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Uma publicação do Sindicato dos trabalhadores em telecomunicações do estado de Goiás SINTTEL-GO

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Page 1: Cartilha Direito e Saude do trabalhador
Page 2: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

William Cortes Silva (Presidente)

Joaquim Alves de Castro(Dir. Secretário Geral)

João Dib Filho(Dir. Administrativo Financeiro)

José Nicolau Pereira Júnior(Dir. Saúde do Trabalho)

Osmar Alves de Souza(Dir. Imprensa e Divulgação)

Divino Alfredo da Silva(Dir. Assuntos Jurídicos)

Marisa Rodrigues Borges(Dir. Formação Profissional)

Pedro Augusto Ferreira Novais(1º Suplente)

Fagner Tavares de Almeida(2º Suplente)

Alessandro Torres da Mota(3º Suplente)

Sandra Maria de Melo Monteiro(4ª Suplente)

Sidemar de Bastos Silva(5º Suplente)

Claiton Oliveira Santos(6º Suplente)

Ricardo Vieira da Silva(7º Suplente)

Conselho FiscalMaria Feliciana Ferreira

(1ª Conselheira)

Maria de Jesus Dias da Silva(2ª Conselheira)

Eunice Pinheiro Brito(3ª Conselheira)

Suplentes de Conselheiro FiscalHalisson Levi F. dos Santos

(1º Suplente)

Marilene Mansano M. de Oliveira(2ª Suplente)

Neusani Xavier dos Santos(3ª Suplente)

Representantes junto à FederaçãoVanderley Nunes Rodrigues

(1º Titular)

José Lucimar Zunga A. de Lima(2º Titular)

Suplentes dos representantesjunto à Federação

Valdemar Antonio da Silva Junior(1º Suplente)

Bemvinda Soares(2ª Suplente)

Jornalista responsávelAline Cruz – MTB 2573/GO

Diagramação e Projeto gráficoKelly Santos

ImpressãoPoligráfica

Tiragem10.000 exemplares

Publicação1ª Edição - 2011

EXPEDIENTECartilha Direito e Saúde do trabalhador

Uma publicação do Sindicato dos trabalhadores em telecomunicações do estado de Goiás SINTTEL-GO

Page 3: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

O SINTTEL-GO tem mantido, desde sua fundação, uma postura combativa em prol dos direitos dos trabalhadores em te-lecomunicações de Goiás. Prova disso são os reajustes, benefícios e melhores condições de trabalho conquistados a cada acordo ou convenção coletiva, a despeito das frequentes e intensas tentativas de precarização promovidas pelas empresas.

Neste ano em que completa quatro décadas de atuação, o sindicato reafirma esse compromisso de zelar pelos direitos da cate-goria. Tarefa árdua esta, pois as teles insistem em menosprezar o es-forço dos trabalhadores, remunerando mal e oferecendo condições penosas de trabalho. Além disso, a alta rotatividade de profissionais dificulta a aproximação dos mesmos ao sindicato.

No entanto, o SINTTEL-GO não foge de seu objetivo prin-cipal: garantir que os esforços da categoria sejam compensados com benefícios compatíveis e dignos, ou seja, nada mais que o me-recido e justo.

Certamente muitas melhorias ainda são necessárias, mas é possível alcançá-las. E o conhecimento sobre direitos trabalhistas é uma porta que pode levar às conquistas almejadas. Atento a isso, o sindicato pretende esclarecer, por meio desta cartilha, dúvidas cor-riqueiras em relação à atividade e àquilo que interfere na qualidade de vida dos trabalhadores.

As informações aqui contidas poderão ser um instrumento eficaz para que a atual situação seja revertida e resulte em mais vitórias para os profissionais em telecomunicações. Mas, para isso, sua participação e união ao sindicato é imprescindível.

Boa leitura.

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SuMÁrIoA atividade..............................................................................................5

DIREITO DO TRABALHADOR

1. NR 17...................................................................................................7 O que é.............................................................................................7 Quem se enquadra?............................................................7 O que ela defi ne?...................................................................7 Pausas.........................................................................................8 Condições do ambiente de trabalho...................8 Capacitação.................................................................................9 Prevenção......................................................................................9

2. Duração das Férias..............................................................10

3. Penalidades por Atrasos................................................10

4. Acumulação de Empregos.........................................10

5. Direito ao Vale-refeição..................................................10

SAÚDE DO TRABALHADOR

1. Doenças......................................................................................11 LER/DORT..............................................................................13 Perda auditiva induzida por ruído....................13 Disfonia.........................................................................................13

2. Acidente de trabalho......................................................14 O que é acidente de trabalho?.............................14 O que é CAT?............................................................................14 Quem pode emitir?...........................................................14 Benefício...................................................................................15

3. Assédio Moral..........................................................................16 Como identifi car?................................................................16 Sintomas...................................................................................17 O que fazer................................................................................17 O que diz a lei..........................................................................18

PERGUNTAS FREQUENTES...................................................19

Desde o processo de privatização das telecomunicações, iniciado em 1998, o setor atingiu grande crescimento – no geral impulsionado pelo aumento nos investimentos, novas tecnologias e alto consumo dos serviços e produtos oferta-dos. No entanto, a legislação brasileira não acompanhou esse cenário intenso de mudanças. Isso pode ser comprovado pela inexistência de uma lei voltada aos direitos dos trabalhadores em telecomunicações – fato que exige das entidades sindicais uma

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atuação em constante estado de alerta, uma vez que todas as garantias trabalhistas só são conquistadas por meio de muita luta.

O contínuo processo de terceirização agrava a situação, pois as empresas costumam transferir suas responsabilidades à terceiriza-da, que, por sua vez, atribui os problemas à contratante. No meio desse confl ito está o tra-balhador – penalizado por severas condições de trabalho, carga horária desumana, pressão de supervisores, pouco espaço para diálogo e remuneração incompatível, os quais, associa-

dos, acabam culminando em fatores de risco para o adoecimento do funcionário.

Por outro lado, as telecomunicações ofere-cem diversas oportunidades de emprego, devido à rotatividade de profi ssionais e ao constante ritmo de trabalho que precisa ser mantido pelas empre-sas. O fato de geralmente não exigir experiência ou alto grau de escolaridade – especialmente no caso de centrais de atendimento – e oferecer pa-gamento e benefícios regulares são atrativos que tornam o setor um grande empregador, apesar dos problemas vividos pela categoria.

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Direitos e deveres do trabalhador

NR-17 aborda a saúde e segurança dos funcionários de empresas de teleatendimento,

telemarketing e call centers

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O que é?

O Anexo II da Norma Regulamentadora NR-17 aborda a saúde e segurança dos

funcionários de empresas de teleatendimento, telemarketing e call centers. Ela representa

uma importante vitória dos trabalhadores em telecomunicações, obtida mediante esforço

empreendido pelos sindicatos da categoria.

Dentre as conquistas com esta norma estão o dia de repouso semanal

remunerado coincidente com um domingo a cada mês – independente de metas, faltas

e produtividade – e carga horária máxima de seis horas diárias, incluídas as pausas. A

NR-17 precisa ser respeitada e cumprida. E com esta cartilha você terá uma ferramenta

eficaz para entender e cobrar seus direitos.

Quem se enquadra?

Todas as empresas que mantêm serviço de teleatendimento / telemarketing, nas

modalidades ativo ou receptivo, em centrais de atendimento telefônico e relacionamento

com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações e comercialização de

produtos.

O que ela define?

• Define o que é teleatendimento e telemarketing;

• Estabelece como deve ser o mobiliário do posto de trabalho;

• Fixa normas para uso de head-sets;

• Determina o nível de ruído no ambiente de trabalho e regras para evitar doenças

provocadas pela má qualidade do ar;

• Assegura pelo menos um domingo de folga por mês, nos casos previamente

autorizados;

• As escalas de fins de semana e feriados devem ser especificadas e informadas aos

trabalhadores com antecedência;

• Determina que o tempo de trabalho seja de, no máximo, seis horas diárias,

incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração;

• Assegura a ida ao banheiro a qualquer momento da jornada, sem repercussões

sobre as avaliações e remunerações.

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Pausas

• Fora do posto de trabalho;• Em dois períodos de dez minutos contínuos;• Após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos de trabalho;• Intervalo de 20 minutos para alimentação;• Para carga horária de quatro horas, deve ser concedida uma pausa de

descanso contínuo de 10 minutos. Esta pausa deve ser registrada impressa ou eletronicamente e fornecida ao trabalhador.

O empregador não deverá

• Exigir a observância estrita do script ou roteiro de atendimento;• Utilizar procedimentos de monitoramento por escuta e gravação sem o

conhecimento do trabalhador;• Usar métodos que causem assédio moral ou constrangimentos, tais como:

– estímulo abusivo à competição;– exigir que os trabalhadores usem, de forma permanente ou temporária,

adereços, acessórios, vestimentas e fantasias com o objetivo de punição, promoção e propaganda;

– exposição pública das avaliações de desempenho dos operadores.

Condições do ambiente de trabalho

• Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, incluindo ambiente, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo e planejamento da distribuição de divisórias entre os postos de trabalho;

• Devem ser implementados projetos adequados de climatização, que permitam distribuição homogênea das temperaturas e fl uxos de ar, utilizando, se necessário, controles locais e setorizados da temperatura, velocidade e direção dos fl uxos;

• Devem ser fornecidos, gratuitamente, conjuntos de microfone e fone de ouvido (head-sets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho.

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acústico do ruído externo e planejamento da distribuição

Devem ser implementados projetos adequados de climatização, que permitam distribuição homogênea das temperaturas e fl uxos de ar, utilizando, se necessário, controles locais e setorizados da temperatura,

Devem ser fornecidos, gratuitamente, conjuntos de microfone e fone de ouvido (head-sets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao

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Capacitação

Devem ser oferecidas, no mínimo, as seguintes capacitações:

• noções sobre os fatores de risco para a saúde em teleatendimento / telemarketing;

• medidas de prevenção indicadas para a redução dos riscos relacionados ao trabalho;• informações sobre os sintomas de adoecimento que possam estar relacionados a atividade, principalmente os que envolvem o sistema osteomuscular, a saúde mental, as funções vocais, auditivas e acuidade

visual dos trabalhadores;• informações sobre a utilização correta dos mecanismos de ajuste do mobiliário e

dos equipamentos dos postos de trabalho.

Prevenção

No sentido de promover a saúde vocal do trabalhador, a empresa deve implementar:• modelos de diálogos que favoreçam micropausas e evitem carga vocal intensiva;• redução do ruído de fundo;• estímulo à ingestão frequente de água potável fornecida gratuitamente aos

operadores.

Até março de 2011 as empresas devem ter 75% de seu mobiliário adequado a esta norma e em março de 2012 este percentual deverá ser de 100%. Os móveis deverão permitir variações posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para conforto do trabalhador, atendendo todas as normas de ergonomia.

Também será obrigatória adaptação para as pessoas com necessidades especiais, incluindo o acesso às instalações, móveis, equipamentos, condições ambientais, organi-zação do trabalho, capacitação, condições sanitárias, programas de prevenção e cuida-dos para segurança pessoal.

A NR-17 é lei e precisa ser cumprida, denuncie irregularidades para o sindicato.(Acesse www.sinttelgoto.org.br e conheça a íntegra da norma).

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Duração das FériasQuando o trabalhador acumula faltas injustificadas no decorrer do ano, a empresa po-

derá reduzir o período de férias, desde que siga a seguinte proporção:• 30 dias corridos de férias: quando não há mais de 5 faltas injustificadas;• 24 dias corridos de férias: quando há de 6 a 14 faltas injustificadas;• 18 dias corridos de férias: quando há de 15 a 23 faltas injustificadas;• 12 dias corridos de férias: quando há de 24 a 32 faltas injustificadas.

Nos casos em que for apresentado atestado médico, comprovando indisponibilidade para o comparecimento ao serviço, a falta deve ser abonada, não aplicando a regra acima.

Penalidades por AtrasosO trabalhador que não cumprir integralmente sua jornada de trabalho durante a sema-

na – chegando atrasado ao serviço ou saindo antes do horário, sem apresentar fato que justifi-que a ausência – poderá ser penalizado com a perda da remuneração pelo repouso semanal e ainda ter os minutos ou horas referentes a ausência descontados de seu salário.

Caso estes atrasos injustificados se tornem frequentes, isso caracteriza falta grave e poderá ser punida com advertência, suspensão e até demissão por justa causa, dependendo da situação. No entanto, quando o atraso ocorre por problemas de transporte – devidamente comprovado por atestado da empresa concessionária – não haverá perda de remuneração.

Acumulação de EmpregosDe acordo com a legislação vigente, o trabalhador poderá acumular dois empregos em

lugares diferentes. Mas as jornadas de trabalho em todos os estabelecimentos não poderão ser superiores às oito horas diárias previstas na Constituição Federal. Além disso, o horário de tra-balho não poderá coincidir e deverá existir um intervalo mínimo de onze horas entre o término de uma jornada e o início de outra.

É necessário ressaltar que o empregado não pode acumular empregos em empresas concorrentes, bem como nos casos onde o contrato de trabalho exige exclusividade.

Direito ao vale-refeiçãoO trabalhador que estiver em período de férias, licença maternidade, auxílio-doença,

ou gozando de interrupção ou suspensão do contrato de trabalho por outro motivo, não terá direito ao vale-transporte. Portanto, se o empregado nesta situação receber o benefício indevidamente, deverá devolvê-lo.

Quando houver falta ao trabalho, os vales transportes correspondentes também de-vem ser devolvidos ou compensados no mês seguinte. Já nos casos de admissão ou demissão no curso do mês, a empresa poderá descontar 6% sobre o salário proporcional, referente ao vale-transporte concedido.

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1. Doenças

O teleatendimento é caracterizado por uma jornada de trabalho estressante, por rigorosos mecanismos de controle (metas de produtividade, relatórios de desempenho, tempo médio de atendimento), grande rotatividade de trabalhadores e alto índice de do-enças ocupacionais. As reclamações mais comuns são de:

• sensação de exaustão após esforços mentais mínimos ou fadiga e fraqueza corporal após esforços físicos;

• difi culdades de concentração e memória;• sensação de abatimento e esgotamento;• tonturas e dor de cabeça;• incapacidade de relaxar;• perturbação do sono;• dores musculares;• agressividade;• irritabilidade;• choro fácil.

Se você perceber algum destes sintomas, deve procurar o médico para avaliação, diagnóstico e tratamento. Cada caso deve ser avaliado individualmente para receber o tra-tamento adequado.

Além da parte clínica da avaliação médica, é necessário verifi car se existe relação entre o problema apresentado e o trabalho, pois também existem outras causas para estes sintomas, os quais devem ser diagnosticados por médico do trabalho.

O SINTTEL oferece diversos convênios médicos para os trabalhadores fi liados. Acesse o menu “Convênios” do site do sindicato e verifique as especialidades e descontos ofertados.

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Previna-se• Procure uma distância confortável entre os olhos e o monitor (em geral 50 cm);• O espaço entre o teclado e a borda da mesa deve ter pelo menos 20 cm, para

apoio dos punhos e antebraço;• A parte superior da tela deve ficar à altura dos olhos, para evitar a projeção da

cabeça para frente;• A cadeira deve ter encosto de altura regulável;• Mantenha as pernas apoiadas no chão, com cadeira de altura regulável ou apoio

para os pés;• O mobiliário deve ser regulável, para permitir alternância de postura;• A temperatura deve ficar entre 20 e 22 graus no inverno e de 23 a 25 graus no

verão;• As saídas do ar condicionado não podem ser direcionadas diretamente aos

operadores;• O ar condicionado deve ser mantido regulado e com manutenção constante;• O carpete deve estar limpo;• Uso individual do head-set (fone de ouvido);• Controle de ruído no fone de ouvido e no ambiente;• A ginástica laboral pode ser útil para alongamento dos músculos, mas deve ser

feita sob orientação de um profissional, com duração e períodos corretos. Isolada, não é solução para os problemas e não reduz a necessidade de pausas.

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o LER / DORTLesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Tra-

balho são frequentes no teleatendimento, devido ao esforço contínuo do organismo e o pouco tempo para descansar. Os tendões, articulações e músculos vão sofrendo alterações, que a princípio se manifestam com dor, podendo evoluir para incapacidade funcional.

Geralmente a patologia dá sinais com uma dor que surge no curso da atividade, de maneira lenta e localizada que, com o passar do tempo, aumenta. Ela vem acompanhada de piora no humor, no estado de ânimo e muitas vezes causa depressão e ansiedade. Outro sinal é que a dor melhora com o repouso e piora nos picos de produção.

Essas doenças atingem músculos, tendões e articulações e são provocadas pela postura inadequada e pela excessiva repetição de movimentos ao trabalhar.

como prevenir• Não deixe a cadeira longe da mesa de trabalho;• evite ter que se mover em excesso para pegar os materiais de trabalho;• não fique com os pés suspensos, deixe-os sempre apoiados no chão;• nas pausas, procure alongar os braços, pernas e coluna.

o PERDA AuDITIvA InDuzIDA POR RuíDOO ouvido é muito sensível e pode sofrer desgaste com o trabalho que envolve

som, especialmente se existem ruídos fortes ou constantes, podendo até causar surdez permanente.

Se não for controlado, o ruído no fone de ouvido pode alcançar até 85 decibéis (dB) para oito horas de trabalho, o que é considerado nocivo para a saúde. Por isso, a NR-17 recomenda que o ruído não ultrapasse 65 dB.

como prevenirOs fones de ouvido podem atingir um nível de ruído muito alto, por isso devem

ser bem regulados. O som no ambiente também deve ser controlado.

o DISFOnIAÉ um problema na voz, causado por alterações da laringe e/ou pregas vocais (cor-

das vocais). Um deles são os nódulos vocais (calos), que é uma forma de laringite (inflama-ção da laringe) crônica localizada.

Os profissionais que utilizam a voz e trabalham sob tensão são os mais atingidos e, dentre os sintomas, aparecem a fadiga vocal e a rouquidão persistente. O tratamen-to é feito com repouso vocal, que faz desaparecer os nódulos recentes e diminui o inchaço dos nódulos antigos.

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como prevenir• Exercícios de aquecimento vocal, orientados por fonoaudiólogo;• beber água à temperatura ambiente a cada 10 minutos;• repouso vocal;• evitar excesso de fala, velocidade e intensidade da voz muito grandes;• não fumar;• alimentação saudável;• evitar contato com agentes que provoquem alergias e resfriados;• ar condicionado regulado;• respiração adequada;• evitar roupas apertadas.

2. Acidente de trabalho

O que é acidente de trabalho?São considerados acidentes de trabalho doenças relacionadas à atividade ou

acidentes no trajeto para o emprego ou para casa, bem como aqueles ocorridos no ambiente profissional.

A LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) é considerada doença do trabalho e é equivalente ao acidente de trabalho para os efeitos e garantias de direito do trabalhador.

As empresas são responsáveis pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção à saúde e à segurança do trabalhador exposto a riscos. Com isso, no caso de acidente o profi ssional tem direito a receber, além de auxílio-acidente, uma indenização da empresa, cujo valor varia de acordo com a gravidade da lesão.

O que é CAT?A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um formulário onde o acidente de

trabalho é relatado. A comunicação é obrigatória, mesmo se o afastamento não for neces-sário. Ela deve ser encaminhada à Previdência Social para as providências quanto a proto-colo, defi nição de nexo causal pelo médico perito e concessão do benefício.

Quem pode emitir?O empregador deve emitir a CAT em até um dia útil após o acidente ou diagnóstico

de uma doença. Caso ele se recuse, o sindicato, o médico assistente, o segurado ou seus dependentes, ou mesmo alguma autoridade pública também pode fazê-lo. Por isso, se o empregador recusar-se a emitir a CAT, procure imediatamente o SINTTEL-GO.

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Benefício

O benefício que gera estes pagamentos se divide em três subgrupos: auxílio-doença, que é destinado aos trabalhadores que precisam se afastar para tratamento de alguma doença, desde que já tenham contribuído com o INSS por no mínimo 12 meses.

O trabalhador que tinha a doença quando foi contratado pela empresa não tem direito a este auxílio, exceto se a função exercida tiver agravado o problema ou em casos de tuberculose, hanseníase, câncer e outros.

Há também o auxílio-doença acidentário, pago quando o trabalhador sofre um aci-dente de trabalho ou adquire uma doença por causa das funções que exerce; e o auxílio-doença previdenciário, o qual é disponibilizado aos que precisam se afastar do trabalho por mais de 15 dias por causa de acidentes pessoais.

Quem tem direito?Para receber o benefício é preciso que um perito do Instituto Nacional

de Seguridade Social (INSS) ateste que o trabalhador está temporariamente impossibilitado de desempenhar suas funções. Os 15 primeiros dias de afastamento são pagos pela empresa e a partir do 16º dia e enquanto durar o tratamento, o pagamento fica a cargo do INSS.

O valor pago depende de quando o trabalhador se ins-creveu no INSS, sendo de até 91% do salário-benefício. Quando o acidente ou doença de trabalho causar lesões que inviabilizem o retorno do funcionário ao merca-do de trabalho, ele será aposen-tado por invalidez.

Se você sofreu um aci-dente de trabalho e passou por alguma complicação ou não está sendo atendido pela Previdên-cia Social, recorra ao Ministério do Trabalho mais próximo ou à Delegacia Regional do Trabalho. Denuncie o caso e exija que pro-vidências sejam tomadas para que você não seja prejudicado.

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Quando o afastamento é por acidente/do-ença do trabalho, o benefício auxílio-doença aci-dentário é solicitado por meio da CAT. O período de afastamento conta para fins de aposentadoria e a empresa é obrigada a recolher o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Após a alta médica e do INSS, o trabalhador tem estabilidade no emprego de, no mínimo, 12 meses. No entanto, se a CAT não for registrada, não existe estabilidade após o afastamento, nem depó-sito de fundo de garantia.

Por isso, se você está afastado sem CAT, pro-cure investigar seus direitos, verificando se o pro-blema tem relação com o trabalho. O SINTTEL-GO está preparado para orientá-lo a este respeito.

VoCê SabIa quE...

Page 16: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

3. Assédio Moral

O que é?

É todo comportamento abusivo que ame-aça a integridade física ou psíquica de uma pes-soa, degradando o ambiente de trabalho. Ele é mais comum em relações hierárquicas autoritá-rias e assimétricas.

Geralmente o objetivo é desestabilizar a relação da vítima com o ambiente de trabalho, sendo iniciado e manifestado por atos, palavras e gestos que atentem contra a dignidade física, psíquica e a auto-estima das pessoas.

A humilhação repetitiva e prolongada interfere diretamente na vida do trabalha-dor, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais. Por isso, cau-sa danos graves à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade de traba-lho e para o desemprego.

É comum identifi car assédio moral quando o empregador deseja o desligamento do funcionário, mas não quer demiti-lo, em função das despesas trabalhistas decorrentes. Por isso cria uma situação insustentável, que obriga o trabalhador a pedir demissão.

Grande parte das empresas não têm políticas contra o assédio moral, pois o chefe que humilha conta com apoio do patrão, cuja única preocupação é garantir o aumento da produtividade para alcançar as metas estabelecidas. No entanto, é dever do empregador tomar medidas para eliminar toda e qualquer forma de humilhação, constrangimentos e discriminações no trabalho.

Como identifi car?

No cotidiano do ambiente de trabalho, alguns comportamentos típicos do agressor fornecem a senha para o processo de assédio moral nas empresas:

• estímulo abusivo à competição entre trabalhadores;• ameaças constantes de demissão;• repetição da mesma ordem várias vezes;• ordens confusas e contraditórias;• sobrecarga de tarefas ou impedimento da continuidade do trabalho;• desmoralizar publicamente, afi rmando que tudo está errado ou informar que seu

trabalho é desnecessário à empresa;• questionar o assunto de suas conversas ou ameaçar quando há colegas perto;• ignorar a presença do trabalhador;

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Geralmente o objetivo é desestabilizar a relação da vítima com o ambiente de trabalho, sendo iniciado e

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• desviar da função;• exigir cumprimento de atividades fora da jornada e trocar o turno sem aviso

prévio;• mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador;• ser demitido por telefone, telegrama, correio eletrônico no retorno de férias;• hostilizar ou desqualificar trabalho realizado pelo trabalhador;• espalhar que o trabalhador está com problemas nervosos;• sugerir que peça demissão devido à saúde;• divulgar boatos sobre sua moral;• exigência de forma permanente ou temporária de adereços, acessórios, fantasias

e vestimentas com o objetivo de punição, promoção e propaganda;• exposição pública das avaliações de desempenho dos operadores.

Sintomas

Mulheres e homens reagem de maneira diferente quando vítimas de assédio, mas geralmente são comuns:

• problemas emocionais: irritação constante, falta de confiança em si, cansaço exagerado, diminuição da capacidade para enfrentar o estresse;

• alterações do sono;• alteração da capacidade de concentrar-se e memorizar;• anulação de atividades ou situações que possam recordar a tortura psicológica;• mudança de personalidade;• pensamentos suicidas;• distúrbios digestivos;• agravamento de doenças pré-existentes;• estresse.

O que fazer?

Às vezes o assédio moral só pode ser resolvido com a intervenção da Justiça; mas o julgamento exige provas concretas. Por isso, para denunciar reúna comprovantes de tro-cas de correspondências, e-mails, testemunhas na empresa ou até mesmo a gravação de conversas com o agressor.

Se houve rescisão do contrato e pedido de indenização por danos morais, o juiz vai decidir o valor da indenização a partir da intensidade do assédio e do poder aquisitivo do funcionário e de seu chefe.

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Page 18: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

Denunciar é o único meio para acabar com as agressões.

• Procure o setor de recursos humanos e faça uma reclamação sigilosa da postura

do chefe;

• Se a empresa não tomar providências contra o chefe agressor, procure a proteção

do sindicato;

• Anote com detalhes todas as humilhações sofridas e todo o tipo de provas

possíveis;

• Exija, por escrito, explicações do agressor e guarde todas as informações;

• Dê visibilidade ao caso, procurando ajuda de colegas, principalmente daqueles

que testemunharam o fato ou que também sofrem humilhações;

• Evite conversas com o agressor sem testemunhas;

• Procure o sindicato e relate o caso para diretores e advogados;

• Busque apoio com familiares, amigos e colegas, pois o afeto e solidariedade são

fundamentais para a recuperação da auto-estima e dignidade.

O que diz a lei?

No Congresso Nacional tramitam uma série de projetos de leis que dispõem sobre assédio e coação moral. Mas enquanto não há lei específica, na própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) há dispositivos que permitem enquadrar processos de assédio mo-ral – inclusive no que diz respeito à saúde – relacionando suas consequências como doen-ça do trabalho. Também há possibilidades de proteção via Código Civil.

Em quaisquer dos casos, romper o silêncio, buscar apoio nos colegas e na família e buscar proteção jurídica, inclusive por meio do sindicato, é fundamental.

Page 19: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

PErguNTaS FrEquENTES

1) O que é Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)?

É um acordo firmado entre os sindicatos dos trabalhadores e o patronal, uma vez por ano, na data-base da convenção. São negociados os reajustes, pisos salariais, benefícios, direitos e deveres de trabalhadores e empresas. Se os sindicatos – autorizados por assembléia geral – concordarem com as condições estipuladas, assinam a Convenção Coletiva de Trabalho e a encaminham para registro e homologação na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Suas determinações atingem todos os integrantes da categoria.

2) O que é Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)?

É o acordo firmado entre o sindicato dos trabalhadores e uma empresa. Diferente da Convenção Coletiva, ele atende apenas os envolvidos na negociação e pode ter duração de até dois anos. Neste caso, são realizadas assembleias e negociações anuais para deliberação das cláusulas econômicas – as quais tratam do piso salarial e reajuste de salário e benefícios. Já as cláusulas sociais abordam os direitos e deve-res dos trabalhadores e das empresas.

3) O que é Programa de Participação nos Resultados (PPR)?

É uma estratégia de gestão empresarial que procura bonificar o trabalhador com base no resultado ou lucro obtido pela empresa. O programa oferece vantagens tanto aos empresários quanto aos trabalhadores, pois proporciona ganhos em produtividade e redução de custos, por causa da motivação dos funcionários, e ainda tem isenção do valor de lucro pago sobre os encargos trabalhistas.

4) Como funciona a hora extra?

A hora extra é o período adicional à jornada diária do trabalhador feito a pedido da empresa, por escrito ou mediante contrato coletivo de trabalho. A Constituição Federal estabelece que a hora extra não pode ultrapassar duas horas diárias e deve ter acréscimo mínimo de 50% ao valor da hora normal. Mas também pode ser com-pensada por meio de banco de horas. No caso de rescisão de contrato, o trabalha-dor que não tiver compensado as horas pode requerer o pagamento financeiro da empresa na data da quebra do contrato.

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5) Quem tem direito ao adicional de insalubridade?

As funções cujas atividades causam danos à saúde, devido a exposição intensa e longa aos seus efeitos, exigem pagamento de adicional de insalubridade. Ele pode ser de 10%, 20% ou 40%, variando de acordo com limites estabelecidos pelo Minis-tério do Trabalho. O cálculo da remuneração será feito de acordo com o piso salarial ou salário mínimo, respeitando sempre o tipo de contrato de trabalho. É necessário ressaltar que este benefício não pode ser cumulativo ao adicional de periculosidade e não se incorpora ao salário.

6) Quem tem direito ao adicional de periculosidade?

As atividades que oferecem alto risco de vida por causa do contato permanente com explosivos, inflamáveis, energia elétrica, radiação ionizante ou substâncias radioativas, exigem pagamento de adicional de periculosidade. A periculosida-de deve ser definida por intermédio de perícia técnica – elaborada por médico ou engenheiro do trabalho – que irá apontar por meio de um laudo técnico se aquela categoria ou trabalhador se enquadra nos requisitos definidos pela lei, de acordo com normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho. O traba-lhador terá direito ao percentual de 30% sobre o salário base – deduzidas as gratificações, prêmios ou participação nos lucros das empresas. Este benefício não poderá ser pago cumulativamente com o adicional de insalubridade e não se incorpora ao salário.

7) O que é o Adicional noturno?

A lei assegura que o trabalho noturno, compreendido entre as 22h e 5h da manhã, deve ter remuneração de 20% a mais que a hora diurna. Quando as atividades atin-gem dois turnos, ou seja, iniciam antes das 22h, será considerado horário misto, dando direito ao adicional noturno apenas nas horas de trabalho compreendidas no período noturno.

8) O que é Seguro-desemprego?

O Seguro-desemprego é um benefício que busca prover a assistência fi nanceira temporária ao trabalhador desempregado. Terá direito a receber este benefício o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:• Ter recebido salários por seis meses consecutivos, no período imediatamente

anterior à data da dispensa, de uma ou mais empresas;• Não estar recebendo qualquer benefício previdenciário de prestação continuada,

previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente e a pensão por morte;

• Não possuir renda própria de qualquer natureza sufi ciente à sua manutenção e de sua família.

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O trabalhador poderá encaminhar o requerimento de Seguro-desemprego ao Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio do Sistema Nacional de Emprego – SINE ou entidades parceiras, no prazo de 7 a 120 dias a partir da demissão. Os documentos necessários são:– Requerimento de Seguro-Desemprego com a Guia de Dispensa;– Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho;– Documento de Identificação (Carteira de Identidade ou Carteira Nacional de

Habilitação);– Carteira de Trabalho e Previdência Social;– Comprovante de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);– Os três últimos contra-cheques.

O número de parcelas que o trabalhador receberá depende da quantidade de meses trabalhados na época da rescisão. E o valor mensal do benefício será contabilizado pela média dos salários dos três últimos meses de trabalho.

9) Qual é a carga horária dos trabalhadores em atividade de te-leatendimento / telemarketing?

A NR-17 estabelece que o tempo de trabalho em efetiva atividade é de, no máximo, seis horas diárias – incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração. São concedi-dos vinte minutos adicionais com o intuito de propiciar o intervalo para repouso e alimentação (art. 5.4.2 – NR-17), pois, de acordo com a CLT, os intervalos de descan-so não devem ser computados na duração do trabalho.

10) Em quais casos a empresa pode demitir o empregado por jus-ta causa?

De acordo com o artigo 482 da CLT, constitui justa causa a prática de atos contra a segurança nacional, devidamente comprovada em inquérito administrativo, e:• ato de improbidade ou má conduta;• negociação habitual por conta própria ou alheia, sem permissão do empregador,

constituindo ato de concorrência à empresa ou prejudicial ao serviço;• condenação criminal do empregado, caso não tenha havido suspensão da

execução da pena;• negligência no desempenho das funções;• embriaguez habitual ou em serviço;• violação de segredo da empresa;• ato de indisciplina ou de insubordinação;• abandono de emprego;• prejudicar, ofender ou agredir qualquer pessoa no serviço, salvo em caso de

legítima defesa;• prejudicar, ofender ou agredir o empregador e superiores hierárquicos, salvo em

caso de legítima defesa;• prática constante de jogos de azar.

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11) Quais são meus direitos e deveres ao ser desligado da empresa?

Quando pede demissão:

Direitos:– Saldo de salários (corresponde aos dias trabalhados no mês);– Horas extras, Descanso Semanal Remunerado (DSR), Prêmios, Gratificações,

Adicional Noturno etc;– 13º salário proporcional, correspondente aos meses trabalhados;– Férias vencidas (quando houver);– Férias proporcionais ao tempo de serviço;– 1/3 constitucional de férias.

Deveres:– Quanto aos deveres, o trabalhador precisa cumprir o período referente ao aviso

prévio, o qual corresponde a 30 dias de trabalho. Caso não o cumpra, a empresa terá direito a descontar o valor do aviso prévio. Ao pedir demissão, o empregado não usufrui do direito a Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da multa de 40% sobre o FGTS e do Seguro-Desemprego.

Quando a empresa demite (sem justa causa):

Direitos:– Saldo de salários (corresponde aos dias trabalhados no mês);– Horas extras, Descanso Semanal Remunerado (DSR), Prêmios, Gratificações,

Adicional noturno etc;– 13º salário proporcional, correspondente aos meses trabalhados;– Férias vencidas (quando houver);– Férias proporcionais ao tempo de serviço;– 1/3 constitucional de férias;– Aviso Prévio Indenizado;– Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);– Multa de 40% sobre o FGTS;– Seguro-Desemprego.

Deveres:– Caso o trabalhador resolva cumprir o Aviso Prévio Trabalhado, ele deverá realizá-

lo durante o prazo do aviso prévio, seja na hipótese de redução da jornada de trabalho de duas horas diárias ou na ausência de sete dias corridos. No entanto, caso a empresa o dispense sem o cumprimento do Aviso Prévio, deverá indenizá-lo com o valor correspondente a um salário.

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12) InSS e Previdência Social é a mesma coisa? Quais os benefícios?

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o órgão responsável pelas arrecada-ções das contribuições e pelo pagamento dos benefícios. A Previdência Social é um seguro público que tem como função garantir que as fontes de renda do trabalha-dor e de sua família sejam mantidas quando ele perde a capacidade de trabalhar por algum tempo (como em casos de doença, acidente e maternidade) ou per-manentemente (quando há morte, invalidez e velhice). O INSS é responsável pelo pagamento dos benefícios de aposentadoria, salário-maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensão por morte.

13) Quais os direitos e garantias da empregada gestante?

A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem pre-juízo do emprego e do salário, de acordo com o artigo 392 CLT. Ela também tem direito de ser transferida de função, quando as condições de saúde exigirem, e ter assegurada a retomada da função anterior logo após o retorno ao trabalho. Além disso, a gestante deve ser dispensada do horário de trabalho – pelo tempo necessário – para, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames com-plementares. O salário durante o período de afastamento será pago de forma integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos seis últimos meses de trabalho.

14) Qual o tempo de estabilidade da gestante? E o repouso?

A Lei assegura à gestante a garantia provisória no emprego, desde a confi rmação da gravidez até cinco meses após o parto. Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados por duas semanas cada um, mediante atestado médico. A CLT também garante à mulher que adota ou obtém a guarda judicial de criança, o direito de licença maternidade. No entanto é obrigatória a apresentação do termo judicial de guarda.

15) Como funciona o salário-maternidade?

O salário-maternidade consiste numa renda mensal igual à remuneração integral, durante 120 dias – com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto – po-dendo ser prorrogado. A empregada deve, mediante atestado médico, informar à empresa a data do início do afastamento do emprego, que será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do fi lho. Mesmo em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos na Lei.

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16) O que é contribuição sindical? E taxa assistencial?

Os artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelecem que todos os trabalhadores que participam de uma categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, devem pagar a contribuição sindical anual – que é o desconto relativo a um dia de trabalho no contracheque, feito sempre no mês de abril. Esta contribuição é recolhida de todos profissionais, sendo filiados ou não ao sindicato. Portanto, mesmo que solicite a desfiliação, o trabalhador pagará esta taxa anual. O valor arrecadado com esta tributação é distribuído, conforme a lei, nas seguintes proporções: 5% às confederações, 15% para federações, 60% aos sindicatos e 20% à “Conta Especial Emprego e Salário”, administrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O objetivo da co-brança é custear as atividades sindicais e destinar recursos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Já a taxa assistencial é descontada somente de trabalha-dores filiados ao sindicato e corresponde a 1% do salário. É com este valor que o sindicato mantém as despesas e proporciona melhorias à categoria, por meio de assistência jurídica, comunicação sindical, convênios e muito mais. Filie-se e fortaleça seu sindicato.

17) O que é Abono Salarial?

O Abono Salarial é um benefício, no valor de um salário mínimo anual, asse-gurado aos empregados que recebem até dois salários mínimos por mês, de empresas que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), há pelo menos cinco anos. Para recebê-lo é necessário ter trabalhado no ano anterior, com vínculo empregatício (carteira assinada), por pelo menos 30 dias. O paga-mento do abono salarial tem início no segundo semestre de cada exercício e vai até o primeiro semestre do exercício seguinte, conforme calendário divul-gado pelo Ministério do Trabalho. Os trabalhadores inscritos no PIS recebem o abono salarial na Caixa Econômica Federal, e os inscritos no PASEP recebem no Banco do Brasil, de acordo com o calendário de pagamento previamente divulgado.

Se a empresa ou entidade pública estiver cadastrada na Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil, o pagamento será realizado por meio do contra-cheque do trabalha-dor. Caso contrário, o empregado deve dirigir-se a Agência da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil levando Comprovante de inscrição no PIS/PASEP e Carteira de Traba-lho e Previdência Social (CTPS), de acordo com o calendário divulgado pelo Ministério do Trabalho.

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Page 25: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

O trabalhador que recebeu, em média, mais de dois salários mínimos mensais terá direito aos rendimentos da conta do Fundo de Participação do PIS/PASEP, desde que tenha sido cadastrado no Programa antes de outubro de 1988.

1. Emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) por omissão da Empresa

Documentos necessários: – Atestados/laudos médicos; – Carteira de Identidade; – PIS; – Carteira de Trabalho.

2. Marcação de perícia junto ao INSS (quando a empresa não encaminha após o 16º dia)

Documentos necessários: – Atestados/laudos médicos com mais de 16 dias; – Carteira de Identidade; – PIS; – Carteira de Trabalho.

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Bibliografia

• BRASIL.NormaRegulamentadora.NRnº 17 – Ergonomia – Brasília: Ministério do Trabalho. 2007.

•ManualPreventivodoTeleatendente.PublicaçãodoSinttel-MG.• Saúde é o que interessa – Dicas de Prevenção e Direitos dos Trabalhador em

Teleatendimento, 2007. Publicação do Sinttel-DF.• AssédioMoraléilegaleimoral.Adaptadadaobra“UmaJornadadeHumilhações”,deMar-

garida Barreto, por Sulamita Esteliam.

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Page 26: Cartilha Direito e Saude do trabalhador

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