cartas a um jovem jornalista - critica literária
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Atrás de um bom jornalista, está sempre um bom escritor "Cartas a Um Jovem Jornalista!, Juan Luis Cebrián (1998)TRANSCRIPT
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Atrás de um bom jornalista, está sempre um bom
escritor
Literatura |
Cartas a Um JovemJornalista Juan Luis Cebrián, 1998
Juan Luis Cebrián é jornalista e escreveu Cartas A Um Jovem Jornalista em
1997. O destino das cartas: um amigo imaginário denominado Honório.
Metáfora para um conjunto de estórias, todas elas exemplificativas de
temáticas indispensáveis e de reflexão a todos os jornalistas e todas as
pessoas com qualquer outra profissão.
O primeiro director do El País evoca, com espírito ensaísta e em tom de
imensa sensibilidade e bom senso, aspectos importantes de ressalvar no
panorama actual. É, aliás um livro intemporal. De leitura fácil, sedutor e de
extrema acessibilidade pela construção da narrativa amadurecida, Cartas a
Um Jovem Jornalista revela conselhos e dicas essenciais, em tom de carta, à
prática do jornalismo. Ainda assim, é aconselhável a qualquer pessoa. Dos 20
aos 120.
Indissociável do toque humano ao longo de todas as páginas, não deixa de
manifestar a dura e simultaneamente subtil ironia, sempre tolerante, contudo.
O próprio produto é resultado e prova das características apontadas pelo
próprio autor. Transpira sensibilidade e competências humanas e sociais.
Aborda a problemática da formação específica universitária vs. apenas
sensibilidade e curiosidade. Rejeita a ideia de vocação, brincando
ironicamente com o conceito de vocação enquanto chamada de Deus.
O livro reúne reflexões sobre a moral em detrimento do direito à informação e
às árduas barreiras do direito/ moral/ liberdade de expressão. Questiona se
todos os fins justificam os meios e aponta o dedo a algumas pessoas que
encaram o exercício da profissão como «sacerdotes, políticos ou juízes».
Acusa a lei espanhola de ambígua e confusa, dando sempre exemplos reais
para melhor ilustrar o panorama.
Não deixando de parte o binómio Jornalismo vs. Literatura/ Ficção vs.
Informação ou enunciar os memoráveis romancistas repórteres (Garcia
Márquez, Hemingway, Mark Twain, Balzac, F), destacando Ortega y Gasset e
obras como A Rebelião das Massas, Cebrián, revela-se possuidor de uma
enorme intertextualidade literária.
Passando pela noção e reflexão sobre a propriedade dos media, o percurso
profissional de Juan Luis Cebrián ajudou, efectivamente, à compreensão da
temática evocada. Partindo da sua experiência pessoal, de quando pertenceu
à equipa fundadora do El País, o jornalista refere a corrente progressista pelo
qual grandes órgãos internacionais como o El Monde se seguiam, na época.
Sem nunca esquecer o contexto histórico-social em que se enquadravam os
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factos ocorridos e de corrente explícita e exemplificativa, o autor também não
esconde a subtileza do discurso que pretende despoletar introspecções no
leitor. Leituras para estudar e ler atentamente, para reter uma série de
considerações do jornalista e escritor espanhol de, actualmente, 66 anos.
Um conjunto de cartas sublimes e perspicazes para apreender, gentilmente.
Cartas que encerram atenta observação e sagacidade. A chave para o
jornalista? Cebrián diz que é a curiosidade.
Filipa Mora, 2010
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Dica:21-03-2011
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