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Legislação: CDC – Código de Defesa do Consumidor – Lei Nº 8.078/90; Lei dos Planos de Saúde – Lei 9.656/98; Lei da ANS: 9961/2000. Resolução Normativa - RN Nº 428, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2017. Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; Resolução Normativa - RN Nº 453, de 12 de março de 2020. Altera a Resolução Normativa - RN nº 428, de 07 de novembro de 2017, que dispõe sobre o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde no âmbito da Saúde Suplementar, para regulamentar a cobertura obrigatória e a utilização de testes diagnósticos para infecção pelo Coronavírus. 1

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  • Legislação:

    CDC – Código de Defesa do Consumidor – Lei Nº 8.078/90;

    Lei dos Planos de Saúde – Lei 9.656/98;

    Lei da ANS: 9961/2000.

    Resolução Normativa - RN Nº 428, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2017.

    Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a

    referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de

    assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999;

    Resolução Normativa - RN Nº 453, de 12 de março de 2020. Altera a

    Resolução Normativa - RN nº 428, de 07 de novembro de 2017, que dispõe

    sobre o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde no âmbito da Saúde

    Suplementar, para regulamentar a cobertura obrigatória e a utilização de

    testes diagnósticos para infecção pelo Coronavírus.1

  • Planos de saúde, um dos líderes em reclamações!

    2

  • 3

  • 4

  • APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

    NOS CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE

    5

  • Súmula 469 (cancelada): Aplica-se o Código de Defesa do

    Consumidor aos contratos de plano de saúde.

    Súmula 608 (2018): Aplica-se o Código de Defesa doConsumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os

    administrados por entidades de autogestão.

    Súmula 609 (2018): A recusa de cobertura securitária, sob a

    alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve a

    exigência de exames médicos prévios à contratação ou a

    demonstração de má-fé do segurado.

    6

  • Segundo a Resolução Normativa 137, da ANS, de 14/11/2006, a

    operadora de autogestão é...(...) a pessoa jurídica de direito público ou

    privado que, diretamente ou por intermédio de entidade pública

    ou privada patrocinadora, instituidora ou mantenedora,

    administra plano coletivo de assistência à saúde destinado

    exclusivamente a pessoas (e seus dependentes) a ela ligadas

    por vínculo jurídico ou estatutário, ou aos participantes (e

    seus dependentes) de associações, fundações, sindicatos e

    entidades de classes, nos termos dos incisos I, II e III e § 2º, do art.

    2º.

    Ex: CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil).

    7

  • Demora no atendimento:

    8

    Resolução Normativa nº 259 ANS

    Estabelecimento de prazos máximos que devem ser cumpridospelas

    operadoras para atendimento aos beneficiários de planos de saúde.

  • 9

  • 1

    DEMORA EXCESSIVA EM AUTORIZAR PROCEDIMENTO

    EQUIVALE À VERDADEIRA RECUSA.

    10

    Dano moral in re ipsa

  • Apelação. Plano de saúde. Obrigação de fazer cumulada com

    indenização por dano moral. (...) 1. Patente o interesse

    processual do autor, visto que a operadora de saúde deixou

    de autorizar com brevidade a íntegra dos procedimentos

    solicitados pelo autor, revelando necessidade de intervenção

    judicial para que a parte autora se desvencilhasse de

    daexcessiva burocracia administrativa. 2. A conduta

    operadora, na demora de autorizar atendimentofisioterápico para controle de moléstia incontroversamente

    coberta, se afigura abusiva por representar indevida

    interferência na atividade médica. Demora na apreciação do

    pleito que se assimila à recusa abusiva. Dever de custeio reconhecido,

    11

  • em sua integralidade. 3. Período suficiente para caracterizar

    demora injustificada no procedimento de autorização a ser

    emitida pela operadora do plano de saúde, transtorno que se

    equipara, evidentemente, à recusa indevida de cobertura em

    situação de urgência com potencial causador de dano moral

    indenizável. Rejeitado o pedido subsidiário de minoração do

    quantum indenizatório. 4. Recurso de apelação da ré não provido. TJSP

    1009969.53-2016. 8.26.0554.

    12

  • PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE

    OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.

    DISSONÂNCIA ENTRE O ACÓRDÃO RECORRIDO E A

    JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 568/STJ.

    1. Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais,

    fundada na indevida negativa de procedimento cirúrgico. 2. A

    13

    recusa indevida/injustificada, pela operadora de plano

    de saúde, em autorizar a cobertura financeira de

    tratamento médico a que esteja legal ou

    contratualmente obrigada, enseja reparação a título de

    dano moral, por agravar a situação de aflição

  • psicológica e de angústia no espírito do beneficiário.

    Precedentes. Ante o entendimento dominante do tema nas

    Turmas de Direito Privado, aplica-se, no particular, a Súmula

    568/STJ. 3. Agravo em recurso especial conhecido. Recurso

    especial conhecido e provido. BRASIL STJ AGRAVO EM

    RECURSO ESPECIAL Nº 1.449.008 - CE (2019/0036721-1)

    RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI J. 03/2019.

    14

  • Imagine a seguinte situação hipotética: Maria é cliente de um planode saúde. Vale ressaltar que seu contrato oferece cobertura inclusive para

    tratamento obstétrico. Maria ficou grávida e deu à luz a Lucas. Ocorre que o

    bebê apresentou problema respiratório ao nascer. Os pais tentaram que o plano

    15

    de saúde atendesse o recém-nascido, mas, como a autorização estava

    demorando muito para ser dada, e considerando que ele corria risco de morte,

    eles decidiram interná-lo pagando do próprio bolso o tratamento. Felizmente,

    depois de 20 dias na UTI neonatal, Lucas teve alta e pode ser levado para casa.

    Maria ingressou, então, com ação de indenização contra o plano de

    saúde cobrando todos os custos que teve com o tratamento do filho.

    O plano de saúde contestou a demanda afirmando que o contrato

    previa a assistência de saúde apenas à Maria, e não ao seu filho, o

    que deveria ser ainda objeto de aditamento do pacto.

  • Quando o contrato de plano de saúde incluir atendimento obstétrico, a operadora

    tem o dever de prestar assistência ao recém-nascido durante os primeiros trinta dias

    após o parto (art. 12, III, "a", da Lei nº 9.656/98), independentemente de a

    operadora ter autorizado a efetivação da cobertura, ter ou não custeado o parto,

    tampouco de inscrição do neonato como dependente nos trinta dias seguintes ao

    nascimento.

    STJ. 4ª Turma. REsp 1.269.757-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em

    3/5/2016 (Info 584).

    16

  • LPS Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que

    tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I

    a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no

    plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas:

    (...)

    III - quando incluir atendimento obstétrico:

    17

  • a) cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do

    consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros trinta dias após o

    parto;

    18

    b) inscrição assegurada ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do

    consumidor, como dependente, isento do cumprimento dos períodos de

    carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do

    nascimento ou da adoção;

  • 2

    19

    NEGATIVA DE COBERTURA EM PERIODO DE CARÊNCIA

    Artigo 12.

    V - quando fixar períodos de carência: a) prazo máximo de trezentos

    dias para partos a termo; b) prazo máximo de cento e oitenta dias para

    os demais casos; c) prazo máximo de vinte e quatro horas para

    a cobertura dos casos de urgência e emergência;

  • APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE

    FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL.

    PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE

    PROCEDIMENTO CIRÚRGICO (CARDÍACO) EM CARÁTER

    DE URGÊNCIA, SOB ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE

    PERÍODO DE CARÊNCIA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA

    PARCIAL, CONDENANDO O REEMBOLSO DA QUANTIA PAGA

    PELO AUTOR E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO VALOR

    DE R$8.000,00 (OITO MIL REAIS). RECURSO DA PARTE RÉ

    PRETENDENDO A IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS E,

    SUBSIDIARIAMENTE, A REDUÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.

    RECURSO QUE NÃO MERECE PROSPERAR. CARÁTER

    20

  • EMERGENCIAL DO PROCEDIMENTO QUE AFASTA A

    NECESSIDADE DO CUMPRIMENTO DA CARÊNCIA.

    INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 12 DA LEI Nº 9.656/98.

    CLÁUSULAS LIMITATIVAS OU OBSTATIVAS DAS

    OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS PELAS SEGURADORAS DE

    SAÚDE QUE DEVEM SER INTERPRETADAS À LUZ DA BOA-

    FÉ OBJETIVA E DA MANEIRA MAIS FAVORÁVEL AO

    CONSUMIDOR (ART. 47 DO CDC). RISCO REAL DE

    AGRAVAMENTO PARA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA E MORTE,

    JUSTIFICANDO A REALIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA,

    CONFORME CORROBORADO PELA PROVA PERICIAL REALIZADA

    NO FEITO, CUJA CONCLUSÃO MOSTRA-SE FAVORÁVEL AO21

  • AUTOR. NECESSIDADE DO PROCEDIMENTO EVIDENCIADA NOS

    AUTOS. DANO MORAL CONFIGURADO. VIOLAÇÃO À

    DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PRECEDENTES DESTE E.

    TRIBUNAL. VERBA COMPENSATÓRIA QUE DEVE SER MANTIDA,

    POIS BEM DOSADA, ANTE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO

    CONCRETO, SENDO OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA

    RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE E OS DEMAIS

    CRITÉRIOS APONTADOS PELA DOUTRINA. INCIDÊNCIA DA

    SÚMULA 343 DO TJRJ. PRECEDENTES DESTE EG. TRIBUNAL.

    DESPROVIMENTO DO RECURSO. TJRJ 010901-46.2006.8.19.0023 - APELAÇÃO -1ª Ementa Des(a). CINTIA SANTAREM CARDINALI - Julgamento: 25/07/2018 – VIGÉSIMA

    QUARTA CÂMARA CÍVEL Acórdão - Data de Julgamento: 25/07/2018.

    22

  • Complicações de Processo Gestacional

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE SAÚDE. RELAÇÃO DE

    CONSUMO. DECISÃO QUE CORRETAMENTE ANTECIPOU OS

    EFEITOS DA TUTELA. URGÊNCIA DA INTERNAÇÃO. LAUDO

    MÉDICO.

    Agravada que se encontra grávida de 10 semanas, com quadro

    infeccioso, necessitando com urgência de internação hospitalar em

    centro de Terapia Intensiva (CTI) devido à gravidade do quadro clínico.

    23

    Inconsistência da negativa de autorização no sentido de que

    não fora cumprido o período de carência. Expressa previsão

    no art. 35-C, inciso II da lei 9.656/98 de que é obrigatória a

  • cobertura do atendimento nos casos de urgência, assim

    entendidos os resultantes de complicações no processo

    gestacional. Probabilidade do direito evidente. Laudo Médico. Risco

    de dano irreparável à saúde e vida da segurada, que se

    sobrepõe à possibilidade de irreversibilidade da medida.

    Multa diária pelo descumprimento, no valor de R$ 10.000,00, que tem

    como escopo promover a efetividade da decisão judicial. Montante

    compatível com o fim almejado, o de evitar maiores complicações à

    saúde da Agravada e seu bebê, atendendo ao caráter coercitivo do

    instituto. RECURSO DESPROVIDO. 0005914-16.2018.8.19.0000 -

    AGRAVO DE INSTRUMENTO - Des(a). DENISE NICOLL SIMÕES -

    Julgamento: 27/03/2018 - QUINTA CÂMARA CÍVEL

    24

  • 3

    25

    Reajustes Anuais e por Faixa Etária

  • A grande maioria dos consumidores contrata

    26

    planos coletivos de saúde

  • 1. Os planos coletivos de saúde são regulados pela ANS e pela Lei

    nº 9.656/98 tanto quanto os planos individuais. Apenas o reajuste

    dos planos coletivos não é definido pela ANS, uma vez que o

    27

    índice é determinado a partir da negociação entre a pessoa

    jurídica contratante e a operadora de plano de saúde. As

    demais regras e operações para os planos coletivos são as mesmas que

    as dos planos individuais, como por exemplo, a cobertura assistencial

    obrigatória – rol de procedimentos e eventos em saúde.

  • 2. O reajuste anual de planos coletivos é aplicado conforme as

    normas contratuais definidas entre a operadora de planos de

    saúde e a pessoa jurídica contratante (empresa, sindicato,

    associação) e deve ser comunicado à ANS em no máximo até

    30 dias após o aumento do preço. Não é permitida a aplicação

    de reajustes diferenciados dentro de um mesmo contrato.

    28

  • 3. Os planos coletivos de saúde podem rescindir o contrato. É possível

    a rescisão unilateral e imotivada de contrato coletivo de plano de saúde,

    desde que cumprida a vigência de 12 meses e feita a notificação prévia

    do contratante com antecedência mínima de 60 dias, e respeitada,

    29

    ainda, a continuidade do vínculo contratual para os

    beneficiários que estiverem internados ou em tratamento

    médico, até a respectiva alta. Vide STJ REsp nº 1818495 / SP. Min.MARCO AURÉLIO BELLIZZE - TERCEIRA TURMA. (02/2020)

  • Reajuste anual

    Nos contratos novos individuais/familiares, o reajuste

    anual deve ser aprovado pela ANS e previsto no contrato. No

    caso dos contratos antigos (firmados até 31/12/1998), deve

    ser aplicado o mesmo índice de reajuste anual autorizado

    pela ANS para os contratos novos.

    30

  • STJ

    31

    Planos Individuais/Familiares

    Tema Repetitivo 952

    REsp 1568244 / RJ

  • RECURSO ESPECIAL REPETITIVO.

    32

    NEGATIVA DE

    PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. CIVIL.

    PLANO DE SAÚDE. MODALIDADE INDIVIDUAL OU

    FAMILIAR. CLÁUSULA DE REAJUSTE DE MENSALIDADE

    POR MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. LEGALIDADE. ÚLTIMO

    GRUPO DE RISCO. PERCENTUAL DE REAJUSTE.

    DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS. ABUSIVIDADE. NÃO

    CARACTERIZAÇÃO. EQUILÍBRIO FINANCEIRO-ATUARIAL

    DO CONTRATO.

    10. TESE para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O reajuste de

    mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na

    mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que (i)haja previsão

  • contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos

    33

    governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais

    desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial

    idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso.

    11. CASO CONCRETO: Não restou configurada nenhuma política de

    preços desmedidos ou tentativa de formação, pela operadora, de "cláusula

    de barreira" com o intuito de afastar a usuária quase idosa da relação

    contratual ou do plano de saúde por impossibilidade financeira. Longe

    disso, não ficou patente a onerosidade excessiva ou discriminatória,

    sendo, portanto, idôneos o percentual de reajuste e o aumento da

    mensalidade fundados na mudança de faixa etária da autora.

  • DECISÃO DE AFETAÇÃO

    Pesquisa de tema: Tema Repetitivo 1016

    Planos Coletivos de Saúde

    CONTROVÉRSIA SOBRE A VALIDADE DA CLÁUSULA DE

    REAJUSTE POR FAIXA ETÁRIA E SOBRE O ÔNUS DA

    PROVA DA BASE ATUARIAL DO REAJUSTE. DISTINÇÃO

    34

    COM A HIPÓTESE DO TEMA 952/STJ. S2 –

    SEGUNDA SEÇÃO Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO

  • Mudança de Entendimento

    STJ: Reajuste por idade em seguro de vida não é abusivo

    REsp 1.769.111

    35

  • O C. STJ, portanto, ao apreciar o Recurso Especial decidiu

    pela ilegalidade dos reajustes a título de faixa etária nas

    faixas etárias superiores a 60 anos e desde que conte o

    Segurado com mais de dez anos de vínculo.

    36

  • “RECURSO ESPECIAL. REVISIONAL DE CONTRATO DE

    SEGURO DE VIDA. REAJUSTE DO VALOR DO PRÊMIO.

    MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS

    37

    ELENCADOS NO ART. 535

    RECONHECIDA LIMITADA

    DO CPC. ABUSIVIDADE

    ÀS FAIXAS ETÁRIAS

    SUPERIORES A 60 ANOS E

    SEGURADO COM MAIS DE

    DESDE

    10 ANOS

    QUE CONTE O

    DE VÍNCULO.

    ANALOGIA COM CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE.

    SUCUMBÊNCIA MANTIDA. PARCIAL PROCEDÊNCIA.

    1. Não há violação do disposto no art. 535 do CPC quando o

    aresto recorrido adota fundamentação suficiente para

  • dirimir a controvérsia, sendo desnecessária a manifestação

    expressa sobre todos os argumentos apresentados.

    2. A cláusula que estabelece o aumento do prêmio do seguro

    de acordo com a faixa etária, se mostra abusiva somente após

    o segurado complementar 60 anos de idade e ter mais de 10

    anos de vínculo contratual. Precedente. 3. Recurso especial

    parcialmente provido.”

    Recurso Especial Nº 1.376.550 – RS.

    38

  • 4

    39

    REPRODUÇÃO ASSISTIDA

  • Terceira Turma STJ (2019) Tese da Exclusão da Cobertura.

    Rel. Min. Nancy Andrigui REsp nº 1.795.867 / SP

    O propósito recursal é definir se a inseminação artificial por meio da técnica de fertilização

    in vitro deve ser custeada por plano de saúde. Essa técnica consiste em um procedimento

    artificial expressamente excluído do plano de assistência à saúde, conforme fixado

    pelo artigo 10, inciso III, da Lei 9.656/1998 (Lei dos Planos de Saúde). Aos

    consumidores estão assegurados, quanto à atenção em planejamento familiar, o acesso aos

    métodos e técnicas para a concepção e a contracepção, o acompanhamento de profissional

    habilitado (v.g. ginecologistas, obstetras, urologistas), a realização de exames clínicos e

    laboratoriais, os atendimentos de urgência e de emergência, inclusive a utilização de recursos

    comportamentais, medicamentosos ou cirúrgicos, reversíveis e irreversíveis em matéria

    reprodutiva. A limitação da lei quanto à inseminação artificial (art. 10, III, LPS)

    apenas representa uma exceção à regra geral de atendimento obrigatório em

    casos que envolvem o planejamento familiar (art. 35-C, III, LPS).

    40

  • Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com

    cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar,

    compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no

    Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar,

    quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na

    Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

    Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde,

    respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei,

    exceto:

    (...)

    III - inseminação artificial;

    41

  • Uma das discussões sem uniformização de jurisprudência é justamente

    o alcance jurídico do art. 10, III, da Lei 9.656/98, pontualmente se ao

    excluir a inseminação artificial do plano referência também deve ser

    compreendida, ou não, a exclusão da técnica de fertilização in vitro.

    42

  • Dica 1: Precedentes do STF.

    Tem-se, pois, que, na esteira da jurisprudência do Supremo

    Tribunal Federal, a alegação de violação da dignidade da

    pessoa humana, por tangenciar relação jurídica de viés

    contratual, regida por normas de direito público, não se

    reveste de repercussão geral a permitir a admissão de

    43

    aludida

    índole

    recurso extraordinário com fundamento na

    alegação, haja vista que se trata de matéria de

    infraconstitucional.

  • 5

    44

    DESCREDENCIAMENTO

  • LPS Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de serviço de saúde

    como contratado, referenciado ou credenciado dos produtos de que

    tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica compromisso

    com os consumidores quanto à sua manutenção ao longo da

    vigência dos contratos, permitindo-se sua substituição, desde

    que seja por outro prestador equivalente e mediante

    comunicação aos consumidores com 30 (trinta) dias de

    antecedência. (Redação dada pela Lei nº 13.003, de 2014)

    45

  • 6

    46

    RECUSA NO FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS

  • "O contrato de plano de saúde pode limitar as doenças a serem cobertas

    não lhe sendo permitido, ao contrário, delimitar os

    procedimentos, exames e técnicas necessárias ao tratamento

    da enfermidade constante da cobertura" (AgInt no AREsp n.

    622.630/PE, Relatora Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA

    TURMA, DJe 18/12/2017).

    47

  • "AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CIVIL E

    PROCESSUAL CIVIL (CPC/2015). PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE

    PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. NEGATIVA DE

    COBERTURA. CLÁUSULA LIMITATIVA E AUSÊNCIA NO ROL DA ANS

    NÃO JUSTIFICA A RECUSA DE COBERTURA DE PROCEDIMENTO

    INDICADO PELO MÉDICO. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM A

    JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. TRATAMENTO. NEGATIVA NO

    FORNECIMENTO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS POR

    MÉDICO. DANOS MORAIS. INDEVIDA NEGATIVA DE

    COBERTURA. CABIMENTO. PRECEDENTES. VALOR. REVISÃO.

    SÚMULA Nº 7/STJ. AGRAVO DESPROVIDO." (AgInt no AREsp1.448.210/RJ,Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em

    1º/07/2019, DJe de 02/08/2019).48

  • Obrigado

    [email protected]

    49

    mailto:[email protected]