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Sobre o MDS O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foi criado em janeiro de 2004, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a missão de promover a inclusão social, a segurança alimentar, a assistência integral e uma renda mínima de cidadania às famílias que vivem em situação de pobreza. Para isso, o órgão implementa inúmeros programas e políticas públicas de desenvolvimento social, realiza a gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e aprova os orçamentos gerais do Serviço Social da Indústria (Sesi), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Social do Transporte (Sest). Por meio de programas de transferência direta de renda, como o Bolsa Família, o MDS proporciona cidadania e inclusão social aos beneficiários, que são comprometidos com atividades de saúde e educação. O Ministério também realiza ações estruturantes, emergenciais e sustentáveis de combate à fome, através de ações de produção e distribuição de alimentos, de incentivo à agricultura familiar, de desenvolvimento regional e de educação alimentar, respeitando as diversidades culturais brasileiras. O órgão dedica-se, ainda, a consolidar o direito à assistência social em todo o território nacional e dar agilidade ao repasse de verbas do Governo Federal para os estados e municípios. O MDS é originário de três estruturas governamentais extintas: Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Nutricional (Mesa), Ministério da Assistência Social (MAS) e Secretaria Executiva do Conselho Gestor Interministerial do Programa Bolsa Família. Com a criação do MDS, em 2004, o Governo Federal centralizou as iniciativas e passou a executar sua estratégia de desenvolvimento social de forma mais robusta e articulada e com maiores investimentos nas políticas públicas, que atendem dezenas de milhões de pessoas. Hoje, as ações do MDS são realizadas nas três esferas de Governo e em parceria com sociedade civil, organismos internacionais e instituições de financiamento. Essa articulação estabelece uma sólida rede de proteção e promoção social que quebra o ciclo de pobreza e promove a conquista da cidadania nas comunidades brasileiras. BPC - Benefício de Prestação Continuada

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Sobre o MDS

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Sobre o MDS

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foi criado em janeiro de 2004, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a missão de promover a inclusão social, a segurança alimentar, a assistência integral e uma renda mínima de cidadania às famílias que vivem em situação de pobreza. Para isso, o órgão implementa inúmeros programas e políticas públicas de desenvolvimento social, realiza a gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e aprova os orçamentos gerais do Serviço Social da Indústria (Sesi), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Social do Transporte (Sest).

Por meio de programas de transferência direta de renda, como o Bolsa Família, o MDS proporciona cidadania e inclusão social aos beneficiários, que são comprometidos com atividades de saúde e educação. O Ministério também realiza ações estruturantes, emergenciais e sustentáveis de combate à fome, através de ações de produção e distribuição de alimentos, de incentivo à agricultura familiar, de desenvolvimento regional e de educação alimentar, respeitando as diversidades culturais brasileiras. O órgão dedica-se, ainda, a consolidar o direito à assistência social em todo o território nacional e dar agilidade ao repasse de verbas do Governo Federal para os estados e municípios.

O MDS é originário de três estruturas governamentais extintas: Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Nutricional (Mesa), Ministério da Assistência Social (MAS) e Secretaria Executiva do Conselho Gestor Interministerial do Programa Bolsa Família. Com a criação do MDS, em 2004, o Governo Federal centralizou as iniciativas e passou a executar sua estratégia de desenvolvimento social de forma mais robusta e articulada e com maiores investimentos nas políticas públicas, que atendem dezenas de milhões de pessoas.

Hoje, as ações do MDS são realizadas nas três esferas de Governo e em parceria com sociedade civil, organismos internacionais e instituições de financiamento. Essa articulação estabelece uma sólida rede de proteção e promoção social que quebra o ciclo de pobreza e promove a conquista da cidadania nas comunidades brasileiras.

BPC - Benefício de Prestação Continuada

O que é a Renda Mensal Vitalícia - RMV?  A Renda Mensal Vitalícia (RMV) foi criada por meio da Lei nº 6.179/74 como benefício previdenciário destinado às pessoas maiores de 70 anos de idade ou inválidos, definitivamente incapacitados para o trabalho, que, em um ou outro caso, não exerciam atividades remuneradas e não auferiam rendimento superior a 60% do valor do salário mínimo. Além disso, não poderiam ser mantidos por pessoas de quem dependiam, bem como não poderiam ter outro meio de prover o próprio sustento. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi definida em seu art. 203, inciso V, a garantia de um benefício mensal no valor de um salário mínimo à pessoa com deficiência e ao idoso, independente de contribuição à Previdência Social, que não possuam meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 

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Assim, enquanto o artigo 203 (fundamento legal do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC) não era regulamentado, continuava em vigência a Lei nº 6.179/1974. Em 24 de junho de 1991 foi publicada a Lei nº 8.213, dispondo sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. Esta lei trazia, em seu art. 139, disposição no sentido de que a RMV continuaria integrando o elenco de benefícios da Previdência Social, até que fosse regulamentado o inciso V do art. 203 da Constituição Federal, o que ocorreu em 07 de dezembro de 1993, com a aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) que originou o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Assim, a Renda Mensal Vitalícia, criada no âmbito da previdência social, foi extinta a partir de 01 de janeiro de 1996, quando entrou em vigor a concessão do BPC. A permanência desta ação orçamentária ocorre para que o pressuposto no artigo 40, da lei 8.742/93 (LOAS)  se cumpra e não haja dissolução de continuidade no atendimento à população anteriormente contemplada com o benefício previdenciário (RMV). A Renda Mensal Vitalícia é um benefício em extinção, mantido apenas para aqueles que já eram beneficiários, com base no pressuposto do direito adquirido. A partir da Lei Orçamentária Anual de 2004, os recursos para pagamento da RMV e despesas operacionais foram alocados no orçamento do Fundo Nacional de Assistência Social.

O que é o Benefício de Prestação Continuada (BPC)?

O BPC é um benefício da Política de Assistência Social, individual, não vitalício e intransferível, que garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. O BPC integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a Previdência Social.  O BPC foi instituído pela Constituição Federal de 1988, e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei Nº 8.742, de 7/12/1993 e pelas Leis Nº 12.435, de 06/07/2011 e Lei Nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos Nº 6.214/2007 e Nº 6.564/2008. IMPORTANTE! O BPC não é aposentadoria e nem pensão e não dá direito ao 13º pagamento.

Quem pode receber o BPC? Podem receber o BPC: • Idosos, com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, cuja renda per capita familiar seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente; • Pessoa com deficiência, de qualquer idade, entendida como aquela que apresenta impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, cuja renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente. Os impedimentos de longo prazo são aqueles que produzem efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos, conforme Lei Nº 12.435, de 06/07/2011 e Lei Nº 12.470, de 31/08/2011. Também pode ser beneficiário do BPC o brasileiro naturalizado, domiciliado no Brasil, idoso ou com deficiência, observados os critérios estabelecidos na legislação, que não recebe qualquer outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, nacional ou estrangeiro, salvo o da assistência médica e no caso de recebimento de pensão especial de

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natureza indenizatória.

Como requerer o BPC?  O cidadão poderá procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS ou a Secretaria Municipal de Assistência Social ou o órgão responsável pela Política de Assistência Social de seu município para receber as informações sobre o BPC e os apoios necessários para requerê-lo. A Agência do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é o órgão responsável pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC. Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou com deficiência deve agendar o atendimento na Agência do INSS mais próxima de sua residência pelo telefone 135 da Central de Atendimento da Previdência Social (ligação gratuita) ou pela internet (www.previdenciasocial.gov.br).

Na Agência do INSS, o (a) requerente deve preencher o formulário de solicitação do benefício, apresentar declaração da renda familiar, comprovar residência e apresentar os seus documentos de identificação e os dos membros da família. No caso de pessoas com deficiência, será realizada uma avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e assistentes sociais do INSS.  Esta avaliação será agendada pelo INSS. Se for comprovada a impossibilidade de deslocamento do beneficiário até o local da realização da avaliação de incapacidade, esta será realizada em seu domicílio ou no local em que o beneficiário esteja internado. IMPORTANTE! Para ter acesso ao BPC não é preciso intermediários ou atravessadores, nem autorização de ente político. A pessoa com mais de 65 anos ou com deficiência pode ir diretamente a uma agência do INSS mais próxima de sua residência e solicitar o benefício, sem custos. Quais os documentos necessários para requerer o BPC?  Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou a pessoa com deficiência deve apresentar o Cadastro de Pessoa Física – CPF, se já o possuir e, pelo menos, um dos seguintes documentos:  Certidão de nascimento ou casamento; Certificado de reservista; Carteira de identidade; ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. O requerente deverá apresentar também o comprovante de residência e os documentos de identificação dos componentes da família. ATENÇÃO!! No ato do requerimento do BPC, o (a) requerente pode não apresentar o cadastro de pessoa física - CPF, porém se for reconhecido o direito ao benefício, o CPF deverá ser apresentado para que o pagamento do BPC seja autorizado. É importante apresentar também comprovante de residência para garantir melhor qualidade de registro das informações cadastrais. Quando o requerente for pessoa em situação de rua, que endereço deverá apresentar?  Quando o (a) requerente for pessoa em situação de rua, deve ser adotado como referência, o endereço do serviço da rede socioassistencial pelo qual esteja sendo acompanhado (a), ou, na falta deste, de pessoas com as quais mantém relação de proximidade.

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Quais formulários deverão ser preenchidos para o requerimento do BPC?

Para o requerimento do BPC, além da apresentação dos documentos pessoais e da família, o (a) requerente ou seu representante legal deve preencher e assinar os seguintes formulários:  Requerimento de Benefício Assistencial; e Declaração sobre a Composição do Grupo e Renda Familiar. Estes formulários podem ser encontrados nas agências da Previdência Social – APS; no Portal do MDS no endereço: www.mds.gov.br/assistenciasocial/beneficiosassistenciais/BPC/como-requerer-o-BPC e no site da Previdência Social: www.previdencia.gov.br.  A falta destes formulários não impedirá que seja aceito qualquer requerimento pleiteando o benefício, desde que nele constem os dados necessários ao seu processamento. IMPORTANTE!  O (a) beneficiário (a) deverá informar à agência do INSS mais próxima de seu domicílio as alterações de seus dados cadastrais tais como: mudança de nome, endereço e estado civil, direito a recebimento de outro benefício, admissão em emprego ou recebimento de qualquer outra renda. Como se dá o reconhecimento do direito ao BPC?

O reconhecimento do direito ao benefício às pessoas idosas se dará após a comprovação da idade e da renda familiar, conforme previsto na legislação. Para a pessoa com deficiência, além da comprovação da renda, a mesma deverá passar pela avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. As avaliações são agendadas pelo próprio órgão. A avaliação médica leva em consideração as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e a avaliação social leva em conta os fatores ambientais, sociais e pessoais. As duas avaliações consideram a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social. Quando comprovada a impossibilidade de deslocamento da pessoa com deficiência até o local de realização da avaliação médica e da avaliação social, estas serão realizadas em seu domicílio ou instituição em que estiver internado. Como calcular a renda mensal per capita?  Para verificar se a família do idoso ou da pessoa com deficiência recebe menos de ¼ de salário mínimo por pessoa, ou seja, se a renda mensal familiar per capita é inferior a ¼ de salário mínimo, devem ser somados todos os rendimentos recebidos no mês por aqueles que compõem a família. O valor total dos rendimentos, chamado de renda bruta familiar, deve ser dividido pelo número dos integrantes da família. Se o valor final for menor que ¼ do salário mínimo, o (a) requerente poderá receber o BPC, desde que cumpridos todos os demais critérios. O BPC pode ser acumulado com outro benefício?

O BPC não pode ser acumulado com outro benefício no âmbito da Seguridade Social (como, por exemplo, o seguro desemprego, a aposentadoria e a pensão) ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem. Quais as pessoas que compõem a família para cálculo da renda per capita? 

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Com a publicação da Lei Nº 12.435, de 06/07/2011 (que alterou dispositivos da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, Lei Nº 8.742, de 07/12/1993), para cálculo da renda mensal familiar per capita, deve ser considerado o conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo teto, formado pelo (a) requerente (idoso ou pessoa com deficiência); o (a) cônjuge ou companheiro (a); os pais e, na ausência deles, a madrasta ou o padrasto; irmãos (ãs) solteiros (as); filhos (as) e enteados (as) solteiros (as) e os (as) menores tutelados (as). ATENÇÃO!  O idoso ou a pessoa com deficiência que more sozinho, que se encontre acolhido em Instituição de Longa Permanência (Abrigo, Hospital, ETC.) ou em situação de rua terão direito ao BPC desde que atendam aos critérios para recebimento do benefício. Será considerada família do requerente em situação de rua: o (a) requerente (idoso ou pessoa com deficiência), o (a) cônjuge ou companheiro (a), os pais e, na ausência deles, a madrasta ou o padrasto, irmãos (ãs) solteiros (as); filhos (as) e enteados (as) solteiros (as) e os (as) menores tutelados (as); desde que convivam com o (a) requerente na mesma situação de rua, devendo, nesse caso, ser relacionados na Declaração da Composição e Renda Familiar. Quais os rendimentos que entram no cálculo da renda mensal familiar per capita?     Os rendimentos que entram no cálculo da renda familiar mensal são aqueles provenientes de: salários; proventos; pensões; pensões alimentícias; benefícios de previdência pública ou privada; seguro desemprego; comissões; pró-labore; outros rendimentos do trabalho não assalariado; rendimentos do mercado informal ou autônomo; rendimentos auferidos do patrimônio; Renda Mensal Vitalícia – RMV, e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social.  É importante esclarecer que: - A remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz ou de estagiário também não será considerada para fins do cálculo da renda mensal familiar; e- Os recursos provenientes de Programas de Transferências de Renda, como o Programa Bolsa Família – PBF também não entram no cálculo da renda mensal familiar, para fins de concessão do BPC; e- Benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária, assim como rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas, também não serão consideradas no cálculo da renda mensal familiar, para fins de concessão do BPC. ATENÇÃO! O acúmulo do BPC com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem está limitada ao prazo máximo de 2 (dois) anos. O BPC de uma pessoa idosa entra no cálculo da renda mensal familiar para a concessão do benefício a outro idoso da mesma família?

O BPC de uma pessoa idosa NÃO entra no cálculo da renda mensal familiar para concessão do benefício a outro idoso da mesma família, de acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. ATENÇÃO! O mesmo não ocorre no caso da pessoa com deficiência, onde o BPC é computado no cálculo da renda familiar para fins de concessão do benefício a outra pessoa com deficiência ou a um idoso. Nessa situação, o benefício poderá ser concedido, desde que não ultrapasse a renda familiar per capita de ¼ do salário mínimo.   Como comprovar a renda mensal familiar? Para comprovar a renda de todos os integrantes da família, deve ser apresentado um dos seguintes documentos:  Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS com as devidas atualizações; Contracheque de pagamento ou documento expedido pelo empregador; Guia da Previdência Social - GPS, no caso de contribuinte individual; ou

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 Extrato de pagamento ou declaração fornecida por outro regime de previdência social pública ou privada. Quando há necessidade do requerente ou o beneficiário ser representado legalmente?

Em algumas situações, o requerente ou beneficiário precisa ser representado legalmente por outra pessoa para requerer ou receber o BPC. Essa representação precisa ser formalizada por meio de um termo de procuração ou apresentação do termo de guarda, tutela ou curatela. Esclarecimento dos Termos: Procuração – Deve ser utilizada nas situações em que a pessoa apresenta problema de saúde que a impossibilita de se locomover. Para tanto, deve escolher uma pessoa de sua confiança para representá-lo como seu procurador. Termo de Guarda – Quando alguém é responsável por uma criança ou adolescente, mas não é seu pai ou mãe, deve comprovar a representação com o documento termo de guarda. A guarda é definida por decisão judicial e poderá ser temporária ou definitiva, neste caso, se houver a suspensão do poder familiar. Tutela – Em situações de desamparo de crianças ou adolescentes menores de 18 anos de idade, decorrentes da ausência dos pais (por morte ou destituição do pátrio poder), é necessário que o juiz nomeie um tutor, que proporcione proteção e cuidado, bem como administre seus bens, em processo judicial. Curatela – Decisão judicial que visa à proteção da pessoa maior de 18 anos, considerada incapaz para os atos da vida civil, em que se concede a determinada pessoa a obrigação de defender e administrar os seus bens. A curatela não é obrigatória para que a pessoa acesse o BPC e deve ser utilizada apenas em casos de real necessidade. O representante legal (nos casos de guarda, tutela, curatela ou de procuração) deve firmar, perante o INSS, um termo de responsabilidade mediante o qual se compromete a comunicar qualquer situação que possa anular a procuração, tutela ou curatela, principalmente quando ocorrer óbito do beneficiário, sob pena de incorrer nas sanções criminais e civis cabíveis.

Como o requerente é comunicado sobre a concessão ou indeferimento do BPC? O INSS envia uma carta ao requerente, informando se o benefício foi concedido ou indeferido. Informa também quando e em que agência bancária o beneficiário receberá o pagamento referente ao BPC. Quando o BPC é indeferido?

O BPC é indeferido quando o (a) requerente não atende aos critérios de acesso ao benefício, o mesmo será indeferido. Em que situação cabe recurso e onde apresentá-lo?

O BPC é um direito reclamável. Portanto, em caso de indeferimento do benefício, o (a) requerente tem o direito de apresentar recurso à Junta de Recursos da Previdência Social, atentando para o prazo estabelecido de 30 (trinta dias), a contar do recebimento da carta que comunicou a decisão. Como se dá a reavaliação ao direito do BPC?  Conforme determina o artigo 21 da LOAS, a cada 2 (dois) anos deve ser verificado se o (a) beneficiário (a) continua atendendo aos critérios para recebimento do BPC. A reavaliação do BPC consiste em verificar se as condições que deram origem ao benefício permanecem, ou seja, se os beneficiários (idoso e pessoa com deficiência) continuam

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apresentando renda mensal familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo. No caso da pessoa com deficiência, além da verificação da renda, há necessidade de nova avaliação médica e avaliação social para verificação do grau de impedimento, em razão de possíveis mudanças da situação da deficiência.

Quando o BPC é suspenso ou cessado?  O BPC será suspenso ou cessado nos casos de superação das condições que lhe deram origem, se comprovada qualquer irregularidade na concessão ou manutenção do benefício ou em caso de morte do (a) beneficiário (a). O BPC, em hipótese alguma, pode ser transferido para outra pessoa. O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, dentre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência. Ocorre a suspensão do pagamento do BPC quando do ingresso do beneficiário no mercado de trabalho? De acordo com a Lei 12.470, de 31/08/2011, se a pessoa com deficiência, beneficiária do BPC, exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, o pagamento de seu benefício será suspenso. No entanto, se extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora e quando encerrado o prazo de pagamento do seguro desemprego, se for o caso, e não tendo o beneficiário adquirido direito a qualquer beneficio previdenciário, poderá ser requerida a continuidade do pagamento do benefício suspenso. Para reativar o pagamento do benefício, a pessoa com deficiência deve apresentar requerimento junto à Agência do INSS e comprovar a cessação do contrato de trabalho ou da atividade desenvolvida.  Para o restabelecimento do pagamento do BPC, o (a) beneficiário (a) com deficiência não será submetido a nova avaliação da deficiência e do grau de impedimento, respeitando o período de revisão previsto na legislação (de dois em dois anos). Como o beneficiário do BPC que deseja solicitar desligamento voluntário do programa deverá proceder?Para solicitar o desligamento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC, o beneficiário pode comparecer à Agência da Previdência Social – APS do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS onde o seu beneficio está mantido ou à Agência mais próxima de sua residência, bem como agendar o atendimento na APS, por meio da Central de Atendimento do INSS 135 (ligação gratuita), caso ele queira um conforto melhor com hora marcada. Ao comparecer a APS, o beneficiário deverá assinar um termo de desistência do benefício. É importante que o beneficiário informe ao INSS no ato de sua solicitação, o motivo da desistência.

Quais medidas serão adotadas em caso de irregularidades?  Em caso de constatação de qualquer irregularidade em relação ao BPC, cometida pelo (a) beneficiário (a) ou terceiros, o INSS adotará as medidas jurídicas necessárias para restituição dos valores recebidos indevidamente, sem prejuízo de outras penalidades legais. Qualquer pessoa que tenha conhecimento de alguma irregularidade no pagamento do BPC deve: - Denunciar à Ouvidoria Geral do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS pelo telefone: 0800 707 2003 (Ligação Gratuita), ou pelo site http://www.mds.gov.br/form_ouvidoria; 

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- Denunciar à Ouvidoria Geral do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pelo telefone 135 (Central de Relacionamento) ou pelo site http://ouvidoria.previdencia.gov.br; - Procurar o Ministério Público de sua cidade. Qual a origem do recurso para pagamento do BPC?  Todo o recurso financeiro do BPC provém do orçamento da Seguridade Social, sendo administrado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e repassado ao INSS por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Como é pago o BPC?  O benefício é pago diretamente ao (à) beneficiário (a) ou ao representante legal (procurador, tutor ou curador) pela rede bancária autorizada. O (a) beneficiário (a) recebe do banco um cartão magnético para sacar o benefício. O cartão é gratuito e o (a) beneficiário (a) não é obrigado a adquirir nenhum serviço ou produto do banco. Nas localidades onde não há estabelecimento bancário, o pagamento é efetuado por órgãos autorizados pelo INSS. Quais são as agências bancárias que realizam o pagamento do BPC? O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) repassa os recursos a 17 (dezessete) bancos credenciados, dentre eles: a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco Santander, Banco Bradesco e Unibanco. Outros meios de pagamento só são autorizados quando não há agência bancária no município, em situações que são previamente informadas pelo INSS. Quais as datas de pagamento do BPC? Os benefícios são pagos de acordo com o último número do benefício (excluindo o dígito) ou, no caso de concessões novas, deve-se observar o final do Número de Benefício. Quando houver feriado estadual ou municipal, o pagamento do benefício será feito no dia útil seguinte. Vale ressaltar que será considerado dia útil somente o de expediente bancário com horário normal de funcionamento, para evitar que haja concentração de pessoas em dias de expediente bancário reduzido, como, por exemplo, no dia 24 de dezembro, véspera de Natal e na quarta-feira seguinte ao feriado de Carnaval (quarta-feira de cinzas).

SNAS - Institucional

O que é a SNAS?

Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS é o órgão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) responsável pela gestão nacional da Política Nacional de Assistência Social. Sua meta é o cumprimento da tarefa histórica de consolidar o direito à Assistência Social em todo o território nacional.

A área de Assistência Social integra a estrutura unificada com as áreas de segurança alimentar e renda de cidadania no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, cuja missão é implementar um novo projeto de desenvolvimento social no Brasil.

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A estrutura atual da Secretaria foi definida no Decreto nº. 5.074 atualizado pelo Decreto nº. 5.550/2006 e reflete o compromisso com essa construção, como pode ser verificado em seu organograma.

As competências da SNAS estão estabelecidas no artigo 19 da Lei nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS), e nos artigos de 11 a 16 do Decreto nº. 5.550, de 22 de setembro de 2005, que aprova a nova Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O que a Constituição fala sobre a Assistência Social?

A Constituição Federal de 1988 trouxe para a Assistência Social uma nova concepção. A partir de então, a assistência passa a ser incluída no âmbito da Seguridade Social, passa a compor o sistema de bem estar social brasileiro, configurando o triângulo juntamente com a saúde e a previdência social.

Como Política Social Pública, insere-se num novo campo: o campo dos direitos, da universalização do acesso e da responsabilidade estatal.

Adquire caráter de Política de Proteção Social articulada a outras políticas do campo social, voltada à garantia de direitos e de condições dignas de vida.

Os artigos da Constituição que abordam o assunto são: 194 e 20

A assistência social é compreendida como a Proteção Social Não Contributiva, juntamente com a Saúde.

Nesse contexto, a LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social define a Assistência Social: “A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de seguridade não contributiva, que provê os mínimos sociais”. (Art. 1° LOAS). Dessa forma, como política pública, orienta-se pelos direitos da cidadania e não pela ajuda ou favor.

Quem são os usuários da Assistência Social?

Cidadãos e grupos que encontram em situação de vulnerabilidade e riscos, tais como:

1) Famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos e afetividade, pertencimento e sociabilidade;

2) Ciclos de vida;

3) Identidades estigmatizadas (classificada de forma desagradável) em termo étnicos, cultural e sexual;

4) Desvantagem pessoal resultante de deficiências;

5) Exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas;

6) Uso de substâncias psicoativas;

7) Diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos;

8) Inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho;

9) Estratégias e alternativas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social.

Qual é o conceito de Assistência Social?

A Assistência Social é a política de garantia de direitos que opera programas, serviços e

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benefícios a fim de:

1) Prevenir/reduzir situações de risco social e pessoal;

2) Proteger pessoas e famílias em situações de vulnerabilidade;

3) Criar medidas e possibilidades de socialização e inclusão social;

4) Monitorar as exclusões e riscos sociais da população. 

Caso a sua dúvida não tenha sido esclarecida, envie seu e-mail clicando aqui.

CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social

O que é o Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS?

O Conselho Nacional de Assistência Social é um órgão superior de deliberação colegiada, de composição paritária (Sociedade Civil e Governo), vinculado diretamente ao Gabinete do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) (Lei nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993).

Como obter a lista das entidades certificadas no CNAS?

Para consultar a lista de entidades registradas e certificadas no CNAS, acesse o site do Conselho a partir do link: www.mds.gov.br/cnas. No lado esquerdo da tela, clique em Entidades Certificadas.

Quais as competências do CNAS após a Lei 12.101/2009?

Em 30 de novembro de 2009, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, que dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social. O artigo 42 dessa Lei alterou os incisos III e IV do artigo 18 da Lei Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, que tratam de competências do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS e que passaram a vigorar com a seguinte redação: “III- acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;“IV - apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal”.

Portanto, com a publicação da referida Lei, o CNAS deixou de ter competência para a análise e julgamento dos pedidos de concessão e renovação do certificado.

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Como ficaram os processos que estavam no CNAS sem decisão até a data de publicação da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009?

Todos os processos de concessão e de renovação do certificado, bem como as representações não julgados pelo CNAS até a data da publicação desta Lei, ou seja, até 30 de novembro de 2009, foram encaminhados e serão analisados e decididos pelos respectivos Ministérios (Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e Combate à Fome), conforme área de atuação da entidade.

Como o CNAS procedeu para envio dos processos para os Ministérios?

Os processos de concessão e renovação do certificado, bem como as respectivas representações, foram encaminhados com base na atividade econômica principal constante da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. Quando não foi possível identificar a qual Ministério deveria ser encaminhado o referido processo pelo Código Nacional de Atividade Econômica – CNAE da atividade principal do CNPJ, o CNAS utilizou a atividade secundária. Na impossibilidade de identificar pela atividade secundária, foi utilizada a área declarada pela entidade no requerimento. Se houvesse mais de uma área declarada ou área declarada “outros”, examinou-se o relatório de atividades, identificando a atividade preponderante pelo número de atendimentos.

Como acompanhar os processos de concessão e renovação de Certificados solicitados no CNAS?

As informações sobre os processos que tramitaram perante o CNAS estão disponíveis para consulta no Sistema de Informações do Conselho Nacional de Assistência Social - SICNAS.

ATENÇÃO: O acompanhamento dos processos por meio do SICNAS se restringe ao período em que estes tramitaram no CNAS.

Os trâmites posteriores devem ser acompanhados nos seguintes endereços:

www.mds.gov.br/suas/certificacao (no caso de entidades que atuam na área de assistência social); www.cebas.mec.gov.br (entidades que atuam da área de educação) e www.saude.gov.br/cebas-saude (entidades que atuam na área de saúde).

Como acessar a área restrita do SICNAS?

O acesso restrito do SICNAS é destinado apenas aos servidores do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS que tenham permissão para inserir e atualizar dados no Sistema. Não existe o cadastramento e/ou fornecimento de senha de acesso para o publico externo.

As entidades são obrigadas a apresentar o Plano de Ação e a Prestação de Contas à Receita Federal do Brasil?

Desde o dia 23 de abril de 2010, não há mais obrigação de apresentação do Plano de Ação e da Prestação de Contas na Receita Federal do Brasil – RFB, pois a Instrução Normativa RFB nº 1.027, publicada no Diário Oficial da União em 23 de abril de 2010, em seu artigo 7º, incisos II e IV, revoga expressamente os artigos 236 a 239 e 245 da Instrução Normativa nº 971, de 13 de novembro de 2009.

Qual a validade dos certificados que foram emitidos pelo CNAS?

Os certificados concedidos pelo CNAS tem a validade de 3 (três) anos, conforme legislação anterior, exceto aqueles que venceram durante o período de vigência da Medida Provisória nº 446/2008, ou seja, entre 10 de novembro de 2008 e 11 de fevereiro de 2009, que tiveram o

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prazo de validade prorrogado por mais 12 (doze) meses, por força do artigo 41 da referida Medida Provisória.

Qual é a diferença entre Registro e Certificado?

O registro era um cadastramento no CNAS e um dos pré-requisitos para solicitação do Certificado.

O Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social é o reconhecimento do Poder Público Federal de que a instituição é Entidade Beneficente de Assistência Social.

Em razão da Lei 12.101/2009 não há mais registro no CNAS ou em qualquer órgão da Administração Federal.

Após a publicação da Lei 12.101/2009, ainda é possível solicitar registro junto ao CNAS?

Em 30 de novembro de 2009 foi publicada a Lei 12.101 de 27 de Novembro de 2009 que dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social e altera dispositivos da Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, sobretudo a alteração das redações dos incisos III e IV do artigo 18, bem como a revogação do § 3º do artigo 9º da LOAS.

A nova redação dos incisos citados da LOAS, em razão da Lei 12.101/2009, não trata mais do registro, antes concedido pelo CNAS.

Dessa forma, não há mais registro no CNAS ou em qualquer órgão da Administração Federal.

O que ocorrerá com os pedidos de registro ou reconsideração de registro existente no CNAS ainda sem julgamento na data da publicação da Lei 12.101/2009?

Todos os processos relativos a registro ou reconsideração de registro que ainda não haviam sido julgados pelo CNAS até a data da publicação da Lei, foram arquivados de ofício, tendo em vista que o instituto do registro deixou de existir e não mais figura como um dos requisitos para a certificação, conforme conclusão apresentada pela Consultoria Jurídica do MDS no Parecer nº 048/2010/CONJUR/MDS, de 17 de fevereiro de 2010.

Onde localizar os procedimentos para inscrição de entidade de assistência social, bem como de serviços, programas, projetos e benefícios no Conselho Municipal de Assistência Social?

O Conselho Nacional publicou a Resolução CNAS Nº 16/2010, que define os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais nos Conselhos de Assistência Social dos Municípios e do Distrito Federal. Essa resolução está disponível no endereço: www.mds.gov.br/cnas/legislacao.

Foram também disponibilizadas orientações para implementação da referida Resolução, bem como Perguntas e Respostas sobre a inscrição das entidades nos Conselho de Assistência Social no link

http://www.mds.gov.br/cnas/comissoes-tematicas/comissao-de-conselhos/resolucao-cnas-16-2010/orientacoes-para-a-implementacao-da-resolucao-cnas-no-16-2010/.

O Conselho Municipal de Assistência Social e Conselho de Assistência Social do DF devem seguir a Resolução CNAS nº 16/2010?

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Conforme define a LOAS (artigo 9º): “o funcionamento das entidades e organizações de Assistência Social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social ou do Distrito Federal, conforme o caso”.

E, em seu artigo 7º, a LOAS dispõe que “as ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)”.

Em complemento a essa determinação, o inciso II do artigo 18 da LOAS define como competência do CNAS “normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social”. Além disso, segundo o inciso V deste artigo, é competência do CNAS “zelar pela efetivação do sistema descentralizado participativo de assistência social”.

Desta forma, o CNAS, no exercício de suas competências legais delegadas a esse pela LOAS, publicou a Resolução CNAS nº 16/2010, com o objetivo de padronizar os procedimentos de inscrição nos Conselhos Municipais.

O Conselho Municipal de Assistência Social deve inscrever entidades de saúde e educação?

Não. Porque nos termos da Lei 12.101/2009, publicada em 27 de novembro de 2009, que dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social - CEBAS, e no Decreto nº 7.237/2010, apenas os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais devem ser inscritos nos Conselho de Assistência Social.

A Resolução CNAS nº 16/2010 trata em seu artigo 11 que as entidades sem fins econômicos que não têm ação preponderante na assistência social devem inscrever seus serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social nos Conselhos de Assistência Social.

É importante ressaltar que os serviços ofertados por essas entidades devem estar em conformidade com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (aprovada pela Resolução CNAS nº 109/2009) e com os critérios estabelecidos pelo Decreto 6.308/2007.

No caso de entidades com atuação em mais de um município, como o CMAS procederá à inscrição?

O Decreto 6.308/2007 dispõe, no artigo 3º, parágrafo 1º que: “na hipótese de atuação em mais de um Município ou Estado, as entidades e organizações de assistência social deverão inscrever seus serviços, programas, projetos e benefícios no Conselho de Assistência Social do respectivo Município que se pretende atingir, e deverão apresentar, para tanto, o plano ou relatório de atividades, bem como o comprovante de inscrição no Conselho Municipal de sua sede ou de onde desenvolve suas principais atividades”.

E, conforme a Resolução CNAS nº 16/2010, deverão apresentar ao Conselho do município:

I - requerimento, conforme o modelo anexo II, da citada Resolução; II - plano de ação; III - comprovante de inscrição no Conselho de sua sede ou onde desenvolva o maior número de atividades;

Assim, a entidade já inscrita em um município, ao atuar em outro, deverá inscrever apenas os serviços, programas, projetos ou benefícios no CAS da nova localidade.

A quem cabe acompanhar e fiscalizar a rede socioassistencial (pública e privada)?

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A fiscalização é uma das atribuições dos Conselhos Municipais de Assistência Social e do CAS/DF, independente do repasse ou não de recursos públicos (conforme parágrafo 2º do artigo 9º da LOAS e artigo 3º do Decreto nº 6.308/2007).

O objetivo é verificar a qualidade dos serviços, projetos e programas prestados pela rede socioassistencial, no sentido de aprimorá-los (artigo 9º da Resolução CNAS nº 237/2006).

Os Conselhos Municipais devem verificar, conforme as disposições da Lei 8.742/93 – LOAS, NOB/SUAS e orientações do Tribunal de Contas da União – TCU, se:

a) A entidade ou organização de assistência social está inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social;b) A entidade ou organização de assistência social desenvolve as atividades de acordo com as informações prestadas por no seu Plano de Ação;c) Os recursos repassados pelo poder público nos três níveis de governo são aplicados corretamente pela entidade;d) A entidade ou organização de assistência social incorreu em irregularidades na aplicação dos recursos repassados pelos poderes públicos;

e) A entidade ou organização observa, no desenvolvimento de suas ações, os princípios previstos no artigo 4º da LOAS.

Quando o Conselho Municipal constatar irregularidades que caracterizem descumprimento, negligência das normas pertinentes à Política Pública de Assistência Social, deverá primeiramente orientar e acompanhar a entidade para a adequação de suas ações. Em caso de não observância o Conselho deve comunicar aos órgãos competentes, dentre esses a Secretaria Municipal de Assistência Social, para ciência e providências devidas.

Além disso, o Conselho Municipal deve acionar o Ministério Público quando verificar descumprimento dos direitos e deveres subscritos na legislação vigente.

O Conselho Municipal pode inscrever instituições públicas que ofertam serviços socioassistenciais?

Não. É característica essencial das entidades e organizações de assistência social “ser pessoa jurídica de direito privado, associação ou fundação, devidamente constituída, conforme disposto no artigo 53 do Código Civil Brasileiro” (inciso I, artigo 1º da Resolução CNAS nº 191/2005 e inciso I artigo 3º da Resolução CNAS nº 16/2010).

Os Conselhos podem inscrever entidades de acolhimento para idosos que contribuem financeiramente para a manutenção de seus serviços?

Sim. Considerando que a Resolução CNAS nº 109/2009, que aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, tipifica como serviço de assistência social de alta complexidade o acolhimento institucional para idosos, essas entidades podem se inscrever, desde que cumpram os requisitos definidos da Resolução CNAS Nº 16/2010.

Apesar de a Assistência Social ser uma Política não contributiva e de abrangência universal,  conforme dispõe a Lei 8.742/93, Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, existem algumas ressalvas.

A Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso estabelece que no caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da entidade.

A referida lei define que, cabe ao Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal de Assistência Social estabelecer a forma que se dará essa participação, sendo que essa não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social recebido pelo idoso (Parágrafo 1º e 2º, artigo 35 da Lei 10.741/2003).

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Assim, o Conselho Municipal, ao inscrever essas entidades, deverá verificar junto ao Conselho dos Direitos do Idoso ou consultar suas Resoluções, se já foi estabelecida a forma de participação prevista.

É necessário frisar que a entidade que busca a Certificação deverá observar os requisitos estabelecidos na Lei 12.101/2009 e Decreto 7.237/2010.

Se a entidade já está inscrita no Conselho de Assistência Social deverá se inscrever novamente após a publicação da Resolução CNAS nº 16, em maio de 2010?

Sim. A entidade deverá se reinscrever no respectivo Conselho e deverá observar os critérios estabelecidos na Resolução CNAS nº 16/2010.

Qual o prazo para inscrição?

O prazo para a inscrição nesse novo formato está estabelecido no artigo 20 da citada Resolução, sendo até 30 de abril de 2012.

A quem o Conselho Municipal e do DF deve encaminhar a documentação apresentada pela entidade?

Os conselhos municipais e do DF, após a realização da inscrição da entidade, deverão enviar a documentação ao órgão da administração pública responsável pela gestão da política de assistência social, para as providências estabelecidas no inciso IV, artigo 12 Resolução CNAS nº 16/2010.

Orienta-se aos Conselhos que esse encaminhamento seja realizado por meio de memorando ao órgão da administração pública responsável pela gestão da política de assistência social, e essa comunicação deverá estar protocolizada nos registros do CAS. Recomenda-se que esses procedimentos de envio constem em Resolução específica aprovada pelo CAS.

O que deve conter no Plano de Ação a ser entregue pelas entidades ao Conselho no ato da solicitação da inscrição e anualmente, conforme Resolução CNAS nº 16/2010?

O Plano de Ação, que trata a citada Resolução, refere-se às atividades que a entidade executará no ano posterior ao pedido de inscrição e, posteriormente, a cada dia 30 de abril, conforme artigo 14 da Resolução nº 16/2010.

Ressalta-se que não há um modelo padrão para o Plano de Ação. Todavia, as informações devem atender ao disposto no inciso III do artigo 3º da citada Resolução:

- As finalidades estatutárias; seus objetivos; as origens dos recursos; descrição da infraestrutura; a identificação de cada serviço, projeto, programa ou benefício socioassistencial, e deverá informar respectivamente:

1) público alvo; 2) capacidade de atendimento; 3) recursos humanos envolvidos; 4) abrangência territorial; e 5) demonstração da forma de participação dos usuários e/ou estratégias que serão utilizadas em todas as etapas do plano: elaboração, execução, avaliação e monitoramento.

Como o Conselho poderá verificar se a entidade aplica suas rendas e seus recursos no território nacional e na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais?

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O Conselho deve verificar, no ato da inscrição, se o estatuto contém todos os requisitos disposto no inciso II do artigo 3º da Resolução CNAS 16/2010. Além disso, deve verificar se há correspondência entre as informações apresentadas no Plano de Ação.

Recomenda-se que os CAS, ao efetivarem seus Planos de Acompanhamento previsto no artigo 13 da Resolução CNAS 16/2010, estruturem-se para o exercício do controle social, de modo a verificar a efetivação das informações contidas nos relatório de atividades.

O Conselho pode requisitar outros documentos para a inscrição além daqueles definidos na Resolução CNAS nº 16/2010?

Recomenda-se aos Conselhos que solicitem às entidades apenas os documentos dispostos na Resolução CNAS nº 16/2010.

É possível realizar eleição para o Conselho Municipal de Assistência Social em ano de eleições municipais?

O artigo 11 da Resolução CNAS Nº 237/2006 dispõe que os seus representantes sejam eleitos em assembléia instalada especificamente para esse fim. Esse processo deve ser coordenado pela sociedade civil e sob a supervisão do Ministério Público, de modo a garantir a ampla participação de toda a sociedade, principalmente dos usuários da Política de Assistência Social.

Ressalta-se que esse processo deve estar em conformidade, também, com a sua lei de criação e Regimento Interno e deve ser observado o período de mandato dos conselheiros para a sua realização.            Assim, não há impedimento legal para a realização do processo eleitoral da sociedade civil em ano de eleições municipais.

Onde obter as resoluções do CNAS?

As resoluções do CNAS estão disponíveis no site do MDS/CNAS, no seguinte caminho: www.mds.gov.br/cnas - do lado esquerdo da tela, selecione “Legislação” – “Resoluções CNAS” - selecione o ano e em seguida o item desejado.