ESPORTE CONSCIENTEORIENTAÇÕES PARA O RETORNO DOS TREINAMENTOS ESPORTIVOS

NO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIALSUBSECRETARIA DE ESPORTES

SUPERINTENDÊNCIA DE PROGRAMAS ESPORTIVOS

CARTILHA

FICHA TÉCNICAGOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Romeu Zema

SECRETÁRIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Elizabeth Jucá e Mello Jacometti

SUBSECRETÁRIO DE ESPORTES

José Francisco Filho

SUPERINTENDENTE DE PROGRMAS ESPORTIVOS

Frederico Oliveira Motta Pessoa

DIRETOR DE INCENTIVO AO ESPORTE DE PARTICIPAÇÃO E RENDIMENTO

Samuel Souza

EQUIPE TÉCNICA:

DIRETORIA DE INCENTIVO AO ESPORTE DE PARTICIPAÇÃO E RENDIMENTO

Cláudio Roberto CoelhoDarlan Perondi

Jackeline Suim da RochaLina Vitarelli Adaid Campolina

Maria Luiza de Freitas PaschoalMárcio Augusto Gonçalves Ribeiro

Nayara Aparecida Nogueira EloiSérgio Luiz Pires

ÍNDICEINTRODUÇÃO

RETORNO À ATIVIDADE ESPORTIVA

FASE 1: TREINAMENTO INICIAL INDIVIDUAL

FASE 2: TREINAMENTO GRADUAL

FASE 3: TREINAMENTO PRÉ COMPETITIVO

FASE 4: COMPETIÇÃO

PROTOCOLOS SANITÁRIOS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

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O presente documento, elaborado pela Subsecretaria de Esportes, pertencente à estru-tura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, consiste em apresentar infor-mações básicas para o retorno de atividades desportivas e paradesportivas de rendi-mento no Estado de Minas Gerais durante o período de pandemia provocado pelo Co-ronavírus (Covid-19). Com base na análise de protocolos e medidas de saúde do Gover-no do Estado de Minas Gerais, bem como de suas Secretarias, no enfrentamento da pan-demia e orientações de outros órgãos internacionais relacionados à gestão esportiva, serão apresentadas informações para que as atividades de treinamento sejam retomadas de forma que não traga o menor prejuízo aos atletas e a sociedade.

Doenças infecciosas emergentes são desafios constantes para órgãos governamentais na manutenção da saúde pública. No final do ano de 2019, casos de pneumonia de causa desconhecida, identificados em Wuhan (China), levaram à descoberta de um novo tipo de coronavírus (Covid19/2019-nCov) que são filamentos de RNA envelopados, comu-mente encontrados em humanos, outros mamíferos e aves e são capazes de causar doenças respiratórias, entéricas, hepáticas e neurológicas (BELASCO; FONSECA, 2000).

No início do ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a Covid--19 como uma emergência de saúde pública de interesse internacional (GUAN et al, 2020). Apesar da confirmação da presença da Covid-19 em uma pessoa ser apenas por exame laboratorial, alguns sintomas comuns são relacionados para identificação de pos-síveis contaminados. Entre os principais sintomas destaca-se a Síndrome Gripal (SG) como a manifestação mais comum, sendo definida como quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, mesmo que relatada pela pessoa, acompa-nhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Na presença de dificuldades respiratórias, considera- se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que apresenta dispneia/ desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax (ISER et al, 2020).

Por ser uma doença altamente contagiosa e possuir certo nível de letalidade, o combate à Covid-19 é realizado a partir de uma série de medidas preventivas de saúde e de enfrentamento do contágio por contato social, sendo o isolamento social como a princi-pal medida adotada para diminuir a taxa de disseminação do vírus.

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INTRODUÇÃO

No meio esportivo, vários eventos foram adiados ou cancelados devido à pandemia, des-tacando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão de Tóquio, de esfera internacional. Outros eventos de magnitude nacional também sofreram o cancelamento ou adiamento, como os Jogos Escolares da Juventude e as Paralimpíadas Escolares. Esta é a primeira vez, após a Segunda Guerra Mundial, que competições de alto rendimento são cancela-das/ adiadas e todos atletas de elite são forçados a interromper seus treinamentos ou adaptá-los ao ambiente domiciliar (SARTO et al. 2020).

Atletas de alto rendimento e atletas que buscam uma oportunidade de sucesso no esporte necessitam manter/melhorar o seu rendimento, sendo assim são necessárias as adaptações nas atividades em treinamentos esportivos. Todavia, os atletas nas distintas modalidades, que por natureza tem uma atividade intensa, coletiva e com suas especifici-dades, necessitam de informações pontuais que visam a proteção da integridade física quando do retorno gradual às atividades.

Devido à alta taxa de proliferação do vírus causador da Covid-19, clubes e atletas opta-ram por suspender as atividades dos treinamentos em respeito às orientações de órgãos da saúde. Com o passar dos dias e a estabilização/diminuição de casos novos confirmados diariamente, números de leitos hospitalares ocupados e de mortes causa-das pela Covid-19, as atividades profissionais irão voltar à rotina de atletas. No entanto, a retomada de tais atividades deve ser planejada e gradual, com o principal objetivo de manter a integridade da saúde de atletas e da equipe de profissionais.

O retorno às atividades deve ser de maneira gradual, sendo que a retomada às ativida-des, a treinamentos e competições do esporte, podem ser realizadas em fases ou etapas, sempre com o objetivo de manter a saúde de atletas, profissionais e espectadores. Além disso, a pausa dos treinamentos pode ocasionar novas lesões em atletas, considerando que os atletas em isolamento social possuem maiores limitações para manter o treina-mento em alto nível, ainda pode ocorrer o efeito de destreinamento, resultando em adaptações morfológicas e fisiológicas decorrentes de estímulos de treinamento insufi-cientes ou inapropriados (SARTO et al. 2020; MUJIKA; PADILLA, 2000).

Todas mudanças no cotidiano do atleta podem resultar na diminuição do seu desempe-nho esportivo e no aumento do risco de lesões, por exemplo lesões de ruptura de liga-mentos e lesões musculares, por isso é de grande importância retornar aos treinamen-tos com estímulos apropriados e, talvez, treinamentos de alta intensidade específicos da modalidade podem não ser recomendados (SARTO et al. 2020).

Com base nessas preocupações e a fim de orientar o retorno das atividades esportivas de treinamento de atletas e competições¹ a Subsecretaria de Esportes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese) apresenta a cartilha “Es-porte Consciente: Orientações para o Retorno dos Treinamentos Esportivos no Estado de Minas Gerais", onde pretende-se orientar a retomada segura dos treinamentos esportivos e competições nas diversas modalidades esportivas.

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¹Cada órgão administrador do desporto, juntamente com as autoridades municipais e de saúde, informará o momento de retorno das competições. A cartilha aborda a parte “Competição” como um fluxo continuo da rotina do atleta, sendo considerada nessa cartilha de orientação como a última fase;O retorno das competições acontecerão após autorização dos órgãos de saúde.

Fonte: Subsecretaria de Esportes

A proposta sugere informações que orientem a retomada gradual de treinamentos e competições municipais e regionais, tendo em vista a necessidade de levar a sociedade esportiva, gradualmente à normalidade, comprometendo o mínimo possível a segurança da população esportiva.

A cartilha Esporte Consciente foi elaborada com base em informações fornecidas por diversas instituições e entidades de classe e estudos, com objetivo de auxiliar os clubes e entidades esportivas, atletas e protagonistas esportivos dos 853 municípios do Estado para que possam agir de maneira correta e responsável no retorno de suas ativida-des com o treinamento esportivo.

A cartilha setoriza as orientações de retorno de atividades esportivas em quatro “fases”, sendo: 1ª Fase: Treinamento Inicial Individual; 2ª Fase: Treinamento Gradual; 3ª Fase: Treinamento Pré-competitivo; 4ª Fase: Competição. Cada fase deve ser realizada de forma progressiva, onde o profissional responsável pelos treinamentos deverá avaliar o cenário de seu município e da sua região e a taxa de evolução da pandemia e, se necessá-rio, as fases podem ser retrocedidas, com o objetivo de controlar os efeitos da Covid--19. Esta avaliação deve estar alinhada às orientações e às determinações dosórgãos de saúde, incluindo o Plan o Minas Consciente.

Ainda, a necessidade de informações sobre o retorno das atividades detreinamento se dá através da insuficiente orientação e/ou desconhecimento de atletas, treinadores e gestores sobre medidas de segurança sobre retorno das atividades espor-tivas no Estado de Minas Gerais. Os seguintes gráficos apresentam uma pesquisa realiza-da no mês de julho com atletas de todos os níveis, treinadores e gestores esportivos de Minas Gerais das modalidades esportivas: atletismo, basquete, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol, futebol de 5, futebol de 7, futebol americano, ginástica rítmica, hal-terofilismo paralímpico, jiu-jitsu, judô, katarê e natação.

Gráfico 1: Atletas e Clubes que possuem conhecimento sobre protocolos de reto-madas aos Treinamentos.

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Fonte: Subsecretaria de Esportes

Fonte: Subsecretaria de Esportes

Gráfico 2: Consideram as informações suficientes para retornar ao Treinamento.

Gráfico 3: Possuem dificuldade em compreender informações sobre Covid-19 e treinamento.

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O esporte de alto rendimento possui papel essencial no desenvolvimento do esporte como um todo, influenciando gerações a optarem pelo caminho do esporte, assim como produzindo referências que representam o Estado de Minas Gerais em competições de âmbito Nacional e Internacional. Servindo como inspiração a prática esportiva e geran-do assim maior bem-estar e qualidade de vida à sociedade como um todo. A seguir, serão apresentadas informações e sugestões de retorno ao treinamento esportivo, organizado em 4 fases. Ainda destaca-se que a retomada das atividades deve ser realizada com cau-tela, priorizando a saúde pública e a integridade física de cada atleta.

Fonte: Subsecretaria de Esportes

Gráfico 4: Possuem dificuldade em compreender informações sobre o retorno de treinamentos de alto rendimento durante a pandemia do Covid-19.

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O retorno aos treinamentos esportivos deve ter enorme atenção por parte de treina-dores, preparadores físicos, gestores e outros membros da comissão técnica dos clubes, por isso, a comunicação de atletas com a equipe de trabalho deve ser contínua e a reali-zação de treinamentos deve ocorrer dentro de condições próximas ao planejamento inicial.

Como visto anteriormente, com a interrupção de treinamentos pode ocorrer adapta-ções físicas e fisiológicas e resultar na diminuição do desempenho do atleta. De forma adicional, sugerimos que o retorno à intensidade de treinamento utilizada antes do perí-odo de interrupção deve ser retomado de forma gradual, de acordo com planejamento da comissão técnica ou o treinador do atleta.

Recomendamos a observância aos protocolos sanitários indicados pelo Plano Minas Consciente e demais órgãos de controle

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RETORNO À ATIVIDADE ESPORTIVA

FASE 1: TREINAMENTO INICIAL INDIVIDUAL

A Fase 1 prioriza o treinamento individual de cada atleta em seu ambiente domiciliar, se possível, onde as orientações profissionais de seu treinador ou comissão técnica devem ser realizadas de forma on-line. Se o atleta não possuir condições de realizar a continui-dade dos treinamentos no ambiente domiciliar, o mesmo deve procurar um local isolado, arejado (espaços abertos) e adequado para a prática dos treinamentos, além de adotar medidas de segurança contra o contágio da Covid-19.

Como prevenção ao contágio da Covid-19, o atleta deve respeitar as indicações dos órgãos de controle e do Plano Minas Consciente, intensificando as seguintes orien-tações:

• Respeitar o distanciamento social na presença de outras pessoas no local;

• Utilização de máscaras por pessoas que estiverem no local de treinamento;

• Higienização de equipamentos ou materiais utilizados pelo atleta no treinamento;

• Utilização de álcool gel 70% para imunização das mãos;

• Utilizar material de higiene e hidratação individual;

• Realizar treinamentos sem contato físico.

Dentro das condições do cenário local da Covid-19, as atividades nos treinamentos podem se restringir a treinamentos físicos e individuais, evitando qualquer forma de aglomeração ou de incentivo à circulação de pessoas no local. A condição de saúde do atleta ainda deve ser monitorada de forma constante, sendo que o surgimento de sinto-mas relacionados à Covid-19, o atleta deve imediatamente adotar o isolamento social, interromper os treinamentos, repousar e buscar orientação médica, além de realizar testes para identificar se está contaminado com Covid-19.

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FASE 2: TREINAMENTO GRADUAL

A Fase 2 consiste no retorno de treinamentos em locais onde atletas treinavam normal-mente antes da pandemia, onde se iniciará os treinamentos físicos, técnicos e individuais com um número reduzido de atletas no local, mantendo sempre que possível o distan-ciamento. Clubes, academias e centros de treinamentos devem adotar medidas de higie-nização e cuidados individuais. Além de serem levadas em consideração e respeitadas as medidas de segurança da fase 1, dos órgãos de controle e do Plano Minas Consciente, recomenda-se aos locais de treinamento de atletas as seguintes medidas:

• Os locais de treinamentos (clubes/academias/centros de treinamento) devem possuir controle de acesso e permanência, evitando aglomeração;

• O acesso aos locais de treinamentos (clubes/academias/centros de treinamento) devem possuir tapete higienizador, monitoramento de temperatura através do aferimen-to por infravermelho, sendo pessoas com temperatura igual ou superior a 37,5º C e que relatem sintomas gripais e/ou doenças respiratórias, ou ainda que tenham tido contato recentemente com pessoas com Covid-19, devem ser orientadas a se manterem em iso-lamento por 14 dias e buscarem atendimento médico;

• A taxa de ocupação máxima para as atividades livres no local deverá obedecer à rela-ção de 1 ocupante para cada 6 m² de área da unidade esportiva e recreativa, controlado instantaneamente e convergente para com a capacidade operacional vigente;

• Sugere-se que pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e/ou com doenças crôni-cas pré-existentes e que se enquadram nos grupos de risco não frequentem as estruturas dos treinamentos;

• Todos atletas, treinadores, membros da comissão técnica e funcionários deverão entrar no local apenas por uma entrada (evitar o uso de catracas e equipamentos similares), manter a distância de segurança de 2 metros de outras pessoas que estiverem na entra-da;

• Os locais deverão estar com as janelas abertas e serem bem ventilados;

• Nas modalidades em que existe o uso de animais, área de estabulagem restrita apenas para tratadores, instrutores e veterinários, respeitando o distanciamento. Aumentar espaçamento de pavilhões das cocheiras de 4 metros para 8 metros.

• Telefones de uso coletivo devem ser interditados;

• Bebedouros devem ser lacrados nas saídas de água de consumo direto;

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• Piscinas devem ter a ocupação máxima de duas pessoas por raia;

• Todos os ambientes das instalações esportivas deverão ser cuidadosamente limpos e higienizados;

• A limpeza e higienização também deverão ser realizadas com maior frequência, pelo menos duas vezes por dia, principalmente em superfícies de contato manual, como ma-çanetas, bancos, cadeiras, cabides, banheiros, entre outros;

• Ter uma quantidade suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), sendo máscaras, luvas, álcool gel 70%, viseiras, entre outros, disponíveis no início da atividade para atletas e para os profissionais envolvidos, tudo em conformidade com as especifica-ções técnicas e padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde e au-toridades competentes;

• É importante ressaltar que seja estabelecido nos locais de treinamentos pelos seus gestores turnos de limpeza e higienização;

• Sugere-se que o uso de espaços ao ar livre seja priorizado para os diversos tipos de treinamentos e os equipamentos, as máquinas e outros materiais de uso comum deverão ser constantemente higienizados;

• Equipe técnica e atletas deverão utilizar equipamentos de proteção e manter distância mínima de 2 metros;

• Recomenda-se não utlizar locais fechados como saunas, salão de jogos, ginásios, acade-mias de musculação e similares;

• Somente membros imprescindíveis da equipe técnica deverão acompanhar os treina-mentos;

• Estabelecer horário para uso de equipamentos de musculação, limpando e higienizando antes do contato de um novo atleta no aparelho;

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• Não realizar reunião técnica de forma presencial;

• Refeitório e cozinha deverão seguir estritamente orientações de órgãos responsáveis;

• Os treinamentos devem ocorrer preferencialmente de portas fechadas, sem a presença de público espectador;

• No caso de uso de academias de musculação, a ocupação máxima deve ser de 30% da capacidade operacional ou 1 praticante para cada 10 m². Salientamos a importância de higienização das mãos, materiais e similares constantemente;

• Evite o uso de elevadores, exceto para pessoa com dificuldade de mobilidade, que utili-zará de forma individual e com conhecimento do responsável da instalação, havendo higienização posteriormente;

• Para atividades em quadras, a ocupação máxima é de 70% da capacidade operacional, lembrando que não é recomendada atividades de contato físico entre os participantes;

• No caso do uso de banheiros e vestiários, o uso simultâneo deve ser de 30% da capaci-dade;

• O clube ou entidade deve criar uma “Comissão” para mediar dúvidas, atualizações e novas orientações relativas aos processos e adaptações decorrentes a pandemia.

Em todo o centro, sugere-se disponibilizar em local visível informações claras e concisas sobre diretrizes de higiene e padrões de comportamento, para minimizar o risco de contágio, distribuído pelas áreas de prática esportiva, como entrada, banheiros, vestiá-rios e principais áreas de passagem seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e autoridades responsáveis.

Consulte o Plano Minas Consciente, que orienta quanto à retomada das atividades (www.mg.gov.br/minasconsciente), assim como as autoridades municipais de saúde.

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FASE 3: TREINAMENTO PRÉ-COMPETITIVO

Na Fase 3, se intensificam os treinamentos nos locais adequados, sendo considerados os treinos coletivos ou em grupos. Além de considerar todas as orientações das fases ante-riores, recomenda-se:

• Esportes coletivos, quando da utilização de instalações fechadas, atentar para um número de pessoas estritamente necessário para a realização do treinamento;

• Equipe técnica e de apoio sempre utilizando equipamento de proteção e distância mínima de 2 metros;

• Todo material deverá ser higienizado após utilização;

• Priorizar treinamentos em locais ao ar livre, quando possível;

• Atletas e membros de comissões técnicas devem deixar imediatamente o local após o treinamento, evitando aglomerações;

• Deve-se realizar testes para Covid-19 com frequência em atletas e membros da comis-são.

No caso de sintomas de Covid-19 ou testagem positiva em qualquer pessoa, o mesmo deverá adotar o isolamen-to social no período recomendado de 14 dias e retornar ao local de treinamento após sua plena recuperação.

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FASE 4: COMPETIÇÃO

Além de considerar todas as orientações das fases anteriores, o retorno gradativo das competições deve ocorrer com aprovação prévia das autoridades públicas municipal, estadual e federal e respeitando as seguintes orientações:

• Início das competições devem ocorrer somente após os clubes e atletas voltarem aostreinamentos de maneira plena (modalidades individuais e coletivas), considerando modalidades de contato físico também;

• Realização de competições sem presença de espectadores, inclusive de equipes participantes da competição, mas que não tenham compromisso no dia, por exemplo, a equipe A irá enfrentar a equipe B, dessa forma a equipe C não pode assistir o confronto;

• Todos os membros da comissão técnica das equipes deverão utilizar máscaras quecubram o nariz e boca, assim como cronometristas, árbitros externos e organizadores do evento

• O local de competição deve disponibilizar álcool gel 70% em áreas de uso comum esabonete líquido, papel toalha e álcool gel 70% em todos os banheiros, de modo queofereça fácil acesso a higienização de mãos pelos praticantes e envolvidos com a competição;

• O compartilhamento de equipamentos deve ser proibido, garantindo a individualização.

O retorno das competições acontecerá após autorização dos órgãos de saúde.

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PROTOCOLOS SANITÁRIOS COMPLEMENTARES

Todos os envolvidos deverão estar atentos a Decretos, Portarias e Protocolos publicados pelas 3 esferas do governo, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual, Secretarias Municipais e por outros órgãos competentes, sabendo que cada região ou municípios poderão estar em momentos distintos para a volta das competições.

Consulte o Plano Minas Consciente que orienta quanto a retomada das atividades. -> https://www.mg.gov.br/minasconsciente

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CONCLUSÃO

Estas orientações possuem o objetivo de contribuir para um retorno gradual e seguro a todos os envolvidos em treinamentos e competições. É uma forma equilibrada da volta de todo setor esportivo e, pensando no futuro, servirá para aprender, tirar conclusões e adquirir boas práticas para um novo normal.

As fases e respectivas recomendações foram apresentadas para que as atividades espor-tivas retornem de forma gradual e sequencial até o retorno de competições. Através dos canais das Secretarias Municipais de Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde, é possível monitorar indicadores relevantes de Covid 19 para tomada de decisão, identificando se é o momento de proceder à uma nova etapa, manter a etapa atual ou retroceder a uma situação anterior, caso os dados e a tendência local seja preocupante.

O propósito final é de contribuir para a segurança de todos protagonistas esportivos nas diversas modalidades. Entende-se que cada modalidade tem sua especificidade, toda-via o desafio de uniformizar as medidas protetivas dentro do esporte visa equalizar a possibilidade de proteção de todos no meio esportivo.

Este documento poderá ser atualizado diante da mudança de cenário da pandemia e novas orientações das autoridades e/ou órgãos da saúde.

VERSÃO 1 – CARTILHA ESPORTE CONSCIENTE, JULHO de 2020Contato: esporte.rendimento@social.mg.gov.br

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REFERÊNCIAS

- BELASCO, Angélica Gonçalves Silva; FONSECA, Cassiane Dezoti da. Coronavirus 2020. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, 2020.

- Confederação Brasileira de Futebol. Guia Médico de Sugestões Protetivas para o Retorno às Atividades do Futebol Brasileiro. Disponível em: <https://conteudo.cbf.-com.br/ cdn/202006/20200610151650_484.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- Gobierno de España. Ministerio de Cultura y Deporte. Protocolo Básico de Actuación para la vuelta a los Entrenamientos y el Reinicio de las Competiciones Federadas y Pro-fesionales. Disponível em: <http://www.culturaydeporte.gob.es/ actualida-d/2020/05/200507-protocolo-basico-deportistas.html>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- Governo do Estado de Minas Gerais. Minas Consciente – Tabela de Ondas. Disponível e m : < h t t p s : / / w w w . m g . g o v . b r / s i t e s / d e f a u l t / f i l e s / p a g i n a s / i m a -gens/minasconsciente/cta-_atividades_economicas_por_onda_v14.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- GUAN, W. et al. Clinical characteristics of coronavirus disease 2019 in China. New England journal of medicine, v. 382, n. 18, p. 1708-1720, 2020.

- MEZZADRI, F; SCHMITT, P. Recomendações e Orientações Gerais para o Espor-te Brasileiro frente à Covid-10. Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva. Disponível e m : < h t t p s : / / w w w . u f p r . b r / p o r t a l u f p r / w p - c o n t e n t / u p l o -ads/2020/05/Recomendac%CC%A7o% CC%83es-e-Orientac%CC%A7o%CC%83es-Ge-rais-para-o-Esporte-Brasileiro-frente-a% CC%80-COVID-19.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Doença pelo coronavírus 2019: ampliação da vigilância, medidas não farmacológicas e descentralização do diagnóstico laboratorial. Boletim Epidemiológico. 2020 Disponível em: <http://maismedicos.gov.br/ images/PD-F/2020_03_13_BoletimEpidemiologico-05.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- Ministério da Saúde. Treinos e partidas de futebol devem seguir orientações para evitar Covid-19. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/noticias/ agencia-saude/47078-trei-nos-e- partidas-de-futebol-devem-seguir-orientacoes-para-evitar-covid-19>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- MUJIKA, Iñigo; PADILLA, Sabino. Detraining: loss of training-induced physiological and performance adaptations. Part I. Sports Medicine, v. 30, n. 2, p. 79-87, 2000.

- SARTO, F. et al. Impact of potential physiological changes due to COVID-19 home con-finement on athlete health protection in elite sports: a call for awareness in sports pro-gramming. Sports Medicine (Auckland, Nz), p. 1, 2020.

- Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Coronavírus (Covid-19). Disponível em: <https:// www.saude.mg.gov.br/coronavirus>. Acesso em: 09 de julho de 2020.

- WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Considerations for sports federations/s-ports event organizers when planning mass gatherings in the context of COVID-19: interim guidance, 14 April 2020. World Health Organization, 2020.

- Federação dos Clubes do Estado de Minas Gerais (FECEMG). Protocolo de Bioprote-ção para o Retorno das Atividades dos Clubes Sociais e Esportivos de Belo Horizonte. Belo Horizonte, Junho de 2020. 15p.

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