cartilha de libras

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A Classificação Indicativa na Língua Brasileira de Sinais Departamento de Justiça, Classificação Secretaria Ministério Títulos e Qualificação Nacional de Justiça da Justiça

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  • 1. A Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de SinaisDepartamento de Justia, ClassificaoSecretaria MinistrioTtulos e QualificaoNacional de Justia da Justia

2. Ministrio da JustiaSecretaria Nacional de JustiaDepartamento de Justia, Classificao, Ttulos e Qualificao A Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de SinaisOrganizao:Secretaria Nacional de Justia1 edioBraslia/2009 3. MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIATarso GenroSECRETRIO EXECUTIVO DO MINISTRIO DA JUSTIALuiz Paulo Teles Ferreira BarretoSECRETRIO NACIONAL DE JUSTIARomeu Tuma JniorDIRETOR DO DEPARTAMENTO DE JUSTIA, CLASSIFICAO, TTULOS E QUALIFICAODavi Ulisses Brasil Simes PiresDIRETORA- ADJUNTA DO DEPARTAMENTO DE JUSTIA, CLASSIFICAO, TTULOS E QUALIFICAOAnna Paula Ucha de Abreu BrancoCOORDENADOR DA CLASSIFICAO INDICATIVAGustavo Camilo BaptistaCOORDENADORA DO ESTUDO E TEXTOSRoberta Rossi Lage XimenesREVISO DE TEXTOSAnna Paula Ucha de Abreu BrancoCidlia SantAnaGuadalupe NascimentoMaurcio CorrealiILUSTRAO E DIAGRAMAOFbio Selani - surdo, ilustrador, desenhista, artista plstico e autodidataINTRPRETE DE LIBRAS DE APOIO PARA A ILUSTRAOEdeilce Aparecida Santos BuzarImpressoArtecor Grfica e EditoraTiragem30 mil exemplaresDistribuio gratuita permitida a reproduo total ou parcial desta publicao, desde que citada a fonte.Ficha CatalogrficaB823m Brasil. Secretaria Nacional de Justia.A Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de Sinais / Organizao: Secretaria Nacional de Justia. Braslia : SNJ, 2009. 36 p. : il.1. Comunicao no-verbal, televiso, Brasil. 2. Deficincia auditiva, Brasil. 3. Surdez,Brasil. 4. Lngua de sinais, Brasil. I. Ttulo.CDD 001.56 Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca do Ministrio da Justia. 4. Agradecimentos A Secretaria Nacional de Justia-MJ agradece s entidades que colaboraramcom a pesquisa sobre a mensagem da Classificao Indicativa na Lngua Brasileirade Sinais nas vinhetas televisivas:- Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) - www.abnt.org.br- Associao de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada) - www.apada.org.br- Associao de Surdos de So Paulo (ASSP) - www.assp.com.br- Associao dos Profissionais Intrpretes e Guias - Intrpretes da Lngua de SinaisBrasileira do Estado de So Paulo (APILSBESP) - www.apilsbesp.org- Associao dos Profissionais Tradutores/Intrpretes de LIBRAS (APIL)- Associao Trabalhista de Defesa dos Direitos e Interesses das Pessoas Com Deficincia (Atradef) -www.atradef.com.br- Campanha Legenda Nacional - legenda para quem no ouve, mas se emociona - www.legendanacional.com.br- Centro de Capacitao de Profissionais de Educao e Integrao dos Surdos - CAS/DF- Colgio Rio Branco - www.ecs.org.br- Comisso de Estudo Acessibilidade em Comunicao da ABNT- Confederao Brasileira de Surdos (CBS) - www.cbsurdos.org.br- Diviso de Educao e Reabilitao dos Distrbios da Comunicao (Derdic) - www.pucsp.br/derdic- Escola SELI (Surdez - Educao - Linguagem) - www.seli.com.br- Faculdade Radial - www.radial.br- Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos do Distrito Federal e de So Paulo (Feneis) -www.feneis.com.br- Fundao de Rotarianos de So Paulo - www.frsp.org- Instituto Nacional de Educao de Surdos (INES) - www.ines.gov.br- Instituto Santa Teresinha - www.institutosantateresinha.org.br- Laboratrio de Experimentao Remota (RexLab), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)- Movimento das Mulheres Deficientes Auditivas do Estado de So Paulo- ONG Vez da Voz - www.vezdavoz.com.br 5. SumrioApresentao.............................................................................................................................................................. 6A Classificao Indicativa.......................................................................................................................................... 7Portaria 1.220/07- Ministrio da Justia .................................................................................................................... 7Brasil: cerca de 6 milhes de pessoas tm deficincia auditiva ou surdez ................................................................ 8Deficincia Auditiva e Surdez.................................................................................................................................... 8A comunicao e os surdos ........................................................................................................................................ 9Lngua Portuguesa, Lngua de Sinais e Bilinguismo ............................................................................................... 10Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS .................................................................................................................... 11O tradutor/intrprete de LIBRAS............................................................................................................................. 12Cdigo de tica do Intrprete de LIBRAS .............................................................................................................. 13Educao .................................................................................................................................................................. 14Fique atento terminologia! .................................................................................................................................... 14TV: importante ferramenta de incluso social ........................................................................................................ 15A legenda oculta e a janela de LIBRAS................................................................................................................... 16Por uma TV mais acessvel...................................................................................................................................... 17Acessibilidade em Comunicao na Televiso - Associao Brasileira de Normas Tcnicas (NBR 15.290)......... 18A pesquisa do Ministrio da Justia sobre a mensagem da Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de Sinais nas vinhetas televisivas ................................................................................................................................. 19A metodologia.......................................................................................................................................................... 20Tradutor-intrprete de LIBRAS ............................................................................................................................... 21Formato da janela com o intrprete de LIBRAS ..................................................................................................... 22Cenrio da janela de LIBRAS.................................................................................................................................. 23Os sinais e a regionalizao ..................................................................................................................................... 24 Tempo da mensagem................................................................................................................................................ 26Formato ideal ........................................................................................................................................................... 26Locuo.................................................................................................................................................................... 26Acesso informao: um direito tambm dos surdos ............................................................................................. 27Surdos: uma audincia a ser conquistada................................................................................................................. 28 Como se comunicar com o surdo............................................................................................................................. 28Alfabeto manual e numerais .................................................................................................................................... 29Depoimentos ............................................................................................................................................................ 30Legislao ................................................................................................................................................................ 34Referncias Bibliogrficas ...................................................................................................................................... 35 6. ApresentaoEsta publicao resultado de um estudo indito, organizado pela Secretaria Nacional de Justia (SNJ), do Ministrioda Justia, com o objetivo de incentivar a acessibilidade aos meios de comunicao para as pessoas com deficincia.O interesse da SNJ pelo tema comeou quando telespectadores surdos demonstraram dificuldades paracompreender as mensagens da Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), veiculadas pelasemissoras de televiso.Sabe-se que a TV um veculo de comunicao que atrai muita gente, inclusive pessoas surdas, as quais precisamde tcnicas especiais de transmisso da informao para terem acesso programao oferecida pelas emissoras. Apesarde as tecnologias atuais permitirem um bom nvel de acessibilidade s informaes transmitidas via televiso, constata-se que isso ainda no ocorre de modo totalmente satisfatrio nas emissoras brasileiras.Esta pesquisa foi realizada entre 2007 e 2008 com surdos das trs principais capitais do Pas: Braslia, So Pauloe Rio de Janeiro, cidades nas quais esto localizadas respeitveis entidades que trabalham com surdez. O objetivo foiverificar as inadequaes referentes Lngua de Sinais apresentadas nas vinhetas televisivas e sugerir melhorias.Representantes das emissoras de TV tambm participaram do debate e conheceram as dificuldades encontradaspela comunidade surda no acesso aos meios de comunicao e, em especial, mensagem da Classificao Indicativaproduzida na Lngua Brasileira de Sinais pelas emissoras.So poucas as pesquisas brasileiras que tratam da acessibilidade das pessoas com deficincia aos meios decomunicao. Assim, sentiu-se necessidade de produzir um material que possa ser importante fonte de informao nos para as mensagens da Classificao Indicativa, mas para tantas outras veiculadas de forma audiovisual. Vale ressaltarque, pela sua considervel contribuio social, o estudo tem despertado a ateno da sociedade e, antes mesmo de serlanado, j foi apresentado em uma conferncia em Recife.O leitor encontrar nesta cartilha mais detalhes sobre o universo formado por pessoas com dificuldade de audio;o profissional de TV ter conhecimento do que preciso fazer para que a mensagem da Classificao Indicativa torne-semais acessvel s pessoas surdas ou com deficincia auditiva. Da mesma forma, aquele receber orientaes de comoconquistar uma audincia que ainda est fora do ar.Aproveito a oportunidade para agradecer, em especial, equipe do Departamento de Justia, Classificao,Ttulos e Qualificao da SNJ pela dedicao e carinho com que guiou este estudo e pelo tratamento humanitrio expostonesta cartilha.Para finalizar a apresentao e motiv-los a agir em busca de maior incluso, destaco que o direito comunicao fundamental para o exerccio da cidadania e, diante da necessidade de construir-se uma sociedade e uma mdia aindamais democrticas e inclusivas, preciso que adotemos Governo, emissoras de TV e cidados todas as medidasnecessrias para a eliminao de barreiras que impeam a incluso social de pessoas com deficincia.Este estudo um importante passo para que isso acontea e conto com a colaborao de todos para que assugestes aqui mencionadas sejam rapidamente colocadas em prtica.Boa leitura! Romeu Tuma Jnior Secretrio Nacional de Justia 7. A Classificao IndicativaA Classificao Indicativa a informao sobre o contedo de obras audiovisuais quanto adequao de horrio,local e faixa etria para serem exibidos. um instrumento de proteo e promoo dos direitos humanos, umavez que dever do Estado, da famlia e da sociedade colocar a criana e o adolescente a salvo de toda forma denegligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.A classificao permite que as famlias selecionem a programao televisiva ou audiovisual mais adequada paracrianas e adolescentes, com base nas informaes oferecidas pelo Ministrio da Justia, que se baseiam naquantidade e no nvel de cenas de violncia, sexo e drogas que apresenta determinada obra. No h proibioa opinies ou contedos diversos e nenhum programa deixar de ser exibido; poder, apenas, ter seu horrio deexibio adequado regulamentao.A maioria das crianas brasileiras no tem TV a cabo ou companhia para brincar. Muitas ficam sozinhas enquantoos pais trabalham ou procuram emprego. Nesse sentido, cada um deve fazer a sua parte: cabe ao Estado oferecerinformao sobre o contedo audiovisual (como determina a Constituio); aos pais orientarem seus filhos sobre aprogramao adequada; e s emissoras serem responsveis e exibirem uma programao que respeite a ConstituioFederal e o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). Por essa razo, fez-se necessria a recomendao dasfaixas etrias e horrios adequados para cada programa. Portaria MJ n 1.220, de 11 de julho de 2007A Portaria da Nova Classificao Indicativa, publicada em julho de 2007, determina que as emissoras, produtorase programadores de contedos audiovisuais devem fornecer e veicular a informao correspondente classificaoindicativa, textualmente em portugus, com traduo simultnea em LIBRAS, conforme as novas tcnicas brasileirasde acessibilidade em comunicao na televiso, durante cinco segundos, ao incio de cada obra, e na metade dotempo de durao de cada parte do programa, preferencialmente no rodap da tela.InformaoAntes de apresentarmos a metodologia, os resultados e as sugestes obtidas com oestudo, faz-se necessrio conhecer algumas caractersticas da deficincia auditiva/surdez e das pessoas atingidas por ela. 8. Brasil: cerca de 6 milhes de pessoas tm deficincia auditiva ou surdezSegundo o ltimo Censo, realizado em 2000, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), existem noBrasil 5,7 milhes de pessoas com deficincia auditiva. Desse total, cerca de 170 mil so totalmente surdas.A perda da audio a terceira maior causa de deficincia que atinge a populao brasileira e pode estar relacionadaa doenas ou acidentes. Pode, ainda, apresentar graus e tipos diversos, que caracterizaro o modo de tratamento. Deficincia auditiva e surdezDeficincia auditiva a dificuldade de ouvir e, surdez, a impossibilidade de ouvir. Considera-se deficinciaauditiva a diminuio da capacidade de percepo normal dos sons, sendo considerado parcialmente surdoaquele indivduo cuja audio, ainda que deficiente, funcional com ou sem prtese auditiva, e surdo o indivduocuja audio no funcional na vida comum1.H perdas auditivas consideradas leves,moderadas, severas e profundas. As pessoascom deficincia auditiva podem ou no usaraparelhos auditivo, auricular ou implantecoclear. Isso depender do grau da perdaauditiva, das possibilidades financeiras e daescolha de cada famlia. importante saber que nem todo surdo mudo e por isso no correto o termo surdo-mudo. Esse grupo tem umadeficincia auditiva, mas no de fala. Todos tm laringe, que o rgo responsvel pela emisso dos sons, e podem,portanto, aprender a falar. Os surdos no falam porque no escutam e, assim, no aprendem os sons das letras, amenos que recebam tratamento fonoaudiolgico para desenvolver a fala. O surdo s ser mudo caso seja constatadaclinicamente deficincia no aparelho articulatrio, impedindo-o de emitir sons.1http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/txt/alunossurdos.txt 9. A comunicao e os surdos Um estrangeiro no prprio pas. Essa uma definio utilizada por muitos para explicar a dificuldade de comunicao entre as pessoas surdas e ouvintes.O principal obstculo encontrado pelas pessoas com deficincia auditiva e pelos surdos aaprendizagem da lngua oficial do pas, por ser de natureza distinta da lngua de sinais. Para se comunicar, o surdoutiliza sinais manuais e expresses faciais, que formam uma lngua gramaticalmente estruturada, conhecida comoLngua Brasileira de Sinais (LIBRAS). No entanto, h tambm os que falam oralmente e fazem leitura labial sejaporque ficaram surdos quando j sabiam falar ou porque aprenderam a falar com ajuda de aparelhos auditivos oude tratamento fonoaudiolgico.As pessoas com deficincia auditiva/surdez podem comunicar-se, alm da LIBRAS e da fala, pela forma escrita. Htambm surdos que usam todas essas formas de comunicao: a escrita, a fala e a LIBRAS. A internet, os e-mails,os comunicadores como messenger, as mensagens de texto de celulares, o telefone fixo para surdo com dispositivoeletrnico para comunicao por texto (Telecommunications Device for the Deaf -TDD) e at bilhetes escritos empapel so importantes ferramentas de comunicao deste grupo.Mesmo com tantas opes, uma das maiores dificuldades dessas pessoas ainda a comunicao e a interao comos ouvintes. 10. Lngua Portuguesa, Lngua de Sinais e BilinguismoApesar de terem em comum a dificuldade para ouvir, as pessoas com deficincia auditiva/surdez dividem-se quandoo assunto aprender a falar. Alguns s se comunicam por meio da LIBRAS; outros, fazem leitura labial, falamquase como qualquer pessoa ouvinte e no se interessam pela lngua de sinais. H, neste mesmo grupo, os surdosbilngues, que fazem uso tanto do portugus quanto da LIBRAS.O aprendizado da LIBRAS ou o desenvolvimento da fala desde cedo depender do contexto familiar no qual acriana vive e do grau da deficincia. A famlia deve escolher em qual ambiente lingustico vai inserir a criana.Uns optam por estimular o aprendizado da Lngua Portuguesa na modalidade oral, outros escolhem a LIBRAS e,ainda, h os que preferem que seus filhos comuniquem-se pelas duas formas.Apesar de existirem barreiras que dificultam a interao entre surdos e ouvintes, h tambm avanos educacionais,lingusticos, tecnolgicos e at comportamentais que permitem, atualmente, uma melhor integrao deste grupo sociedade. 11. Lngua Brasileira de Sinais - LIBRASA Lngua Brasileira de Sinais uma lngua visual-espacial articulada por meio das mos, das expresses faciais edo corpo. uma lngua usada por parte da comunidade surda brasileira.Reconhecida desde 2002 (Lei n 10.436, de 24 de abril) como meio legal de comunicao e expresso entre ascomunidades de pessoas surdas no Brasil, pode ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicaocom essa comunidade.A LIBRAS apresenta todos os componentes das lnguas orais, como gramtica, semntica, pragmtica, sintaxe eoutros elementos. Preenche, assim, os requisitos cientficos para ser considerada instrumental lingustico.Nas lnguas de sinais, as configuraes de mos, juntamente com as localizaes em que os sinais so produzidos,os movimentos e as direes so responsveis por produzir os sinais que formam as palavras nessa lngua.Ao contrrio do que se imagina, no existe uma lngua de sinais utilizada e compreendida universalmente. Aslnguas de sinais praticadas em diversos pases diferem uma das outras e, assim como para as lnguas orais, existemdialetos ou variaes regionais dos sinais. Esta uma lngua que tem estrutura prpria. Um sinal remete a umsigno lingustico, no existindo uma correspondncia termo a termo com a lngua oral, o que torna as duas lnguasindependentes. A LIBRAS no universal. Existem variaes regionais. 12. O tradutor/intrprete da LIBRASO tradutor-intrprete da lngua de sinais a pessoa ouvinte bilngue que traduz e interpreta a lngua de sinais para alngua portuguesa em quaisquer modalidades que se apresentar, seja oral ou escrita (Decreto n 5.626/2005).Os tradutores-intrpretes desempenham papel de mediadores das relaes sociais entre ouvintes e surdos, atenuandoas barreiras comunicativas e lingusticas e estabelecendo a ligao entre esses dois mundos. importante destacar que uma traduo sempre envolve a modalidade da lngua escrita. J a interpretao sempreenvolve as lnguas falada (oral-auditiva) e sinalizada (visual-espacial).O intrprete de LIBRAS precisa ter qualificao especfica para atuar como tal. Isso significa ter domnio dosprocessos, dos modelos, das estratgias e tcnicas de traduo e interpretao.Cabe a esses profissionais seguir preceitos ticos como imparcialidade, confiabilidade, discrio e fidelidade. Para arealizao deste trabalho, necessrio que esses profissionais sejam capacitados em cursos especficos, oferecidospor entidades que atuam junto s pessoas com deficincia auditiva/surdez ou tenham certificao de proficinciaem LIBRAS, oferecida pelo Ministrio da Educao (MEC). A convivncia e a interao com a comunidade surdaso fatores extremamente relevantes para a obteno de fluncia na lngua.A busca de qualificao permanente e a observncia do Cdigo de tica so fundamentais para o bom desempenhodos intrpretes de LIBRAS. 13. Cdigo de tica do Intrprete de LIBRASA seguir, descrito o Cdigo de tica que parte integrante do Regimento Interno do Departamento Nacional deIntrpretes da Federao Nacional de Educao e Intergrao dos Surdos (FENEIS).(RID - Registro dos Intrpretes para Surdos - em 28-29 de janeiro de 1965, Washington, EUA) Traduo do originalInterpreting for Deaf People, Stephen (ed.) USA por Ricardo Sander. Adaptao dos Representantes dos EstadosBrasileiros - Aprovado por ocasio do II (2) Encontro Nacional de Intrpretes - Rio de Janeiro/RJ/Brasil -1992.Captulo 1 - Princpios fundamentaisSo deveres fundamentais do intrprete: Art. 1. O intrprete deve ser uma pessoa de alto carter moral, honesto, consciente, confidente e de equilbrioemocional. Ele guardar informaes confidenciais e no poder trair confidncias, as quais foram confiadas a ele. Art. 2. O intrprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretao, evitandointerferncias e opinies prprias, a menos que seja requerido pelo grupo a faz-lo. Art. 3. O intrprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o pensamento,a inteno e o esprito do palestrante. Ele deve lembrar dos limites de sua funo e no ir alm da sua responsabilidade. Art. 4. O intrprete deve reconhecer seu prprio nvel de competncia e ser prudente em aceitar tarefas, procurandoassistncia de outros intrpretes e/ou profissionais, quando necessrio, especialmente em palestras tcnicas. Art. 5. O intrprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereos, mantendo a dignidade daprofisso e no chamando ateno indevida sobre si mesmo, durante o exerccio da funo.Captulo 2 - Relaes com o contratante do servio Art. 6. O intrprete deve ser remunerado por servios prestados e se dispor a providenciar servios deinterpretao, em situaes onde fundos no so possveis. Art. 7. Acordos em nveis profissionais devem ter remunerao de acordo com a tabela de cada estado, aprovadapela FENEIS.Captulo 3 - Responsabilidade profissional Art. 8. O intrprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decises legais ou outras em seu favor. Art. 9. O intrprete deve considerar os diversos nveis da Lngua Brasileira de Sinais bem como da LnguaPortuguesa. Art. 10. Em casos legais, o intrprete deve informar autoridade qual o nvel de comunicao da pessoaenvolvida, informando quando a interpretao literal no possvel e o intrprete, ento, ter que parafrasear de modoclaro o que est sendo dito pessoa surda e o que ela est dizendo autoridade. Art. 11. O intrprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza das lnguas envolvidas. Ele tambmdeve estar pronto para aprender e aceitar novos sinais, se isso for necessrio para o entendimento. Art. 12. O intrprete deve esforar-se para reconhecer os vrios tipos de assistncia ao surdo e fazer o melhorpara atender s suas necessidades particulares. 14. Captulo 4 - Relaes com os colegasArt. 13. Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento profissional, o intrprete deve agrupar-secom colegas profissionais com o propsito de dividir novos conhecimentos de vida e desenvolver suas capacidadesexpressivas e receptivas em interpretao e traduo.Pargrafo nico. O intrprete deve esclarecer o pblico no que diz respeito ao surdo sempre que possvel,reconhecendo que muitos equvocos (m informao) tm surgido devido falta de conhecimento do pblico sobre area da surdez e a comunicao com o surdo. EducaoSegundo o ltimo censo escolar da educao bsica noBrasil, realizado em 2006, o nmero de alunos surdosou com deficincia auditiva matriculados nas escolasde ensino bsico, tanto pblico quanto privado, cresceu133% em 10 anos.O censo realizado pelo Ministrio da Educao (MEC), emparceria com o Instituto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais Ansio Teixeira (Inep), revela que, em2006, cerca de 70 mil alunos com surdez ou deficinciaauditiva estavam matriculados no ensino bsico, enquantoem 1996, pouco mais de 30 mil estudantes integravam aeducao bsica.Fique atento terminologia! LIBRAS Lngua Brasileira de Sinais Linguagem Brasileira de SinaisTrata-se de uma lngua e no de uma linguagem. H a tendncia de se achar que a LIBRAS uma linguagem, poisacredita-se que a lngua de sinais so apenas gestos, sem nenhuma estruturao lingustica. A linguagem a capacidade que o homem tem de expressar-se e, para tanto, ele pode utilizar meios no verbais,como gestos, desenhos, cores, no necessariamente a lngua (linguagem verbal). Uma pessoa que no conhealngua alguma, ainda assim, possui linguagem, j que tem a capacidade de expressar-se. Pessoas com deficinciaOs movimentos mundiais de pessoas com deficincia, incluindo os do Brasil, esto debatendo o nome pelo qual elasdesejam ser chamadas. Mundialmente, j finalizaram a questo: querem ser chamadas de pessoas com deficinciaem todos os idiomas. Esse termo faz parte do texto da Conveno Internacional para Proteo e Promoo dosDireitos e Dignidade das Pessoas com Deficincia, aprovada pela Assemblia Geral da ONU em 2003. 15. TV: importante ferramenta de incluso socialA comunicao um dos principais fatores do processo de incluso do ser humano e significa participao,convivncia e socializao. A limitao ocasionada pela deficincia auditiva acarreta no apenas alteraes nodesenvolvimento da linguagem, mas tambm nos aspectos cognitivo, social, emocional e educacional. Ter acessoa todo tipo de comunicao faz com que os surdos possam no apenas ser includos na sociedade, mas garante umdos direitos previstos na Constituio Federal, que o direito informao.Para isso, uma das ferramentas utilizadas, a fim de assegurar esse direito constitucional, a televiso, que ocupahoje um lugar privilegiado nos meios de comunicao de massa. Esse privilgio acontece em vrios pases e,mesmo dividindo a ateno do pblico com o rdio, o jornal, o cinema e a internet, a TV permanece como um dosmeios mais fiis de acesso informao2.Assim, as emissoras de TV devem estar preparadaspara o fato que de muitas pessoas com deficinciasdemandam tcnicas especiais para receberem ainformao.Mesmo dispondo de modernas tecnologias, asemissoras de TV brasileiras ainda precisam trilharlongo caminho para que sua programao atendade modo totalmente satisfatrio a populao comdeficincia.Vrios motivos podem corroborar para tanto. Porexemplo: falta de normas disciplinadoras, falha nafiscalizao, ausncia de conscincia social por partedas concessionrias de radiodifuso, existncia detendncias estticas dominantes e at mesmo timideznas reivindicaes apresentadas por parte das pessoascom deficincia.Para cumprir seu papel, a televiso deve ser acessvel a todos, independentemente de suas diferenas.2Segundo Rezende (2000: 23), no caso brasileiro, a TV (...) desfruta de um prestgio to considervel que assume a condio de nica via de acesso s notcias eao entretenimento para grande parte da populao. 16. A legenda oculta e a janela de LIBRASExistem, basicamente, duas ferramentas que auxiliam as pessoas com dificuldade de audio a receberem oscontedos veiculados na televiso. Uma o closed caption e outra a janela com intrprete de LIBRAS.O closed caption um recurso de legenda oculta que reproduz natela da TV as falas dos apresentadores e de personagens de novelas,filmes, desenhos animados, entre outros. Alm disso, o recurso forneceinformao escrita sobre o ambiente da cena ao descrever indicaesde sons como portas se abrindo, aplausos, troves e at trilhas sonoras.Basta que o usurio pressione uma tecla especfica do controle remotopara ter acesso a esse tipo de informao.O recurso, que foi desenvolvido nos Estados Unidos na dcada de 70, scomeou a ser utilizado no Brasil em 1997. Com a edio do Decreto federal n 5.296, de 2004, que regulamentou aLei n 10.098/2000 (Lei de Acessibilidade), as emissoras de televiso passaram a fornecer o closed caption aos seustelespectadores. No entanto, apesar de ser oferecida h mais de 10 anos, a legenda oculta ainda no apresenta qualidadesatisfatria. Muitas vezes a captura do udio no correta e ocorre uma distoro da mensagem falada, resultando emerro na grafia da palavra na tela da TV. Outro problema a velocidade acelerada das legendas e a falta de compatibilidadee sincronia com a locuo original e com as imagens apresentadas. Alm disso, ainda no so muitas as empresas que aoferecem aos seus telespectadores.Este recurso promove o acesso informao no s dos surdos, mas tambm de idosos com perda de audio e deouvintes nas mais diferentes situaes. A tecnologia utilizada tambm em alguns lugares pblicos - como bares,restaurantes, consultrios mdicos, academias - que costumam ter rudos de carros, telefone, pessoas conversando.Ao acionar uma tecla no controle remoto possvel ler o que est sendo falado na programao.A segunda alternativa utilizada pelas emissoras de TV para a comunicaocom os surdos, principalmente os que no entendem portugus, a janelade LIBRAS. Seu formato corresponde a um espao delimitado no vdeoonde as informaes so interpretadas na Lngua Brasileira de Sinais.Entretanto, nem todos os programas televisivos contam com esse recursoe, quando o disponibilizam, no o fazem em um formato adequado. Paracompreender a LIBRAS necessria a visualizao dos gestos das mose da expresso facial, mas, normalmente, a veiculao da imagem feitaem pequenas janelas no canto da tela, fugindo do modelo ideal.Como a maioria dos telespectadores brasileiros formada por ouvintes, a comunidade surda ainda uma audinciafora do ar. 17. Por uma TV mais acessvelExistem vrias ferramentas que podem facilitar o acesso das pessoas com deficincia aos meios de comunicao.No entanto, nem todos os recursos so disponibilizados pelas emissoras de TV.Acessibilidade na TV significa facilitar a obteno de servios, uso de dispositivos e sistemas ou acesso aos meiosde comunicao e de informao, para pessoas com qualquer tipo de deficincia. Segundo a Portaria n 310, de 27 de junho de 2006, do Ministrio das Comunicaes, que dispe sobre acessibilidade da pessoa com deficincia programao de Rdio e TV, as emissoras de radiodifuso de sons e imagens e as retransmissoras de televiso so responsveis pela produo e veiculao dos recursos de acessibilidade em todos os programas dos quais sejam detentoras dos direitos autorais. Alm dessa Portaria, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) criou uma norma especfica para acessibilidade em comunicao na televiso, apresentada a seguir. 18. Acessibilidade em Comunicao na Televiso - Associao Brasileira de Normas Tcnicas3 - NBR 15.290Como descrito na Portaria n 1.220/07, as vinhetas da Classificao Indicativa devem ser produzidas conforme asnormas tcnicas brasileiras de acessibilidade em comunicao na televiso, elaboradas pela ABNT.A NBR 15.290, que dispe sobre a acessibilidade em comunicao na televiso, foi elaborada em 2005 pelaComisso de Estudo de Acessibilidade em Comunicao.A norma estabelece diretrizes gerais aplicveis a todas as emissoras e programadoras, pblicas ou privadas, emtransmisses nas frequncias de UHF, VHF, a cabo, por satlite e por meio de protocolo IP, para que a programaotelevisiva seja acessvel a todas as pessoas com deficincia auditiva, visual ou cognitiva, assegurando os direitos decidadania estabelecidos pela Constituio Federal.A NBR 15.290 estabelece diretrizes e regras especficas para a janela de LIBRAS. Veja os exemplos nas pginas21 a 23.3A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais Temporrias (ABNT/CEET), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universi-dades, laboratrios e outros).A ABNT NBR 15.290 foi elaborada no Comit Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-40), pela Comisso de Estudo de Acessibilidade em Comunicao (CE-40:000.03). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 04, de 29.04.2005, com o nmero de Projeto 40:000.03-003. 19. A pesquisa da SNJ sobre a mensagem daClassificao Indicativa na Lngua Brasileira de Sinaisnas vinhetas televisivas A pesquisa foi conduzida utilizando mtodos de observao e de debate. O objetivo foi fazer com que o grupo de surdos avaliasse as vinhetas da Classificao Indicativa produzida pelas emissoras na Lngua de Sinais e apontasse as falhas e sugerisse melhorias. Os grupos de surdos de Braslia, So Paulo e Rio de Janeiro eram formados por cerca de 20 pessoas entre 18 e 70 anos, usurias tanto da Lngua de Sinais quanto da Lngua Portuguesa, o que permitiu que o produto fosse avaliado por todos os perfis de surdos.Para anlise do contedo produzido, solicitou-se s emissoras que encaminhassem ao Ministrio da Justia, em boaqualidade, as vinhetas da Classificao Indicativa por elas produzidas, para que fossem analisadas pelos surdos.A Rede Globo, Rede Record, MTV, TV Gazeta, TV Cultura, TV Braslia e TV Brasil encaminharam vinhetas. Asdo SBT, da TV Bandeirantes e da Rede TV foram gravadas diretamente do ar pela equipe de monitoramento doDepartamento de Justia, Classificao, Ttulos e Qualificao (Dejus), da SNJ. 20. A metodologiaA pesquisa foi realizada em salas que dispunham de DVD e telo. Com o grupo reunido e com o auxlio de duastradutoras-intrpretes de LIBRAS, a reunio, com durao de duas horas, iniciava-se com uma explicao sobre oobjetivo e a metodologia a ser empregada no estudo.Em seguida, as vinhetas (Livre, 10, 12, 14, 16 e 18 anos) eram exibidas e a cada apresentao um aspecto eraavaliado. Abaixo, seguem os critrios de avaliao:1. Intrprete: analisar a eficincia, fluncia, adequao dos sinais, expresses faciais, postura, roupa (cor e modelo), cabelo e uso de acessrios.2. Formato da janela e veiculao: avaliar o formato da janela do intrprete e a forma de veiculao da mensagem.3. Cenrio: avaliar o contraste do plano de fundo com o intrprete de LIBRAS.4. Sinais: verificar se os sinais esto adequados mensagem e se h regionalizao.5. Tempo da mensagem: observar se o tempo disponvel para interpretao ideal ou se apresenta problema.Crticas e sugestesNas pginas seguintes, encontram-se relatadas as crticas e sugestes dos surdos aps avaliao das vinhetas. Osresultados referem-se aos comentrios mais frequentes dos grupos e ao balano final da anlise das vinhetas. 21. Tradutor-intrprete de LIBRASCrticas Sugestes Falta de qualificao e de postura profissional da maioria dos O intrprete deve ser profissional, ter proficincia em LIBRAS,intrpretes de LIBRAS; frequentar e ser indicado por associaes, federaes e instituies ligadas aos surdos. Nas gravaes, o intrprete Uso de sinais errados ou de modo inadequado; deve estar acompanhado por um instrutor de LIBRAS com Roupa, cabelo e maquiagem inadequados; qualificao diplomada pelo MEC e por uma pessoa com deficincia auditiva/surdo que devero assessor-lo; Falta de contraste entre as cores das roupas e da pele dointrprete; A vestimenta, a pele e o cabelo do intrprete devem ser contrastantes entre si e em relao ao fundo. Devem ser O cabelo de alguns intrpretes estava cado no rosto e evitados fundo e vestimenta em tons prximos ao tom daatrapalhou a visualizao da expresso feita pelo profissional pele do intrprete (NBR 15.290);e, por consequncia, a recepo da mensagem; Pessoas de pele clara devem usar roupas de cores escuras Falta de expresses faciais e corporais e produo incorreta (preto, verde escuro, marrom ou azul marinho);na articulao do sinal; Pessoas morenas e negras devem usar roupas de cores claras Roupas de cores amarela, vermelha, laranja e verde limo (gelo, creme, cqui, bege);devem ser evitadas porque desviam o olhar do surdo das mos O ideal que os intrpretes usem blusas de cor nica, sempara as cores. Da mesma forma que o ouvinte se desconcentra estampas, de manga curta ou trs quartos, sem decotescom rudo de volume alto, o surdo perde a concentrao em ou golas;meio a cores fortes, que representam uma poluio visual; e importante que o intrprete atente para o cabelo, tendo o Os intrpretes no devem usar acessrios como correntes, cuidado com o penteado para no cobrir a expresso facial.pulseiras ou brincos compridos, para que no chamemPreferencialmente os cabelos devem estar totalmenteateno mais do que a mensagem.presos; e Interpretar a mensagem de forma clara, expressiva, simptica e sem exageros. 22. Formato da janela com o intrprete de LIBRASCrticasSugestes A maioria das emissoras no seguiu as normas de A altura da janela deve ser, no mnimo, metade da altura daacessibilidade para televiso, previstas pela ABNT; tela do televisor (NBR 15.290); O formato utilizado pela maioria das emissoras inadequado A largura da janela deve ocupar, no mnimo, a quarta partepor ser muito pequeno ou pela falta de recorte claro da da largura da tela do televisor (NBR 15.290);janela; O recorte deve estar localizado de modo a no ser encoberto Algumas emissoras colocaram a mensagem em LIBRAS no pela tarja preta da legenda oculta (NBR 15.290);rodap da tela, como sugerido pela Portaria n 1.220/2007. No recorte no devem ser includas ou sobrepostas quaisquerNo entanto, esse formato s seria eficaz se as emissorasoutras imagens (NBR 15.290);seguissem os padres estabelecidos pela ABNT. Comonenhuma emissora seguiu o padro determinado, a mensagem A janela pode estar posicionada esquerda, direita ou nono rodap da tela prejudicou a visualizao do quadro pelos centro da tela, dependendo da posio do smbolo (marcasurdos e, por conseguinte, sua compreenso; dgua) das emissoras de TV; Algumas emissoras veicularam a janela de LIBRAS com O diretor de imagem deve estar atento ao enquadramentoimagens sobrepostas ou com movimentos e efeitos (fade). do intrprete de modo que seus braos e cotovelos noSegundo o grupo, a veiculao deve ser esttica;sejam cortados do quadro. O foco deve abranger toda amovimentao e gesticulao do intrprete; Ao exibir a mensagem no rodap da tela, a janela com ointrprete ficou muito pequena. Nenhuma empresa utilizou o O plano ideal a ser utilizado para enquadrar o intrprete oformato sugerido pela ABNT; e mdio, que focaliza o indivduo da cintura para cima, umavez que a LIBRAS processada nesse espao; Formatos da janela redondosecoloridossoinadequados. Sugere-se que as vinhetas sejam transmitidas antes de a obraser apresentada, com o intrprete ocupando o quadro inteiro Observao: algumas emissoras apresentaram a mensagemda tela; ecom intrprete e em formato maior, o que agradou ostelespectadores surdos. Principalmente no formato em tela A vinheta deve ser esttica, sem movimentos e semcheia.efeitos. 23. Cenrio da janela de LIBRASCrticas Sugestes Falta de contraste de cores entre o cenrio, roupa e pele dos Devem ser evitados fundo e vestimenta em tons prximos aointrpretes; e tom da pele do intrprete (NBR 15.290); A maioria das emissoras utilizou as cores dos smbolos da No usar amarelo, vermelho, laranja e preto (principalmente)classificao indicativa para escolher a cor do plano de fundo no plano de fundo do intrprete;ou da roupa dos intrpretes. Isso no agradou, uma vez que A iluminao adequada deve evitar sombras nos olhos e/ouse deve optar pelo equilbrio e adequao entre as cores do seu ofuscamento; ecenrio, da roupa e da pele do profissional da lngua desinais. A cor adequada e sugerida por todos os surdos para o cenrio foi o azul-claro, sem detalhes. 24. Os sinais e a regionalizaoCrticasSugestes O grupo do Rio de Janeiro sentiu mais dificuldades que os Ateno para o uso dos sinais corretos; ede So Paulo e Braslia para compreender alguns sinais em Evitar regionalismos, apesar de eles no serem barreira paraconsequncia da regionalizao;compreenso completa da mensagem. As principais dvidas estiveram relacionadas aos numeraise s palavras programa, conselho, recomendado,menor, violncia, sexo e livre; e Observao: apesar de os surdos perceberem ou estranharema regionalizao dos sinais, ela no apresenta uma barreirapara compreenso completa da mensagem.Palavras que apresentam inadequaesPROIBIDO - Muitos intrpretes esto sinalizando que oprograma proibido para menores de x anos. Isto no correto, uma vez que o Ministrio da Justia no probe,mas indica ou no recomenda. Esse um dos principaispontos a serem corrigidos na interpretao. O intrpretedeve sinalizar evitar, no recomendado, no indicado,no aconselhvel e jamais o termo proibido.L DE LIVRE - Alguns intrpretes esto usando a letraL, nas abreviaturas para dizer que o programa Livre.Porm, para os surdos, a letra L apenas uma letra e nosignifica Livre. O sinal correto para a palavra livredeveria ser usado neste caso. 25. PROGRAMA- Cuidado para noconfundir o sinal de programade computador com programatelevisivo.MENOR - Alguns intrpretes ao dizerem no recomendadopara menores de x anos utilizaram sinal errado. Alguns fizeramsinal de para baixo ao invs de menor.VIOLNCIA - O ponto de articulao, em algumasinterpretaes, est errado e, por este motivo, o sinal interpretado de barulho. Neste caso, o ponto de articulao na cabeae a expresso facial fundamental.SEXO - Para falar contm cena de sexo, os intrpretes nodevem usar a datilologia, mas sim o sinal que simboliza o atosexual. O sinal utilizado atualmente simboliza o gnero dosexo (feminino/masculino) e no o ato em si. 26. Tempo da mensagemCrticas Sugestess Os intrpretes esto sinalizando a mensagem de forma muito A vinheta deveria ter de 5 a 10 segundos, dependendo doacelerada; e contedo, tempo adequado para que a mensagem seja Os cinco segundos utilizados para o tempo da vinheta seria transmitida de forma clara.adequado se o formato da janela com o intrprete tambm ofosse.Formato ideal O intrprete profissional deve ser acompanhado por um surdo e por um instrutor de LIBRAS no dia da gravao.Sem acessrios, como colares e brincos, com o cabelo devidamente arrumado ou preso e sem franjas no rosto, ointrprete deve usar uma camisa de manga curta ou trs quartos, sem golas, decotes e estampas, da cor adequada aoseu tom de pele. A mensagem da Classificao Indicativa deve ser exibida antes do incio da obra conforme regrasda ABNT, que dizem que a janela de LIBRAS deve ser no mnimo a metade da altura e um quarto da largura dotelevisor. A cor azul-claro deve ser usadano cenrio. A sugesto que a vinheta sejapadronizada para ser exibida no mesmoformato em todas as emissoras e que estejaacompanhada da locuo.LocuoAtentando-se para a acessibilidade, no convm excluir da informao transmitida com a mensagem da ClassificaoIndicativa os cegos, as crianas que no sabem ler e os analfabetos. Por isso, a pesquisa aponta que se faz necessrioacrescentar a locuo junto ao smbolo, ao texto e janela com intrprete de LIBRAS.Seguem sugestes de texto: O programa a seguir livre para todos os pblicos O programa a seguir no recomendado para menores de 10 anos O programa a seguir no recomendado para menores de 12 anos O programa a seguir no recomendado para menores de 14 anos O programa a seguir no recomendado para menores de 16 anos O programa a seguir no recomendado para menores de 18 anos 27. Acesso informao: um direito tambm dos surdosA Organizao das Naes Unidas (ONU) enfatiza o direito informao e comunicao como essenciais parao exerccio da cidadania. A informao um direito importante e deve ser oferecida igualmente a todos, de modoclaro, impessoal, preciso, sem direcionamentos e sem interesses ocultos.Ainda so poucas as iniciativas colocadas em prtica para que os deficientes auditivos e os surdos tenham acesso informao por meio da TV. Falta tanto a divulgao do conhecimento prtico para as emissoras de televisoquanto aes positivas para acessibilidade nos meios de comunicao. A divulgao ostensiva fundamental nesteprocesso. possvel garantir que pessoas com deficincia auditiva tenham mais acesso s informaes, cultura e educao. Basta que haja mais conscincia, respeito ao prximo e boa vontade.Aos poucos, por meio da disseminao das questes de acessibilidade nos meios de comunicao e da consolidao dalegislao sobre o assunto, a incluso poder ser mais efetiva. Afinal, o direito de comunicar-se e de ter acesso informao condio indispensvel para qualquer ser humano que vive em sociedade e bsico para o exerccio de sua cidadania.A necessidade de se construir uma sociedade e uma mdia democrtica e inclusiva, na qual todos tenham seu lugar, um consenso. Basta que haja mais iniciativa e responsabilidade. 28. Surdos: uma audincia a ser conquistadaSer surdo no melhor nem pior do que ser ouvinte. apenas diferente.O deficiente auditivo e o surdo, apesar de ainda no fazerem parte da audincia efetiva dos programas televisivos,podem ser considerados alvos em potencial. Pessoas com deficincia so telespectadores tanto quanto osouvintes.Assim, esta cartilha pode contribuir para melhorar no s a comunicao da mensagem da Classificao Indicativa,como tambm apoiar o respeito s diferenas e diversidade, por meio de aes que promovam a acessibilidadenos meios de comunicao. Como se comunicar com o surdoEvite falar de costas, de lado ou com a cabeabaixa.Olhe para o surdo enquanto voc fala.Fale com movimentos labiais bem definidos,para que ele possa compreender.Fale naturalmente, sem alterar o tom de voz ouexceder nas articulaes.Use gestos que simbolizem as palavras e quepossam ajudar na comunicao. Exemplos: no, pequeno, dinheiro, muito.Seja expressivo, pois a expresso facial auxilia a comunicao.Caso queira chamar a ateno, sinalize as mos, movimentando-as no campo visual dele ou toque gentilmenteem seu brao.Se voc apresentar dificuldades em compreender o que a pessoa surda est falando, seja sincero e diga que vocno compreendeu.Pea para a pessoa repetir o que falou. Se voc ainda no entender, pea-lhe para escrever. Use palavras simplespara esta comunicao.Se tiver interesse, pea ao surdo para lhe ensinar alguns sinais em LIBRAS. 29. Alfabeto manual Numerais 30. Depoimentos Os depoimentos a seguir foram encaminhados por participantes da pesquisa.As janelas de LIBRAS exibidas pelas TVs esto em pssima qualidade para compreensopelos surdos. No h padronizao, nem respeito s diretrizes da norma da ABNT para ajanela de LIBRAS e para a legenda oculta. Neivaldo Zovico - surdo e Presidente da Federao Nacionalde Educao e Integrao dos Surdos (SP)As TVs no esto enxergando a comunidade surda como consumidores e clientes empotencial. Quando as nossas emissoras de televiso entenderem que a TV que o surdo v aquela TV com intrpretes de LIBRAS e com legenda oculta (closed caption), o problemaestar resolvido. Paullo Vieira - surdo e Presidente da Associao de Surdos de So Paulo (SP)A utilizao de tecnologias de acessibilidade na TV muito esperada por toda a comunidadesurda e representa uma possibilidade de enriquecimento cultural indiscutvel. Geni Aparecida Fvero - surda, Coordenadora da Comisso Legenda na TV e participanteativa do grupo de trabalho da Comisso de Estudo Acessibilidade em Comunicao da ABNT (SP)Foi muito bom participar da reunio no Ministrio da Justia: eu vi que a ClassificaoIndicativa com LIBRAS est errada nas emissoras de televiso, e agora com a opinio dossurdos ficar melhor. Joo Paulo Preto - surdo profundo (DF) 31. DepoimentosAo longo desses 22 anos de convivncia com surdo, reparo que este aceita o que lhe imposto, sem questionamentos. Nesta reunio no Ministrio da Justia, sobre a ClassificaoIndicativa, eu presenciei uma nova realidade. Percebi que ali comeou a nascer um novocidado surdo: aquele que faz questo de perguntar o porqu das coisas, aquele que queropinar e participar das aes que iro afetar a sua vida. Rita Preto - me de surdo (DF)Sou intrprete de LIBRAS h mais de 10 anos e essa a primeira vez que participo de umapesquisa como essa. O diferencial foi que realmente vimos o interesse em nossa opinio,me senti valorizada e com a certeza de que a equipe do MJ ir se esforar para mudanaspositivas.Tatiana Elizabeth - intrprete de LIBRAS (DF)Quero parabenizar o Ministrio da Justia pela iniciativa. Esta a primeira vez que oGoverno nos convida para discutir o assunto e esperamos conseguir, juntos, a melhoria daacessibilidade do surdo aos meios de comunicao.Messias Costa - surdo e Presidente da Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos (DF)Em nome da TV Gazeta, gostaria de agradecer a oportunidade de discutir em um frumto democrtico, junto ao Ministrio da Justia, ABNT, sociedade civil, especialmente asassociaes/grupos de surdos e demais emissoras um tema de extrema relevncia como aacessibilidade.Nicole Ferraz Hoedemaker - TV Gazeta (SP) 32. DepoimentosCumpre-nos agradecer o convite feito pelo Ministrio da Justia para participar da pesquisasobre as vinhetas da Classificao Indicativa na Lngua de Sinais. Sentimo-nos honrados emparticipar do processo da Classificao Indicativa, principalmente na tratativa da inclusosocial e cultural da comunidade surda. A pesquisa foi bastante pertinente porque auxiliou asemissoras a compreender os principais problemas enfrentados pelos surdos no entendimentoda LIBRAS em relao Classificao Indicativa.Lara Andrade - Diretora de Business Affairs - MTV (SP)Esta iniciativa foi tima porque todos deram a impresso de satisfao e entendimento dasquestes analisadas. Tenho certeza de que as consequncias sero positivas para todos osenvolvidos no setor.Guilherme Guelfi - ABNT (SP)Achei excelente a reunio, embora para os surdos que no esto acostumados a esse tipo depesquisa seja um pouco mais difcil de organizarem-se para se expressar. De qualquer forma,o interesse do Governo em saber a opinio deles muito bom, pois s assim a sociedade teroportunidade de conhecer melhor a comunidade surda.Marli Amaral - coordenadora Pedaggicado Instituto Santa Teresinha (SP)Conto com o apoio de vocs para que juntos possamos tentar melhorar as mudanas daacessibilidade desse pas. Muito obrigada.Anna SantAnna - surda e Diretora do EspaoMulheres Deficientes Auditivas do Estado de So Paulo (SP) 33. DepoimentosParticipei da pesquisa e fiquei muito feliz de poder contar com o trabalho do Ministrio paraajudar a resolver esse grande problema de comunicao na TV.Salete Neves - surda e Conselheira do Programa Incluso Social, Articuladora e Presidente do EMDASSP (SP)O Instituto Nacional de Educao de Surdos gostaria de agradecer ao Ministrio da Justiapela gentileza e postura profissional com que conduziram a pesquisa com os surdos. Ossurdos do INES ficaram muito felizes pela oportunidade de expressar sua opinio e decolaborar com esta ao do Ministrio da Justia. A realizao da pesquisa em nossa instituio foi de grande importncia para garantir osdireitos da pessoa surda em busca de mais acessibilidade. Sabemos que os bons resultadosdeste trabalho sero estendidos aos surdos de todo o pas e sentimo-nos honrados pela nossacontribuio.O INES, como centro de referncia na educao de surdos, estar sempre disposio para colaborarem aes como esta, em que governo e sociedade atuam juntos em prol da pessoa surda.Cleide Azevedo - Diretora do Departamento Tcnico - Pedaggico do INES (RJ)Pela primeira vez recebemos uma pessoa responsvel pelo Departamento de Justia,Classificao, Ttulos e Qualificao, cuja presena foi de extrema importncia. Sabemosque as crticas foram construtivas e que suas consequncias podero contemplar milhesde surdos espalhados pelo Brasil. Este trabalho comprova que esse departamento sente-se preocupado com a qualidade das ferramentas de comunicao de acessibilidadedisponibilizada pelas emissoras de TV.Gostaramos de que realmente todos os aspectos mencionados sejam colocados em prtica.Agradecemos pelo carinho e especial ateno para com os surdos do Instituto Nacional deEducao de Surdos.Heveraldo Alves Ferreira - surdo e Assessor do Gabinete da Direo Geral - INES (RJ) 34. LegislaoDecreto n 5.296/2004 - define que cabe ao Poder Pblico incentivar a oferta de aparelhos de televiso equipadoscom recursos tecnolgicos que permitam sua utilizao de modo a garantir o direito de acesso informao s pessoasportadoras de deficincia auditiva ou visual tais como: circuito de decodificao de legenda oculta; recurso para ProgramaSecundrio de udio (SAP); entradas para fones de ouvido com ou sem fio; subtitulao por meio de legenda oculta; ajanela com intrprete de LIBRAS; e a descrio e narrao em voz de cenas e imagens.Decreto n 5.626/2005 - determina que o Poder Pblico, as empresas concessionrias de servios pblicos e os rgosda administrao pblica federal direta e indireta devem garantir s pessoas surdas o tratamento diferenciado por meiodo uso e difuso de Libras e da traduo e interpretao de Libras-Lngua Portuguesa, realizados por servidores eempregados capacitados para essa funo, bem como o acesso s tecnologias de informao, conforme prev o Decreto5.296/2004.Decreto n 5.645/2005 - determina que a programao transmitida ou retransmitida seja acessvel para pessoas comdeficincia, de acordo com a Lei n 10.098/2000 e o Decreto n 5.296/2004.Instruo Normativa n 1/2005 (Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica) - dispe sobre a utilizao de recursosde acessibilidade em pronunciamentos oficiais por meio da TV.Lei n 10.098/2000 - padroniza recursos como o closed caption e a legenda oculta para pessoas com deficincia auditiva.O artigo 19, desta Lei, diz que: os servios de radiodifuso sonora e de sons e imagens adotaro planos de medidastcnicas com objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulao, para garantir o direito de acesso informao s pessoas portadoras de deficincia auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.Lei n 10.436/2002 - reconhece como meio legal de comunicao e expresso a Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS - eoutros recursos de expresso a ela associados.Norma Brasileira n 15.290/2005 (Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT) - dispe sobre a acessibilidadeem comunicao na televiso. As diretrizes desta norma so aplicveis a todas as emissoras e programadoras, pblicasou privadas, em transmisses nas frequncias de UHF, VHF, a cabo, por satlite, por meio de protocolo IP, bem assim pormeio dos protocolos e frequncias especficas da TV digital. A norma visa dar acesso informao e ao entretenimentoproporcionados pela TV s pessoas com deficincia auditiva, visual ou cognitiva, alm de possibilitar o exerccio dacidadania, assegurando os direitos do cidado estabelecidos pela Constituio Federal.Norma Complementar n 01/2006 (Ministrio das Comunicaes) - dispe sobre recursos de acessibilidade, parapessoas com deficincia, na programao veiculada nos servios de radiodifuso de sons e imagens e de retransmissode televiso. Dispe, ainda, sobre o projeto de desenvolvimento e implementao da televiso digital no Brasil, quedever permitir acionamento opcional da janela de LIBRAS, para os espectadores que necessitarem deste recurso, demodo a possibilitar sua veiculao em toda a programao.Portaria Ministerial n 310/2006 (Ministrio das Comunicaes) - estabelece recursos de acessibilidade para pessoascom deficincia, na programao veiculada nos servios de radiodifuso de sons e imagens e de retransmisso deteleviso. 35. Referncias BibliogrficasARQUEIRO. Instituto Nacional de Educao dos Surdos. Volume 14. Rio de Janeiro, 2006. ARRIENS, Marco Antnio. A questo da Traduo da LIBRAS para o Portugus. Instituto Nacional de Educao de Surdos. Rio de Janeiro, 2006.BRASIL. Ministrio da Educao e Cultura/Secretaria de Educao Especial. Saberes e prticas da incluso: desenvolvendo competncias para o atendimento s necessidades educacionais de alunos surdos. MEC/SEESP, 2003.GES, M.C.R. Linguagem, Surdez e Educao. 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MINISTRIO DA JUSTIASECRETARIA NACIONAL DE JUSTIADepartamento de Justia, Classificao, Ttulos e Qualificao Esplanada dos Ministrios, Bloco TAnexo II, 3 andar - sala 322Cep.: 70064-900 Braslia/DFFone:(61) [email protected]/classificacao 37. A Secretaria Nacional de Justia organizou este estudo para conhecer aopinio dos surdos e das pessoas com deficincia auditiva sobre a mensagem da Classificao Indicativa na Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), veiculada atualmente nas emissoras de televiso.Algumas inadequaes foram observadas e muitas sugestes foram oferecidas para que a mensagem da Classificao Indicativa seja mais acessvel s pessoas com dificuldade ou impossibilidade de ouvir.Alm de conhecer com detalhes a pesquisa realizada, o leitor poderinformar-se sobre o universo das pessoas com deficincia auditiva ou surdez e os profissionais de TV recebero dicas para produzir e veicular, com maisclareza, a mensagem da Classificao Indicativa na Lngua de Sinais.Departamento de Justia, ClassificaoSecretaria MinistrioTtulos e QualificaoNacional de Justia da Justia