caso concreto

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CASO CONCRETO 01- DIREITO CIVIL V Em outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem de 55 anos, deu a luz a um casal de gêmeos em Santos (SP). A mulher desde 1992 era acompanhada pelo médico Orlando de Castro Neto e tentava engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos métodos naturais, mas não conseguiu. Após, foi submetida a duas tentativas de reprodução assistida que também restaram frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se à adoção, mas foi rejeitada em razão da idade. Então, ainda em busca do sonho de ser mãe, passados dez anos, submeteu- se novamente a uma das técnicas de fertilização ?in vitro? (utilizando embriões excedentes da primeira tentativa) que, destavez, foi realizada com sucesso. Diante desta notícia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho Federal de Medicina decidiu rever a Resolução que tratava das técnicas de reprodução humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resolução para tratar do assunto (n. 2013/2013). Nesta resolução o CFM proíbe expressamente que médicos utilizem as técnicas de reprodução humana assistida em pacientes mulheres com mais de cinquenta anos. Pergunta-se: à luz dos princípios constitucionais, essa vedação é constitucional? Fundamente sua resposta em no máximo dez linhas. RESPOSTA: A luz dos princípios constitucionais, não se deve efetivar essa vedação, uma vez que se trata de uma ordem inconstitucional, onde feri o art. 5º, inciso X, uma vez o direito a vida é inviolável. Inclui-se ainda o princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. E também ainda vai contra o princípio da autonomia de vontade, no que tende ao direito da maternidade e de construir uma família através do seguimento de ascendentes. Questão objetiva 1 Durante o primeiro semestre de 2013 um Promotor de Justiça do Estado de Santa Catarina reiteradas vezes negou autorização adiversas habilitações para o casamento de pessoas do mesmo sexo. As decisões do Promotor de Justiça, segundo aduz: a. Estão em conformidade com a Constituição Federal que não prevê expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. CORRETO b. Estão em conformidade com a interpretação extensiva das famílias realizada pelas decisões do STF e STJ e orientação do CNJ. c. Estão em conformidade com a interpretação teleológica da Constituição Federal. d. Estão em conformidade com as decisões do STF e do STJ que não autorizam o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Questão objetiva 2 Sobre o princípio da afetividade é possível afirmar que: a) Está expressamente previsto na Constituição Federal. b) É princípio constitucional que determina que os pais e filhos podem ser obrigados judicialmente a dar e demonstrar afeto recíproco, sob pena de responsabilização civil. c) Não permite que o vínculo afetivo se sobreponha ao vínculo biológico nas relações paterno-filiais, quando o resultado do DNA for negativo.

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CASO CONCRETO FAP

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CASO CONCRETO 01- DIREITO CIVIL VEm outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem de 55 anos, deu a luz a um casal de gmeos em Santos (SP). A mulher desde 1992 era acompanhada pelo mdico Orlando de Castro Neto e tentava engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos mtodos naturais, mas no conseguiu. Aps, foi submetida a duas tentativas de reproduo assistida que tambm restaram frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se adoo, mas foi rejeitada em razo da idade. Ento, ainda em busca do sonho de ser me, passados dez anos, submeteu-se novamente a uma das tcnicas de fertilizao ?in vitro? (utilizando embries excedentes da primeira tentativa) que, destavez, foi realizada com sucesso.Diante desta notcia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho Federal de Medicina decidiu rever a Resoluo que tratava das tcnicas de reproduo humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resoluo para tratar do assunto (n. 2013/2013). Nesta resoluo o CFM probe expressamente que mdicos utilizem as tcnicas de reproduo humana assistida em pacientes mulheres com mais de cinquenta anos. Pergunta-se: luz dos princpios constitucionais, essa vedao constitucional? Fundamente sua resposta em no mximo dez linhas.

RESPOSTA: A luz dos princpios constitucionais, no se deve efetivar essa vedao, uma vez que se trata de uma ordem inconstitucional, onde feri o art. 5, inciso X, uma vez o direito a vida inviolvel.Inclui-se ainda o princpio da dignidade da pessoa humana um valor moral e espiritual inerente pessoa, ou seja, todo ser humano dotado desse preceito, e tal constitui o princpio mximo do estado democrtico de direito. E tambm ainda vai contra o princpio da autonomia de vontade, no que tende ao direito da maternidade e de construir uma famlia atravs do seguimento de ascendentes.

Questo objetiva 1Durante o primeiro semestre de 2013 um Promotor de Justia do Estado de Santa Catarina reiteradas vezes negou autorizao adiversas habilitaes para o casamento de pessoas do mesmo sexo. As decises do Promotor de Justia, segundo aduz:a. Esto em conformidade com a Constituio Federal que no prev expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. CORRETOb. Esto em conformidade com a interpretao extensiva das famlias realizada pelas decises do STF e STJ e orientao do CNJ.c. Esto em conformidade com a interpretao teleolgica da Constituio Federal.d. Esto em conformidade com as decises do STF e do STJ que no autorizam o casamento e a unio estvel entre pessoas do mesmo sexo.

Questo objetiva 2Sobre o princpio da afetividade possvel afirmar que:a) Est expressamente previsto na Constituio Federal.b) princpio constitucional que determina que os pais e filhos podem ser obrigados judicialmente a dar e demonstrar afeto recproco, sob pena de responsabilizao civil.c) No permite que o vnculo afetivo se sobreponha ao vnculo biolgico nas relaes paterno-filiais, quando o resultado do DNA for negativo.d) A afetividade est na base da conduta humana e da conduta jurdica e, embora no expresso na Constituio Federal, deve ser entendido como princpio contido no princpio da dignidade da pessoa humana e correlato ao princpio da solidariedade.? CORRETOCaso Concreto - Semana 02

Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irm de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando no ser ele seu parente, pois no possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razo? Explique sua resposta. Resposta: No, porque so irmos unilaterais e possuem sim parentesco, so parentes de 2 grau na linha colateral.

Questo objetiva 1(DPE-SC Tcnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa incorreta de acordo com o Direito Civil brasileiro. Resposta: Letra a.a. Na linha reta, considera-se o parentesco at o quarto grau. (no h limite)b. So parentes em linha reta os pais, filhos, avs e netos.c.O parentesco pode ser natural ou civil.d. Com a dissoluo do casamento ou da unio estvel, no se extingue o grau de parentesco porafinidade na linha reta.e. Vnculo de parentesco por afinidade aquele em que cada cnjuge ou companheiro aliado aos parentes do outro.Questo objetiva 2(Defensor Publico TO 2013) Com base no que dispe o Cdigo Civil sobre as relaes de parentesco, assinale a opo correta. Resposta: Letra c.

a. O parentesco por afinidade no se extingue com a dissoluo do casamento ou da unio estvel. (s na linha reta) Art.1595, 2b. O parentesco natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou da afinidade. (Art. 1593)c. Cada cnjuge ou companheiro aliado aos parentes do outro pelo vnculo da afinidade. (Art. 1595)d. O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos colaterais do cnjuge ou companheiro, at o quarto grau. (aos irmos) Art. 1e. Consideram-se parentes em linha reta as pessoas que estejam umas para com as outras na relao de ascendncia, descendncia e colateralidade. (Art. 1591)SEMANA 3 CASO CONCRETOLuana tem 14 anos de idade e h seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado h quase dois anos. Ambos resolveram que hora de casar e seus pais no se ope ao casamento por entenderem que ambos j compreendem quais so as obrigaes matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitao para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessrio o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Pblicos, o casamento no preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem no atingiu a idade nbil. Explique para os nubentes quais so esses pressupostos e que recurso seria cabvel visando a autorizao.

RESPOSTA: (16 ANOS AUTORIZAO DOS PAIS- JUIZ/ 14 ANOS IMPOSIO PENAL CRIMINAL OU CASO DE GRAVIDEZ JUIZO CABE APELAO) cdigo civil prev que, em regra, os incapazes s casar-se-o com a expressa autorizao de seus representantes legais, conforme explicitado no art. 1.517 do CC.Porm no caso em tela Luana absolutamente incapaz, 14 anos, e, portanto, no se enquadra na hiptese do art. 1.517, os nicos pressupostos legais que permitem o casamento nesta condio esto dispostos no art. 1.520 do CC e tm como objetivo evitar imposio ou cumprimento de pena criminal, possibilidade revogada pela lei 11.106/05, ou no caso de gravidez.Desta forma leciona COELHO, Fbio Ulhoa;As causas de anulabilidade, por seu turno, so seis:a) No ter completado a idade nbil (CC, art. 1.550, I). Como dito, para se casar, a pessoa precisa ter pelo menos 16 anos. Antes dessa idade, o casamento poder ser realizado s mediante autorizao judicial, concedida apenas nos dois casos especficos da lei (gravidez ou objetivo de evitar imposio ou cumprimento de pena criminal). Se o menor que ainda no atingiu a idade nbil, em conluio com os pais, falsifica seu documento e se apresenta ao cartrio do Registro Civil munido de autorizao, pode ocorrer de serealizar o casamento, a despeito do prescrito na lei.Aqui, o casamento s pode ser anulado a pedido do prprio menor, de seus representantes legais ouascendentes (art. 1.552). Ningum mais tem legitimidade para demandar a anulao judicial do casamento invlido, nessa hiptese. Por outro lado, a lei legitima ao pedido mesmo aquele que tenha participado da fraude, se houve, sem, contudo, exonerar-lhe as responsabilidades.

Questo objetiva 1(MPES 2013) Com relao capacidade para o casamento, assinale a alternativa correta.a. A idade nbil de 16 (dezesseis) anos, podendo-se contrair casamento com idade inferior para evitar imposio ou cumprimento depena criminal.b. A ausncia de regular autorizao para celebrao do casamento causa de nulidade absoluta.c. Celebrado o casamento mediante autorizao judicial, os cnjuges podem eleger o regime de bens que julgarem mais conveniente.d. A idade nbil de 16 (dezesseis) anos, prescindindo de autorizao de um dos pais, sob pena de anulaoe. O casamento do menor, regularmente celebrado, hiptese de cessao da incapacidade.

Questo objetiva 2(PCMA 2012) A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir.I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorizao at data da celebrao do casamento.II. Quando injusta, a denegao do consentimento, pode ser suprida pelo juiz.III. Ser permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda no alcanou a idade nbil para evitar imposio oucumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.Assinale:a. se somente a afirmativa I estiver correta.b. se somente a afirmativa II estiver correta.c. se somente a afirmativa III estiver correta.d. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.e. se todas as afirmativas estiverem corretas.CASO CONCRETO CASO 04Quando eu tinha 18 anos minha me se casou com Joo, ento com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha me acabou morrendo em 2006 em virtude de um cncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouqussimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com Joo e, aps superarmos a morte prematura da minha me acabamos descobrindo que tnhamos muita coisa em comum. Resultado, comeamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitao para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste ms, no entanto, fomos surpreendidos por uma ao de anulao do casamento proposta pelo Ministrio Pblico que afirma que a lei probe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo Joo e depois de tantos anos juntos no posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministrio Pblico tem legitimidade para propor essa ao? Depois de tanto tempo j casados este pedido no estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vnculo de parentesco com Joo, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicaes cliente em no mximo dez linhas.RESPOSTA: O MINISTERIO PUBLICO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR A AO VISTO QUE TEM CASO DE NULIDADE ./ RESPOSTA: NOS CASOS DE NULIDADE NO EXISTE PRAZO PRESCRICIONAL, POIS SERO IRMO PARA SEMPRE NO PRESCREVE./ RESPOSTA :A MOA EM QUESTO NO PODERIA SE CASAR COM JOO, POIS SO AFIM EM LINHA RETA, QUE SO IMPEDIDOS DECORRENTES DE PARENTESCO POR AFINIDADE , O IMPEDIMENTO POR RAZO MORAL,PARENTESCO EM LINHA RETA NO SE ROMPE.O casamento vlido s se dissolve pela morte de um dos cnjuges ou pelo divrcio, aplicando-se a presuno estabelecida no Cdigo Civil quanto ao ausente (Art. 1571, 1).Segundo o 2o do Art. 1595 do Cdigo Civil, na linha reta, a afinidade no seextingue com a dissoluo do casamento ou da unio estvel, o que de certa forma leva a serem impedidos de casar os afins em linha reta, nos termos do inciso II do Art. 1521 do Cdigo Civil.Quando no so observadas no procedimento de habilitao as causas impeditivas, aps celebrado o casamento, deve ser proposta pelo Ministrio Pblico (Art. 1549) a ao prpria de nulidade (Art. 1548, II), sendo imprescritvel.Para tal observa-se a Jurisprudncia (TJMG):CASAMENTO DE SOGRO COM NORAAO DE NULIDADE DE CASAMENTO - LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTRIO PBLICO - CASAMENTO DE SOGRO COM NORA - IMPOSSIBILIDADE - NULIDADE DECRETADA- Tem o Ministrio Pblico legitimidade para ajuizar ao de nulidade de casamento de afins em linha reta, nos exatos termos do art. 1.549 do CC.- No se aplica s aes de nulidade de casamento, regulamentadas pelo art. 1.548 do Cdigo Civil, o prazo de que trata o art. 1.522 do mesmo diploma legal.- Segundo o 2 do art. 1.595 do CC, na linha reta a afinidade no se extingue com a dissoluo do casamento ou da unio estvel, do que resulta que parentes afins em linha reta no se podem casar uns com os outros.Apelao Cvel n 1.0382.10.015138-2/001 - Comarca de Lavras - Apelante:G.M.O.M. - Apelado: Ministrio Pblico do Estado de Minas Gerais - Relator:Des. Wander Marotta (Publicao no DJe de 10/12/2012)http://www.tjmg.jus.br/data/files/A1/C7/86/38/8ED4C3103991B2C3180808FF/EMENT_RIO.pdf

Questo objetiva 1(TJPE Titular de Servios de Notas e de Registros 2013) Em relao ao casamento, correto afirmar:a. No pode casar o divorciado, enquanto no houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, podendo o ato ser anulado por seu ex-cnjuge.b. O casamento religioso, que atender s exigncias da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro prprio, data a partir da qual produzir efeitos.c. Os impedimentos matrimoniais podem ser opostos, at cinco dias aps a publicao dos proclamas, por qualquer pessoa capaz.d. defeso a qualquer pessoa, de direito pblico ou privado, interferir na comunho de vida instituda pela famlia por meio do casamento. CORRETOe. nulo o casamento realizado por vcio da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto pessoa do outro.

Questo objetiva 2(TJPE 2013) So impedidos de casar:a. o divorciado, enquanto no houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal.b. o tutor com a pessoa tutelada, enquanto no cessar a tutela e no estiverem saldadas as respectivas contas.c. os parentes colaterais at o quarto grau.d. os afins em linha reta e em linha colateral.e. o adotante com quem foi cnjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante. CORRETO