cartilha de direito previdencirio 2015 1229717
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Cartilha de Direito Previdencirio 2015 1229717TRANSCRIPT
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Direito Previdencirio
Cartilha de Direito Previdencirio
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1Presidente: Antnio Csar Bochenek
Vice-Presidentes:1 Regio: Candice Lavocat Galvo Jobim2 Regio: Eduardo Andr Brando de Brito Fernandes3 Regio: Fernando Marcelo Mendes4 Regio: Rodrigo Machado Coutinho5 Regio: Andr Lus Maia Tobias Granja
Secretrio-Geral: Roberto Carvalho Veloso Primeira Secretria: Luciana Ortiz Tavares Costa ZanoniTesoureiro: Alexandre Ferreira Infante VieiraDiretor da Revista: Jos Antonio Lisba NeivaDiretora de Comunicao: Marcelle Ragazoni Carvalho
AJUFE Associao dos Juzes Federais do BrasilSetor Hoteleiro Sul - Quadra 6 - Bloco E - Conjunto A Salas 1305 a 1311Brasil 21, Edifcio Business Center Park 1Braslia (DF) CEP 70322-915Telefone: (61) 3321-8482 Fax (61) 3224-7361
Presidente do Conselho Executivo: Eduardo Andr Brando de Brito Fernandes Vice-Presidente Administrativo: Manoel Rolim Campbell PennaVice-Presidente Social e Cultural: Carmen Silvia Lima de ArrudaVice-Presidente no Esprito Santo: Rodrigo Reiff BotelhoDiretora-Secretria: Marceli Maria Carvalho SiqueiraDiretor-Tesoureiro: Caio Mrcio Guterres Taranto
Presidente: Desembargador Federal SERGIO SCHWAITZERVice-Presidente: Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND Corregedora-Regional: Desembargadora Federal SALETE MACCALZDesembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTODesembargadora Federal VERA LCIA LIMADesembargador Federal ANTONIO IVAN ATHIDesembargador Federal ANDR FONTESDesembargador Federal REIS FRIEDEDesembargador Federal ABEL GOMESDesembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARESDesembargador Federal MESSOD AZULAY NETODesembargadora Federal LANA REGUEIRADesembargador Federal GUILHERME COUTODesembargador Federal GUILHERME CALMONDesembargador Federal JOS ANTONIO NEIVADesembargador Federal FERREIRA NEVESDesembargadora Federal NIZETE LOBATO CARMODesembargador Federal LUIZ PAULO ARAJODesembargador Federal ALUISIO MENDESDesembargador Federal GUILHERME DIEFENTHAELERDesembargador Federal MARCUS ABRAHAMDesembargador Federal MARCELO PEREIRADesembargador Federal RICARDO PERLINGEIRODesembargadora Federal CLUDIA NEIVADesembargadora Federal LETICIA DE SANTIS MELLODesembargadora Federal SIMONE SCHREIBERJuiz Federal Convocado MARCELLO GRANADO
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3O que Direito Previdencirio?Esta cartilha esclarece para qualquer cidado brasileiro
o chamado Direito Previdencirio.
O que Direito Previdencirio?
O Princpio da Dignidade Humana
Seguridade Social: Proteo para Todos
Assistncia Social
Previdncia Social
Sade
Seguro-Desemprego
Os Benefcios Previdencirios
Segurado
Dependente
Carncia
Aposentadoria por Idade
Aposentadoria por Tempo de Contribuio
Aposentadoria Especial
Aposentadoria por Invalidez
Auxlio-doena
Salrio-famlia
Salrio-maternidade
Auxlio-acidente
Penso por Morte
Auxlio-recluso
Reabilitao Profissional
Servio Social
Como requerer Benefcio junto ao INSS?
E se o Benefcio for negado pelo INSS?
Telefones da Justia Federal nos Estados
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ndice
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Para isso, vamos entender um pouco desse mundo comeando por
palavras como:
Toda sociedade tem suas regras e COSTUMES. Em casa, h horrios
para as refeies, para acordar e dormir. A natureza tambm tem suas
prprias LEIS, determinando a poca do plantio do feijo e da mandioca.
CostumesLeis
Dignidade
Um pas movido por suas leis, que, no Brasil, esto organizadas na
CONSTITUIO, o nosso documento mais importante. A Constituio
registra os direitos e deveres de todos os cidados.
Entre todos os temas apresentados na Constituio, o mais importante o
Princpio da Dignidade Humana. Voc sabe o que isso significa?
Toda criana, adolescente, jovem, mulher, homem, idosa ou idoso deve
ter sua DIGNIDADE respeitada, ou seja, qualquer pessoa deve ter suas
integridades fsica, psicolgica e espiritual preservadas.
Constituio
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O PRINCPIO DA
DIGNIDADE HUM
ANA
um dos pilares da
nao brasileira e fu
nciona
como as vigas de um
a casa, ou seja, se de
rrubar
uma das vigas, toda a
casa fica comprometid
a.
SEGURIDADE SOCIAL: PROTEO PARA TODOS
Seguridade Social (segurana para toda a sociedade) - uma das
garantias criadas na Constituio para que o Princpio da Dignidade
Humana seja respeitado. Voc quer um exemplo?
O Seu Z Nonato est doente. Ele no pode ficar sem tratamento,
mesmo sem dinheiro para pagar um mdico particular. A Constituio
garante o direito sade aos cidados, no importa a religio, raa,
sexo, idade e deficincia, por exemplo.
O Governo, portanto, obrigado a dar tratamento nos hospitais pblicos,
o que significa todos os cuidados necessrios ao paciente:
Remdios, Exames, Consultas,
Acompanhamento deequipe de enfermagem,
Procedimentos cirrgicos.
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E se ele, ou qualquer cidado, estiver desempregado ou por algum
outro motivo no contribuiu com o INSS?
Aposentadoria por Invalidez e Benefcio Assistencial - ao sair do
hospital, o Seu Z Nonato descobriu que no pode voltar ao trabalho
por causa da doena. Ele ser aposentado por invalidez, mas apenas se
pagou mensalmente o INSS (o antigo INPS).
Faa sua parte! Se voc conhece alguma pessoa nessas condies,
encaminhe ao posto do INSS mais prximo para dar entrada no
benefcio assistencial.
Vamos esclarecer cada um dos itens acima.
A Seguridade Social inclui os servios ofer
ecidos por:
Assistncia Social
Previdncia Social
Sade
Quando uma pessoa no paga o INSS no tempo mnimo exigido
pela lei, no tem direito aposentadoria. Porm, a Constituio garante a idosos e pessoas com deficincia que no tm
condies de trabalhar uma renda mensal de um salrio mnimo chamada de
BENEFCIO ASSISTENCIAL.
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Assistncia Social - criada para ajudar as pessoas que no podem
trabalhar e vivem em famlias muito pobres. Ela garante o pagamento
de um benefcio de um salrio-mnimo para idosos e pessoas com
deficincia que so incapazes de trabalhar e a famlia tambm no
pode ajudar no sustento porque pobre. Esse benefcio assistencial
conhecido como benefcio de prestao continuidade (BPC) ou da Lei
Orgnica da Assistncia Social (LOAS).
Os requisitos para a sua concesso so:
Ter a partir de 65 anos ou ter uma deficincia.
Ser pobre, no possuindo meios de prover a sua subsistncia ou de t-la provida por sua famlia. A famlia que tiver renda mensal per capita inferior a do salrio mnimo considerada incapaz de garantir a manuteno da pessoa com deficincia ou idosa. (Na Justia Federal j foi reconhecido para quem ganhava at sal-rio mnimo per capita).
Importante: o BPC ou LOAS um benefcio pes-soal e intransfervel, que no gera penso para o dependente do beneficirio que vier a falecer.
Como pedir o benefcio? V a uma agncia do INSS, levando
seus documentos pessoais, os exames mdicos e laudos que atestem a defici-
ncia e outros documentos que compro-vem o nmero de integrantes e a renda
de todos os membros da famlia que residem na mesma casa.
Voc ser submetido a uma
entrevista social e a um exame mdico
(percia) para confir-mar a deficincia,
se for o caso.
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Previdncia Social - voc conhece a histria da Cigarra e da Formiga?
Em resumo, ela conta a saga de uma formiga que poupava alimentos
durante todo o ano para sobreviver com segurana ao inverno.
Quando o inseto armazenava suas folhas, estava se prevenindo para os
dias difceis que teria pela frente. Podemos dizer que a formiga estava
fazendo sua PREVIDNCIA!
A Previdncia Social a forma de
todos os trabalhadores se preveni-
rem para o futuro, para a velhice e
a doena. Basta contribuir regular-
mente para o INSS.
Por isso, durante sua vida profis-
sional, todo cidado deve recolher
e depositar no INSS um percentual
(parte) do seu ganho, o que vai de-
terminar o valor da sua aposentado-
ria no futuro. Se for sobre um sal-
rio mnimo, sua aposentadoria ser
de um salrio mnimo.
Por uma questo de justia, esse di-
nheiro s poder ser utilizado para
o pagamento da aposentadoria dos
trabalhadores que contriburam,
alm de seus dependentes, ou seja,
esposa, esposo e filhos.
E ateno! Por ser uma poupana
coletiva, qualquer prejuzo Previ-
dncia Social, como fraudes e desvio
de dinheiro, prejuzo para todos os
trabalhadores que contribuem.
Seja tambm um fiscal da Previdncia!
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Sade - um dos direitos fundamentais de todo cidado, est garan-
tido na Constituio brasileira, assim como a educao, o trabalho
e a assistncia social.
No Brasil, o Sistema de Sade, chamado de SUS, financiado com
dinheiro dos governos federal, estaduais e municipais.
Por isso, dever de todos ns, cidados e eleitores,
cobrar um bom atendimento na sade dos nossos Prefeitos,
Governadores e tambm do Presidente da Repblica, afinal,
so todos responsveis pela liberao
desses recursos.
Fraudes contra a Previdncia, isso no legal.
Faa sua diligncia, v Polcia Federal, exija uma providncia.
No permita esse mal.
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Cuidar da sade do povo no significa apenas curar quem est doente,
mas, principalmente, prevenir doenas. Afinal, melhor prevenir do
que remediar. Por isso, importante, entre outras atividades:
Promover aes preventivas para evitar doenas
como dengue e febre amarela.
Realizar campanhas de vacinao.
Distribuir preservativos masculinos e femininos.
Produzir e distribuir material informativo
sempre atualizado.
O mdico de famlia pode ser um aliado na preveno de doenas.
Alguns municpios j contam com eles. O seu municpio j tem?
No? Exija seus direitos e registre seu pedido na Prefeitura. nosso
dever fiscalizar e cobrar os nossos governantes!
Cobre seu direitoCom firmeza e educao.
Todo poltico eleitoCom a sua procurao.Voc tem muito poder,
Diz a Constituio.Comece logo a fazer
Seu papel de cidado.
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Caso o remdio no esteja dispon-
vel na rede pblica de sade, qual-
quer cidado pode entrar na Justia
para que o Governo adquira o me-
dicamento.
Procure a Defensoria Pblica ou o
Juizado Especial Cvel (antigo Jui-
zado de Pequenas Causas), levando
os seguintes documentos:
Quando procurar a Justia?
Aprenda a fazer valer os seus direitos. No caso de uma pessoa precisar de um
medicamento e no ter dinheiro para compr-lo, possvel recorrer Prefeitura,
Secretaria de Sade do seu Estado ou at mesmo ao Ministrio da Sade.
O Defensor Pblico o advogado que ajuda e orienta as pessoas que no tm dinheiro para contratar um advogado particular. Descubra onde fica a Defensoria Pblica da sua cidade e exija o seu direito sade!
O laudo mdico atestando seu estado de sade.
A receita mdica comprovando a necessidade do remdio.
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QUEM TEM DIREITO AO SEGURO-DESEMPREGO? No momento em que o cidado conseguir outro emprego, o benef-cio interrompido.
Esse benefcio da Previdncia dado aos trabalhadores demitidos sem justa causa. O Governo garante uma assistncia financeira ao cidado brasileiro que foi mandado embora do emprego, enquanto ele procura por outra oportunidade. No caso do trabalhador formal, basta comparecer nas Delegacias Regionais do Trabalho (DRT), postos do Sine (Sistema Nacional de Emprego) ou nas agncias credenciadas da Caixa Econmica Federal.
No adianta cobrar justia dos juzes, ministros e polticos, quando
ns mesmos somos injustos com o sistema no qual vivemos. Fazer
e cobrar a coisa certa um dever de todos!
E nada de usar o famoso jeitinho brasileiro
porque isso significa fraude, proibido e, portanto, crime!
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A honestidade riquezaDo rico e do pobre, Sinal de grandeza,
Privilgio do nobre, que se faz reiDa prpria vontade.
Cumprindo a lei,Na rua, no deserto.
A sua majestadeEst em ser reto.
Por amor verdade.Pelo o que certo.
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OS BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS
Existem 12 benefcios previdencirios previstos em nossas leis:
Aposentadoria por Idade
Aposentadoria por Tempo de Contribuio
Aposentadoria Especial
Aposentadoria por Invalidez
Auxlio-doena
Salrio-famlia
Salrio-maternidade
Auxlio-acidente
Penso por Morte
Auxlio-recluso
Reabilitao Profissional
Servio Social
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Mas para entender como funcionam e quem tem direito a cada um
desses benefcios, preciso aprender o significado de trs palavras
muito importantes nesse mundo do Direito Previdencirio:
Segurado - todos os trabalhadores (empregados, empregadas domsti-
cas ou autnomos) que pagam regularmente o INSS, alm de algumas
categorias profissionais que no precisam contribuir, como o caso
do pequeno produtor rural, do pescador artesanal, do seringueiro
ou extrativista vegetal, conhecidos como segurados especiais. Esses
trabalhadores so os chamados segurados obrigatrios do INSS.
Carncia
Dependente
Ao perder o emprego, o segurado continua com
direito a vrios benefcios por algum tempo!
Esse tempo chamado perodo de graa e
geralmente de 12 meses. Mas pode ser
prorrogado para 24 meses (dois anos) se o
trabalhador j paga o INSS h mais de
120 meses (10 anos) e est desempregado
h mais de um ano.
No caso dos segurados especiais preciso que a famlia trabalhe
junto, ajudando no sustento de todos, sem o auxlio de empregados
permanentes. Isso chamado de regime de economia familiar e
todos so segurados.
Tambm segurada da Previdncia Social a pessoa com mais de
16 anos que opta, mesmo no sendo trabalhador remunerado, por
pagar o INSS, como, por exemplo, as donas de casa, estudantes, de-
sempregados e outros. So chamados de segurados facultativos e
gozam de todos os direitos junto ao INSS.
Segurado
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Dependente - so as pessoas que podero receber benefcios em
caso de morte ou priso dos segurados. De acordo com a lei, so
considerados dependentes dos segurados:
Esposa ou marido;
Companheira ou companheiro, ainda que do mesmo sexo. No
preciso ser casado no papel, mas comprovar a unio estvel;
Filhos menores de 21 anos desde que no sejam emancipados
Filhos invlidos de qualquer idade;
Pais, irmos menores de 21 anos, irmo invlido, enteado ou
menor tutelado, desde que seja comprovada a dependncia finan-
ceira do segurado.
Carncia - tempo mnimo que o trabalhador deve contribuir para o
INSS para que tenha direito aos benefcios previdencirios. Assim
como em um plano de sade particular, esta carncia varia para cada
benefcio. E, em alguns casos, nem preciso cumprir a carncia.
Ateno! Para ter direito aos benefcios previdencirios, como a aposentadoria,
preciso ter todos os documentos que comprovem o seu trabalho. Por
isso, sempre exija a assinatura da sua carteira de trabalho e guarde os carns
de pagamento.
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Agora vamos entender cada um dos benefcios
previdencirios: quem tem direito, como funcionam e
como solicit-los.
1) Aposentadoria por Idade - benefcio concedido ao trabalhador que
completa a idade prevista em lei. Para ter direito a essa e qualquer
outra aposentadoria, o trabalhador precisa, em primeiro lugar, ter
contribudo para o INSS. Trabalhadores da cidade e rurais podem se
aposentar com idades diferentes. Veja as regras para cada caso:
Trabalhadores da cidade - homens aos 65 anos e mulheres aos 60 anos
de idade. Alm da idade, os trabalhadores precisam comprovar, em
regra, o pagamento de 180 contribuies mensais/15 anos (carncia).
Trabalhadores rurais - homens aos 60 anos e mulheres aos 55 anos
de idade. Tambm precisam comprovar, em regra, o pagamento
de 180 contribuies mensais/15 anos (carncia). Os trabalhado-
res rurais que completaram a idade at 31/12/2010 e os segurados
especiais no precisam ter pago o INSS, mas somente comprovar
180 meses de trabalho rural.
Para o trabalhador urbano que j era segurado do INSS antes de
24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador rural, a carncia
varia de 60 a 180 contribuies mensais, dependendo do ano em que
completou a idade legal para se aposentar, conforme tabela a seguir:
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Ano de implementao das condies Meses de contribuio
1991 60 meses1992 60 meses1993 66 meses1994 72 meses1995 78 meses1996 90 meses1997 96 meses1998 102 meses1999 108 meses2000 114 meses2001 120 meses2002 126 meses2003 132 meses2004 138 meses2005 144 meses2006 150 meses2007 156 meses2008 162 meses2009 168 meses2010 174 meses2011 180 meses
2) Aposentadoria por Tempo de Contribuio - benefcio concedi-
do ao trabalhador que completa um perodo mnimo de contribui-
o previsto em lei. Para solicitar essa aposentadoria, o homem pre-
cisa ter 35 anos de servio e a mulher 30 anos. Para os professores
da Educao Infantil e dos Ensinos Fundamental e Mdio, o tempo
de servio de 30 anos para os homens e 25 anos para as mulheres.
Em todos os casos, tambm preciso cumprir a carncia, ou seja, o
tempo mnimo de pagamento ao INSS.
Segurados do INSS aps 24 de julho de 1991 - comprovar 180
contribuies mensais.
Segurados do INSS antes de 24 de julho de 1991 - a carncia
varia de 60 a 180 contribuies mensais, dependendo do ano
em que completou o tempo de servio, aplicando-se a mesma
tabela referente aposentadoria por idade.
Importante:
No preciso sair do trabalho para pedir a aposentadoria.
Se voc trabalhou e deixou de recolher as contribuies
para o INSS no momento certo, ainda possvel fazer o
pagamento (retroativo) para fins de contagem do tempo de
servio e concesso da aposentadoria. Procure uma agncia
do INSS e se informe.
3) Aposentadoria Especial - benefcio concedido s pessoas que traba-
lham em ambientes prejudiciais sade ou integridade fsica, expostas
a agentes nocivos fsicos, qumicos ou biolgicos, como barulhos mui-
to altos, temperaturas elevadas, carvo mineral, chumbo, raio X, bact-
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H ainda os segurados que trabalham parte do tempo em risco e a
outra parte em ambiente comum. Para essas pessoas, o clculo da
aposentadoria especial diferente e segue a tabela abaixo.
TEMPO ACONVERTER
Multiplicadores
Mulher (para 30) Homem (para 35)
de 15 anos 2,00 2,33
de 20 anos 1,50 1,75
de 25 anos 1,20 1,40
4) Aposentadoria por Invalidez - benefcio concedido aos segurados
do INSS que no podem mais trabalhar por problemas de sade.
Como dar entrada nessa apo-
sentadoria? V a uma agncia do
INSS, levando todos os seus do-
cumentos de trabalho, compro-
vantes de pagamento do INSS
e exames mdicos. O INSS vai
marcar um exame mdico (per-
cia) para confirmar se voc tem
ou no condies de voltar a tra-
balhar. Alm disso, tambm ser
checado se voc segurado e se
cumpriu a carncia.
No caso de demisso, a empresa obrigada a dar uma
cpia autenticada da comprovao do tempo de trabalho especial.
Fique atento aos documentos e ao cumprimento das obrigaes pela
empresa. Voc precisar de todos esses papis para a
aposentadoria!
rias, venenos e outros elencados no Regulamento da Previdncia Social
(Decreto 3.048/99). Por isso, podem se aposentar com menos tempo de
servio do que na aposentadoria comum (30 ou 35 anos), ou seja, com
15, 20 ou 25 anos, dependendo do agente nocivo.
Para ter direito aposentadoria especial preciso comprovar a expo-
sio aos agentes nocivos, de forma permanente, no ocasional nem
intermitente, pelo tempo previsto em lei.
A obrigao desta comprovao do empregador, que deve preencher
um documento chamado Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP)
aps um mdico do trabalho ou um engenheiro de segurana do tra-
balho estudarem o local de trabalho e atestarem os riscos em outro
documento, o Laudo Tcnico.
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CARNCIA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - Na maioria dos casos, a carncia de 12 contribuies mensais, ou seja, o segurado deve
estar trabalhando e pagando o INSS pelo perodo de
12 meses antes de se tornar incapaz. Se o problema de
sade foi causado por um acidente ou alguma doena
adquirida no trabalho, no h carncia. Algumas
doenas muito graves tambm dispensam a carncia.
Confirme o seu caso com o funcionrio do INSS.
Importante:
Se o segurado recuperar a capacidade para o trabalho,
a aposentadoria por invalidez interrompida.
Se o segurado precisar de assistncia permanente de
outra pessoa por causa de seu problema de sade, sua
aposentadoria por invalidez ter um aumento de 25%.
5) Auxlio-doena muito parecido com a aposentadoria por inva-
lidez. A diferena que um benefcio temporrio, uma vez que o
trabalhador volta ao servio quando estiver recuperado. Esse auxlio
uma forma do segurado receber seu pagamento e sustentar a sua fa-
mlia enquanto melhora de uma doena ou acidente.
Nesse caso, basta ir a uma agncia do INSS levando todos os seus
documentos de trabalho, comprovantes de pagamento do INSS e
exames mdicos. O INSS vai marcar um exame mdico (percia)
para confirmar seu estado de sade.
Durante o perodo em que receber o auxlio-doena, o segurado
dever ser examinado por um mdico do INSS e tambm ter que
participar de um programa de reabilitao profissional. O que
isso? Um curso para ajudar o trabalhador a voltar ao servio. Quem
no seguir todas essas regras, ter o auxlio-doena cortado.
O INSS tambm pode chegar concluso, aps o perodo de reabi-
litao, que o segurado no tem mais condies de trabalhar. Nesse
caso, ele ser aposentado por invalidez.
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6) Salrio-famlia - benefcio pago
mensalmente pelo INSS aos segu-
rados empregado e ao trabalhador
avulso de baixa renda, para ajudar
nas despesas de manuteno dos fi-
lhos. Tambm pago aos aposenta-
dos por invalidez, por idade ou que
tenham 60 anos de idade ou mais,
se mulher, e 65 anos ou mais, se ho-
mem. Tambm so requisitos para
receber o benefcio:
O valor do salrio ou da apo-
sentadoria do segurado no pode
ser maior do que o valor definido
pelo INSS na poca em que for pedir o benefcio. Como esse va-
lor sempre atualizado, preciso perguntar no INSS se o salrio
se encaixa na exigncia.
Ter filho, enteado ou menor tutelado com at 14 anos de idade ou
invlido de qualquer idade que dependa do segurado.
Comprovar no INSS que o filho de at seis anos de idade recebe
todas as vacinas obrigatrias.
Comprovar no INSS que o filho acima de sete anos est matricu-
lado e frequentando a escola.
O salrio-famlia calculado de acordo com o nmero de filhos e o salrio do segurado. Para cada filho, enteado ou tutelado, a pessoa recebe um pouco mais de dinheiro do INSS para ajudar nas despesas com a famlia. Esse benefcio vlido at que o filho, enteado ou tutelado complete 14 anos ou no dependa mais do segurado.
Como dar entrada no salrio-famlia?
Procurar uma agncia do INSS com os seguintes documentos:
Certido de nascimento do filho ou enteado.
Termo de tutela.
Atestado de vacinao obrigatria at os seis anos.
Comprovao semestral de frequncia escola do filho acima
de sete anos de idade.
Carteira de trabalho ou comprovante
de aposentadoria.
Ateno! At o momento, empregadas domsticas no tm direito ao salrio-famlia.
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7) Salrio-maternidade - o salrio que a segurada do INSS recebe
enquanto cuida do filho aps o parto ou durante o processo de adoo
de uma criana. Entre as seguradas esto includas empregadas
domsticas e mulheres que trabalham com a famlia, sozinhas ou
ajudando o marido pequeno produtor rural, seringueiro, extrativista
vegetal e pescador artesanal.
O salrio-maternidade direito de toda segurada do INSS durante 120 dias. O perodo comea 28 dias antes do parto e termina 91 dias depois. E o valor varia de acordo com a profisso.
Verifique com o INSS o seu caso!
No caso de adoo de uma criana ou da guarda judicial para fins
de adoo, a mulher tambm direito ao salrio-maternidade, entretanto,
o tempo do benefcio varia de acordo com a idade da criana.
Se a criana tiver at um ano de idade completo = 120 dias
De um ano at quatro anos completos = 60 dias
Mais de quatro anos at oito anos = 30 dias
Mulheres que sofrem abortos devem descansar. Por isso, elas tm
direito ao salrio-maternidade correspondente a duas semanas.
Para o recebimento desse benefcio, preciso comprovar que o
aborto foi realizado dentro da lei. Basta apresentar o atestado m-
dico fornecido pelo SUS ou pelo servio mdico da empresa onde
trabalha.
8) Auxlio-acidente - benefcio pago a empregados, trabalhadores
avulsos ou segurado especial que, aps a consolidao de leses
decorrentes de acidente de qualquer natureza fiquem com seque-
las que impliquem reduo da capacidade ou mesmo impossibili-
dade de desempenho do trabalho que habitualmente exercia, sen-
do vivel, neste ltimo caso, o desempenho de outro trabalho.
Para receber o auxlio-acidente, preciso ir agncia do INSS,
onde ser marcado o exame mdico para comprovao do estado
de sade. Esse benefcio no exige carncia e pode ser pago junto
com outros benefcios do INSS, menos a aposentadoria.
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9) Penso por morte - benefcio pago pelo INSS aos dependentes
em caso de morte do segurado, aposentado ou no.
Como feito o clculo da penso?
Se o falecido j era aposentado, o valor mensal da penso ser
igual ao da aposentadoria.
Se o falecido ainda no era aposentado, o valor mensal da penso
ser igual ao valor que ele receberia se fosse aposentado por invali-
dez na data do bito. Verifique o clculo com o funcionrio do INSS.
Se o segurado tem mais de um dependente, o valor mensal da
penso ser dividido por todos, em partes iguais.
Certido de bito do segurado.
Todos os documentos que comprovem o parentesco (certido de
casamento, certido de nascimento ou comprovante de residncia).
Toda a documentao do segurado falecido, como a carteira de
trabalho e os comprovantes de pagamento do INSS.
Como dar entrada na penso por morte? V at uma agncia do INSS com os seguintes documentos:
E ateno aos prazos! Se a penso for solicitada
at 30 dias aps o falecimento, o dependente tem
direito penso desde a data da morte do seu
parente. Se for perdido esse prazo, o dependente
passa a receber apenas a partir do dia em que
pediu a penso.
10) Auxlio-recluso - benefcio pago aos dependentes do segurado
de baixa renda que foi preso e no recebe salrio, auxlio-doena ou
aposentadoria. O auxlio-recluso pago durante o perodo em que
o segurado estiver preso. O valor mensal do benefcio ser igual ao
valor que o segurado receberia se fosse aposentado por invalidez na
data da priso.
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Como dar entrada no auxlio-recluso? Procure uma agncia do
INSS com os seguintes documentos:
Comprovante de que o segurado est preso - uma certido dada
pelo diretor ou outro funcionrio do presdio.
Todos os documentos pessoais e de trabalho do segurado preso,
inclusive o valor de seu salrio, que no pode ser maior do que
o valor definido pelo INSS na poca em que for pedir o benef-
cio. Como esse valor sempre atualizado, preciso perguntar no
INSS se o salrio se encaixa na exigncia.
Todos os documentos pessoais e de trabalho do dependente. O
dependente dever comparecer no INSS a cada trs meses para
comprovar que o segurado ainda est preso, sob pena de suspen-
so do benefcio. O benefcio cancelado quando o segurado for
libertado por qualquer motivo ou fugir.
11) Reabilitao Profissional - pessoas com deficincia e pessoas
que ficaram incapacitadas para o trabalho tm direito a receber uma
ajuda do INSS para que possam comear ou retornar ao trabalho:
a chamada habilitao e reabilitao profissional e social.
So cursos, treinamentos, orientaes e direcionamentos para novos
empregos. Atravs da habilitao ou reabilitao, a pessoa pode receber do
INSS uma srie de equipamentos para ajudar no exerccio da profisso:
Prteses.
Instrumentos para auxlio na locomoo.
Em alguns casos, o INSS pode at transportar at o trabalho.
As pessoas com deficincia podem exigir o cumprimento da chamada Lei de Cotas: toda empresa com mais de 100 empregados obrigada a ter um certo nmero de fun-cionrios com qualquer tipo de deficincia. Exercite seu direito!
Ao fim da reabilitao profissional, o INSS emite
um certificado, que um documento comprovando
a capacidade de trabalho da pessoa.
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12) Servio Social - atende a todas as pessoas que recebem um
benefcio do INSS, afinal, elas tm direito assistncia e orientao
durante todo o processo.
Como requerer benefcios junto ao INSS? O INSS vem
trabalhando para facilitar o acesso dos cidados aos benefcios
previdencirios e assistenciais. Assim sendo, hoje em dia voc
pode ir pessoalmente agncia do INSS mais prxima de sua
residncia para requerer o benefcio, fazer o requerimento ou
agendar o seu atendimento por meio do telefone 135 ou pela
internet no portal da Previdncia Social www.inss.gov.br.
E se o benefcio for negado pelo INSS? Caso o INSS negue o
benefcio, voc pode recorrer Justia para tentar novamente.
A ao judicial deve ser realizada pela Justia Federal nas cidades
onde houver varas federais. Nesse caso, para as aes de at 60
salrios-mnimos, o processo pode ser proposto pessoalmente,
sem a presena de advogado e tramitar nos chamados Juizados
Especiais Federais (JEFs). Para as aes acima desse valor,
obrigatria a presena do advogado.
Onde no houver Justia Federal, a ao pode ser proposta perante
a Justia Estadual, com a presena obrigatria de advogado. As
pessoas carentes que no podem pagar o advogado devem procurar
a Defensoria Pblica ou a assistncia judiciria gratuita.
Lembre-se de guardar todos os documentos que recebeu do INSS.
Eles sero necessrios para
dar entrada na ao judicial.
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Em caso de dvida, consulte o INSS ou algum prximo de voc, levando sua cartilha. Com ela, voc j sabe se tem direito ou
no a algum desses benefcios. No abra mo dos seus direitos!
Espero que tenhamgostado do show e das informaes!Muito obrigado!
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Paran Pernambuco Piau Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondnia Roraima Santa Catarina So Paulo Sergipe Tocantins
Telefones da Justia Federal nos Estados:
Alagoas Amap Amazonas Bahia Braslia Cear Esprito Santo Gois Maranho Mato Grosso Mato Grosso do Sul
Minas Gerais Par Paraba
Na Internet
site: www.ajufe.com.br
e-mail: [email protected]
82-3521.5625
96-3214.1518
92-3612.3300
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66-3902.2272
67-3382.2564
31-2129.6300
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83-2108.4040
41-3313.4400
81-3229.6000
86-2107.2800
21-3218.9000
84-3235.7400
51-3214.9000
69-3211.2526
95-2121.4202
48-3251.2500
11-2172.6200
79-3216.2200
63-3218.3800
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Autoria de texto: Raquel Domingues do Amaral Corniglion Bruno Augusto Santos de Oliveira, Ivanir Csar Ireno Jnior
e Eduardo Andr Brando de Brito FernandesDesign grfico: Nucleo-i
Ilustraes: Heitor FurtadoDiagramao: Estudio PictogramaRedao e reviso: Claudia Maia
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realizao:
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