Caso Pratico 1 ANDY WARHOL (1928–1987), COCA-COLA (1960): A SACRALIZAÇÃO ICÓNICA

DE UM OBJECTO BANAL

Andy Warhol

A r t i s t a p l á s t i c o e p r o d u t o r

cinematográfico norte-americano,

nascido em 1928 e falecido em 1987,

tornou-se o principal representante

da pop art, que ajudou a impor e a

f a z e r r e s p e i t a r n o s a n o s 6 0 .

As suas obras (serigrafias, sobretudo)

representam, por transfiguração, a

sociedade kitsch, imagens e objetos

p roduz idos em massa , f iguras

conhecidas e temas da publicidade,

numa alusão à cultura comercial

massificada dos Estados Unidos e do

O c i d e n t e e m g e r a l .

Andy Warhol, artista norte-americano, foi um dos pioneiros da Pop Art nos Estados Unidos. As suas obras são das que melhor ilustram a cultura popular dos mass media, das celebridades e dos bens de consumo, através da representação de

- objectos banais (garrafas de Coca-Cola, latas de sopa, notas de dólar, caixas de detergente…);

- celebridades (estrelas de Hollywood, políticos, cientistas e escritores famosos);

- personagens da banda desenhada (Mickey, Popeye, Super-Homem…);

- e de situações macabras (acidentes e suicídios), recorrendo a cores garridas, imagens simplificadas e repetições da linguagem visual da publicidade.

Warhol transformou a sua arte num negócio rentável, com a utilização de processos de impressão mecânicos, como a serigrafia, que permitiam a (re)produção rápida de imagens quase idênticas.

Removeu, de forma deliberada, quaisquer vestígios da mão do artista – não assinou qualquer obra.

Coca – Cola 1960 Warhol dessacraliza a obra de arte e

sacraliza a imagem de um objecto

banal, através da manipulação de

um produto-imagem da sociedade

de consumo, de um ícone da cultura

popular, reconhecível por todos.

As obras em que Warhol tratou as garrafas de Coca-Cola adquiriram

uma importância particular, já que, para além de constituir uma das

pedras fundamentais do moderno consumismo, a Coca-Cola

representa um autêntico símbolo da cultura norte-americana e do

“american way of life”.

Se, por um lado, Warhol fez arte a partir de marcas e produtos

massificados, por outro, acabou por converter a arte igualmente num

produto de massas.