cartilha de direito previdenciÁrio -...

Download CARTILHA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO - …assets.izap.com.br/saaemg.com.br/uploads/listas/plusfiles/CARTILHA... · Ficha Técnica A Cartilha de Direito Previdenciário é uma publicação

If you can't read please download the document

Upload: vuongnhu

Post on 06-Feb-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • CARTILHA DE DIREITO PREVIDENCIRIO

    Renovao, unio e resistncia classista

  • Ficha Tcnica

    A Cartilha de Direito Previdencirio uma publicao do SAAEMG (Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar do Estado de Minas Gerais)

    permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

    Pesquisa e textoDr. Jeronymo Machado Neto e Dra. Rogerlan Augusta de Morais

    RevisoAnderson Martins Pereira

    Designer GrficoAndson Guimares

    ApoioDiretoria do SAAEMG

    ImpressoGrfica Letras

    2015 - SAAEMG

  • ORIENTAES BSICAS SOBRE O SAAEMG E DIREITOS PREVIDENCIRIOS DOS AUXILIARES DE

    ADMINISTRAO ESCOLAR

    Apresentao

    Esta cartilha tem o objetivo de apresentar aos Auxiliares de Administrao Escolar informaes sobre o sindicato que os representa informando o que o sindicato, suas principais atividades, quem o Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar do Estado de Minas Gerais SAAEMG - e tambm alguns direitos previdencirios.

    Atravs destas orientaes esperamos esclarecer melhor a categoria e contribuir para que os trabalhadores tenham conscincia dos seus direitos e possam reivindic-los, quando descumpridos pelo empregador, sabendo como contactar o sindicato para receber orientaes mais precisas.

    Claro que este trabalho no tem a pretenso de esgotar todas as informaes. Trata-se de um documento que alerta sobre alguns dos principais direitos e incentiva os Auxiliares de Administrao Escolar a participarem mais das atividades sindicais e procurar orientaes atravs do SAAEMG.

  • ndice

    O que um sindicato e quais as suas atribuies 6Importncia do fortalecimento da organizao sindical 6Como nasceu o Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar do Estado de Minas Gerais SAAEMG

    8

    Quem so os Auxiliares de Administrao Escolar representados pelo SAAEMG

    10

    Base territorial do SAAEMG 11Como filiar-se ao SAAEMG 13Importncia da contribuio sindical 14Convnio com o Escritrio Ivan Mercdo Moreira Sociedade de Advogados

    16

    O que Direito Previdencirio 19Segurados do Regime Geral da Previdncia Social RGPS 20Salrio de Contribuio 20Beneficirios do Regime Geral da Previdncia Social 21Benefcios 24Direito Previdencirio em Discusso 29

  • 6

    O que um sindicato e quais as suas atribuies

    Sindicato tem origem na palavra francesa syndic e significa representante de uma determinada comunidade. Os tipos mais comuns de sindicatos so os representantes de categorias profissionais, conhecidos como sindicatos laborais ou de trabalhadores, e os de representante de classes econmicas, conhecidos como sindicatos patronais ou empresariais.

    No caso das categorias profissionais ou de trabalhadores, trata-se de uma forma de organizao com caractersticas de unio, solidariedade e conscincia de classe e tem como funo defender os seus interesses e direitos profissionais e de cidadania. Todo trabalhador livre para participar do sindicato e se tornar sindicalizado. o conjunto dos trabalhadores que, organizados, estrutura, regula o seu funcionamento e define as formas e os objetivos da ao coletiva.

    Dentre suas principais atribuies esto defender os direitos e interesses dos trabalhadores tanto na esfera poltica quanto na jurdica; negociar melhorias salariais, lutar por ampliao de direitos e melhores condies de trabalho junto ao sindicato patronal ou diretamente com os empregadores; promover e incentivar a participao em seminrios, congressos, assembleias e reunies da categoria para desenvolver o senso crtico dos trabalhadores; lutar por justia social, atravs da participao em processos polticos, com objetivo de influenciar em leis que promovam a equidade social, melhor distribuio de renda e garantia da dignidade dos trabalhadores de uma forma geral.

    No caso do SAAEMG, rege o seu estatuto: Trata-se de associao civil de direito privado, entidade de classe sem fins lucrativos, com prazo de durao indeterminado; constituda com a finalidade de estudo, coordenao, proteo e representao legal, judicial e extrajudicial, bem como de integrao das demais associaes de classe, objetivando a solidariedade social e a sua participao nos interesses nacionais da categoria profissional dos Auxiliares de Administrao Escolar.

    Importncia do fortalecimento da organizao sindical

    O sindicalismo nasceu junto com a expanso do capitalismo no sculo XVII, quando a mquina substituiu o trabalho artesanal ocasionando a concentrao da propriedade e dos meios de produo nas mos de uma minoria que, por sua vez, gerou a explorao dos trabalhadores. Surgem os primeiros sindicatos

  • 7

    na Inglaterra com a unio dos trabalhadores para lutar contra a extrema explorao, jornada de trabalho excessiva e condies de trabalho insalubres, alm de melhores salrios.

    Nos tempos atuais, as reivindicaes no so muito diferentes e exigem a unio maior dos trabalhadores, sendo uma das formas de fortalecimento de suas lutas a filiao dos sindicatos em entidade de grau superior como federao, confederao e central sindical.

    O sindicato filiado FESSAEMG Federao Sindical dos Auxiliares de Administrao Escolar no Estado de Minas Gerais, fundada pelo SAAEMG e mais cinco entidades sindicais, em 13/12/2014, na sede do SAAEMG.

    A FESSAEMG tem como principais atividades promover o estudo, a elaborao e a implementao de polticas sindicais especficas e gerais, de relevncia, na orientao das campanhas e lutas dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino; coordenar a ao dos sindicatos filiados, promover a solidariedade e a unio entre eles; atuar como rgo tcnico e consultivo da categoria representada; incentivar o aprimoramento cultural, o intelectual e o profissional dos trabalhadores de sua base; desenvolver atividades perante rgos e instituies pblicas e privadas na busca da melhoria de suas condies de vida e trabalho; organizar encontros, cursos, assembleias, seminrios, fruns de debates, palestras e conferncias para tratar de assuntos de interesse da categoria profissional representada.

    O SAAEMG tambm filiado Confederao Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE). Trata-se de uma entidade sindical de terceiro grau, a qual ajudou a fundar e congrega 77 sindicatos e sete federaes de professores (as) e tcnicos (as) e administrativos (as) do setor privado de ensino, da educao infantil superior representando atualmente cerca de 800 mil trabalhadores (as) brasileiros (as). Confederao sindical composta por federaes e sindicatos de uma mesma categoria profissional e tem a finalidade principal de promover palestras, seminrios, organizar e orientar seus filiados nas questes mais amplas que se referem aos trabalhadores da rea da educao, como lutar pela qualidade de ensino, orientar as entidades filiadas quanto as demandas em prol da classe trabalhadora em instituies de ensino, representar a categoria nos fruns jurdicos e polticos nos quais sejam discutidos interesses dos trabalhadores por ela representados.

    Filiado tambm Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

  • 8

    (CTB). Trata-se de entidade que ajudou a fundar em congresso realizado entre os dias 12 e 14 de dezembro de 2007, em Belo Horizonte e, com apenas sete anos de existncia, a terceira maior central sindical com 1.112 entidades filiadas e a quarta maior em nmero de trabalhadores representados. As centrais sindicais foram reconhecidas atravs da Lei 11.648/2008 como rgos de representao poltica dos trabalhadores e so compostas por entidades sindicais, federaes e confederaes. Suas atribuies so coordenar a representao dos trabalhadores atravs das organizaes sindicais a ela filiadas, participar de negociaes em fruns, colegiados de rgos pblicos e demais espaos de dilogo social em que estejam em discusso assuntos de interesse geral dos trabalhadores como, por exemplo, fim do fator previdencirio, reduo de jornada sem reduo de salrios, etc.

    As trs entidades (central, confederao e federao) so compostas por organizaes sindicais de trabalhadores e tm o objetivo de coordenar a representao operria e participar de negociaes em fruns e colegiados nos quais estejam em discusso interesses dos trabalhadores. Exercem importante papel na sociedade, buscando melhores condies de trabalho e unindo a classe trabalhadora nas discusses e reivindicaes comuns. Por tudo isso, entendemos ser muito importante participar da poltica de integrao com o movimento sindical e de fortalecimento das entidades de grau superior.

    Como nasceu o Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar do Estado de Minas Gerais SAAEMG

    Em 1977, os Auxiliares de Administrao Escolar em Minas Gerais no possuam uma entidade sindical que defendesse os seus interesses e lutasse pelos seus direitos. Nesse contexto, um grupo de Auxiliares de Administrao Escolar comeou a se reunir e discutir os problemas da categoria e perceberam a necessidade de se organizarem para adquirir fora. Assim, no dia 26 de novembro, uma assembleia geral extraordinria foi marcada visando a criao da Associao Profissional dos Auxiliares de Administrao Escolar de Belo Horizonte (APAAE-BH), alm da aprovao dos estatutos e eleio da primeira Diretoria e Conselho Fiscal. Esse momento foi muito importante para o Auxiliar de Administrao Escolar de Minas Gerais e algumas pessoas que participaram efetivamente daquele momento histrico esto at hoje no movimento sindical e no SAAEMG, como o atual diretor tesoureiro Joo Batista da Silveira, Antenor Jos de Paula e David Raad. Este ltimo participou de todas as diretorias do SAAEMG, sendo um grande exemplo de

  • 9

    luta e participao para toda a categoria. Composta por integrantes dos mais variados estabelecimentos de ensino,

    essa diretoria realizou bons trabalhos e obteve resultados promissores. Tanto que, em 1980, iniciou-se o processo para transformar a associao em sindicato.

    Antes mesmo de ser transformada em sindicato, a APAAE-BH, cuja

    sede ficava na Rua Tupis, 171, comprou duas salas, 1219 e 1220, situadas no Edifcio Cartacho, Rua Caets, 530, onde permaneceu como sede do sindicato at fevereiro de 2000, quando foi inaugurada a atual sede no bairro Santa Tereza.

    Assim, no dia 8 de abril de 1981, foi expedida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego a Carta Sindical do Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar de Belo Horizonte. Da para todo o Estado foi necessrio menos de dois anos e, em 21 de maro de 1983, a entidade ampliou a sua representao para todos os recantos de Minas Gerias e pde levar os objetivos de defender os interesses de todos os Auxiliares de Administrao Escolar mineiros, sendo denominado a partir de ento Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar do Estado de Minas Gerais - SAAEMG.

    Diante da necessidade de proporcionar uma representao mais efetiva do Auxiliar de Administrao Escolar em Minas Gerais, mudanas estruturais foram necessrias, entre elas o desmembramento do sindicato que at outubro de 2014 possua base territorial formada por 852 municpios em Minas Gerais (exceto Juiz de Fora) e contava com oito escritrios regionais nas cidades Governador Valadares, Uberaba, Uberlndia, Barbacena, Montes Claros, Poos de Caldas, Varginha e Ipatinga.

    Aps amplos debates e estudos com a finalidade de encontrar uma alternativa ao modelo at ento vigente, com objetivo principal de ampliar o poder de luta dos trabalhadores em estabelecimento de ensino e, consequentemente, obter mais vitrias em prol da categoria, chegou-se a concluso da necessidade de desmembrar o SAAEMG em unidades menores, mas que estimulassem o processo de novas filiaes e avanasse na representao da categoria.

    Nesse debate alguns aspectos foram levados em conta. O primeiro deles o tamanho do Estado e a necessidade de maior proximidade com o Auxiliar de Administrao Escolar em sua base. Isso se tornou necessrio devido ao grande aumento de instituies de ensino no interior e o consequente aumento do nmero de associados, somado as especificidades das demandas regionais.

  • 10

    Outro aspecto diz respeito legislao (Smula 369 do TST) que limita a estabilidade do diretor sindical a um nmero de apenas sete estveis com seus respectivos suplentes. No obstante, o SAAEMG, movimento sindical em geral e parte do judicirio, este ainda em minoria, entendem que a smula equivocada por no respeitar a Constituio Federal, que no limita o nmero de estveis. Portanto, esse dilema s poderia ser resolvido parcialmente atravs do processo administrativo de desmembramento.

    Seguindo esse raciocnio e balizada por nmeros de todas as regionais do sindicato, em 08 de novembro de 2013, a diretoria executiva do SAAEMG aprovou o processo de desmembramento do Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar em outras cinco entidades.

    A partir de janeiro de 2014 foram fundados o SAAENE, o SAAESUL, o SAAENORTE, o SAAESEMG e o SAAETM/AP que passaram, a partir de outubro/2014, a representar os Auxiliares de Administrao Escolar de suas respectivas regies.

    Hoje o SAAEMG representa essa categoria de trabalhadores em 286 municpios. Desses, 172 possuem instituies de ensino particulares, perfazendo um total aproximado de 12.000 (doze mil) sindicalizados.

    Com toda essa histria de disposio e luta, o fruto tem sido o fortalecimento e afirmao dos Auxiliares de Administrao Escolar como uma categoria que faz da educao uma ferramenta primordial para o crescimento da nossa ptria.

    Quem so os Auxiliares de Administrao Escolar representados pelo SAAEMG

    Auxiliar de Administrao Escolar todo aquele cuja funo no estabelecimento de ensino ou curso no seja a ministrao regular de aulas.

    Incluem-se entre as atividades as de direo, planejamento, coordenao, superviso, orientao, bibliotecrio, monitoria, reforo escolar, reviso, treinamento, instruo, auxlio ao docente no seu trabalho em classe, de instrutor e de tcnico ou treinador desportivo, o ltimo quanto s atividades no caracterizadas como aulas do currculo de ensino.

  • 11

    Considerando que a atividade-fim da escola o ensino e a educao; sendo os professores categoria diferenciada, e os auxiliares a categoria preponderante; nesta condio, so auxiliares de administrao todos os empregados da instituio de ensino que no exeram a docncia, a compreendidos tambm aqueles que desempenham, em carter permanente, atividade-meio ou de apoio.

    Base territorial do SAAEMG

    Base territorial a rea geogrfica em que o sindicato tem representao da categoria. Tal delimitao determinada pelos estatutos da entidade e consta tambm registrado nas convenes coletivas da categoria.

    Como informado anteriormente, aps o desmembramento da entidade sindical, o SAAEMG passou a representar a categoria em 286 municpios de Minas Gerais. So eles:

    Abaet, Abre Campo, Acaiaca, Alto Capara, Alto Jequitib, Alvinpolis, Alvorada de Minas, Amparo do Serra, Angelndia, Araa, Araponga, Arapu, Arajos, Arcos, Aricanduva, Baldim, Bambu, Baro de Cocais, Barra Longa, Bela Vista de Minas, Belo Horizonte, Belo Vale, Betim, Biquinhas, Bom Despacho, Bom Jesus do Amparo, Bonfim, Bonfinpolis de Minas, Brs Pires, Brumadinho, Cabeceira Grande, Cachoeira da Prata, Caetanpolis, Caet, Caiana, Cajuri, Camacho, Campo Belo, Campos Altos, Cana Verde, Cana, Candeias, Capara, Capela Nova, Capim Branco, Caputira, Caranaba, Caranda, Carangola, Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmo do Paranaba, Carmpolis de Minas, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Catas Altas, Cedro do Abaet, Chal, Cipotnea, Cludio, Coimbra, Conceio do Mato Dentro, Conceio do Par, Confins, Congonhas do Norte, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Cordisburgo, Crrego Danta, Crrego Fundo, Couto de Magalhes de Minas, Cristiano Otoni, Crucilndia, Datas, Desterro de Entre Rios, Diogo de Vasconcelos, Divinsia, Divino, Divinpolis, Divispolis, Dom Joaquim, Dom Silvrio, Dores do Indai, Dores do Turvo, Dorespolis, Durand, Entre Rios de Minas, Ervlia, Esmeraldas, Espera Feliz, Estrela do Indai, Faria Lemos, Felcio dos Santos, Felixlndia, Ferros, Fervedouro, Florestal, Formiga, Fortuna de

  • 12

    Minas, Funilndia, Gouveia, Guaraciaba, Guarda-Mor, Guimarnia, Ibi, Ibirit, Igarap, Igaratinga, Iguatama, Inhama, Inimutaba, Itabira, Itabirito, Itaguara, Itamb do Mato Dentro, Itapecerica, Itatiaiuu, Itana, Itaverava, Jaboticatubas, Japaraba, Jeceaba, Jenipapo de Minas, Jequeri, Jequitib, Joo Monlevade, Jos Gonalves de Minas, Juatuba, Lagamar, Lagoa da Prata, Lagoa Dourada, Lagoa Formosa, Lagoa Grande, Lagoa Santa, Lajinha, Lamim, Leandro Ferreira, Leme do Prado, Luisburgo, Luz, Manhuau, Manhumirim, Maravilhas, Mariana, Mrio Campos, Martinho Campos, Martins Soares, Mata Verde, Mateus Leme, Matip, Matozinhos, Matutina, Medeiros, Miradouro, Moeda, Moema, Monjolos, Monte Formoso, Morada Nova de Minas, Morro do Pilar, Nova Lima, Nova Serrana, Nova Unio, Oliveira, Ona de Pitangui, Oratrios, Oriznia, Ouro Branco, Ouro Preto, Paineiras, Pains, Palmpolis, Papagaios, Par de Minas, Paraopeba, Passa Tempo, Passabm, Patos de Minas, Paula Cndido, Pedra Bonita, Pedra do Anta, Pedra do Indai, Pedra Dourada, Pedro Leopoldo, Pequi, Perdigo, Piedade de Ponte Nova, Piedade dos Gerais, Pimenta, Piracema, Piranga, Pitangui, Piumhi, Pompu, Ponte Nova, Porto Firme, Pratinha, Presidente Bernardes, Presidente Juscelino, Presidente Kubitschek, Presidente Olegrio, Prudente de Morais, Quartel Geral, Queluzito, Raposos, Raul Soares, Reduto, Resende Costa, Ribeiro das Neves, Rio Acima, Rio Casca, Rio Doce, Rio Espera, Rio Manso, Rio Paranaba, Rio Piracicaba, Rio Vermelho, Ritpolis, Rosrio da Limeira, Sabar, Santa Brbara, Santa Cruz do Escalvado, Santa Luzia, Santa Margarida, Santa Maria de Itabira, Santa Rosa da Serra, Santana de Pirapama, Santana do Jacar, Santana do Manhuau, Santana do Riacho, Santana dos Montes, Santo Antnio do Amparo, Santo Antnio do Grama, Santo Antnio do Itamb, Santo Antnio do Monte, Santo Antnio do Rio Abaixo, Santo Hiplito, So Brs do Suau, So Francisco de Paula, So Francisco do Glria, So Geraldo, So Gonalo do Abaet, So Gonalo do Par, So Gonalo do Rio Abaixo, So Gonalo do Rio Preto, So Gotardo, So Joo do Manhuau, So Joaquim de Bicas, So Jos da Lapa, So Jos da Varginha, So Miguel do Anta, So Pedro dos Ferros, So Roque de Minas, So Sebastio do Oeste, So Sebastio do Rio Preto, So Tiago, Sarzedo, Sem-Peixe, Senador Firmino, Senador Modestino Gonalves, Senhora de Oliveira, Sericita, Serra Azul de Minas, Serra da Saudade, Serra do Salitre, Serro, Sete Lagoas, Simonsia, Tapira, Tapira, Taquarau de Minas, Teixeiras, Tiros, Tombos, Una, Uruana de Minas, Urucnia, Vargem Bonita, Varjo de Minas, Vazante, Veredinha, Vermelho Novo, Vespasiano, Viosa, Vieiras.

  • 13

    Importncia de ser filiado ao SAAEMG

    Quanto mais os trabalhadores participam de sua entidade de classe, maior a sua fora na sociedade. Sindicatos que agregam muitos trabalhadores sindicalizados tm mais fora por ocasio de negociaes coletivas ou reivindicaes sociais em geral.

    O Auxiliar de Administrao Escolar sindicalizado pode participar das assembleias com direito a voz e voto e influenciar nas decises a serem aprovadas ou rejeitadas nestas ocasies. Alm dos direitos previstos na conveno coletiva da categoria, pode ter acesso a planos de sade, convnios, assessoria jurdica e direito ao benefcio do Fundo de Amparo ao Associado (FAA) institudo pelo sindicato. Recebe, ainda, na residncia, material informativo sobre a categoria como, por exemplo, jornais e panfletos que possibilitam mais informaes que agregam conhecimento sobre seus direitos, crescimento poltico e capacidade de argumentao no mbito do trabalho e na sociedade.

    Como filiar-se ao SAAEMG

    Para sindicalizar-se, o Auxiliar de Administrao Escolar deve preencher uma ficha disponvel na sede do sindicato ou no site (www.saaemg.com.br) e encaminh-la ao sindicato preenchida e assinada juntamente com a cpia da carteira de trabalho (pgina que contm a fotografia, a qualificao civil e contrato de trabalho).

    Ao filiar-se, o associado informado sobre o desconto, em folha de pagamento, da mensalidade sindical e da taxa assistencial que so contribuies financeiras aprovadas em assembleias da categoria, cujas prerrogativas esto regulamentadas pelo art. 513 da CLT e tm objetivo de dar sustentao financeira ao sindicato para arcar com as despesas necessrias ao bom andamento da instituio como, por exemplo, administrao da sede, pagamento de funcionrios, sustentao do departamento jurdico, viagens por ocasio de assembleias, reunies, congressos, material de comunicao, sustentao do Fundo de Amparo ao Associado (FAA), etc. Portanto, so fontes importantes de custeio, juntamente com a contribuio sindical, tambm para garantir a defesa da categoria e buscar o equilbrio nas relaes com setor empresarial que tem recursos em abundncia para defender seus interesses.

  • Mensalidade sindical: compreende a mensalidade associativa, no valor de 1% (um por cento) do salrio mnimo vigente no ms, descontada em folha de pagamento atravs de autorizao por escrito ao filiar-se.

    Taxa assistencial: descontada em folha de pagamento, nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro de cada ano, no valor de 2% (dois por cento) do salrio bruto do auxiliar.

    Essas contribuies, definidas pela assembleia da categoria, esto regulamentadas na conveno coletiva com o ttulo Contribuies ao SAAEMG.

    Importncia da contribuio sindical

    A contribuio sindical est prevista nos artigos 578 a 591 da CLT. descontada dos trabalhadores no ms de maro de cada ano o valor referente a um dia do salrio do trabalhador. Mas, ateno: esse desconto feito apenas uma vez ao ano, de maneira que se o trabalhador for contratado por outra empresa, essa no poder efetuar o referido desconto se j tiver sido descontado pela empresa anterior. Por isso extremamente importante registro desse desconto pelo departamento pessoal na carteira de trabalho.

    Essa contribuio distribuda, na forma da lei, aos sindicatos 60%, federaes 15%, confederaes 5%, centrais sindicais 10% e Conta Especial Emprego e Salrio, administrada pelo Ministrio do Trabalho 10%. O objetivo da cobrana o custeio das atividades sindicais e os valores destinados Conta Especial Emprego e Salrio integram os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT/MTE.

    14

    8 de abril: Dia do Auxiliar de Admi-nistrao Escolar e, este ano, ani-versrio de 34 anos do Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar de Minas Gerais (SAAEMG). O sindicato parabeniza todos(as) os(as) trabalhadores(as) da educa-o que, com o seu empenho, con-tribuem para um futuro melhor e reitera sua disposio de luta em favor da categoria.

    Parabns aos Auxiliares de Administrao Escolar

    8 de abril

  • 8 de abril: Dia do Auxiliar de Admi-nistrao Escolar e, este ano, ani-versrio de 34 anos do Sindicato dos Auxiliares de Administrao Escolar de Minas Gerais (SAAEMG). O sindicato parabeniza todos(as) os(as) trabalhadores(as) da educa-o que, com o seu empenho, con-tribuem para um futuro melhor e reitera sua disposio de luta em favor da categoria.

    Parabns aos Auxiliares de Administrao Escolar

    8 de abril

  • 16

    CONVNIO COM O ESCRITRIO IVAN MERCDO MOREIRA SOCIEDADE DE ADVOGADOS

    O SAAEMG, com objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus associados e tambm proporcionar orientao jurdica em outras reas do direito, firmou convnio com o escritrio Ivan Mercdo Moreira Sociedade de Advogados.

    Os associados, bem como seus dependentes diretos - esposo (a) e filhos (as), desde que comprovem a sua dependncia - podero realizar consultas e, se for o caso, ajuizar aes em diversas reas do direito, com a certeza de serem orientados por advogados especializados e competentes.

    As reas do direito que estaro disponveis, pelo convnio, so as seguintes:

    - Direito Previdencirio

    a)Pessoa jurdica;

    Atuao em processos judiciais e administrativos relacionados a aplicao das normas previdencirias;

    Anlise de risco previdencirio;

    Estudo e emisso de pareceres sobre temas de direito previdencirio, inclusive planos de previdncia privada.

    b)Pessoa fsica

  • 17

    Planejamento previdencirio com o estudo da vida previdenciria regressa no intuito de obter o melhor benefcio, bem como o melhorinvestimento para complementar a renda;

    Aes de cobrana visando recuperar as perdas dos saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS);

    Aes de desaposentao;

    Pedidos de concesso e reviso de todos os tipos de benefcios previdencirios;LOAS (deficientes fsicos de uma maneira geral, psiquitricos, etc);- Direito Tributrio

    Contencioso judicial a administrativo (Municipal, Estadual e Federal);

    Consultoria;

    Auditoria Contbil-Fiscal;

    Pareceres tcnicos (responsabilidade fiscal e aplicao da legislao fiscal, anlise da situao fiscal da empresa e outros);

    Planejamento Tributrio (reduo do passivo/recuperao de crdito).

    - Direito Civil

    Contratos;

    Tutela e Curatela;

    Responsabilidade Civil;

    Posse e propriedade compram e vendam, incorporaes, construes e locao.

    - Direitos do Idoso

    Garantias Reais e Fiducirias;

  • 18

    - Direito do Consumidor

    Formalizao e reviso de contratos de consumo;

    Contencioso, inclusive junto aos Procons e Juizados Especiais;

    Consultoria e assessoria.- Advocacia Recursal

    Acompanhamento de processos em todas as reas em que atuamos, nos Tribunais dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Esprito Santo;

    Elaborao de memoriais;

    Sustentaes orais;

    Elaborao e interposio de recursos diversos, inclusive para os Tribunais Superiores.

    Os servios de consultoria jurdica sero prestados, atravs de planto na sede do escritrio, todas as quartas-feiras, de 9h s 12h e de 13h s 18h no endereo: rua Santa Catarina, n 875, bairro de Lourdes. Belo Horizonte/MG. Telefone: (31) 3303 5519.

    Algumas orientaes preliminares podero ser feitas atravs do email: [email protected]

    Importante ressaltar que as consultas e orientaes gerais no tero nus para o Auxiliar de Administrao Escolar. No entanto, se houver necessidade de ajuizamento de ao, o valor bem como a forma de pagamento sero acertados diretamente entre o Escritrio Advocatcio e o Auxiliar de Administrao Escolar, de acordo com a tabela que parte integrante do convnio firmado.

    Contato com o escritrio

    E-mail: [email protected] Tel: (31) 3303-5500Rua Santa Catarina, 875, Bairro Lourdes

  • 19

    CARTILHA DIREITO PREVIDENCIRIO

    O que Direito Previdencirio

    um ramo do direito pblico, cujo objetivo o estudo e a regulamentao do instituto da seguridade social.

    De acordo com Srgio Pinto Martins, Seguridade Social : um conjunto de princpios, de regras e de instituies destinado a estabelecer um sistema de proteo social aos indivduos contra contingncias que os impeam de prover as suas necessidades pessoais bsicas e de suas famlias, integrado por aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, visando assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    As principais fontes do Direito Previdencirio so:

    Constituio Federal de 1988 (arts. 193 a 204);Lei n 8.212/91 - Seguridade Social;Lei n 8.213/91 - Benefcios Previdencirios.

    Segurados do Regime Geral da Previdncia Social - RGPS

    Definio: Os segurados so beneficirios da proteo previdenciria e contribuintes da previdncia social. A proteo da Previdncia para os segurados decorre de ato prprio, pelo exerccio da atividade laborativa remunerada para os segurados obrigatrios, e pelo recolhimento das contribuies para os segurados facultativos. Por essa razo que se diz que so beneficirios diretos da Previdncia social.

    Os dependentes no precisam contribuir com a previdncia social, estes so apenas beneficirios, pois a proteo no decorre de ato prprio, mas da qualidade de segurado daqueles de quem dependem economicamente.

    Segurados obrigatrios

    Os segurados obrigatrios so as pessoas fsicas que exercem atividade laborativa remunerada, exceo dos ocupantes de cargos efetivos permanentes de regime prprio de previdncia social, ou pessoas que, no exercendo trabalho remunerado, filiam-se Previdncia por meio de

  • 20

    contribuies (segurados facultativos).

    Dessa vinculao do Segurado Previdncia Social nasce obrigao contributiva para o Segurado e o dever de proteo (concesso de benefcios e servios) para o ente segurador (INSS).

    Salrio de contribuio

    Conceito: a base de clculo das contribuies vertidas ms a ms pelos segurados.

    Limites:Salrio de Contribuio 2015 Alquotas (%)at 1.399,12 8%de 1.399,13 at 2.331,88 9%de 2.331,89 at 4.663,75 11%

    Ateno: O valor mximo do INSS do segurado empregado R$ 513,01

    Tipos de Salrio de Contribuio 2015 Alquotas (%) Limite (R$) *

    Empresrios (contribuio sobre o pr-labore) 11% (desconto na fonte) R$ 513,01

    Autnomos (recebimentos de pessoas fsicas) 20% R$ 932,75

    Autnomos (recebimentos de pessoas jurdicas) 11% (desconto na fonte) R$ 513,01

    Contribuintes Individuais e Facultativos (Decreto 6042/2007) 11% R$ 86,68

    Desconto na fonte: o empresrio ou autnomo deve constar na GFIP.

    * Limite para pagamento do salrio mximo de contribuio: R$ 4.663,75

    Nota: os valores das tabelas acima so atualizados anualmente, por ocasio do reajuste do salrio mnimo. Portanto, para saber os valores aplicados para o ano de 2016 e subsequentes, deve ser feita consulta no site da Previdncia Social ou em jornais, na pgina de indicadores econmicos.

  • Beneficirios do REGIME GERAL DE PREVIDNCIA SOCIAL

    Beneficirio da Previdncia Social todo aquele que pode ser contemplado com algum beneficio previdencirio. So, ento, os segurados e seus dependentes.

    Os dependentes dos segurados podem beneficiar-se das prestaes disponibilizadas pelo Regime Geral de Previdncia Social, sem que para isso tenham contribudo para a Previdncia, pois so favorecidos pelos recolhimentos dos segurados dos quais dependem.

    No Regime Geral da Previdncia Social h dois tipos de beneficirios, os prprios segurados e os seus dependentes.

    Segurados obrigatrios: quando exercem atividade remunerada vinculada ao Regime Geral de Previdncia Social - RGPS. Exemplos: empregado, empregado domstico, trabalhador avulso, contribuinte individual (empresrios, autnomos e equiparados a autnomos) e segurado especial (produtos, arrendatrio rural, pescador artesanal, etc). Eles, juntamente com seus dependentes, tm direito aos benefcios pecunirios (aposentadorias, penses, auxlios, salrio-famlia e salrio-maternidade) e aos servios (reabilitao profissional e servio social).

    Para ser segurado obrigatrio do RGPS necessrio que seja pessoa fsica e que exera uma atividade remunerada e lcita.

    A idade mnima para filiar-se ao RGPS 16 anos e 14 anos no caso de menor aprendiz.

    Segurados facultativos: os segurados facultativos so aqueles que no tm obrigao de recolher contribuies por no exercerem atividade remunerada, mas contribuem facultativamente para a Previdncia. o caso da dona-de-casa, do sndico no remunerado, do estudante, do desempregado, do bolsista ou estagirio, etc.

    Assim, poder filiar-se como segurado facultativo do RGPS, o maior de 16 anos que no seja segurado obrigatrio e no esteja vinculado a nenhum outro regime previdencirio.

    Vale mencionar que os segurados facultativos dependem da inscrio e do pagamento da contribuio para se filiarem ao RGPS.

    21

  • 22

    Dependentes: so aqueles que dependem financeiramente do segurado e que passam a receber algum dos benefcios da Previdncia Social por ocasio de alguma situao ocorrida com o segurado. Os benefcios destinados aos dependentes so: penso por morte, auxlio recluso, reabilitao profissional e servio social.

    So dependentes na Previdncia Social:

    a) Primeira classe: o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido;

    b) Segunda classe - os pais;

    c) Terceira classe - o irmo, no emancipado de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido;

    Os dependentes da primeira classe tm a dependncia econmica em relao ao segurado presumida pela legislao, exceto os equiparados a filho (enteado e tutelado). Os dependentes da segunda e terceira classe devem comprovar a dependncia econmica para ter direito aos benefcios previdencirios.

    Manuteno e perda da qualidade de segurado

    Tm garantida a manuteno da qualidade de segurado, independentemente de contribuio:

    a) sem limite de prazo, quem estiver em gozo de beneficio;

    b) at 12 meses aps a cessao de benefcio por incapacidade (auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez), ou aps a cessao das contribuies, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao;

    c) at 12 meses aps a cessao da segregao, o segurado acometido de

    doena de segregao compulsria;

    d) at 12 meses aps o livramento ou fuga, o segurado detido ou recluso;

    e) at trs meses aps o licenciamento, o segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar;

  • 23

    f ) at seis meses aps a interrupo das contribuies, o segurado facultativo;

    Durante o perodo de graa, o segurado pode obter todos os benefcios previdencirios, exceto o salrio-maternidade para as empregadas gestantes despedidas sem justa causa e o salrio-famlia.

    O reconhecimento da perda de qualidade de segurado ocorrer no dia

    seguinte ao do vencimento da contribuio do contribuinte individual relativa ao ms imediatamente posterior ao trmino dos prazos fixados.

    Carncia: (art 24-27)

    Perodo mnimo de contribuies mensais para que o segurado tenha direito a algum benefcio. Os perodos so:

    a) 180 contribuies mensais para aposentadoria por idade, tempo de servio ou especial;

    b) 12 contribuies mensais para aposentadoria por invalidez e auxlio doena;

    c) 10 contribuies mensais para salrio maternidade nos casos de seguradas na modalidade contribuinte individual, especial ou facultativa.

    No h perodo de carncia para: penso por morte, salrio famlia, auxlio doena, auxlio acidente, auxlio recluso e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de no trabalho.

    Para efeito de contagem das contribuies, considera-se a data de filiao

    ao RGPS.

    Salrio Benefcio: (art 29)

    a base do clculo dos benefcios, sendo que a partir dele que se calcula qual ser o valor da renda mensal valor efetivamente recebido - do segurado. Em alguns casos, sofre influncia do fator previdencirio, que uma frmula que leva em conta o tempo de contribuio, de idade e a expectativa de sobrevida.

  • 24

    Benefcios:

    Aposentadoria por invalidez

    O beneficirio deve apresentar incapacidade permanete ao trabalho, passando pela percia tcnica do INSS. O perodo de carncia de 12 contribuies mensais. A renda mensal do segurado compreender 100% do salrio benefcio. Este benefcio poder ser suspenso caso o beneficirio no comparea s percias realizadas pelo INSS ou quando intimado realiz-la eventualmente, ou ainda t-la cessada, caso recupere a capacidade laborativa.

    Este benefcio pode ainda ser acrescido em 25%, caso seja comprovada a

    necessidade de cuidados permanentes de terceira pessoa.

    Aposentadoria por idade

    Para esta modalidade, os homens devem ter 65 anos de idade e as mulheres 60 anos de idade. O perodo de carncia de 180 contribuies (15 anos), tendo como renda mensal 70% do salrio benefcio acrescido de 1% a cada 12 contribuies realizadas. Somente poder ser cessada em caso de morte do beneficirio.

    Aposentadoria por tempo de contribuio

    Tem direito esta aposentadoria o homem que houver realizado contribuies mensais pelo perodo de 35 anos, ou 30 anos, caso mulher. H a reduo em 05 anos para a aposentadoria para os professores do ensino fundamental e mdio. A renda mensal compreende 100% do salrio benefcio e somente ser cessada com a morte do segurado.

    Aposentadoria especial

    O segurado que trabalhe exposto agentes nocivos, poder se aposentar em 25, 20 ou 15 anos, a depender da nocividade do agente. Possui carncia de 180 contribuies mensais, o beneficirio receber 100% das contribuies mensais, podendo perd-la caso retorne ao trabalho que o exponha nocividades.

  • 25

    Aposentadoria rural

    A aposentadoria devida a todo trabalhador rural, pequeno agricultor, arrendatrio e meeiro que atue no campo, para o sustento prprio ou o de sua famlia.

    Assim, somente os agricultores que cultivem pequenas propriedades rurais,

    conforme os parmetros da economia familiar podem requerer esse benefcio. Por exemplo, se um agricultor tiver empregados, ele no poder solicitar a aposentadoria rural.

    Para ter direito aposentadoria rural, os agricultores familiares e trabalhadores rurais devem preencher dois requisitos: ter idade mnima de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens e ter no mnimo 15 anos de tempo de servio comprovados.

    E ateno: essa carncia diz respeito ao tempo de trabalho, de atividade no campo, e, portanto, ela no est relacionada ao tempo de contribuio para Previdncia Social. Essa uma caracterstica importante, que diferencia o trabalhador rural dos demais segurados que querem se aposentar. Os trabalhadores em geral precisam comprovar o tempo de contribuio.

    Ainda sobre o prazo de carncia, se o trabalhador tiver se filiado Previdncia Social antes do dia 24 de julho de 1991, esse prazo menor. De toda forma, o INSS mantm uma tabela, com a qual feito o clculo de tempo para cada situao.

    E como um trabalhador poderia comprovar a prtica da atividade rural? Vamos, ento, citar alguns dos documentos que so aceitos pelo INSS com essa finalidade: contrato de arrendamento, de parceria ou de comodato rural; comprovante de cadastro de Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA); bloco de notas de produtor rural ou notas fiscais de venda por produtor rural; comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural ou de Certificado de Cadastro de Imvel Rural, tambm fornecido pelo INCRA; e autorizao de ocupao temporria fornecida pelo INCRA.

    Tambm pode ser aceita pelo INSS uma declarao feita pelo Sindicato Rural, desde que ele seja vinculado ao Sistema da Confederao Nacional da Agricultura (CNA).

  • 26

    Aposentadoria por Idade Hbrida

    A Lei 11.718/08 introduziu no sistema previdencirio brasileiro a aposentadoria por idade hbrida, que permite ao segurado mesclar o perodo urbano com o perodo rural para completar a carncia mnima exigida. Nesta seara, a partir de tal determinao legislativa, desde que se tenha a idade do trabalhador urbano, abriu-se a possibilidade de se somar atividade urbana e rural para fins de completar a carncia necessria aposentadoria por idade, inclusive para atividades rurais realizadas aps a lei 8.213/91.

    Ressalte-se um grande avano na legislao no sentido de buscar trazer um pouco mais de dignidade principalmente aquele trabalhador que em decorrncia de falta de oportunidades no campo, migrou para as cidades urbanas e at ento, ou se aposentava por idade na atividade urbana ou na atividade rural, esta com reduo de idade, sendo que era vedada a somatria de tais atividades para efeitos de carncia. Dessa forma restavam de fora da cobertura previdenciria, aqueles segurados, como dito anteriormente rural, mas que se dirigiam cidade, dedicando-se ao trabalho urbano na tentativa de uma vida melhor, mas que no completaram a carncia nesta atividade.

    Salrio-famlia

    Havendo filho menor de 14 anos ou invlido, o segurado de baixa renda nas modalidades de trabalhador avulso, empregado ou aposentados a partir de 65 anos se homem e 60, se mulher, tem direito a este benefcio, que ser de acordo com a tabela abaixo de acordo com a quota por filho. Este benefcio cessado com:

    I) Morte do filho; II) Filho completar 14 anos, salvo se invlido; III) Recuperao da sade do filho invlido ou;IV) Desemprego do segurado ou trmino do trabalho avulso.

    2015 - Salrio Valor unitrio da quota (por filho)at R$ 725,02 R$ 37,18

    de R$ 725,03 at R$ 1.089,72 R$ 26,20acima de R$ 1.089,73 -

  • Nota: os valores da tabela acima so atualizados anualmente, por ocasio do reajuste do salrio mnimo. Portanto, para saber os valores aplicados para o ano 2016 e subsequentes, deve ser feita consulta no site da Previdncia Social ou em jornais, na pgina de indicadores econmicos.

    Salrio-maternidade

    o benefcio pago segurada empregada, a trabalhadora avulsa, a empregada domstica, a segurada especial, a contribuinte individual, facultativa e segurada desempregada, que se encontra afastada de sua atividade profissional por motivo de parto, aborto no criminoso e adoo. A renda mensal ser:

    I) Segurada empregada: valor referente ao ms de afastamento; II) trabalhadora avulsa: correspondente ultima remunerao; III) Empregada domstica: ltimo salrio-contribuio; IV) Segurada Especial: 01 salrio mnimo; V) Contribuinte individual e facultativa: um doze avos (1/12) da soma dos

    doze ltimos salrios de contribuio. VI) Segurada desempregada: mdia dos ltimos 12 salrios de contribuio.

    O benefcio cessar em 120 dias depois do parto; 02 semanas depois do aborto no criminoso e entre 30 120 dias, nos casos de adoo.

    Auxlio-doena

    Tem direito a este benefcio o segurado que encontra-se incapaz ao trabalho por mais de 15 dias consecutivos. H o perodo de carncia, que de 12 contribuies mensais e a renda mensal ser de 91% do salrio benefcio. O benefcio suspenso caso o segurado no comparea percia ou quando convocado eventualmente pelo INSS ou tem ele cessado quando da recuperao da sade para o trabalho.

    Auxlio-acidente

    Benefcio concedido aos segurados nas modalidades empregados, trabalhadores avulsos e especiais, que sofram acidente de qualquer natureza que reduza a capacidade laborativa. A renda mensal ser de 50% do salrio benefcio, podendo inclusive, ser inferior ao salrio mnimo. O auxlio cessado em caso de aposentadoria ou pela morte do segurado.

    27

  • 28

    Penso por morte

    No havendo carncia, devido aos dependentes de todos os segurados que venham a falecer, tendo como renda mensal 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela que teria direito caso tivesse aposentado por invalidez. O benefcio suspenso caso o dependente invlido no comparea percia do INSS ou cessado quando da morte do pensionista; Dependente completar 21 anos, salvo se invlido ou quando o pensionista invlido seja cessada a invalidez.

    Habilitao e reabilitao profissional

    Pessoas com deficincia e pessoas que ficaram incapacitadas para o trabalho tm direito de receber cursos, treinamentos, orientaes e direcionamentos para que possam buscar novos empregos, de acordo com sua capacidade. Podem, ainda, receber uma srie de equipamentos para este recomeo, tais como prteses e instrumentos para auxlio na locomoo, por exemplo.

  • 29

    DIREITO PREVIDENCIRIO EM DISCUSSO

    Desaposentao: justia aos aposentados que trabalhamAposentados que continuaram trabalhando aps a sua aposentadoria,

    visando a complementao da renda, podem realizar a desaposentao para efeito de uma aposentadoria mais vantajosa, sem devoluo de valores, conforme deciso do STJ. Porm, muitos desses aposentados trabalhadores no tm cincia dessa possibilidade.

    A inovao concretizada pelo STJ acompanha a realidade social e do mercado corporativo. Isso porque, ao mesmo tempo em que o brasileiro tem aproveitado a longevidade para empreender, as empresas tm investido no capital intelectual de pessoas com mais de cinqenta anos.

    Por exemplo: um segurado se aposentou aos 65 anos de idade, com 40 anos de contribuio, mas permaneceu trabalhando por mais 5 anos antes de decidir efetivamente parar de trabalhar. Esse segurado quer, agora, aproveitar esses novos 5 anos de contribuio vertidos aps uma primeira aposentadoria.

    Atualmente, h pendncia de julgamento pelo STF, mas possvel acreditar que a deciso seja favorvel aos segurados, seguindo a linha de raciocnio do STJ. Alm disso, se consolidada pelo STF, a desaposentao acompanharia a tendncia social e de mercado do pas, forando os legisladores a regulamentarem a matria.

    Acrscimo de 25% na aposentadoria dos que dependem da assistncia de terceiros

    O artigo 45 da Lei n. 8.213/91 prev o acrscimo de 25% na aposentadoria por invalidez para o segurado que necessitar da assistncia permanente de outra pessoa.

    Apesar de o INSS entender se tratar de um direito restrito s aposentadorias por invalidez, os aposentados vm buscando o Poder Judicirio visando a extenso deste aos demais tipos de aposentadoria.

    Com base nos conceitos acima expostos, em deciso recente, o Tribunal Regional Federal da 4 Regio, entendeu pelo acrscimo de 25% ao benefcio de um aposentado pelo Regime Geral da Previdncia Social (RGPS) que

  • 30

    posteriormente concesso da aposentadoria se tornou invlido, necessitando da ajuda permanente de terceiros.

    A difuso deste entendimento do Poder Judicirio importante aos aposentados, vez que doenas crnicas e degenerativas em geral aparecem na velhice, o que faz com que os mesmos tenham necessidade de auxlio de terceiro.

    Inclusive, tramita no Senado o Projeto de Lei 493/2011, de autoria do Senador Paulo Paim (PT/RS), que pretende corrigir a desigualdade j relatada, atravs da garantia do acrscimo de 25% aos demais aposentados que vierem a depender de auxlio permanente.

    Neste sentido, entendemos no haver diferena entre a concesso do plus na aposentadoria por invalidez ao segurado, que necessite de assistncia permanente de outra pessoa com doena preexistente, ou para aquele que sofra de doena diagnosticada aps a concesso de qualquer outra modalidade de aposentadoria do RGPS, desde que esta doena faa com que ele necessite da assistncia permanente de outra pessoa.

    A extino do fator previdencirio aos educadores com funes de magistrio e de educao infantil

    Educadores podem comemorar! Aos poucos o Brasil, atravs dos seus Tribunais Regionais Federais e Superiores, esto demonstrando uma grande evoluo quanto ao tratamento dado aos trabalhadores que exercem funes de magistrio e educao infantil, reconhecendo o direito excluso do fator previdencirio em suas aposentadorias devido ao desgaste da atividade exercida.

    Ressalte-se que a aposentadoria do professor est prevista constitucionalmente no artigo 201, 8, da Constituio Federal, a qual j detm tratamento especial, diante da reduo de cinco anos no tempo de contribuio exigido.

    Por isso, o educador que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio, bem como educao infantil, no ensino fundamental e mdio, ter uma reduo no tempo de contribuio, fazendo jus a sua aposentadoria aos 30 (trinta) anos de contribuio, se homem, ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuio, se mulher, nos moldes da Constituio Federal. Frisa-se que os professores de universidades, ps-graduaes,

  • 31

    mestrados, doutorados, cursinhos, bem como servidores regidos pelo Regime Prprio no fazem jus a este benefcio.

    Cumpre ressaltar que com a alterao da Lei 11.301/06, foram ampliadas as funes de magistrio, o qual abrange no s os professores, mas tambm incluem os diretores de unidade escolar e as atividades de coordenao e assessoramento pedaggico.

    Ocorre que, atualmente, a Previdncia Social realiza os clculos da Renda Mensal Inicial das aposentadorias por tempo de contribuio com a aplicao do fator previdencirio, nos termos do artigo 29, da Lei n. 8.213/1991 cumulado com o Decreto n. 3.048/1999, causando um grande prejuzo aos trabalhadores de uma maneira geral. Isso se d pelo fato de que o Fator Previdencirio leva em considerao a idade, tempo de contribuio e expectativa de vida.

    Porm, h de se destacar que os educadores so submetidos aos agentes nocivos estresse e postura desgastante, sendo que a aplicao do Fator Previdencirio revela-se uma penalidade. Isso acaba acarretando ao educador continuar a atividade de magistrio em condies desgastantes e insalubres de trabalho, o que um retrocesso s protees constitucionais que visam retirada do professor das salas de aula mais cedo que os demais profissionais.

    Nesse sentido os Tribunais Regionais Federais da 3 e 5 Regies tm equiparado as aposentadorias dos educadores com a aposentadoria especial, de forma que nas duas situaes h reduo do tempo exigido para a concesso da aposentadoria sem a incidncia do fator previdencirio. No diferente tambm esse entendimento junto ao Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justia.

    Portanto, cabe ao educador fazer valer os seus direitos e lutar por uma aposentadoria mais justa, pois os entendimentos jurisprudenciais e as interpretaes das normas constitucionais e previdencirias, acarretam ao segurado professor e educador o direito de revisar seu benefcio, com a excluso do fator previdencirio, respeitando o prazo decadencial de 10 anos, bem como a prescrio das diferenas atrasadas dos ltimos 5 (cinco) anos.

    Saque FGTS estende para doenas no previstas em Lei

    Uma boa notcia aos sindicalizados do SAAEMG que possuem algum tipo de doena e que necessitam realizar saque junto ao FGTS para complementar

  • 32

    a renda do seu tratamento.

    Deciso indita do Tribunal Regional Federal da 4 Regio deu provimento ao recurso do Ministrio Pblico Federal, ampliando as hipteses de levantamento do Fundo pelos trabalhadores e por seus dependentes.

    Para se ter uma ideia foram includas nas hipteses de saque no FGTS

    algumas doenas como a tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose, artrite reumatide severa, hepatite crnica tipo C, lupus eritematoso sistmico, etc.

    De acordo com a prpria relatora do processo essas patologias se afiguram

    incapacitantes e/ou penosas e so administradas com custos to elevados quanto s demais doenas cuja manuteno se encontra reconhecida pela lei como causa autorizadora do levantamento do saldo da conta do FGTS.

    Portanto, voc sindicalizado do SAAEMG que se enquadre em algumas das doenas acima citadas, lute e faa valer os seus direitos por uma dignidade maior na realizao do seu tratamento, sem a necessidade de se valer de emprstimos, bem como eventuais surpresas desagradveis nesse momento to difcil em sua vida.

    Acerto de vnculo previdencirio em decorrncia de sentena ou acordo na Justia do Trabalho

    Uma boa notcia aos sindicalizados do SAAEMG que tiveram sentena trabalhista favorvel e/ou realizaram acordo na Justia do Trabalho, pois esses podem e devem pleitear o acerto de vnculo no seu extrato previdencirio junto ao INSS para ter uma base de clculo mais vantajosa quando do requerimento de algum benefcio previdencirio.

    Na sentena trabalhista ou na homologao do acordo o juiz do trabalho deve realizar a discriminao da natureza jurdica das parcelas pleiteadas, bem como definir a responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuio previdenciria.

    Diante da grande atuao dos juzes trabalhistas, em busca do recebimento das contribuies previdencirias, tem feito com que a Justia do Trabalho, nos ltimos anos, se transformasse numa verdadeira mquina arrecadadora

  • em favor do INSS.

    Entretanto, o INSS, na grande maioria das vezes, insiste em no realizar o acerto do vnculo previdencirio nas sentenas e, principalmente, nos casos de homologao de acordos na esfera trabalhista, como prova nica do tempo de servio para fins de concesso de benefcios, nos termos do Enunciado n. 4, do Conselho de Recursos da Previdncia Social. Isso tem se tornado grande parte em indignao por parte dos magistrados trabalhistas, pois sentem total desprezo por parte do INSS as suas decises. Entretanto, nas vias judiciais, a maioria dos Tribunais Regionais Federais reconhecem a possibilidade de acerto de vnculo nas sentenas e acordos proferidos na justia do trabalho.

    Para pleitear o acerto junto ao INSS, o trabalhador segurado, aps ter seu processo finalizado (chama-se de transitado em julgado) deve dirigir-se ao INSS e abrir um processo administrativo para ter o que foi ganho na justia averbado. Quem titular de algum benefcio deve requerer uma reviso e quem no tem benefcio deve requerer uma averbao ou alterao de seus dados no INSS.

    Em caso de indeferimento pelo INSS do pedido de acerto do vnculo junto ao extrato previdencirio, deve-se procurar um profissional qualificado com o intuito de partir para as vias judiciais, pois em alguns casos a diferena do benefcio com o acerto do vnculo, pode chegar at 60% a mais no benefcio.

    Um exemplo prtico interessante seria um trabalhador aposentado, que

    recebe cerca de R$750,00 de benefcio previdencirio, entretanto possui uma sentena trabalhista favorvel que aumentou o seu salrio atravs de uma equiparao salarial em, pelo menos, R$300,00 durante um perodo de 18 meses.

    Com o acerto do vnculo em seu extrato previdencirio, bem como dependendo das suas outras contribuies a serem consideradas no novo clculo, seu novo benefcio pode chegar ao patamar de cerca de R$1.200,00, restando uma diferena de R$ 450,00 a maior todos os meses.

    Portanto, voc sindicalizado do SAAEMG que se enquadre nas situaes acima, lute e faa valer os seus direitos por um benefcio correto ou at mesmo uma aposentadoria mais justa.

    33

  • Limbo Previdencirio. O que fazer?

    Um assunto que vem gerando grande discusso a situao em que o empregado doente afastado pela previdncia social, recebe alta mdica da percia, mas ao se apresentar na empresa esta no aceita o seu retorno por entender que ele no rene condies de sade para retornar, orientando o empregado a procurar novamente o INSS.

    O empregado fica ento em uma situao que a jurisprudncia tem classificado como limbo previdencirio. Essa situao tem ocorrido com grande frequncia, colocando muitos trabalhadores com dificuldades para se afastar ou retomar a sua atividade profissional.

    A grande diferena de focos entre os profissionais uma das causas do problema, pois a percia do INSS dirigida por conceito da legislao previdenciria, com base em relato do mdico assistente e seu exame clnico, sem considerar o ambiente de trabalho e a atividade especfica. Ele no conhece o ambiente e a atividade de trabalho.

    Ainda existem vrias CIDs (Classificao Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade) para cada enfermidade, que deveriam traduzir a graduao de gravidade da patologia. O uso incorreto pode interferir nos resultados das percias.

    Existem decises judiciais dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em processos em que o funcionrio teve negado o benefcio do INSS. A empresa no proporcionou a realocao ou no permitiu a volta ao trabalho. Isso tem convergido na responsabilizao da empresa. Alm dos salrios e demais verbas, as companhias podem ser condenadas inclusive a pagar danos morais.

    Isso tem ocorrido principalmente pelo procedimento do INSS de alta programada, a qual se trata de nova poltica para reduzir o nmero de beneficirios do auxlio-doena.

    O fato que se o empregado no tiver condies de exercer funo alguma na empresa, o mdico do trabalho deve fornecer carta de encaminhamento com atestado de incapacidade para solicitao de novo pedido de benefcio em outro posto do INSS, preferencialmente de menor movimento, face ao

    34

  • nmero inferior de concesses benefcios, o que possibilita maior possibilidade de xito.

    Portanto, voc sindicalizado do SAAEMG que se enquadra nessa situao, faa valer os seus direitos. Procure um advogado qualificado para mais informaes e orientaes, pois fato que as decises judiciais tem favorecido a classe trabalhadora.

    Planejamento Previdencirio. Exemplos Prticos

    inegvel o momento histrico-demogrfico pelo qual o Brasil comea a enfrentar. O envelhecimento da populao brasileira j realidade e, certamente, desafios esto por vir. As tecnologias contra o envelhecimento, os estilos de vida mais saudveis e o retorno dos idosos ao mercado de trabalho tm realado cada vez mais a importncia de se planejar a aposentadoria.

    Um exemplo prtico bem interessante seria de um segurado homem com cerca de 51 anos de idade e 35 anos de contribuio. Pretende se aposentar por tempo de contribuio junto ao INSS e, atualmente, possui um salrio na ativa de cerca de R$2.700,00.

    Pela aplicao do fator previdencirio em sua aposentadoria, seu salrio de benefcio reduzir quase 60% passando para cerca de R$1.600,00.

    Porm, caso este trabalhador permanecesse na ativa por mais 10 anos, e contribuindo nesse perodo, a incidncia do fator previdencirio seria positiva a sua aposentadoria, o que faria com que o seu salrio de benefcio ficasse num valor aproximado de R$3.150,00, acima do que ele ganha atualmente.

    Se considerarmos que uma parte da sua renda ser paga pelo sistema de previdncia social, o patrimnio acumulado dever gerar uma renda para completar o restante. Estamos falando de renda lquida, ou seja, aquele valor que podemos dispor para pagar as contas.

    O que percebemos que o brasileiro est vivendo cada vez mais. A expectativa de vida dos brasileiros nascidos em 2013 de 74,8 anos. Esse mesmo estudo do IBGE divulgado em 2013 indica que o Pas ter 5 milhes de idosos com idade de 90 anos ou mais em 2060, atingindo a expectativa de vida mdia de 81,2 anos (78 anos para homens e 84,4 anos para mulheres).

    35

  • 36

    Portanto, voc sindicalizado do SAAEMG procure um profissional qualificado para realizao do seu planejamento previdencirio, pois com essa perspectiva, torna-se muito importante e os jovens devem comear a se preocupar em acumular a poupana necessria para viver com conforto no futuro.

    Conhea mais sobre a Aposentadoria Especial

    H sempre a discusso sobre quais atividades deveriam se beneficiar do regime de aposentadoria especial. Vrias so as profisses que de alguma forma ou outra se submetem a agentes perigosos ou nocivos sade, sejam eles fsicos, qumicos ou biolgicos. A exposio deve ser habitual e contnua, no sendo preciso que o segurado fique exposto o tempo todo aos chamados agentes biolgicos, mas sim em perodo razovel da jornada.

    A vantagem que esse benefcio no tem o desconto do fator previdencirio. Alm disso, homens e mulheres podem se aposentar com menos tempo.

    Diante de questionamentos que recebemos a respeito, elencaremos, constantemente, casos em que a Justia considerou o pedido de aposentadoria especial, muitas vezes reconhecido por peritos e assistentes tcnicos no processo judicial.

    No mbito da sade, por exemplo, recentemente foi reconhecido como exerccio de atividade especial o trabalho como auxiliar em banco de sangue em ambiente hospitalar, a partir da comprovao da exposio habitual e permanente a agentes biolgicos. Outro exemplo o exerccio da funo de tcnico em laboratrio qumico, tcnico em laboratrios de anlises e tcnico de radioatividade, com atividades que envolvem a manipulao de reagentes qumicos como cidos, bases e metais.

    J no setor da educao, os tribunais tm equiparado as aposentadorias dos educadores com a aposentadoria especial, havendo a reduo do tempo exigido para a concesso da aposentadoria sem a incidncia do fator previdencirio. Neste caso, foram ampliadas as funes de magistrio, o qual abrange no s os professores, mas tambm incluem os diretores de unidade escolar e as atividades de coordenao e assessoramento pedaggico.

    O Fundo de Amparo ao Associado SAAEMG, ou simplesmente FAA, uma iniciativa do Sindicato que teve incio em 2012 e, desde ento, segue contribuindo com Auxiliares de Administra-o Escolar e seus dependentes em momentos conturbados.

    O FAA composto por dois benefcios: o Complemento Previdenci-rio e o Auxlio-Funeral. O primeiro benefcio complementa em at 30% o valor recebido a ttulo previdencirio (INSS), por at trs meses no ano, desde que sua natureza seja exclusivamente o auxlio-doena cdigo 31, favorecendo o Auxiliar de Administrao Escolar que se encontra afastado do servio e que esteja recebendo quantia inferior aquela que receberia no caso de estar trabalhando.

    J o auxlio-funeral destinado em caso de falecimento do associa-do do SAAEMG, cabendo ao dependente legal do falecido recorrer ao Sindicato, que estabelecer o pagamento mximo de at quatro salrios mnimos nacionais vigentes na poca do falecimento.

    Para mais esclarecimentos, o contato pode ser feito pelo [email protected] ou pelo telefone (31) 3057 8212

    Fundo de Amparoao Associado SAAEMG

    Fundo de Amparo ao Associado SAAEMG

  • O Fundo de Amparo ao Associado SAAEMG, ou simplesmente FAA, uma iniciativa do Sindicato que teve incio em 2012 e, desde ento, segue contribuindo com Auxiliares de Administra-o Escolar e seus dependentes em momentos conturbados.

    O FAA composto por dois benefcios: o Complemento Previdenci-rio e o Auxlio-Funeral. O primeiro benefcio complementa em at 30% o valor recebido a ttulo previdencirio (INSS), por at trs meses no ano, desde que sua natureza seja exclusivamente o auxlio-doena cdigo 31, favorecendo o Auxiliar de Administrao Escolar que se encontra afastado do servio e que esteja recebendo quantia inferior aquela que receberia no caso de estar trabalhando.

    J o auxlio-funeral destinado em caso de falecimento do associa-do do SAAEMG, cabendo ao dependente legal do falecido recorrer ao Sindicato, que estabelecer o pagamento mximo de at quatro salrios mnimos nacionais vigentes na poca do falecimento.

    Para mais esclarecimentos, o contato pode ser feito pelo [email protected] ou pelo telefone (31) 3057 8212

    Fundo de Amparoao Associado SAAEMG

    Fundo de Amparo ao Associado SAAEMG

  • Diretoria Gesto 2014-2018

    Presidente: Rogerlan Augusta de Morais - UNA - BHVice-presidente: Amaury Alonso Barbosa - PUC-MG / BH

    Diretores

    Anderson Pereira da Silva - PUC / BetimAntnio Rodrigues - UNIFOR / FormigaCarlcio K. Borges Arajo - Pitgoras / Belo HorizonteCcero Barbosa Sobrinho - PUC / Corao Eucarstico - BHDileiza Cndido de Souza - Anhaguera / Belo HorizonteErnani Silvio dos Santos - Col. Santa Marcelina - Belo HorizonteElmo Jos do Carmo Silva - Pitgoras / Belo HorizonteIdlio de Assis Castro - FIDE / ItabiraIsa Cristina Peixoto de Souza - Col. Santo Antnio / Belo HorizonteIrlei Eliseu de Souza - Fund. Universitria de Itana / ItanaJoo Batista da Silveira - Colgio Batista Mineiro / Belo HorizonteJoyce Katherine Silva de Souza - PUC / Barreiro - BHJos Alosio Dias - Col. Arnaldo / Belo HorizonteJos Antnio Drigo - SMC - GTI / Belo HorizonteJos Geraldo Vieira - Col. Santa Maria / Belo HorizonteLeonardo Daniel da Silva - UNA / Belo HorizonteMaria Anglica Rodrigues Souza - UNIPAM - Patos de MinasMarco A. Bizarria Werneck - Colgio Santo Agostinho - Nova LimaMarcos Antnio Ferreira Costa - UNIBH / Belo HorizonteRegiane Cssia Rodrigues dos Santos - PUC / Corao Eucarstico - BHRoberta Mayrink de Azevedo - PUC / So Gabriel - BHRosely Esteves Correia - UNIBH / Belo HorizonteSarah Lilian Macedo Ferreira - Pitgoras / DivinpolisSilvana Oliveira Machado Gonalves - Fund. Mons. Messias - Sete LagoasSilvia Maria Duarte Fernandes - Greenway Greenwich School - BHValdemar Moreira de Carvalho - PUC / Corao Eucarstico - BH

    Conselho Fiscal

    Antenor Jos de Paula - Inst. Educ. Cndida de Souza - BHDavid Raad - PUC / MG - Belo HorizonteIzabel Rosa dos Santos - Inst. Educacional Rouxinol - Belo HorizonteMaria C. Silva - PUC / Corao Eucarstico - Belo HorizonteSalvador Joaquim Quirino - Colgio Batista Mineiro / BH

  • SAIBA COMO ENTRAR EM CONTATO COM O SAAEMG

    SITE: www.saaemg.com.bre-mail: [email protected]: rua Hermlio Alves, 335, bairro Santa Tereza, Belo Horizonte/MGCEP: 31.010-070 | Tel: (31) 3057-8200

    Diretoriae-mail: [email protected]: (31) 3057-8243 / 3057-8244 ou 3057-8245

    Departamento Jurdico Orientao jurdica e homologao de resciso contratual:R. Grafito, n 31, bairro Santa Tereza, Belo Horizonte/Minas GeraisCEP: 31010-120e-mail para tratar de homologao: [email protected] para orientao jurdica: [email protected]: (31) 3057-8221 ou 3057-8222

    Bolsas de Estudoe-mail: [email protected]: (31) 3057-8200 ou 3057-8201

    Setor de expedio e cadastro (associados e instituies de ensino) e emisso de boletose-mail: [email protected]: (31) 2531-8255 ou 2531-8252

    Convnios e Fundo de Amparoe-mail: [email protected]: [email protected]: (31) 3057-8212

    Setor OdontolgicoTel: (31) 3057-8200 ou 3057-8202 | e-mail: [email protected]

    Direito Previdencirio e demais direitos, exceto o trabalhistaIvan Mercdo Moreira Sociedade de AdvogadosRua Santa Catarina, 875 Lourdes - BH - MG - 30170-080Tel: (31) 3303-5519 e [email protected] | www.saaemg.com.br (link jurdico/homologao)

  • Bibliografia

    Para que serve e o que faz o movimento sindical Srie educao poltica do DIAP

    Conveno Coletiva de Trabalho do SAAEMG

    Constituio Federal do Brasil - CF/88

    Lei n 8.212/91 - Seguridade Social

    Lei n 8.213/91 - Benefcios Previdencirios

  • Anotaes

  • Anotaes

  • 44