cegov - 2014 - mds c2 a3.pdf

30
 CICLO DE CAPACITAÇÃO MDS DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL P ARA AÇÕES DO B SM E DO SUAS aula 3 MÓDULO 1 Diagnóstico curso 1 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome SAGI Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação

Upload: justin-harvey

Post on 05-Oct-2015

16 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • CICLO DE CAPACITAO

    MDS

    DIAGNSTICO SOCIOTERRITORIALPARA AES DO BSM E DO SUAS

    aula3

    MDULO 1

    Diagnsticocurso 1

    Ministrio doDesenvolvimento Social

    e Combate FomeSAGI

    Secretaria de Avaliao e Gestoda Informao

  • Caderno de Estudos do Curso de Indicadores para Diagnstico do SUAS e do Plano Brasil sem Misria Termo de Cooperao UFRGS-MDS 01/2013

    CONTEDO E EXECUO

    Equipe CEGOV

    Coordenao Geral | Aline Gazola HellmannEquipe Tcnica | Alexandre Ben Rodrigues, Ana Jlia Possamai, Bruno Sivelli, Evelise Lazzari, Gilian Cidade, Giordano Benites Tronco, Graa Godinho, Gustavo Conde Magarites, Jlia da Motta, Lgia Mori Madeira, Luciana Leite Lima, Luciana Pazini Papi, Maria Goreti Machado, Matheus Machado Hoscheidt, Taciana Barcellos, Terezinha Vergo, Tiago Martinelli, Thiago Borne Ferreira

    Equipe Tcnica MDS | Paulo de Martino Jannuzzi, Patricia Vilas Boas, Marconi Fernandes de Sousa, Caio Nakashima, Marcilio Marquesini Ferrari, Antonio de Castro, Michelle Stephanou, Maria de Jesus Rezende, Thais Kawashima, Renato Monteiro, Dionara Barbosa, Maria do Socorro Ferreira, Katia Ozorio, Janine Cardoso Mouro Bastos, Tarcisio da Silva Pinto, Pedro Tomaz, Carlos Henrique Araujo Santana, Talita Santana Santos Barcellos, Ana Maria Oliveira, Sabrina Medeiros Borges, Davi Lopes Carvalho, Carlos Eduardo de Andrade Brasileiro, Luciana da Silva Oliveira.

    Projeto grfico | Joana Oliveira de OliveiraDiagramao | Calvin Maister, Joana Oliveira de Oliveira, Marcelo Mesquita Leal e Tiago Oliveira BaldassoReviso | Isabel Pereira

    EXPEDIENTE

    Presidenta da Repblica Federativa do Brasil | Dilma RousseffVice-Presidente da Repblica Federativa do Brasil | Michel TemerMinistra do Desenvolvimento Social e Combate Fome | Tereza CampelloSecretrio Executivo | Marcelo CardonaSecretrio de Avaliao e Gesto da Informao | Paulo JannuzziSecretria Nacional de Assistncia Social | Denise ColinSecretrio Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional | Arnoldo Anacleto de CamposSecretrio Nacional de Renda de Cidadania | Luis Henrique da Silva de PaivaSecretrio Extraordinrio de Erradicao da Pobreza | Tiago Falco

    Secretaria de Avaliao e Gesto da InformaoSecretria Adjunta | Paula MontagnerDiretor de Monitoramento | Marconi Fernandes de SousaDiretor de Gesto da Informao | Caio NakashimaDiretora de Formao e Disseminao | Patrcia Vilas BoasDiretora de Avaliao | Jnia Valria Quiroga da Cunha

    Secretaria Nacional de Assistncia SocialSecretria Adjunta | Valria Maria de Massarani GonelliDiretora do Departamento de Gesto do Sistema nico de Assistncia Social | Simone AlbuquerqueDiretora do Departamento de Benefcios Assistenciais | Maria Jos de FreitasDiretora do Departamento de Proteo Social Bsica | La Lucia Ceclio BragaDiretora do Departamento de Proteo Social Especial | Telma Maranho GomesDiretora do Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS | Carolina Gabas StuchiDiretor Executivo do Fundo Nacional de Assistncia Social | Antonio Jos Gonalves Henriques

    Brasil. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Caderno de Estudos do Curso de Indica-dores para Diagnstico do SUAS e do Plano Brasil sem Misria - Braslia, DF: MDS, Secretaria de Avaliao e Gesto da Informao; Secretaria Nacional de Assistncia Social, 2013.

    210p.

    1. Assistncia social, Brasil. 2. Poltica social, Brasil. 3. Diagnstico. 4. Indicadores. I. Ministrio do Desenvol-vimento Social e Combate Fome. II. Sistema nico de Assistncia Social.

    2014 Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.Todos os direitos reservados. Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Secretaria de Avaliao e Gesto da Informao (SAGI)Bloco A | 3 andar | Sala 307 | CEP 70046-900 | Braslia | DFTelefone: (61) 2030-1770 www.mds.gov.brCENTRAL DE RELACIONAMENTO DO MDS: 0800 707 2003

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV/UFRGS)

    Campus do Vale, prdio 43322Av. Bento Gonalves, 9500CEP: 91.509-900 Porto Alegre RS Fone: (51) 3308-9860 www.ufrgs.br/cegov

    Este documento consiste na Aula 3 do Caderno de Estudos.

  • 65CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    DIAGNSTICO SOCIOTERRITORIAL PARA AES DO BSM E DO SUAS

    Ol, gestor e gestora!

    Nas aulas anteriores, aprendemos sobre a situao da extrema pobreza no Brasil e sobre dois importantes esforos institucionais para combat-la: o Plano Brasil sem Misria e o Sistema nico de Assistn-cia Social (SUAS). Nesta aula, especificamente, trataremos da elabo-rao do diagnstico socioterritorial do municpio, uma das principais funes da Vigilncia Socioassistencial.

    por meio do diagnstico que o gestor toma conhecimen-to da realidade do seu municpio e de seus cidados, bem como da situao e da cobertura de sua rede socioassistencial informaes fundamentais para o planejamento da interveno da gesto munici-pal na rea da proteo e promoo social. Alm da importncia e da utilidade do diagnstico, aprenderemos como elabor-lo a partir da construo de indicadores sociais que operacionalizem, de maneira quantificvel e observvel, as distintas dimenses do problema que pretendemos atacar.

    Uma tima aula a todos!

    3aula

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

    Nesta aula voc vai aprender: no que consiste um diagnstico socioeconmico para programas sociais; no que consiste um diagnstico socioterritorial; como operacionalizar os conceitos de risco e vulnerabilidade para fins de planejamento da interveno governamental; o que so e como so construdos indicadores sociais; e como reunir indicadores sociais em um diagnstico territorial do municpio.

    Essas habilidades so necessrias para mapear as principais deman-das por proteo social do seu municpio e subsidiam a elaborao e o planejamento do Plano Municipal de Assistncia Social e dos Planos de Ao dos programas prioritrios do Brasil sem Misria (BSM), ambos os documentos dos quais trataremos no ltimo mdulo deste curso.

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 66 CEGOV | UFRGS

    SUMRIO DA AULA 3 O que um diagnstico? No que consiste um diagnstico socioeconmico? No que consiste um diagnstico socioterritorial? Para alm de conhecer meu municpio, qual a utilidade do diag- nstico socioterritorial? Quem responsvel pelo diagnstico socioterritorial no municpio? Mas o que , exatamente, vulnerabilidade e risco? Como eu fao para mensurar vulnerabilidade e risco? Mas, afinal... o que so indicadores e para que servem? Como construir indicadores sociais? Um indicador capaz de retratar, sozinho, um fenmeno multidi- mensional como a vulnerabilidade social? Quais indicadores traduzem risco e vulnerabilidade social? Aps diagnosticar a demanda das famlias, o que devo fazer?

    O QUE UM DIAGNSTICO? O diagnstico uma anlise interpretativa que possibilita ler e

    compreender a realidade social. a etapa do ciclo de polticas pblicas que segue definio da agenda e antecede a formulao das alternativas possveis, como ilustra a Figura 1.

    Com freqncia ouve-se nos meios polticos e tcnicos de que no por falta de diagnsticos que a Poltica Pblica no mais efetiva (BRASIL, 2010, p. 1). Contudo, essa afirmao equivocada. O diagnstico um importante instrumento a auxiliar a tomada de deciso ao dar trat-amento adequado a um volume significativo de dados sobre diferentes aspectos sociais, econmicos e ambientais dos municpios. O diagnstico rene e transforma esses dados em informao til, a orientar a gesto municipal nos processos de implementao e acompanhamento de polticas e programas sociais.

    s vezes, pode-se estar buscando combater um problema so-cial com uma ao inadequada ou, ento, poderiam ser obtidos melhores resultados caso o atendimento fosse centrado nas zonas mais vulnerveis do municpio. O diagnstico ajuda na preciso das medidas adotadas, direcionando o atendimento s regies necessitadas e oferecendo s famlias os servios de que elas precisam e os benefcios a que tm direito.

    666870

    737476777878

    828790

  • 67CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Figura 1 - O ciclo de polticas pblicas

    Fonte: Elaborao prpria

    3aula

    MDULO 1

    CICLO DE POLTICAS PBLICAS

    O ciclo de polticas pblicas uma ferramenta analtica que permite conhecer as vrias fases dos processos poltico-administrativos envolvidos na realizao de uma poltica pblica. Facilita (embora no resolva) a investigao das relaes de poder, das redes, bem como das prti-cas que se encontram tipicamente em cada fase, auxiliando na elaborao e na avaliao das polticas pblicas. Geralmente, distinguem-se cinco etapas: definio da agenda, definio das alternativas, tomada de deciso, implementao e avaliao.

    i) Definio da agenda: etapa na qual um problema adquire relevncia poltica, tal que passar a receber ateno prioritria dos gestores pblicos. So vrias as questes de polticas pblicas, mas apenas algumas se tornam problemas de polticas pblicas, ou seja, entram na agenda. A definio do problema, quando entra na agenda, tem impactos diretos sobre as alternativas e as solues que a ele sero apresentadas.

    ii) Definio das alternativas: etapa que consiste na definio das alternativas possveis de trata-mento do problema, conforme os objetivos a serem alcanados e os meios disponveis para a soluo do problema identificado. Envolve, pelo menos, uma avaliao preliminar sobre os cus-tos e benefcios das vrias opes de ao disponveis, bem como uma avaliao das chances do projeto se impor na arena poltica.

    INIF E OD GEA NA DD A O

    AILA

    VA

    IMPLEM

    ENTAO

    OSICED ED ADAMOT

    DEFIN

    I

    O D

    AS

    ALTER

    NA

    TIV

    AS

    Demandas para Servios e Benefcios Socioassistenciais

    Necessidades de Proteo Social

    Riscos e Vulnerabilidades

    Ofertas da Poltica deAssistncia Social

    Servios

    Benefcios

    Programas eProjetos

    Proteo Bsica

    Proteo Especial

    TERRITRIO

    TERRITRIO TERRITRIO

    TERRITRIO

    REALIDADESOCIAL

    OBJETIVOPROGRAMTICO

    DEFINIO OBJETIVA

    DADOSBRUTOS

    INFORMAOPARA ANLISEE DECISES

    Eventos empricos

    O que atacar

    Facetas do problema

    Estatsticas pblicas

    Indicador Social

    DIAGNSTICO

  • 68 CEGOV | UFRGS

    iii) Tomada de deciso: etapa em que se adota uma ou um conjunto de alternativas poss-veis, ponderando expectativas de resultados e custos para sua obteno, segundo os meios a serem empregados. Normalmente precedem ao ato de deciso processos de conflito e de acordo envolvendo os atores mais influentes na poltica e na administrao.

    iv) Implementao: etapa em que se procede execuo das aes planejadas para a conse-cuo dos objetivos delineados.

    v) Avaliao dos resultados: etapa em que se apreciam os resultados e os impactos produzidos pelo programa. Busca-se verificar o atendimento e o no atendimento dos resultados espera-dos, bem como os efeitos colaterais indesejados, visando deduzir as aes necessrias da em diante: seja a suspenso da poltica, seja sua modificao ou manuteno. Trata-se de uma fase de importante aprendizagem.

    Portanto, a partir da leitura da realidade de seu municpio, possibilitada por meio do diag-nstico, o gestor conhece melhor as necessidades e demandas dos cidados, detecta os pro-blemas prioritrios e suas respectivas causalidades e vislumbra recursos e potencialidades locais que delimitam as reais oportunidades e alternativas de desenvolvimento de uma in-terveno.

    NO QUE CONSISTE UM DIAGNSTICO SOCIOECONMICO?

    Todo diagnstico socioeconmico deve contemplar informaes acerca:

    i) das caractersticas do pblico-alvo que ser atendido;

    ii) das potencialidades e fragilidades da base econmica local e regional, que podem criar condies melhores ou mais desafios para o programa;

    iii) dos condicionantes ambientais, que restringem certas estrat-gias de desenvolvimento e potencializam outras;

    iv) da capacidade e experincia de gesto local e regional, que indicam a maior ou menor complexidade de realizao da inter-veno pblica; e

    v) do nvel de participao da sociedade, que pode garantir maior controle social dos recursos e dos resultados dos programas.

    O Quadro 1 sintetiza os principais tpicos tratados em um diag-nstico socioeconmico para programas sociais.

  • 69CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Quadro 1 - A estrutura de tpicos tratados em um diagnstico para Programa Social

    Anlise do pblico-alvo a atender- Tendncias do crescimento demogrfico. - Perspectivas de crescimento futuro da populao e do pblico atendido- Caractersticas educacionais, habitacionais e da sade da populao - Condio de atividade da fora de trabalho, ocupao e rendimentos- Beneficirios de outros programas sociais

    Anlise do contexto econmico regional- Tendncias do desenvolvimento regional (indstria, comrcio, agropecuria)- Perspectivas de investimento pblico e privado- Infraestrutura viria, transporte e comunicaes- Estrutura do emprego e ocupaes mais e menos dinmicas

    Anlise dos condicionantes ambientais- Identificao de reas de proteo e restries- Passivos e agravos ambientais- Oportunidades de explorao do turismo e desenvolvimento sustentvel

    Anlise da Capacidade de Gesto Local- Estrutura administrativa j instalada- Quantidade e caractersticas do pessoal tcnico envolvido ou disponvel- Experincia anterior na gesto de programas

    Anlise da Participao Social- Comisses de participao popular/social existentes- Histrico/cultura de participao

    Fonte: BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Cadernos de Informao: Diagnstico para gesto municipal. Braslia, DF: MDS, 2010.

    Existe uma quantidade significativa de dados acerca desses dife-rentes aspectos sociais, econmicos e ambientais da realidade dos muni-cpios brasileiros. No entanto, eles precisam ser tratados adequadamente para se transformar em informao til que possa orientar a gesto muni-cipal na implementao e no acompanhamento de polticas e programas sociais.

    O diagnstico visa justamente organizar esses dados, produzindo informaes e anlises capazes de serem absorvidas para a tomada de de-ciso. Para ser til, o diagnstico deve consistir em um estudo da situao de uma determinada populao e sua regio, com textos descritivos ou analticos, tabelas de dados, cartogramas e, especialmente, indicadores especficos sobre os vrios aspectos da realidade local e regional. Bons diagnsticos socioeconmicos empregam, com maior ou menor abran-gncia, informaes e dados da economia local, alm de informaes de sade, de educao, de mercado de trabalho, de habitao, de infraestru-tura urbana, de renda e desigualdade.

    ateno!A quantidade de temas e a profundidade de seu detalhamento so decises crticas a serem tomadas quando da elaborao de um diagnstico. Se muito abrangente, o diagnstico perde o foco e a objetividade, fundamentais para auxiliar o gestor na tomada de deciso. Se muito restrito, pode comprometer a formulao do programa pblico, ao no explicitar as dimenses que deter-minam ou afetam a problemtica social, econmica ou ambiental em questo.

    3aula

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 70 CEGOV | UFRGS

    Subsdios para elaborao do PPA Municipal Ouro PretoAqui o gestor conhe-cer um exemplo de diagnstico-sn-tese produzido pela ferramenta Boletins de Informaes, do Portal SUAS Visor. A cidade de Ouro Pre-to ser utilizada como exemplo apenas para fins didticos. Incentivamos o gestor a acessar as ferramen-tas e conhecer mais sobre o seu prprio municpio de atuao.

    Uma sntese dos dados e informaes a subsidiar a elaborao do diagnstico socioeconmico do municpio pode ser acessada no Portal SUAS Visor, na ferramenta Boletins de Informao Subsdios para a ela-borao do PPA Municipal. Esse boletim apresenta um conjunto bsico de indicadores sobre as caractersticas demogrficas, econmicas, sociais e de gesto do municpio, a fim de subsidiar a elaborao do Plano Pluria-nual 2014-2017. Conhecer as tendncias de crescimento da populao, a base produtiva, mercado de trabalho e agricultura familiar, os desafios e avanos quanto questo da pobreza, educao e sade, assim como a capacidade de financiamento e gesto do municpio etapa fundamental para elaborao de um Diagnstico Situacional que sirva para definir os programas e aes estratgicos da Admistrao Municipal para os prxi-mos anos.

    NO QUE CONSISTE UM DIAGNSTICO SOCIOTERRITORIAL?

    No campo da promoo e da proteo social, o territrio enten-dido como o eixo para a compreenso da dinmica dos problemas sociais relacionados s situaes de vulnerabilidade e risco, assim como o lcus para seu enfrentamento. no territrio, pelas questes de proximidade e de identidade cultural, que acontecem as relaes sociais mais identifi-cadas com as reais demandas por direitos, servios e benefcios sociais. onde tambm so produzidas as necessidades dos cidados, como mora-dia, transporte, educao, sade, saneamento e tantas outras. Para as pol-ticas sociais, essas necessidades deixam de ter carter individual e passam a ser percebidas como demandas coletivas, que precisam ser atendidas pelas aes de planejamento do governo.

    Uma boa atividade de planejamento da interveno governa-mental depende do reconhecimento da realidade do territrio no qual se est inserido, por meio da elaborao de diagnstico socioterritoriais. Os municpios possuem estruturas, realidades, dimenses territoriais e popu-lacionais distintas. Por isso, seus diagnsticos devem ser territorializados, levando em considerao as particularidades locais das diferentes regies (bairros), a fim de que se conhea a real demanda de proteo social dos cidados, segundo as caractersticas da comunidade local.

    Nessas condies, o diagnstico socioterritorial consiste em uma anlise situacional do municpio, compreendendo a caracterizao (des-crio interpretativa), a compreenso e a explicao de uma determinada situao, detalhada, sempre que possvel, segundo diferentes recortes so-cioterritoriais (microterritrios). Em geral, abrange as seguintes questes:

    a) Informaes sobre a realidade local, compostas por:

    i) uma anlise histrico-conjuntural da realidade, tendo como base informaes sociais, demogrficas, educacionais e eco-nmicas (identificao da vocao econmica e das potencia-lidades); e

    ateno!Para a elaborao de diagnsticos voltados ao planeja-mento das aes de proteo e promoo social, o conheci-mento do territrio fundamental.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    ferramentas sagiO boletim Subsdios para a elaborao do PPA Municipal, por vezes tambm chamado de boletim Diagnstico Socio-territorial, pode ser acessado em http://bit.ly/1nWBVVD.

    Voc aprender tudo sobre as ferramentas da SAGI na Aula 7.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 71CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    ii) uma descrio da rede socioassistencial e de sua cobertura.

    b) Demandas da populao destinatria, identificadas a partir da anlise das informaes anteriores. Consiste:

    i) na identificao de demandas expressas, emergentes e po-tenciais; e

    ii) na identificao de territrios com concentrao da popu-lao em situao de vulnerabilidade social.

    ateno!Os trs eixos do Plano Brasil sem Misria garantia de renda, acesso a servios e incluso produtiva e a gesto do SUAS par-tem do princpio de que a oferta pblica deve ser adequada diversidade das realidades dos muni-cpios brasileiros e s suas potencialidades. Nesse sentido, a ela-borao do diagns-tico socioterritorial fundamental para o planejamento dos programas sociais no municpio.

    Segundo a Norma Operacional Bsica (NOB SUAS) 2012 (Resoluo n 33, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Assistncia Social):Art. 20. A realizao de diagnstico socioterritorial, a cada quadrinio, com-pe a elaborao dos Planos de Assistncia Social em cada esfera de gover-no. Pargrafo nico. O diagnstico tem por base o conhecimento da realida-de a partir da leitura dos territrios, microterritrios ou outros recortes socioterritoriais que possibilitem identificar as dinmicas sociais, econ-micas, polticas e culturais que os caracterizam, reconhecendo as suas de-mandas e potencialidades.Art. 21. A realizao de diagnstico socioterritorial requer:I - processo contnuo de investigao das situaes de risco e vulnerabi-lidade social presentes nos territrios, acompanhado da interpretao e anlise da realidade socioterritorial e das demandas sociais que esto em constante mutao, estabelecendo relaes e avaliaes de resultados e de impacto das aes planejadas;

    3aula

    MDULO 1

    REDE SOCIOASSISTENCIALNo mbito do BSM, consiste na rede de servios e benefcios que visam garantia de acessos aos direitos sociais e de oportunidades para incluso produtiva, abrangendo as polticas de garantia de renda (Programa Bol-sa Famlia, Benefcio de Prestao Continuada, benefcios da Previdncia Social, etc.), de acesso a servios (assistncia social, sade, educao, en-ergia eltrica, gua, etc.) e de trabalho de renda (programas de incluso produtiva, tais como o Pronatec).

    Portanto, ao elaborar o diagnstico socioterritorial, o gestor deve no apenas levantar dados sobre a situao social, econmica, cultural, ambiental, etc., dos cidados e do municpio, mas tambm deve elaborar relatrio com georreferenciamento no territrio, tanto da rede de Assis-tncia Social, quanto das demais polticas pblicas. Ou seja, deve saber a exata posio da demanda (os indivduos e famlias dentro do territrio) e da oferta de servios de proteo social bsica e de proteo social espe-cial (rede socioassistencial), com a finalidade de prever melhores investi-mentos e planejar melhor o atendimento dos cidados de seu municpio, articulando a assistncia com as demais polticas pblicas ofertadas no municpio.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 72 CEGOV | UFRGS

    Gestor(a)!Nas Aulas 4, 5 e 6, conheceremos uma srie de fontes de dados

    para a elaborao dos diagnsticos socioterritoriais, especialmente o Cen-so Demogrfico, o Cadastro nico e o Censo SUAS. Em geral, essas fontes detalham os dados at o nvel do municpio, mas alguns vo at nveis submunicipais, convencionalmente chamados de setor censitrio. Como vimos, a melhor maneira de conhecer de perto as demandas da popu-lao regionalizando os dados por setor censitrio, sejam eles sobre os riscos e vulnerabilidades, sejam sobre a oferta de servios da rede socioa-ssistencial ali disponibilizada.

    Na Aula 7, conheceremos detalhadamente as ferramentas de ges-to da informao desenvolvidas pela SAGI-MDS, fundamentais elabora-o dos diagnsticos socioterritoriais, bem como ao monitoramento e avaliao dos programas e aes do SUAS e do BSM.

    Boletim de InformaesBrasil sem Misria no seu Municpio Ouro PretoAqui o gestor conhecer um exemplo de boletim com informaes sobre a implantao do BSM em um municpio, produzido pela ferramenta Boletins de Informaes, do Portal SUAS Visor.SUAS em seu Municpio Ouro PretoAqui o gestor conhecer um exemplo de boletim com informaes sobre a implantao do SUAS no municpio, produzido pela ferramenta Bole-tins de Informaes, do Portal SUAS Visor.

    II - identificao da rede socioassistencial disponvel no territrio, bem como de outras polticas pblicas, com a finalidade de planejar a articula-o das aes em resposta s demandas identificadas e a implantao de servios e equipamentos necessrios;III reconhecimento da oferta e da demanda por servios socioassisten-ciais e definio de territrios prioritrios para a atuao da poltica de assistncia social.IV utilizao de dados territorializados disponveis nos sistemas oficiais de informaes.Pargrafo nico. Consideram-se sistemas oficiais de informaes aqueles utilizados no mbito do SUAS, ainda que oriundos de outros rgos da administrao pblica.

    Um primeiro olhar sobre a oferta da rede socioassistencial do mu-nicpio pode ser obtido por meio dos Boletins de Informao Municipal Brasil sem misria no seu Municpio e SUAS em seu Municpio, dispon-veus no Portal SUAS Visor, a ser apresentado na Aula 7.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 73CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    PARA ALM DE CONHECER MEU MUNICPIO, QUAL A UTILIDADE DO DIAGNSTICO SOCIOTERRITORIAL?

    Por meio da anlise de dados socioeconmicos levantados no diagnstico socioterritorial, o gestor municipal capaz de desenhar o mapa de vulnerabilidades e riscos do municpio, identificando as reas de concentrao de famlias com alguma vulnerabilidade. Com tanto, tor-na-se capaz de responder a perguntas fundamentais ao planejamento da interveno governamental, tais como, por exemplo:

    Quantas famlias ganham menos de um salrio mnimo per capita? Onde h a maior concentrao delas?

    Quantas tm moradias precrias, sem banheiro ou luz eltrica?

    As crianas trabalham em vez de ir escola?

    Portanto, o diagnstico socioterritorial possibilita aos respons-veis e operadores da poltica de assistncia social compreender as particu-laridades do territrio no qual esto inseridos e detectar as caractersticas e dimenses das situaes de precarizao que trazem riscos e danos aos cidados, sua autonomia, socializao e convvio familiar. Essas informa-es so fundamentais para conhecer a distribuio das necessidades e demandas dentro do municpio, com a finalidade de:

    direcionar a realizao da estratgia de Busca Ativa; e

    identificar as regies com concentrao do pblico-alvo dos pro-gramas do Plano Brasil sem Misria (Brasil Carinhoso, Mais Educao, Pro-grama de Aquisio de Alimentos, Pronatec, etc.) e de Assistncia Social (implantao de Centros de Referncia de Assistncia Social (CRAS), Centro de Referencia Especializado de Assistncia Social (CREAS), Centro de Re-ferncia Especializado para Populao em Situao de Rua (Centros POP), bem como definio dos servios a serem prestados nesses equipamentos).

    A Figura 2 ilustra essa relao no campo da Assistncia Social.

    Figura 2 - O diagnstico socioterritorial no mbito da Assistncia Social

    Fonte: Farias (2012).

    3aula

    MDULO 1

    INIF E OD GEA NA DD A

    O

    AIL

    AV

    A

    IMPLEM

    ENTAO

    OSICED ED ADAMOT

    DEFIN

    I

    O D

    AS

    ALTER

    NA

    TIV

    AS

    Demandas para Servios e Benefcios Socioassistenciais

    Necessidades de Proteo Social

    Riscos e Vulnerabilidades

    Ofertas da Poltica deAssistncia Social

    Servios

    Benefcios

    Programas eProjetos

    Proteo Bsica

    Proteo Especial

    TERRITRIO

    TERRITRIO TERRITRIO

    TERRITRIO

    REALIDADESOCIAL

    OBJETIVOPROGRAMTICO

    DEFINIO OBJETIVA

    DADOSBRUTOS

    INFORMAOPARA ANLISEE DECISES

    Eventos empricos

    O que atacar

    Facetas do problema

    Estatsticas pblicas

    Indicador Social

    DIAGNSTICO

    ferramentas sagiVoc pode responder a todas essas pergun-tas atravs do IDV - Identificador de Do-miclios Vulnerveis. Acesse o tutorial da ferramenta em bitly.com/1ixlj6F (parte 1) e bitly.com/1mRXtTk (parte 2).

    Voc aprender tudo sobre as ferramentas da SAGI na Aula 7.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 74 CEGOV | UFRGS

    Assim, conhecendo e localizando as famlias sob algum tipo de vulnerabilidade social, torna-se mais fcil cadastr-las com a finalidade de encaminh-las aos programas e benefcios sociais a que tm direito. Esse modelo determina o planejamento da oferta de acordo com a demanda, bem como a adoo da Busca Ativa como mtodo estratgico para garan-tir o acesso da populao aos servios do BSM. Trata-se de uma forma de operao que visa romper a lgica da demanda espontnea pela qual cabe s famlias procurar os servios pblicos em prol de uma lgica segundo a qual o Estado vai ao encontro das famlias, assegurando-lhes direitos e ofertando-lhe oportunidades. Sublinha-se o carter preventivo dessa forma de atuao, que objetiva evitar o agravamento das situaes de risco e vulnerabilidade j vivenciadas pelas famlias.

    ateno! importante ressaltar a relao entre o diagnstico socioterritorial e o Pla-no Municipal de Assistncia Social. O plano deve conter a caracterizao da realidade social dos municpios e, portanto, deve conter um diagnsti-co. No entanto, o diagnstico socioterritorial no se limita realizao do Plano, devendo ser constantemente atualizado para a realizao da ativi-dade de Vigilncia. O diagnstico socioterritorial tambm fundamental elaborao dos Planos de Ao do Brasil sem Misria, por meio do qual os municpios aces-sam os inmeros programas promovidos pelo Governo Federal.

    QUEM RESPONSVEL PELO DIAGNSTICO SOCIOTER-RITORIAL NO MUNICPIO?

    de responsabilidade da Vigilncia Socioassistencial elaborar e atualizar periodicamente o diagnstico socioterritorial, por meio da co-leta e anlise de dados e de informaes produzidas tanto pelo Governo Federal, quanto pelo prprio municpio especialmente o Cadastro nico.

    Alm de servir ao planejamento da interveno governamental, essas informaes devem ser repassadas pela Vigilncia Socioassistencial, de forma detalhada, s equipes dos servios, sobretudo, aos CRAS, para que sejam realizadas as aes de Busca Ativa direcionadas a famlias e in-divduos identificados como em situao de vulnerabilidade e risco. Por exemplo, a Vigilncia pode fornecer aos CRAS ou s equipes volantes o nome e o endereo de pessoas idosas que moram sozinhas ou de fam-lias com presena de pessoas com deficincia (alvos do BPC), de famlias extremamente pobres com elevado nmero de crianas (PBF e Brasil Cari-nhoso), at de famlias que descumpriram as condies do Programa Bol-sa Famlia, situao que, em geral, provoca ou decorre do agravamento das vulnerabilidades vivenciadas.

    Tambm de responsabilidade da Vigilncia a gesto e a alimen-tao de sistemas de informao que provm dados sobre os indivduos e famlias, bem como sobre a rede socioassistencial e os atendimentos por

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 75CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Segundo a Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS)/2004, funo da Vigilncia Socioassistencial a:[...] produo, sistematizao de informaes, indicadores e ndices ter-ritorializados das situaes de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famlias/pessoas nos diferentes ciclos da vida (crian-as, adolescentes, jovens, adultos e idosos); pessoas com reduo da ca-pacidade pessoal, com deficincia ou em abandono; crianas e adultos, vtimas de formas de explorao, de violncia e de ameaas; vtimas de preconceito por etnia, gnero e opo pessoal; vtimas de apartao so-cial que lhes impossibilite sua autonomia e integridade, fragilizando sua existncia; vigilncia sobre os padres de servios de assistncia social em especial aqueles que operam na forma de albergues, abrigos, residncias, semiresidncias, moradias provisrias para os diversos segmentos et-rios. (PNAS, 2004, p. 39-40).Ademais, segundo a NOB SUAS 2012 (Resoluo n 33, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Assistncia Social):Art. 88. A Vigilncia Socioassistencial deve manter estreita relao com as reas diretamente responsveis pela oferta de servios socioassistenciais populao nas Protees Sociais Bsica e Especial.1 As unidades que prestam servios de Proteo Social Bsica ou Es-pecial e Benefcios Socioassistenciais so provedoras de dados e utilizam as informaes produzidas e processadas pela Vigilncia Socioassistencial sempre que estas so registradas e armazenadas de forma adequada e subsidiam o processo de planejamento das aes.2 A Vigilncia Socioassistencial dever cumprir seus objetivos, forne-cendo informaes estruturadas que: I - contribuam para que as equipes dos servios socioassistenciais avaliem sua prpria atuao; II - ampliem o conhecimento das equipes dos servios socioassistenciais sobre as caractersticas da populao e do territrio de forma a melhor atender s necessidades e demandas existentes; III - proporcionem o planejamento e a execuo das aes de busca ativa que assegurem a oferta de servios e benefcios s famlias e indivduos mais vulnerveis, superando a atuao pautada Conselho Nacional de As-sistncia Social (CNAS) - 27/41 exclusivamente pela demanda espontnea. Art. 89. A Vigilncia Socioassistencial deve analisar as informaes relati-vas s demandas quanto s: I - incidncias de riscos e vulnerabilidades e s necessidades de proteo da populao, no que concerne assistncia social; eII - caractersticas e distribuio da oferta da rede socioassistencial insta-lada vistas na perspectiva do territrio, considerando a integrao entre a demanda e a oferta.

    3aula

    MDULO 1

    ela realizados. Por essa razo, fundamental primar pela qualidade das informaes cadastradas, especialmente as inseridas no Cadastro nico.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 76 CEGOV | UFRGS

    ateno!No de responsabilidade do SUAS enfrentar todas as situaes de vul-nerabilidades e risco de uma famlia, mas dever de seus profissionais, com apoio da Vigilncia Socioassistencial, identificar, cadastrar e encami-nhar indivduos e famlias para os programas, servios e benefcios dis-ponveis na rede socioassistencial, especialmente os vinculados ao Plano BSM. Para empreender tal tarefa, os equipamentos do SUAS devem co-nhecer e se articular com servios que formam a rede socioassistencial, realizando a referncia e a contrarreferncia no apenas em seu campo de atuao, mas tambm para as demais polticas (sade, educao, se-gurana alimentar, desenvolvimento agrrio, etc.).

    REFERNCIA E CONTRARREFERNCIAA funo de referncia se materializa quando se processa as deman-das oriundas das situaes de vulnerabilidade e risco social detectadas no territrio, de forma a garantir ao usurio o acesso renda, servios, programas e projetos, ou por meio do encaminhamento do usurio aos demais servios da rede socioassistencial.A contrarreferncia exercida sempre que se recebe encaminhamen-to do nvel de maior complexidade (proteo social especial) e garante a proteo bsica, inserindo o usurio em servio, benefcio, programa e/ou projeto de proteo bsica.

    MAS O QUE , EXATAMENTE, VULNERABILIDADE E RISCO?

    Segundo a NOB SUAS 2010, risco a probabilidade ou iminncia de um evento acontecer. um conceito articulado com a disposio ou capacidade de se antecipar para preveni-lo ou, caso isso no seja possvel, ao menos minorar seus efeitos. Segundo a PNAS, constituem situaes de risco a iminncia ou ocorrncia dos seguintes eventos:

    violaes de direitos, tais como situaes de violncia intra-familiar; negligncia; maus tratos; violncia, abuso ou explorao sexual; trabalho infantil; discriminao por gnero, etnia, etc.

    fragilizao ou rompimento de vnculos familiares ou comu-nitrios, englobando famlias ou indivduos em situao de rua; afasta-mento de crianas e adolescentes do convvio familiar em decorrncia de medidas protetivas ou de medidas socioeducativas; privao do convvio familiar ou comunitrio de idosos em instituies de acolhimento; indiv-duos dependentes submetidos privao do convvio comunitrio, ainda que residindo com a prpria famlia.

    Como exemplo mais objetivo, pode-se citar o risco (e a incidncia) do desemprego; as questes de segurana pblica e violncia urbana; os riscos socioambientais relacionados a desabamentos e enchentes, etc.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 77CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Por sua vez, a vulnerabilidade compreende situaes ou iden-tidades que podem levar excluso social dos sujeitos situaes essas que tm origem no processo de produo e reproduo de desigualda-des sociais e de processos discriminatrios e segregacionistas. A vulne-rabilidade no s financeira; ela envolve a relao entre direitos e rede de servios e polticas pblicas e a capacidade dos indivduos ou grupos sociais de acessar esse conjunto de bens e servios, de modo a exercer a sua cidadania.

    Segundo a NOB SUAS 2010, a anlise das vulnerabilidades deve considerar, de um lado, a estrutura de oportunidades da sociedade e o grau de exposio dos sujeitos individuais ou coletivos aos riscos sociais em sen-tido amplo, e de outro, os ativos materiais, educacionais, simblicos e re-lacionais, dentre outros, que afetam a capacidade de resposta dos grupos, famlias e indivduos s situaes adversas.

    COMO EU FAO PARA MENSURAR VULNERABILIDADE E RISCO?

    Como so conceitos abstratos, para serem diagnosticados, moni-torados e avaliados, risco e vulnerabilidade necessitam ser traduzidos em medidas objetivas e quantificveis por meio de algum recurso metodol-gico simples e padronizado. O recurso metodolgico mais utilizado so os indicadores.

    Bons diagnsticos renem indicadores de sade (leitos por mil ha-bitantes, percentual de crianas nascidas com baixo peso adequado, por exemplo), indicadores educacionais (taxa de analfabetismo, escolaridade mdia da populao de quinze anos ou mais, etc.), indicadores de merca-do de trabalho (taxa de desemprego, rendimento mdio real do trabalho, etc.), indicadores habitacionais (posse de bens durveis, densidade de moradores por domiclio, etc.), indicadores de segurana pblica e justia (mortes por homicdios, roubos mo armada por cem mil habitantes, etc.), indicadores de infraestrutura urbana (taxa de cobertura da rede de abastecimento de gua, percentual de domiclios com esgotamento sa-nitrio ligado rede pblica, etc.) e indicadores de renda e desigualdade (proporo de pobres, ndice de Gini, etc.) (JANNUZZI, 2009).

    Em se tratando de um diagnstico socioterritorial, fundamental o levantamento de indicadores que renam informaes teis identi-ficao de indivduos e famlias em situaes de risco e vulnerabilidade, tais como trabalho infantil, idosos dependentes, situaes de violao de direitos, entre outros.

    ateno! Para viabilizar a Vigi-lncia Social, preciso escolher indicadores efetivos na mensu-rao das situaes de risco e vulnera-bilidade social, que possibilitem anlises comparadas com outras localidades e que permitam o mo-nitoramento continuo em espaos de tempo determinados.

    3aula

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUOferramentas sagi

    A ferramenta Data Social uma biblio-teca de indicadores separados em seis temas: demografia social, Cadnico, segurana alimentar e nutricional, SUAS, trabalho e emprego e condicionalidades do Bolsa Famlia. Voc pode acessar o tutorial em http://bit.ly/1hJEFQP.

    Voc aprender tudo sobre as ferramentas da SAGI na Aula 7.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 78 CEGOV | UFRGS

    MAS, AFINAL... O QUE SO INDICADORES E PARA QUE SERVEM?

    Os indicadores sociais so medidas usadas para transformar con-ceitos abstratos, como fome ou misria, em algo que possa ser analisa-do e quantificado. Em outras palavras, transformam aspectos da realidade em nmeros, taxas e razes, seja essa uma realidade dada (situao social) ou construda (decorrente da interveno governamental), tornando pos-svel sua observao e avaliao.

    Proporo de pobres, taxa de analfabetismo, rendimento mdio do trabalho, taxas de mortalidade infantil, taxas de desemprego, ndice de Gini, proporo de crianas matriculadas em escolas so, neste senti-do, indicadores sociais, ao traduzir em cifras tangveis e operacionais v-rias das dimenses relevantes, especficas e dinmicas da realidade social (JANNUZZI, 2009).

    Os indicadores servem para:

    subsidiar e facilitar as atividades de planejamento pblico e a formulao de polticas sociais nas diferentes esferas de governo;

    monitorar e avaliar os resultados das aes governamentais sobre as condies de vida e bem-estar da populao, alimentan-do o processo decisrio com informaes qualificadas;

    aprofundar a investigao acadmica sobre a mudana social e sobre os determinantes dos diferentes fenmenos sociais (JAN-NUZZI, 2009).

    Durante a elaborao de uma poltica pblica, essencial prestar ateno nos indicadores da realidade social. Eles permitem analisar a gra-vidade das carncias e demandas populacionais por servios pblicos e traduzem, em termos quantitativos, a dotao de recursos existentes e re-cursos exigidos pelas diferentes opes de programas sugeridos.

    COMO CONSTRUIR INDICADORES SOCIAIS?

    A primeira etapa da construo de um indicador consiste na deci-so sobre qual dimenso ou fenmeno da realidade social se deseja men-surar, isto , cabe definir qual o objetivo programtico da poltica pbli-ca. Por exemplo: melhorar a sade do municpio, a educao, a segurana pblica, etc.

    Contudo, por serem abstratos, esses objetivos programticos no so diretamente observveis e mensurveis, sendo difcil a apreenso de sua situao por parte dos formuladores das polticas pblicas, polticos e populao em geral. Portanto, necessrio operacionaliz-los de maneira quantitativa, de modo a facilitar o diagnstico, o monitoramento e a ava-liao da melhora, piora ou estabilidade da situao.

    ateno! Indicadores sociais usados de forma responsvel e transpa-rente podem estabe-lecer parmetros das polticas governamen-tais, dos programas pblicos e dos proje-tos de ao social.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 79CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    A partir da definio do objetivo programtico de, por exemplo, melhorar a sade da populao, necessrio refletir e delinear quais da-dos traduzem o conceito abstrato sade. Por exemplo,

    Anos de vida da populao;

    Nmero de nascidos vivos;

    Nmero de leitos na cidade;

    Nmero de mdicos;

    Nmero de estabelecimentos de sade;

    Nmero de internaes por doena relacionadas ao saneamen-to bsico.

    Esses dados geralmente so pblicos e administrativos, sendo ge-rados no mbito dos programas governamentais e estando disponveis em cadastros oficiais, registros de atendimento de servios, bem como em estatsticas pblicas, produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e outras instituies congneres.

    Combinados na forma de taxas, propores, ndices ou mesmo em valores absolutos, esses dados se transformam em indicadores so-ciais. No caso da sade, teramos os seguintes indicadores:

    Esperana de vida ao nascer;

    Taxa de mortalidade infantil;

    Nmero de leitos por mil habitantes;

    Nmero de empregos mdicos por mil habitantes;

    Nmero de estabelecimentos de sade por mil habitantes;

    Nmero de internaes por doenas relacionadas ao sanea-mento ambiental inadequado DRSAI por cem mil habitantes.

    A Figura 3 resume esse processo.

    Figura 3 - Etapas de construo indicadores sociais

    Fonte: Elaborao prpria, com base em Jannuzzi (2012).

    3aula

    MDULO 1

    INIF E OD GEA NA DD A

    O

    AIL

    AV

    A

    IMPLEM

    ENTAO

    OSICED ED ADAMOT

    DEFIN

    I

    O D

    AS

    ALTER

    NA

    TIV

    AS

    Demandas para Servios e Benefcios Socioassistenciais

    Necessidades de Proteo Social

    Riscos e Vulnerabilidades

    Ofertas da Poltica deAssistncia Social

    Servios

    Benefcios

    Programas eProjetos

    Proteo Bsica

    Proteo Especial

    TERRITRIO

    TERRITRIO TERRITRIO

    TERRITRIO

    REALIDADESOCIAL

    OBJETIVOPROGRAMTICO

    DEFINIO OBJETIVA

    DADOSBRUTOS

    INFORMAOPARA ANLISEE DECISES

    Eventos empricos

    O que atacar

    Facetas do problema

    Estatsticas pblicas

    Indicador Social

    DIAGNSTICO

  • 80 CEGOV | UFRGS

    ateno! No confunda dado (estatstica pblica) com indicador. Estatstica pblica o dado social em sua forma bruta, sem estar embasado numa Teoria Social e sem finalidade programtica. Esses dados so levantados nos censos demogrficos, pesquisas amostrais ou por registros administrati-vos, e servem para a construo de indicadores. Exemplo: nmero de bitos, nmero de nascimentos, nmero de alunos, nmero de professores. J os indicadores so expressos em nmeros, mdias, razes, propores, ta-xas, incidncia ou prevalncia. Cada um tem uma lgica prpria de construo. Exemplo: taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos), incidncia de novos casos de tuberculose em 2012, razo entre o nmero de mulheres e ho-mens beneficirios do Bolsa Famlia.

    nomenclatura e frmula dos indicadores NMERO: indicadores cuja definio iniciada por um nmero ou po-pulao. So o resultado de uma contagem ou estimativa em valor abso-luto, so dados comuns que, por terem sido dotados de um significado ou conceito, passam a ser considerados indicadores.

    Exemplos:

    Nmero de casos de dengue no Estado em 2008.

    Populao residente no municpio em julho de 2009.

    MDIA: o valor que representa um conjunto de valores da populao. definida como a soma de todos os valores da populao, dividida pelo nmero de observaes.

    Exemplos:

    Esperana mdia de vida ao nascer - 2007.

    Renda mdia do trabalhador formal com nvel superior no pas em 2008.

    RAZO: a razo entre dois nmeros (quantidades) nada mais do que a diviso entre duas medidas, sendo que o denominador no inclui o numerador, ou seja, so duas medidas separadas e excludentes. geral-mente expressa como razo de a para b, indicando quantas vezes a pri-meira medida contm a segunda. Quando o quociente resultante inferi-or a 1, pode ser multiplicada por 100 para melhor interpretao. Exemplo:

    Razo entre homens e mulheres alfabetizadas no pas em 2008.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

  • 81CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    PROPORO: o coeficiente entre duas medidas, sendo o numerador o nmero de casos especficos e o denominador o nmero de casos pos-sveis na populao, multiplicado por 100, estando sempre o numerador includo no denominador. Pode ser usada para estimar a probabilidade de um evento. Exemplo:

    Proporo de pessoas abaixo da linha da pobreza na populao do Estado em 2008.

    TAXA: utilizada especialmente para acompanhar a variao de deter-minado fenmeno, em determinado tempo, estando associada com a velocidade e a direo (padres) da mudana em processos dinmicos. um coeficiente assim como a proporo, mas o resultado multiplicado por qualquer potncia de 10 (100, 1 mil, 10 mil...), a fim de tornar o resul-tado de mais fcil compreenso. Exemplo:

    Taxa de mortalidade infantil (a cada mil nascidos vivos) no Estado em 2007.

    INCIDNCIA: nmero de novos casos ou ocorrncias surgidos em relao a uma determinada populao e em um determinado intervalo de tempo. Pode avaliar, por exemplo, o ritmo de avano de determina-das doenas ou epidemias. Exemplo:

    Nmero de novos casos de AIDS registrados em relao populao do pas em 2008.

    PREVALNCIA: nmero de casos existentes em relao a uma determi-nada populao e em um determinado momento temporal. Na rea da sade, a prevalncia ajuda o profissional a conhecer a probabilidade ou risco de um indivduo sofrer de determinada doena. Exemplo:

    Nmero de portadores de HIV/AIDS em relao populao do pas em 2008.

    Fonte: Servio Social da Indstria (2009).

    3aula

    MDULO 1mdia=

    Soma da renda de todostrabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

  • 82 CEGOV | UFRGS

    Quando da construo de um indicador para o diagnstico, o mo-nitoramento ou a avaliao de uma dada realidade social, recomendvel a construo de uma ficha tcnica do indicador, composta por metada-dos. Metadados so informaes que descrevem os indicadores, facilitan-do o entendimento de seu uso e viabilidade, bem como sua recuperao por outros que no os responsveis inicialmente por sua construo. Com-pem uma ficha tcnica do indicador:

    1. Nome

    2. Definio

    3. Interpretao e uso

    4. Restries de uso (se houver)

    5. Frmula de clculo

    6. Variveis que permitem o clculo

    7. Unidades de medida

    8. Desagregao e subgrupos

    9. Periodicidade de clculo

    10. Responsvel pela gerao e divulgao dos dados que ali-mentam o indicador

    11. Intervalo de validade e/ou interpretao

    12. Fonte das variveis (onde e como elas so capturadas).

    O Quadro 2 apresenta um exemplo de ficha tcnica para o indica-dor Taxa de Mortalidade Infantil (por mil nascidos vivos).

    UM INDICADOR CAPAZ DE RETRATAR, SOZINHO, UM FENMENO MULTIDIMENSIONAL COMO A VULNERABILI-DADE SOCIAL?

    Sabemos que a realidade multifacetada e, portanto, no pode ser captada e retratada por apenas uma imagem simplificada, isto , por apenas um indicador. Logo, um diagnstico socioeconmico consistente no pode se resumir em apenas um ou em alguns indicadores quantitati-vos. necessria a construo de um conjunto de indicadores sociais re-feridos aos distintos aspectos da realidade social de interesse (JANNUZZI, 2009).

    Assim, a partir da definio do objetivo programtico de, por exemplo, melhorar as condies de vida, necessrio refletir e delinear quais as dimenses que compem esse fenmeno e que podem ser deta-lhadas. Nesse caso, pode-se dizer que condies de vida significam o n-vel de atendimento das necessidades materiais bsicas para sobrevivncia e reproduo social da comunidade. E, nesse sentido, envolve dimenses como condies de moradia, de sade, de educao e de trabalho.

  • 83CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Quadro 2 - Ficha Tcnica do Indicador Taxa de Mortalidade Infantil

    Nome Taxa de Mortalidade Infantil

    Definio Nmero de bitos de menores de 1 ano de idade, a cada mil nascidos vivos, por local de residncia da me.

    Interpretao e Uso

    Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos nveis de sade e de desenvolvimento socioeconmico. As taxas reduzidas podem ser resultado de subnotificaes nos registros de bi-tos. Por outro lado, taxas exageradas podem indicar a incidncia de um surto epidemiolgico.

    Limitaes

    O clculo direto da taxa, a partir de dados obtidos de sistemas de regis-tro contnuo, pode exigir correes da subenumerao de bitos infan-tis e de nascidos vivos, especialmente nas regies menos desenvolvi-das e reas rurais. Existe tambm a possibilidade de nascidos vivos que morrem logo aps o nascimento serem declarados como natimortos, subenumerando o total de nascidos vivos. Nesse caso, h uma srie de ferramentas demogrficas e estatsticas que pode promover a apu-rao do indicador.

    Metodologia de Clcu-lo Simplificada

    Nmero de bitos de menores de 1 ano de idade por local de residncia durante certo perodo de tempo, geralmente um ano Nmero de nascidos vivos de mes por local de residncia durante cer-to perodo de tempo, geralmente um anoUnidade de Medida: bitos a cada milEscala: 0 a 1 mil

    Desagregao Geogr-fica

    Municpios, Estados e Regies

    Periodicidade Anual. Perodo disponvel: 1979-2009 (com restries)

    Fonte Dados: Ministrio da Sade - Sistema de Informaes sobre Mortali-dade (SIM) e Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos (Sinasc).

    Categorias Disponveis (subgrupos)

    Neonatal precoce (0 a 6 dias), neonatal (7 a 28 dias) ou ps-neonatal (de 1 ms a menor de 1 ano)

    Parmetros e Recomendaes

    Conforme a Organizao Mundial da Sade (OMS) Alta= 50 por mil ou maisMdia = 20-49Baixa = menos de 20 por mil

    Informaes Comple-mentares

    Quando a taxa de mortalidade infantil alta, avaliar qual a categoria que mais impacta os bitos (neonatal precoce, neonatal ou ps-neo-natal) que pode indicar as principais causas dos bitos, como, por ex-emplo, doenas diarreicas, cuja incidncia sugere baixos ndices de desenvolvimento humano. Nesse caso, pode-se avaliar tambm e em conjunto o impacto de indicadores de saneamento, escolaridade, ren-da e desnutrio.

    Fonte: Servio Social da Indstria (2009).

    3aula

    MDULO 1

  • 84 CEGOV | UFRGS

    Delineadas as dimenses do fenmeno multidimensional con-dies de vida, faz-se necessrio pensar e refletir sobre quais elementos compem cada dimenso, de maneira objetiva, de modo a construir me-didas que as operacionalizem. Por exemplo:

    Condies de moradia: nmero de domiclios situados em deter-minada regio; tipo de material usado nas paredes, tetos e pisos; quantas moradias so servidas ou no por gua encanada e liga-o de esgotos, etc.

    Condies de sade: anos de vida da populao, nmero de nas-cidos vivos, nmero de leitos na cidade, nmero de mdicos, n-mero de estabelecimentos de sade, nmero de internaes por doena relacionadas ao saneamento bsico, etc.

    Condies de educao da populao em idade escolar: nmero de pessoas frequentando a escola, nvel de reprovao e evaso, desempenho em provas de avaliao de conhecimentos e habili-dades, nmero de matrculas, etc.

    Condies do mercado de trabalho: volume de empregados e desempregados, rendimentos e formalidade do contrato de tra-balho, nmero de estabelecimentos formais, etc.

    Os dados sobre elementos que compem as distintas dimenses do fenmeno condies de vida podem ser buscadas em uma srie de estatsticas pblicas, registros administrativos e cadastros, tais como o Ca-dastro nico, o Censo Demogrfico, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD), o DataSUS, o CadSUAS (Cadastro Nacional do SUAS), o Programa de Disseminao das Estatsticas do Trabalho, a Pesquisa Bsica de Informaes Municipais, entre outros.

    Novamente, esses dados, computados em taxas, mdias, razes, etc., transformam-se em indicadores que operacionalizam o conceito abs-trato condies de vida.

    A Figura 4 resume esse processo:

    Figura 4 - Do conceito de interesse programtico aos indicadores sociais

    Fonte: Jannuzzi (2009).

    mdia=Soma da renda de todos

    trabalhadores formais com nvel superior

    Nmero de trabalhadores formais com nvel superior

    razo=Nmero de homens

    alfabetizados

    Nmero de mulheres alfabetizadas

    x100

    proporo=Nmero de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salrio mnimo

    Populao Totalx100

    taxa=Nmero de bitos de crianas menores

    de um ano de idade em 2007

    Nmero de crianas nascidasvivas em 2007

    x1.000

    incidncia=Nmero de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

    Populao em 2008x100.000

    prevalncia=Nmero de pessoas portadoras dovrus HIV/AIDS no ano de 2008

    Populao total em 2008x100.000

    Melhorias das Condies de

    Vida

    Condies deMoradia

    Situao de Sade

    PerfilEducacional

    Inseroocupacional

    Busca e combinaode dados de diferentesfontes e pesquisas

    Cadastrospblicos

    Pesquisas do IBGEe outras instituies

    Registros deprogramas sociais

    Exemplos de possves indicadoresTaxa de coberturade rede de abaste-cimento de gua

    Taxa de mortalidadeinfantil

    Taxa de evaso

    Taxa de desemprego

  • 85CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Nesse caso, para dar conta da realidade multidimensional, cons-truiu-se no s um indicador, mas um SISTEMA DE INDICADORES. Um sistema de indicadores um conjunto de indicadores referidos a um de-terminado aspecto da realidade social ou rea de interveno programti-ca. A Figura 5 ilustra a construo de um sistema de indicadores.

    Figura 5 - Construo de um sistema de indicadores sociais

    Fonte: Jannuzzi (2001).

    Outra maneira de representar fenmenos multidimensionais que no um sistema de indicadores por meio da construo de NDICES. Os ndices so uma espcie de superindicador que, mediante a um mto-do de aglutinao determinado, agrega diferentes indicadores. Os ndices constituem uma sntese capaz de resumir numa frmula simples as rela-es entre dois ou mais fenmenos que compem uma realidade multidi-mensional, tal como o Custo de Vida e o Desenvolvimento Humano, como ilustra a Figura 6.

    Figura 6 - Indicadores analticos ou sintticos

    Fonte: Jannuzzi (2001).

    3aula

    MDULO 1

    Indicador 1

    Indicador 2

    Indicador 3

    MTODO DEAGLUTINAO

    NDICEcompostoou sinttico

    Ex: -ndice de custo de vida-ndice de Desenvolvimento Humano

    Que dimenses utilizar?Como combinar?Que pesos atribuir?

    Conceito Abstrato ouTemtica Social de Interesse

    Estatstica i Estatstica j

    Indicador Social A

    Sistema de Indicadores Sociais

    Definio das dimenses ou diferentes formasde interpretao operacional do conceito

    Estatstica 1 Estatstica 2

    Indicador Social B

    Indicador 1

    Indicador 2

    Indicador 3

    MTODO DEAGLUTINAO

    NDICEcompostoou sinttico

    Ex: -ndice de custo de vida-ndice de Desenvolvimento Humano

    Que dimenses utilizar?Como combinar?Que pesos atribuir?

    Conceito Abstrato ouTemtica Social de Interesse

    Estatstica i Estatstica j

    Indicador Social A

    Sistema de Indicadores Sociais

    Definio das dimenses ou diferentes formasde interpretao operacional do conceito

    Estatstica 1 Estatstica 2

    Indicador Social B

  • 86 CEGOV | UFRGS

    Exemplo de fenmeno multidimensional:

    QUALIDADE DE VIDA.

    Conceito: Condies de vida envolvendo aspectos fsicos, mentais, emocionais e psicolgicos, alm de outros aspectos, como sade, educao, renda, meio ambiente, etc.

    Indicador: Nmero de anos que um indivduo pode esperar viver, conforme as taxas de mortalidade observadas em dado momento e espao geogrfico (expectativa de vida).

    ndice: FIB (Felicidade Interna Bruta) Combinao de nove dimen-ses distintas: bem-estar psicolgico, meio ambiente, sade, educa-o, cultura, padro de vida, uso do tempo, vitalidade comunitria e boa governana.

    Fonte: Servio Social da Indstria (2009).

    FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB)O FIB um ndice desenvolvido no Buto, pequeno pas do Himalaia. Foi elaborado em 1972 pelo ento rei butans Jigme Singya Wangchuck e, da em diante, com o apoio do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvi-mento (PNUD), vem sendo operacionalizado como uma forma alternativa de medir o progresso de uma comunidade ou nao. O FIB fundado so-bre a premissa de que o objetivo principal de uma sociedade no o cres-cimento econmico, medido pelo Produto Interno Bruto, mas a integrao do desenvolvimento material com o psicolgico, o cultural e o espiritual.Disponvel em: . Acesso em: 4 set. 2013.

    No Quadro 3, listam-se outros exemplos de indicadores sintticos propostos no Brasil.

    Quadro 3 - Exemplos de indicadores sintticos

    Instituio promotora ndice proposto

    Fundao Joo Pinheiro (MG) IDH-M: ndice de Desenvolvimento Humano MunicipalICV: ndice de Condies de Vida Municipal

    Fundao Cide (RJ)

    IQM: ndice de Qualidade Municipal VerdeIQM: ndice de Qualidade Municipal CarnciasIQM: ndice de Qualidade Municipal Necessidades HabitacionaisIQM: ndice de Qualidade Municipal Sustentabilidade Fiscal

    Fundao Seade (SP)IPRS: ndice Paulista de Responsabilidade SocialIVJ: ndice de Vulnerabilidade JuvenilIPVS: ndice Paulista de Vulnerabilidade Social

    Fundao Economia e Estatstica (RS) Isma: ndice Social Municipal Ampliado

    Superintendncia de Estudos Econ-micos e Sociais da Bahia (SEI BA)

    IDS: ndice de Desenvolvimento SocialIDE: ndice de Desenvolvimento Econmico

    Prefeitura Municipal de Belo Horizon-te / PUC-Minas (MG)

    IQVU: ndice de Qualidade de Vida UrbanaIVS: ndice de Vulnerabilidade Social

    Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais (Inep) IDEB: ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica

    Fonte: Jannuzzi (2009).

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 87CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    QUAIS INDICADORES TRADUZEM RISCO E VULNERABILI-DADE SOCIAL?

    Em 2005, a NOB/SUAS elencou as variveis que determinam a po-pulao vulnervel, como o conjunto de pessoas residentes que apresen-tem pelo menos uma das caractersticas relacionadas a seguir:

    1. Famlias com servios de infraestrutura inadequados:

    1.1. Abastecimento de gua provenientes de poo ou nascen-te ou outra forma

    1.2. Sem banheiro ou sanitrio

    1.3. Destino do lixo inadequado conforme legislao

    1.4. Mais de 2 moradores por dormitrio

    2. Famlias com renda familiar per capita inferior salrio mnimo:

    3. Famlia com renda familiar per capita inferior salrio mnimo:

    3.1. Com pessoas de 0 a 14 anos

    3.2. Com responsvel com menos de 4 anos de estudo

    4. Famlia no qual h um chefe de famlia mulher, sem cnjuge:

    4.1. Com filhos menores de 15 anos

    4.2. Ser analfabeta

    5. Famlia no qual h uma pessoa com 16 anos ou mais:

    5.1. Desocupada (procurando trabalho)

    5.2. Com quatro ou menos anos de estudo

    6. Famlia na qual uma pessoa de 10 a 15 anos trabalhe

    7. Famlia na qual h uma pessoa de 4 a 14 anos que no estude

    8. Famlia com renda familiar per capita inferior a salrio mnimo:

    8.1. Com pessoa com deficincia

    8.2. Com pessoa de 60 anos ou mais

    Alm dessas taxas, h uma srie de outros indicadores teis para a elaborao do diagnstico socioterritorial e da anlise do risco e vulne-rabilidade social de uma comunidade.

    No Quadro 4, listam-se alguns exemplos de indicadores que tra-duzem as diferentes dimenses que compem os conceitos de risco e vulnerabilidade social. So apenas algumas entre as inmeras opes de

    Gestor(a)!Na Aula 4, 5 e 6, conheceremos uma variedade de fontes de da-

    dos e informaes a fundamentar a construo dos indicadores para a ela-borao do diagnstico socioterritorial. Entre essas fontes, podemos citar o IBGE e suas pesquisas (Censo, PNAD, MUNIC, ESTADIC) e o MDS-SAGI (Cadnico e Censo SUAS).

    ateno! A taxa de famlias que apresentam essas caractersticas no ter-ritrio indicativa de vulnerabilidade social. Quanto menor essa taxa, menor a vulne-rabilidade embora no necessariamente.

    3aula

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 88 CEGOV | UFRGS

    indicadores existentes, no esgotando as possibilidades. Ainda, depen-dendo das especificidades locais, a construo de indicadores especficos que dimensionem a realidade do territrio seja necessria.

    Quadro 4 - Dimenses e indicadores sociais de risco e vulnerabilidade social

    Dimenso Tema Indicadores primrios

    Social

    Rendimento

    Proporo de famlias em situao de extrema pobreza (inferior a R$70 per capita mensais)Proporo da populao com renda familiar per capita de salrio mnimoRendimento mdio mensalndice de Gini do rendimento domiciliar per capitaRazo entre a mdia dos rendimentos da mulher/homemRazo entre a mdia dos rendimentos pretos e pardo-brancosProporo de chefes de famlia sem rendimento sobre o total

    Sade

    Taxa de mortalidade infantilEsperana de vida ao nascerNmero de leitos por mil habitantesNmero de empregos mdicos por mil habitantesNmero de estabelecimentos de sade por mil habitantesNmero de internaes por doenas relacionadas ao saneamento ambi-ental inadequado DRSAI por cem mil habitantesProporo de crianas nascidas com baixo peso adequado sobre o total

    Educao

    Taxa de escolarizao das crianas de 7 a 14 anosEscolaridade de adultosTaxa de alfabetizao de adultosTaxa de analfabetismoTaxa de matrcula dos jovens em idade escolarTaxa de reprovao escolarTaxa de evaso escolar

    Demografia

    Taxa de crescimento populacional efetivoTaxa de natalidadeTaxa de mortalidadeProporo de crianas/jovens sobre a populao totalProporo de idosos sobre a populao totalTaxa de imigraoTaxa de emigrao

    Habitao

    Proporo de domiclios em rea rural em relao rea urbanaProporo de domiclios particulares permanentes com densidade de at 2 moradores por dormitrioPercentual de domiclios situados em reas irregulares (invadidos ou improvisados)Percentual de domiclios situados em zonas de risco (desmoronamento, enchentes, etc.)

    Violncia e segurana pblica

    Coeficiente de mortalidade por homicdiosTaxa de roubos mo armada por cem mil habitantesMortalidade por acidente de transporte

  • 89CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Dimenso Tema Indicadores primrios

    Ambiental

    AtmosferaFrota de veculos automotores por 100 habitantes

    Potencial de poluio industrial por 1.000 habitantes

    Terra

    Percentual de rea de vegetao remanescente sobre rea total

    Percentual de rea com passivos e agravos ambientais sobre rea total

    Percentual de rea com eroso sobre rea produtiva total

    Saneamento

    Proporo de moradores em domiclios com acesso sistema de abaste-cimento de gua

    Proporo de moradores em domiclios com acesso coleta de lixo domstico

    Proporo de moradores em domiclios com acesso a esgotamento sanitrio

    Economia

    Quadro econmico

    Taxa da Populao Economicamente Ativa em cada um dos trs setores da atividade econmica

    PIB per capita

    Crescimento da economia local

    Padres de produo e consumo

    Consumo de energia eltrica per capita

    Consumo de energia eltrica por unidade de PIB

    Proporo de domiclios particulares permanentes com computador

    Mercado de trabalho

    Populao Economicamente Ativa

    Taxa de ocupao

    Taxa de desemprego

    Fonte: Elaborao prpria, com base em Jannuzzi (2009) e Servio Social da Indstria (2009).

    Quadro 4 - Dimenses e indicadores sociais de risco e vulnerabilidade social (Continuao)

    ateno! Embora os indicadores facilitem a vida do gestor, fundamental tambm que o diagnstico social no se restrinja ao levantamento de dados e in-dicadores quantitativos, abrangendo tambm a captao de elementos qualitativos que expressem aspectos culturais, valores, expectativas e ou-tros traos da populao residente no territrio, permitindo uma leitura mais prxima complexa realidade social.Diversas so as tcnicas para a captao de aspectos qualitativos da rea-lidade social de uma populao, quais sejam: 1) os estudos de caso; 2) as observaes participantes; 3) as investigaes documentais; 4) as entre-vistas breves ou em profundidade, dirigidas, semidirigidas ou abertas; 5) as histrias de vida ou outras formas de estudos biogrficos; 6) os grupos de discusso, grupos focais ou estratgias afins; e 7) as observaes pla-nejadas de diferentes formas, conforme os objetivos da investigao.

    3aula

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 90 CEGOV | UFRGS

    Na Aula 7, conheceremos uma srie de ferramentas digitais de-senvolvidas pelo MDS-SAGI para auxiliar o gestor na coleta de dados e in-formaes para a elaborao do diagnstico socioterritorial do municpio. So elas: TabCad, TabSUAS, DataSUAS, IDV e RI.

    APS DIAGNOSTICAR A DEMANDA DAS FAMLIAS, O QUE DEVO FAZER?

    Alm do risco e das vulnerabilidades sociais, o diagnstico socio-territorial deve levantar dados sobre a rede socioassistencial do territrio. O objetivo verificar quantas famlias j esto sendo atendidas pela rede socioassistencial, bem como quantas famlias so demandantes, mas ain-da no esto sendo adequadamente atendidas. O mapeamento da rede prestadora de servios fundamental tanto para conhecer a oferta j exis-tente quanto para subsidiar a apresentao de propostas em atendimento s demandas atuais e s projees de demandas futuras.

    Para tanto, o diagnstico tambm deve referenciar a localizao das:

    1) Unidades pblicas e privadas da rede referenciada, isto , a rede de proteo social de Assistncia Social.

    Por exemplo: Nmero e localizao de CRAS, CREAS, bem como o quantitativo de usurios e famlias atendidas; nmero e localizao de en-tidades de acolhimento institucional para crianas e adolescentes; nmero e localizao de instituies de longa permanncia para idosos; servios, projetos e programas socioassistenciais desenvolvidos no municpio por organismos governamentais e no governamentais, entre outros.

    2) Unidades pblicas e privadas de outras polticas pbli-cas que possam auxiliar no desenvolvimento da capacidade de proteo das famlias;

    Por exemplo: escolas, unidades de sade da famlia, ncleos de incluso produtiva, conselhos tutelares, entre outras.

    De posse desses dados, cabe ento avaliar qual a relao entre a oferta e a demanda da rede socioassistencial e o impacto que ela gera sobre a realidade local diagnosticada, em que medida contribui para a qualidade de vida da populao e onde h necessidade de melhorar essa atuao, inclusive permitindo a identificao de demandas na rea de ca-pacitao do quadro de profissionais existentes.

    ateno! O georreferenciamento da Rede de Proteo Social (localizar o endereo dos equipamentos da rede socioassistencial) no precisa ser executado necessariamente com programas de computador especficos. O importan-te a clareza da localizao de unidades que podem, direta ou indireta-mente, efetivar os direitos sociais dos usurios.

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 91CICLO DE CAPACITAO MDS | CURSO 1: DIAGNSTICO

    Construo de Diagnsticos e IndicadoresBRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Cader-no de Informaes: Elaborando um diagnstico para a gesto municipal. Braslia, DF: MDS/Sagi, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2013.BRASIL. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratgicos. Indicadores de progra-mas: Guia Metodolgico. Braslia, DF: MP, 2010. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2013. FUNDAO PREFEITO FARIA LIMA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAM-PINAS. Construindo o diagnstico municipal: uma metodologia. So Paulo: Unicamp, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2013.

    NESTA AULA VOC APRENDEU QUE

    O diagnstico uma das fases do ciclo de polticas pblicas e con-siste em analisar a realidade socioeconmica do municpio, elencando os principais problemas a serem resolvidos e definindo o tamanho da oferta e demanda de servios sociais. Territrio onde ocorre a dinmica dos problemas sociais, assim como o seu enfrentamento. Risco a probabilidade ou a iminncia de um evento acontecer; vulnerabilidade a situao que leva excluso social do sujeito. Os riscos e vulnerabilidades, assim como muitos outros aspectos da realidade, podem ser mensurados por indicadores, que so uma representao de determinado aspecto da realidade por meio de taxas, mdias, razes, etc. Indicadores so ferramentas para o planejamento das polticas pblicas e para a realizao de diagnsticos sociais.

    3aula

    MDULO 1

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

    ferramentas sagiPara facilitar a loca-lizao dos equipa-mentos da rede socioassistencial, a SAGI-MDS disponi-biliza a ferramenta Mapa de Oportuni-dade e de Servios Pblicos (MOPS), a ser apresentada na Aula 7. O MOPS pode ser acessado no endere-o: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/FerramentasSAGI/Mops/

    VIDEOTECAEXERCCIOSGUIA DE ESTUDOS

    BIBLIOTECASOBRE O MOODLE SOBRE O CURSO

    leia

    saiba

    +

    +

    acesse!

    o que diz a norma?

    +

    FERRAMENTAS AVALIAO FINALVIDEOS TUTORIAIS

    AVALIAO FINAL

    INTRODUO

  • 92 CEGOV | UFRGS

    REFERNCIAS

    ALAGOAS. Governo do Estado de Alagoas. Secretaria de Estado de Assistncia e Desenvolvimento Social. Manual de Elaborao do Plano Municipal de Assistncia Social. Macei: Seades, 2010.

    BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Cadernos de Informao: diagnstico para gesto municipal. Braslia, DF: MDS, 2010.

    BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. O SUAS no Plano Brasil sem Misria. Braslia, DF: MDS, 2013.

    BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Planos de Assistncia Social: diretrizes para elaborao. So Paulo: Instituto de Estudos Especiais da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo; Braslia, DF: MDS, 2008.

    BRASIL. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Indicadores: Orien-taes bsicas aplicadas gesto pblica. Braslia: MP, Secretaria de Oramen-to Federal. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratgicos, 2012.

    JANNUZZI, P. M. Indicadores para diagnstico, monitoramento e avaliao de programas sociais no Brasil. Revista do Servio Pblico, Braslia, DF, v. 56, n. 2, p. 137-160, abr.-jun. 2005.

    JANNUZZI, P. M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fonte de dados e aplicaes. Campinas: Alnea, 2001.

    JANNUZZI, P. M. Indicadores socioeconmicos na gesto pblica. Flori-anpolis: UFSC, Departamento de Cincias da Administrao; Braslia: Capes, UAB, 2009.

    JANNUZZI, P. M.; PASQUALI, F. A. Estimao de demandas sociais futuras para fins de formulao de polticas pblicas municipais: notas para discusso. Re-vista de Administrao Pblica, Rio de Janeiro, v. 33, n. 2, p. 75-94, mar./abr. 1999.

    SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA. Departamento Regional do Estado do Paran. Construo e Anlise de Indicadores. Curitiba: Servio Social da Indstria, Observatrio Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade, 2010.

    VIDEOTECA

    VIDEO 1 - DIAGNSTICO NA ADMINISTRAO PBLICADescrio: Vdeo realizado para a capacitao EAD em planejamento Es-tratgico Municipal e Desenvolvimento territorial, com o Secretrio de Avaliao e Gesto da Informao Paulo Jannuzzi. O curso foi realizado com parceria entre o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP) e o Centro de Estudos Internacionais Sobre Governo (CEGOV/UFRGS).

    Link: http://goo.gl/8ztzlh