38.934.384 14,07 15.052.078 7,07 158,66

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Países e Blocos Econômicos de Origem

UF52_I5 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 05/04

TOTAL DA ÁREA 287.635.979 100,00 222.663.414 100,00 29,18

TOTAL DOS PRINCIPAIS PAÍSES DE ORIGEM 286.004.047 99,43 220.738.967 99,14 29,57

01 BOLIVIA .................................................................................................. 191.469.961 66,57 153.568.724 68,97 24,68

02 CHINA ..................................................................................................... 22.654.461 7,88 1.967.593 0,88 ---

03 ARGENTINA ........................................................................................... 16.191.661 5,63 10.913.181 4,90 48,37

04 CHILE...................................................................................................... 13.677.283 4,76 6.842.487 3,07 99,89

05 TAIWAN (FORMOSA) ............................................................................. 5.301.881 1,84 7.504.133 3,37 -29,35

06 RUSSIA, FEDERACAO DA..................................................................... 5.176.218 1,80 2.370.545 1,06 118,36

07 URUGUAI................................................................................................ 5.026.313 1,75 3.174.638 1,43 58,33

08 INDONESIA............................................................................................. 3.827.782 1,33 3.635.148 1,63 5,30

09 ESTADOS UNIDOS ................................................................................ 3.534.514 1,23 2.542.891 1,14 39,00

10 TAILANDIA.............................................................................................. 3.261.009 1,13 --- --- ---

11 CANADA ................................................................................................. 2.660.056 0,92 1.118.440 0,50 137,84

12 INDIA....................................................................................................... 1.849.631 0,64 72.974 0,03 ---

13 BELARUS................................................................................................ 1.582.584 0,55 180.567 0,08 776,45

14 COREIA, REPUBLICA POPULAR DEMOCRATICA (NORTE)................ 1.520.036 0,53 7.962 --- ---

15 ISRAEL ................................................................................................... 1.008.445 0,35 2.248.505 1,01 -55,15

16 GRECIA .................................................................................................. 827.498 0,29 --- --- ---

17 FRANCA ................................................................................................. 694.387 0,24 7.317.983 3,29 -90,51

18 TUNISIA .................................................................................................. 692.422 0,24 --- --- ---

19 PARAGUAI.............................................................................................. 598.745 0,21 11.984.824 5,38 -95,00

20 BULGARIA .............................................................................................. 580.511 0,20 --- --- ---

21 COREIA, REPUBLICA DA (SUL) ............................................................ 545.362 0,19 305.354 0,14 78,60

22 HONG KONG.......................................................................................... 513.735 0,18 106.172 0,05 383,87

23 ALEMANHA............................................................................................. 505.627 0,18 259.267 0,12 95,02

24 UCRANIA ................................................................................................ 481.346 0,17 257.195 0,12 87,15

25 POLONIA ................................................................................................ 362.421 0,13 43.553 0,02 732,14

26 PAISES BAIXOS (HOLANDA)................................................................. 317.276 0,11 10.675 --- ---

27 MEXICO .................................................................................................. 303.493 0,11 1.009 --- ---

28 REINO UNIDO ........................................................................................ 283.422 0,10 12.310 0,01 ---

29 MALASIA................................................................................................. 280.400 0,10 3.796.500 1,71 -92,61

30 ITALIA ..................................................................................................... 275.567 0,10 496.337 0,22 -44,48

31 DEMAIS PAÍSES..................................................................................... 1.631.932 0,57 1.924.447 0,86 -15,20

PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS

01 ALADI (EXCLUSIVE MERCOSUL).......................................................... 205.514.402 71,45 160.412.220 72,04 28,12

02 ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE MEDIO).................................................... 40.095.422 13,94 17.674.523 7,94 126,85

03 MERCADO COMUM DO SUL - MERCOSUL.......................................... 21.816.719 7,58 26.072.643 11,71 -16,32

04 EUROPA ORIENTAL .............................................................................. 7.820.659 2,72 2.808.307 1,26 178,48

05 UNIAO EUROPEIA - UE.......................................................................... 3.767.077 1,31 8.983.459 4,03 -58,07

06 DEMAIS BLOCOS .................................................................................. 8.621.700 3,00 6.712.262 3,01 28,45

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Produtos Exportados

UF52_E4 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B. Part% Kg Líquido US$ F.O.B. Part% Kg Líquido 05/04

TOTAL DA ÁREA 276.673.957 100,00 1.364.991.204 212.788.862 100,00 1.006.175.426 30,02 TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS 276.601.479 99,97 1.364.899.907 207.497.608 97,51 968.257.562 30,02

1 OUTROS GRAOS DE SOJA,MESMO TRITURADOS ......................... 54.180.632 19,58 236.138.064 62.778.963 29,50 200.748.589 -13,70

2 CARNES DESOSSADAS DE BOVINO,CONGELADAS ...................... 53.326.211 19,27 28.322.087 16.259.915 7,64 8.091.832 227,96

3 CARNES DESOSSADAS DE BOVINO,FRESCAS OU REFRIG ......... 18.468.757 6,68 4.264.666 9.072.980 4,26 1.942.946 103,56

4 PEDACOS E MIUDEZAS,COMEST.DE GALOS/GALINHAS,C........... 17.360.029 6,27 12.389.703 19.208.795 9,03 13.263.510 -9,62

5 BAGACOS E OUTS.RESIDUOS SOLIDOS,DA EXTR.DO OL ............ 17.194.704 6,21 93.666.601 17.673.548 8,31 78.461.261 -2,71

6 OLEO DE SOJA,EM BRUTO,MESMO DEGOMADO........................... 16.145.639 5,84 33.932.516 12.703.508 5,97 20.128.239 27,10

7 OUTS.COUROS BOVINOS,INCL.BUFALOS,N/DIV.UMID.P............... 14.725.868 5,32 6.940.169 --- --- --- ---

8 MINERIOS DE FERRO NAO AGLOMERADOS E SEUS CONC......... 13.992.097 5,06 747.349.000 6.401.823 3,01 470.004.000 118,56

9 OUTRAS CARNES DE SUINO,CONGELADAS................................... 11.501.717 4,16 6.032.140 10.085.083 4,74 6.543.991 14,05

10 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA.......... 6.095.264 2,20 9.708.687 5.649.461 2,65 10.165.416 7,89

11 FERROSSILICIO-MANGANES ............................................................ 5.772.233 2,09 6.161.000 2.472.700 1,16 4.500.000 133,44

12 OUTS.COUROS BOVINOS,INCL.BUFALOS,DIVID.UMID.P............... 5.441.608 1,97 1.585.859 5.116.990 2,40 1.342.285 6,34

13 OUTS.COUROS/PELES,BOVINOS,INCL.BUFALOS,UMIDOS........... 3.345.928 1,21 3.911.747 1.007.801 0,47 2.394.234 232,00

14 MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.E ........... 3.186.301 1,15 7.539.619 331.055 0,16 1.232.483 862,47

15 ACUCAR DE CANA,EM BRUTO.......................................................... 3.038.348 1,10 16.000.000 870.963 0,41 7.152.000 248,85

16 CARCACAS E MEIAS-CARCACAS DE SUINO,CONGELADAS......... 3.009.495 1,09 1.905.060 272.046 0,13 339.800 ---

17 PREPARACOES ALIMENTICIAS E CONSERVAS,DE GALOS .......... 2.841.901 1,03 1.686.532 13.968 0,01 10.185 ---

18 ENCHIDOS DE CARNE,MIUDEZAS,SANGUE,SUAS PREPAR ......... 2.522.317 0,91 3.405.848 678.607 0,32 840.375 271,69

19 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPES........ 2.446.555 0,88 6.345.367 838.347 0,39 1.821.837 191,83

20 COUROS INT.BOVINOS,N/DIV."WET BLUE",S<=2,6M2.................... 2.095.693 0,76 969.135 13.103.943 6,16 5.586.104 -84,01

21 OUTS.ACUCARES DE CANA,BETERRABA,SACAROSE QUIM........ 1.915.057 0,69 7.909.500 442.270 0,21 2.337.840 333,01

22 OUTRAS SEMENTES FORRAGEIRAS,PARA SEMEADURA............. 1.875.359 0,68 519.680 2.747.785 1,29 744.412 -31,75

23 BEXIGAS E ESTOMAGOS,DE ANIMAIS,EXC.PEIXES,FRE .............. 1.739.095 0,63 1.599.371 1.250.638 0,59 1.061.471 39,06

24 OUTROS MINERIOS DE MANGANES ................................................ 1.695.538 0,61 29.388.000 951.733 0,45 19.322.000 78,15

25 ALGODAO SIMPLESMENTE DEBULHADO,NAO CARDADO NE...... 1.587.270 0,57 1.332.210 1.771.080 0,83 1.605.600 -10,38

26 CIMENTOS "PORTLAND",COMUNS................................................... 1.499.557 0,54 42.884.000 1.335.183 0,63 43.102.960 12,31

27 OUTRAS MIUDEZAS COMESTIVEIS DE BOVINO,CONGELA .......... 1.130.204 0,41 1.538.465 2.146.071 1,01 2.053.805 -47,34

28 CIMENTOS NAO PULVERIZADOS ("CLINKERS") ............................. 1.007.000 0,36 38.000.000 424.000 0,20 16.000.000 137,50

29 OLEO DE SOJA,REFINADO,EM RECIPIENTES COM CAPA............. 697.431 0,25 860.928 749.147 0,35 979.857 -6,90

30 OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.E............ 451.523 0,16 674.650 140.037 0,07 258.436 222,43

31 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTR....... 441.488 0,16 780.180 --- --- --- ---

32 MILHO EM GRAO,EXCETO PARA SEMEADURA .............................. 431.872 0,16 4.318.716 4.250.121 2,00 35.864.351 -89,84

33 LINGUAS DE BOVINO,CONGELADAS ............................................... 399.002 0,14 320.159 284.864 0,13 219.446 40,07

34 OUTS.FRACOES DO SANGUE,PROD.IMUNOL.MODIF.EXC............ 342.829 0,12 17.844 860.302 0,40 27.132 -60,15

35 FIGADOS DE BOVINO,CONGELADOS .............................................. 331.321 0,12 311.918 --- --- --- ---

36 OUTROS TIPOS DE ALGODAO NAO CARDADO NEM PENTE ........ 289.498 0,10 236.514 --- --- --- ---

37 TOUCINHO SEM PARTES MAGRAS,FRESCO/REFRIGERADO....... 259.755 0,09 270.756 209.517 0,10 340.875 23,98

38 OLEO DE SOJA,REFINADO,EM RECIPIENTES COM CAPA............. 258.045 0,09 500.000 172.110 0,08 272.300 49,93

39 PREPARACOES ALIMENTICIAS E CONSERVAS,DE BOVIN............ 240.168 0,09 84.840 74.976 0,04 45.213 220,33

40 TRIPAS DE BOVINOS,FRESCAS,REFRIG.CONGEL.SALG. ............. 235.601 0,09 247.094 240.192 0,11 208.954 -1,91

41 OUTRAS MIUDEZAS COMESTIVEIS DE SUINO,CONGELAD .......... 233.824 0,08 267.438 162.173 0,08 216.359 44,18

42 OUTRAS OBRAS DE MARCENARIA OU CARPINTARIA,P/C............ 224.641 0,08 199.449 12.864 0,01 6.240 ---

43 OUTROS PRODS.DE ANIMAIS,IMPROPRIOS P/ALIMENTA............. 214.942 0,08 518.780 162.418 0,08 604.751 32,34

44 OUTRAS PREPARACOES PARA ALIMENTACAO DE ANIMAI.......... 214.165 0,08 1.148.250 180.773 0,08 1.147.850 18,47

45 PERNAS,PAS E PEDACOS NAO DESOSSADOS DE SUINO,........... 211.890 0,08 188.401 79.059 0,04 126.699 168,02

46 MOVEIS DE MADEIRA P/QUARTOS DE DORMIR............................. 166.843 0,06 119.890 462.438 0,22 424.785 -63,92

47 OUTRAS PECAS NAO DESOSSADAS DE BOVINO,CONGELA........ 159.718 0,06 152.626 --- --- --- ---

48 OUTROS BOVINOS REPRODUTORES DE RACA PURA.................. 158.694 0,06 245.153 --- --- --- ---

49 CARNES DE GALOS/GALINHAS,N/CORTADAS EM PEDACO ......... 152.523 0,06 183.131 123.656 0,06 193.848 23,34

50 RABOS DE BOVINO,CONGELADOS.................................................. 84.708 0,03 61.315 36.736 0,02 31.984 130,59

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DEPLA

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Produtos Exportados

UF52_E4 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B. Part% Kg Líquido US$ F.O.B. Part% Kg Líquido 05/04

51 MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC. ............. 77.191 0,03 181.077 279.483 0,13 399.817 -72,38

52 CONCENTRADOS DE PROTEINAS,SUBSTS.PROTEICAS TE......... 71.728 0,03 33.040 19.247 0,01 8.525 272,67

53 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE METAL.................... 64.894 0,02 28.125 188.890 0,09 118.544 -65,64

54 OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,E ........ 64.461 0,02 165.800 127.266 0,06 312.048 -49,35

55 FILES DE OUTS.PEIXES,FRESCOS OU REFRIGERADOS............... 62.608 0,02 15.056 --- --- --- ---

56 CERVEJAS DE MALTE........................................................................ 58.253 0,02 176.846 5.301 --- 22.373 998,91

57 OUTRAS PREPARS.ALIMENT.E CONSERVAS,DE SUINOS ............ 57.538 0,02 38.556 --- --- --- ---

58 CRINAS E SEUS DESPERDICIOS,MESMO EM MANTAS ................. 53.052 0,02 49.000 43.800 0,02 48.000 21,12

59 ACIDO OLEICO (ACIDO GRAXO MONOCARBOXILICO IND............. 49.405 0,02 97.650 77.289 0,04 117.940 -36,08

60 PAINEIS DE MADEIRA,PARA SOALHOS ........................................... 48.731 0,02 26.364 --- --- --- ---

61 MILHO PARA SEMEADURA................................................................ 46.950 0,02 57.337 26.703 0,01 27.000 75,82

62 PORTAS,RESPECT.CAIXILHOS,ALIZARES E SOLEIRAS, ............... 32.198 0,01 17.187 254.053 0,12 239.696 -87,33

63 SEBO BOVINO,EM BRUTO................................................................. 30.244 0,01 86.411 7.312 --- 20.483 313,62

64 OUTS.MATERIAS VEGET/MINER.DE ENTALHAR,TRABALH ........... 29.695 0,01 2.100 14.000 0,01 900 112,11

65 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE OUTRAS MA........ 28.470 0,01 13.824 --- --- --- ---

66 GORDURA DE PORCO,FRESCA,REFRIGERADA OU CONGEL ...... 25.195 0,01 35.640 --- --- --- ---

67 INDUTOS UTILIZADOS EM PINTURA ................................................ 23.981 0,01 38.680 20.493 0,01 49.150 17,02

68 MUDAS DE ORQUIDEAS .................................................................... 21.185 0,01 50 11.428 0,01 139 85,38

69 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE MADEIRA ............... 20.836 0,01 13.318 11.768 0,01 9.591 77,06

70 TECIDO DE FILAM.DE POLIESTER NAO TEXTURIZADO> .............. 20.631 0,01 4.118 --- --- --- ---

71 OUTROS LADRILHOS,ETC.DE CERAMICA,N/VIDRADOS,N ............ 20.495 0,01 56.964 --- --- --- ---

72 GARRAFOES E GARRAFAS,DE VIDRO,0.33L<CAP<=1L ................. 20.328 0,01 121.146 5.206 --- 51.660 290,47

73 PARTES DE MONTA-CARGAS/ESCADAS ROLANTES..................... 19.680 0,01 13.000 --- --- --- ---

74 TAPIOCA,SEUS SUCEDANEOS,DE FECULAS,EM FLOCOS,........... 19.577 0,01 30.500 --- --- --- ---

75 OUTROS VEICULOS AUTOMOVEIS C/MOTOR DIESEL,5T< ........... 18.800 0,01 15.000 --- --- --- ---

76 VALVULAS REDUTORAS DE PRESSAO ........................................... 17.660 0,01 305 --- --- --- ---

77 MASSAS ALIMENTICIAS,CONT.OVOS,N/COZIDAS,N/REC.............. 17.570 0,01 44.344 28.840 0,01 64.805 -39,08

78 TECIDO DE FILAMENTOS SINTETICOS>=85%,ESTAMPAD............ 17.289 0,01 3.544 --- --- --- ---

79 FILES DE OUTROS PEIXES,CONGELADOS ..................................... 16.710 0,01 2.200 --- --- --- ---

80 TINTAS DE POLIM.ACRIL/VINIL.DISPERS/DISSOLV.M .................... 16.328 0,01 30.506 2.527 --- 4.200 546,14

81 MISTURAS BETUMINOSAS A BASE DE ASFALTO,DE BET............. 15.180 0,01 50.940 --- --- --- ---

82 AGUA INCL.MINERAL/GASEIF.ADICION.ACUCAR,AROMA ............. 13.820 --- 88.200 213.662 0,10 705.042 -93,53

83 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA.......... 13.289 --- 21.094 1.982.076 0,93 3.754.015 -99,33

84 CARNES DE GALOS/GALINHAS,N/CORT.PEDACOS,FRESC.......... 12.908 --- 15.300 --- --- --- ---

85 OUTROS CEREAIS EM GRAOS,PRE-COZIDOS,PREPARS.D.......... 12.872 --- 9.962 1.674 --- 1.471 668,94

86 VELAS,PAVIOS,CIRIOS E ARTIGOS SEMELHANTES ...................... 11.859 --- 6.750 19.985 0,01 13.540 -40,66

87 FIGADOS DE SUINO,CONGELADOS................................................. 11.250 --- 25.000 133.321 0,06 281.369 -91,56

88 GRANITO EM BRUTO OU DESBASTADO.......................................... 10.725 --- 40.000 11.775 0,01 42.500 -8,92

89 OUTS.ARTIGOS SEMELH.CAIXAS,ENGRADADOS,ETC.DE ........... 9.598 --- 27.616 1.331 --- 4.120 621,11

90 OUTROS MOVEIS DE MADEIRA ........................................................ 8.765 --- 16.320 121.065 0,06 59.884 -92,76

91 FOLHAS P/FOLHEADOS,ETC.DE OUTS.MAD.CONIFERAS............. 8.680 --- 21.326 --- --- --- ---

92 OUTRAS CORDAS E CABOS,DE FERRO/ACO,N/ISOL.P/U.............. 8.678 --- 8.900 --- --- --- ---

93 OUTRAS SUBSTANCIAS DE ANIMAIS,P/PREPAR.PRODS. ............. 7.337 --- 17.795 56.026 0,03 96.102 -86,90

94 BOLACHAS E BISCOITOS ADICION.DE EDULCORANTES.............. 7.191 --- 7.972 12.633 0,01 15.860 -43,08

95 TINTAS DE POLIESTERES,DISPERSOS/DISSOLV.MEIO ................ 7.184 --- 8.017 4.938 --- 22.423 45,48

96 OUTRAS PREPARACOES ALIMENTICIAS......................................... 6.556 --- 765 --- --- --- ---

97 FRALDAS DE PAPEL .......................................................................... 6.370 --- 410 --- --- --- ---

98 MAQUINAS E APARS.P/IND.DE PANIFICACAO,PASTELA ............... 5.685 --- 835 --- --- --- ---

99 OUTRAS OBRAS DE FERRO OU ACO............................................... 5.531 --- 1.850 --- --- --- ---

100 OUTS.PEIXES ORNAMENTAIS VIVOS .............................................. 5.460 --- 109 4.877 --- 110 11,95

101 DEMAIS PRODUTOS ......................................................................... 72.478 0,03 91.297 5.291.254 2,49 37.917.864 -98,63

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DEPLA

IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

MATO GROSSO DO SUL

Principais Produtos Importados

UF52_I4 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B. Part% Kg Líquido US$ F.O.B. Part% Kg Líquido 05/04

TOTAL DA ÁREA 287.635.979 100,00 2.040.040.654 222.663.414 100,00 1.721.434.558 29,18 TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS 280.686.503 97,58 2.030.858.622 210.842.816 94,69 1.707.253.717 29,18

60 SUPERFOSFATO,TEOR DE PENTOXIDO DE FOSFORO (P2 .......... 196.001 0,07 2.052.411 289.039 0,13 3.547.894 -32,19

61 OUTS.MAQUINAS P/ESTIRAR,ETC.MATERIAS TEXT.SIN ............... 194.550 0,07 45.990 --- --- --- ---

62 CAMISAS,ETC.DE MALHA DE ALGODAO,DE USO FEMINI.............. 190.582 0,07 8.615 16.520 0,01 1.319 ---

63 UVAS SECAS....................................................................................... 189.973 0,07 209.980 25.750 0,01 25.000 637,76

64 OUTRAS MAQUINAS DE MOLDAR BORRACHA/PLAST.P/IN........... 187.430 0,07 124.649 --- --- --- ---

65 ACIDO M-FTALICO E SEUS SAIS....................................................... 182.592 0,06 288.000 --- --- --- ---

66 TEARES CIRCULARES,P/MALHAS,C/CILINDRO,DIAMETR ............. 180.000 0,06 17.400 --- --- --- ---

67 PERAS FRESCAS ............................................................................... 177.944 0,06 408.601 23.948 0,01 45.602 643,04

68 OUTROS FIOS DE FIBRAS DE POLIESTERES ................................. 172.199 0,06 224.580 596.270 0,27 477.017 -71,12

69 JUNTAS,GAXETAS,SEMELHS.DE BORRACHA VULCAN.N/E.......... 167.904 0,06 1.148 15.485 0,01 843 984,30

70 MICROSCOPIOS ELETRONICOS....................................................... 160.000 0,06 685 --- --- --- ---

71 OUTRAS ERVILHAS (PISUM SATIVUM),SECAS,EM GRAO ............. 159.685 0,06 767.206 --- --- --- ---

72 SACOS P/EMBALAGEM,DE MALHA DE POLIETILENO/POL ............ 157.500 0,05 418.826 --- --- --- ---

73 OUTROS APARELHOS TRANSMISS.RECEPT.DE TELEFONI.......... 153.888 0,05 1.824 --- --- --- ---

74 OUTROS FEIJOES COMUNS,SECOS,EM GRAOS............................ 147.870 0,05 877.000 139.136 0,06 1.054.800 6,28

75 POLIETILENO S/CARGA,VULCANIZ.DENS>1.3,EM FORM .............. 147.020 0,05 280.000 --- --- --- ---

76 GARRAFOES,GARRAFAS,FRASCOS,ARTIGOS SEMELHS.DE....... 145.152 0,05 78.422 3.510 --- 3.761 ---

77 AMEIXAS SECAS,COM CAROCO ...................................................... 144.875 0,05 92.500 --- --- --- ---

78 CATODOS DE NIQUEL NAO LIGADO,EM FORMA BRUTA............... 143.338 0,05 10.991 --- --- --- ---

79 TRIPAS DE SUINOS,FRESCAS,REFRIG.CONGEL.SALGAD............ 142.193 0,05 19.800 111.908 0,05 20.366 27,06

80 GUARDA-CHUVAS DE HASTE/CABO TELESCOP.C/TECIDO.......... 140.801 0,05 578.259 --- --- --- ---

81 MILHO EM GRAO,EXCETO PARA SEMEADURA .............................. 140.732 0,05 679.112 48.904 0,02 189.000 187,77

82 OUTRAS LENTILHAS SECAS,EM GRAOS......................................... 132.473 0,05 361.584 --- --- --- ---

83 TRIGO DURO,EXCETO PARA SEMEADURA..................................... 132.000 0,05 1.200.000 --- --- --- ---

84 OUTRAS GUARNICOES,ETC.DE METAIS COMUNS,P/MOVE ......... 131.914 0,05 121.897 --- --- --- ---

85 ACIDO FORMICO ................................................................................ 127.745 0,04 205.500 30.857 0,01 40.800 313,99

86 AMEIXAS SECAS,SEM CAROCO ....................................................... 123.625 0,04 57.500 --- --- --- ---

87 OUTS.MOTOCOMPRESSORES HERMETICOS P/EQUIPAM.FR...... 121.457 0,04 25.444 --- --- --- ---

88 NOZES FRESCAS OU SECAS,SEM CASCA...................................... 119.951 0,04 19.130 --- --- --- ---

89 SEMEAS,FARELOS E OUTROS RESIDUOS,DE LEGUMINOS ......... 118.336 0,04 4.654.916 135.811 0,06 5.361.066 -12,87

90 TECIDOS DE MALHA FIBRA SINT/ARTIF.L>30CM,E>=5 .................. 118.230 0,04 27.522 --- --- --- ---

91 MAQUINAS E APARELHOS P/PREPAR.DE CARNES ....................... 116.484 0,04 2.087 --- --- --- ---

92 TINTAS PRETAS,DE IMPRESSAO ..................................................... 110.229 0,04 43.580 --- --- --- ---

93 RETORCEDEIRAS DE MATERIA TEXTIL........................................... 108.020 0,04 25.840 --- --- --- ---

94 OUTRAS FECHADURAS E FERROLHOS,DE METAIS COMUN........ 105.956 0,04 29.970 --- --- --- ---

95 OUTROS AMPLIFICADORES DE RADIOFREQUENCIA.................... 94.523 0,03 1.174 --- --- --- ---

96 OBRAS DE TUNGSTENIO,UTIL.P/FABR.DE CONTATOS E.............. 93.137 0,03 315 --- --- --- ---

97 OUTROS SOBRETUDOS,ETC.DE FIBRAS SINT/ART.USO ............. 92.073 0,03 15.318 --- --- --- ---

98 FOSFATOS DE CALCIO,NATURAIS,MOIDOS ................................... 88.374 0,03 1.891.819 --- --- --- ---

99 OUTRAS PREPARACOES E CONSERVAS,DE OUTRAS PEIX......... 87.477 0,03 45.680 92.196 0,04 49.040 -5,12

100 OUTRAS CARNES DE PEIXES,CONGELADAS................................. 86.341 0,03 53.280 61.933 0,03 49.100 39,41

101 DEMAIS PRODUTOS ......................................................................... 6.949.476 2,42 9.182.032 11.820.598 5,31 14.180.841 -41,21

1 GAS NATURAL NO ESTADO GASOSO.............................................. 188.876.605 65,67 1.867.765.000 152.374.322 68,43 1.582.491.000 23,96

2 FIO TEXTURIZADO DE POLIESTERES.............................................. 12.535.841 4,36 9.962.543 9.044.635 4,06 7.295.659 38,60

3 CATODOS DE COBRE REFINADO/SEUS ELEMENTOS,EM F ......... 12.376.900 4,30 3.649.158 5.960.709 2,68 2.173.952 107,64

4 TECIDO DE FILAM.POLIESTER TEXTUR>=85%,TINTOS,................ 9.053.966 3,15 2.930.393 555.252 0,25 173.977 ---

5 FIO DE POLIESTERES,SIMPLES,PARCIALM.ORIENT.TO................ 4.481.365 1,56 4.821.238 6.604.150 2,97 7.052.537 -32,14

6 OUTROS ALHOS FRESCOS OU REFRIGERADOS........................... 4.279.783 1,49 6.735.895 1.720.050 0,77 3.475.600 148,82

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IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

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Principais Produtos Importados

UF52_I4 04/01/08

Ord Descrição 2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr) Var% US$ F.O.B. Part% Kg Líquido US$ F.O.B. Part% Kg Líquido 05/04

7 OUTROS CLORETOS DE POTASSIO ................................................ 4.209.325 1,46 23.376.219 4.602.949 2,07 36.355.264 -8,55

8 DIIDROGENO-ORTOFOSFATO DE AMONIO,INCL.MIST.HI ............. 3.618.122 1,26 14.692.680 830.622 0,37 4.275.561 335,59

9 CARNES DESOSSADAS DE BOVINO,FRESCAS OU REFRIG ......... 2.907.992 1,01 818.927 14.932.659 6,71 9.547.860 -80,53

10 OUTS.ADUBOS/FERTILIZ.MINER.QUIM.C/NITROGENIO ................ 2.299.927 0,80 12.671.659 531.898 0,24 4.790.087 332,40

11 BATATAS PREPARADAS OU CONSERVADAS,CONGELADAS ....... 1.985.659 0,69 3.286.568 2.337.141 1,05 3.664.740 -15,04

12 UREIA COM TEOR DE NITROGENIO>45% EM PESO ...................... 1.939.412 0,67 8.780.429 638.185 0,29 3.869.115 203,89

13 OUTRAS PECAS NAO DESOSSADAS DE OVINO,CONGELAD........ 1.493.323 0,52 451.732 512.723 0,23 150.100 191,25

14 MISTURAS E PASTAS,P/PREPAR.PRODS.PADARIA,PAST............. 1.312.818 0,46 8.176.645 49.182 0,02 251.000 ---

15 FIO DE FIBRAS DE POLIESTERES COM FIBRAS ARTIF ................. 1.207.616 0,42 973.296 --- --- --- ---

16 SUPERFOSFATO,TEOR DE PENTOXIDO DE FOSFORO (P2 .......... 1.168.115 0,41 6.037.452 161.965 0,07 1.008.710 621,21

17 FIO DE OUTS.POLIESTERES,SIMPLES,TORCAO<=50VOL............. 1.050.314 0,37 944.800 1.858.111 0,83 1.666.976 -43,47

18 COPOLIMEROS DE CLORETO DE VINILIDENO,S/EMULSI.............. 1.041.940 0,36 1.878.000 --- --- --- ---

19 TECIDO DE FILAM.DE POLIESTER NAO TEXTURIZADO> .............. 998.339 0,35 225.940 365.333 0,16 82.026 173,27

20 OUTRAS NAFTAS ............................................................................... 980.100 0,34 3.672.100 --- --- --- ---

21 OUTROS FEIJOES COMUNS,PRETOS,SECOS,EM GRAOS............ 855.166 0,30 2.368.000 11.717 0,01 57.900 ---

22 ALPISTE,EXCETO PARA SEMEADURA............................................. 782.983 0,27 2.500.602 325.544 0,15 913.702 140,52

23 PARTES DE CADEADOS,FECHADURAS,ETC.DE METAIS C........... 769.904 0,27 212.606 --- --- --- ---

24 OUTS.BORRACHAS VULCAN.C/NEGRO FUMO/SILICA,EM ............ 767.436 0,27 435.000 84.500 0,04 50.000 808,21

25 TECIDO DE FILAM.POLIESTER TEXTUR>=85%,ESTAMPA............. 741.955 0,26 174.487 --- --- --- ---

26 FIOS DE FERRO/ACO,REVEST.OUTS.MET.COMUNS,CARB .......... 716.796 0,25 247.498 --- --- --- ---

27 CHAPAS,ETC.DE OUTS.POLIESTERES,S/SUPORTE,N/RE............. 693.249 0,24 297.635 --- --- --- ---

28 1,1,1,2-TETRAFLUORETANO ............................................................. 665.017 0,23 96.946 --- --- --- ---

29 OLEOS BRUTOS DE PETROLEO....................................................... 646.590 0,22 1.552.500 452.370 0,20 1.552.500 42,93

30 SULFATO DE AMONIO........................................................................ 637.452 0,22 4.571.227 728.238 0,33 7.263.314 -12,47

31 PASTA QUIM.MADEIRA DE CONIFERA,A SODA/SULFAT................ 614.412 0,21 1.016.416 --- --- --- ---

32 OUTRAS PREPARACOES ALIMENT.DE FARINHAS,ETC.CA........... 541.620 0,19 3.183.000 6.102 --- 27.000 ---

33 OUTROS GRAOS-DE-BICO,SECOS................................................... 533.672 0,19 710.668 --- --- --- ---

34 CARNES DESOSSADAS DE BOVINO,CONGELADAS ...................... 530.738 0,18 187.046 1.091.215 0,49 1.208.489 -51,36

35 FIOS DE COBRE REFINADO,MAIOR DIMENSAO DA SEC. .............. 511.385 0,18 142.235 319.685 0,14 95.286 59,97

36 AVIOES A TURBOELICE,ETC.MONOMOTORES,P<=2000KG.......... 466.500 0,16 1.695 --- --- --- ---

37 OUTROS TECIDOS DE FILAMENTOS SINTETICOS<85%,T............. 437.917 0,15 359.058 --- --- --- ---

38 POLIPROPILENO SEM CARGA,EM FORMA PRIMARIA ................... 436.503 0,15 349.000 --- --- --- ---

39 SULFATO DE CROMO ........................................................................ 400.731 0,14 840.000 255.080 0,11 560.000 57,10

40 AZEITONAS CONSERV.COM AGUA SALGADA ................................ 392.836 0,14 373.690 --- --- --- ---

41 FILES DE OUTROS PEIXES,CONGELADOS ..................................... 374.269 0,13 123.045 1.260.202 0,57 492.967 -70,30

42 FILES DE MERLUZAS,CONGELADOS............................................... 361.124 0,13 215.737 1.114.969 0,50 680.908 -67,61

43 OREGANO FRESCO OU SECO,P/PERFUMARIA,MEDICINA,........... 313.485 0,11 209.000 --- --- --- ---

44 DICROMATO DE SODIO ..................................................................... 309.520 0,11 468.000 --- --- --- ---

45 TECIDO DE FILAMENTOS SINTETICOS>=85%,FIOS DIV ................ 296.380 0,10 163.520 --- --- --- ---

46 AZEITONAS PREPARADAS/CONSERV.N/CONG.EXC.EM VI........... 294.563 0,10 250.330 --- --- --- ---

47 CLORODIFLUORMETANO.................................................................. 276.271 0,10 155.788 --- --- --- ---

48 CAMISAS,ETC.DE MALHA DE FIBRAS SINT/ARTIF.USO................. 270.594 0,09 10.253 61.035 0,03 4.580 343,34

49 MAQUINAS E APARS.P/PREPAR.DE ALIMENTOS/RACOES ........... 261.934 0,09 19.905 --- --- --- ---

50 OUTRAS GASOLINAS......................................................................... 257.338 0,09 667.438 --- --- --- ---

51 OUTROS TECIDOS DE FILAMENTOS SINTETICOS<85%,D ............ 232.913 0,08 170.826 --- --- --- ---

52 TEARES P/TECIDO DE L>30CM,DE LANCADEIRA,A MOT............... 231.000 0,08 69.409 --- --- --- ---

53 TECIDO DE FROCO ("CHENILLE") DE FIBRA SINTETI..................... 228.806 0,08 64.557 --- --- --- ---

54 OUTROS PNEUS NOVOS PARA ONIBUS OU CAMINHOES............. 228.780 0,08 179.317 76.788 0,03 30.768 197,94

55 OUTROS FEIJOES COMUNS,BRANCOS,SECOS,EM GRAOS......... 218.362 0,08 397.870 31.941 0,01 68.500 583,64

56 CALCAS,JARDINEIRAS,ETC.DE FIBRA SINTETICA,USO................. 217.450 0,08 165.145 119.720 0,05 57.080 81,63

57 COQUE DE PETROLEO NAO CALCINADO ....................................... 210.000 0,07 10.000.000 226.650 0,10 15.000.000 -7,35

58 OUTROS SACOS,BOLSAS E CARTUCHOS,DE OUTROS PLA ........ 207.199 0,07 32.890 5.907 --- 951 ---

59 VELUDO E PELUCIA,DE MALHA DE FIBRA SINTETICA/.................. 205.617 0,07 57.054 --- --- --- ---

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

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Setores de Contas Nacionais US$ FOB

UF52_E3 04/01/08

2005 (Jan/Abr) 2004 (Jan/Abr)

Valor Part % (*) Valor Part % (*)

(*) - Participação percentual sobre o total do período.

TOTAL DO PERÍODO 276.673.957 100,00 212.788.862 100,00 BENS DE CAPITAL......................................................................... 244.148 0,09 129.504 0,06 BENS DE CAPITAL (EXC.EQUIP.DE TRANSPORTE USO INDUSTR.)....... 225.348 0,08 129.504 0,06 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE USO INDUSTRIAL ...................... 18.800 0,01 --- --- BENS INTERMEDIARIOS ............................................................... 161.819.411 58,49 152.377.559 71,61 ALIMENTOS E BEBIDAS DESTINADOS A INDUSTRIA............................... 74.626.511 26,97 81.868.476 38,47 INSUMOS INDUSTRIAIS .............................................................................. 87.190.490 31,51 70.509.083 33,14 PECAS E ACESSORIOS DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE............ 2.410 --- --- --- BENS DIVERSOS ......................................................................................... --- --- --- --- BENS DE CONSUMO...................................................................... 114.610.398 41,42 60.281.799 28,33 BENS DE CONSUMO DURAVEIS ................................................................ 291.110 0,11 797.790 0,37 BENS DE CONSUMO NAO DURAVEIS ....................................................... 114.319.288 41,32 59.484.009 27,95 COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES ............................................ --- --- --- --- --- --- --- --- DEMAIS OPERACOES ................................................................... --- --- --- --- --- --- --- --- NAO DECLARADA.......................................................................... --- --- --- --- NAO DECLARADA........................................................................................ --- --- --- ---

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

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Série Mensal – Dois Últimos Anos

UF52_E1 04/01/08

Mês 2005 2004 Var%

US$ F.O.B. Kg Líquido US$ F.O.B. Kg Líquido 05 / 04

Janeiro....................................................... 43.259.767 272.152.404 31.452.567 213.390.627 37,54 --- --- --- --- ---

Fevereiro ................................................... 45.860.783 284.980.068 32.269.079 189.631.647 42,12 Jan / Fev........................................................ 89.120.550 557.132.472 63.721.646 403.022.274 39,86

Março ........................................................ 86.228.086 375.077.352 68.936.198 315.881.595 25,08 Jan / Mar ....................................................... 175.348.636 932.209.824 132.657.844 718.903.869 32,18

Abril ........................................................... 101.325.321 432.781.380 80.131.018 287.271.557 26,45 Jan / Abr ........................................................ 276.673.957 1.364.991.204 212.788.862 1.006.175.426 30,02

Maio........................................................... --- --- 51.960.182 247.468.144 --- Jan / Mai........................................................ --- --- 264.749.044 1.253.643.570 ---

Junho......................................................... --- --- 70.710.683 349.065.832 --- Jan / Jun........................................................ --- --- 335.459.727 1.602.709.402 ---

Julho.......................................................... --- --- 53.217.171 326.352.623 --- Jan / Jul ......................................................... --- --- 388.676.898 1.929.062.025 ---

Agosto ....................................................... --- --- 51.063.996 164.790.687 --- Jan / Ago ....................................................... --- --- 439.740.894 2.093.852.712 ---

Setembro................................................... --- --- 55.862.627 351.007.167 --- Jan / Set ........................................................ --- --- 495.603.521 2.444.859.879 ---

Outubro ..................................................... --- --- 44.100.122 269.748.073 --- Jan / Out........................................................ --- --- 539.703.643 2.714.607.952 ---

Novembro.................................................. --- --- 56.102.442 178.922.128 --- Jan / Nov ....................................................... --- --- 595.806.085 2.893.530.080 ---

Dezembro.................................................. --- --- 48.055.405 7.465.343.462 --- Jan / Dez ....................................................... --- --- 643.861.490 10.358.873.542 ---

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Mês 2005 2004 Var%

US$ F.O.B. Kg Líquido US$ F.O.B. Kg Líquido 05 / 04

Janeiro....................................................... 24.376.449 41.205.241 50.809.379 403.660.007 -52,02 --- --- --- --- ---

Fevereiro ................................................... 66.483.091 471.728.495 54.029.694 382.284.154 23,05 Jan / Fev........................................................ 90.859.540 512.933.736 104.839.073 785.944.161 -13,33

Março ........................................................ 121.387.058 960.539.905 58.001.266 448.203.414 109,28 Jan / Mar ....................................................... 212.246.598 1.473.473.641 162.840.339 1.234.147.575 30,34

Abril ........................................................... 75.389.381 566.567.013 59.823.075 487.286.983 26,02 Jan / Abr ........................................................ 287.635.979 2.040.040.654 222.663.414 1.721.434.558 29,18

Maio........................................................... --- --- 54.372.227 472.365.944 --- Jan / Mai........................................................ --- --- 277.035.641 2.193.800.502 ---

Junho......................................................... --- --- 66.341.160 563.978.747 --- Jan / Jun........................................................ --- --- 343.376.801 2.757.779.249 ---

Julho.......................................................... --- --- 64.158.173 525.942.705 --- Jan / Jul ......................................................... --- --- 407.534.974 3.283.721.954 ---

Agosto ....................................................... --- --- 20.360.112 43.607.819 --- Jan / Ago ....................................................... --- --- 427.895.086 3.327.329.773 ---

Setembro................................................... --- --- 122.699.984 1.016.726.070 --- Jan / Set ........................................................ --- --- 550.595.070 4.344.055.843 ---

Outubro ..................................................... --- --- 71.690.589 517.210.400 --- Jan / Out........................................................ --- --- 622.285.659 4.861.266.243 ---

Novembro.................................................. --- --- 73.961.592 530.178.389 --- Jan / Nov ....................................................... --- --- 696.247.251 5.391.444.632 ---

Dezembro.................................................. --- --- 75.859.617 490.226.948 --- Jan / Dez ....................................................... --- --- 772.106.868 5.881.671.580 ---