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Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Página 1 Instituto Superior Miguel Torga Comunicação Empresarial Comunicação Empresarial Comunicação Empresarial Comunicação Empresarial Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Semiótica da Comunicação Prof. Dr. José Vasconcelos Sá

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IIIIIIIInnnnnnnnssssssssttttttttiiiiiiiittttttttuuuuuuuuttttttttoooooooo SSSSSSSSuuuuuuuuppppppppeeeeeeeerrrrrrrriiiiiiiioooooooorrrrrrrr MMMMMMMMiiiiiiiigggggggguuuuuuuueeeeeeeellllllll TTTTTTTToooooooorrrrrrrrggggggggaaaaaaaa

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Semiótica da ComunicaçãoSemiótica da ComunicaçãoSemiótica da ComunicaçãoSemiótica da Comunicação

Prof. Dr. José Vasconcelos Sá

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Análise integral da imagem de Análise integral da imagem de Análise integral da imagem de Análise integral da imagem de

Marilyn Monroe.Marilyn Monroe.Marilyn Monroe.Marilyn Monroe.

Elementos do GrupoElementos do GrupoElementos do GrupoElementos do Grupo::::

Inês Manuel Ferreira Cavadas – 7695

Maria de Castro e Sousa Maló de Abreu – 7479

Pedro Miguel de Almeida Neto - 7591

10101010 de Maio de 2008 de Maio de 2008 de Maio de 2008 de Maio de 2008

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IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Este trabalho tem como principal objectivo fazer a descrição

pormenorizada de uma imagem, à nossa escolha, tendo em conta vários

aspectos.

A célebre actriz Marilyn Monroe foi um dos temas mais

desenvolvidos por Warhol nas suas serigrafias baseadas num original

fotográfico do rosto da actriz. Diversas transformações de cor e de

mancha conseguiram oferecer uma imagem que, sendo sempre

diferente, permanece constantemente invariável. Temos então um

magnífico exemplo da desumanização do mito na época presente e da

banal valorização das imagens culturais convertidas na arte de consumo.

Andy Warhol foi uma artista que indubitavelmente contribuiu

para o impulso da cultura moderna, através da utilização de várias

técnicas pioneiras mas principalmente pelo isolamento visual da

imagética.

Desta forma, a imagem escolhida pelo nosso grupo, recai sobre

uma serigrafia de Marilyn Monroe executada por este autor.

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A serigrafia de Marilyn

As serigrafias de cores

gritantes de estrelas americanas

como Marilyn Monroe, tornaram-

se ícones da segunda metade do

século XX e povoam ainda hoje o

imaginário colectivo.

O responsável por esse

fenómeno é Andy Warhol, um

dos rostos da Pop Art, que mais

do que um movimento artístico

encarna toda uma revolução social e cultural. Warhol personifica, talvez

mais do que ninguém, uma ligação entre a arte e a vida, entre a arte e a

sociedade mediatizada, capitalista e industrial das grandes metrópoles.

Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras

impessoais e vazias. Mostrava isso associando a técnica com que

reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho

manual. Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar

a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo….

É especificamente nas obras em que retrata Marilyn Monroe que

uma das faces mais fortes da psique de Andy Warhol se revela. Apesar de

ser fã de celebridades e de entender o carácter transitório da fama, o seu

interesse estava no público e na sua devoção a uma figura como um

símbolo cultural da época, uma figura criada pela imprensa.

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Andy Warhol, um pouco mais…

Nasceu em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos E.U.A.

Morreu em 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque. Estudou no liceu

de Schenley onde frequentou as aulas de arte, assim como as aulas do

Museu Carnegie, instituição sedeada

perto do liceu.

A família, com base nas poupanças,

conseguiu pagar-lhe os estudos

universitários no célebre Instituto de

Tecnologia Carnegie, a actual Carnegie

Melon University, onde teve que se esforçar

bastante, sobretudo na cadeira de

Expressão, devido ao seu deficiente

conhecimento de inglês, já que a mãe nunca tinha deixado de falar checo

em família. Por sua vez, nas aulas artísticas, Andy criava problemas, ao não

aceitar seguir as regras estabelecidas

De qualquer forma, devido ao final da 2.ª Guerra Mundial, foi obrigado a

abandonar o Instituto no fim do primeiro ano, para dar lugar aos soldados

americanos desmobilizados, a beneficiar de entrada preferencial nas

Universidades americanas com a passagem da Lei de Desmobilização (GI

Bill). Alguns dos seus professores defenderam a sua permanência na

instituição, e pôde por isso frequentar o Curso de Verão, que lhe permitiria

reinscrever-se no Outono seguinte. Os seus trabalhos nesse Curso fizeram-

no ganhar um prémio do Instituto e a exposição dos seus trabalhos. Acabou

a licenciatura com uma menção honrosa em desenho, indo viver para Nova

Iorque em Junho de 1949, à procura de emprego como artista comercial.

Contratado pela revista Glamour, começou por desenhar sapatos, mas os

primeiros desenhos apresentados tiveram de ser refeitos devido às suas

claras sugestões sexuais. Passou a desenhar anúncios - actualmente ainda

muito normais na publicidade de moda nos EUA - para revistas como a

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Vogue e a Harper's Bazaar, assim como capas de livros e cartões de

agradecimento.

Em 1961 realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa

Campbell's como tema, continuando com as garrafas de Coca-Cola e as

notas de Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças

entre as várias séries, tentando tornar a sua arte o mais industrial possível,

usando métodos de produção em massa. Estas obras foram expostas,

primeiro em Los Angeles, na Ferus Gallery, depois em Nova Iorque, na Stable

Gallery. “O mês de Julho de 1962 foi também um importante mês para

Warhol porque foi então que ele levou a cabo a sua exposição individual

como ilustre artista”, (Andy Warhol, Eric Shanes, Lisma, 2005, 34).

Em 1963 a sua tentativa de «viver como uma máquina» teve uma primeira

aproximação com a inauguração do seu estúdio permanente - The Factory.

Andy Warhol passou então a usar pessoas universalmente conhecidas,

desde Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe, passando por Mao Tse-tung,

Che Guevara ou Elvis Presley; em vez de objectos de uso massificado, como

fontes do seu trabalho.

A técnica baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios,

sobrancelhas, cabelo, etc. com cores berrantes, transferindo por serigrafia

fotografias para a tela. Estas obras foram um enorme sucesso, o que já não

aconteceu com a sua série Death and Disaster (Morte e Desastre), que

consistia em reproduções monocromáticas de desastres de automóvel

brutais, assim como de uma cadeira eléctrica.

Em 1963 começou a filmar, realizando filmes experimentais,

propositadamente muito simples e bastante aborrecidos, como um dos seus

primeiros - Sleep (Dormir) - que se resumia à filmagem durante oito horas

seguidas um homem a dormir, ou Empire (Império), que filmou o Empire

State Building do nascer ao pôr-do-sol. Mas os filmes foram tornando-se mais

sofisticados, começando a incluir som e argumento. O filme Chelsea Girls, de

1966, que mostra duas fitas lado a lado documentando a vida na Factory, foi

o primeiro filme underground a ser apresentado numa sala de cinema

comercial.

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Para além do cinema Warhol também

foi produtor do grupo de rock-and-roll

Velvet Underground, que incluía

naquela época Sterling Morrison,

Maureen Tucker, John Cale e Lou Reed

e o cantor alemão Nico. Arranjou-lhes

um local para ensaiar, pagou-lhes os

instrumentos musicais e deu-lhes

alguma da sua aura. Para além dos

discos, os Velvet e Warhol produziram o espectáculo Exploding Plastic

Inevitable, que utilizava a música do grupo e os filmes do artista.

Em Junho de 1968 Valerie Solanas, uma frequentadora da Factory, criadora

solitária da SCUM (Society for Cutting Up Men), entrou no estúdio de

Warhol e alvejou-o quase mortalmente. O pintor demorou mais de dois

meses a recuperar. Quando saiu do hospital tinha perdido muita da sua

popularidade junto da comunicação social. Dedicou-se então a criar a revista

“Interview”, e a apoiar jovens artistas em início de carreira, para além de

escrever livros - a sua autobiografia The Philosophy of Andy Warhol (From A

to B and Back Again) foi publicada em 1975, e apresentar dois programas

em canais de televisão por cabo. A sua pintura voltou-se para o

abstraccionismo e o expressionismo, criando a série de pinturas - Oxidation

que tinham como característica principal o terem recebido previamente

urina sua.

Em 1987 foi operado à vesícula. A operação correu bem mas Andy Warhol

morreu no dia seguinte. Era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida

frase: «In the future everyone will be famous for fifteen minutes» (No futuro,

toda a gente será célebre durante quinze minutos), só se aplicará no futuro,

quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será

distribuída por meios de produção de massa.

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Um pouco sobre Maryn MonroeUm pouco sobre Maryn MonroeUm pouco sobre Maryn MonroeUm pouco sobre Maryn Monroe…………

Um dos maiores símbolos

sexuais já produzidos por

Hollywood, Norma Jean Baker

Mortenson (seu nome

verdadeiro) nasceu em Los

Angeles Califórnia e viveu parte

da infância em orfanatos. Casou-

se aos 16 anos, com James

Dougherty, e aproveitou

quando o marido serviu na 2ª Guerra para tentar a sorte no

cinema.

Começou com pequenas aparições em "O Segredo das Jóias"

(1950) e "A Malvada" (1950), e despontou com "Só a Mulher

Peca" (1952) e "Torrentes de Paixão" (1953). Depois, virou mito.

Sua exuberância pode ser conferida em "Os Homens Preferem as

Louras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais

Quente Melhor" (1959).

Divorciada de James Dougherty, casou-se com o ex-jogador

de basebol Joe Di Maggio e posteriormente com o dramaturgo

Arthur Miller. Teve também um romance com o actor francês

Yves Montand durante as filmagens de "Adorável Pecadora"

(1960), e manteve relações jamais esclarecidas com o então

presidente John Kennedy e com seu irmão, Robert.

Morreu, devido a uma overdose de sedativos e barbitúricos. Mas

não existem provas concretas, apenas suposições e depoimentos

- alguns dos quais aparecem no documentário inglês "Marilyn e

os Kennedy" (1985). No fim, a glamurosa loura de Hollywood

morreu durante o sono com a tenra idade de 36 anos em 5 de

Agosto de 1962..

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Relação Publico/imagemRelação Publico/imagemRelação Publico/imagemRelação Publico/imagem

A Arte Pop é considerada como uma reacção ao

Expressionismo Abstracto, um movimento artístico, liderado entre outros

por Andy Warhol. O Expressionismo Abstracto, que floresceu na Europa e

nos Estados Unidos nos anos 50, reforçava a individualidade e

expressividade do artista rejeitando os elementos figurativos.

Pelo contrário, o universo da Arte Pop nada tem de abstracto

ou de expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da

cultura popular. A televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de

comunicação de massas fornecem os símbolos que alimentam os artistas

Pop. O sentido e os símbolos da Arte Pop pretendiam ser universais e

facilmente reconhecidos por todos, numa tentativa de eliminar o fosso

entre arte erudita e arte popular.

Marilyn Monroe tornou-se a sacerdotisa da arte pop,

frequentemente celebrada como símbolo da sexualidade feminina, mas às

vezes condenada pela sociedade por comercialização do sexo.

A primeira vez que Warhol usou a imagem de Marilyn foi em

1962 numa tela chamada "The Six Marilyns" ou "Marilyn Six-Pack".

Warhol escolheu uma fotografia promocional da actriz num filme,

aumentou o seu rosto para proporções imensas e pintou a imagem numa

tela seis vezes. Manipulou a imagem usando verdes exuberantes,

magentas para os olhos e lábios e ajeitando as cores para que

contrastassem.

A fama de Marilyn estava no seu rosto, especialmente nos seus

lábios vermelhos e sedutores. A pintura de Warhol distorce,

propositadamente, a sua face e lábios, enfatizando a artificialidade da sua

imagem e suscitando que isso era comercialização grosseira de uma

imagem que poderia levar Marilyn ao declínio.

Warhol reciclou o retrato de Marilyn em várias outras telas

durante os anos 60, ocasionalmente usando-as como papel de parede.

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Ele mudava as cores da boca e dos olhos com frequência, mas usava

sempre a mesma fotografia.

Se os artistas às vezes usaram a imagem de uma estrela de cinema

para representar uma ideia abstracta, então a pop art também pode fazer

o mesmo. Três décadas depois da sua morte, o rosto de Marilyn e sua

imagem estampam uma série de itens, desde cartões até baralhos, de

cerâmica a lençóis.

Agradando uma multidão de fãs, a figura de Marilyn encanta no

Museu de Cera Madame Tussaud, em Londres. A estátua de cera, criada

no fim dos anos 50, tem sido periodicamente tratada para reflectir as

mudanças da pessoa pública de Marilyn. De um modo mais modesto, a

sua imagem continua a ser usada na publicidade e na promoção de

produtos, incluindo propaganda, outdoors e publicidade televisiva.

A arte, os produtos, os livros, os filmes, os rumores, as

comemorações, tudo isso é consequência da longevidade única de

Marilyn, que continua a encantar com seu talento e a fascinar com a sua

beleza. Nos corações de muitos, continua insuperável. Mas ainda assim, a

sua morte deixa uma sombra escura sobre a sua imagem.

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Relação redundância/entropia da imageRelação redundância/entropia da imageRelação redundância/entropia da imageRelação redundância/entropia da imagemmmm

A redundância da imagem está na sua repetição e banalização.

Não se trata de uma cópia mas sim do mesmo objectivo dito

ou feito de maneira diferente, ou seja, o resultado é visivelmente diferente

mas objectivamente igual. Vejamos que numa imagem aparece Marilyn

com o cabelo azul, noutra com o cabelo vermelho. Não é de todo igual,

mas é a mesma figura.

A entropia da imagem está no processo de criar “alguma coisa”

com regras. Marilyn Monroe tinha o cabelo loiro platinado mas numa

imagem fiel há varias nuances, vários tons. No pop art de Andy Warhol,

como o grau de entropia desta imagem é elevado, vai desprezar esses

pormenores e por isso simplifica tudo e generaliza-a numa só cor.

Ao simplificar a imagem de todos os pormenores ao máximo,

Warhol concebe um sistema novo em que o código de cores como o

conhecemos é alterado e entropicamente reinventado.

É a entropia que torna a imagem simples e com regras de cor

novas e faz por isso com que a redundância exista uma vez que a

repetição é favorecida por essa aleatoriedade.

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ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão

A Pop Arte salienta não só o carácter autónomo da obra de arte

assim como os seus instrumentos e os seus produtos que se submetem às

regras do mercado. A Pop Arte manteve um diálogo com o seu contexto

cultural, e ao contrário do que se pode pensar, a arte Pop não está

compartilhada com a lógica do sistema ou até mesmo com a reprodução

da sua linguagem, mas sim com uma maneira não subjectiva de reagir a

uma espécie de crise, uma maneira inovadora, ousada, irónica e crítica.

Da Pop Art resultaram fenómenos como: sensacionalismo, o culto

das estrelas, a perda da individualidade e a importância e eficácia dos

clichés.

Os motivos da Pop Art americana foram geralmente adoptados a

partir de outros media: recortes de revistas, foto gramam, imagens

publicitárias.

Usaram-se processos e técnicas especiais de impressão para

transferir a imagem para o respectivo suporte, onde era colorida e

alterada.

Andy warhol sempre esteve dentro da sociedade consumista, na

medida em que comprar é mais americano do que pensar (De Diego,

1999: 146), logo, vai comprando e fazendo a sua própria colecção a

partir da qual vai buscar ideias para as suas obras. Esta tendência

americana consumista foi contribuir, em parte, para a queda das barreiras

entre a arte e o resto do mundo e foi capaz de retirar com sucesso o

chamado “artist’s touch” da arte (bell cit. In Russell e Gablik: 1969:1115).

Reprodução e intertextualidade trabalham juntas em Warhol na

medida em que as suas obras acabam por dar a conhecer as marcas da

publicidade utilizada por ele em todo o mundo, vendendo-as.

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BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia

◊◊◊◊ Breton Philippe/ Serge Proulx, A Explosão da Comunicação,

Bizancio, Lisboa 2000;

◊◊◊◊ Warhol, Andy, Lisma, 2005;

◊◊◊◊ Fiske, John, Introdução ao Estudo da Comunicação, Edições ASA

◊◊◊◊ História da Arte, as vanguardas do expressionismo ao abstracto,

Editorial Salvat, 2006;

◊◊◊◊ Joly, Martine, Introdução à Analise da Imagem, Edições 70;

◊◊◊◊ http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id=67084

◊◊◊◊http://www.biblarte.gulbenkian.pt/content.asp?cod=destaque10&m

enu=home&parent=destaques_ant&lang=

◊◊◊◊http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id=67319

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ÍndiceÍndiceÍndiceÍndice

Capa _________________________________________ Página 1

Sub-Capa _____________________________________ Página 2

Introdução ___________________________________ Página 3

Desenvolvimento ______________________________ Página 4

Conclusão ___________________________________ Página 12

Bibliografia___________________________________ Página 13

Índice _______________________________________ Página 14