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ÍNDICE

Apresentação .......................................................................................................................... 3

Curiosidades sobre o Metrô ................................................................................................... 5

Patrimônio Cultural ............................................................................................................... 7

A região da Luz ........................................................................................................................ 8

A região da Vila Prudente - ..................................................................................................... 10

Patrimônio Paisagístico de São Paulo ...................................................................................... 17

Arqueologia ............................................................................................................................ 19

Trabalho do Arqueólogo .......................................................................................................... 20

Pesquisas Realizadas ............................................................................................................... 24

Como preservar o Patrimônio .................................................................................................. 28

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APRESENTAÇÃO

Prepare-se para conhecer algo novo, porque esta cartilha que acaba de abrir não é como as que você vê no seu cotidiano escolar, esta é uma cartilha Patrimonial. A partir desta leitura você ouvirá e entenderá muitas coisas sobre Patrimônio Histórico e Cultural.

Esta cartilha nasceu das pesquisas desenvolvidas pelos “PROGRAMAS DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO – LINHA 2 (VERDE) e LINHA O4 – AMARELA DO METRÔ”, ambos empreendimentos localizados no município de São Paulo, estado de São Paulo.

Ao redor do local dos empreendimentos existem diferentes bens históricos, culturais e sítios arqueológicos. Em cumprimento à legislação brasileira todos eles foram identificados, estudados e resgatados por uma equipe de arqueólogos, historiadores, geógrafos, cientistas sociais, arquitetos e outros profissionais.

Em atendimento a Resolução CONAMA 01/86 e a Portarias IPHAN 07/88 e 230/02 foram realizadas diversas pesquisas com o intuito de registrar, conhecer, preservar e valorizar o patrimônio pré-histórico, histórico e cultural das regiões, ou seja: a herança dos povos indígenas, dos colonizadores europeus, das comunidades tradicionais e a nossa.

Agora que você já sabe um pouco sobre o programa, iniciará uma viagem ao mundo do Patrimônio Histórico e da Arqueologia. Ao longo da cartilha aprenderá conceitos como patrimônio, arqueologia, sítio arqueológico e muitos outros. Anote tudo que achar interessante e as dúvidas que tiver, assim poderá debater com todos da sua comunidade.

Então, vamos conhecer um pouco mais sobre o Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural de São Paulo, além de entender a importância que o metrô tem para a cidade.

Boa Leitura!

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Como Funciona o metrô?O metrô é um meio de transporte que circula sobre trilhos, muito utilizado em grandes cidades do mundo todo por ser um meio de transporte rápido e seguro.

O metrô funciona em sistema de redes, ou seja, são implantadas linhas que ligam as diversas regiões da cidade e algumas delas se cruzam como se fosse uma teia de aranha, assim, o metrô consegue abranger grandes áreas e quando associado a outros meios de transportes como ônibus, trens, carros e ciclovias o metrô consegue atender as necessidades de transporte da população.

A construção do metrôExistem três tipos de metrô: o de superfície, o elevado e o subterrâneo. Para sua implantação é necessário que haja um estudo da área em que será instalado para escolher qual tipo é o mais adequado para tal área. Esse estudo deve levar em conta os tipos de moradias e comércios existentes na região, o tipo de solo, relevo, além da vegetação existente na área.

O metrô de superfície tem uma estrutura bem parecida com a dos trens, ou seja, são trilhos cercados por grandes muros, sendo esta categoria de metro muito utilizado em áreas pouco ocupadas. Já no metrô elevado os trilhos estão sobre uma espécie de ponte que pode ser construída em vias de faixas largas. Por fim, o metrô subterrâneo, que é o mais utilizado em municípios com grande ocupação demográfica, pois sua estrutura não causa tantos impactos na área urbana, já que são abertos túneis bem profundos, gerando interferências na superfície apenas nas áreas onde serão as estações e os poços de ventilação.

Curiosidades

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Qual a importância do metrô?A utilização do metrô como meio de transporte nos grandes centros urbanos como São Paulo é muito importante em vários aspectos que vão desde segurança e rapidez até as questões ambientais.

Você certamente já viu carros e caminhões andando pela cidade soltando aquela fumaça preta né?

Pois é... Ela é resultado da queima de combustíveis fósseis como a gasolina e o diesel que servem para abastecer os automóveis. Essa queima gera a liberação de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que em grandes quantidades e junto com outras formas de poluição como os combustíveis liberados de aviões, de máquinas industriais, além de queimadas que são feitas diariamente, podem intensificar o efeito estufa.

Essa poluição vem dificultando cada vez mais a qualidade de vida dos moradores de grandes cidades, intensificando problemas de saúde como os respiratórios, irritações na pele, dores de cabeça entre outros.

Mas e o que o metrô tem a ver com isso?Na verdade o metrô vem sendo visto como uma saída pra o problema da poluição nas grandes cidades. Quer saber o porquê?

O metrô é elétrico, ou seja, dispensa a queima de combustíveis fósseis, e, além disso, e o mais importante, é a capacidade que o mesmo tem de transportar várias pessoas ao mesmo tempo, e dessa forma substitui muitos carros e ônibus nas ruas. Essa substituição, além de ser positiva para o meio ambiente, ainda ajuda a diminuir o trânsito nas cidades.

Assim vemos o quanto é importante para uma cidade do tamanho de São Paulo ter uma rede de metrô eficiente que atenda toda a população.

Saiba maisCombustíveis Fósseis

Os combustíveis fósseis são originados do soterramento e decomposição de materiais orgânicos, todos eles formados por carbono. A formação desses combustíveis leva milhões de anos para acontecer.

São exemplos de combustíveis fósseis o petróleo, gás natural e carvão mineral

O efeito estufa é um fenômeno natural essencial para a manutenção da vida na Terra. Porém, o homem vem intensificando esse fenômeno, o que pode gerar um grande aumento na temperatura média da Terra, o chamado aquecimento global.

Esse fenômeno ocorre quando alguns gases como CO2 (dióxido de carbono), CO (monóxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso) e os CFCs (clorofluorcarbonetos) são eliminados em grande quantidade na atmosfera. Eles tendem a formar uma camada na superfície do planeta que dificulta a saída do calor. Assim, ocorrem diversas mudanças climáticas e ambientais, como por exemplo, o aumento do nível dos oceanos, trazendo inúmeras consequências para a Terra.

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O Que é Patrimônio?Patrimônio pode ser definido como um bem, uma herança, um conjunto de elementos a que damos valor e com o qual temos uma relação de propriedade, de identidade. Você pode dizer que patrimônio é tudo aquilo que se refere aos bens materiais e imateriais que representam nossas ações, nossos costumes e crenças, nossas memórias. Isso significa que o patrimônio é constituído pelas formas de expressão; pelos modos de criar, de fazer e de viver; pelas criações científicas, artísticas e tecnológicas; pelas obras, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; pelos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

De um modo geral, podemos classificar o Patrimônio Cultural em três grupos: o Patrimônio Material, o Patrimônio Imaterial e o Patrimônio Paisagístico.

Patrimônio Material compreende todo o tipo de objetos que fazemos e usamos em nossas vidas, incluindo desde pequenos utensílios domésticos a grandes edifícios. Aqui estão, também, os sítios arqueológicos, que são lugares onde encontramos vestígios de ocupações humanas do passado.

As heranças culturais são importantes e devem ser preservadas. As histórias, crenças, tradições e costumes formam os “saberes” de um povo e é esse conjunto de conhecimentos e tradições que compõe outro patrimônio chamado de Patrimônio Imaterial.

Finalmente, o Patrimônio Paisagístico compreende lugares que trazem marcas da interação entre o homem e o meio natural, ou então, lugares para os quais atribuímos valores, seja por que vivemos neles ou por que nos apresentem algum significado. Esse Patrimônio Paisagístico também pode ser chamado de Paisagens Culturais, como por exemplo, as relações entre o boiadeiro e o pantanal, o pescador e o ambiente marinho, o seringueiro e a floresta amazônica.

Agora que já sabemos os conceitos de Patrimônio, vamos dar uma olhada em importantes exemplos de Patrimônio Cultural que existem aqui perto de nós, em São Paulo, nas proximidades dos empreendimentos?

Primeiro vamos conhecer um pouco do Patrimônio existente na região da Luz...

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Luz - De pântano a centro culturalA região da Luz atualmente é um importante centro comercial, assim como cultural, sua região abriga respeitáveis instituições socioculturais, dentre os quais podemos citar a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Sala São Paulo e o Parque da Luz.

Museu da Língua Portuguesa Pinacoteca.Sala São Paulo.Museu de Arte Sacra.

Imagens tiradas do site: http://www.saopaulo.sp.gov.br

Este lugar tem seus dias mais antigos ligados à Capela de Nossa Senhora da Luz, algo em torno de 1585, erguida sobre o pantanoso solo da região. Desde então a Luz vem se desenvolvendo juntamente com o crescimento da cidade de São Paulo, por meio do desenvolvimento da cafeicultura, tendo seu ápice a partir de 1870 com a construção da ferrovia Santos-Jundiaí e a estação de nome homônimo. Sua expansão segue até a década de 1940, quando o declínio das ferrovias em face do rodoviarismo que se implanta e essa queda arrasta a região consigo. Já a partir de 1980, a localidade volta a ter um comércio local popular incipiente. Entretanto, o decaimento da economia na região gerou forte sub-utilização da localidade. O Bairro da Luz passou por alguns processos de revitalização como o Luz Cultural e, atualmente, o projeto Nova Luz, que visa reurbanizar e revitalizar toda a região.

Saiba Mais – Revitalização e Reurbanização

A revitalização e reurbanização de um local implicam no replanejamento, por parte do poder público, das ações referentes a uma localidade. Intervenções urbanísticas, logísticas e de outros provimentos são realizadas para tornar a região mais agradável, segura e viável aos moradores e turistas.

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Foto: Jardim da Luz, 1913.

Fonte: http://www.tratamentodeagua.com.br/r10/Biblioteca_Detalhe.aspx?codigo=37&topico=901

Flinders Street Station - Melbourn, AustraliaEstação da Luz – São Paulo, Brasil.

A Estação da LuzA estação da Luz que conhecemos teve sua construção iniciada em 1900, em substituição à antiga que existia desde 1867. Realizada em moldes britânicos, sua estrutura de aço fundido e forma são atribuídos ao engenheiro inglês Henry Diver.

Você já passou pela estação da Luz? Faça uma pesquisa na sua família e com seus amigos para saber o que eles acham sobre a estação.

Agora vamos conhecer um pouco do Patrimônio existente na região da Vila Prudente...

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O Patrimônio Histórico Cultural da Vila PrudenteA Vila Prudente foi fundada no fim do século XIX, junto ao crescimento industrial que a cidade de São Paulo vivia. A Vila Prudente é um dos principais bairros de origem fabril e operária da capital paulista. Assim como Brás, Mooca, Barra Funda, Lapa e outros bairros paulistanos; a Vila Prudente surgiu num momento crucial do processo de inserção do Brasil no capitalismo mundial, ou seja, em que a industrialização passaria a compor a economia nacional ao lado da já então consolidada agroexportação.

A cidade de São Paulo foi pioneira nesse processo conseguindo unir os interesses agroexportadores e industriais, uma vez para que o Brasil se inserisse na nova dinâmica econômica internacional eram necessários novos meios de transporte, relações de trabalho e até mesmo formas de ocupação do espaço da cidade.

Dessa forma foram sendo ocupadas novas áreas da cidade, até então pouco exploradas como a que seria a futura Vila Prudente. Essas áreas foram ocupadas de diversas formas servindo tanto aos interesses dos cafeicultores quanto aos setores ligados às primeiras iniciativas industriais.

Em São Paulo, a criação da estrada de ferro “São Paulo Railway” atraiu inúmeros objetivos e novos usos em torno da cidade e dos novos empreendimentos, alterando a economia paulista e também as formas de ocupação da cidade, ajudando na fundação dos chamados “bairros operários”, cuja Vila Prudente é um exemplo.

Passados mais de cem anos da chegada dos primeiros trabalhadores, entre eles muitos imigrantes, principalmente italianos, a Vila Prudente se tornou um bairro com diversas atividades, o que fez com que atualmente o bairro de perfil operário se misture em meio a tantas outras atribuições, como residências, comércios e serviços.

A característica industrial e operária ainda faz parte do cotidiano da Vila Prudente, quer na sua realidade concreta, no dia-a-dia do trabalhador e do industrial, quer nas formulações identitárias ou concepções de patrimônio cultural referentes do bairro.

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Saiba maisA São Paulo Railway é uma ferrovia construída para facilitar o acesso entre a Baixada Santista e o resto do estado de São Paulo facilitando o escoamento da produção do estado para o Porto de Santos e vice e versa.

O Barão de Mauá foi quem financiou sua construção, que foi muito discutida na época, devido às dificuldades de se construir sobre as escarpas da Serra do Mar.

Fonte: http://www.abpfsp.com.br/ferrovias.htm

Mapa das ferrovias históricas do estado de São Paulo.

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A Companhia Industrial de Papéis e Papelão - CIPAA Companhia Industrial de Papéis e Papelão, a CIPA, foi fundada no início do século XX por integrantes da família de imigrantes italianos Cavalari, porém pouco se sabe sobre sua origem, já que estudos do ano de 1890 já mostravam indícios de que naquele local já existia um estabelecimento industrial, dificultando afirmar se tal empreendimento já era de fato as primeiras instalações da CIPA.

Localizada entre as ruas Cavour, Engenheiro Bemmer (hoje Itamumbuca), Correa Barbosa – verificar esse nome (onde atualmente passa a Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo) e Giulio Cesare (parte da atual Ibitirama), no bairro da Vila Prudente.

A CIPA foi durante muito tempo conhecida como Companhia de Papéis e Papelão Búfalo, uma vez que a marca dos papéis e papelões produzidos tinham um Búfalo como logotipo. A empresa também deu origem a um time de futebol durante a década de 30 O BÚFALO A.C o que também ajudou na disseminação do nome. Mas na década de 1960 a CIPA resolveu extinguir o Búfalo de seu logotipo.

Em 1964, a família Cavalari vendeu a CIPA para integrantes da família libanesa Salim, em meados da década de 1990 a fábrica se transferiu para Pindamonhangaba e nunca mais voltou a exercer atividades na Vila Prudente.

A história da CIPA exemplifica bem o processo de industrialização e consolidação da classe operária paulista. Uma indústria que começou a partir da iniciativa de uma família de imigrantes italianos e que através dos sobrenomes dos antigos operários pudemos perceber que a fábrica operou durante décadas, movida pelos braços de também imigrantes não só italianos, mas, também espanhóis e portugueses.

Você conhece alguém que trabalhou na CIPA? Faça uma pesquisa na sua família, no bairro e com seus amigos para saber mais.

Galpões provavelmente remanescentes da implantação da empresa.

Provável conformação original do Galpão da CIA. Paulista de Papel e Papelão.

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Desde sua fundação, e principalmente após a década de 50, a CIPA ficou conhecida como uma empresa que pouco mudava o seu quadro de funcionários, assim os operários permaneciam lá por vários anos, muitos deles chegavam a completar 30 anos de trabalho na empresa, isso fez com os operários se tornassem cada vez mais amigos e suas famílias também se conhecessem.

Assim, além de uma cultura típica operária como acontecia em outras regiões fabris da cidade de São Paulo, estabeleceu-se uma cultura própria da CIPA, com seus significados e singularidades.

Uma das principais manifestações culturais atreladas à CIPA foi o “Bloco dos Cabeções”, grupo de carnaval criado na década de 1930. O bloco era composto pelos operários da fábrica que se fantasiavam de bonecos com grandes cabeças feitas de papel marche confeccionados na própria fábrica ou comprados em outras localidades, como Santana do Parnaíba. Além de comporem as comemorações de carnaval organizadas dentro da fábrica, o Bloco dos Cabeções também desfilava em outras festas da Vila Prudente, tornando-se conhecido em todo o bairro.

Com o passar do tempo foi criada a Escola de Samba dos Cabeções, que já não estava diretamente ligada aos funcionários da CIPA, atualmente a escola de samba recebe o nome de Independente.

Outra manifestação cultural significativa ligada à CIPA foi o time de futebol Búfalo AC., criado durante a década de 1940 e que utilizava como campo uma área não produtiva da fábrica.

Junto com outros clubes da região, tais como o E.C Vila Ema, Grêmio Jardim Independência, E.C Quinta das Paineiras, o Búfalo compôs o circuito de futebol de várzea da Vila Prudente nas primeiras décadas do século XX.

Em 1954 tendo como jogadores os próprios operários da CIPA, o Búfalo conquistou o campeonato Galo da Várzea ou Galo de Ouro, tornando-se famoso entre os demais times de várzea de São Paulo. Alguns jogadores chegaram até a jogar em grandes equipes. Nessa mesma década de 1950 foi construída a sede do Búfalo quase em frente à CIPA, na Rua Cavour, onde também eram realizadas festas de fim de ano e comemorações relacionadas ao time.

O Búfalo permaneceu em atividade até meados da década de 1960, tendo como único resquício material existente até hoje a própria sede, que atualmente é utilizada como salão de festas de formaturas e casamentos.

Comemorações como as de fim de ano eram de grande importância e grande significado para os funcionários, todos participavam, geralmente eram feitos churrascos durante o próprio expediente com alternância dos trabalhadores dessa forma, a produção não parava e todos participavam da festa.

Outra atividade exercida na fábrica pelos funcionários era a fabricação de vinho, produzido de forma artesanal no fundo da empresa e posteriormente dividido entre os funcionários, além disso, nas áreas mais baixas da fábrica eram criados porcos para serem abatidos nas vésperas das festas.

Com isso vemos que tanto os times de futebol operários quanto os blocos carnavalescos, além de outras atividades citadas compuseram um rico cenário cultural do operariado paulista. Todo esse universo de atividades criou um ambiente fértil em São Paulo e uma identidade que relacionou a cidade à cultura do trabalho.

O Lazer, a Festa e a Identidade da CIPA

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Comunidade e Patrimônio Imaterial da CIPAEm busca de novas descobertas e conhecimentos referentes ao patrimônio histórico e cultural da Vila Prudente, a participação da comunidade foi importantíssima relatando suas experiências e saberes referentes ao desenvolvimento do bairro e também da CIPA.

Pessoas como o Sr. João Natalino Gomes conhecido como ZIZA, Sr. Zequinha e Sr. Francisco Cézare, contribuíram com detalhes riquíssimos sobre a história e, sem dúvida, inserem uma visão dinâmica participativa dos atores sociais envolvidos com a evolução cotidiana da Vila Prudente.

Você Sabia – Rio Retificado e CanalizadoAlguns rios, principalmente os que se encontram em grandes cidades, são retificados, ou seja, tem o seu canal modificado, retirando-se os seus meandros - que são as curvas - os deixado retos, o que facilita na construção de vias de circulação como rodovias, estradas de ferro e outras coisas.

Já a canalização é quando o curso do rio passa por tubulações subterrâneas, perdendo o contato com a superfície em alguns trechos. Está técnica é muito utilizada para amenizar as inundações.

E você torce por algum time de futebol? Muitos times grandes também foram fundados por operários, pesquise um pouco sobre a história do seu time e descubra a origem dele

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O córrego Mooca é um afluente do rio Tamanduateí. Devido às suas constantes inundações, seu trecho localizado nas proximidades das instalações da CIPA foi canalizado.

Veja as fotos e tente identificar as mudanças ocorridas na paisagem!

Planície de inundação do córrego Mooca.

Inundação na região antigamente.

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Você conhece outros rios que foram canalizados perto da sua casa e de seus amigos? Discuta com seus colegas sobre as trans-formações ocorridas durante o processo de urbanização de São Paulo.

Fotos cedidas pelo Sr. Antonio Danilevic, que mostras as obras de canalização do córrego da Moóca.

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Patrimônio Paisagístico no Município de São PauloComo vimos o termo patrimônio paisagístico compreende lugares que de alguma forma trazem marcas da interação entre o homem e meio natural, ou seja, que de alguma forma tenha algum significado para uma população.

Para nós que vivemos em uma cidade grande como São Paulo, intensamente urbanizada fica difícil identificar algum elemento natural que tenhamos relação direta. Diferente do que acontece com povos ribeirinhos, índios e caiçaras que vivem em meio a natureza ainda preservada.

Porém, apesar de ser difícil a identificação da nossa relação com a natureza em meio a tantos elementos urbanizados ela existe e é essencial para nossa sobrevivência.

Temos como exemplo alguns rios importantes na cidade de São Paulo como o rio Tietê, Pinheiros, Tamanduateí e o Anhangabaú todos podem ser considerados patrimônio paisagístico. Embora hoje, em muitos lugares, eles passem despercebidos pelo nosso olhar devido sua canalização em diversos trechos, tais rios já foram essenciais para os habitantes da cidade.

Quando os jesuítas vieram para São Paulo, eles se depararam com os índios que ocupavam as colinas cercadas pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú. A ocupação daquele local pelos índios era estratégica, pois, além de estarem em um local alto com visão privilegiada, ainda tinham fácil acesso aos rios que serviam tanto para navegação quanto para a pesca.

Os jesuítas acabaram instalando sua primeira capela ao lado das duas tribos que ocupavam a colina, criando a Vila de São Paulo de Piratininga, onde atualmente se encontra o Pateo do Collegio. Os portugueses que ali se instalaram também usufruíam dos rios para se comunicar com outras regiões, o que facilitou e muito as relações comerciais.

Com o tempo as necessidades modificaram-se e a utilização dos meios de transporte fluviais foi sendo substituída aos poucos por meios de transportes sobre trilhos e carros para conseguir atender a demanda da cidade que estava se desenvolvendo e crescendo. Assim, os rios acabaram sofrendo diversas alterações para uma adequação desses novos meios de transportes.

Aos poucos, com a industrialização e o crescimento econômico da cidade de São Paulo, os rios como o Tamanduateí e o Tietê foram sendo retificados, ou até mesmo canalizados, fazendo da então paisagem natural uma paisagem cada vez mais artificial e humanizada.

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Pintura de Oscar Pereira da Silva que retrata a fundação de São Paulo.Imagem cedida pelo Museu PaulistaFoto retirada: http://pessoas.hsw.uol.com.br/sao-paulo-historia.htm

Lavadeiras na Marginal do Tietê, tendo ao fundo o centro, com as torres do Banespa e do Martinelli, na década de 1940. Crédito: Thomaz Farkas Foto retirada: http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/1-5_rio_tiete.asp

Foto retirada do site: http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/1-5_rio_pinheiros.asp

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SAIBA MAIS:

Significado da palavra Arqueologia

A palavra “arqueologia” tem origem de duas palavras gregas, archaicos e logos, e significa “estudo das coisas antigas”. Entretanto, nas últimas décadas os arqueólogos não estudam apenas as sociedades do passado, mas também as do presente.

O que é Arqueologia?A arqueologia é uma ciência social que estuda o passado humano a partir dos vestígios materiais deixados pelos povos que habitaram a Terra. O arqueólogo é o especialista que busca interpretar sociedades que, na maioria das vezes, não existem mais e também sociedades do presente, a partir de seus vestígios materiais.

As investigações do arqueólogo envolvem o diálogo com a comunidade e, também, muitas pesquisas, destacando-se, entre elas, o estudo da paisagem e levantamento de sítios arqueológicos, a escavação dos sítios encontrados, a curadoria e análise das peças em laboratório e a divulgação dos resultados

ArqueologiaAgora que você entendeu o que é Patrimônio Cultural e como ele está vivo e representado em todas as atividades de nosso dia-a-dia, vamos aprender um pouco sobre nossa Herança Cultural do passado.

Bem... Mas para que isto seja possível, temos de entender um pouco sobre uma ciência chamada Arqueologia.

Vamos lá?

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O trabalho do arqueólogo não é só a escavação. Antes de escavar é preciso fazer um estudo do espaço para encontrar os sítios arqueológicos. Primeiro, o arqueólogo define a região que será estudada, os objetivos da pesquisa e os métodos de investigação que irão utilizar.

Esses métodos dependem do tipo de área escolhido pelo arqueólogo e sua equipe. Quando isto estiver resolvido, iniciam-se os trabalhos. Com a ajuda de várias ferramentas - como por exemplo mapas, imagens de satélite, radares e até documentos escritos (se o sítio arqueológico escolhido é posterior à chegada dos europeus), e também de poços-teste (buracos escavados a distâncias regulares na busca por material arqueológico no subsolo), mas principalmente com base em relatos da população local, são encontrados sítios arqueológicos. Estes sítios são então mapeados, e depois iniciam-se as escavações.

Como é o trabalho do Arqueólogo?

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Como é feita a escavação?O que vem a sua mente quando lê a palavra escavação? Você pensa em fazer buracos? Se essa for a sua idéia, teve um bom raciocínio, pois no dicionário da língua portuguesa escavação significa cova, vala. Mas, em arqueologia, o termo vai além de abrir uma cova: escavação é sinônimo de investigação.

Quando é realizada uma escavação arqueológica, tudo é feito com muito cuidado e cada objeto encontrado é registrado (com fichas de campo, desenhos e fotografias) para que, depois, se reconstrua a vida das pessoas que ali estiveram

Arqueólogo analisando fragmentos encontrados.

O que é vestígio arqueológico?Se procurar a palavra “vestígio” em um dicionário da língua portuguesa, você verá que significa: sinal, pegada, marca ou rastro; sinal de uma coisa que aconteceu de uma pessoa que passou. E a palavra “material” se refere à matéria, ou seja, tudo aquilo que conseguimos tocar, pegar. Por exemplo: conjuntos de obras, objetos de casa, ferramentas de trabalho, entre outras coisas.

Os arqueólogos estudam os vestígios materiais, ou seja, os objetos e marcas deixadas pelos povos do passado. São exemplos de vestígios arqueológicos: ferramentas de pedra lascada, restos de fogueiras, restos de alimentação, pinturas e gravuras feitas em paredes cavernas, cacos de louça, vidro, cerâmica provenientes de vasilhas, garrafas, pratos, xícaras, etc., metais antigos, ossos, e muitos outros.

As casas e prédios também são importantes objetos de estudo para a Arqueologia, pois demonstram vários aspectos da vida das sociedades humanas. Por exemplo, é possível verificar os tipos de materiais empregados na construção das casas, os utensílios utilizados e como as pessoas faziam uso desses espaços. Os cemitérios também são exemplos de espaços estudados pelos arqueólogos. O estudo do modo como as pessoas enterravam seus mortos pode revelar aspectos de rituais e cerimônias religiosas do passado.

Arqueólogo descrevendo sondagem.

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Ajudantes em sondagens.

E Prospecção, você já ouviu essa palavra? Prospecção é a procura de sítios arqueológicos na área de pesquisa. Alguns vestígios materiais são vistos na superfície dos terrenos e é possível reconhecê-los se você caminha pelo local. Outra forma de encontrar os sítios arqueológicos é fazer sondagens (poços-teste). “Sondar” significa procurar os vestígios materiais abaixo do solo. Com uso de ferramentas adequadas, é possível abrir orifícios no solo e verificar se eles apresentam vestígios que indicam a presença humana.

O que é um sítio arqueológico?Sítio arqueológico é o local onde encontramos os vestígios materiais deixados pelos grupos humanos que passaram por ali. Este local pode ter sido, por exemplo, uma casa, um acampamento, um cemitério, um local de fabricação de ferramentas. Os sítios arqueológicos são variados e apresentam grandes diferenças entre si, dependendo do tipo de ocupação que houve no local. O tipo de ocupação depende do grupo de pessoas que esteve naquele local em um determinado momento, e das atividades realizadas por esse grupo naquele local. Quase sempre em um sítio podem ser encontradas várias ocupações, de vários grupos que estiveram naquele lugar em diferentes épocas, ou de um mesmo grupo que esteve várias vezes.

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Os tipos de sítiosPara facilitar a classificação dos sítios foi feita uma divisão a partir de estudos que apresentam os sítios antes da chegada dos portugueses – que receberam a denominação de sítios pré-históricos (ou pré-coloniais) – e sítios mais recentes, formados depois da chegada dos portugueses no litoral do Brasil, em 22 de abril de 1500, que recebem o nome de sítios históricos (ou coloniais).

Nos sítios pré- coloniais podemos identificar instrumentos de pedras lascadas ou polidas, restos de objetos de cerâmica como potes, cachimbos ou urnas funerárias, além de ossos humanos, restos de alimentação restos de construções de cabanas, e muito mais.

Podemos, também, identificar desenhos e inscrições em lajes e abrigos rochosos, a chamada arte rupestre.

Nos sítios arqueológicos históricos podemos encontrar, além de vasilhas cerâmicas mais recentes, vidros, metais, restos de louças e outros objetos de uso doméstico bem como antigas construções como alicerces e muros de pedras, igrejas e fortificações.

Atividades de laboratórioDepois da escavação, ainda há uma extensa pesquisa em laboratório, lugar para onde são enviados os “achados arqueológicos”.

Todos os vestígios passam por um processo de higienização, catalogação e análise. E, a partir de todo esse trabalho composto por várias etapas, é possível fazer comparações e interpretações sobre a sociedade analisada.

Conheça um pouco mais da importância dos LaboratóriosNão são somente os profissionais de medicina, biologia e farmácia que utilizam os laboratórios. Os arqueólogos também utilizam os laboratórios para completar os estudos de suas escavações.

No caso da Arqueologia, o laboratório é o lugar para onde são enviados os vestígios materiais coletados. Todos eles são separados, de acordo com o local em que foram encontrados e recebem uma ficha de identificação, para facilitar a pesquisa.

Nesta etapa, os “achados arqueológicos” são higienizados e curados, ou seja, são lavados, numerados, descritos e separados de acordo com o seu tipo. Por exemplo, numa escavação de um sítio pré-histórico, os ossos de vertebrados são separados em mamíferos, peixes, aves, entre outros

A partir daí, é possível analisar o que os homens que habitaram esse sítio no passado comiam mais. O mesmo acontece quando são encontradas ferramentas de pedra lascada ou polida, entre outros tantos vestígios que podem aparecer.

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As pesquisas Arqueológicas da Linha Amarela do Metrô.

Nas pesquisas realizadas encontraram, principalmente, fragmentos de faiança, grés, metal, vidro, cerâmica. Estes estão basicamente relacionados a segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, período pelo qual a cidade de São Paulo presenciou um vivo processo de urbanização, resultando, portanto na intensa transformação do espaço e na consecutiva geração de grande quantidade de material arqueológico. A predominância da faiança em detrimento dos outros vestígios, principalmente de cerâmica, indica um maior poder aquisitivo por parte dos ocupantes, inseridos provavelmente no segmento que se convencionou chamar de burguesia urbana.

Pedaço de prato em faiança decorado.

As escavações da LuzO sítio arqueológico Luz foi o que mais apresentou quantidade de vestígios arqueológicos. Dentre estes a faiança, destaca-se como categoria predominante. Os fragmentos encontrados referem-se, normalmente, a paredes de utensílios. Além desta foram recuperados 324 fragmentos de cerâmica, que devido a presença de alças, apliques e bases planas indicam estarem estes vestígios relacionados ao período colonial.

As escavações na área da estação da luz totalizaram a recuperação de 3069 fragmentos de objetos, e dentre estes podemos citar, além da faiança e cerâmica, vestígios de grés, fragmentos de vidros, material ósseo, material construtivo, metal, porcelana, lítico e diversos (materiais modernos, como plástico, etc.).

Fragmento ósseo encontrado. Fragmentos encontradosTijolo com inscrição encontrado. Frasco de vidro encontrado

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Saiba MaisFaiança – É feita de argila branca com grande plasticidade, cozidos sob baixa temperatura, porosa, opaca, de textura granular, quebra irregular e coberta por um esmalte frequentemente apresentando decoração pintada a mão ou impressa por transferência. Fabricada e comercializada por vários países, sua exportação para o Brasil iniciou-se no século XVI estendendo-se até o século XIX.

Grés – Caracterizado por ser mais opaco que a porcelana, impermeável, vitrificado e de coloração variada. Suas primeiras produções surgem na Alemanha no século XV. Esta técnica era normalmente empregada para o fabrico de vasilhames para transporte de bebidas e demais líquidos.

Faiança Fina – Trata-se de uma categoria intermediária entre a faiança e a porcelana. Foi a categoria de louça mais popular no Brasil no século XIX, e sua produção inicia-se já no século seguinte.

Porcelana – Louça branca, vitrificada e translúcida, descoberta na China e exportada à Europa a partir do século XVI.

Material construtivo – tijolos, azulejos, pedaços de cimento, telhas, manilhas, etc., são materiais construtivos comuns em sítios urbanos. Utilizados para a construção das casas, podem se espalhar por vários cantos do sítio após o desmoronamento de paredes, ou a destruição das casas inteiras. Outros exemplos de materiais construtivos, mas que só são encontrados em situações muito especiais, são as madeiras e palhas, amplamente utilizadas nas construções indígenas, e do período colonial adiante. Só que esse tipo de material, por se degradar muito rápido, pois não se preserva, e raramente aparece no registro arqueológico em regiões de clima tropical, a não ser em condições muito específicas de umidade ou ausência desta.

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A Companhia Industrial de Papéis e Papelão a CIPA, localizada na Vila Prudente, que teve suas atividades encerradas há 14 anos, teve sua memória reconstruída através de estudos feitos no local e também levantamentos históricos.

O antigo prédio, os móveis, documentos e ferramentas pertencentes à CIPA não sofreram muitas alterações desde que a empresa teria sido “abandonada”. Esse patrimônio - o prédio, os móveis, as ferramentas, os objetos utilitários, etc., também podem ser estudados pela Arqueologia. Assim, podem fornecer respostas tanto sobre a dinâmica da empresa quanto sobre o cotidiano dos funcionários. Essas respostas, inclusive, podem ser diferentes daquelas fornecidas pelos documentos históricos escritos. Dessa forma, a Arqueologia também pode contar a história da fábrica e das pessoas envolvidas nela, complementando e muitas vezes discordando do que estão nos documentos.

Registramos todos esses vestígios encontrados e mostraremos aqui para que vocês também conheçam um pouco mais da CIPA, que foi tão importante para a cidade de São Paulo, principalmente para a Vila Prudente.

As pesquisas realizadas dentro da CIPA

Fotos: Materiais encontrados no interior da fábrica de papel e papelão

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Você conseguiu perceber a diferença entre os vestígios arqueológicos encontrados na região da Luz e da Vila Prudente?

Pois é, como vimos anteriormente, os vestígios carregam as características e costumes das comunidades que habitaram tal lugar, em diferentes épocas.

Você pode observar nas fotos que parte do patrimônio material do CIPA se encontra em péssimo estado de conservação. Nesse caso, o que você sugere que deve ser feito com esse patrimônio? Discuta com seus colegas e familiares e escreva algumas recomendações de preservação e conservação desse acervo.

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PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL E DOS SITIOS ARQUEOLÓGICOS: COMO POSSO AJUDAR?

Todos os sítios arqueológicos são protegidos por lei e é proibido destruí-los ou retirar seus objetos, o que é considerado um crime contra o Patrimônio Nacional. Assim, caso um dia você encontre um sítio arqueológico, pode, e muito, ajudar na sua preservação. Veja como:

• Em primeiro lugar, é muito importante não recolher e nem retirar os objetos, pois para a pesquisa arqueológica é fundamental conhecer o local em que os objetos foram encontrados;

• Em segundo lugar, não cave, remova a terra ou retire a vegetação, não escreva ou desenhe sobre a arte rupestre encontrada nas lajes ou paredes de abrigos ou cavernas, e não jogue lixo na região;

• Por fim, conte a um adulto sobre sua descoberta, para que ele possa avisar o órgão responsável pela preservação do sítio arqueológico.

Devemos também respeitar as manifestações e os bens de patrimônio material e imaterial, formado por todo o conhecimento das diferentes sociedades que, ao longo de milênios, viveram nessa região.

Destruir ou perder esse Patrimônio é apagar de nossa memória uma parte da vida. Todos estes testemunhos constituem a herança cultural que nossos antepassados, desde mais de 4.000 anos atrás, deixaram para nós.

Cada um de nós participa desse Patrimônio, desde o dia em que nascemos. Por isso, para fazer este trabalho foi preciso contar com o conhecimento e ajuda de muitas pessoas aqui de São Paulo, e veja algumas delas. Faça você também parte deste enorme grupo, e ajude na preservação do Patrimônio Cultural brasileiro, que é de cada um de nós.

Contamos com você! Até breve.