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Ambulatório do Prematuro - Cartilha do Aluno 1 AMBULATÓRIO DO PREMATURO PUERICULTURA DO BEBÊ PREMATURO – CARTILHA DO ALUNO - Quem somos Profissionais do ambulatório do recém-nascido prematuro de risco da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará em parceria com a Pediatria neonatal da Universidade Federal do Pará, procurando somar esforços para melhorar o desenvolvimento e proporcionar condições para que hoje e no futuro os prematuros e seus familiares possam viver com dignidade. Somos uma equipe multidisciplinar formada por pediatras treinados no atendimento do prematuro, neuropediatra, psicóloga, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, nutricionista, enfermeira, técnico de enfermagem e auxiliar administrativo. Metas: • Colaborar no aprimoramento das Unidades de Internação Neonatais, Ambulatório de Prematuros e Banco de Leite Humano da Universidade Federal do Pará. • Promover o voluntariado • Fornecer suporte social às famílias • Estimular a adesão ao tratamento I - Introdução O prematuro (nascidos com idade gestacional menor que 37 semanas) exige um acompanhamento diferenciado tendo em vista suas particularidades. Geralmente são baixo peso (PN < 2500g), sendo PIG ou AIG, passaram por algum “stress” ao nascimento, tiveram maior probabilidade de “distress” respiratório com possível oxigênio-terapia e suas conseqüências como displasia broncopulmonar e retinopatia da prematuridade, maior risco de hemorragia intracraniana e lesões cerebrais (por isquenia ou pela própria prematuridade); maior risco de anemia e osteopenia da prematuridade; maior risco de cardiopatia (canal

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Ambulatório do Prematuro - Cartilha do Aluno

1

AMBULATÓRIO DO PREMATURO

PUERICULTURA DO BEBÊ PREMATURO

– CARTILHA DO ALUNO -

Quem somos

Profissionais do ambulatório do recém-nascido prematuro de risco da Fundação Santa

Casa de Misericórdia do Pará em parceria com a Pediatria neonatal da Universidade Federal do

Pará, procurando somar esforços para melhorar o desenvolvimento e proporcionar condições

para que hoje e no futuro os prematuros e seus familiares possam viver com dignidade.

Somos uma equipe multidisciplinar formada por pediatras treinados no atendimento do

prematuro, neuropediatra, psicóloga, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudióloga,

terapeuta ocupacional, nutricionista, enfermeira, técnico de enfermagem e auxiliar

administrativo.

Metas:

• Colaborar no aprimoramento das Unidades de Internação Neonatais, Ambulatório de

Prematuros e Banco de Leite Humano da Universidade Federal do Pará.

• Promover o voluntariado

• Fornecer suporte social às famílias

• Estimular a adesão ao tratamento

I - Introdução O prematuro (nascidos com idade gestacional menor que 37 semanas) exige um

acompanhamento diferenciado tendo em vista suas particularidades. Geralmente são baixo

peso (PN < 2500g), sendo PIG ou AIG, passaram por algum “stress” ao nascimento, tiveram

maior probabilidade de “distress” respiratório com possível oxigênio-terapia e suas

conseqüências como displasia broncopulmonar e retinopatia da prematuridade, maior risco de

hemorragia intracraniana e lesões cerebrais (por isquenia ou pela própria prematuridade);

maior risco de anemia e osteopenia da prematuridade; maior risco de cardiopatia (canal

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arterial). Um n° significativo deles desenvolve problemas mais sutis, tais como dificuldade de

aprendizagem, problemas de fala e linguagem.

Os recém-nascidos de risco para alterações de crescimento e desenvolvimento

neuropsicomotor compreendem aqueles com: peso ao nascer inferior a 1.500g, idade

gestacional inferior a 34 semanas, pequenos para idade gestacional, asfixia perinatal, doenças

neurológicas, infecções congênitas, entre outros. O ambulatório interdisciplinar de recém-

nascidos de risco tem como objetivo realizar a intervenção profilática, a detecção e a

terapêutica precoce dos desvios de crescimento e das deficiências motora, visual, auditiva, de

linguagem, mental e cognitiva, com visão global da criança e de sua família.

CONTROLE APÓS ALTA:

Deve ser realizado por volta de 7 días de alta.

Objetivos do primeiro controle:

· Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar o AME

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação do P. E .PC.PT até os 2 anos de

idade corrigida

· Educar os pais sobre os objetivos gerais do seguimento e os papéis que

devem assumir. Programa de apoio familiar.

· Iniciar a estimulação psicomotora.

· Abrir ficha para o prematuro. Este deverá passar na primeira consulta com a

enfermagem, pediatra, assistente social e equipe multidisciplinar.

· Marcar para próximo controle segundo o cronograma de atenção.

PERIODICIDADE DAS CONSULTAS :

ATE UM ANO BIMENSAL

ATE DOIS ANOS QUADRIMENSAL

ACIMA DE 2 ANOS SEMESTRAL(ate idade escolar)

· Avaliar vacinação BCG (> 2Kg), Hapatite B. Também Sabin, DPT e Hib se o

prematuro já possui idade cronológica e peso > 2500g para realizá-la.

· Checar a realização do Teste do pezinho, Teste da orelhinha, Teste do olhinho

e resultados.

· Anotar antropometría e avaliação nutricional na caderneta de controle.

CONTROLE com 40 SEMANAS (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

· Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar o AME.

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· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação Peso. Estatura .PC.PT até os

dois anos de idade corrigida

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação antropometrica.

· Programa de apoio familiar. Avaliar estimulação psicomotora.

· Checar se foi realizado o controle oftalmológico nas 40 semanas. Com o

intuito de avaliar se a maturação retiniana está ocorrendo s/ problemas.

· Checar se foi realizado o controle neurológico. Indicar a estimulação precoce.

· Iniciar suplemento com ferro conforme visto acima, vitaminas A,C,D

(Redoxon ou Cewin 5 gts/dia e Protovit plus 12gts/dia ou Adtil 2 gts/dia.

· Programa de apoio familiar.

· Checar se foi realizado o controle oftalmológico do mês de idade gestacional

corrigida. Com o intuito de avaliar se a maturação retiniana está ocorrendo s/

problemas.

· Avaliar antropometría, estado neurosensorial, respiratório e avaliação

nutricional na carteira de controle.

SINAIS DE BOM PROGNÓSTICO · Aumento de peso, PC e comprimento nos 6 primeiros meses após a alta.

· RNs PIG que apresentam "catch-up" no 1° ano de vida.

· RNs prematuros com episódios intermitentes de crescimento acelerado até os 3 anos de

vida.

· "Catch-up" do crescimento do PC com 6 semanas de idade corrigida.

· PC adequado aos 8 meses de idade corrigida

SINAIS DE ALERTA : · Ganho ponderal insuficiente ou perda > que 10% após a alta.

· Aumento do PC proporcionalmente menor que o peso e comprimento.

· RNs prematuros que não apresentam "catch-up" expressivo ao fim do 1° ano .

· Aumento do PC > 1,75 cm por semana

Exame físico completo

O exame físico completo deve ser realizado na primeira consulta de puericultura do

prematuro. É consenso que o exame físico e seus achados devem ser descritos e

compartilhados com os pais, como forma de facilitar-lhes a percepção das necessidades do

bebê.

O quadro a seguir refere-se a uma adaptação das recomendações do Ministério da

Saúde para exame físico nas primeiras semanas de vida do prematuro.

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Quadro 1. Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido. Ações específicas Peso, estatura e perímetro cefálico

Avaliar comprimento e perímetro cefálico. Avaliar o peso, estatura e PC em relação ao peso ao nascer. É normal uma perda de peso de 10-15% ao nascer e a sua recuperação após o 15o dia de vida. O perímetro cefálico com medidas acima ou abaixo a dois desvios padrões pode estar relacionado a neuropatologias como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, necessitando de melhor avaliação e encaminhamento.

Desenvolvimento social e psicoafetivo

Observar e avaliar o relacionamento da mãe/cuidador e dos familiares com o bebê: como respondem às suas manifestações, como interagem com o bebê e se lhe proporcionam situações variadas de estímulo.

Estado geral Avaliar postura normal do recém-nascido – extremidades fletidas, mãos fechadas e o rosto, geralmente, dirigido a um dos lados. Observar padrão respiratório – presença de anormalidades como batimentos de asas do nariz, tiragem intercostal ou diafragmática e sons emitidos. Avaliar estado de vigília do recém-nascido – avaliar o estado de alerta, sono leve ou profundo e o choro. Identificar sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: pouca diurese, má ingestão (não consegue mamar ou vomita tudo que mama), hipoatividade e letargia. A temperatura axilar normal situa-se entre 36,4o C e 37,2o C. Não necessita ser medida rotineiramente em crianças assintomáticas, exceto na presença de fatores de risco, como hipertermia materna durante o parto.

Face Pesquisar assimetria, malformação, deformidade ou aparência sindrômica.

Pele Observar presença de: 1. edema (se generalizado pensar em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por uso de colóides ou cristalóides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se localizado, sugere trauma de parto). 2. palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica). 3. cianose (se generalizada, pensar em patologias cardiorespiratórias graves; se localizada em extremidades ou região perioral, pensar em hipotermia). 4. icterícia (considera-se anormal quando iniciada nas primeiras 24h ou depois do 7o dia de vida e/ou com duração maior que 1 semana em RN a termo e 2 semanas em prétermo) Pesquisar assaduras, pústulas (impetigo), bolhas palmoplantares (sífilis). Esclarecer a família quanto à benignidade do eritema tóxico.

Crânio Examinar fontanelas: a fontanela anterior mede de 1-4cm, tem forma losangular, fecha-se do 9º ao 18o mês e não deve estar fechada ao nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5 cm e fecha-se até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas. Bossa serossanguínea e cefalohematomas (mais delimitado que a bossa e involui mais

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lentamente) desaparecem espontaneamente. Olhos Reflexo fotomotor – projeta-se um feixe de luz em posição

ligeiramente lateral a um olho. A pupila deve se contrair rapidamente. O teste deve ser repetido no outro olho, devendo ser comparado com o primeiro. Avalia basicamente a estrutura anátomo-funcional. Teste do reflexo vermelho ou Bruckner Test – deve ser realizado na penumbra (para a pupila ficar mais dilatada), com o oftalmoscópio colocado aproximadamente a 50 a 100 cm de distância dos olhos da criança (o importante é que oftalmoscópio ilumine os dois olhos simultaneamente), observando-se o reflexo vermelho nos dois olhos. Se for notado um reflexo diferente entre os olhos ou a presença de opacidade, esta criança deverá ser avaliada por um oftalmologista com urgência, pois poderá ter patologias como: catarata congênita, retinoblastoma ou retinopatia da prematuridade. É importante lembrar que todos os prematuros com 32 semanas ou menos e/ou menores de 1500g devem ser avaliados com dilatação de pupila por oftalmologista na 6ª semana de vida e acompanhados de acordo com quadro clínico, pois o teste do reflexo vermelho detecta retinopatia da prematuridade apenas de grau 5, já com descolamento de retina e sem muito prognóstico visual. Conjuntivites – as pálpebras podem estar edemaciadas (reação ao nitrato de prata a 1% -Crede), e a regressão é espontânea em 24-48h. A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e, principalmente no RN, é importante descartar infecção por gonococo, clamídia e herpes vírus. A conduta correta é de sempre coletar secreção e solicitar bacteriológico e bacterioscópico. A coleta pode ser feita do fundo de saco, com espátula para suabe, e encaminhada ao laboratório de microbiologia em meio de cultura. Deve-se iniciar imediatamente após a coleta tratamento com colírio (tobramicina ou ofloxacina) e, após o resultado, tratar de acordo com agente etiológico. O grande risco é a conjuntivite por gonococo, pois a bactéria pode penetrar na córnea intacta e causar perfuração ocular em 24h. Estrabismo (ou esotropia) e nistagmo lateral são comuns nesta fase, devendo ser reavaliados posteriormente. Os recém-nascidos podem apresentar eventualmente algum tipo de desvio ocular, pois a visão binocular só estará bem desenvolvida entre 3 e 7 meses. Raramente o estrabismo congênito tem seu diagnóstico feito antes dos 6 meses de vida10. A idade ideal para encaminhamento é a partir dos 4 meses.

Orelhas e audição Orientar para a Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) ou “teste da orelhinha”. Observar também implantação, tamanho e simetria das orelhas.

Nariz Avaliar forma e presença de secreção (sífilis) Boca Alterações morfológicas podem representar dificuldade para a pega

durante a amamentação, necessitando suporte e acompanhamentos adequados. Observar úvula, tamanho da língua (macroglossia), palato, freio lingual, coloração dos lábios.

Pescoço Avaliar assimetria facial e posição viciosa da cabeça. O torcicolo

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congênito tem resolução espontânea em 90% dos casos. No entanto, nos casos mais persistentes, pode ser necessária correção cirúrgica (protelada até os três anos de idade).

Tórax Avaliar assimetria – sugere malformações cardíacas, pulmonares, coluna ou arcabouço costal. Palpar clavículas, avaliando se há fraturas que poderiam acarretar diminuição ou ausência de movimentos do braço. A fratura de clavícula é manejada simplesmente prendendo o braço ao tórax para proporcionar conforto ao bebê; tem caráter benigno e ocorre formação de calo ósseo em 2-3 semanas. Orientar involução espontânea de mamas, que podem estar ingurgitadas ou com presença de secreção leitosa (passagem de hormônios maternos). Observar sinais de sofrimento respiratório (tiragens, retração xifoidiana, batimentos de asas do nariz, gemidos, estridor). Contar freqüência cardíaca, que normalmente varia entre 120 a 160 bpm. Observar cianose, abaulamento pré-cordial, turgência jugular, ictus cordis, sopros cardíacos e verificar pulsos.

Abdome Observar respiração, que é basicamente abdominal e entre 40 a 60 irm. Observar a forma do abdômen – se aumentado pode sugerir presença de líquido, distensão gasosa, visceromegalias, obstrução ou perfuração abdominal; se escavado, pode indicar hérnia diafragmática. Diagnosticar a presença de hérnias inguinal e umbilical (os casos de hérnia inguinal têm indicação cirúrgica imediata devido ao risco de encarceramento ou estrangulamento e, nos casos de hérnia umbilical, aguarda-se regressão espontânea até 12 meses, dependendo do tamanho da hérnia)12, diástase dos retos abdominais e agenesia da musculatura abdominal. Verificar a presença de granuloma umbilical após a queda do coto –resolvido com uso de nitrato de prata. Se a região umbilical estiver vermelha, edemaciada e com secreção fétida, indica onfalite e a criança deve ser encaminhada para a emergência.

Genitália Palpar bolsa escrotal para identificar a presença dos testículos. Quando os testículos não forem palpáveis na bolsa escrotal na primeira consulta do recém-nascido, a mãe pode ser orientada que trata-se de uma situação comum, especialmente em prematuros (9,2 a 30%) e que na maioria das vezes os testículos “descem” até os três meses de vida, quando deverá ser reavaliado. Se aos seis meses não forem palpados na bolsa escrotal, a criança deve ser encaminhada para melhor avaliação e tratamento13. O acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo caracteriza hidrocele, que em geral tem regressão lenta com resolução espontânea até os dois anos13. A fimose é fisiológica ao nascimento. Deve-se observar a localização do meato urinário para excluir hipospádia ou epispádia. Na genitália feminina, os pequenos lábios e clitóris estão mais proeminentes. Pode haver secreção esbranquiçada, às vezes hemorrágica, devido à passagem de hormônios maternos, que se resolve espontaneamente.

Ânus e reto Verificar a permeabilidade anal, bem como a posição do orifício. Sistema osteoarticular

Examinar membros superiores e inferiores, a resistência à extensão ou flexão dos membros ou flacidez excessiva e a presença de paralisia. Identificar presença de pé torto, que pode ser desde

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posicional (corrige espontaneamente ou com imobilização) até um pé torto congênito grave, associado inclusive a outras anormalidades congênitas. O exame da flexibilidade do pé ajuda na diferenciação, mas o ideal é encaminhar para o ortopedista para melhor avaliação e escolha do tratamento. Verificar a presença de luxação congênita de quadril através do teste de Ortolani.

Coluna vertebral Examinar toda a coluna, em especial a área lombo-sacra, percorrendo a linha média.

Avaliação neurológica

Observar reflexos arcaicos (sucção, preensão palmo plantar e Moro) que são atividades próprias do recém-nascido a termo, sadio. Observar postura de flexão generalizada e lateralização da cabeça até o final do primeiro mês. Observar presença de movimentos normais e espontâneos de flexão/extensão dos membros. O tônus normal é de semiflexão generalizada.

Avaliar a presença de situações de risco à saúde do recém-nascido.

Situações de risco apontadas pelo MS: residente em área de risco, baixo peso ao nascer (<

2.500g), prematuridade (< 37 semanas gestacionais), asfixia grave ou Apgar menor que 7 no 5o

minuto, internações/intercorrências, mãe adolescente (< 18 anos), mãe com baixa

escolaridade (menos de 8 anos de estudo), história de morte em criança com menos de 5 anos

de idade na família, aleitamento materno suspenso ou misto, gestação gemelar, malformação

congênita, mais de 3 filhos morando juntos, ausência de pré-natal, problemas familiares e

sócio-econômicos que interfiram na saúde da criança, problemas específicos da criança que

interfiram na sua saúde, a não realização de vacinas, identificação de atraso no

desenvolvimento.

Avaliar e orientar aos pais os sinais de perigo na criança menor de 2 meses e a

necessidade de procurar atendimento de emergência

As crianças menores de 2 meses podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo

por infecções bacterianas graves. Sinais que indicam necessidade de encaminhamento ao

serviço de referência com urgência17: criança não consegue beber ou mamar, vomita tudo

que ingere, apresenta convulsões ou apnéia (20 segundos sem respirar), FC abaixo de 100

bpm, letargia ou inconsciência, respiração rápida (> 60 mrm), movimentando-se menos que o

normal, febre (37,5º C ou mais), hipotermia (menos que 35,5o C), tiragem subcostal,

batimentos de asas do nariz, cianose (generalizada) ou palidez importante, icterícia visível

abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida, gemidos, fontanela abaulada, secreção

purulenta do ouvido, umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à pele da parede abdominal)

e/ou com secreção purulenta (indicando onfalite), pústulas na pele (muitas e extensas),

irritabilidade ou dor à manipulação.

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Promover e apoiar o aleitamento materno exclusivo e auxiliar na formação / fortalecimento do vínculo pais-bebê A criança que é alimentada somente com leite materno até os seis meses de vida

apresenta menor morbidade e maiores são os efeitos benéficos à sua saúde. Estimular a

amamentação, orientando a livre demanda (freqüência e duração) e não prescrevendo

desnecessária complementação com outros leites são algumas das orientações que serão

melhor abordadas no item .

A formação ou fortalecimento do vínculo pais-bebê é importante (auxiliar os pais na

percepção das necessidades do bebê e estimulá-los a prover os cuidados necessários). Os

profissionais devem ainda propiciar espaço para o esclarecimento de dúvidas e manifestações

de sentimentos do cuidador em relação ao bebê. Orientar os pais sobre o desenvolvimento

social do bebê pode promover maior vínculo entre eles.

Orientações gerais sobre cuidados com o recém-nascido

A lavagem de mãos por todas as pessoas que têm contato com o nenê deve ser orientada

em todas as visitas de puericultura, com o objetivo de evitar a propagação de vírus causadores

de doenças respiratórias. Orientar o banho, cuidado com o coto umbilical (mantendo-o limpo e

seco), troca de fraldas, prevenção de assaduras, hábitos de sono e diferentes tipos de choro.

Orientar a posição supina (de “barriga pra cima”) para dormir e a sua relação de proteção com

o risco de morte súbita do lactente e a evitar co-leito, para a prevenção de acidentes, como

cair da cama, ser prensado ou sufocado por um dos pais e também para a prevenção de morte

súbita, principalmente em crianças menores de 4 meses em situações com agravantes (quando

os pais têm hábito de ingerir bebida alcoólica, usam medicação para dormir, estão muito

cansados ou são fumantes). Também por segurança, os pais devem ser instruídos a não dormir

com o bebê em sofás ou poltronas. Existem também boas evidências para o aconselhamento

antecipado do choro noturno e os diferentes significados do choro: fome, desconforto, dor.

Durante a avaliação de uma criança cujos pais queixam-se de choro excessivo, os seguintes

aspectos devem ser avaliados: estado geral da criança, história pré-natal e perinatal, momento

de início e duração do choro, hábitos de alimentação, diurese, evacuação, dieta da mãe (se

amamentando), história familiar de alergias, resposta dos pais frente ao choro e fatores que

aliviam ou agravam o choro.

Prevenir acidentes Além das recomendações anteriores de cuidados com o bebê, cuidar a temperatura do

banho (a temperatura ideal da água é de 37ºC) e não deixar a criança sozinha na banheira,

mesmo que com pouca água. Orientar para proteger as grades do berço (a distância entre as

ripas da grade do berço não devem ser superior à 6 cm). Utilizar cobertas leves e travesseiro

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firme para evitar sufocação. Orientar para não aquecer leite materno, fórmula infantil ou

outros líquidos em forno de micro-ondas devido ao risco de escaldamento. Líquidos aquecidos

nestes aparelhos podem ficar mornos na porção mais externa do recipiente, enquanto que no

seu interior, principalmente na parte superior pode estar fervendo.

II - Procedimentos 1- Correção da Idade Gestacional A idade de todo prematuro deve ser corrigida para o termo, sendo considerado o feto de 40

semanas.

O uso da idade cronológica pode não ser adequado para os RN pré-termo, pois implica em

tratá-los de maneira semelhante às crianças nascidas a termo.

_ Para as crianças nascidas antes do termo, o conceito de idade gestacional corrigida

(IGC) ou concepcional corrigida é necessário e se obtém acrescentando a cada semana de vida

pós-natal uma semana à sua idade gestacional.

_ Um RNPT de 32 semanas, por exemplo, após 7 dias de vida teria 33 semanas de IGC e, assim,

se procederia até a 40ª semana, quando deveria nascer.

_ Após a 40ª semana, a correção é realizada em meses, o que possibilita a continuidade da

avaliação do crescimento e desenvolvimento de forma adequada nos primeiros 2 a 3 anos de

vida.

_ Esta proposta é um desafio tanto para explicar às mães, como para ser utilizado nos

serviços de saúde, que, tradicionalmente, iniciam o acompanhamento do crescimento

e desenvolvimento, utilizando a idade cronológica indistintamente para RN pré-termo

ou termo.

_ Na monitorização do crescimento de RN pré-termo são utilizadas curvas adaptadas a

partir da idade gestacional corrigida.

_ Com o uso das curvas tradicionais, próprias para crianças nascidas a termo, é subtraído o

período de tempo compreendido entre a data de sua idade gestacional ao nascer até

completar as 40 semanas, ou seja, o tempo restante que deveria ficar no útero de sua mãe.

_ Somente ao completar as 40 semanas, as suas medidas de peso, comprimento e perímetro

cefálico devem ser avaliadas através da curva de crescimento elaborada com

crianças nascidas a termo.

O Perímetro cefálico deve ser corrigido até 1 ano e 6 meses.

O peso e o DNPM até 2 anos.

A altura deve ser corrigida até 3 anos e 6 meses.

Estes limites de idade se baseiam na época em que a diferença devido a prematuridade passa

a não ter mais importância. Anotar no cartão da criança de acordo com a idade corrigida.

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CRESCIMENTO - PESO - RNPT FEMININO

IG(DUM): ____sem____dias IG(E. clínico): ____sem____dias

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11

COMPRIMENT0 (cm) – FEMININO

PERÍMETRO CEFÁLICO (cm) – FEMININO

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CRESCIMENTO - PESO - RNPT MASCULINO

IG(DUM): ____sem____dias IG(E. clínico): ____sem____dias

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13

COMPRIMENT0 (cm) – MASCULINO

PERÍMETRO CEFÁLICO (cm) - MASCULINO

2- Orientação Alimentar Basear também na idade corrigida devido ao tempo de amadurecimento de vias digestivas. A

cólica do lactente pode durar um pouco mais no prematuro, pois começa com 40 semanas e

termina aproximadamente com 3 meses de idade corrigida.

3- Hérnia Inguinal ® estar mais atento, pois é mais comum neste grupo de crianças.

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4- Suplemento Vitamínico

Um RNT normal, de mãe bem nutrida necessita receber suplemento de vit. D na dose

de 400UI/dia, nos primeiros dois anos de vida, para prevenir o raquitismo carencial, porque a

concentração de vit. D presente no leite humano ou de vaca não é suficiente nessa fase de

crescimento acelerado. Vale lembrar que a vit. D é formada pela exposição da pele ao sol, e

em um país tropical, não haveira necessidade de suplementação. No, entanto, a poluição

ambiental, o inverno, o hábito de agasalhar crianças determinado em pouca exposição ao sol,

são fatores que contribuem para a carência de vit. D. Ingestão acima de 2000UI/dia, deve ser

evitada pelo risco de intoxicação. Com relação à vit. A, não se deve ultrapassar 6000UI/dia,

como dose suplementar.

Usar a partir de 2 semanas de vida, até 1 ano de vida. Vitamina C 5gts 1x dia Aditil 2 gts 1 x dia 5- Suplemento Férrico: Iniciar com 4 semanas de vida, a dose de: 2mg/kg/dia para aqueles com peso de nascimento maior que 1,5 kg. 3mg/kg/dia -PN entre 1 e 1,5 kg. 4mg/kg/dia -PN menor que 1 kg.

§ MONITORIZAÇÃO DAS RESERVAS DE FERRO:

1-Com 40 semanas de IGC, colher Hto, reticulócitos e ferritina.

2-Após 40 semanas de idade pós-conceptual, monitorar o Hto e a ferritina com 3 e 6 meses de

idade e a cada 6 meses após 1 ano de idade, até 2 anos. Ajustar a dose de ferro, procurando

manter os níveis de ferritina sérica acima de 50mcg/L e a Sat. de transferrina acima de 16%.

3-Se o diagnóstico de anemia ferropriva for confirmado, com hematócrito <30%, os

reticulócitos estiverem diminuídos, porém acima de 2%, a ferritina abaixo de 10 a 20 mcg/dl e

o paciente estiver com idade gestacional acima de 40 semanas:

- Administrar ferro na dose de 6mg/kg/dia durante 3 a 4 meses;

- Colher reticulócitos e Hto após 1 mês de inicio de tratamento (deve ocorrer reticulocitose e

aumento do hematócrito);

- Avaliar o Hto 2 meses após o inicio do tratamento (deve normalizar nesse período);

- Manter suplementação profilática por pelo menos 1 ano;

- Monitorizar o hematócrito e ferritina a cada 3 meses.

A criança que estiver se alimentando de fórmula complementada com ferro, desde o início pode receber apenas 2mg/kg/dia, independente do peso de nascimento. O Ministério da Saúde recomenda o seguinte esquema de suplementação de ferro em crianças

prematuras:

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• RN prematuros sadios e bebês pequenos para a idade gestacional: 2mg/kg/dia de ferro após

um mês de vida, por dois meses, depois reduzir para 1–2mg/kg/dia até 18 meses de idade.

Solicitar hemograma aos 15 meses.

• RN prematuros com história de hemorragia perinatal, gestação múltipla, ferropenia materna

grave durante a gestação (Hb<8), hemorragia útero-placentária, hemorragia neonatal ou

múltiplas extrações sanguíneas: 2 –4mg/kg/dia de ferro dos dois aos seis meses, quando deve

ser solicitado hemograma. Se normal, reduzir a dose para 1-2mg/Kg/dia até 18 meses de

idade. Se anemia, manter dose de tratamento. Nova pesquisa de anemia aos 15 meses.

6- Pesquisa de Hemorragia Intracraniana (HIC) Encaminhar para ultrassom transfontanela todos aqueles com peso de nascimento <1500g e IG

< 33 semanas, pois neste grupo há maior risco de HIC.

7- Pesquisa de Retinopatia de Prematuridade Encaminhar para fundoscopia o seguinte grupo:

PN < 1500 e IG < 32 semanas e/ou submetidos a ventilação mecânica por mais de 48 horas

e/ou uso de oxigênio-terapia com concentração maior que 40% por tempo maior que 48

horas. Fazer a fundoscopia entre a 7ª / 8ª semanas de vida e depois quando o oftalmologista

julgar necessário.

8- Vacinação

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO PREMATURO - Recomendações da Sociedade Brasileira de

Imunizações (Sbim) - 2007

Vacina Recomendações e cuidados especiais BCG ID Deverá ser aplicada em recém-nascidos com peso maior ou igual a

2.000 g Hepatite B Aplicar ao nascer no esquema habitual de três doses (0, 1 e 6 meses).

Naqueles com menos de 2.000 g, aplicar esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 7 meses de vida.

PALIVIZUMABE (VSR) Durante período de circulação do Vírus Sincicial Respiratório (maio a setembro)

Antipneumocócica Conjugada

Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses). Respeitando a idade cronológica: três doses aos 2, 4 e 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Influenza Respeitando a idade cronológica: duas doses aos 6 e 7 meses

As demais vacinas do calendário de vacinação da criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica

Idade Vacinas

Ao nascer BCG (Tuberculose), Hepatite B

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1 mês Hepatite B

2 meses

Poliomielite (Sabin/Salk) Haemophylus tipo B (Menigite) Tríplice Bacteriana (DPT/Acelular) Rotavírus (1º dose)

A partir de 2 meses Pneumocócica conjugada: 3 doses + 1 reforço Meningocócica C conjugada: 3 doses *CONSULTE SEU PEDIATRA.

4 meses

Poliomielite (Sabin/Salk) Haemophylus tipo B (Meningite) Tríplice Bacteriana (DPT/Acelular) Rotavírus (2º dose)

6 meses Hepatite B, Poliomielite (Sabin/Salk) Haemophylus tipo B (Meningite) Tríplice Bacteriana (DPT/Acelular)

12 meses Varicela (Catapora) Hepatite A Tríplice Viral (MMR - Sarampo, Caxumba e Rubéola)

15 meses Poliomielite (Sabin/Salk) Tríplice (DPT/Acelular) Haemophylus tipo B (Meningite)

18 meses Hepatite A

5 anos Poliomielite (Sabin/Salk) Tríplice Bacteriana (DPT/Acelular) Tríplice Viral (MMR - Sarampo, Caxumba e Rubéola)

15 anos Tríplice Bacteriana Acelular do tipo Adulto (dPat)

9- OSTEOPENIA DA PREMATURIDADE = Corresponde a diminuição da densidade óssea

observada em 50% dos RNs prematuros com peso < 1.500 grs ao nascer, entre 3 e 12 semanas

de idade pós-natal. Decorre do aporte insuficiente de Ca e P devido a limitações nutricionais

neste grupo de RNs e agravada por terapia crônica com diuréticos. O diagnóstico é suspeitado

quando são baixos os valores das dosagens de Ca e P, com FA > 450 mu/ml, com ou sem

evidencias radiológicas de raquitismo. O acompanhamento deve ser feito com exames

bioquímicos quinzenais, iniciando com 15 dias de vida com dosagens posteriores (na

dependência dos resultados anormais), até sua estabilização. O leite humano e as formulas

artificiais disponíveis possuem quantidades insuficientes de Ca, P e Vit.D, no entanto com o

uso de formulas especiais para prematuros tem se observado diminuição da incidência de

osteopenia. Quando necessária, a suplementação deve ser feita com Ca (220 a 250 mg/Kg/dia)

e P (110 a 125 mg/Kg/dia) com uma relação Ca/P de 2:1, iniciando-se com doses baixas e

aumentos progressivos monitorizando as dosagens séricas e a tolerância do bebê.

TODO RN <1.500g <32 sem = KALYAMON B12 – 5 mL 2x dia

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10-Avaliação da Visão

Utilizar estímulo colorido, cores vivas e contrastantes (amarelo/vermelho,

preto/branco) a 30 cm dos olhos da criança. Avaliar fixação e acompanhamento de acordo

com a idade corrigida.

Com 1 mês fixa e acompanha quase 90 graus

Com 2 meses acompanha 90 graus

Com 3 meses acompanha mais de 90 graus para baixo e para cima

Com 4 meses possui campo visual de 180 graus, acompanha para baixo, para cima e

na direção diagonal.

Avaliar reflexo de piscar e ameaça visual.

Avaliação da visão

• Fixa olhar na linha média (nascimento - 2 meses)

• Passa da linha média (15 dias-2.5 meses)• Segue 180 graus (2-4.5 meses)

• Interesse em objetos pequenos (5 -7.5 meses)

11- Avaliação da Audição Utilizar estímulos sonoros mais intensos e menos intensos, longe do campo visual da

criança observando resposta comportamental.

Até 3 meses de idade, a criança apresenta respostas do tipo reflexo de Moro, piscar,

despertar, cessar a atividade, movimento ocular.

Com 3 meses inicia movimento lateral da cabeça e com 4 a 6 meses vira a cabeça

lateralmente em direção a fonte sonora, reagindo também a voz humana.

Com 6 a 9 meses atende pelo nome

Com 9 a 12 meses reage a música vocalmente.

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Avaliação da Audição

• Responder a sineta (desde o nascimento)

• Virar para chocalho (3- 6 meses)

• Virar para voz humana (3.5 - 7 meses)

• Desenvolvimento normal da linguagem

12- Avaliação Neuromotora

Aplicar o Teste de Denver, utilizando idade corrigida até 2 anos. Observar

atentamente o tônus. Ao detectar qualquer alteração no desenvolvimento neuropsicomotor

encaminhar precocemente para estimulação com fisioterapia, fonoaudiologia e/ou terapia

ocupacional.

13- Orientação Vacinal Utlilizar a idade cronológica e não a corrigida. 14- Atividades em Grupo Sugere-se que as crianças prematuras sejam incluídas em grupos correspondentes à idade corrigida para facilitar a orientação alimentar, estímulos para o DNPM e avaliação das curva de crescimento.

CONTROLE DE 1 MES (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

· Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar o AME

· Técnica de amamentação está adequada quando:

· A cabeça do bebê está no mesmo nível da mama da mãe, e o queixo tocando-a.

· A boca está bem aberta.

· O lábio inferior está virado para fora.

· As bochechas estão arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra a mama,

· Vê-se pouco a aréola durante a mamada, mais a porção da aréola superior do que a

inferior.

· A mama parece arredondada, não repuxada.

· Sucções são lentas e profundas: o bebê suga, dá uma pausa e suga novamente

(sucção, deglutição e respiração).

· A mãe pode ouvir o bebê deglutindo.

· O corpo do bebê está totalmente voltado para o corpo da mãe (posição barriga com

barriga), e um dos braços está ao redor do corpo da mãe.

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· A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados.

· A mãe está sentada de forma confortável e relaxada.

· Não é necessário limpar a aréola. Banho diário e uso de um sutiã limpo são suficientes.

· Realizar ex. físico e neurológico. Avaliação antropométrica. P.E. PC.PT

Solicitar exames de laboratório: Anemia; Osteopenia. (Serie vermelha ; Ca - P ; FA).

No Follow-up o acompanhamento deve constar de avaliação dos sinais e sintomas da anemia,

da verificação do hematócrito, hemoglobina e reticulócitos, pelo menos quinzenalmente ate

sua estabilização. As hemotransfusões com concentrado de hemácias (10 ml/Kg) só estão

indicadas em casos de descompensação hemodinâmica ou com sério comprometimento do

estado geral com perda ou ganho ponderal insuficiente (afastadas outras causas) e com

valores de Hto < 25% e hemoglobina <10 g %.

SINAIS DE BOM PROGNÓSTICO · Aumento de peso, PC e comprimento nos 6 primeiros meses após a alta.

· RNs PIG que apresentam "catch-up" no 1° ano de vida.

· RNPTs com episódios intermitentes de crescimento acelerado até os 3 anos de vida.

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CONTROLE DE 3 MESES (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

§ Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar o AME.

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação Peso. Estatura. PC.PT

· Avaliar de acordo com os exames de laboratório: - Anemia; Osteopenia. (Se-

rie vermelha ; Ca - P ; FA)

· Reforçar educação para os pais sobre os objetivos gerais do seguimento.

Programa de apoio familiar. Avaliar estimulação psicomotora.

· Avaliar o exame neurológico se está adequado para os 3 meses de idade

corrigida. Iniciar rehabilitação se houver indicação.

· Avaliar antropometría, estado neurosensorial, respiratório e avaliação

nutricional na carteira de controle.

CONTROLE DE 6 MESES (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

§ Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar o AME. Iniciar desmame.

Orientação com nutricionista.

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação Peso. Estatura. PC.PT

· Avaliar de acordo com os exames de laboratório: - Anemia; Osteopenia. (Se-

rie vermelha ; Ca - P ; FA)

· Reforçar educação para os pais sobre os objetivos gerais do seguimento.

Programa de apoio familiar. Avaliar estimulação psicomotora .

· Solicitar controle Otorrinolaringológico com Triagem Auditiva para avaliar as

condições do ouvido médio e se necessário encaminhar para a realização de

B.E.R.A, a fim de avaliar possíveis perdas auditivas .

· Avaliar antropometría, estado neurosensorial, respiratório e avaliação

nutricional na carteira de controle.

· Indicar vacinação anti- Influenza em 2 doses separadas por 30 días.

Prevenção da IRA. Será realizada no Hospital Ophir Loyola mediante laudo de

solicitação.

CONTROLE DE 9 MESES (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

· Avaliar o aumento de peso desde a alta. Incentivar aleitamento materno.

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação Peso. Estatura. PC.PT

· Reforçar educação para os pais sobre os objetivos gerais do seguimento.

Programa de apoio familiar. Avaliar estimulação psicomotora .

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· Vigiar o controle neurológico aos 9 meses de idade corrigida. Avaliar

clinicamente a pontuação obtida no Teste de DENVER II realizado

mensalmente no consultório de acordo com a idade corrigida. Indicar

estimulçao neuropsicomotora e com fonoaudióloga se estiver indicado.

· Avaliar antropometría, estado neurosensorial, respiratório e avaliação

nutricional na carteira de controle.

· Indicar vacinação para febre amarela.

CONTROLE DE 12 MESES (Idade corrigida) - Objetivos do controle:

§ Avaliar o aumento de peso desde a alta

· Realizar exame físico e neurológico. Avaliação Peso. Estatura. PC.PT

· Reforçar educação para os pais sobre os objetivos gerais do seguimento.

Programa de apoio familiar. Avaliar estimulação psicomotora.

· Exame oftalmológico.

· Avaliar antropometría, estado neurosensorial, respiratório e avaliação

nutricional na carteira de controle.

· Indicar vacinação para MMR.

DESENVOLVIMENTO AOS 18 MESES Até este período a criança encontra-se em fase de aquisição de habilidades, passando a fase

de aperfeiçoamento. Nesta idade observamos as seguintes condutas motoras, motora fina e

adaptativa:

= POSTURAS: troca de posturas com facilidade.

= MARCHA: mais estável e com dissociação das cinturas escapular e pélvica, bom equilíbrio, cai

raras vezes, abaixa-se e pega um objeto no chão, anda segurando objetos.

= ESCADA: sobe escada com apoio, um degrau de cada vez e pula com os dois pés juntos

= BOLA : atira com as mãos (de pé), algumas se sentam no chão para jogar bola

= Empilha 3 ou 4 cubos sem ajuda

= Faz encaixes de formas simples

= Folheia paginas de livro, 2 ou 3 de cada vez

= Usa o indicador seletivamente

= Segura o lápis com preensão primitiva

= Nomeia partes do corpo

= Participa ativamente no vestir, despir, banho e alimentação

= Inicia controle esfincteriano

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DESENVOLVIMENTO AOS 24 MESES Nesta idade completa-se o desenvolvimento sensoriomotor. Observar as habilidades:

= MARCHA / EQUILÍBRIO: corre bem e não cai, mantém-se com equilíbrio sobre uma perna,

pula com um pé, chuta bola

= ESCADA: sobe com passos alternados, desce com apoio no corrimão (sozinho)

= Constrói torre com 6 cubos (sem ajuda) e alinha na horizontal 2 ou mais

= Faz encaixes com maior facilidade

= Vira as paginas de um livro, uma a uma

= Usa o lápis com preensão adulta, imita rabiscos circulares

= Atividades de Vida Diária com maior destreza: desamarra laços, tenta desabotoar come

sozinha, controle esfincteriano adquirido ou em fase de aquisição.

= LINGUAGEM: abandonou o "jargão" (imitação da conversa), usa frases curtas de 2 ou 3

palavras, expressa- se com eu, mim, você (pode não ser correto), nomeia 3 ou + figuras e

identifica 5 ou + figuras.

RN DE MUITO BAIXO PESO (PN< 1500g)

Com os objetivos de: · Avaliar o padrão de crescimento e desenvolvimento desses RNs, pelo menos até os 2

anos de idade, podendo estender-se em algumas categorias até os 10 anos de idade.

· Analisar as repercussões de patologias fetais e neonatais sobre a evolução pós-natal

desses RN.

· Construir um banco de dados, sistematizados e evolutivos que permitam análises

posteriores e inclusive possam fornecer subsídios para mudanças na conduta

neonatal.

Periodicidade - 2 a 3 dias após alta - consulta mensal até os 6 meses - consulta bimensal até 1 ano - consulta trimestral até 18 meses - consulta semestral até os 3 anos - consulta anual até os 7anos Avaliações

1- Crescimento: peso, estatura, Pc e PT a cada retorno, situados nas curvas de

crescimento com correção para a idade gestacional.

2- Avaliação neurológica: 2,4,6,12 meses e a cada ano até 7 anos.

3- Ultra-sonografia do crânio: 1,2,4,6 meses.

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4- Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor (Denver pela pediatra e Amiel-Tyson

pelas TO e fisoterapeutas): 3,6,9,12 meses 2,3,4,5,7 anos

5- Fundo de olho: 2,4,6,12 meses (avaliação com Teller)

6- Avaliação oftalmologia: 3,5,7 anos (avaliação optotipos)

7- Avaliação auditiva: 1,2,4,612,18,24 meses.

8- Potencial evocado auditivo: 6 meses

9- Avaliação laboratorial:

· Hemograma com reticulócitos com 40 semanas de idade gestacional corrigida, 6 e

12 meses de idade pós-termo.

· Fósforo sérico: 3 e 6 semanas, 3 e 6 meses

· Calciúria (P<6mg/dl) com 3 e 6 semanas

· Fosfatase alcalina: 3 e 6 meses

· Raio-X ossos longos com 8 meses

· Densitometria óssea com 6 semanas

10- Apoio de fisioterapia, fonoterapia, psicóloga, nutricionista

Avaliação oftalmológica será feita com 6 12 e 18 meses com Teller e com 3,5 e 7 anos com

optotipos. Será realizado biomicroscopia, motilidade ocular, refração e mapeamento de retina.

RN DE MUITO BAIXO PESO (PN< 1500g) com DOENÇA PULMONAR CRÔNICA Periodicidade - 2 a 3 dias após alta - consulta mensal até os 6 meses - consulta bimensal até 1 ano - consulta trimestral até 18 meses - consulta semestral até os 3 anos - consulta anual até os 7anos Avaliações

01- Crescimento nto: peso, estatura, Pc e PT a cada retorno, situados nas curvas de

crescimento com correção para a idade gestacional.

02- Avaliação neurológica: 2,4,6,12 meses e a cada ano até 7 anos.

03- Ultra-sonografia do crânio: 1,2,4,6 meses.

04- Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor (Denver pela pediatra e Amyel-Tison

pelas TO e fisoterapeutas): 3,6,9,12 meses 2,3,4,5,7 anos

05- Avaliação oftalmologia: 3,5,7 anos (avaliação optotipos)

06- Avaliação auditiva: 1,2,4,612,18,24 meses.

07- Potencial evocado auditivo: 6 meses

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08- Avaliação da função pulmonar: 1,5,7 anos

09- RX Tórax com 6 e 12 meses

10- Ecocardiografia com 6 e 12 meses

11- Avaliação laboratorial:

a. Hemograma com reticulócitos com 40 semanas de idade gestacional corrigida, 6 e 12

meses de idade pós-termo.

b. Fósforo sérico: 3 e 6 semanas, 3 e 6 meses

c. Calciúria (P<6mg/dl) com 3 e 6 semanas

d. Fosfatase alcalina: 3 e 6 meses

e. Raio-X ossos longos com 8 meses

f. Densitometria óssea com 6 semanas

12- Apoio de fisioterapia, fonoterapia, psicóloga, nutricionista

Avaliação oftalmológica será feita com 12 meses com Teller e com 3 e 7 anos com optotipos.

Será realizado biomicroscopia, motilidade ocular, refração e mapeamento de retina.

SINAIS DE BOM PROGNÓSTICO

. Aumento de peso, PC e comprimento nos 6 primeiros meses após a alta.

. RNs PIG que apresentam "catch-up" no 1° ano de vida.

. RNs prematuros com episódios intermitentes de crescimento acelerado até os 3 anos de vida.

. "Catch-up" do crescimento do PC com 6 semanas de idade corrigida.

. PC adequado aos 8 meses de idade corrigida.

Sinais de alerta:

. Ganho ponderal insuficiente ou perda > que 10% após a alta.

. Aumento do PC proporcionalmente menor que o peso e comprimento.

. RNs prematuros que não apresentam "catch-up" expressivo ao fim do 1° ano .

. Aumento do PC > 1,75 cm por semana

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM: MEDICAMENTOS INDICAÇÃO DOSES

NISTATINA ORAL Monilíase oral ½ conta-gotas em cada canto da boca,

4x ao dia NISTATINA Creme Vaginal Monilíase perineal aplicar no períneo, após troca de

fraldas, com higiene prévia, até a cura PASTA D’ÁGUA Intertrigo/ Miliária aplicar 2 a 3 x ao dia sobre as áreas

afetadas. ÓLEO MINERAL Crostas, seborréia

1 X após banho

SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0,95

Obstrução nasal ½ cta-gtas cada narina

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DERMATITE DAS FRALDAS Quadro clínico: multiforme, geralmente agravando-se a partir do segundo ou terceiro mês de vida,as lesões são nitidamente limitadas à área em contato com a fralda. Inicia-se de um modo geral com pápulas eritematosas na região perianal que expandem-se às superfícies convexas das nádegas, genitália, coxas e abdômen, poupando as dobras naturais da pele como os sulcos inguinais e infra-abdominal. Estas lesões evoluem com vesiculação e descamação, podendo sofrer infecções secundárias por leveduras e/ou bactérias,

Quando ocorre a candidíase cutânea, observa-se maceração da mucosa anal e da área cutânea perianal, a partir da contaminação pelas fezes. Placas brilhantes, recobertas por uma descamação ou película brancacenta e na periferia surgem lesões satélites papulosas, puntiformes de superfície descamativa.

Tratamento e profilaxia

Cuidados básicos a retirada das fraldas por alguns dias, trocá-las freqüentemente diminuindo o contato ao máximo. As fraldas descartáveis absorventes conseguem reduzir o contato com a urina mas não conseguem afastar da pele as fezes, que por isso não são consideravelmente influentes como tratamento ou profilaxia.

A exposição ao sol pelo seu efeito cicatrizante devido à ação dos raios ultravioleta.

A higiene local é importante, orientar a mãe para que não friccionar as áreas afetadas, e que não usar substâncias irritantes na pele do bebê, como certos emolientes, óleos e pós. Estão indicados apenas os sabonetes neutros e o tradicional sabão de coco.

Compressas frias calmantes e antissépticas nas lesões, como a de permanganato de potássio a 1:40.000 duas a três vezes ao dia.

Nos casos mais intensos usar corticóides tópicos não fluorados, de preferência a hidrocortisona a 1% em veículo cremoso.

Se infecção secundária por Cândida, é indicado o uso da violeta de genciana a 1% em solução aquosa uma vez ao dia por até três dias apenas para evitar a ação irritante da droga levando a exulcerações secundárias. O grande inconveniente dela é sua capacidade de tingir a pele e as roupas de cor violeta. Pode-se usar o miconazol a 2 % ou o clotrimazol a 1 %, creme de tolnaftato, ou mesmo a nistatina na dosagem de 100.000U por grama de creme. Nos casos de resistência da candidose à terapêutica correta, pesquisar leucorréias nas mães e babás.

Para infecções bacterianas: uso tópico de antibióticos como a neomicina, gentamicina ou mupirocin a 2% são necessários. Associações medicamentosas são comumente empregadas principalmente as de antibióticos com corticosteróides. Silva Jr. teve bons resultados usando em diversas crianças a fórmula de alúmen amoniacal 18,22g com ácido salicílico 4,00 gramas, ácido bórico 77,55g e excipiente qsp l00g. Pasta de óxido de zinco e óleo de amêndoas doces em partes iguais aplicada topicamente tem algumas funções: é protetora, cicatrizante, bacteriostática e secante podendo ser usada também para miliária, assim como as compressas citadas anteriormente.

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SULFATO FERROSO PROFILÁTICO O Ministério da Saúde recomenda o seguinte esquema de suplementação de ferro em crianças

prematuras:

• RN prematuros sadios e bebês pequenos para a idade gestacional: 2mg/kg/dia de ferro após

um mês de vida, por dois meses, depois reduzir para 1–2mg/kg/dia até 18 meses de idade.

Solicitar hemograma aos 15 meses.

• RN prematuros com história de hemorragia perinatal, gestação múltipla, ferropenia materna

grave durante a gestação (Hb<8), hemorragia útero-placentária, hemorragia neonatal ou

múltiplas extrações sanguíneas: 2 –4mg/kg/dia de ferro dos dois aos seis meses, quando deve

ser solicitado hemograma. Se normal, reduzir a dose para 1-2mg/Kg/dia até 18 meses de

idade. Se anemia, manter dose de tratamento. Nova pesquisa de anemia aos 15 meses.

Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza:

Doses de 3 mg/kg/dia para RN prematuros com peso entre 1.500 - 1000g por 1 ano e

posteriormente 1mg/kg/dia por mais 1 ano.

Doses de 4 mg/kg/dia para RN prematuros com peso < 1000g por 1 ano e

posteriormente 1mg/kg/dia por mais 1 ano.

Importante: Fazer hemograma com reticulócitos aos 5 meses, se estiver normal, isto é

sem anemia e com complementação alimentar férrica satisfatória, retornar para 2mg/kg/dia

de ferro para todos os prematuros até 1 ano de vida.

A criança que estiver se alimentando de fórmula complementada com ferro, desde o início

pode receber apenas 2mg/kg/dia, independente do peso de nascimento.

Suplementação de sulfato de zinco A partir de 36 semanas de idade corrigida até os seis meses.

Adicionar 0,18mL do sulfato de zinco (10mg/mL) para cada 100mL de fórmula láctea ingerida.

OBSERVAÇÕES SOBRE A MEDICAÇÃO: 1- Sulfato Ferroso: 1mL = 20 gotas = 25mg de ferro elementar, ou seja, 1 gota = 1,25mg de

ferro (na prática, 1 gota = 1mg de ferro)

2 - Dose máxima de Sulfato Ferroso profilático = 15mg/dia

3 - Usar Sulfato Ferroso até 2 anos de idade.

4 - Administrar Sulfato Ferroso fora das refeições , junto com sucos que contenham vitamina C

(laranja, limão) para facilitar a absorção do mesmo.

5 - Orientar à mãe ou responsável para limpar os dentes da criança após dar o Fe pq pode

manchar os dentes.

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O leite materno deve ser oferecido em livre demanda, porém o intervalo entre a mamada que antecede as principais refeições deve ser espaçado, respeitando assim os sinais de fome e saciedade da criança. Esquema alimentar para crianças que estão em aleitamento materno Período 6-7 meses 8-10 meses 10-12 meses A partir de 12

meses Manhã LM LM LM+pão ou

biscoito LM + pão, bolo ou biscoito

Intervalo Papa de frutas Papa de frutas 1 fruta 1 fruta Almoço Papa salgada

com Carne

Papa salgada com carne

Papa salgada ou refeição básica da família

Refeição básica da família

Intervalo Papa de fruta + LM

Papa de fruta + LM

1 Fruta ou LM ou pão ou biscoito

Pão ou bolo ou biscoito+ Leite ou leite batido com fruta

Jantar LM Papa salgada com carne

Papa salgada ou refeição básica da família

Refeição básica da família

Ceia LM LM LM LM O leite materno deve ser oferecido em livre demanda, porém o intervalo entre a mamada que antecede as principais refeições deve ser espaçado, respeitando assim os sinais de fome e saciedade da criança.

Esquema alimentar para crianças não amamentadas Período 4 – 10 meses 10 - 12 meses A partir 12 meses Manhã 180-210ml FI* 210ml FI* 240ml leite integral Intervalo Papa de fruta 1 Fruta 1 Fruta Almoço Papa salgada Papa salgada ou

refeição básica da família

Refeição básica da família

Intervalo Papa de fruta 1 Fruta Pão, bolo ou biscoito + LV ou LV batido com fruta

Jantar Papa salgada Papa salgada ou refeição básica da família

Refeição básica da família

Ceia 180-210ml FI* 210ml FI* 240ml leite integral As papas salgadas devem ser feitas, sempre que possível, com um alimento de cada grupo do quadro abaixo: Alimentos Básicos Grupo 1 Cereais e tubérculos

carboidrato arroz, macaxeira, batata-doce, macarrão, batata, polenta, mandioquinha,

3- 5 vezes/dia

Grupo 2 Carnes e ovos

proteína animal e ferro

carne de gado, galinha, peixe, miúdos de boi e galinha, ovo

2 vezes/dia

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heme Grupo 3 Leguminosas

proteína vegetal e ferro não heme

feijões, lentilha, ervilha seca 1 vez/dia

Grupo 4 Verduras e legumes

micronutrientes, fibras

folhas verdes cozidas, abóbora, cenoura, quiabo, abobrinha, baterraba, vagem, chuchu, ervilha, couve-flor

3 vezes/dia

Grupo 5 Frutas

micronutrientes, fibras, açúcar

todas da época, inclusive o abacate

3-4 vezes/dia

Fonte: Dez Passos da Alimentação Saudável para crianças menores de dois anos.

Saúde bucal da criança

Recomenda-se que a primeira consulta odontológica do bebê seja entre o nascimento do

primeiro dentinho (geralmente aos 6 meses) e 12 meses. Crianças que são levadas ao

odontólogo até o primeiro ano de vida apresentam menores chances de receberem

tratamento odontológico emergencial e de fazerem visitas de urgência ao longo da infância.

Após a primeira consulta, a equipe de saúde bucal fará uma programação de visitas periódicas

para a criança, em função de seu perfil de risco.

Cronologia da erupção dentária (quando os dentes nascem), mais comum é que os dentes

decíduos (de leite) comecem a erupcionar em torno dos 6 meses. Porém, é possível que haja

retardo na erupção, o que não deve ser motivo de preocupação se ela acontecer até os 12

meses. Após um ano de idade, se não ocorreu a erupção, esta deve ser investigada, pois há a

possibilidade (rara) de ocorrer anadontia (ausência dos dentes). Também pode ocorrer de o

bebê nascer com dentes (dentes natais) ou vir a tê-los no primeiro mês (dentes neonatais).

Eles precisam ser extraídos, pois sua inserção é apenas na gengiva e podem prejudicar a

amamentação natural.

Por volta dos 18 meses, aparecem os molares decíduos, o que vai exigir maiores

cuidados de limpeza (introdução obrigatória da escova dental), pois esses apresentam sulcos

retentivos de placa bacteriana. Aos 36 meses deve estar completada a dentição decídua, que

consta de 10 dentes superiores e 10 inferiores.

Higiene Bucal

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Bebês sem dentes: a limpeza da cavidade bucal do bebê deve ser iniciada a partir dos

primeiros dias de vida, com a finalidade de remover o leite estagnado em seu interior e nas

comissuras labiais, massagear a gengiva e acostumá-lo à manipulação da boca. A limpeza pode

ser realizada com uma gaze ou fralda limpa embebida em água potável (fria), passada

delicadamente na gengiva e em toda mucosa oral, pelo menos uma vez ao dia.

• Bebês em fase de erupção dos incisivos (6 a 18 meses): gaze ou fralda umedecida em

água potável, duas vezes ao dia.

• Bebês em fase de erupção de molares (18 a 36 meses): Com a erupção dos molares

decíduos (ao redor dos 18 meses), iniciar o uso da escova dental macia, duas vezes ao dia.

O uso do fio dental está indicado quando os dentes estão juntos, sem espaços entre eles,

uma vez ao dia.

Doenças bucais comuns na infância

Gengivo-estomatite herpética: caracteriza-se pelo surgimento de vesículas com base

avermelhada e centro formado por depressão recoberta por uma membrana fibrinosa,

resultante da necrose epitelial. A sintomatologia dolorosa ocorre pela exposição do tecido

conjuntivo nestas áreas. É mais freqüente em crianças de 1 a 5 anos de idade. Manifesta-se

por toda a boca e é auto-limitada, ou seja, tem um ciclo aproximado de 10 a 14 dias. Antes

mesmo do surgimento das vesículas, a criança apresenta-se debilitada, sem apetite, febril,

irritadiça, com sialorréia, edema e sangramento gengival. O tratamento consiste em medidas

para reduzir o desconforto da criança tais como

alimentação líquida e nutritiva e bochechos com substâncias anestésicas, para aliviar a

sintomatologia dolorosa, quando da mastigação e deglutição.

Candidíase: A candidíase bucal ocorre em crianças devido à deficiência imunológica, bem

como por outros fatores tais como má higiene bucal e presença do vírus HIV. Caracteriza-se

por lesões esbranquiçadas, removíveis através de raspagem, cuja mucosa subjacente é

eritematosa. O tratamento da candidíase oral requer a utilização de antifúngicos locais

(Nistatina sol oral – ver quadro acima).

SITUAÇÕES ESPECIAIS Toxoplasmose congênita Formas Esquema de

tto apresentação Posologia

Toxoplasmose congênita clínica ou subclínica

Pirimetamina + Comp 25 mg Daraprim (macerar 4 cp +10ml xpe (sol. final 50ml) frasco escuro

1 mg/kg/dia, via oral, 1x dia, durante 6 meses, seguido da mesma dosagem 3 x/ semana até 1 ano.

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Toxoplasmose congênita clínica ou subclínica

Sulfadiazina + Comp 500mg Macerar 10 cp + 50ml AD

100 mg/kg/dia em 2 x por 1 ano.

Toxoplasmose congênita clínica ou subclínica

Ac. folínico Comp 15mg 5 – 10 mg, 3 x/semana.

Toxoplasmose congênita com evidência de inflamação (1)

Pirimetamina + Comp 25 mg 1 mg/kg/dia, via oral, 1x / dia, durante 6 meses, seguido da mesma dosagem 3 x/ semana até 1 ano.

Toxoplasmose congênita com evidência de inflamação (1)

Sulfadiazina + Comp 500mg 100 mg/kg/dia em 2 x por 1 ano.

Toxoplasmose congênita com evidência de inflamação (1)

Ac. folínico Comp 15mg 5 – 10 mg, 3 x/semana.

Toxoplasmose congênita com evidência de inflamação (1)

Prednisona ou prednisolona

1mg\ml e 3mg\ml 1 mg/kg/dia em 2x diA. Quando cessar a indicação, interromper corticóide lentamente (em 3 semanas), mantendo a medicação específica.

(1) Retinocoroidite em atividade, hiperproteínorraquia (≥1g/dl) Adaptado de REMINGTON J.S., MCLEOD R, THULLIEZ P, DESMONTS G. Toxoplasmosis. In: REMINGTON J.S., KLEIN J.O. Infectious Diseases of the fetus and Newborn Infant. 5.ed. WB Saunders, 2001, p. 205-346. Pirimetamina (Daraprim ): comprimidos de 25mg Ácido Folínico (Leucovorin Cálcico , Tecnovorin , Ácido Folínico ): Sulfadiazina (Sulfadiazina ): Prednisona (Meticorten ): Avaliação trimestral até 18 meses (IgM e IgG) Sífilis congênita: Acompanhamento da criança após a alta

_ A criança tratada com sífilis congênita deve ser acompanhada até 2 anos de vida:

Triagem para VDRL com 3,6,12,18 e 24 meses de vida

Avaliação neurológica com 6 e 12 meses de vida

Avaliação auditiva com 6 e 12 meses de vida

Exame oftalmológico com 1 e 2 anos de vida

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Se títulos estiverem caindo nos 3 primeiros meses de tratamento e forem negativos entre 6 e

12 meses = curada

Bibliografia: 1- Manual de Follow-Up do RN de risco- Rotinas

Comitê de Follow-Up do RN de risco da SBP. 2- Follow-Up management of the high risk infant H. Willian Talisk M.D Michael W. Yogman, M.D, 1987 3- Care of the high- risk neonate Klauses and Fanaroff. 2000 4- ALBERNAZ, E. P.; MENEZES, A. M.; CESAR, J. A. Fatores de risco associados à hospitalização por bronquiolite aguda no período pós-natal. Rev. Saúde Pública, [S.l.], v. 37, p. 37, 2003. 5- AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS (AAP). Committee on Infectious Diseases. Red book 2000. [S.l.]: Elk Grove Village, 2000. 6- ______. Policy Statement: Prevention of Pediatric Overweight and Obesity. Pediatrics, [S.l.], v. 112, n. 2, p. 424-430, 2003. 7-ANDERSON, J. W.; JOHNSTONE, B. M.; REMLEY, D. T. Breast-feeding and cognitive development: a meta-analysis. American Journal of Clinical Nutrition, [S.l.], v. 70, p. 525-35, 1999. 8-ARIFEEN, A. E. et al. Infant growth patterns in the slums of Dhaka in relation to birth weight, intrauterine growth retardation, and prematurity. American Journal of Clinical Nutrition, [S.l.], v. 72, p. 1010-7, 2000. 9-ARNON, S. S.; DAMUS, K.; WOOD, R. M. Honey and other envirommental risk factores for infant botulism. Journal of Pediatrics, [S.l.], v. 94, n. 2, p. 231-236, 1979. 10- Shripada C. Rao a,b,⁎, Jeffrey Tompkins . Growth curves for preterm infants. Early Human Development (2007) 83, 643–651 11-Nunes ML, Da Costa JC. O exame neurológico do recém nascido. In: Nunes ML, Marrone AC (eds) Semiologia Neurológica, Porto Alegre : EDIPUCRS, 2002. 12- Da Costa DI, Azambuja LS, Nunes ML. Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor. In: Nunes ML, Marrone AC (eds) Semiologia Neurológica, Porto Alegre : EDIPUCRS, 2002. 13-Knobloch H, Passamanick B. Gesell e Amatruda : Diagnóstico do Desenvolvimento, 3a ed, Rio de Janeiro : Atheneu, 1987. 14-Frankenburg WK et al. Denver II. Denver, Colorado, Denver Developmental Materials, Inc. 1996. 15-AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Section of Pediatric Dentistry. Oral health risk assessment timing and establishment of the dental home. Pediatrics, Evanston, v. 111, n. 5, p. 1113-1116, may 2003.

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16. KRAMER, P. F. et al. Utilização de serviços odontológicos por crianças de 0 a 5 anos de idade no Município de Canela, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 150-156, jan. 2008. 17. GUEDES-PINTO, A. C. (Ed). Odontopediatria. 6. ed. São Paulo: Santos, 2006. 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10

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Birth 1 year 2 years 3 years 4 years 5 years 32 34

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3640

4 Os quadros a seguir apresentam os pontos de corte para avaliação do estado nutricional da criança utilizados pela Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do MS.

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Pontos de corte de peso para idade para crianças menores de 10 anos Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 Peso muito baixo para idade ≥ do Percentil 0,1 e < Percentil 3 Peso baixo para a idade ≥ Percentil 3 e < Percentil 97 Peso adequado ou eutrófico ≥Percentil 97 Peso elevado para a idade Quadro 2. Pontos de corte de estatura para idade para crianças menores de 10 anos < Percentil 3 Baixa estatura para a idade ≥Percentil 3 Estatura adequada para a idade 2 44 46 48 504 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 26 8 10 Birth 1 year 2 years 3 years 4 years 5 years 32 34 36 38

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40 42 44 46 48

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52 54 32 34

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36 38

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40 42 44

0 52 54

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DENVER

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10.ª Revisão da Lista de Classificação Internacional de Doenças (CID-10)

1.1 (P00-P04) Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto 1.2 (P05-P08) Transtornos relacionados com a duração da gestação e com o crescimento fetal 1.3 (P10-P15) Traumatismo de parto 1.4 (P20-P29) Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal 1.5 (P35-P39) Infecções específicas do período perinatal 1.6 (P50-P61) Transtornos hemorrágicos e hematológicos do feto e do recém-nascido 1.7 (P70-P74) Transtornos endócrinos e metabólicos transitórios específicos do feto e do recém-nascido 1.8 (P75-P78) Transtornos do aparelho digestivo do feto ou do recém-nascido 1.9 (P80-P83) Afecções comprometendo o tegumento e a regulação térmica do feto e do recém-nascido 1.10 (P90-P96) Outros transtornos originados no período perinatal P00-P96 - Algumas Afecções Originadas no Período Perinatal (P00-P04) Feto e Recém-Nascido AfectadospPor Factores Maternos e por Complicações da Gravidez, do Trabalho de Parto e do Parto (P00.) Feto e recém-nascido afectados por afecções maternas, não obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atual (P01.) Feto e recém-nascido afectados por complicações maternas da gravidez (P02.) Feto e recém-nascido afectados por complicações da placenta, do cordão umbilical e das membranas (P03.) Feto e recém-nascido afectados por outras complicações do trabalho de parto e do parto (P04.) Feto e recém-nascido afectados por influências nocivas transmitidas ao feto via placenta ou leite materno (P05-P08) Transtornos Relacionados com a Duração da Gestação e com o Crescimento Fetal (P05.) Crescimento fetal retardado e desnutrição fetal

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(P07.) Transtornos relacionados com a gestação de curta duração e peso baixo ao nascer, não classificados em outra parte (P08.) Transtornos relacionados com a gestação prolongada e peso elevado ao nascer (P10-P15) Traumatismo de Parto (P10.) Laceração intracraniana e hemorragia devidas a traumatismo de parto (P10.0) Hemorragia subdural devida a traumatismo de parto (P10.0) Hemorragia cerebral devida a traumatismo de parto (P10.0) Hemorragia intraventricular devida a traumatismo de parto (P10.0) Hemorragia subaracnoídea devida a traumatismo de parto (P10.0) Ruptura tentorial devida a traumatismo de parto (P10.0) Outras lacerações e hemorragias intracranianas devidas a traumatismo de parto (P10.0) Laceração e hemorragia intracranianas não especificadas devidas a traumatismo de parto (P11.) Outros traumatismos de parto do sistema nervoso central (P11.0) Edema cerebral devido a traumatismo de parto (P11.1) Outras lesões cerebrais especificadas devidas a traumatismo de parto (P11.2) Lesão cerebral não especificada devida a traumatismo de parto (P11.3) Traumatismo de parto do nervo facial (P11.4) Traumatismo de parto de outros nervos cranianos (P11.5) Traumatismo de parto da coluna e da medula espinhal (P11.9) Traumatismo de parto não especificado do sistema nervoso central (P12.) Lesão do couro cabeludo devida a traumatismo de parto (P12.0) Céfalo-hematoma devido a traumatismo de parto (P12.1) “Chignon” devido a traumatismo de parto (P12.2) Hemorragia subaponeurótica epicraniana devida a traumatismo de parto (P12.3) Esmagamento do couro cabeludo devido a traumatismo de parto (P12.4) Lesão por monitorização do couro cabeludo do recém-nascido

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(P12.8) Outras lesões do couro cabeludo devidas a traumatismo de parto (P12.9) Lesão não especificada do couro cabeludo devida a traumatismo de parto (P13.) Lesões do esqueleto devidas a traumatismo de parto (P13.0) Fratura de crânio devida a traumatismo de parto (P13.1) Outras lesões cranianas devidas a traumatismo de parto (P13.2) Lesão do fêmur devida a traumatismo de parto (P13.3) Lesão de outros ossos longos devida a traumatismo de parto (P13.4) Fratura da clavícula devida a traumatismo de parto (P13.8) Lesões de outras partes do esqueleto devidas a traumatismo de parto (P13.9) Lesões não especificadas do esqueleto devidas a traumatismo de parto (P14.) Lesões ao nascer do sistema nervoso periférico (P14.0) Paralisia de Erb devida a traumatismo de parto (P14.1) Paralisia de Klumpke devida a traumatismo de parto (P14.2) Paralisia do nervo frênico devida a traumatismo de parto (P14.3) Outras lesões do plexo braquial devidas a traumatismo de parto (P14.8) Outras lesões de outras partes do sistema nervoso periférico devidas a traumatismo de parto (P14.9) Lesão não especificada do sistema nervoso periférico devida a traumatismo de parto (P15.) Outros traumatismos de parto (P15.0) Lesão do fígado devida a traumatismo de parto (P15.1) Lesão do baço devida a traumatismo de parto (P15.2) Lesão do esternomastóide devida a traumatismo de parto (P15.3) Lesão dos olhos devida a traumatismo de parto (P15.4) Lesão da face ao nascer (P15.5) Lesão dos órgãos genitais externos, devida a traumatismo de parto (P15.6) Necrose de gordura subcutânea devida a traumatismo de parto (P15.8) Outros traumatismo de parto especificados

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(P15.9) Traumatismo de parto não especificado (P20-P29) Transtornos Respiratórios e Cardiovasculares Específicos do Período Perinatal (P20.) Hipóxia intra-uterina (P20.0) Hipóxia intra-uterina diagnosticada antes do início do trabalho de parto (P20.1) Hipóxia intra-uterina diagnosticada durante o trabalho de parto e o parto (P20.9) Hipóxia intra-uterina não especificada (P21.) Asfixia ao nascer (P21.0) Asfixia grave ao nascer (P21.1) Asfixia leve ou moderada ao nascer (P21.9) Asfixia ao nascer, não especificada (P22.) Desconforto (angústia) respiratório(a) do recém-nascido (P22.0) Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (P22.1) Taquipnéia transitória do recém-nascido (P22.8) Outros desconfortos respiratórios do recém-nascido (P22.9) Desconforto respiratório não especificado do recém-nascido (P23.) Pneumonia congênita (P23.0) Pneumonia congênita devida a agente viral (P23.1) Pneumonia congênita devida a Clamídia (P23.2) Pneumonia congênita devida a estafilococo (P23.3) Pneumonia congênita devida a estreptococo do grupo B (P23.4) Pneumonia congênita devida a Escherichia coli (P23.5) Pneumonia congênita devida a Pseudomonas (P23.6) Pneumonia congênita devida a outros agentes bacterianos (P23.8) Pneumonia congênita devida a outros organismos (P23.9) Pneumonia congênita não especificada (P24.) Síndrome de aspiração neonatal

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(P24.0) Aspiração neonatal de mecônio (P24.1) Aspiração neonatal de líquido amniótico e muco (P24.2) Aspiração neonatal de sangue (P24.3) Aspiração neonatal de leite e alimento regurgitados (P24.8) Outras síndromes de aspiração neonatais (P24.9) Síndrome de aspiração neonatal não especificada (P25.) Enfisema intersticial e afecções correlatas originadas no período perinatal (P25.0) Enfisema intersticial originado no período perinatal (P25.1) Pneumotórax originado no período perinatal (P25.2) Pneumomediastino originado no período perinatal (P25.3) Pneumopericárdio originado no período perinatal (P25.8) Outras afecções relacionadas com o enfisema intersticial originadas no período perinatal (P26.) Hemorragia pulmonar originada no período perinatal (P26.0) Hemorragia traqueobrônquica originada no período perinatal (P26.1) Hemorragia pulmonar maciça originada no período perinatal (P26.8) Outras hemorragias pulmonares originadas no período perinatal (P26.9) Hemorragia pulmonar não especificada originada no período perinatal (P27.) Doença respiratória crônica originada no período perinatal (P27.0) Síndrome de Wilson-Mikity (P27.1) Displasia broncopulmonar originada no período perinatal (P27.8) Outras doenças respiratórias crônicas originadas no período perinatal (P27.9) Doença respiratória crônica não especificada originada no período perinatal (P28.) Outras afecções respiratórias originadas no período perinatal (P28.0) Atelectasia primária do recém-nascido (P28.1) Outras atelectasias do recém-nascido e as não especificadas

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(P28.2) Crises cianóticas do recém-nascido (P28.3) Apnéia primária do sono do recém-nascido (P28.4) Outras apnéias do recém-nascido (P28.5) Insuficiência respiratória do recém-nascido (P28.8) Outras afecções respiratórias especificadas do recém-nascido (P28.9) Afecção respiratória do recém-nascido, não especificada (P29.) Transtornos cardiovasculares originados no período perinatal (P29.0) Insuficiência cardíaca neonatal (P29.1) Disritmia cardíaca neonatal (P29.2) Hipertensão neonatal (P29.3) Persistência da circulação fetal (P29.4) Isquemia miocárdica transitória do recém-nascido (P29.8) Outros transtornos cardiovasculares originados no período perinatal (P29.9) Transtornos cardiovasculares não especificados originados no período perinatal (P35-P39) Infecções Específicas do Período Perinatal (P35.) Doenças virais congênitas (P35.0) Síndrome da rubéola congênita (P35.1) Infecção congênita por citomegalovírus (P35.2) Infecção congênita por vírus do herpes (simples) (P35.3) Hepatite viral congênita (P35.8) Outras doenças virais congênitas (P35.9) Doença viral congênita não especificada (P36.) Septicemia bacteriana do recém-nascido (P36.0) Septicemia do recém-nascido devida a estreptococo do grupo B (P36.1) Septicemia do recém-nascido devida a outros estreptococos e aos nãoespecificados (P36.2) Septicemia do recém-nascido devida ao Stafilococcus aureus

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(P36.3) Septicemia do recém-nascido devida a outros estafilococos e aos nãoespecificados (P36.4) Septicemia do recém-nascido devida a Escherichia coli (P36.5) Septicemia do recém-nascido devida a anaeróbios (P36.8) Outras septicemias bacterianas do recém-nascido (P36.9) Septicemia bacteriana não especificada do recém-nascido (P37.) Outras doenças infecciosas e parasitárias congênitas (P37.0) Tuberculose congênita (P37.1) Toxoplasmose congênita (P37.2) Listeriose neonatal (disseminada) (P37.3) Malária falciparum congênita (P37.4) Outras malárias congênitas (P37.5) Candidíase neonatal (P37.8) Outras doenças infecciosas e parasitárias congênitas especificadas (P37.9) doenças infecciosa ou parasitária congênita não especificada (P38.) Onfalite do recém-nascido com ou sem hemorragia leve (P39.) Outras infecções específicas do período perinatal (P39.0) Mastite infecciosa neonatal (P39.1) Conjuntivite e dacriocistite neonatais (P39.2) Infecção intra-amniótica do feto não classificada em outra parte (P39.3) Infecção neonatal do trato urinário (P39.4) Infecção neonatal da pele (P39.8) Outras infecções especificadas próprias do período perinatal (P39.9) Infecção própria do período perinatal não especificada (P50-P61) Transtornos Hemorrágicos e Hematológicos do Feto e eo Recém-Nascido (P50.) Perda sangüínea fetal (P50.0) Perda sangüínea fetal devida a vasa prévia

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(P50.1) Perda sangüínea fetal por ruptura do cordão (P50.2) Perda sangüínea fetal originada da placenta (P50.3) Hemorragia para a circulação do outro gêmeo (P50.4) Hemorragia para a circulação materna (P50.5) Perda sangüínea devido a secção do cordão umbilical do outro gemelar (P50.8) Outras perdas sangüíneas fetais (P50.9) Perda sangüínea fetal não especificada (P51.) Hemorragia umbilical do recém-nascido (P51.0) Hemorragia umbilical maciça do recém-nascido (P51.8) Outras hemorragias umbilicais do recém-nascido (P51.9) Hemorragia umbilical do recém-nascido, não especificada (P52.) Hemorragia intracraniana não-traumática do feto e do recém-nascido (P52.0) Hemorragia intraventricular (não-traumática) grau 1, do feto e do recém-nascido (P52.1) Hemorragia intraventricular (não-traumática) grau 2, do feto e do recém-nascido (P52.2) Hemorragia intraventricular (não-traumática) grau 3, do feto e do recém-nascido (P52.3) Hemorragia intraventricular (não-traumática) não especificada, do feto e do recém-nascido (P52.4) Hemorragia intracerebral (não-traumática) do feto e do recém-nascido (P52.5) Hemorragia subaracnoídea (não-traumática) do feto e do recém-nascido (P52.6) Hemorragia cerebelar (não-traumática) e da fossa posterior do feto e do recém-nascido (P52.8) Outras hemorragias intracranianas (não-traumática) do feto e do recém-nascido (P52.9) Hemorragia intracraniana (não-traumática) do feto e do recém-nascido, não especificada (P53.) Doença hemorrágica do feto e do recém-nascido (P54.) Outras hemorragias neonatais (P54.0) Hematêmese neonatal (P54.1) Melena neonatal

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(P54.2) Hemorragia retal neonatal (P54.3) Outras hemorragias gastrointestinais do período neonatal (P54.4) Hemorragia supra-renal neonatal (P54.5) Hemorragia cutânea neonatal (P54.6) Hemorragia vaginal neonatal (P54.8) Outras hemorragias fetais e neonatais especificadas (P54.9) Hemorragia fetais e neonatal não especificada (P55.) Doença hemolítica do feto e do recém-nascido (P55.0) Isoimunização Rh do feto e do recém-nascido (P55.1) Isoimunização ABO do feto e do recém-nascido (P55.8) Outras doenças hemolíticas do feto e do recém-nascido (P55.9) Doença hemolítica não especificada do feto e do recém-nascido (P56.) Hidropsia fetal devida a doença hemolítica (P56.0) Hidropsia fetal devida à isoimunização (P56.9) Hidropsia fetal devida a outras doenças hemolíticas e às não especificadas (P57.) Kernicterus (P57.0) Kernicterus devido à isoimunização (P57.8) Outros kernicterus especificados (P57.9) Kernicterus não especificado (P58.) Icterícia neonatal devida a outras hemólises excessivas (P58.0) Icterícia neonatal devida a contusões (P58.1) Icterícia neonatal devida a sangramento (P58.2) Icterícia neonatal devida a infecção (P58.3) Icterícia neonatal devida a policitemia (P58.4) Icterícia neonatal devida a drogas ou toxinas transmitidas pela mãe ouadministradas ao recém-nascido

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(P58.5) Icterícia neonatal devida à deglutição de sangue materno (P58.8) Icterícia neonatal devida a outras hemólises excessivas especificadas (P58.9) Icterícia neonatal devida a hemólise excessiva não especificada (P59.) Icterícia neonatal devida a outras causas e às não especificadas (P59.0) Icterícia neonatal associada ao parto prematuro (P59.1) Síndrome da bile espessa (P59.2) Icterícia neonatal de outras lesões hepatocelulares e das não especificadas (P59.3) Icterícia neonatal devida a inibidores do leite materno (P59.8) Icterícia neonatal devida a outras causas especificadas (P59.9) Icterícia neonatal não especificada (P60.) Coagulação intravascular disseminada do feto e do recém-nascido (P61.) Outros transtornos hematológicos perinatais (P61.0) Trombocitopenia transitória neonatal (P61.1) Policitemia neonatal (P61.2) Anemia da prematuridade (P61.3) Anemia congênita por perda sangüínea fetal (P61.4) Outras anemias congênitas não classificada em outra parte (P61.5) Neutropenia transitória neonatal (P61.6) Outros transtornos transitórios de coagulação do período neonatal (P61.8) Outros transtornos hematológicos perinatais especificados (P61.9) Transtorno hematológico perinatal não especificado (P70-P74) Transtornos Endócrinos e Metabólicos Transitórios Específicos do Feto e do Recém-Nascido (P70.) Transtornos transitórios do metabolismo dos carboidratos específicos do feto e do recém-nascido (P70.0) Síndrome do filho de mãe com diabetes gestacional (P70.1) Síndrome do filho de mãe diabética

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(P70.2) Diabetes mellitus neonatal (P70.3) Hipoglicemia neonatal iatrogênica (P70.4) Outras hipoglicemias neonatais (P70.8) Outros transtornos transitórios do metabolismo dos carboidratos do feto e do recém-nascido (P70.9) Transtorno transitório não especificado do metabolismo dos carboidratos do feto e do recém-nascido (P71.) Transtornos transitórios do metabolismo do cálcio e do magnésio do período neonatal (P71.0) Hipocalcemia do recém-nascido pelo uso de leite de vaca (P71.1) Outras hipocalcemias neonatais (P71.2) Hipomagnesemia neonatal (P71.3) Tetania neonatal sem deficiência de cálcio ou magnésio (P71.4) Hipoparatiroidismo neonatal transitório (P71.8) Outros transtornos transitórios do metabolismo do cálcio e do magnésio do período neonatal (P71.9) Transtornos transitórios não especificados do metabolismo do cálcio e do magnésio do período neonatal (P72.) Outros transtornos endócrinos transitórios do período neonatal (P72.0) Bócio neonatal, não classificado em outra parte (P72.1) Hipotireoidismo neonatal transitório (P72.2) Outros transtornos transitórios da função de tireóide não classificados em outra parte (P72.8) Outros transtornos endócrinos transitórios e especificados do período neonatal (P72.9) Transtorno endócrino neonatal transitório não especificado (P74.) Outros distúrbios eletrolíticos e metabólicos transitórios do período neonatal (P74.0) Acidose metabólica tardia do recém-nascido (P74.1) Desidratação do recém-nascido (P74.2) Distúrbios do equilíbrio de sódio do recém-nascido (P74.3) Distúrbios do equilíbrio de potássio do recém-nascido

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(P74.4) Outros distúrbios eletrolíticos transitórios do recém-nascido (P74.5) Tirosinemia transitória do recém-nascido (P74.8) Outros distúrbios metabólicos transitórios do recém-nascido (P74.9) Distúrbio metabólico transitório não especificado do recém-nascido (P75-P78) Transtornos do Aparelho Digestivo do Feto ou do Recém-Nascido (P75.) * Íleo meconial (E84.1†) (P76.) Outras obstruções intestinais do recém-nascido (P76.0) Síndrome da “rolha de mecônio” (P76.1) Íleo transitório do recém-nascido (P76.2) Obstrução intestinal devido a leite espesso (P76.8) Outras obstruções intestinais especificadas do recém-nascido (P76.9) Obstrução intestinal não especificada do recém-nascido (P77.) Enterocolite necrotizante do feto e do recém-nascido (P78.) Outros transtornos do aparelho digestivo do período perinatal (P78.0) Perfuração intestinal no período perinatal (P78.0) Outras peritonites neonatais (P78.0) Hematemese e melena devidas a deglutição de sangue materno (P78.0) Diarréia neonatal não-infecciosa (P78.0) Outros transtornos perinatais especificados do aparelho digestivo (P78.0) Transtorno perinatal não especificado do aparelho digestivo (P80-P83) Afecções Comprometendo o Tegumento e a Regulação Térmica do Feto e do Recém-Nascido (P80.) Hipotermia do recém-nascido (P80.0) Síndrome de lesão pelo frio (P80.8) Outras hipotermias do recém-nascido (P80.9) Hipotermia não especificada do recém-nascido

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(P81.) Outros distúrbios da regulação térmica do recém-nascido (P81.0) Hipertermia ambiental do recém-nascido (P81.8) Outros distúrbios especificados da regulação térmica do recém-nascido (P81.9) Distúrbio não especificado da regulação térmica do recém-nascido (P83.)Outras afecções comprometendo o tegumento específicas do feto e do recém-nascido (P83.0) Esclerema neonatal (P83.1) Eritema tóxico neonatal (P83.2) Hidropsia fetal não-devida à doença hemolítica (P83.3) Outros edemas e os não especificados próprios do feto e do recém-nascido (P83.4) Intumescimento mamário do recém-nascido (P83.5) Hidrocele congênita (P83.6) Pólipo umbilical do recém-nascido (P83.8) Outras afecções especificadas do tegumento próprias do feto e do recém-nascido (P83.9) Afecção não especificada do tegumento própria do feto e do recém-nascido (P90-P96) Outros transtornos originados no período perinatal (P90.) Convulsões do recém-nascido (P91.) Outros distúrbios da função cerebral do recém-nascido (P91.0) Isquemia cerebral neonatal (P91.1) Cistos periventriculares adquiridos do recém-nascido (P91.2) Leucomalácia cerebral neonatal (P91.3) Irritabilidade cerebral neonatal (P91.4) Depressão cerebral neonatal (P91.5) Coma neonatal (P91.6) Encefalopatia hipóxico-isquêmica do recém-nascido (P91.8) Outros distúrbios especificados da função cerebral do recém-nascido (P91.9) Distúrbio não especificado da função cerebral do recém-nascido (P92.) Problemas de alimentação do recém-nascido

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(P92.0) Vômitos no recém-nascido (P92.1) Regurgitação e ruminação no recém-nascido (P92.2) Alimentação vagarosa do recém-nascido (P92.3) Subalimentação do recém-nascido (P92.4) Hiperalimentação do recém-nascido (P92.5) Dificuldade neonatal na amamentação no peito (P92.8) Outros problemas de alimentação do recém-nascido (P92.9) Problema não especificado de alimentação do recém-nascido (P93.) Reações e intoxicações devidas a drogas administradas ao feto e ao recém-nascido (P94.) Transtornos do tônus muscular do recém-nascido (P94.0) Miastenia grave neonatal transitória (P94.1) Hipertonia congênita (P94.2) Hipotonia congênita (P94.8) Outros transtornos do tônus muscular do recém-nascido (P94.9) Transtorno não especificado do tônus muscular do recém-nascido (P95.) Morte fetal de causa não especificada (P96.) Outras afecções originadas no período perinatal (P96.0) Insuficiência renal congênita (P96.1) Sintomas de abstinência neonatal de drogas utilizadas pela mãe (P96.2) Sintomas de abstinência do uso de drogas terapêuticas no recém-nascido (P96.3) Suturas cranianas amplas no recém-nascido (P96.4) Interrupção de gravidez, afetando o feto e recém-nascido (P96.5) Complicações de procedimentos intra-uterinos não classificados em outra parte (P96.8) Outras afecções especificadas originadas no período perinatal (P96.9) Afecções originadas no período perinatal não especificadas

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ELABORADO E REVISADO POR: Profa. Dra. AURIMERY CHERMONT - Profa. Adjunto II da Disciplina de Pediatria - UFPA – Doutora em Ciências Médicas pela Unifesp – Especialista em Pediatria e Neonatologia pela SBP - Coordenadora do Ambulatório do Prematuro FSCMPA - Diretora Clinica da Maternidade Saúde da Criança - Revisora da Revista Paulista de Pediatria - Instrutora do Curso de Reanimação Neonatal SBP e - Coordenadora do curso PALS (suporte avançado de vida em Pediatria) pela SBP e AHA Revisado em JANEIRO 2012