carvão na agricultura familiar e os desafios de uma rede...

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Carvão na agricultura familiar e os desafios de uma rede de pesquisa sobre uma atividade invisível FAPESC 5287/2011-6/CNPq 562862/2010-2 1 2 3 4 5 ; 6 7 8 9 STERN, Ivonete Lenir ; RECH, Tássio Dresch ; ULLER-GÓMEZ, Cintia ; MELLO, Marcio Antônio de ; FANTINI, Alfredo Celso MUNIZ, Graciela Inês Bolzon de ; BRANDT, Martha Andrea ; STEENBOCK, Walter ; DOROW, Reney 1 2 3 4 Nutricionista, Bolsista CNPq ; Eng. Agr., Dr. Pesquisador da Epagri, Estação Experimental de Lages ; Eng. Agr. Dra. Bolsista PNPD na Epagri ; Eng. Agr. Dr. pesquisador da Epagri 5 6 7 8 ; Eng. Agr. Dr. Professor da UFSC ; Eng. Florestal, Dra. Professora da UFPR ; Eng. Florestal, Dra. Professora da UDESC/Lages ; Eng. Agr. Dr. Recursos Genéticos 9 Florestais, técnico do ICMBio ; Eng. Agr. Pesquisador do Epagri/Cepa. Mestrando em Agronegócios (Cepan/UFRGS), Bolsista Embrapa . [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] vCARVÃO NA AGRICULTURA FAMILIAR NO SUL DO BRASIL Uma das questões mais importantes rela- cionadas ao uso da floresta no âmbito da agricultura familiar diz respeito à produção de carvão vegetal com lenha extraída da mata nativa. Geralmente clandestinos e à margem da assistência técnica, os agri- cultores-carvoeiros sofrem com o medo constante da fiscalização ambiental e com a penosidade e a insalubridade do trabalho. ( ) O Projeto Rede Sul Florestal – PD&I em sistemas florestais e produção de energia na agricultura familiar – aprovado no Edital CNPq Repensa 22/2010, tem como objetivo constituir e consolidar uma rede regional de instituições de pesquisa, ensino e extensão, e agências ambientais, para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em sistemas florestais e produção de energia na agri- cultura familiar no Sul do Brasil. A ESTRUTURA E OS COMPONENTES DA REDE Subprojeto 1: Gestão e consolidação da RSF (EPAGRI/EELages); Subprojeto 2: Socioeconomia e gestão da produção (EPAGRI/CEPA); Subprojeto 3: Caracterização do uso da terra (NPFT/CCA/UFSC); Subprojeto 4: Carbonização e identificação do carvão vegetal do mercado (UFPR/ Floresta), Subprojeto 5: Legislação florestal (ICMBio). ( ) TRÊS ESTUDOS DE CASO Biguaçu-SC na Grande Florianópolis-SC; Santa Rosa de Lima-SC, na Encosta da Serra Geral; Bituruna-PR, no centro-sul do Paraná. Foto 1 Foto 2 FRUTOS E DESAFIOS EM UM ANO DE ATUAÇÃO (2010/1011) 1 – Criação de logomarca e implantação e avaliação de um Blog (www.redesulflorestal .blogspot.com) como ferramenta de constru- ção interdisciplinar do conhecimento; 2 – Realização de Workshop com pesqui- sadores Sul, Sudeste e Centro-oeste ; 3 Ampliação da Rede Sul Florestal com a incorporação da UNIPLAC, CIENTEC, UFRGS, UNICENTRO/Irati, EMATER-PR e ampliação do escopo passando a envolver as questões sociais da saúde; 4 - Avanços no inventário florístico- florestal no estudo de caso de Biguaçu-SC: a produção de carvão faz parte de um sistema tradicional da floresta nativa que, devido a restrições ambientais vem sendo substituído por monoculturas de espécies florestais exóticas. ( ) 5 - Elaboração coletiva e interdisciplinar do questionário ( ). 6 – Enquete on line com 26 extensionistas da Epagri revela oito municípios com produção de carvão que não figuram nos dados do IBGE. 7 – Pendências relacionadas às questões ambientais entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e assentados do Planalto Catarinense fizeram com que um dos estudos de caso inicialmente previsto para essa região fosse transferido para Santa Rosa de Lima (SC), na encosta da Serra Geral. A clandestinidade da produção de carvão e o medo dos agricultores sobre eventuais denúncias tem exigido estratégias cautelo- sas de aproximação às comunidades e promovido importantes discussões entre os pesquisadores sobre como trazer à luz uma questão tão importante sem prejudicar os sujeitos da pesquisa. Entre as estratégias estão a submissão do projeto a um Comitê de Ética, a busca do apoio de instituições que já trabalham com essas comunidades e o diálogo com agências ambientais. (foto 3) foto 4 foto 5 Foto 1: Arquivo Foto 2: Arquivo Foto 3: Arquivo Foto 5: Arquivo Foto 4: Arquivo

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Carvão na agricultura familiar e os desafios de umarede de pesquisa sobre uma atividade invisível

FAPESC 5287/2011-6/CNPq 562862/2010-21 2 3 4 5 ; 6 7 8 9STERN, Ivonete Lenir ; RECH, Tássio Dresch ; ULLER-GÓMEZ, Cintia ; MELLO, Marcio Antônio de ; FANTINI, Alfredo Celso MUNIZ, Graciela Inês Bolzon de ; BRANDT, Martha Andrea ; STEENBOCK, Walter ; DOROW, Reney

1 2 3 4 Nutricionista, Bolsista CNPq ; Eng. Agr., Dr. Pesquisador da Epagri, Estação Experimental de Lages ; Eng. Agr. Dra. Bolsista PNPD na Epagri ; Eng. Agr. Dr. pesquisador da Epagri 5 6 7 8

; Eng. Agr. Dr. Professor da UFSC ; Eng. Florestal, Dra. Professora da UFPR ; Eng. Florestal, Dra. Professora da UDESC/Lages ; Eng. Agr. Dr. Recursos Genéticos 9

Florestais, técnico do ICMBio ; Eng. Agr. Pesquisador do Epagri/Cepa. Mestrando em Agronegócios (Cepan/UFRGS), Bolsista Embrapa .

[email protected] [email protected] [email protected]@gmail.com [email protected] [email protected] [email protected]

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vCARVÃO NA AGRICULTURA FAMILIAR NO SUL DO BRASIL

Uma das questões mais importantes rela-cionadas ao uso da floresta no âmbito da agricultura familiar diz respeito à produção de carvão vegetal com lenha extraída da mata nativa. Geralmente clandestinos e à margem da assistência técnica, os agri-cultores-carvoeiros sofrem com o medo constante da fiscalização ambiental e com a penosidade e a insalubridade do trabalho. ( )

O Projeto Rede Sul Florestal – PD&I em sistemas florestais e produção de energia na agricultura familiar – aprovado no Edital CNPq Repensa 22/2010, tem como objetivo constituir e consolidar uma rede regional de instituições de pesquisa, ensino e extensão, e agências ambientais, para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em sistemas florestais e produção de energia na agri-cultura familiar no Sul do Brasil.

A ESTRUTURA E OS COMPONENTES DA REDE

Subprojeto 1: Gestão e consolidação da RSF (EPAGRI/EELages);

Subprojeto 2: Socioeconomia e gestão da produção (EPAGRI/CEPA);

Subprojeto 3: Caracterização do uso da terra (NPFT/CCA/UFSC);

Subprojeto 4: Carbonização e identificação do carvão vegetal do mercado (UFPR/ Floresta),

Subprojeto 5: Legislação florestal (ICMBio). ( )

TRÊS ESTUDOS DE CASO

Biguaçu-SC na Grande Florianópolis-SC;

Santa Rosa de Lima-SC, na Encosta da Serra Geral;

Bituruna-PR, no centro-sul do Paraná.

Foto 1

Foto 2

FRUTOS E DESAFIOS EM UM ANO DE ATUAÇÃO (2010/1011)

1 – Criação de logomarca e implantação e avaliação de um Blog (www.redesulflorestal .blogspot.com) como ferramenta de constru-ção interdisciplinar do conhecimento;

2 – Realização de Workshop com pesqui-sadores Sul, Sudeste e Centro-oeste ;

3 – Ampliação da Rede Sul Florestal com a incorporação da UNIPLAC, CIENTEC, UFRGS, UNICENTRO/Irati, EMATER-PR e ampliação do escopo passando a envolver as questões sociais da saúde;

4 - Avanços no inventário florístico-florestal no estudo de caso de Biguaçu-SC: a produção de carvão faz parte de um sistema tradicional da floresta nativa que, devido a restrições ambientais vem sendo substituído por monoculturas de espécies florestais exóticas. ( )

5 - Elaboração coletiva e interdisciplinar do questionário ( ).

6 – Enquete on line com 26 extensionistas da Epagri revela oito municípios com produção de carvão que não figuram nos dados do IBGE.

7 – Pendências relacionadas às questões ambientais entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e assentados do Planalto Catarinense fizeram com que um dos estudos de caso inicialmente previsto para essa região fosse transferido para Santa Rosa de Lima (SC), na encosta da Serra Geral.

A clandestinidade da produção de carvão e o medo dos agricultores sobre eventuais denúncias tem exigido estratégias cautelo-sas de aproximação às comunidades e promovido importantes discussões entre os pesquisadores sobre como trazer à luz uma questão tão importante sem prejudicar os sujeitos da pesquisa. Entre as estratégias estão a submissão do projeto a um Comitê de Ética, a busca do apoio de instituições que já trabalham com essas comunidades e o diálogo com agências ambientais.

(foto 3)

foto 4

foto 5

Foto 1: Arquivo

Foto 2: Arquivo

Foto 3: Arquivo

Foto 5: Arquivo

Foto 4: Arquivo