cdc código de defesa do consumidor lei nº 8.078/90; lei … · 2020. 8. 19. · legislação: cdc...
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Legislação:
CDC – Código de Defesa do Consumidor – Lei Nº 8.078/90;
Lei dos Planos de Saúde – Lei 9.656/98;
Lei da ANS: 9961/2000.
Resolução Normativa - RN Nº 428, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2017.
Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a
referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de
assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999;
Resolução Normativa - RN Nº 453, de 12 de março de 2020. Altera a
Resolução Normativa - RN nº 428, de 07 de novembro de 2017, que dispõe
sobre o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde no âmbito da Saúde
Suplementar, para regulamentar a cobertura obrigatória e a utilização de
testes diagnósticos para infecção pelo Coronavírus.1
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Planos de saúde, um dos líderes em reclamações!
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APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
NOS CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE
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Súmula 469 (cancelada): Aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor aos contratos de plano de saúde.
Súmula 608 (2018): Aplica-se o Código de Defesa doConsumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os
administrados por entidades de autogestão.
Súmula 609 (2018): A recusa de cobertura securitária, sob a
alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve a
exigência de exames médicos prévios à contratação ou a
demonstração de má-fé do segurado.
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Segundo a Resolução Normativa 137, da ANS, de 14/11/2006, a
operadora de autogestão é...(...) a pessoa jurídica de direito público ou
privado que, diretamente ou por intermédio de entidade pública
ou privada patrocinadora, instituidora ou mantenedora,
administra plano coletivo de assistência à saúde destinado
exclusivamente a pessoas (e seus dependentes) a ela ligadas
por vínculo jurídico ou estatutário, ou aos participantes (e
seus dependentes) de associações, fundações, sindicatos e
entidades de classes, nos termos dos incisos I, II e III e § 2º, do art.
2º.
Ex: CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil).
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Demora no atendimento:
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Resolução Normativa nº 259 ANS
Estabelecimento de prazos máximos que devem ser cumpridospelas
operadoras para atendimento aos beneficiários de planos de saúde.
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DEMORA EXCESSIVA EM AUTORIZAR PROCEDIMENTO
EQUIVALE À VERDADEIRA RECUSA.
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Dano moral in re ipsa
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Apelação. Plano de saúde. Obrigação de fazer cumulada com
indenização por dano moral. (...) 1. Patente o interesse
processual do autor, visto que a operadora de saúde deixou
de autorizar com brevidade a íntegra dos procedimentos
solicitados pelo autor, revelando necessidade de intervenção
judicial para que a parte autora se desvencilhasse de
daexcessiva burocracia administrativa. 2. A conduta
operadora, na demora de autorizar atendimentofisioterápico para controle de moléstia incontroversamente
coberta, se afigura abusiva por representar indevida
interferência na atividade médica. Demora na apreciação do
pleito que se assimila à recusa abusiva. Dever de custeio reconhecido,
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em sua integralidade. 3. Período suficiente para caracterizar
demora injustificada no procedimento de autorização a ser
emitida pela operadora do plano de saúde, transtorno que se
equipara, evidentemente, à recusa indevida de cobertura em
situação de urgência com potencial causador de dano moral
indenizável. Rejeitado o pedido subsidiário de minoração do
quantum indenizatório. 4. Recurso de apelação da ré não provido. TJSP
1009969.53-2016. 8.26.0554.
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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
DISSONÂNCIA ENTRE O ACÓRDÃO RECORRIDO E A
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 568/STJ.
1. Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais,
fundada na indevida negativa de procedimento cirúrgico. 2. A
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recusa indevida/injustificada, pela operadora de plano
de saúde, em autorizar a cobertura financeira de
tratamento médico a que esteja legal ou
contratualmente obrigada, enseja reparação a título de
dano moral, por agravar a situação de aflição
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psicológica e de angústia no espírito do beneficiário.
Precedentes. Ante o entendimento dominante do tema nas
Turmas de Direito Privado, aplica-se, no particular, a Súmula
568/STJ. 3. Agravo em recurso especial conhecido. Recurso
especial conhecido e provido. BRASIL STJ AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL Nº 1.449.008 - CE (2019/0036721-1)
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI J. 03/2019.
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Imagine a seguinte situação hipotética: Maria é cliente de um planode saúde. Vale ressaltar que seu contrato oferece cobertura inclusive para
tratamento obstétrico. Maria ficou grávida e deu à luz a Lucas. Ocorre que o
bebê apresentou problema respiratório ao nascer. Os pais tentaram que o plano
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de saúde atendesse o recém-nascido, mas, como a autorização estava
demorando muito para ser dada, e considerando que ele corria risco de morte,
eles decidiram interná-lo pagando do próprio bolso o tratamento. Felizmente,
depois de 20 dias na UTI neonatal, Lucas teve alta e pode ser levado para casa.
Maria ingressou, então, com ação de indenização contra o plano de
saúde cobrando todos os custos que teve com o tratamento do filho.
O plano de saúde contestou a demanda afirmando que o contrato
previa a assistência de saúde apenas à Maria, e não ao seu filho, o
que deveria ser ainda objeto de aditamento do pacto.
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Quando o contrato de plano de saúde incluir atendimento obstétrico, a operadora
tem o dever de prestar assistência ao recém-nascido durante os primeiros trinta dias
após o parto (art. 12, III, "a", da Lei nº 9.656/98), independentemente de a
operadora ter autorizado a efetivação da cobertura, ter ou não custeado o parto,
tampouco de inscrição do neonato como dependente nos trinta dias seguintes ao
nascimento.
STJ. 4ª Turma. REsp 1.269.757-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
3/5/2016 (Info 584).
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LPS Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que
tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I
a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no
plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas:
(...)
III - quando incluir atendimento obstétrico:
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a) cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do
consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros trinta dias após o
parto;
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b) inscrição assegurada ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do
consumidor, como dependente, isento do cumprimento dos períodos de
carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do
nascimento ou da adoção;
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NEGATIVA DE COBERTURA EM PERIODO DE CARÊNCIA
Artigo 12.
V - quando fixar períodos de carência: a) prazo máximo de trezentos
dias para partos a termo; b) prazo máximo de cento e oitenta dias para
os demais casos; c) prazo máximo de vinte e quatro horas para
a cobertura dos casos de urgência e emergência;
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APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL.
PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO (CARDÍACO) EM CARÁTER
DE URGÊNCIA, SOB ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE
PERÍODO DE CARÊNCIA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA
PARCIAL, CONDENANDO O REEMBOLSO DA QUANTIA PAGA
PELO AUTOR E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO VALOR
DE R$8.000,00 (OITO MIL REAIS). RECURSO DA PARTE RÉ
PRETENDENDO A IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS E,
SUBSIDIARIAMENTE, A REDUÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.
RECURSO QUE NÃO MERECE PROSPERAR. CARÁTER
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EMERGENCIAL DO PROCEDIMENTO QUE AFASTA A
NECESSIDADE DO CUMPRIMENTO DA CARÊNCIA.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 12 DA LEI Nº 9.656/98.
CLÁUSULAS LIMITATIVAS OU OBSTATIVAS DAS
OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS PELAS SEGURADORAS DE
SAÚDE QUE DEVEM SER INTERPRETADAS À LUZ DA BOA-
FÉ OBJETIVA E DA MANEIRA MAIS FAVORÁVEL AO
CONSUMIDOR (ART. 47 DO CDC). RISCO REAL DE
AGRAVAMENTO PARA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA E MORTE,
JUSTIFICANDO A REALIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA,
CONFORME CORROBORADO PELA PROVA PERICIAL REALIZADA
NO FEITO, CUJA CONCLUSÃO MOSTRA-SE FAVORÁVEL AO21
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AUTOR. NECESSIDADE DO PROCEDIMENTO EVIDENCIADA NOS
AUTOS. DANO MORAL CONFIGURADO. VIOLAÇÃO À
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PRECEDENTES DESTE E.
TRIBUNAL. VERBA COMPENSATÓRIA QUE DEVE SER MANTIDA,
POIS BEM DOSADA, ANTE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO
CONCRETO, SENDO OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE E OS DEMAIS
CRITÉRIOS APONTADOS PELA DOUTRINA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 343 DO TJRJ. PRECEDENTES DESTE EG. TRIBUNAL.
DESPROVIMENTO DO RECURSO. TJRJ 010901-46.2006.8.19.0023 - APELAÇÃO -1ª Ementa Des(a). CINTIA SANTAREM CARDINALI - Julgamento: 25/07/2018 – VIGÉSIMA
QUARTA CÂMARA CÍVEL Acórdão - Data de Julgamento: 25/07/2018.
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Complicações de Processo Gestacional
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE SAÚDE. RELAÇÃO DE
CONSUMO. DECISÃO QUE CORRETAMENTE ANTECIPOU OS
EFEITOS DA TUTELA. URGÊNCIA DA INTERNAÇÃO. LAUDO
MÉDICO.
Agravada que se encontra grávida de 10 semanas, com quadro
infeccioso, necessitando com urgência de internação hospitalar em
centro de Terapia Intensiva (CTI) devido à gravidade do quadro clínico.
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Inconsistência da negativa de autorização no sentido de que
não fora cumprido o período de carência. Expressa previsão
no art. 35-C, inciso II da lei 9.656/98 de que é obrigatória a
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cobertura do atendimento nos casos de urgência, assim
entendidos os resultantes de complicações no processo
gestacional. Probabilidade do direito evidente. Laudo Médico. Risco
de dano irreparável à saúde e vida da segurada, que se
sobrepõe à possibilidade de irreversibilidade da medida.
Multa diária pelo descumprimento, no valor de R$ 10.000,00, que tem
como escopo promover a efetividade da decisão judicial. Montante
compatível com o fim almejado, o de evitar maiores complicações à
saúde da Agravada e seu bebê, atendendo ao caráter coercitivo do
instituto. RECURSO DESPROVIDO. 0005914-16.2018.8.19.0000 -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - Des(a). DENISE NICOLL SIMÕES -
Julgamento: 27/03/2018 - QUINTA CÂMARA CÍVEL
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Reajustes Anuais e por Faixa Etária
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A grande maioria dos consumidores contrata
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planos coletivos de saúde
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1. Os planos coletivos de saúde são regulados pela ANS e pela Lei
nº 9.656/98 tanto quanto os planos individuais. Apenas o reajuste
dos planos coletivos não é definido pela ANS, uma vez que o
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índice é determinado a partir da negociação entre a pessoa
jurídica contratante e a operadora de plano de saúde. As
demais regras e operações para os planos coletivos são as mesmas que
as dos planos individuais, como por exemplo, a cobertura assistencial
obrigatória – rol de procedimentos e eventos em saúde.
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2. O reajuste anual de planos coletivos é aplicado conforme as
normas contratuais definidas entre a operadora de planos de
saúde e a pessoa jurídica contratante (empresa, sindicato,
associação) e deve ser comunicado à ANS em no máximo até
30 dias após o aumento do preço. Não é permitida a aplicação
de reajustes diferenciados dentro de um mesmo contrato.
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3. Os planos coletivos de saúde podem rescindir o contrato. É possível
a rescisão unilateral e imotivada de contrato coletivo de plano de saúde,
desde que cumprida a vigência de 12 meses e feita a notificação prévia
do contratante com antecedência mínima de 60 dias, e respeitada,
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ainda, a continuidade do vínculo contratual para os
beneficiários que estiverem internados ou em tratamento
médico, até a respectiva alta. Vide STJ REsp nº 1818495 / SP. Min.MARCO AURÉLIO BELLIZZE - TERCEIRA TURMA. (02/2020)
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Reajuste anual
Nos contratos novos individuais/familiares, o reajuste
anual deve ser aprovado pela ANS e previsto no contrato. No
caso dos contratos antigos (firmados até 31/12/1998), deve
ser aplicado o mesmo índice de reajuste anual autorizado
pela ANS para os contratos novos.
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STJ
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Planos Individuais/Familiares
Tema Repetitivo 952
REsp 1568244 / RJ
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RECURSO ESPECIAL REPETITIVO.
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NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. CIVIL.
PLANO DE SAÚDE. MODALIDADE INDIVIDUAL OU
FAMILIAR. CLÁUSULA DE REAJUSTE DE MENSALIDADE
POR MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. LEGALIDADE. ÚLTIMO
GRUPO DE RISCO. PERCENTUAL DE REAJUSTE.
DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS. ABUSIVIDADE. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. EQUILÍBRIO FINANCEIRO-ATUARIAL
DO CONTRATO.
10. TESE para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O reajuste de
mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na
mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que (i)haja previsão
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contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos
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governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais
desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial
idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso.
11. CASO CONCRETO: Não restou configurada nenhuma política de
preços desmedidos ou tentativa de formação, pela operadora, de "cláusula
de barreira" com o intuito de afastar a usuária quase idosa da relação
contratual ou do plano de saúde por impossibilidade financeira. Longe
disso, não ficou patente a onerosidade excessiva ou discriminatória,
sendo, portanto, idôneos o percentual de reajuste e o aumento da
mensalidade fundados na mudança de faixa etária da autora.
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DECISÃO DE AFETAÇÃO
Pesquisa de tema: Tema Repetitivo 1016
Planos Coletivos de Saúde
CONTROVÉRSIA SOBRE A VALIDADE DA CLÁUSULA DE
REAJUSTE POR FAIXA ETÁRIA E SOBRE O ÔNUS DA
PROVA DA BASE ATUARIAL DO REAJUSTE. DISTINÇÃO
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COM A HIPÓTESE DO TEMA 952/STJ. S2 –
SEGUNDA SEÇÃO Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO
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Mudança de Entendimento
STJ: Reajuste por idade em seguro de vida não é abusivo
REsp 1.769.111
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O C. STJ, portanto, ao apreciar o Recurso Especial decidiu
pela ilegalidade dos reajustes a título de faixa etária nas
faixas etárias superiores a 60 anos e desde que conte o
Segurado com mais de dez anos de vínculo.
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“RECURSO ESPECIAL. REVISIONAL DE CONTRATO DE
SEGURO DE VIDA. REAJUSTE DO VALOR DO PRÊMIO.
MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS
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ELENCADOS NO ART. 535
RECONHECIDA LIMITADA
DO CPC. ABUSIVIDADE
ÀS FAIXAS ETÁRIAS
SUPERIORES A 60 ANOS E
SEGURADO COM MAIS DE
DESDE
10 ANOS
QUE CONTE O
DE VÍNCULO.
ANALOGIA COM CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE.
SUCUMBÊNCIA MANTIDA. PARCIAL PROCEDÊNCIA.
1. Não há violação do disposto no art. 535 do CPC quando o
aresto recorrido adota fundamentação suficiente para
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dirimir a controvérsia, sendo desnecessária a manifestação
expressa sobre todos os argumentos apresentados.
2. A cláusula que estabelece o aumento do prêmio do seguro
de acordo com a faixa etária, se mostra abusiva somente após
o segurado complementar 60 anos de idade e ter mais de 10
anos de vínculo contratual. Precedente. 3. Recurso especial
parcialmente provido.”
Recurso Especial Nº 1.376.550 – RS.
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REPRODUÇÃO ASSISTIDA
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Terceira Turma STJ (2019) Tese da Exclusão da Cobertura.
Rel. Min. Nancy Andrigui REsp nº 1.795.867 / SP
O propósito recursal é definir se a inseminação artificial por meio da técnica de fertilização
in vitro deve ser custeada por plano de saúde. Essa técnica consiste em um procedimento
artificial expressamente excluído do plano de assistência à saúde, conforme fixado
pelo artigo 10, inciso III, da Lei 9.656/1998 (Lei dos Planos de Saúde). Aos
consumidores estão assegurados, quanto à atenção em planejamento familiar, o acesso aos
métodos e técnicas para a concepção e a contracepção, o acompanhamento de profissional
habilitado (v.g. ginecologistas, obstetras, urologistas), a realização de exames clínicos e
laboratoriais, os atendimentos de urgência e de emergência, inclusive a utilização de recursos
comportamentais, medicamentosos ou cirúrgicos, reversíveis e irreversíveis em matéria
reprodutiva. A limitação da lei quanto à inseminação artificial (art. 10, III, LPS)
apenas representa uma exceção à regra geral de atendimento obrigatório em
casos que envolvem o planejamento familiar (art. 35-C, III, LPS).
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Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com
cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar,
compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no
Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar,
quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde,
respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei,
exceto:
(...)
III - inseminação artificial;
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Uma das discussões sem uniformização de jurisprudência é justamente
o alcance jurídico do art. 10, III, da Lei 9.656/98, pontualmente se ao
excluir a inseminação artificial do plano referência também deve ser
compreendida, ou não, a exclusão da técnica de fertilização in vitro.
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Dica 1: Precedentes do STF.
Tem-se, pois, que, na esteira da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, a alegação de violação da dignidade da
pessoa humana, por tangenciar relação jurídica de viés
contratual, regida por normas de direito público, não se
reveste de repercussão geral a permitir a admissão de
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aludida
índole
recurso extraordinário com fundamento na
alegação, haja vista que se trata de matéria de
infraconstitucional.
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DESCREDENCIAMENTO
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LPS Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de serviço de saúde
como contratado, referenciado ou credenciado dos produtos de que
tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica compromisso
com os consumidores quanto à sua manutenção ao longo da
vigência dos contratos, permitindo-se sua substituição, desde
que seja por outro prestador equivalente e mediante
comunicação aos consumidores com 30 (trinta) dias de
antecedência. (Redação dada pela Lei nº 13.003, de 2014)
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RECUSA NO FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS
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"O contrato de plano de saúde pode limitar as doenças a serem cobertas
não lhe sendo permitido, ao contrário, delimitar os
procedimentos, exames e técnicas necessárias ao tratamento
da enfermidade constante da cobertura" (AgInt no AREsp n.
622.630/PE, Relatora Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA
TURMA, DJe 18/12/2017).
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"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL (CPC/2015). PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. NEGATIVA DE
COBERTURA. CLÁUSULA LIMITATIVA E AUSÊNCIA NO ROL DA ANS
NÃO JUSTIFICA A RECUSA DE COBERTURA DE PROCEDIMENTO
INDICADO PELO MÉDICO. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. TRATAMENTO. NEGATIVA NO
FORNECIMENTO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS POR
MÉDICO. DANOS MORAIS. INDEVIDA NEGATIVA DE
COBERTURA. CABIMENTO. PRECEDENTES. VALOR. REVISÃO.
SÚMULA Nº 7/STJ. AGRAVO DESPROVIDO." (AgInt no AREsp1.448.210/RJ,Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em
1º/07/2019, DJe de 02/08/2019).48
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Obrigado
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mailto:[email protected]