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Ceará Entrevista com a Secretária do Planejamento e Gestão A volta do Trem do Cariri Participativo e Regionalizado 2008-2011 no Ceará PPA Sistema Ceará inova na Gestão por Resultado e Monitoramento dos Projetos. MAPP S ilvana P arente P ública G estão

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Ceará

Entrevista com a Secretária doPlanejamento e Gestão

A volta do Trem do Cariri

Participativo e Regionalizado

2008-2011 no Ceará

PPA

SistemaCeará inova na Gestão por Resultado e Monitoramento dos Projetos.

MAPP Silvana Parente

PúblicaGestão

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2 | Ceará Gestão Pública

4 ENTREVISTA COM A SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

– SILVANA PARENTE

7 GESPÚBLICA

PPA PARTICIPATIVO

8 SISTEMA MAPP

10 AÇÕES DO GOVERNO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

E COMUNICAÇÃO

CEARÁ GESTÃO PÚBLICA

É uma publicação trimestral da Secretaria do Planeja-mento e Gestão – Seplag e suas vinculadas Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará – ETICE, Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE e Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará - ISSEC

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO – SECRETARIAS E COORDENADORES

Secretária do Planejamento e Gestão Silvana Maria Parente Neiva SantosSecretária Adjunta Desirée Custódio Mota GondimSecretário ExecutivoLuiz Gonzaga da Costa EvangelistaAssessoria de Desenvolvimento InstitucionalPatrícia Maria Campos Pinheiro Assessoria JurídicaGerardo Márcio Maia Malveira Assessoria de Assuntos EstratégicosFátima Coelho Benevides FalcãoAssessoria de Cooperação Técnico-FinanceiraMário Fracalossi Júnior Assessoria de Publicização, Liquidação e ExtinçãoMárcia Maria Andrade Nunes AcioliAssessoria de Estratégias de Tecnologia da InformaçãoLícia Maria Viana Bezerra Dias Coordenadoria de Planejamento, Orçamento e Gestão Carlos Eduardo Pires Sobreira Philipe NottinghamCoordenadoria de Gestão de Suprimento e Remuneração de Pessoas Silvana Mary Lima da Silva Coordenadoria de Desenvolvimento de PessoasFilomena Maria Lobo Neiva SantosCoordenadoria de Gestão de Serviços Corpora-tivosCarmen Sílvia de Castro CavalcanteCoordenadoria de Gestão de PatrimônioPedro Alves de Brito Coordenadoria de Gestão Previdenciária Sônia Maria Mesquita MouraCoordenadoria de Modernização da Gestão Maria Lúcia Rabelo de Andrade Coordenadoria Administrativo-FinanceiraLúcia Maria FacundoCoordenadoria de Tecnologia da InformaçãoRicardo Leite Soares

INSTITUIÇÕES VINCULADAS

Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará - ISSEC - Superintendente - Flávio Barbosa Moreira da RochaEmpresa de Tecnologia da Informação do Ceará - ETICE Presidente - Fernando Antônio de Carvalho Gomes Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE - Diretor-Geral - Marcos Costa Holanda

REVISTA CEARÁ GESTÃO PÚBLICAJornalista responsávelLuiz Pedro Neto Produção e OrganizaçãoRejane CavalcanteLuiz Pedro NetoProjeto gráfico e diagramaçãoJulian MarlusRevisãoJoão Adjemir de Mesquita PaivaDistribuição Virgínia Paiva Tiragem 250 exemplares Contato: [email protected]

4 13

167

11 ISSEC AVANÇA NO PLANO DE SAÚDE DO SERVIDOR

12 SEMANA DO SERVIDOR ESTADUAL - ATRAÇÕES PARA

TODOS

13 PPA PARTICIPATIVO E REGIONALIZADO 2008-2011

NO CEARÁ

16 A VOLTA DO TREM DO CARIRI

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Ceará Gestão Pública | 3

A Secretaria do Planejamento e Gestão decidiu criar um instrumento de comunicação para mostrar o que o Governo do Estado tem feito, com apoio da SEPLAG, para promover o desenvolvimento sustentável, e proporcionar melhores condições de vida para o cidadão. Você está recebendo o primeiro número da revista Ceará Gestão Pública, uma publicação trimestral que nasce para ser um espaço de informação e formação de idéias, buscando sempre o fortalecimento do debate como meio democrático de disseminar a transparência e a ética no âmbito do serviço público estadual.

A secretária Silvana Parente é a entrevistada da primeira edição, analisando a fusão SEPLAN/SEAD, a elaboração do PPA e do orçamento de 2008, a Mesa Permanente de Negociação e a gestão dos recursos humanos do Estado. Outro destaque é a implantação do Mapp - Sistema de Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários, uma inovação no processo de planejamento e acompanhamento dos projetos do Governo.

Ceará Gestão Pública traz ainda a Semana do Servidor Estadual, uma ação coordenada pela SEPLAG, que envolveu todos os órgãos da administração direta e indireta. Outra boa notícia para o servidor vem com a transformação do antigo IPEC em ISSEC – Instituto de Saúde dos Servidores do Estado e a realização de estudo para a implantação do Plano de Saúde do Servidor. O presidente da Etice, Fernando Carvalho, aborda, em artigo, as ações do Governo em Tecnologia da Informação e Comunicação.

Finalmente, você vai saber como está o projeto do Trem do Cariri, uma antiga reivindicação da população daquela região, que vai tornar-se realidade ainda neste ano.

“...nasce para

ser um espaço

de informação

e formação de

idéias.”

>>

APRE

SENT

AÇÃO

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4 | Ceará Gestão Pública

Entrevista | Maio 2008

Cearense de Fortaleza, a economista Silvana Parente sempre gostou de encarar desafios.Convidada pelo governador Cid Gomes para compor a equipe de secretários, Silvana enfrentou de cara logo dois. Primeiro, gerenciar a fusão das Secretarias do Planejamento e Administração, que deram origem à Secretaria do Planejamento e Gestão. Segundo, comandar a reforma administrativa, que mexeu em muitos setores, inclusive com redução de cargos comissionados e terceirizados.

Passados 15 meses da posse, Silvana Parente faz uma avaliação do desempenho da Seplag nesse período, principalmente na construção do Plano Plurianual Participativo (2008/2011). Aborda também a abertura do canal do diálogo entre o Governo e as entidades representativas dos servidores, uma antiga reivindicação da categoria.

Pergunta – Secretária Silvana, a SEPLAG é resultado da fusão da SEPLAN e SEAD. Qual sua avaliação dessa união? Quais os planos para os próximos três anos?

Resposta – A fusão da área de planejamento e administração tem pontos positivos e negativos. Como positivo, destaco a

capacidade de a nova SEPLAG trabalhar utilizando todos os elementos da gestão, como, por exemplo, os recursos financeirosdoTesouro Estadual financiando as despesas de pessoal, manutenção e investimentos finalísticos; osgastos com a folha de pagamento dos servidores e com terceirizados e sua eficiência alocativa entre assecretarias; a análise das despesas com contas públicas e bens de consumo entre secretarias, objetivando definir políticas deracionalização de despesas. Hoje é possível definir limites financeirosem função da qualidade do gasto. As equipes de planejamento e orçamento ajudam as secretarias a melhor alocar os recursos próprios e de outras fontes entre seus programas finalísticos, enquantoas equipes de gestão buscam melhorar o uso dos insumos (pessoal, patrimônio, materiais e serviços) e a eficiência dessesgastos de tal forma a sobrar mais recursos para as ações finalísticasdoGoverno. Como negativo, cumpre citar as diferenças entre sistemas informatizados, perfil profissionale cultura organizacional entre as duas secretarias, exigindo dos gestores muito esforço para integração de pessoas, informação e uniformização de procedimentos.

P – Em termos de inovação, onde a senhora acha que a SEPLAG avançou?

“É preciso romper o círculo vicioso de baixos salários, baixa qualifica-ção, baixo comprometi-mento e baixa qualidade no atendimento, com instrumentos inovadores de gestão”

>>

Secretária

Silvana Parente

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Ceará Gestão Pública | 5

Maio 2008 | Entrevista

R – Na área de planejamento e orçamento, gostaria de citar duas inovações: a elaboração do PPA de forma participativa e regionalizada e a gestão por resultado que passou a exigir a adequação de sistemas e formação das pessoas para monitorar as ações e resultados, bem como novos mecanismos de interlocução com a sociedade. Na área da administração também cito três inovações, uma de caráter mais geral, diz respeito ao papel da nova SEPLAG, como secretaria-meio, de apoiar o funcionamento das demais secretarias, provendo os insumos necessários mas com a preocupação de racionalização de gastos e uniformização de procedimentos. Mesmo tendo muito a avançar, a Secretaria eliminou e descentralizou fluxos,definiu procedimentos e regras emarticulação com a Casa Civil e a PGE, na área de compras/licitações, serviços públicos, terceirizações e outros serviços corporativos. A outra diz respeito a uma nova relação de interlocução entre o Governo do Estado e as entidades representativas dos servidores, com a instalação da Mesa Estadual de Negociação Permanente. Na área de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação, vale mencionar a criação do Centro de Gestão e Desenvolvimento Tecnológico, a ser habilitado como organização social, com vistas a viabilizar projetos em parceria com o setor privado.

P – A SEPLAG construiu dois documentos importantes para a vida econômica do Estado, as propostas do PPA e do orçamento de 2008. Qual sua análise sobre a construção do PPA e o documento final extraído do Fórum Estadual?

R – A construção do PPA teve início com o resgate dos compromissos de campanha e sua validação coletiva pela equipe de secretários. Em seguida, partiu-se para definir indicadores deresultados de Governo, aqueles que impactam a sociedade, como por exemplo a aprendizagem dos alunos na idade certa, a melhoria do acesso à saúde no interior, a inclusão dos jovens, o maior crescimento do PIB per capta do interior, dentre outros. Na seqüência, o Governador pediu a cada secretário que apresentasse suas propostas setoriais, com a recomendação que essa definição fosse feitaouvindo interlocutores da sociedade. Concomitantemente, a SEPLAG, com apoio da Vice-Governadoria e da Secretaria das Cidades, foi às regiões discutir pontos críticos e propostas para serem compatibilizadas com as diretrizes setoriais. Em paralelo, o governador Cid Gomes fez um grande esforço de articulação com o Governo Federal , em especial a Secretaria do Tesouro e bancos nacionais e internacionais para captar novos recursos para investimentos estratégicos no Estado, ampliando as fontes de financiamento do Plano.O documento final do FórumEstadual propõe que o Governo continue com o processo de participação e regionalização, capacitando e consolidando os colegiados regionais e promovendo encontros de monitoramento e avaliação. Todo esse trabalho do PPA, aliado aos ajustes da máquina e freio nos gastos, permitiu o crescimento dos programas e ações finalísticasdo Governo e uma redução

relativa do custeio da máquina. P – E quanto ao orçamento, o que ele traz como novidade para a população cearense?

R – O orçamento de 2008 nada mais é que o detalhamento do PPA para seu primeiro ano. Ele também contempla os recursos provenientes dos convênios federais, a exemplo dos projetos do PAC, aqueles que serão executados pelo Governo, como o Metrô, Canal da Integração, obras de saneamento, dentre outros.

P – Como está sendo a condução da política de recursos humanos do Estado. Em termos de valorização do servidor, o que o Governo tem feito e pretende fazer nessa questão?

R – A gestão dos recursos humanos no serviço público ainda é um grande desafio. Nãotem governo bom sem servidores atuantes. Por outro lado, a própria sociedade estigmatizou o serviço público de burocrático, ineficiente e descomprometido.Há um sentimento de que a estabilidade no serviço público, conquista legítima de uma época, pode conduzir a uma acomodação nefasta ao desenvolvimento das pessoas e, conseqüentemente, a qualidade do serviço público. É preciso romper o círculo vicioso de baixos salários, baixa qualificação,baixo comprometimento e baixa qualidade no atendimento, com instrumentos inovadores de gestão, a exemplo de avaliação de desempenho institucional e pessoal, seleção por méritos, capacitação em processo, trabalho de equipes, premiações e punições, gratificações variáveis

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6 | Ceará Gestão Pública

Entrevista | Maio 2008

e promoções por desempenho e resultados. É preciso romper com relações atrasadas entre políticos e servidores, criando canais para explicitação de abusos que vão desde o empreguismo, nepotismo e assédio moral até ausência do trabalho, disposições para outros órgãos sem prestar serviço, licenças médicas graciosas. O governo atual já iniciou e pretende avançar em mais alguns desses instrumentos, mas sua eficácia dependerá antesde tudo de uma nova relação de diálogo entre as entidades representativas de servidores e os gestores de órgãos públicos.

P – Uma das primeiras novidades foi a instalação da Mesa Permanente de Negociação, um canal de diálogo e negociações entre governo e entidades representativas dos servidores. Como está funcionando? Já houve avanços?

R – Isso mesmo. A Mesa de Negociação é um importante instrumento para se construir essa nova relação. Além de canal de denúncias e reivindicações, a Mesa de Negociação promoverá debates em torno de estigmas e preconceitos, criando um clima de respeito mútuo e nivelando informações de tal sorte a encontrar soluções conjuntas para os problemas acumulados e romper com aquele ciclo vicioso já mencionado. Tanto nós do Governo quanto as lideranças sindicais temos muito o que aprender e amadurecer com essa Mesa. Teremos uma mesa central, que pautará os temas e decidirá sobre assuntos gerais e de repercussão econômica, e mesas setoriais, que discutirão questões

de gestão e de relações de trabalho. A mesa foi uma conquista dos servidores, reconhecida pela gestão do governador Cid Gomes, que encaminhou o projeto de lei, já aprovado pela Assembléia, e regulamentado pelo decreto no 28.904, de 4 de outubro, tendo sido instalada no dia 23 de outubro de 2007.

P – Qual a avaliação que a Secretária faz do perfil do servidorcomo um todo?

R – O servidor em geral tem consciência de seu nobre papel e por isso responde aos estímulos oferecidos pelos gestores para

melhorar a qualidade dos serviços. Precisa ser respeitado, ouvido e ter oportunidade para isso. Por distorções do passado, muitos deles não possuem a qualificaçãonecessária para as exigências do serviço público atual. A sociedade cada vez cobra mais do Governo e dos servidores. Independentemente do nível de qualificação de cada um, todospodem contribuir naquilo em que são capazes de tal forma a cobrir a

“O servidor em geral tem consciência de seu nobre papel e por isso responde aos estímulos oferecidos pelos gestores para melho-rar a qualidade dos ser-viços. Precisa ser respeitado, ouvido e ter oportunidade para isso”

>>

deficiência uns dos outros.

P – Um dos órgãos vinculado à SEPLAG é a Etice – Empresa de Tecnologia da Informação do Estado. Quais os planos do Governo para a modernização do setor de TI?

R – Historicamente, a área corporativa de TI do Estado tem sido incapaz de atender às demandas de modernização tecnológica com soluções competitivas, com a rapidez das mudanças. Atualmente, os sistemas corporativos estão defasados e desintegrados e grande parte da força de trabalho é terceirizada. Temos que recompor equipes de profissionais especialmenteno nível de gerência de projetos e arquitetura de softwares, bem como realizar alianças estratégicas com o setor privado a exemplo do Centro de Gestão e Desenvolvimento Tecnológico.

P – Com relação ao modelo de gestão, quais os novos caminhos que o Governo deve percorrer?

R – O modelo de gestão do Estado precisa migrar de uma estrutura hierarquizada, setorizada, hermética, para uma estrutura em rede, com instâncias colegiadas bem definidas egrupos intersetoriais para resolver problemas específicos. Para tanto,vamos investir em sistemas de informação gerenciais e portais que facilitem essa integração para dentro e a articulação com as instâncias participativas da sociedade.

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Ceará Gestão Pública | 7

Maio 2008 | Gespublica

Um grupo de trabalho, criado dentro do Comitê Gestor de Des-burocratização, desenvolve estudos para promover a simplificação deprocessos de concessão de diárias e passagens, objetivando facilitar o fluxo a partir do redesenho que estásendo preparado pela equipe técni-ca. Nesse contexto, é importante o fato de que a tramitação deverá ga-nhar agilidade e eficiência. Para asecretária-adjunta do Planejamen-to e Gestão, Desirée Mota, coorde-nadora estadual do Comitê Gestor de Desburocratização, o objetivo é definir um processo a ser implan-tado inicialmente nas oito secreta-rias que integram o comitê. “Em seguida será disseminado para as outras secretarias e órgãos estadu-ais”, reforçou Desirée.

Para preparar o grupo técnico para essa tarefa, o Comitê Gestor, em parceria com o Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, promoveu treinamento em meto-dologia de simplificação de proces-sos, com a presença, em Fortaleza, da instrutora Haley Maria Souza Almeida, do Ministério do Plane-jamento, gerente da Rede Nacio-nal de Gestão Pública do Departa-

mento de Programas de Gestão do Ministério, além de coordenadora do Comitê de Desburocratização. O treinamento Guia “d” Simplifi-cação” reuniu, durante cinco dias, 30 servidores da Rede de Desbu-rocratização do Estado – braço operacional do Comitê Gestor - , composta por representantes da Coordenadoria de Modernização

da Gestão do Estado e servidores das Assessoria de Desenvolvimen-to Institucional (ADINS) dos ór-gãos que integram o Comitê.

A criação do Comitê Gestor no Governo do Estado veio com ob-

jetivo de formular o planejamento das ações de desregulamentação de normas e simplificação de pro-cessos, além de coordenar e avaliar a execução dessas ações. O traba-lho está voltado para coordenar as ações de desburocratização dos órgãos do Governo do Estado, promovendo a mobilização e sen-sibilização das organizações, além de identificar as demandas.

O Comitê Gestor de Desburocra-tização foi implantado no Governo do Estado, ancorado no Programa Nacional de Gestão Pública e Des-burocratização – GESPUBLICA. O Comitê é integrado pelos secre-tários-adjuntos das Secretarias do Planejamento e Gestão, Fazenda, Controladoria e Ouvidoria Geral, Educação, Saúde, Segurança Pú-blica e Defesa Social, Casa Civil e Procuradoria-Geral do Estado, tendo a coordenação da Secretá-ria-adjunta da SEPLAG, Desirée Mota.

GESPUBLICA

Comitê debate simplificação de processos

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8 | Ceará Gestão Pública

Planejamento | Maio 2008

SistemaCeará inova na Gestão por Resultado e Monitoramento dos Projetos

O Governo do Estado do Ceará inaugurou em 2007 uma inova-ção no processo de planejamento e acompanhamento de seus pro-jetos. A novidade veio com a im-plantação do MAPP – Sistema de Monitoramento de Ações e Proje-tos Prioritários, em que são plane-jados e priorizados os projetos a se-rem executados pelo Governo nos próximos quatro anos. Com isso, excetuando as atividades referentes a serviços e manutenção da máqui-na administrativa, todas as demais ações finalísticas do Governo sãoplanejadas e monitoradas dentro desse instrumento.

A secretária do Planejamento e Gestão, Silvana Parente, explicou que o MAPP começou a ser con-cebido a partir das diretrizes de Governo, emanadas dos compro-missos de campanha, bem como da matriz de resultados de governo e resultados setoriais, construída por ocasião do Plano Plurianual, que também foi elaborado de for-ma participativa e regionalizada. As secretarias e suas vinculadas propuseram projetos ao Gover-

nador dentro do que pretendiam fazer, à luz de todo esse esforço de planejamento. O Governador foi discutindo cada projeto com as Secretarias, aprovando dentro do sistema MAPP, que, em seguida, foi integrado aos demais sistemas de planejamento e orçamento do Estado.

Além do PPA e do Orçamento Anual, foi criado o sistema Web-Mapp, em que são cadastrados os projetos e monitorada a sua exe-cução. “Por meio dele, o governa-

dor Cid Gomes tem condições de avaliar como está sendo a execu-ção daquilo que foi projetado por sua equipe de governo”, afirmouPhilipe Nottingham, um dos co-ordenadores da Secretaria do Pla-nejamento e Gestão – SEPLAG.

O WebMapp possui três módulos básicos: Planejamento, Acompa-nhamento e Monitoramento. O módulo de Planejamento per-mite aos órgãos elaborarem suas propostas de projetos que apare-cem automaticamente nos status de proposta a ser analisada pelo Governador. No próprio siste-ma, o Governador pode analisar, aprovar, rejeitar ou solicitar infor-mações complementares. Após aprovadas, as ações do projeto já podem ser licitadas para sua exe-cução.

O Módulo de Acompanhamen-to permite aos órgãos informar a situação da execução, com as in-formações da execução financeirasendo recebidas, em tempo real, diretamente dos sistemas informa-tizados de execução orçamentária

MAPP

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Tela do Sistema WebMAPP

Ceará Gestão Pública | 9

Maio 2008 | Planejamento

do Estado. O acompanhamento inicia com o enquadramento do projeto no seu estágio de execução (não iniciado, em licitação, em execução, concluído, paralisado, cancelado, etc.) bem como com as informações que qualifiquem asituação em cada um desses está-gios.

O módulo de Monitoramento é gerencial, em que os níveis de de-cisão têm as informações em grá-ficos, números e percentuais agre-gados para o Estado, para uma secretaria ou para um órgão. Esse é o módulo que permite a visão dos principais aspectos da execu-ção, permitindo verificar comoanda a implantação dos projetos e identificar onde é necessário atuarpara agilizar a execução.

Com esse sistema, é possível tam-bém tomar decisões sobre possí-veis necessidades de alteração do orçamento em curso ou de orien-tar a formulação dos orçamentos dos anos seguintes, visto que a programação de investimentos do Governo está toda determinada no MAPP.

Hoje, por meio do sistema Web-mapp, é possível, a qualquer mo-mento, ver o que está proposto e o que está sendo executado no Estado, em tempo real. É impor-tante destacar também o processo de comunicação do sistema, que permite a interação entre o Go-vernador, secretários e gerentes dos projetos. Por outro lado, a qualquer mo-mento, o Governador se comu-

nica com os secretários e gerentes através do próprio sistema. O pro-cesso permite, no nível gerencial do Governo do Estado, dar agili-dade e solução de dificuldades quepor acaso surjam na execução dos projetos.

O MAPP tem hoje mais de 2.800 projetos cadastrados. Desse total, cerca de 1.200 já estão aprovados e em fase de execução, sendo que cerca de 40 projetos considerados mais relevantes serão submeti-dos a um gerenciamento especial através de um gerente de proje-tos mais profissionalizado. Essesprojetos terão gerenciamento in-tensivo, utilizando ferramentas informatizadas de planejamento e gerenciamento, permitindo fazer o monitoramento proativo e atu-ando permanentemente em pro-

cedimentos que garantam a im-plantação do projeto e o alcance dos resultados pretendidos. Nesse sentido, o gerenciamento é dire-cionado para Gestão por Resulta-dos (GPR), em que os resultados são sempre o foco.

Os projetos inseridos no MAPP contemplam todas as áreas do Estado e têm permitido uma di-vulgação mais responsável dos compromissos do Governo com a sociedade. Os projetos do MAPP da Saúde, Segurança Pública e Justiça, e Infra-Estrutura, Desen-volvimento Urbano e Meio-Am-biente podem ser acessados por meio do portal do Governo: www.ceara.gov.br.

MAPP >>

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10 | Ceará Gestão Pública

Tecnologia da Informação | Maio 2008

AÇÕES DO GOVERNO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Como resultado do Plano Estratégico da Área de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, realizado em 2007, com ampla participação da sociedade civil, governo, fornecedores e academia, chegou-se ao objetivo estratégico da área, no Governo, que é o de tornar as áreas de negócios parceiras estratégicas, visando a prestação de serviços integrados e seguros, como inovação, disponibilidade de informações e ampla facilidade de acesso pela sociedade. Foi dada especial ênfase ao fortalecimento da governança e à inclusão digital.

Por um lado, os sistemas de informação, em cada setor do governo, encontravam-se organizados de forma a suprir necessidades locais, sem olhar para as necessidades globais do Estado. Por outro lado, sistemas corporativos importantes, como a contabilidade e folha de pagamento, estavam em plataforma mainframe, já obsoleta, e instalados em ambiente com alto grau de insegurança. Em conseqüência, o cidadão, para resolver problemas rotineiros, necessitava acessar serviços distintos em demoradas filas. Por sua vez,o servidor do Estado encontrava processos defasados, acarretando lentidão nos setores de compras e pagamentos. A premente necessidade de sistemas de informação modernos, em plataforma menos onerosa, e voltada à gestão por resultados,

levou à especificação do SistemaGovernamental de Gestão por Resultados (S2GPR). Essa iniciativa visa contratar, junto às competências locais de engenharia de software, a implementação dos subsistemas de contabilidade, compras, orçamento, folha de pagamento e controle de projetos. O escopo que envolve contabilidade e compras estará concluído em março de 2008.

Em 2007, quatro ações foram tomadas para fortalecer a governança: a integração de sistemas setoriais, a reengenharia de sistemas corporativos (S2GPR), a migração do ambiente do mainframe e a capacitação de 30 gerentes de projetos na metodologia PMBOK (da sigla em inglês para Project Management Body of Knowledge ou Conjunto de Conhecimentos de Gerenciamento de Projetos, em português). Essas ações começam a apresentar notáveis resultados para a área de TIC no governo.

Os serviços de comunicação estão sendo prestados em ambiente de pouca competição, o que implica em baixa qualidade a um custo extremamente elevado. Além disso, a cobertura de acesso à rede mundial e a serviços digitais está restrita às três maiores cidades do Estado. O projeto prioritário do Governo nessa área é o lançamento de rede própria, de fibras ópticas,com cobertura de 82% da população urbana do Estado, até o final de 2009. O projeto docinturão digital irá distribuir, por meio da tecnologia de conexão sem fio Wimax, o acesso atravésde banda larga. Em Fortaleza, o cinturão digital será integrado à Gigafor, rede metropolitana de alta velocidade, que interliga

computadores em universidade e outras instituições de pesquisa. Todos os órgãos do Governo estarão usando recursos de internet, videoconferência, tecnologia IP, entre outros, por meio do cinturão digital.

Na dimensão da inclusão social, o cinturão digital provê a infra-estrutura para que a população de baixa renda possa se beneficiarda rede de forma efetiva. Vale mencionar que a banda larga tem grande poder de atração de novas empresas de base tecnológicas, notadamente no interior do Estado, fortalecendo o ambiente de negócios.

A governança, por meio da gestão por resultados, e do amplo acesso dos órgãos do Estado e da população a recursos computacionais, favorece a parceria estratégica entre as áreas de negócio do Governo. A integração dos sistemas de informação irá, a médio prazo, incrementar a qualidade dos gastos públicos. O cinturão digital é elemento fundamental na melhoria da qualidade de vida do cearense.

Fernando Carvalho

Presidente da Etice

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Ceará Gestão Pública | 11

Maio 2008 | Saúde do Servidor

Dentro da reforma administrativa implantada pelo Governo em 2007, uma das novidades é o Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará – ISSEC, criado para substituir o extinto Instituto de Previdência do Estado do Ceará – IPEC. Não se trata de uma simples mudança de nomenclatura. A parte previdenciária do Estado está sendo gerida pelo Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos membros de Poder do estado do Ceará – SUPSEC, ficando o ISSECresponsável exclusivamente pela Assistência à Saúde do servidor e de seus dependentes. Nesse novo contexto, uma boa notícia para o servidor. O Governo trabalha para implantar o Plano de Saúde do Servidor, num modelo bem acessível para a categoria. A missão de preparar a proposta foi confiada ao ISSEC,que tem voltado seus estudos para oferecer assistência à saúde com melhor qualidade, maior cobertura de atendimento aos servidores do Estado a um custo bem inferior aos planos privados existentes no mercado. O superintendente do ISSEC, Flávio Rocha, destaca ser importante ficar claro que o Plano a ser implantado é denatureza pública. “A idéia é não haver terceirização ou privatização do serviço de assistência à saúde prestado ao servidor”, reforçou.

Um dos primeiros passos da direção do ISSEC foi reunir-se com o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais – MOVA-SE, no início da gestão, para conhecer o posicionamento da entidade e ratificar o interesse doGoverno de desenvolver o Plano de Saúde do Servidor. Outra iniciativa importante foi realizar estudos com base nos diversos documentos sobre Planos já existentes

ou em fase de implantação nos estados. Técnicos do ISSEC foram aos estados de Minas Gerais e Goiás, onde o servidor já dispõe de Plano de Saúde Público, para conhecerem in loco os dois modelos em pleno funcionamento.

No âmbito interno, o ISSEC decidiu trabalhar na atualização e aperfeiçoamento dos dados do Sistema Atual de Atendimento à Saúde, levantando os indicadores de desempenho do Instituto e aferindo os resultados alcançados. Foram observados os custos de manutenção e do atendimento à saúde, a abrangência geográficado atendimento (capital/interior) e a caracterização do público beneficiário quanto à faixa etária e sexo.

Para dar transparência e proporcionar à sociedade a oportunidade de conhecer e debater o assunto, a direção do ISSEC esteve na Audiência Pública realizada em agosto, na Assembléia Legislativa, para apresentar uma visão sobre o Plano de Saúde e expor os motivos das limitações no atendimento à saúde. Outro momento de debate foi na reunião realizada em novembro último, dirigida aos representantes das entidades de classe dos servidores (CUT, APEOC, SINDIUTE e MOVA-SE), onde houve a exposição sobre a realidade da instituição até aquele momento, bem como os avanços do Projeto do Plano de Saúde. No momento atual, está em fase de execução, na Procuradoria Geral do Estado, a Concorrência Pública para a contratação dos serviços de consultoria técnica especializada para assessorar o ISSEC na elaboração do Projeto, implantação e acompanhamento do Plano de Saúde do Servidor.

ISSEC Avança noPlano de

Saúde do Servidor

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12 | Ceará Gestão Pública

Semana do Servidor | Maio 2008

Fortalecer a integração entre os servidores dos órgãos da adminis-tração direta e indireta, além de propiciar uma série de opções para envolver o maior número possível de participantes, foi o principal ob-jetivo da programação da Semana do Servidor Público Estadual, ela-borada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Planeja-mento e Gestão – SEPLAG, com a participação dos demais órgãos da Administração Direta e Indireta. Uma série de atividades envolven-do esportes, cultura, excursões, palestras, prestação de serviços, concursos de talentos e show mu-sical fez parte da programação co-memorativa ao Dia do Servidor Público, 28 de outubro no ano passado. O Governo do Estado instituiu a Semana do Servidor, definindo uma série de atividades,em diversas áreas.

Atrações para todos na programação

Um show musical, no início da noite da sexta-feira, 26 de outubro, no Centro Administrativo Gover-nador Virgílio Távora, teve a pre-sença do sambista Dudu Nobre, um dos destaques da nova geração de talentos da música brasileira. Dudu e seu grupo mexeram com o público que cantou e dançou sam-bas de sucesso, alguns vencedores do Carnaval do Rio de Janeiro. A festa teve ainda o tradicional for-ró nordestino e uma tenda para relembrar os mais famosos hits da geração discoteca. O governador Cid Gomes e sua equipe de secre-tários estiveram presentes à festa no Centro Administrativo.

A Secretaria do Esporte promoveu os Jogos do Servidor, disputados nas modalidades de atletismo, bas-quete, futebol society, futsal, han-debol, vôlei de praia, vôlei e jogos de salão (gamão, damas, sinuca e

xadrez). Grupos de servidores par-ticiparam de excursões a impor-tantes obras de infra-estrutura do Estado. Durante três dias, foram disponibilizadas 376 vagas para conduzir os servidores, em ônibus, ao Porto do Pecém, Metrofor e Ei-xão (localizado entre Limoeiro do Norte e Morada Nova).

Como forma de motivar a ini-ciativa e criatividade, o Governo promoveu três concursos: Meda-lha do Mérito Funcional, Prêmio Servidor Voluntário e Prêmio Me-lhores Práticas. Outra opção foi o Concurso de Talentos, premiando os melhores trabalhos em Música e Poesia. O Centro de Convenções recebeu a Feira de Amostras, espa-ço para palestras, prestação de ser-viços, festival de música e poesia, apresentação de corais e entrega de premiação dos concursos.

Concurso de TalentoVencedores

Música1o. Lugar - Carla Valéria Nogueira - SEPLAG2o. Lugar - Egberto Costa Brito - SE-PLAG3o. Lugar - Ana Maria Santiago - SE-DUC (Escola de Ensino Fundamen-tal e Médio General Cordeiro Neto)

Poesia1o. Lugar - Maria Ivonete B. de Mo-rais - STDS - Poesia: “O amor de A a Z”2o. Lugar - Renata Chagas Passos - STDS - Poesia: “Amo-te”3o. Lugar - Silvani Bezerra Teixeira - PAI - Poesia: “A Nuvem no chão”

Semana do Servidor Estadual

Da esquerda para a direita: Carla, Ivonete, Renata, Ana Maria, Silvani, Egberto, Fátima Gomes,Patricia Campos e Luiz Evangelista.

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Participação nos eventos do PPA

1ª oficina

1.880230219216226279115267328

2ª oficina

92811798

1721161076983

166

Fórum PPA

2403231282227203644

Macrorregiões

TotalRMFLitoral OesteSobral/IbiapabaSertão dos InhamunsSertão CentralBaturitéLitoral Leste/JaguaribeCariri/Centro Sul

Ceará Gestão Pública | 13

Maio 2008 | PPA

O processo de planejamento para elaboração do Plano Plurianual cumpriu uma fase de definiçãodo direcionamento estratégico da política de governo, iniciando-se com o resgate dos compromissos firmados na campanha eleitoralem nível de três grandes estratégias orientadoras - Economia para uma Vida Melhor; Sociedade Justa e Solidária, Gestão Ética, Eficiente e Participativa - e dediretrizes setoriais. Para orientar a política econômica, alinhada com as diretrizes do Governo Federal, e tendo em vista a operação de contratação do SWAP II (operação de crédito com o Banco Mundial, em continuidade à SWAP I, cujos recursos serão empregados em programas de inclusão social, desenvolvimento regional e de inovação tecnológica), foi realizado o Seminário sobre Crescimento no Ceará, com a parceria do Banco Mundial, visando discutir fatores restritivos e propulsores da economia estadual e indicar propostas de ações para os temas priorizados.

Aplicando o sistema de Gestão por Resultados (GPR), o Governo promoveu a realização de oficinade trabalho com os Secretários e Secretários-adjuntos, para construir, de forma integrada, os resultados estratégicos desta gestão, de acordo com os três eixos de política governamental

já comentados, que serviram de base para a elaboração dos resultados setoriais componentes das matrizes de GPR de todas as secretarias e a formulação dos programas e respectivas ações e metas para o período do Plano.

O Plano Plurianual 2008-2011 do Governo do Ceará foi elaborado a partir de uma ampla consulta à sociedade. O seu processo de elaboração participativo e regionalizado cumpriu quatro etapas.

A primeira, que teve o objetivo de sensibilizar os atores regionais a participar do processo de elaboração do PPA, ocorreu no período de 17 de abril a 10 de maio, com a realização de 13 Reuniões de Sensibilização. Na ocasião, foram eleitos os delegados regionais com base em critérios de representação e representatividade previamente acordados.

PARTICIPATIVO E REGIONALIZADO2008-2011 NO CEARÁ

Critérios de Representação

1 Municípios com população até 20 mil habitantes - 10

delegados(as);

2 Municípios com população entre 20 mil e 50 mil

habitantes - 12 delegados(as);

3 Municípios com população entre 50 mil e 80 mil

habitantes - 16 delegados(as);

4 Municípios com população entre 80 e 120 mil habitantes

- 20 delegados(as);

5 Municípios com população mais de 120 mil habitantes -

26 delegados(as);

Critérios de Representatividade

1 Poderes Públicos - Prefeituras, Câmaras Municipais, Órgãos

Públicos do Estado, Órgãos Públicos Federais – 40%

2 Sociedade Civil - Segmento Popular (Sindicatos, ONGs,

Igrejas, Organizações Estudantis etc.) – 40%

3 Sociedade Civil - Segmento Empresarial (Sindicatos,

Associações, CDL, etc.) - 20%

PPA

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14 | Ceará Gestão Pública

PPA | Maio 2008

Os números que financiam o PPAimportam em R$ 46,4 bilhões, sendo o Tesouro Estadual responsável por 78,5% do total dos recursos. As transferências federais representam 11,5%, as operações de crédito, 5,9% e as receitas da Administração Indireta, 3,6%. As Parcerias Privadas fecham o financiamento com 0,5% domontante previsto.

Na segunda etapa, foram realizadas Oficinas Regionaisde Trabalho – “O Ceará que Queremos – Respeitando à Diversidade Regional”, em todas as macrorregiões do Estado (quadro anexo), no período de 15 de maio a 06 de junho. Esses eventos tiveram como finalidadepromover a reflexão com osatores locais sobre pontos críticos e potencialidades, e identificarações a serem contempladas no plano, buscando também compartilhar estratégias futuras para o desenvolvimento das regiões.

A terceira etapa do processo teve como objetivo a priorização das propostas regionais, bem como a eleição dos delegados para participar do Fórum Estadual. Nessa etapa, foram realizadas Oficinas Regionais nas 8 (oito)macrorregiões do Estado.

A realização do Fórum Estadual do PPA Participativo e Regionalizado constituiu-se na quarta etapa do processo de participação social. Para representar as regiões no evento, foram indicados 294 delegados e estiveram ainda presentes deputados estaduais,

secretários de estado, técnicos das secretarias setoriais e representantes dos conselhos consultivos e deliberativos de políticas públicas. Esse evento teve como objetivo a apresentação da versão preliminar do Plano Plurianual. Avalia-se que cerca de 84% das prioridades regionais foram incorporadas ao PPA 2008-2011. Também foi objetivo do evento colher sugestões para o desenho de um sistema de gestão participativa com enfoque regional.

Do total de recursos previstos para o período de 2008/2011, cerca de 37,5%

estão comprometidos com Pessoal e Encargos, Pagamento da Dívida

(7,4%), Transferências Constitucionais a Municípios (10,7%), e gastos com

Manutenção (5,2%). Excluindo-se ainda as despesas de reserva de

contingência (0,3%), os gastos com programas finalísticos, que são os

recursos regionalizáveis, correspondem a 38,9% do valor total.

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Despesas finalísticas, população e PIB, segundo as

macrorregiões de planejamento – 2008-2011

Fonte: IBGE/IPECE/SEPLAG

(1) Estimativa para 2006; (2) 2004

16,16 0,53

8,65

7,87

0,80

6,28

2,770,50

1,38

7,310,51

3,71

5,11

0,47

2,41

9,88

0,76

7,56

9,73

0,58

5,66

41,171,56

64,35

4

8

2

1

6

7

5

3

0

PAR

AIB

A

RIO

GRA

NDE

DO

NOR

TE

PERNAMBUCO

PIAU

Í

Fonte: IBGE e IPECE.

% População

Razão PIB Percapita/CE

% PIB

Macrorregiões de Planejamento

Rmf

Litoral Oeste

Sobral / Ibiapaba

Sertão dos Inhamuns

Sertão Central

BaturiteLitoral Leste /JaguaribeCariri / Centro Sul

1

2

3

4

5

6

7

8

Estado do Ceará

100,00

100,00

100,00

INDICADORES MACROECONÔMICOS DASMACRORREGIÕES DE PLANEJAMENTO

CEARÁ - 2004

Ceará Gestão Pública | 15

Maio 2008 | PPA

Segundo a secretária do Planejamento e Gestão, Silvana Parente, um grande desafiofoi compatibilizar as demandas regionais com as diretrizes e prioridades das secretarias setoriais. “A estrutura administrativa do Estado trabalha setorialmente e ainda não incorporou o enfoque territorial em seus programas e ações”, afirma a Secretária.Algumas secretarias, entretanto, avançaram mais, promovendo inclusive conferências e encontros nas regiões para aprofundar os temas setoriais, a exemplo da área da Cultura e Desenvolvimento Agrário.

A meta era que o percentual destinado às regiões do Interior do Estado fosse maior que a participação de cada uma delas na formação do PIB estadual, visando reduzir os desequilíbrios intra-regionais e desconcentrar investimentos e ações na Região Metropolitana de Fortaleza, além do desafio da integração deações nos territórios.

Outro grande desafio foi a construção deprogramas multissetoriais, a exemplo dos Programas – idoso, deficiente e juventude,os quais têm ações executadas em várias secretarias.

Após a entrega do PPA 2008-2011 à Assembléia Legislativa, inicia-se uma nova etapa:a) Implementação do modelo de monitoramento e avaliação do Plano. O Governador pessoalmente discute com cada Secretaria sobre os projetos prioritários de investimentos que comporão o sistema MAPP – Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários,b) Fortalecimento da gestão por resultados, com capacitação dos gerentes por programas e projetos prioritários de investimento,c) Fortalecimento das instâncias participativas regionais, com a capacitação dos delegados e instrumentos de comunicação

A coordenação do processo de elaboração do PPA foi de responsabilidade da Secretaria Estadual do Planejamento e Gestão (SEPLAG), em parceria com a Vice-Governadoria, responsável pela mobilização e participação social no Governo, e a Secretaria das Cidades, responsável pela promoção do desenvolvimento regional. Já o sistema MAPP será liderado diretamente pelo Governador, através da Casa Civil, com apoio da SEPLAG.

Macrorregião dePlanejamento

RMFLitoral OesteSobral/IbiapabaSertão InhamunsSertão CentralBaturitéLitoral Leste/JaguaribeCariri/Centro SulEstado do Ceará

Total

Valor

5.462.916.735,00824.521.696,00

1.139.106.436,00647.215.590,00813.579.712,00383.557.807,00

1.123.493.812,001.380.289.946,005.738.174.486,00

17.512.856.220,00

%

31,24,76,53,74,62,26,47,9

32,8

100,0

% da População(1)

41,69,79,95,07,22,77,8

16,0

100,0

% doPIB(2)

64,45,77,62,43,71,46,38,6

100,0

O valor das despesas finalísticas está distribuído entre as oitomacrorregiões do Planejamento e também alocado em “Estado do Ceará”, conforme consta na tabela abaixo, nos programas que vão beneficiar todas as regiões estaduais.

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16 | Ceará Gestão Pública

Trem do Cariri | Maio 2008

Uma antiga reivindicação da população do Cariri começa a entrar nos trilhos para voltar à realidade. É o Trem do Cariri, símbolo dos bons tempos naquela região do Estado, conduzindo passageiros e progresso. Desativado no final da década de80, seu retorno está bem perto. A previsão é do engenheiro Rômulo dos Santos Fortes, diretor Presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor. “Acreditamos que, ainda no final de 2008, a população terá devolta o Trem do Cariri”, prevê Rômulo Fortes, acrescentando que um concurso público será realizado em breve para selecionar as pessoas que vão trabalhar a partir da implantação do projeto.

Em julho do ano passado, o governador Cid Gomes visitou as obras e saiu empolgado, autorizando mais duas estações no município de Juazeiro do Norte – Fátima e São Pedro, e o aumento do trajeto para chegar até o bairro de Fátima, localizado a 1,0km da estação Terminal de Juazeiro, ampliando o percurso para 13,6km. O projeto de integração ferroviária de passageiros ligará inicialmente os municípios de Juazeiro do Norte e Crato, devendo posteriormente incluir Barbalha. As obras envolvem a recuperação da Estação de Juazeiro e a construção de uma nova Estação no Crato, já que o antigo prédio, agora pertencente à Prefeitura, abriga um espaço cultural. O novo terminal do Crato será uma estação diferenciada, mais ampla, para atender a um maior fluxo de pessoas e a urbanização do seuentorno. O projeto prevê também a restauração e/ou remodelação da malha ferroviária e a instalação de uma oficina de manutenção, no distrito de

A VOLTA DO

Muruti, ocupando uma área coberta de 1.800 m², destinada também à sede administrativa e centro de controle operacional do sistema.

O sistema contará com nove estações: Fátima, Juazeiro, São João, Teatro e Antônio Vieira, no município de Juazeiro do Norte; São José Muriti, Padre Cícero e Crato, no município do Crato. A construção desses equipamentos visa dar maior qualidade e segurança aos serviços prestados à população. Anteriormente, as estações intermediárias tinham características semelhantes a estações provisórias – plataforma pré-moldada sobre trilhos. Agora passaram a apresentar configuraçãomais apropriada a veículos tipo VLT (veículos leves sobre trilhos), em estrutura metálica formato tubular, totalmente abrigada e com tecnologia adequada ao embarque e desembarque seguro de passageiros. A ligação ferroviária entre Juazeiro e Crato, municípios que, juntos, somam cerca de 320 mil habitantes, será feita por dois modernos trens de passageiros, que estão sendo construídos em Barbalha. Com capacidade para transportar até 330 passageiros cada uma, as composições terão tração diesel hidráulica mecânica e serão formadas por dois carros climatizados, com velocidade máxima operacional de 60km/h. Quando o trem estiver operando com suas duas composições, serão realizadas 76 viagens/dia (38 viagens em cada sentido), no período de 5h30min às 22h30min, com uma oferta de 25 mil lugares.

TREM DO CARIRI

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Ceará Gestão Pública | 17

Maio 2008 | Trem do Cariri

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