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Catedral Metropolitana Ribeirão Preto SP Pe. Antônio Élcio de Souza (Pitico)

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Catedral Metropolitana

Ribeirão Preto – SP

Pe. Antônio Élcio de Souza (Pitico)

LITURGIA

POVO

LIT = laós

FAZERAÇÃOTRABALHOSERVIÇOOBRA

URGIA = ergon CELEBRAR =

.

Tornar célebrefestivoinesquecívelmemorávelsolene

MISTÉRIO PASCAL

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CELEBRAÇÃOLITÚRGICA

CRISTÃ

Para começar a falar de liturgia...

Liturgia do Povo da Antiga Aliança – “Povo Sacerdotal” (Ex19,3-6)

Ouvir (escutar) a Palavra e Guardar (obedecer)

=

Culto Espiritual

Aliança baseada no diálogo (sacramento)

O culto espiritual exigia expressão de ação de graças,

pedir perdão, súplica e como culto exterior oferecersacrifícios de animais. Mas sempre lembrando que oculto exterior tem que estar em sintonia com o interior(Jr 7, 21-23)

Vai surgir a ideia de que o culto externo vale por simesmo, basta a oferta. O Templo se torna muitofrequentado e vai surgir a necessidade do sacerdócio (oslevitas). Salmo 51,18-20

Durante o Exílio, como mataram os sacerdotes e não tem

mais Templo, restou a Palavra e surgem as sinagogas.Quando voltam para Jerusalém a primeira atividade é aconstrução do templo e restituição do sacerdócio.

Nesse momento se dá a chegada de Jesus Cristo – quetambém acusa a dicotomia e manda destruir o temploque ele reconstruirá em três dias. Agora escuta eobediência se dão no “corpo” – a eucaristia é antecipaçãoda oferta e síntese da vida de Jesus. Recupera-se acoerência do culto espiritual e externo.

O novo sacrifício é a oferta da vida, como Jesus fez.

Essa é a liturgia dos cristãos.

Oferenda (o que esta em processo) é diferente de oferta / ofertório (já é em ato).

Antigo Testamento

Templo

Sacerdote

Oferta / sacrifício

Novo Testamento

Corpo

Corpo (Ele mesmo)

Corpo (palavra/escuta + vontade/obediência)

Todos os cristãos estão incorporados a Cristo:

Templo, Sacerdote e Oferta

Liturgia Celebração

litúrgica

Celebração

litúrgica cristã

Povo / fazer, ação,

serviço = ação em

favor do povo

Deus é o grande

litúrgo (Ele continua

fazendo pelo povo)

Celebrar =

tornar célebre/

festivo/

memorável/

solene

Mistério Pascal

Ação de graças

Liturgia é uma

troca de “bênçãos”

A mais importante

bênção de Deus,

foi Jesus Cristo,

Ele é a causa da

nossa bênção

Sacrosanctum Concilium

( Concílio Vaticano II)

• n. 7 – Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre

presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Estápresente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro,quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presentecom o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que,quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Estápresente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida naIgreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando aIgreja reza e canta... Nela [liturgia], os sinais sensíveissignificam e, cada um à sua maneira, realizam a santificaçãodos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça emembros - presta a Deus o culto público integral. Portanto,qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristosacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada porexcelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmograu, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.

n. 9 – A sagrada Liturgia não esgota toda a ação da Igreja,porque os homens, antes de poderem participar naLiturgia, precisam de ouvir o apelo à fé e à conversão:«Como hão de invocar aquele em quem não creram? Oucomo hão de crer sem o terem ouvido? Como poderãoouvir se não houver quem pregue? E como se há depregar se não houver quem seja enviado?» (Rm 10, 14-15)

• n. 10 – Contudo, a Liturgia é simultaneamente a meta para aqual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emanatoda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-sea conseguir que todos os que se tornaram filhos de Deus pelafé e pelo Batismo se reúnam em assembleia para louvar aDeus no meio da Igreja, participem no Sacrifício e comam aCeia do Senhor.

• A Liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos«mistérios pascais», a viverem «unidos no amor»; pede «quesejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé»; e pelarenovação da aliança do Senhor com os homens na Eucaristia,e aquece os fiéis na caridade urgente de Cristo. Da Liturgia,pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de suafonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens comtotal eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus,a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras daIgreja.

Toda a ação litúrgica acontece dentro de um rito. Então, a

ação ritual é celebrada por uma comunidade como sujeitodesse rito, a partir de uma descrição (livro litúrgico) e datradição litúrgica da comunidade, dentro da sua realidade,com seus traços culturais, buscando interpretar a vida. Essacelebração supõe uma certa compreensão (teologia) daação realizada e uma atitude espiritual implícita queconduzirá a um compromisso (uma atitude de vida). (Cf.Ione BUYST, O segredo dos ritos: ritualidade e sacramentalidade da liturgiacristã. SP: Paulinas, 2011. p. 145.)

A celebração é o ponto culminante da vida, bem como a motivação mais forte para continuarmos lutando pela vida (Cf. Sacrosanctum Concilium, 10).

Sobre a liturgia...

gesto corporalFAZER (CORPOREIDADE)

sentido

teológico-litúrgico

PENSAR (RACIONALIDADE)

atitude

interior

SENTIR (AFETIVIDADE)

Uma imagem que pode nos ajudar é a dosdormentes alinhados para que o trem possapercorrer seu caminho sem sair do trilho.

Não esquecer! “Sem um profundo enraizamentoteológico e espiritual, as nossas ‘liturgias’ nãopassarão de passageira diversão devocional comum verniz ou aparência de santidade. Liturgianão é apenas uma expressão de religiosidade; éantes de tudo uma ação poderosa de Deus, oSenhor, que quer realizar em nós atransformação pascal e nos envia em missão aserviço de seu Reino.”(Ione BUYST, O segredo dos ritos:

ritualidade e sacramentalidade da liturgia cristã. SP: Paulinas,2011. p. 37.)

Para celebrar bem é preciso preparação.

Definição: É o serviço para animar a vida litúrgica, levando em

conta o contexto social, cultural e eclesial das comunidades,tendo em vista a participação ativa, consciente e plena detodos na celebração, para dela colherem os frutos espirituais.

Tarefa: preparação, realização e avaliação das celebrações dacomunidade.

As celebrações bem celebradas inserem as pessoas, através daação simbólico-ritual, na vivência do Mistério Pascal de Cristo.

A Pastoral litúrgica organiza-se tendo como referência osmomentos fortes do Ano Litúrgico, a festa do padroeiro,acontecimentos importantes na história da comunidade,celebrações dos sacramentos, privilegiando o domingo.

Pastoral Litúrgica

CNBB – Comissão de Liturgia.

Bispo diocesano – é o moderador e responsável peladisciplina litúrgica no âmbito da diocese.

Diocese e Regional – Comissão de Liturgia.

Paróquias e comunidades – tem um caráter bemmais concreto e prático e a meta é a vida litúrgica dacomunidade. (Equipe ou Serviço de Liturgia)

Organização da PL

Preparar a celebração não é reunir-se para dividir as

tarefas. É necessário haver um método que oriente essapreparação. Uma reunião para preparar umacelebração eucarística estacional deve durar de umahora a uma hora e trinta minutos. A preparação dacelebração deve ser um momento rico emespiritualidade para a própria equipe de liturgia, edeve ser realizada em um clima de oração ecelebração, para que todos possam enriquecer efortalecer o próprio serviço que desempenham.

Preparação

Ione Buyst na sua recente obra “O segredo dos Ritos”,

aponta como um valioso instrumento de preparaçãoda celebração a Lectio Divina (Leitura Orante). Essemétodo pode ser usado nas reuniões em equipe ouindividualmente. Ela observa que a leitura orante éantes de tudo um método litúrgico, podendoobservá-lo na liturgia da Palavra e na Liturgia dasHoras. É interessante observar que esse método podeser utilizado também pela equipe de canto. (Ione BUYST,

O segredo dos ritos, p. 149,157-158)

BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os fundamentos da Sagrada

Liturgia. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 306-314. BECKHÄUSER, Frei Alberto. Sacrosanctum Concilium: texto e

comentário. SP: Paulinas, 2012. CNBB. Animação da vida litúrgica no Brasil. SP: Paulinas, 1989.

(Documento 43) CNBB. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao

Lecionário. Brasília: Edições CNBB, 2008. CNBB. Guia Litúrgico-Pastoral. 2ª. Ed. Rev. e Ampliada. Brasília:

Edições CNBB. BUYST, Ione,. O segredo dos ritos: ritualidade e sacramentalidade da

liturgia cristã. SP: Paulinas, 2011. BUYST, Ione,. Participar da liturgia. SP: Paulinas, 2011. (Col.

Rede Celebra, n.10)

Bibliografia