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1 CARTA EDUCATIVA DE ANGRA DO HEROÍSMO 2015

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Page 1: CARTA EDUCATIVA DE ANGRA DO HEROÍSMO · educativas disponíveis a nível ... 9.2 ‐ Centro de Atividades de ... , por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de Angra

 

 

  

CARTA EDUCATIVA 

DE ANGRA DO HEROÍSMO 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2015 

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O Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10 de novembro, que regulamenta as

competências de planeamento, projeto, construção e manutenção de infraestruturas

escolares na Região Autónoma dos Açores, bem como as normas de segurança e de

proteção ambiental a que devem obedecer, enquadrou a elaboração da Carta Educativa.

A elaboração doa proposta é competência da Câmara Municipal, cabendo a aprovação à

Assembleia Municipal, após discussão e parecer do Conselho Local de Educação. O mesmo

diploma estabelece na alínea a) do seu artigo 3.º que a Carta Educativa é «o instrumento

de planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos de

responsabilidade municipal, organizada de acordo com as ofertas de educação e formação

que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos

educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada

Município».

Objetivos da Carta Educativa:

Os objetivos, estrutura e forma de elaboração e aprovação da Carta Educativa encontram-

se fixados nos artigos 14.º a 19.º do Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10

de novembro. Aquele diploma estabelece os seguintes objetivos para a Carta Escolar:

• Assegurar a adequação da rede de estabelecimentos de educação pré-escolar e

de ensino básico e secundário, para que, em cada momento as ofertas

educativas disponíveis a nível municipal respondam à procura efetiva do

Município;

• Assegurar a racionalização e complementaridade de ofertas de educação e

formação e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de

descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos

estabelecimentos de educação e de ensino públicos e os respetivos

agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos

projetos educativos das escolas;

• Promover o desenvolvimento do processo de agrupamento de escolas com vista

à criação das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de

excelência e de competências educativas, bem como as condições para a gestão

eficiente e eficaz dos recursos educativos disponíveis;

• Garantir a coerência da rede educativa com a política urbana do Município.

Ficha Técnica:

Título: Carta Educativa de Angra do Heroísmo

Ano: 2015

Editor: Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Morada: Praça Velha

9701-857 Angra do Heroísmo

Contactos:

Telefone - +351 295 401 700

e-mail - [email protected]

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Índice 

 

1 ‐ Introdução .................................................................................................................................................................. 13 

2 – Enquadramento do território .................................................................................................................................... 18 

2.1 ‐ Caraterização geográfica ..................................................................................................................................... 18 

2.2 ‐ Caracterização Administrativa ............................................................................................................................ 20 

2.3 ‐ Caracterização Urbana ........................................................................................................................................ 22 

2.4 ‐ Análise socioeconómica ...................................................................................................................................... 23 

2.5 ‐ Património Natural ............................................................................................................................................. 24 

2.6 ‐ Património Cultural ............................................................................................................................................. 26 

3 – Caracterização demográfica ...................................................................................................................................... 30 

3.1 ‐ Evolução e distribuição da população ................................................................................................................ 31 

3.2 ‐ Densidade Populacional ...................................................................................................................................... 36 

3.3 ‐ Crescimento natural............................................................................................................................................ 37 

3.4 ‐ Taxa de fecundidade ........................................................................................................................................... 39 

3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência .............................................................................................. 41 

3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos ..................................................................................... 50 

3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total ................................................................................ 51 

3.8 ‐ Dimensão das Famílias ........................................................................................................................................ 52 

3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente ................................................................................................... 53 

4 – Caracterização sócio‐económica ............................................................................................................................... 59 

4.1 ‐ População Ativa e Empregada ............................................................................................................................ 59 

4.2 ‐ Setores de atividade e profissões ....................................................................................................................... 65 

4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção ........................................................................................................................... 69 

4.4 ‐ Acessibilidades .................................................................................................................................................... 72 

5 – Caracterização do sistema educativo ........................................................................................................................ 74 

5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo ..................................................................................................................... 74 

5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores .......................................................................................... 75 

5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo ......................................................................................... 77 

5.4 ‐ Evolução do número de alunos .......................................................................................................................... 81 

5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada ................................................................................................................................. 81 

5.4.2 ‐ Rede Pública ................................................................................................................................................. 83 

5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo .......................................................................................... 96 

5.5 ‐ Indicadores ........................................................................................................................................................ 105 

5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção ..................................................................................................................... 105 

5.5.2 ‐ Escolarização .............................................................................................................................................. 117 

5.5.3 ‐ Abandono Escolar ...................................................................................................................................... 119 

5.5.4 ‐ Atraso Escolar ............................................................................................................................................ 122 

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5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais ........................................................................... 123 

5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial ............................................................................................................... 127 

5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) ............................................................... 134 

5.9 ‐ Ação Social Escolar ............................................................................................................................................ 135 

5.10 ‐ Transportes Escolares ..................................................................................................................................... 136 

5.11 ‐ Recursos Humanos .......................................................................................................................................... 138 

6 – Ensino Superior ....................................................................................................................................................... 143 

7 ‐ Infraestruturas escolares públicas ........................................................................................................................... 149 

7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................................ 149 

7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................... 156 

7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico .............................................................. 159 

8 ‐ Infraestruturas desportivas ...................................................................................................................................... 161 

9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ................................................................................................ 162 

9.1 ‐ Creches .............................................................................................................................................................. 163 

9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) ................................................................................................ 164 

9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens .................................................................................................... 165 

9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ................................................................................................................. 165 

9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude .............................................................................................................................. 165 

9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO ........................................................................................................ 167 

10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo ......................................................... 168 

11 ‐ Diagnóstico estratégico ......................................................................................................................................... 170 

12 ‐ Princípios, objetivos e ação .................................................................................................................................... 173 

13 ‐ Monitorização ........................................................................................................................................................ 182 

Glossário........................................................................................................................................................................ 184 

Bibliografia .................................................................................................................................................................... 190 

 

 

   

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Índice de Figuras 

 

Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo .......................................................................... 21 

Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011) ............................................................................................ 37 

Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores ..................................................... 76 

 

 

   

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Índice de Quadros 

 

Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013) ............................................................................. 30 

Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo ..................................... 32 

Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011) ................................................................................ 36 

Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ................................................... 37 

Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) ............................... 42 

Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo (2011) ......... 46 

Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011) ......................................................................................................... 53 

Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011) ........................................................... 54 

Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011 ........................................... 59 

Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66 

Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66 

Quadro 12  ‐ População  residente empregada  segundo grupos de profissão no  concelho de Angra do Heroísmo 

(2001‐2011) ................................................................................................................................................................. 68 

Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ........................... 69 

Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ...................... 69 

Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) .................................... 79 

Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do Heroísmo 

(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79 

Quadro  17  ‐  Capacidade  e  frequência  dos  estabelecimentos  de  educação  pré‐escolar,  solidário  e  particular 

(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79 

Quadro 18  ‐ Estrutura da  rede pública e privada do  concelho de Angra do Heroísmo por  freguesias e nível de 

escolaridade (2014/2015) ........................................................................................................................................... 80 

Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de 

Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................. 82 

Quadro  20  ‐ Alunos matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e modalidade  de  ensino,  no  concelho  de Angra  do 

Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83 

Quadro  21  ‐ Alunos matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e modalidade  de  ensino,  no  concelho  de Angra  do 

Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83 

Quadro 22 – Evolução do número de alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no 

concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) ............................................................... 86 

Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no 

concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86 

Quadro 24  ‐ Evolução do número de alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no 

concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86 

Quadro 25  ‐   Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco 

Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015) .......................................................................................................... 88 

Quadro 26  ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por  ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco 

Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015) ....................................................................................................... 88 

Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de Angra do 

Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90 

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Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de Angra do 

Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90 

Quadro  29 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás 

de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 

Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás 

de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 

Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados   (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 

Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados   (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 

Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 

Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares 

e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................................... 96 

Quadro 35  ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede privada 

(2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................ 97 

Quadro  36  ‐  Evolução  dos  alunos matriculados    (%)  na  educação  pré‐escolar  na  rede  privada  (2006/2007  ‐ 

2014/2015) .................................................................................................................................................................. 99 

Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................... 99 

Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 101 

Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 101 

Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015 ................................................................................................................ 101 

Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 102 

Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 102 

Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 102 

Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 103 

Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 104 

Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 104 

Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 105 

Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 105 

Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013) ....................................................... 119 

Quadro  50  ‐  Percentagem  de  alunos matriculados  em  idade  ideal  de  frequência  de  acordo  com  o  nível  de 

escolaridade (2011) ................................................................................................................................................... 119 

Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15) .................................................................................................................. 125 

Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16) .................................................................................................................. 126 

Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015) .......... 135 

Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade ................................ 135 

Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º Ciclos ..... 137 

Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino Secundário e 

outras modalidades .................................................................................................................................................. 138 

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Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, 

no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ..................................................................................................... 139 

Quadro  58  ‐  Pessoal  docente,  em  exercício  efetivo  de  funções,  nos  2º  e  3º  Ciclos  do  Ensino  Básico  e  Ensino 

Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................................................................. 139 

Quadro 59  ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de  funções, na Educação Especial, no concelho de Angra do 

Heroísmo (2014/2015) .............................................................................................................................................. 139 

Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra do Heroísmo 

(2014/2015) .............................................................................................................................................................. 139 

Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)

 .................................................................................................................................................................................. 142 

Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) ........................................... 145 

Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação) .................... 146 

Quadro  64  ‐  Alunos  inscritos  no  1º  ano  pela  1ª  vez  em  estabelecimentos  de  ensino  superior  com  residência 

permanente na Região Autónoma dos Açores* ....................................................................................................... 147 

Quadro  65  ‐  Alunos  inscritos  no  1º  ano  pela  1ª  vez  em  estabelecimentos  de  ensino  superior  com  residência 

permanente no concelho de Angra do Heroísmo* ................................................................................................... 147 

Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015) .......................................................... 148 

Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond ......................................... 149 

Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo ..................................................... 151 

Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba .......................................................... 152 

Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho .. 154 

Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade ................................................ 155 

Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ............. 157 

Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................... 157 

Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158 

Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158 

Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 159 

Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017) ............... 159 

Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento ............................................................ 161 

Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo ........................................................................................ 163 

Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) .................................................................................... 164 

Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens .......................................................................................... 165 

Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ..................................................................................................... 165 

Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude ............................................................................................................... 166 

Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ...................................................................................................... 167 

Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível ......... 167 

 

 

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Índice de Gráficos 

 

Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%) ................................................ 18 

Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%)................................... 22 

Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013) ......................................................................................... 30 

Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013) ............................................................................................................ 31 

Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do Heroísmo  (2011)

 .................................................................................................................................................................................... 32 

Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011) ................................................................. 33 

Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013) ...................................................................... 38 

Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013) ...................................................................................................... 38 

Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013) ................................................................................................... 38 

Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013) ............................................................... 39 

Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ............................................................. 39 

Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo (2001‐2013)

 .................................................................................................................................................................................... 40 

Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade .............................................................................................................. 41 

Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013) ...................................................... 42 

Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013) ......................................................... 43 

Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011) ................................................................................................................ 44 

Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011) ....................................................................................... 47 

Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011) .................................................................................................. 47 

Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013) ...................... 50 

Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013) ................................................................................. 50 

Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013) ................................................................................. 51 

Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013) ......................................................................................... 52 

Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011) .................................................................... 54 

Gráfico 24 ‐ População residente (%) por  nível de escolaridade (2011) .................................................................... 55 

Gráfico 25  ‐ População  residente  (%), de 15 e mais anos,  sem nível de escolaridade, no  concelho de Angra do 

Heroísmo (1960‐2011) ................................................................................................................................................ 57 

Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra do Heroísmo 

(1960‐2011) ................................................................................................................................................................. 58 

Gráfico  27  ‐  População  residente  (%),  de  15  e  mais  anos,  com  ensino  superior,  no  concelho  de  Angra  do 

Heroísmo(1960‐2011) ................................................................................................................................................. 58 

Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011) ................................................................................. 60 

Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011) ....................................................... 60 

Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014) ........................................................................... 62 

Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014) ............................................ 62 

Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014) ................... 63 

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10 

 

Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014) ................................. 63 

Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014) ....................................................... 64 

Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011) .......................................................................................................... 64 

Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011) ............................................................................ 65 

Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011) ................................................................... 65 

Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011) .................................................... 66 

Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do Heroísmo (2011)

 .................................................................................................................................................................................... 68 

Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da população residente) 

(2009‐2013) ................................................................................................................................................................. 71 

Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de Angra do 

Heroísmo (2009‐2013) ................................................................................................................................................ 71 

Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013) .................. 72 

Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de Angra do 

Heroísmo (%) (2009‐2013) .......................................................................................................................................... 72 

Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 

(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) ..................................................................................................... 82 

Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 

(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação ............................................................................. 82 

Gráfico  46  ‐ Alunos matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e modalidade  de  ensino,  no  concelho  de Angra  do 

Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação .......................................................... 83 

Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 

(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015) ..................................................................................................... 85 

Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 

(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 85 

Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 

(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 86 

Gráfico 50  ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por  ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI 

Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 87 

Gráfico 51  ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por  ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI 

Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 88 

Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de 

Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 89 

Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de 

Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 90 

Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás 

de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 91 

Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás 

de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 

Gráfico 56  ‐  Evolução do número de  alunos matriculados, por  ciclo de  estudo  e modalidade de  ensino, na  ES 

Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................... 94 

Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 94 

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11 

 

Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI 

dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ...................................................................................................... 96 

Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do 

Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98 

Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do 

Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98 

Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ................................................. 99 

Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de 

Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 100 

Gráfico 63  ‐ Evolução do número de alunos matriculados no  INETESE, Polo de Angra do Heroísmo  (2006/2007  ‐ 

2014/2015) ................................................................................................................................................................ 102 

Gráfico  64  ‐    Alunos matriculados  no  Polo  de  Angra  do  Heroísmo  da  Escola  Profissional  da  Praia  da  Vitória 

(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 103 

Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo (2010/2011 

‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................................. 104 

Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores,  Terceira e 

Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ................................................................ 107 

Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 

Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108 

Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 

Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108 

Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 

Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 109 

Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. Açores, Terceira 

e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................................. 109 

Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos Açores (redes 

pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014) ............................................................................................................ 110 

Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no concelho de 

Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) .................................................................... 110 

Gráfico 73  ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira 

Drummond (2011/2012 – 2013/2014) ..................................................................................................................... 111 

Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo 

(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 111 

Gráfico 75  ‐ Taxa de  transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba 

(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 112 

Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo Emiliano de 

Andrade (2010/2011 – 2013/2014) .......................................................................................................................... 112 

Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2013/2014) 113 

Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

(2009/2010 ‐ 2013/2014) .......................................................................................................................................... 113 

Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 114 

Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia da Vitória 

(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 114 

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12 

 

Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira  (2010/2011 ‐ 2014/2015) .............................. 115 

Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de Angra do 

Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 115 

Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de Angra do 

Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 116 

Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do Heroísmo ........ 120 

Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e Madeira ......... 121 

Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012) ............................................................. 123 

Gráfico 87  ‐  Evolução do número de  alunos do  regime  educativo especial no  concelho de Angra do Heroísmo 

(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129 

Gráfico 88  ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo 

(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129 

Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos matriculados no 

concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ..................................................................................... 130 

Gráfico 90  ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial, na EBI Francisco Ferreira Drummond 

(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 130 

Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira Drummond 

(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 131 

Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/2013 ‐ 

2014/2015) ................................................................................................................................................................ 131 

Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/13 ‐ 

2014/15) .................................................................................................................................................................... 132 

Gráfico 94  ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba  (2012/2013  ‐ 

2014/2015) ................................................................................................................................................................ 132 

Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 

2014/2015) ................................................................................................................................................................ 133 

Gráfico 96  ‐ Evolução do número de alunos do  regime educativo especial na ES  Jerónimo Emiliano de Andrade 

(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 133 

Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 134 

Gráfico  98  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  subsidiados  (%),  por  unidade  orgânica,  no  concelho  de Angra  do 

Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015) ........................................................................................................................ 136 

Gráfico 99  ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de  funções no  concelho de Angra do Heroísmo por unidade 

orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 140 

Gráfico 100  ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de  funções no concelho de Angra do Heroísmo por nível de 

ensino (2014/2015) ................................................................................................................................................... 140 

Gráfico 101  ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de  funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade 

orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 141 

Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com residência 

permanente Angra do Heroísmo (%) ........................................................................................................................ 147 

Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global ............................................................................................... 168 

Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário ............................................................................................ 169 

 

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13 

 

1 ‐ Introdução 

A história da intervenção dos Municípios em matéria de educação está diretamente ligada à história do poder 

local  em  Portugal.  Durante  os  anos  do  Estado  Novo  estes  órgãos  não  tinham  autonomia,  sendo 

representantes locais do aparelho central do Estado. As suas atribuições em matéria de educação limitavam‐

se à construção, conservação e manutenção das escolas primárias, o que, mesmo sendo escasso, era difícil 

de cumprir, tendo‐se verificado alguma degradação do parque escolar. 

A partir do 25 de abril de 1974 este panorama alterou‐se. A primeira Lei das Finanças Locais, a Lei n.º 1/79, 

de 2 de janeiro, veio impor a transferência de uma percentagem do Orçamento do Estado para os Municípios, 

criando um Fundo de Equilíbrio Financeiro que fornecia às autarquias capacidade de intervenção em diversos 

âmbitos, entre os quais o educativo. Verifica a existência graves carências ao nível das infraestruturas básicas 

(água, saneamento e vias de comunicação), a educação não foi considerada, na maior parte dos casos, uma 

das intervenções prioritárias. Era consoante as possibilidades orçamentais dos Municípios que se procedia a 

intervenções na  infraestrutura escolar, nomeadamente na construção e recuperação e, pontualmente, na 

expansão do parque escolar do ensino primário e da educação pré‐escolar (esta última a partir de 1979, com 

a criação do sistema público). 

A primeira legislação a regulamentar as atribuições dos Municípios em matéria de educação surgiu em 1984, 

com a publicação de um pacote legislativo autárquico que incluiu o Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de março, 

que estabeleceu o regime da delimitação e da coordenação das atuações da administração central e local 

em matéria de investimentos públicos, e o Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, que operou a revisão da 

Lei n.º 79/77, de 25 de outubro, no sentido da atualização e reforço das atribuições das autarquias locais e 

da  competência  dos  respetivos  órgãos.  Estes  diplomas  não  transferem  propriamente  competências  da 

administração central para a local, mas antes responsabilidades financeiras. O Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de 

março, transferiu para os Municípios a responsabilidade pelos investimentos nos domínios da construção e 

equipamento de estabelecimentos de educação pré‐escolar e de ensino básico, de algumas componentes da 

ação social escolar e dos transportes escolares, da criação de equipamentos para a educação de adultos e da 

organização de atividades de ocupação dos tempos livres. O Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, por sua 

vez, atribuiu aos Municípios competências em matéria de «interesses próprios, comuns e específicos das 

populações locais», o que inclui a educação e o ensino. 

A  amplitude  e  indefinição  destes  diplomas  alargou  a  possibilidade  de  intervenções  educacionais  dos 

Municípios, que  continuaram a  intervir ao nível do parque escolar, da educação  infantil, das bibliotecas 

municipais, da educação de adultos, das atividades extra‐escolares, da ação social e do desporto. Por forma 

a dar resposta a todas estas atribuições, os Municípios foram criando departamentos ou serviços educativos. 

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Pouco tempo após a publicação deste conjunto de diplomas foi publicada a primeira Lei de Bases do Sistema 

Educativo, a Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, que, apesar de definir o sistema educativo como descentralizado 

e desconcentrado e de referir estruturas administrativas de âmbito local, acaba por deixar para o futuro a 

definição das competências municipais na educação, e por citar os Municípios no conjunto dos parceiros 

sociais que colaboram, participam ou prestam serviços educativos. Na  legislação educativa que  foi sendo 

produzida as autarquias aparecem como parceiros ou órgão consultivos, mas nada altera substancialmente 

as suas competências. Apenas com a Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, foi transferida da administração 

central para os Municípios a responsabilidade de elaborar a Carta Educativa. Mais tarde, pelo Decreto‐Lei n.º  

7/2003,  de  15  de  janeiro,  a  carta  educativa  foi  definida  como  um  instrumento  de  planeamento, 

complementar ao Plano Diretor Municipal. Na Região Autónoma dos Açores a matéria  foi  regulada pelo 

Decreto  Legislativo  Regional  n.º  27/2005/A,  de  10  de  novembro,  que  regulamenta  as  competências  de 

planeamento,  projeto,  construção  e manutenção  de  infraestruturas  escolares  na  Região  Autónoma  dos 

Açores, bem como as normas de segurança e de proteção ambiental a que devem obedecer. É esse o diploma, 

que alterado pelos Decreto Legislativo n.º 23/2010/A, de 30 de  junho, e Decreto Legislativo Regional n.º 

6/2015/A, de 5 de março, enquadra nos Açores a elaboração das Cartas Educativas. 

Gradualmente os Municípios têm reforçado a sua intervenção na administração da educação local, quer por 

via das competências legalmente atribuídas, quer pela interpretação que fazem dos seus poderes e deveres 

enquanto  estruturas  autónomas,  como  órgãos  eleitos  e  representativos  das  populações  que  servem. 

Sustentando‐se neste facto, assumem‐se no direito de participar em todas matérias de interesse público, em 

particular em sectores estruturantes para o desenvolvimento  local e preponderantes na melhoria de vida 

das populações como é o sector da educação. 

Nos últimos anos tem recrudescido a discussão sobre a necessidade de haver uma profunda alteração do 

papel  do  Estado  nos  processos  de  decisão  política  e  de  administração  da  educação,  defendendo‐se  a 

transferência de mais competências e funções do nível central e regional para o nível local. Alguns autores 

como Barreto (1995) advogam que «(…) a centralização contemporânea, além de razoavelmente  inútil, se 

vem transformando num obstáculo ao desenvolvimento educativo e num prejuízo social». Carneiro (2003) 

considera urgente  inverter  a  tradição de  gestão  centralizada do  sistema  educativo,  transferindo para  as 

autarquias o poder de decisão. 

Dentro  desta  perspetiva,  Fernandes  (1996)  sublinha  «que  os  Municípios  serão  sempre  um  parceiro 

insubstituível de qualquer processo de descentralização». Diz ainda este autor que é importante atribuir ao 

Município um maior papel dentro do sistema público de ensino, sobretudo nos domínios onde já tem uma 

experiência acumulada. 

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De facto, as autarquias têm vindo a assumir um papel de crescente importância no domínio da administração 

educativa. Se numa primeira fase as competências e atribuições que lhes eram transferidas assumiam formas 

de participação ao nível das tarefas, a partir da década de 1990 é‐lhes outorgada uma maior intervenção nas 

questões  educativas,  passando  a  participar  na  direção  e  administração  das  escolas,  assumindo  a 

responsabilidade da elaboração da carta educativa e da constituição dos conselhos locais da educação. 

O envolvimento crescente do Município na educação tem suscitado alguns receios e reservas, como salienta 

Fernandes (1996) ao referir que esta intervenção depara‐se ainda com resistências de vária ordem, fundadas 

em interpretações distorcidas que levaram à construção de estereótipos municipais que não correspondem 

à realidade vivida e que tornam as relações entre a escola, Município e governo, um campo ainda rodeado 

de incompreensões. 

A presença dos Municípios na educação é hoje uma realidade incontornável, quer no estrito cumprimento 

das suas atribuições e competências, quer extrapolando‐as em margens de autonomia mais ou menos latas 

e mais ou menos  intervenientes, os Municípios são órgãos  importantes e  insubstituíveis da administração 

educativa. 

Quando  se pensa no desenvolvimento de uma  comunidade, no  seu bem‐estar e na  construção de uma 

melhor qualidade de vida, exigem‐se decisões que não  tendo  todas  resultados no  imediato,  constituem 

apostas de cuja qualidade dependerão fortemente os seus efeitos no futuro. 

A educação e a formação dos membros da comunidade encontram‐se na primeira linha destas apostas. A 

tomada de consciência deste facto tem como resultado, na prática, que uma das principais preocupações 

dos Municípios, como órgãos representativos das comunidades locais, deva ser a educação, concebendo a 

sua atuação nesta área com uma visão estratégica que ultrapasse o imediatismo que a comodidade pontual 

aconselharia. Importa disponibilizar as melhores condições possíveis às comunidades educativas para que a 

sua atuação se transforme em êxito e consequentemente dela se retire o máximo de eficácia. 

Do  ponto  de  vista  formal,  a  Carta  Educativa  é  definida  como  o  instrumento,  a  nível  municipal,  de 

planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de 

acordo  com as ofertas de educação e  formação que  seja necessário  satisfazer,  tendo em vista a melhor 

utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada 

Município.  Contudo,  este  documento,  pode  e  deve  ultrapassar  o  simples  patamar  do  planeamento  e 

ordenamento  prospetivo  de  edifícios  e  equipamentos  educativos,  e  conter  as  linhas  fundamentais  do 

desenvolvimento estratégico da educação, no seu todo, no concelho. Se o desenvolvimento de cada cidadão 

leva a uma melhoria das condições de vida individual e do agregado em que se insere, a educação conjunta 

da comunidade eleva sobremaneira a capacidade de todos tirarem melhor partido dos meios que, em cada 

momento,  estão  disponíveis.  A  educação  não  pode  ser  um  conjunto  de  atos  isolados,  incidindo  sobre 

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indivíduos  isolados.  A  educação  tem  de  ser  um  ato  social  em  que  os  “atores”  e  os  “espectadores”  se 

confundem. 

A presente Carta Educativa pretende constituir‐se como um documento estratégico para a política educativa 

municipal, que para além de procurar  retratar o concelho de Angra do Heroísmo nos  seus aspetos mais 

importantes do ponto de vista geográfico, demográfico, económico e social, contém um balanço da situação 

educacional. Na sequência do diagnóstico e análise síntese da situação atual, propõe‐se um conjunto de 

propostas  de  ação  e  apresenta‐se  uma  metodologia  de  monitorização  e  de  avaliação  das  ações  a 

implementar. Deseja‐se que a Carta Educativa constitua um documento vivo,  isto é, um documento que 

possa responder às necessidades da comunidade e como tal seja atualizável e atualizado sempre que tal se 

verifique necessário. 

A Carta Educativa do concelho de Angra do Heroísmo, em vigor,  foi aprovada em reunião de Assembleia 

Municipal em fevereiro de 2014. No entanto, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo considerou proceder 

à respetiva revisão, por forma a permitir à Autarquia implementar uma estratégia no sentido de: 

• Orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural; 

• Tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente e prever o respetivo 

redimensionamento, definindo prioridades para as eventuais intervenções; 

• Otimizar recursos; 

• Evitar ruturas e inadequações da rede educativa em relação à dinâmica social e ao desenvolvimento 

urbanístico; 

• Atualizar os dados de base, inserindo a informação disponibilizada pelos Censos de 2011, garantindo 

uma maior adequação à realidade. 

As alterações demográficas que ocorreram nas últimas décadas têm implicações na sociedade angrense nas 

mais diversas áreas. Assistiu‐se a uma diminuição,  sem precedentes, na natalidade e a um aumento da 

população idosa. Este fenómeno está atualmente a provocar grandes alterações na procura de determinados 

equipamentos. Se o aumento da população  idosa provoca um aumento da procura de equipamentos de 

apoio  a  este  grupo  etário,  a  redução  do  número  de  crianças  implica  uma  diminuição  da  procura  de 

equipamentos utilizados por esta faixa etária, principalmente as escolas. Com a quebra da natalidade é cada 

vez mais urgente estruturar uma política integrada para a infância. 

Tendo por base o exposto, e de forma a ir ao encontro desta nova realidade, os critérios que serviam de base 

ao planeamento da rede escolar, foram alterados. Para que a rede escolar se adeque a esta nova realidade é 

imprescindível proceder à reorganização da rede escolar existente. Esta reorganização deve ser o resultado 

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de um completo e rigoroso diagnóstico da realidade e da observância das regras definidas pelos critérios de 

planeamento. É esse o desafio a que a presente Carta Escolar pretende responder. 

“Em tempos de crise, educação e ciência são garantia de futuro pelo que é fundamental que a educação e 

formação sejam encaradas como garante do desenvolvimento das pessoas e dos países e, como  tal, não 

devem deixar de ocupar o centro das políticas e constituir uma prioridade do investimento público” (CNE in 

“Parecer nº 2 de 2012, de 7 de março de 2012”). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

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2 – Enquadramento do território 

2.1 ‐ Caraterização geográfica  

Os Açores encontram‐se presentemente, divididos em 19 Municípios e 156 freguesias, que se repartem pelas 

nove ilhas que compõem o arquipélago. As ilhas revelam dimensões muito desiguais (Gráfico 1): São Miguel 

(744,58 km2), Pico  (444,80 km2) e Terceira  (400,27 km2),  representam 68% da  superfície  total; São  Jorge 

(243,65 km2), Faial  (173,06 km2) e Flores  (140,96 km2) têm uma dimensão  intermédia; Santa Maria  (97,1 

km2), Graciosa (61,2 km2) e Corvo (17,11 km2) são as mais pequenas no cômputo regional. Atendendo aos 

critérios da UNESCO, que define «pequenas ilhas» como superfícies insulares com área inferior a 1000 km2, 

todas as parcelas açorianas se incluem nesta classificação. 

Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%) 

 

Fonte: SREA 

 

Os concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Angra do Heroísmo, Vila Praia da Vitória e Horta 

constituem‐se como polos centralizadores da atividade económica e social e apresentam cariz mais urbano, 

sendo as suas sedes de concelho as únicas cidades dos Açores. 

A  ilha Terceira,  localizada no setor nordeste do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, apresenta uma 

forma elíptica; uma superfície de 400,27 km2, com o comprimento máximo este‐oeste de 29 km e norte‐sul 

de 18 km; e altitude máxima de 1021 metros. Esta ilha, à semelhança do arquipélago dos Açores, apresenta 

características  geológicas,  geomorfológicas  e  hidrogeológicas  determinadas  pela  sua  natureza  vulcânica 

recente. 

O estudo da morfologia assume‐se como fundamental no âmbito da Carta Educativa, assim como a análise 

do  clima que apresenta‐se  como uma variável natural ao ordenamento e ao planeamento do  território, 

condicionando os usos do solo (urbano, agrícola, florestal e turístico‐recreativo), pelo seu papel ao nível do 

Santa Maria4%

São Miguel32%

Terceira17%

Graciosa3%

São Jorge11%

Pico19%

Faial7%

Flores6%

Corvo1%

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balanço hídrico do solo, da erosividade e do conforto bioclimático. A sua importância reflete‐se a diferentes 

níveis,  nomeadamente  na  análise  da  distribuição  e  alteração  dos  elementos  climáticos,  como  recurso, 

capacidade dispersante da atmosfera e sua direção dominante, fatores que assumem um papel relevante no 

contexto de uma Carta Educativa. 

A paisagem é caracterizada, em traços gerais, por uma orografia onde a elevada altitude está associada ao 

acidentado do relevo e as áreas planas são pouco desenvolvidas. São de salientar algumas formas de relevo, 

nomeadamente o ilhéu das Cabras, a Ponta do Queimado, a Ponta de Santo António, a Ponta das Cinco, o 

Monte Brasil, a Lagoa Negra, o Pico do Carneiro, a Caldeira do Guilherme Moniz e a Terra Brava. Os aparelhos 

vulcânicos  da  Ilha  Terceira  podem  ser  agrupados  em  quatro  complexos  principais,  de  oeste  para  este 

(Zbyszewski  et  al.,  1971):  Serra  de  Santa  Bárbara;  Serra  do Morião; Maciço  do  Pico  Alto  e  complexo 

desmantelado da Serra do Cume e da Serra da Ribeirinha,  separado pela Caldeira dos Cinco Picos. Cota 

Rodrigues (1993; 2002) considera a ilha Terceira alicerçada sobre três maciços estruturais: Maciço dos Cinco 

Picos; Maciço de Guilherme Moniz – Pico Alto e o Maciço de Santa Bárbara. 

O clima do Arquipélago dos Açores é essencialmente ditado pela localização geográfica das ilhas no contexto 

da circulação global atmosférica e oceânica e pela influência da massa aquática da qual emergem. 

A  ilha Terceira encontra‐se enquadrada nas  características gerais que definem o  clima de  todo o Grupo 

Central  e,  em  geral,  do Arquipélago.  Com  base  nos  valores  normais  do  clima  dos Açores  retiram‐se  as 

seguintes apreciações genéricas: 

• Temperatura: junto ao litoral a temperatura média anual, em todo o arquipélago, ronda os 17,5 oC. 

Nas mesmas circunstâncias de localização, os valores médios mensais são sempre superiores a 10 oC. 

A temperatura varia regularmente ao longo do ano, sendo, em média, máxima em agosto e próxima 

dos  22,0  oC.  As  temperaturas  médias  mensais  mais  baixas  ocorrem  em  fevereiro,  situando‐se 

próximas  dos  14,5  oC.  Em  altitude,  a  temperatura  decresce  de  forma  regular,  até  ser  atingida  a 

temperatura do ponto de orvalho a uma altitude que se situa, em média, próxima dos 400 metros. 

Por sua vez, a amplitude média anual da variação diurna é baixa, próxima dos 5 oC, tendo tendência 

a ser superior na costa norte das ilhas; 

• Precipitação: a precipitação média anual, ao nível do mar, varia entre os 700 e os 900 mm. Os meses 

de  setembro  a março  concentram  75%  do  total  da  precipitação  anual.  A  este  período  do  ano 

correspondem dois terços dos dias em que se observa precipitação. Sendo por norma abundante, a 

precipitação no arquipélago dos Açores caracteriza‐se por alguma irregularidade interanual, podendo 

a amplitude atingir valores significativos. Em altitude a precipitação aumenta de forma considerável. 

Os valores mais elevados de precipitação são registados no Inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), 

sendo os meses verão os menos húmidos do ano (junho, julho e agosto); 

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20 

 

• Humidade:  a  humidade  relativa  do  ar  caracteriza‐se  por  ser  elevada  ao  longo  de  todo  o  ano, 

apresentando valores médios mensais próximos dos 80%. São  raros os dias em que  se observam 

valores abaixo dos 50% e são mais de 60, os dias do ano em que a humidade relativa atinge, no litoral, 

valores superiores a 90%; 

• Vento: ao longo ano o vento sopra de forma regular, moderado nos meses de verão, e de forma mais 

intensa nos meses de  inverno. Durante  todo o  ano predominam  ventos do quadrante oeste, no 

entanto, verifica‐se que os ventos dos quadrantes sul e sudoeste são dominantes no Grupo Central. 

O regime médio dos ventos junto ao litoral é, em larga medida, condicionado pela topografia. A sua 

velocidade média  anual  é  da  ordem  dos  17  km/h.  Nos meses  de  inverno  a  velocidade média 

aproxima‐se dos 20 km/h, enquanto que nos meses de verão o seu valor decresce para cerca dos 10 

km/h. Soprando em rajadas, é raro o ano em que estas não atinjam velocidades próximas dos 100 

km/h. 

Em síntese, o clima é do tipo temperado com características oceânicas. Em comparação com outras regiões, 

situadas  à  mesma  latitude,  a  temperatura  é  mais  amena,  com  amplitude  térmica  atenuada,  grande 

pluviosidade e elevado teor de humidade, vento persistente e reduzida insolação. 

 

2.2 ‐ Caracterização Administrativa  

Os  Açores  constituem  uma  Região  Autónoma  da  República  Portuguesa,  nos  termos  estabelecidos  na 

Constituição da República de 1976, que se rege por um Estatuto Político‐Administrativo próprio. São órgãos 

de governo próprio, a Assembleia Legislativa Regional e o Governo Regional. 

No contexto da União Europeia, os Açores são na, aceção do n.º 1 do artigo 355.º e do artigo 349.º do Tratado 

sobre o Funcionamento da União Europeia, uma região ultraperiférica, conjuntamente com outros territórios 

insulares (Madeira, Canárias, Guadalupe, Martinica e Reunião) e dos enclaves das Guianas. As condicionantes 

físicas  destas  regiões  prendem‐se  com  o  isolamento  geográfico,  distância  ao  continente  europeu, 

fragmentação territorial e escassez de recursos. O princípio da ultraperificidade, enquanto contingência do 

desenvolvimento económico e social, encontra‐se consagrado e definido no artigo 349.º daquele Tratado. 

O concelho de Angra do Heroísmo ocupa cerca de 60% da área total da ilha Terceira, sendo constituído por 

19 freguesias (Figura 1), cinco das quais ‐ Sé, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro, São Bento e Santa Luzia 

‐  compõem  a  sede  do  concelho,  sendo  as  restantes  catorze  ‐  São Mateus,  Posto  Santo,  Terra‐Chã,  São 

Bartolomeu, Cinco Ribeiras,  Santa Bárbara, Doze Ribeiras,  Serreta, Raminho, Altares, Ribeirinha,  Feteira, 

Porto Judeu e São Sebastião ‐ freguesias rurais. 

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Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo 

 

Fonte: CMAH 

 

As freguesias urbanas apresentam menor percentagem de distribuição da superfície total do concelho, sendo 

as  freguesias do Porto  Judeu, Altares,  São  Sebastião e  São Bartolomeu,  as que apresentam maior  área, 

atingindo no seu cômputo 44% da distribuição da superfície total do concelho (Gráfico 2). 

A estrutura do território do concelho é predominante rural, afetando 92,5% da sua área a freguesias rurais 

e, apenas 7,5% a freguesias pertencentes à sede do concelho. 

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Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%) 

 

Fonte: SREA 

 

2.3 ‐ Caracterização Urbana  

Em relação ao desenvolvimento urbano, em contraste com o interior mais acidentado e diversificado ao nível 

morfológico, é ao longo do litoral, mais plano e com melhor clima, que se encontram localizados os principais 

aglomerados  populacionais,  assim  como  as  sedes  de  freguesia,  as  atividades,  serviços,  rede  de 

infraestruturas, acessibilidades e a rede geral de equipamentos. Os centros populacionais do concelho não 

ultrapassam os 300/400 metros de altitude. 

O  fator  determinante  para  o  povoamento  da  ilha  Terceira  foi,  sem  dúvida,  o  relevo  que,  atuando  quer 

diretamente, pelo declive das vertentes, quer  indiretamente, pelas relações com o clima, circunscreveu a 

área de ocupação humana à  faixa periférica menos elevada que circunda a  ilha. Para o  interior o clima é 

agreste, pela intensidade do vento e da precipitação e pela baixa temperatura durante os meses de inverno, 

dificultando a continuidade de práticas agrícolas e a fixação de habitações. 

As áreas mais altas, que são também as que apresentam maior declive, acima dos 700 metros de altitude, 

estão envoltas por frequentes nevoeiros e recebem intensas precipitações. Nessas zonas, a humidade satura 

a atmosfera durante quase todo o ano, criando condições ambientais difíceis, tanto para o Homem, como 

para os animais. Assim sendo, verifica‐se que os centros populacionais das freguesias se localizam em zonas 

próximas do litoral, unindo‐se pela estrada regional, existente em torno da ilha. 

11,0%

4,7%

6,1%

4,4%

6,9%

4,8%

11,1%

2,6%

4,4%

9,4%

1,6%

0,5% 0,8% 1,0%

3,6% 3,3%

1,3%

12,2%

10,3%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

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As freguesias mais populosas concentram‐se no setor sul do concelho e as menos povoadas localizam‐se no 

setor oeste. A cidade de Angra do Heroísmo, sede de concelho, e a sua periferia imediata concentram em 

grande parte as atividades económicas, serviços, equipamentos e infraestruturas da ilha. 

 

2.4 ‐ Análise socioeconómica 

Uma  análise  detalhada  à  estrutura  de  atividade  económica  do  concelho  evidencia  uma  progressiva 

diminuição do peso relativo do setor primário. Em contrapartida, o setor que regista maior peso na economia 

regional e do concelho tendo aumentado, inclusive, a sua capacidade de geração de riqueza, é o setor que 

engloba as atividades públicas e a oferta de bens públicos. 

A evolução recente do setor da produção agroflorestal, de acordo nomeadamente com o Recenseamento 

Agrícola (1989,1999 e 2009), apresenta os seguintes traços de caraterização global: 

• Progressiva diminuição da  importância do setor primário em termos do valor acrescentado bruto 

(VAB); 

• Superfície agrícola, por exploração, muito reduzida e dispersa por um grande número de blocos com 

dimensão média normalmente limitada e, em alguns casos, de difícil acesso; 

• Diminuição do número de explorações agrícolas (de 1989 a 2009 passou de 2982 para 1708); 

• Mão‐de‐obra agrícola em decréscimo, com elevada dependência da mão‐de‐obra familiar (cerca de 

80%), representando a população agrícola familiar 16,5% da população residente no concelho; 

• Diminuição do volume de trabalho da mão‐de‐obra agrícola (2698 para 1493 de 1989 a 2009); 

•  Decréscimo de agregados domésticos dependentes exclusivamente da atividade da exploração (500 

para 173 de 1989 a 2009); 

• Produtores agrícolas com baixo nível de formação; 

• Persistência da pequena dimensão das propriedades florestais com funções económicas. 

Apesar das limitações ao nível da produção e comercialização, têm vindo a ganhar importância na estrutura 

produtiva  da  ilha  e  do  concelho  a  aposta  na  diversificação  agrícola.  Esta  diversificação  é  fruto  do 

reconhecimento da necessidade de uma maior suficiência alimentar e da existência de potencialidades e 

condições  competitivas para o desenvolvimento de produções alternativas à produção pecuária. Porém, 

algumas das limitações das estruturas de produção agrícola no concelho são agravadas pela insularidade do 

território e pelo acesso, particularmente, no que respeita ao abastecimento de fatores de produção e ao 

respetivo escoamento. 

Em relação à pesca, esta constitui, historicamente, um dos pilares da economia açoriana e continua a exercer 

uma significativa influência em algumas das freguesias no concelho, nomeadamente nas de São Mateus da 

Calheta  e  Porto  Judeu. De  entre  os  principais  problemas  que  afetam  os  setor  piscatórios  destacam‐se: 

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circuitos de comercialização enviesados, desde a venda em lota até ao consumidor final; fraca rentabilidade 

das empresas de pesca e baixo nível de formação profissional do setor, sobretudo a nível de conhecimentos 

e competências profissionais adaptados às exigências de gestão. 

Por  outro  lado,  a  reduzida  dimensão  demográfica  contribui  para  que  as  indústrias  transformadoras 

apresentem um peso reduzido na economia da Região Autónoma dos Açores (RAA) e naturalmente na do 

concelho de Angra do Heroísmo. Sendo a agropecuária uma das principais fontes de rendimento do concelho, 

o  leite  fresco é a principal matéria‐prima usada pela  indústria de  transformação, que  tem no queijo, na 

manteiga e no leite pasteurizado, os principais produtos de exportação daí derivados. A carne de bovino tem‐

se assumido também como uma mais‐valia no contexto da economia local, sendo exportada carne de elevada 

qualidade. 

O turismo é uma atividade importante no concelho. A classificação da cidade de Angra do Heroísmo como 

Património Mundial pela UNESCO em 1983 contribui para o desenvolvimento desta atividade económica. 

Refira‐se que a distância relativamente ao continente, por um lado, aliada à distância e dispersão entre as 

ilhas em si, gera a chamada «dupla  insularidade», que se  traduz em maiores encargos para a economia. 

Assim,  pela  natureza  arquipelágica  do  território  e  pelo  seu  isolamento  no  Atlântico  Norte,  deverá  ser 

potenciada uma coordenação eficaz entre  transportes  terrestres, aéreos e marítimos, nos  segmentos do 

movimento de pessoas e cargas. 

 

2.5 ‐ Património Natural 

Ao nível do património natural, o Parque Natural da ilha Terceira é uma estrutura de conservação da natureza 

que agrega as áreas protegidas situadas na ilha e no mar territorial a ela contíguo. Foi criado pelo Decreto 

Legislativo Regional n.º 11/2011/A, de 20 de abril, sendo um dos nove parques naturais de ilha que integram 

a Rede de Áreas Protegidas dos Açores, dispositivo territorial de proteção da natureza e da biodiversidade 

do arquipélago dos Açores. O Parque Natural da Terceira ocupa uma área total de 95,778 km2, dos quais 

88,351 km2 de área terrestre, ou seja 22,07% da superfície emersa da  ilha, e 7,427 km2 de área marinha, 

incluindo no seu interior algumas das zonas melhor conservadas da vegetação autóctone açoriana. 

O Parque Natural da Terceira é constituído por 20 áreas protegidas, distribuídas pelo território da ilha e pelo 

mar territorial adjacente, das quais 3 têm a categoria de «reserva natural» e 2 de «monumento natural»: 

• Reservas naturais 

◦ Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros, incluindo no seu interior a 

Reserva Integral da Caldeira de Santa Bárbara; 

◦ Reserva Natural do Biscoito da Ferraria e Pico Alto; 

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◦ Reserva Natural da Terra Brava e Criação das Lagoas. 

◦ Monumentos naturais 

◦ Monumento Natural do Algar do Carvão; 

◦ Monumento Natural das Furnas do Enxofre. 

• Áreas protegidas para gestão de habitats ou espécies 

◦ Área Protegida da Ponta das Contendas; 

◦ Área Protegida dos Ilhéus das Cabras; 

◦ Área Protegida da Matela; 

◦ Área Protegida do Biscoito da Fontinha; 

◦ Área Protegida da Costa das Quatro Ribeiras; 

◦ Área Protegida do Planalto Central e Costa Noroeste; 

◦ Área Protegida do Pico do Boi. 

• Áreas de paisagem protegida 

◦ Paisagem Protegida das Vinhas dos Biscoitos. 

• Áreas protegidas para gestão de recursos 

◦ Área Protegida da Caldeira Guilherme Moniz. 

• Áreas marinhas protegidas para gestão de recursos 

◦ Área Marinha Protegida das Quatro Ribeiras; 

◦ Área Marinha Protegida da Costa das Contendas; 

◦ Área Marinha Protegida dos Ilhéus das Cabras; 

◦ Área Marinha Protegida das Cinco Ribeiras; 

◦ Área Marinha Protegida da Baixa de Vila Nova; 

◦ Área Marinha Protegida do Monte Brasil. 

Os Açores situam‐se no percurso migratório de muitas aves, ganham  importância como porto seguro de 

descanso, nidificação e reprodução. O mar dos Açores alberga diversas espécies de cetáceos, sendo os mais 

frequentes  os  cachalotes,  baleias‐de‐bico  e  golfinhos.  Estão  registadas  algumas  espécies  de  tubarões, 

variando desde o pequeno  tubarão‐anão  até  ao  tubarão‐baleia. Podem  encontrar‐se,  também, o peixe‐

espada, o atum, o bonito, moreia e o chicharro. 

A floresta laurissilva, relíquia do que resta de uma vegetação que remonta ao Terciário que desapareceu em 

quase todo o continente europeu devido às glaciações, encontra‐se em manchas isoladas em todas as ilhas, 

sendo a mais significativa a existente na Serra de Santa Bárbara. 

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2.6 ‐ Património Cultural 

Devido ao seu crescente estatuto político e económico, Angra do Heroísmo tornou‐se oficialmente cidade 

em 1534, sendo nesse mesmo ano elevada a sede do Bispado dos Açores pelo Papa Paulo  III. Este  facto 

contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da centralidade de Angra e explica o carácter monumental 

do seu centro urbano e a quantidade e a qualidade da sua arquitetura religiosa. 

Primeira cidade dos Açores, sede do corregedor das ilhas e alfândega principal, assumiu‐se progressivamente 

como verdadeira capital político‐administrativa do arquipélago. O engrandecimento de Angra permitiu, pela 

qualidade dos seus moradores e pelo afluxo de muitas e variadas gentes, costumes e culturas, que nela desde 

cedo se promovessem as principais atividades de cariz cultural dos Açores. 

Notáveis foram as festas, com danças, cortejos, prémios aos poetas que «com poesias latinas, portuguesas e 

castelhanas, melhor louvassem aos Santos, ou com mais erudição descrevessem alguns dos passos principais 

da sua vida», como se lê na Relação Geral das Festas que fez a Religião da Companhia de Jesus na Província 

de  Portugal,  na  canonização  dos  gloriosos  Santos  Inácio  de  Loiola,  seu  fundador,  e  S.  Francisco  Xavier, 

Apóstolo da Índia Oriental, no ano de 1622, atribuída ao padre Jorge Cabral. 

Nessa época foi possível realizar durante vários dias uma variedade de acontecimentos festivos e culturais, 

protagonizados por estudantes, militares e uma multidão de figurantes em «chacotas, danças e folias» com 

a cidade iluminada com tochas e velas nas suas janelas, foguetes, rodas, e «uma grande árvore de fogo, com 

bombas e foguetes voadores». E, atestando a antiguidade da tradição, também touros no terreiro da praça e 

de corda pela cidade, «vários em número». 

E nos séculos seguintes, sendo Angra centro  importante de governação político‐administrativa e sede do 

bispado, não só em épocas marcantes mas também ao longo dos anos se realizaram eventos de cariz cultural 

em salões, particulares das suas casas nobres, e públicos. 

A 17 de Abril de 1830, em plena Guerra Civil Portuguesa, saiu o primeiro jornal publicado em Angra, a Crónica 

da Terceira. E nos  anos  seguintes podem  ler‐se nos  jornais  sucessivamente publicados nesta  cidade  ‐ A 

Crónica, Crónica dos Açores, O Liberal, o Observador, o Angrense, O Íris da Terceira, O Insulano e tantos outros 

(quase duzentos títulos). 

As primeiras associações constituídas no concelho datam do século XIX e foram, na sua maioria, sociedades 

recreativas e filarmónicas, a mais antiga das quais, ainda em plena atividade, foi a Sociedade Filarmónica 

Recreio  Serretense,  fundada  a  4  de  dezembro  de  1873.  Mas  fundaram‐se  algumas  outras  que 

desempenharam um papel cultural  importante na cidade,  tais como: a Sociedade 22 de  Junho de 1828, 

fundada em 1835, vocacionada para o  teatro; um gabinete de  leitura, no mesmo ano, que antecedeu a 

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criação das bibliotecas municipais; em 1865, a  Sociedade Promotora das  Letras e das Artes e o Grémio 

Literário, no ano seguinte; em 1868, o Club Popular Angrense proporcionou aulas noturnas e abriu uma 

biblioteca  uns  anos  depois;  em  1874,  foi  inaugurada  a  biblioteca  do Município  e,  em  1879,  um museu 

terceirense. A cidade de Angra foi a primeira do arquipélago a assistir à projeção de cinema, em Agosto de 

1898, no Teatro Angrense, atividade que se tornou regular a partir da Primeira Guerra Mundial. 

Nas  décadas  de  1920  e  1930  constituíram‐se  as  principais  associações  atualmente  em  atividade, 

predominantemente  desportivas. Mas  a  atividade musical  e  teatral,  nas  freguesias  rurais,  também  se 

incrementou em torno da Ação Católica, nas décadas de 1930 e 1940. Também a partir destas décadas foram 

promovidas com regularidade, no liceu, conferências e festas de finalistas com atividade teatral. 

As décadas de 1940 e 1950 ficaram marcadas pelo aparecimento de agremiações viradas para uma exclusiva 

atividade cultural: o Instituto Histórico da Ilha Terceira, fundado em 1942, promotor de conferências públicas 

e  colóquios  científicos, editor de Boletim anual e de grande número de obras  com  interesse histórico e 

etnográfico e impulsionador do processo de classificação de Angra (sua zona central) na lista do Património 

Mundial da UNESCO e o Instituto Açoriano de Cultura (fundado em maio de 1955, no Seminário Diocesano 

de Angra) que,  tendo na  sua génese um grupo de  jovens professores do meio eclesiástico, quase  todos 

formados em universidades estrangeiras, teve como objetivos «fomentar a cultura geral das classes mais 

responsáveis da sociedade açoriana», como escreveu Cunha de Oliveira. 

O  IAC  publica  a  revista  Atlântida  e  organizou  dezenas  de  Semanas  de  Estudo,  conferências,  colóquios, 

exposições, inventários do acervo artístico e arquitetónico dos Açores. A Academia Musical da Ilha Terceira 

(AMIT), com o seu quinteto de cordas e o Coro Padre Tomaz de Borba, vocacionada para a divulgação da 

música, foi, nos seus primeiros anos, praticamente a única escola de iniciação musical de Angra, verdadeira 

precursora do Conservatório de Angra do Heroísmo. À AMIT, como promotora de concertos, se devem alguns 

dos maiores momentos musicais vividos na Terceira. 

No Seminário Diocesano de Angra, surgiu também a Academia São Tomás de Aquino, constituída por alunos 

do referido seminário, com grande atividade no meio local: colóquios, teatro, grupo coral e tuna. 

Nos finais da década de 1950 e na de 1960, a cidade de Angra, com o Rádio Clube de Angra, fundado nos 

anos  de  1940,  os  dois  jornais  diários,  A  União  e  o  Diário  Insular,  e  um  quinzenário  ergoterápico,  O 

Irresponsável é, seguramente, a cidade do arquipélago com vida cultural mais intensa e, até, mais rica. 

É a época das páginas literárias «das Artes e das Letras», do poeta e jornalista João Afonso no Diário Insular, 

e do chamado movimento Gávea‐Glacial com a  revista Gávea  (Emanuel Félix e Rogério Silva) e a página 

Glacial em A União com Carlos Faria, Emanuel Félix e outros. São também dessa época as primeiras Semanas 

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de Estudo dos Açores, promovidas pelo IAC, e que constituíram fator de enorme relevância na transformação 

da mentalidade conservadora dominante na época. 

Nos finais da década de 1960, inícios da de1970, surgem em Angra o Círculo de Iniciação Teatral da Fanfarra 

Operária (com José Orlando Bretão, Emanuel Félix, Leopoldino Tavares, Zeca Berbereia, Rui Neves, Manuel 

Ilídio e tantos outros). Tratou‐se da primeira abordagem moderna nos Açores de «estudar teatro fazendo‐o 

e de fazer teatro estudando‐o». 

Da mesma época é a Cooperativa Sextante (livreira e divulgação cultural) que, após ser encerrada pela polícia 

política (por atividades «subversivas»), se transformou na Galeria Degrau, com os mesmos sócios e objetivos: 

agir culturalmente sobre o meio terceirense e açoriano numa perspetiva de transformação da sociedade. 

Notável, ainda, pelo seu pioneirismo a nível regional e, até, nacional, a ação desenvolvida no domínio da 

intervenção, pela cultura, em São Mateus da Calheta, onde um grupo de professores e militantes cívicos fez 

operar, com assinaláveis êxitos, o método Paulo Freire no ensino de pescadores daquela localidade e na sua 

formação humanista e cultural. Desta época são, ainda, os primeiros grupos etnográficos e de folclore criados 

no concelho. 

Após 25 de Abril de 1974 e com o apoio do FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) foram criados em 

quase todas as freguesias rurais da ilha Terceira «Grupos de Ação Cultural» predominantemente constituídos 

por  jovens de ambos os sexos dando  início a uma  intensa atividade  (grupos de  teatro, salas de  leitura e 

conjuntos musicais) nos meios não urbanos. Posteriormente criaram‐se vários grupos corais, filarmónicos e 

de teatro. 

Em 1994, um grupo de artistas plásticos (José Nuno da Câmara Pereira, Renato Costa e Silva, José Guilherme 

Rocha e Silva,  João Miguel Borba,  José Orlando Bretão e António Azevedo)  fundou a Associação Cultural 

Oficina de Angra, que desde a sua constituição agregou um número crescente de artistas e desenvolveu 

grande  atividade  com  a  promoção  de  workshops,  cursos,  exposições,  colóquios  e,  sobretudo,  com  a 

recuperação da «Casa do Sal», onde hoje tem  instalada a sua sede, atelier e galeria que é, sem qualquer 

dúvida, um dos espaços mais bonitos e adequados para esse fim na cidade de Angra. 

Em termos de instituições culturais e produtores culturais Angra do Heroísmo, atualmente, tem nove grupos 

de folclore em atividade, quinze filarmónicas e aproximadamente, doze associações culturais com uma ação 

cultural continua, em diferentes áreas artísticas, como o Instituto Açoriano de Cultura, o Instituto Histórico 

da Ilha Terceira, o Alpendre, a Associação Angra Jazz, a Associação Cultural Burra de Milho, o COFIT. 

Não se poderia falar em tradições culturais sem se referir as festas do Espírito Santo, de cariz religioso, com 

todo o simbolismo e significado que contêm, e que, a par das manifestações de fé têm todo um programa 

cultural, preenchido, principalmente, pela atuação de grupos musicais locais, em que não faltam os criativos 

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29 

 

e típicos improvisadores que cantam ao desafio, e que cada freguesia se empenha para que sejam ricas quer 

no aspeto religioso, quer no aspeto cultural. 

Falar em manifestações culturais em Angra do Heroísmo é, também, falar nas Sanjoaninas, que têm lugar, 

anualmente, no mês de junho com um extenso programa de atividades culturais e desportivas, assim como 

do Carnaval. Todos os anos (na ilha Terceira e consequentemente no concelho de Angra) tem lugar, pelos 3 

dias de Carnaval, um acontecimento hoje unanimemente reconhecido como o maior festival ou encontro de 

teatro popular que se faz no mundo da língua portuguesa: as Danças de Entrudo, que mobilizam milhares de 

participantes  (atores, mestres, músicos)  e  que,  cada  ano,  se  apresentam  através  de  dezenas  de  grupos 

percorrendo toda a ilha e dando, em cada freguesia, espetáculos de teatro (dança ou bailinho) com «vidas 

de santos», casos da história, factos do dia‐a‐dia, para rir ou para chorar ou, até, para dissecar a vida política. 

De realçar ainda a tradição tauromáquica, manifestada pela paixão quer pelas touradas de praça, quer pelas 

típicas  touradas à corda  terceirenses, quer ainda pelas  tradicionais esperas de gado. Angra do Heroísmo 

possui a única praça de touros com dimensões regulamentares dos Açores, onde anualmente tem lugar uma 

feira taurina de projeção internacional. 

Em 2014 celebraram‐se os 480 anos da fundação da cidade de Angra e 30 anos da sua inscrição na Lista do 

Património Mundial, comemorando‐se o reconhecimento  internacional de que centro histórico da cidade 

exibe  e  preserva  um  património  arquitetónico  e  urbanístico  de  extraordinário  valor  universal.  Do  seu 

património arquitetónico salienta‐se o Palácio dos Capitães Generais e a    Igreja e Colégio dos Jesuítas de 

Angra, bem como, o Convento de São Francisco, com a sua Igreja Nossa Senhora da Guia, que hoje alberga o 

Museu de Angra do Heroísmo, que no final do corrente ano contará com um polo de história militar localizado 

no  antigo Hospital Militar da Boa Nova  junto  a  Fortaleza de  São  João Baptista do Monte Brasil  (a mais 

importante fortificação do arquipélago), a Igreja da Misericórdia, a Sé Catedral do Santíssimo Salvador e o 

Convento de São Gonçalo. 

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, com mais de meio milhão de diferentes títulos 

e cerca de dois milhões de manuscritos e o depósito legal dos Açores (onde é conservado um exemplar de 

qualquer publicação editada em Portugal), situa‐se no Palácio Bettencourt, uma antiga edificação solarenga 

de fins do século XVII e inícios do XVIII, no centro histórico da cidade. 

Angra do Heroísmo caracteriza‐se por uma diversificada e intensa atividade cultural e recreativa. O Teatro 

Angrense é um dos expoentes máximos da cultura açoriana, que além de acolher os grupos locais de teatro 

amador é frequentemente palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais, de vertentes artísticas 

distintas como a música, dança e teatro. Para além deste espaço cultural temos também o Centro Cultural e 

de  Congressos  de  Angra  do  Heroísmo,  espaço  multifuncional,  onde  ocorrem  variadas  manifestações 

culturais, desde exposições a grandes concertos, o cinema, o teatro, festivais, feiras, congressos e outros. 

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30 

 

3 – Caracterização demográfica  

O  concelho de Angra do Heroísmo  assume‐se do ponto de  vista demográfico  como um dos  com maior 

vitalidade  dos  Açores,  apesar  de  apresentar  um  ligeiro  decréscimo  populacional  (diminuição  de  392 

habitantes entre 2001 e 2011). 

O concelho regista desde 2001 uma  taxa de crescimento populacional negativa, em contraste com a  ilha 

Terceira e a Região Autónoma dos Açores (Quadro 1, Gráficos 3 e 4), tendo contudo registado uma taxa de 

crescimento de 7,5% entre 1981 e 1991, período coincidente com o pós‐sismo de 1980 e com o consequente 

processo de reconstrução. Entre o último período intercensitário e o ano de 2013, observa‐se um decréscimo 

populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05 pontos percentuais. 

Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013) 

   1981  1991  2001  2011  2012  2013 Evolução1981‐1991 

Evolução 1991‐2001 

Evolução 2001‐2011 

Evolução 2011‐2012 

Evolução 2012‐2013 

Portugal Continental 

9384290  9375926  9869343  10030968  9976649  9918548  ‐0,09%  5,26%  1,64%  ‐0,54%  ‐0,58% 

RA Açores  243410  237795  241763  246772  247549  247440  ‐2,31%  1,67%  2,07%  0,31%  ‐0,04% 

Ilha Terceira  53570  55706  55833  56437  56640  56641  3,99%  0,23%  1,08%  0,36%  0,00% 

Angra do Heroísmo 

32808  35270  35581  35402  35189  35029  7,50%  0,88%  ‐0,50%  ‐0,60%  ‐0,45% 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente   

Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

 

   

‐4,00%

‐2,00%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

 1981‐1991  1991‐2001 2001‐2011  2011‐2012  2012‐2013

%

Portugal Continental RA Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo

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Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Instituto Nacional de Estatística 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

 

3.1 ‐ Evolução e distribuição da população 

O concelho de Angra do Heroísmo, com 35402 habitantes (dados de 2011), apresenta‐se como o segundo 

concelho mais  populoso  dos  Açores.  A  distribuição  dos  valores  de  população  residente  nas  dezanove 

freguesias que integram o concelho de Angra do Heroísmo permite verificar que as freguesias mais populosas 

concentram‐se no setor sul do concelho, nas freguesias da cidade de Angra do Heroísmo, com exceção da 

Sé, e  limítrofes: São Mateus, Terra Chã, Ribeirinha e Porto  Judeu  (Quadro 2). A zona menos povoada do 

concelho localiza‐se no setor oeste, abrangendo as freguesias do Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras. 

As freguesias de Nossa Senhora da Conceição, Sé e Serreta são as que registam maior perda de população 

(superior a 10%) e as freguesias de São Bartolomeu de Regatos (26,4%), Feteira (18,7%) e São Mateus da 

Calheta (12,4%) as que apresentam maior taxa de crescimento populacional (Gráficos 5 e 6). 

A  análise  por  freguesia  regista  uma  tendência  de  decréscimo  de  população  residente  na maioria  das 

freguesias, sendo que não existem diferenças a assinalar entre as freguesias mais populosas e as restantes. 

Cerca  de  39%  da  população  concentra‐se  nas  freguesias  de  São Mateus  da  Calheta, Nossa  Senhora  da 

Conceição, São Pedro e Terra Chã. 

9000000

9200000

9400000

9600000

9800000

10000000

10200000

1981 1991 2001 2011 2012 2013

Portugal Continental

232000

234000

236000

238000

240000

242000

244000

246000

248000

250000

1981 1991 2001 2011 2012 2013

RA Açores

52000

52500

53000

53500

54000

54500

55000

55500

56000

56500

57000

1981 1991 2001 2011 2012 2013

Ilha Terceira

31000

31500

32000

32500

33000

33500

34000

34500

35000

35500

36000

1981 1991 2001 2011 2012 2013

Angra do Heroísmo

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Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo 

  1981  1991  2001  2011 Taxa de Crescimento Populacional 

(2001‐2011) 

Altares  899  891  884  901  1,9% 

Angra (Nossa Senhora da Conceição)  4142  4754  4509  3717  ‐17,6% 

Angra (Santa Luzia)  2252  3182  3001  2755  ‐8,2% 

Angra (São Pedro)  4161  4034  3638  3460  ‐4,9% 

Angra (Sé)  1198  1276  1200  955  ‐20,4% 

Cinco Ribeiras  657  650  684  704  2,9% 

Doze Ribeiras  636  610  559  513  ‐8,2% 

Feteira  763  909  1044  1239  18,7% 

Porto Judeu  2310  2307  2425  2501  3,1% 

Posto Santo  841  884  967  1048  8,4% 

Raminho  663  601  550  565  2,7% 

Ribeirinha  2600  2596  2733  2684  ‐1,8% 

Santa Bárbara  1317  1333  1366  1274  ‐6,7% 

São Bartolomeu de Regatos  1476  1504  1569  1983  26,4% 

São Bento  1989  1866  1968  2000  1,6% 

São Mateus da Calheta  2929  2936  3343  3757  12,4% 

Serreta  452  421  374  335  ‐10,4% 

Terra Chã  1329  2512  2783  2915  4,7% 

Vila de São Sebastião  2194  2004  1984  2096  5,6% 

TOTAL   32808  35270  35581  35402  ‐0,5% 

Fonte: INE 

 

Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do Heroísmo  (2011) 

 

Fonte: INE 

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

2,5%

10,5%

7,8%

9,8%

2,7%2,0%

1,4%

3,5%

7,1%

3,0%

1,6%

7,6%

3,6%

5,6% 5,6%

10,6%

0,9%

8,2%

5,9%

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33 

 

Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011) 

 

 

 

 

 

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36 

 

 Fonte: INE 

 

3.2 ‐ Densidade Populacional 

O concelho de Angra do Heroísmo, com um território de 237,52 km2 e 35.402 habitantes, apresenta uma 

densidade populacional de 149 hab./km2,  superior à da média dos Açores que é de 106,4 hab./km2. As 

freguesias com maior densidade populacional correspondem às freguesias da cidade de Angra do Heroísmo, 

com exceção da freguesia da Sé (Quadro 3 e Figura 2), sendo as localizadas na zona oeste, as freguesias que 

apresentam menor densidade populacional (Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras). 

Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011)   1981 1991 2001  2011

 Área (km2) 

Pop. Residente 

Dens. Pop. 

Pop. Residente 

Dens. Pop. 

Pop. Residente 

Dens. Pop. 

Pop. Residente 

Dens. Pop. 

Altares  26,04  899  34,5  891  34,2  884  33,9  901  34,6 

Angra (Conceição)  2,47  4142  1676,9  4754  1924,7  4509  1825,5  3717  1504,9 

Angra (Santa Luzia)  1,2  2252  1876,7  3182  2651,7  3001  2500,8  2755  2295,8 

Angra (São Pedro)  3,85  4161  1080,8  4034  1047,8  3638  944,9  3460  898,7 

Angra (Sé)  1,84  1198  651,1  1276  693,5  1200  652,2  955  519,0 

Cinco Ribeiras  11,38  657  57,7  650  57,1  684  60,1  704  61,9 

Doze Ribeiras  10,37  636  61,3  610  58,8  559  53,9  513  49,5 

Feteira  3,08  763  247,7  909  295,1  1044  339,0  1239  402,3 

Porto Judeu  28,9  2310  79,9  2307  79,8  2425  83,9  2501  86,5 

Posto Santo  22,21  841  37,9  884  39,8  967  43,5  1048  47,2 

Raminho  11,25  663  58,9  601  53,4  550  48,9  565  50,2 

Ribeirinha  7,9  2600  329,1  2596  328,6  2733  345,9  2684  339,7 

Santa Bárbara  16,43  1317  80,2  1333  81,1  1366  83,1  1274  77,5 

São Bartolomeu de Regatos  26,44  1476  55,8  1504  56,9  1569  59,3  1983  75,0 

São Bento  8,66  1989  229,7  1866  215,5  1968  227,3  2000  230,9 

São Mateus da Calheta  6,29  2929  465,7  2936  466,8  3343  531,5  3757  597,3 

Serreta  14,37  452  31,5  421  29,3  374  26,0  335  23,3 

Terra Chã  10,48  1329  126,8  2512  239,7  2783  265,6  2915  278,1 

Vila de São Sebastião  24,36  2194  90,1  2004  82,3  1984  81,4  2096  86,0 

TOTAL  237,52  32808  138,1  35270  148,5  35581  149,8  35402  149,0 

Fonte: INE 

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37 

 

Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011) 

 

Fonte: INE 

 

3.3 ‐ Crescimento natural  

A evolução dos  valores da natalidade entre 1981 e 2013 para o  concelho de Angra do Heroísmo  revela 

constantes decréscimos,  traduzindo‐se numa diminuição de  251 nados  vivos  entre  aqueles  anos,  a que 

corresponde uma redução de 43,65% (Quadro 4). 

Entre  o  ano  de  2011  e  2013,  observa‐se  um  decréscimo  de  41  nados  vivos,  a  que  corresponde  uma 

diminuição de 11,23 pp na natalidade. Por outro lado, o número de óbitos regista uma certa estabilização, 

com valores que variam entre 365 em 1981 e 380 em 2013. 

O  facto de a natalidade apresentar, nos últimos anos, valores  inferiores aos registados pela mortalidade, 

traduz‐se num  crescimento natural negativo,  a partir do  ano de 2012  (Gráficos  7  a 11). Descontando o 

eventual  efeito da migração,  a perda populacional  com maior  significado ocorre no  ano  2013,  com um 

crescimento natural negativo de 56 indivíduos. 

Estas  duas  variáveis  do  movimento  demográfico,  a  manter  a  tendência  revelada  não  asseguram  a 

substituição de gerações no concelho de Angra do Heroísmo. 

Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) 

   1981  1991  2001  2011  2012  2013 

Nados Vivos  575  492  426  365  331 324 

Óbitos  365  467  406  359  356 380 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

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Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

0

100

200

300

400

500

600

700

800

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Nados Vivos Óbitos

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 11,7 10,9 9,2 8,5 7,9

Açores 16,2 13,2 11,1 10,1 9,5

Angra do Heroísmo 13,9 12,2 10,3 9,4 9,2

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 10,4 10,1 9,7 10,2 10,2

Açores 10,9 10,8 9,6 8,9 9,9

Angra do Heroísmo 11,9 11,4 10,2 10,1 10,8

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Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente  

Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) 

 

Fonte: Pordata 

 

3.4 ‐ Taxa de fecundidade Num estudo que visava propor estratégias para aumentar a natalidade em Portugal, intitulado Por um Portugal 

amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015‐2035), consta um conjunto de medidas que vão desde 

a modelação fiscal de alguns impostos até medidas nos campos da educação, saúde e responsabilidade social 

das  empresas. O  relatório,  elaborado  tendo  como  base  os  dados  do  Inquérito  à  Fecundidade  de  2013, 

divulgado pelo INE, revelou que se não existissem constrangimentos, os casais portugueses desejariam ter, 

em média, 2,31 filhos. 

Na realidade, este desejo traduz‐se numa descida do Índice Sintético de Fecundidade em 2013 para um novo 

mínimo: 1,21 filhos por cada mulher em  idade fértil. A queda da taxa de fecundidade é consequência de 

vários  fatores,  tais  como  projetos  de  educação  sexual,  planeamento  familiar,  utilização  de  métodos 

contracetivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, custos financeiros, entre outros. 

1981 1991 2001 2011 2012 2013

Taxa de Natalidade 10,82 13,95 11,97 10,31 9,41 9,25

Taxa de Mortalidade 11,13 13,24 11,41 10,14 10,12 10,85

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

13,00

14,00

15,00

Permilagem ‰

‐ 60

‐ 40

‐ 20

 20

2001 2011 2012 2013

20

6

‐ 25

‐ 56

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Para garantir a substituição de gerações, e a sustentabilidade do sistema da Segurança Social, seria necessário 

que cada mulher tivesse, em média, 2,1 filhos. Diz o relatório que, a manterem‐se estes números, em 2060 

apenas  existirão  6,3  milhões  de  portugueses  (contra  os  atuais  10  milhões).  “Esta  situação  impede  a 

renovação das gerações e conduz a perdas drásticas da população, num horizonte de poucas décadas”, lê‐se 

no documento. As consequências são drásticas: nessa altura, o país passaria a ter apenas 110 ativos por cada 

100 idosos, quando atualmente tem 340. 

O estudo, elaborado por uma comissão  independente e coordenado pelo Professor Joaquim Azevedo, da 

Universidade Católica, defende que é mais importante remover os obstáculos que se colocam a quem quer 

ter filhos, do que premiar os nascimentos. Para travar este cenário conclui que “tem que haver uma política 

mais articulada e transversal para ajudar as pessoas a agirem de forma diferente em relação à natalidade”. 

Não  faz  sentido,  exemplificou,  “haver  investimento  em  escolas,  quando  não  há  alunos.  São  necessárias 

medidas que visem incentivar o rejuvenescimento da população”. 

A  taxa de  fecundidade do  concelho de Angra do Heroísmo, à  semelhança dos Açores e da  ilha Terceira, 

diminuiu entre 2001 e 2013 de 47,4‰ para 37,6‰ (Gráfico 12). A diminuição verificada na taxa de natalidade 

e na taxa de fecundidade contribuem, inequivocamente, para o aumento do índice de envelhecimento do 

concelho. 

Por outro lado, verifica‐se que o índice sintético de fecundidade nos Açores também registou uma quebra 

superior  à  de  Portugal  (Gráfico  13). Não  existem  dados  relativos  ao  índice  sintético  de  fecundidade  do 

concelho de Angra do Heroísmo. 

Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo 

(2001‐2013) 

 

Fonte: Pordata 

 

 

 

0

10

20

30

40

50

60

2001 2009 2010 2011 2012 2013

RAA 50,4 43,3 42,4 43,0 39,0 36,8

Ilha Terceira 47,4 38,4 37,5 41,6 35,4 35,9

Angra do Heroísmo 47,4 39,5 36,6 41,4 37,9 37,6

Permilagem ‰

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41 

 

Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade 

 

Fonte: INE 

 

3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência 

A estrutura demográfica de um país é intrínseca às características económicas e sociais do mesmo, refletindo, 

no  caso dos Açores, a denominada «transição demográfica». Regra geral, um país em desenvolvimento 

apresenta uma população predominantemente jovem, por outro lado, um país desenvolvido apresenta uma 

população mais madura. Os Açores,  como  região  considerada desenvolvida, não é exceção a esta  regra. 

Atualmente, a pirâmide etária açoriana apresenta uma estrutura mais envelhecida do que há 10 anos, sendo 

que  a  tendência  de  envelhecimento  populacional  resulta,  entre  outros  fatores,  de  uma  baixa  taxa  de 

natalidade  e  do  aumento  da  esperança  média  de  vida.  Estes  fenómenos  são  frequentes  em  países 

desenvolvidos. 

A  tendência de diminuição da  taxa de natalidade em Portugal é preocupante, uma  vez que,  segundo o 

relatório “Estatísticas Demográficas” do INE, já se prolonga desde meados da década de 60 do século XX, 

mais concretamente desde 1962, ano em que se registaram cerca de 220,2 mil nascimentos. A partir desse 

ano iniciou‐se o declínio daquele número: em contraste com aquele número, no ano de 2012 registaram‐se 

apenas cerca de 89,8 mil nascimentos, o valor mais baixo desde 1900. Descontando os eventuais efeitos 

migratórios, perante a manutenção de níveis tão baixos de natalidade é expectável uma redução significativa 

da população em  idade ativa no futuro  imediato, o que terá efeitos negativos na economia e nas receitas 

fiscais que permitam financiar o Estado e os regimes de pensões. 

As pirâmides etárias traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma 

leitura  da  perspetiva  histórica  dos  acontecimentos  que marcam  a  população  representada  ao  longo  de 

décadas  de  vida  das  gerações mais  antigas.  Considera‐se,  para  efeitos  de  análise,  as  pirâmides  etárias 

1,41,29

1,21

1,5

1,341,27

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

2011 2012 2013

Continente RAA

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42 

 

relativas a 2001 e 2011 para Portugal Continental, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo, centrando a atenção 

nos respetivos perfis populacionais. 

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário é a crescente diminuição 

das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha, de modo bastante 

claro, a crescente tendência para o envelhecimento da população. 

No período de 2001 a 2011 (Quadro 5), no concelho de Angra do Heroísmo a população adulta (25‐64 anos) 

e  a  idosa  (mais de 65  anos)  registam um  aumento de 5,5% e 0,4 %,  respetivamente. Por outro  lado,  a 

população  jovem  (0‐14  anos)  e  a  população  jovem‐adulta  (15‐24  anos)  revelam  respetivamente,  um 

decréscimo de 3,4% e 2,5%. 

O peso da população idosa mantém um perfil ascendente, em consequência das tendências de diminuição 

da  fecundidade  e  de  aumento  da  longevidade.  Este  facto  traduz  a  tendência  de  envelhecimento  que 

caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos. 

O concelho de Angra Heroísmo apresenta uma taxa de população jovem (0 ‐ 14 anos) e jovem‐adulta (15‐24 

anos) inferior à Região Autónoma dos Açores. Em contrapartida, a população adulta (25 ‐ 64 anos) e idosa 

(mais de 65 anos) é superior à verificada na Região Autónoma (Gráficos 14 e 15). 

Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) Grupos Etários 

Portugal Continental  Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo

2001  2011  2001 2011 2001 2011 2001  2011

0‐14  15,8  14,8  21,4  17,9  19,7  16,2  19,8  16,4 

15‐24  14,2  10,7  17,0  14,1  16,0  13,5  15,8  13,3 

25‐64  53,5  55,2  48,6  54,9  50,5  55,9  50,2  55,7 

65 ou +  16,5  19,3  13,0  13,1  13,8  14,3  14,3  14,7 

Fonte: INE 

 Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal Continental 19,7 15,8 14,8 14,7 14,5

RA Açores 26,4 21,4 17,9 17,6 17,2

Angra do Heroísmo 24,0 19,8 16,4 16,2 16,0

%

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43 

 

Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013)  

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente  

Como expectável, os resultados da estrutura etária para o concelho de Angra do Heroísmo revelam, para o 

último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do envelhecimento da população. Esta 

evolução representa, entre 2001 e 2011, por um lado, uma perda de 3,4% de população jovem, e, por outro, 

um acréscimo de 0,4% da população com 65 e mais anos. Em relação à população ativa, o grupo etário mais 

jovem (15 a 24 anos) sofreu um decréscimo de 2,5% e o restante (25 a 64 anos) registou um aumento de 

5,5%. 

A pirâmide etária do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011 reflete, comparativamente ao ano 

de 2001, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e alargamento do 

topo da pirâmide (Gráfico 16). 

Ao  decréscimo  da  população  pertencente  às  classes  etárias  jovens  e  jovens‐adultas  (até  aos  24  anos) 

corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 25 aos 64 anos) e idosa (com 65 e mais 

anos). O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é inferior em 2011, em relação a 2001, 

não havendo diferenças significativas por sexo. 

Os grupos etários correspondentes à população em idade escolar apresentam uma tendência de diminuição 

acentuada. Esta dinâmica de evolução demográfica repercute‐se inevitavelmente no sector da educação e 

ensino do concelho, com um decrescimento da procura educativa do concelho, isto é, uma redução gradual 

do número de alunos. 

De referir o facto da pirâmide etária relativa ao ano de 2001 apresentar um perfil populacional caracterizada 

por uma estrutura não tão envelhecida, mas já não jovem. Um último aspeto a sublinhar é o facto do número 

de idosos ser superior no sexo feminino. 

 

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 13,7 16,5 19,3 19,7 20,2

RA Açores 12,5 13,0 13,1 13,0 13,0

Angra do Heroísmo 13,4 14,3 14,7 14,8 15,0

%

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44 

 

Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011)  

Portugal Continental 

 

Fonte: INE 

 

 

Açores 

 

Fonte: INE 

 

‐500000 ‐400000 ‐300000 ‐200000 ‐100000 0 100000 200000 300000 400000 500000

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85 e +

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011

‐15 000 ‐10 000 ‐5 000 0 5 000 10 000 15 000

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85 e +

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011

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45 

 

Terceira 

 

Fonte: INE 

 

Concelho de Angra do Heroísmo 

 

Fonte: INE 

 

‐3 000 ‐2 500 ‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85 e +

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011

‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85 e +

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011

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46 

 

Os valores referentes à população por escalão etário nas freguesias do concelho Angra do Heroísmo revelam, 

como seria de esperar, uma crescente diminuição das classes mais  jovens, prosseguida pelo aumento das 

classes mais idosas, o que espelha, de modo claro, a tendência para o envelhecimento da população. 

Procedendo‐se à análise pormenorizada dos grupos etários (Quadro 6 e Gráfico 17), constata‐se que em oito 

freguesias (Conceição, Santa Luzia, São Pedro, Sé, Doze Ribeiras, Raminho, Santa Bárbara e Serreta), que no 

seu cômputo representam 38,34% da população residente do concelho, a população  jovem (0‐14 anos) é 

inferior à população idosa (mais de 65 anos). A freguesia da Sé é a que apresenta maior diferença percentual 

entre a população jovem (9,5%) e a população idosa (26,4%). 

A observação das pirâmides etárias das freguesias do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011, 

não permite estabelecer uma estrutura que diferencie as freguesias urbanas das rurais (Gráfico 18). 

 Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo 

(2011) 

Zona Geográfica 

Grupos Etários 

Total Jovens (%) 

Idosos (%) 0‐14 Anos  15‐24 Anos

25‐64 Anos 

15‐64 Anos 

65 ou mais anos  

Ilha Terceira   9 167  7603  31575  39178  8 092  56 437  16,2  14,3 

Angra do Heroísmo  5 793  4693  19705  24398  5 211  35 402  16,4  14,7 

Altares  153  130  496  626  122  901  17,0  13,5 

Angra (Conceição)  450  484  2047  2531  736  3 717  12,1  19,8 

Angra (Santa Luzia)  310  334  1525  1859  586  2 755  11,3  21,3 

Angra (São Pedro)  498  442  1911  2353  609  3 460  14,4  17,6 

Angra (Sé)  91  109  503  612  252  955  9,5  26,4 

Cinco Ribeiras  119  110  377  487  98  704  16,9  13,9 

Doze Ribeiras  74  49  289  338  101  513  14,4  19,7 

Feteira  224  152  727  879  136  1 239  18,1  11,0 

Porto Judeu  441  353  1405  1758  302  2 501  17,6  12,1 

Posto Santo  195  162  578  740  113  1 048  18,6  10,8 

Raminho  92  60  291  351  122  565  16,3  21,6 

Ribeirinha  464  327  1543  1870  350  2 684  17,3  13,0 

Santa Bárbara  205  157  679  836  233  1 274  16,1  18,3 

São Bartolomeu de Regatos  386  269  1118  1387  210  1 983  19,5  10,6 

São Bento  277  294  1162  1456  267  2 000  13,9  13,4 

São Mateus da Calheta  785  538  2085  2623  349  3 757  20,9  9,3 

Serreta  54  34  182  216  65  335  16,1  19,4 

Terra Chã  595  453  1625  2078  242  2 915  20,4  8,3 

Vila de São Sebastião  380  236  1162  1398  318  2 096  18,1  15,2 

Fonte: INE 

 

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47 

 

Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011) 

 

Fonte: INE 

 

Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Altares

Angra (Conceição)

Angra (Santa Luzia)

Angra (São

 Pedro)

Angra (Sé)

Cinco Ribeiras

Doze Ribeiras

Feteira

Porto Judeu

Posto Santo

Ram

inho

Ribeirinha

Santa Bárbara

São Bartolomeu

 de Regatos

São Ben

to

São M

ateu

s da Calheta

Serreta

Terra Chã

Vila de São Sebastião

Jovens %

Idosos %

AH Média Jovens

AH Média Idosos

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49 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    Fonte: INE 

 

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50 

 

3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos 

O índice de envelhecimento do concelho de Angra do Heroísmo, no período de 1991 a 2013, registou um 

acréscimo de 36,2% (Gráfico 19), o que significa que para cada 100 jovens existiam, em 1991, 57 idosos e em 

2013 esse valor passou para 93 idosos. O referido índice para a população dos Açores registou um acréscimo 

27,2% no período referenciado. 

Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente  

De igual modo, se verifica um aumento, ainda que ligeiro, no índice de dependência de idosos que teve um 

acréscimo de 0,2%, passando de 21,4%, em 1991 para 21,6% em 2013. Também neste indicador o concelho 

de Angra do Heroísmo apresenta um  índice  superior ao  registado na Região Autónoma dos Açores, que 

assinalou uma descida de 1,7% (Gráfico 20). 

Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

 

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 72,1 102,2 127,8 131,1 136,0

Açores 48,8 60,5 72,3 74,1 76,0

Angra do Heroísmo 57,0 73,3 90,0 91,2 93,2

%

0

5

10

15

20

25

30

35

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 20,9 24,6 28,8 29,4 30,3

Açores 20,4 19,7 18,7 18,7 18,7

Anga do Heroísmo 21,4 21,8 21,2 21,4 21,6

%

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51 

 

3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total 

O Índice de Dependência de Jovens do concelho de Angra do Heroísmo passou de 37,6% em 1991 para 23,2% 

em 2013 (Gráfico 21). Isto significa que para cada 100 jovens menores de 15 anos existiam 37 e 23 idosos em 

1991 e 2013, respetivamente. Está‐se perante um valor inferior a 100, o significa que há menos jovens do 

que pessoas em idade ativa e que esta diferença está a crescer. 

Este índice (23,2%) é inferior ao da Região Autónoma dos Açores (24,6%) e superior ao de Portugal (22,3%). 

O concelho de Angra do Heroísmo apresenta uma taxa variação inferior à da Região Autónoma dos Açores. 

Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente  

Os resultados do Índice de Dependência Total ajudam a refletir sobre a necessidade de definir políticas ativas 

no que diz respeito à população. Para o concelho de Angra do Heroísmo ocorreu um decréscimo, entre 1991 

e 2013, de 59% para 44,9%, o que significa que se verificou uma diminuição da importância dos não ativos 

para os ativos (Gráfico 22). Quer isto dizer que, para cada 100 indivíduos potencialmente ativos existiam 59 

não ativos em 2001 e 45 em 2013. Este  facto, associado à circunstância da não substituição de gerações 

condicionará as políticas sociais no futuro próximo. 

O esforço total da população ativa concelhia, no suposto auxílio que esta presta a pessoas jovens e idosas, é 

medido através do Índice de Dependência Total tendo, entre 1991 e 2013, passado de 59% para 45%. Esta 

redução deve‐se à diminuição da dependência de jovens. 

Em  síntese,  a  população  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  tem  envelhecido,  acompanhando  aliás  a 

tendência  de  quase  todos  os  concelhos  dos  Açores.  Este  facto,  resultado  do  fenómeno  da  transição 

demográfica,  parece  estar  relacionado  não  só  com  a mudança  de mentalidades,  o  que  se  reflete  na 

diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por 

parte da população ativa jovem e em idade de procriar. 

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 29 24 22,6 22,5 22,3

Açores 41,9 32,5 25,9 25,2 24,6

Anga do Heroísmo 37,6 29,8 23,9 23,5 23,2

%

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52 

 

Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013) 

 

Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

 

3.8 ‐ Dimensão das Famílias  

A  tendência  demográfica  registada  nas  últimas  décadas  (aumento  da  esperança  de  vida,  queda  da 

fecundidade, adiamento da parentalidade, aumento das uniões de facto e do divórcio) implica um processo 

de mudança progressivo e persistente em direção a novas  formas de viver em casal e em  família. Como 

principais linhas de transformação é possível identificar: 

• Um padrão de vida doméstica assente, generalizadamente, em famílias de menor dimensão, devido 

ao menor número de filhos, que raramente ultrapassa os dois; 

• O decréscimo das famílias alargadas; 

• O aumento das famílias unipessoais; 

• O reforço da privacidade da vida conjugal, vivendo os casais (com ou sem filhos) cada vez menos em 

co‐residência com outros familiares; 

• Um crescimento da autonomia residencial dos indivíduos, com mais pessoas vivendo sós, em todas 

as idades e em diferentes fases da vida (solteiros, separados, divorciados e viúvos); 

• Uma diversidade mais acentuada das formas de viver em família, quer em relação à conjugalidade 

(casamento “de direito” e “de facto”, casamento religioso ou civil), quer em relação à parentalidade 

(aumento das famílias monoparentais e recompostas). 

 

 

 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

1991 2001 2011 2012 2013

Portugal 50,0 48,6 51,4 51,9 52,5

Açores 62,3 52,2 44,6 43,9 43,3

Angra do Heroísmo 59,0 51,1 45,1 45,0 44,9

%

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53 

 

Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011) 

 Nº de famílias clássicas 

residentes 

Famílias clássicas segundo a dimensão (2011) 

Com 1  Com 2  Com 3  Com 4 Com 5 ou mais 2001  2011

RAA  71846  81715  14006  20871  19231  16295  11312 

Angra do Heroísmo  10957  12195  2254  3346  2847  2392  1356 

Fonte: SREA 

 

De acordo com os Censos de 2011, registou‐se, entre 2001 e 2011, um aumento de  famílias clássicas no 

concelho de Angra do Heroísmo (11,3%) e nos Açores (13,7%). A família nos Açores, assim como na maioria 

dos países ocidentais, tende a ver reduzida a sua dimensão. Esta situação pode ser confirmada através da 

dimensão média da família, ou seja, da relação entre o número de pessoas nas famílias e o total das famílias 

clássicas existentes, bem como pela sua composição, isto é, através da distribuição pelo número de pessoas 

que a compõe. 

Ao observar a composição das famílias clássicas, segundo o número de pessoas, verifica‐se que no concelho 

de Angra do Heroísmo e nos Açores, as famílias com duas pessoas são as mais representativas, seguidas das 

constituídas por três pessoas. 

Em 2011, do total de famílias clássicas residentes no concelho, 18,5% dizem respeito a famílias com uma 

pessoa, 27,5% a famílias com duas pessoas, 23,3% a famílias com três pessoas, 19,6% a famílias com quatro 

pessoas e 11,1% a famílias com cinco ou mais pessoas. 

 

3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente 

A população residente do concelho de Angra do Heroísmo apresenta um baixo nível escolaridade (Gráfico 

23). Em 2011, mais de 42,3% da população não vai para além o 1º ciclo do Ensino Básico e 55% da população 

não possui o 3º ciclo do Ensino Básico completo. A taxa de analfabetismo é de 4,32% e apenas 12,8% dos 

residentes apresenta como habilitação académica o ensino superior. 

Da análise dos dados infere‐se que não existe uma correlação entre o nível de escolaridade e o que diferencia 

as freguesias do concelho, com exceção do ensino superior, cuja taxa apresenta valores mais elevados nas 

freguesias urbanas (Quadro 8 e Gráfico 24). 

Realça‐se ainda no período que decorre de 2001 a 2011 uma descida de 6,9%, na população com 15 e mais 

anos, sem nível de escolaridade (Gráfico 25), um acréscimo, no mesmo grupo populacional, de 2,3% com 

ensino secundário (Gráfico 26) e 5,3% com o ensino superior (Gráfico 27), no período de 2001 a 2011. Estes 

valores são, em boa medida, um resultado da evolução positiva verificada na década 2001‐2011, onde a 

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54 

 

população sem qualquer qualificação diminuiu cerca de 42% e a população qualificada com o ensino superior 

quase duplicou. 

Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011) 

 

Fonte: INE 

Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011) 

Zona Geográfica 

População residente segundo o nível de escolaridade atingido (%) 

Taxa de 

Analfab

etis

     Ensino básico   

Nenhum nível 

escolaridade 

Educação Pré‐

Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo  Secundário 

Pós Secundário 

Superior 

Angra do Heroísmo  6,2  2,8  33,3  12,7  16,4  14,9  0,9  12,8  4,32

Altares  5,3  3,4  39,1  15,0  17,3  13,0  0,7  6,2  5,46

Angra (Conceição)  5,2  2,3  32,6  10,8  16,5  15,1  1,1  16,3  4,03

Angra (Santa Luzia)  7,8  1,9  30,3  9,5  17,1  15,6  1,1  16,7  6,97

Angra (São Pedro)  4,5  2,8  21,9  8,0  17,1  17,1  1,2  27,6  1,68

Angra (Sé)  4,2  1,6  26,7  7,3  15,0  18,1  1,2  26,0  2,00

Cinco Ribeiras  4,7  2,6  39,1  13,4  16,6  15,5  1,3  7,0  3,67

Doze Ribeiras  2,3  2,3  47,4  16,8  13,8  13,3  0,0  4,1  6,79

Feteira  6,6  3,3  30,5  11,6  16,0  16,8  0,9  14,3  3,01

Porto Judeu  6,0  3,3  36,7  16,8  15,5  14,4  1,3  5,9  3,29

Posto Santo  5,2  3,1  31,9  15,6  15,8  18,3  0,9  9,3  3,43

Raminho  7,1  2,8  44,1  15,6  10,4  13,5  0,0  6,5  4,39

Ribeirinha  7,7  2,8  39,8  13,3  14,9  12,5  0,8  8,3  6,88

Santa Bárbara  6,7  1,6  42,5  16,5  14,8  12,9  0,5  4,5  5,15

São Bartolomeu  6,4  3,5  33,8  12,9  16,7  15,0  1,2  10,4  2,61

São Bento  4,7  2,3  31,1  12,7  16,9  16,8  1,2  14,5  3,56

São Mateus da Calheta  8,5  2,9  32,2  14,5  16,7  13,9  0,7  10,7  5,97

Serreta  7,5  2,4  47,5  12,8  11,6  14,0  0,6  3,6  6,06

 Terra Chã  5,3  3,8  30,9  12,6  19,6  14,7  0,9  12,1  3,58

Vila de São Sebastião  7,4  3,1  39,2  15,5  15,6  12,4  0,6  6,2  4,67

Fonte: INE 

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Nenhumnível deescolarida

de

Ed. Pré‐Escolar

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

PósSecundári

o

Superior

Angra do Heroísmo 6,2 2,8 33,3 12,7 16,4 14,9 0,9 12,8

%

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55 

 

Gráfico 24 ‐ População residente (%) por  nível de escolaridade (2011) 

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56 

 

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57 

 

Fonte: INE 

 

Gráfico 25 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, sem nível de escolaridade, no concelho de Angra 

do Heroísmo (1960‐2011) 

 

Fonte: Pordata 

 

 

 

 

62,7

38,5

16,4

9,5

0

10

20

30

40

50

60

70

1960 1981 2001 2011

%

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58 

 

Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra 

do Heroísmo (1960‐2011)  

 

Fonte: Pordata 

 

Gráfico 27 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino superior, no concelho de Angra do 

Heroísmo(1960‐2011)  

 

Fonte: Pordata 

 

 

 

 

 

 

3,22,6

10,3

12,7

0

2

4

6

8

10

12

14

1960 1981 2001 2011

%

0,4

1,5

6,6

11,9

0

2

4

6

8

10

12

14

1960 1981 2001 2011

%

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59 

 

4 – Caracterização socioeconómica 

A  caracterização da população deve, entre outros  fatores,  considerar  a estrutura  segundo  as  atividades 

económicas e, de uma forma geral, os aspetos que permitam entender os principais elementos da dinâmica 

económica, mesmo tendo em atenção que serão apresentados apenas dados para o concelho de Angra do 

Heroísmo. 

Em relação à população residente, como já foi referido, o concelho de Angra do Heroísmo, desde 2001, tem 

registado uma taxa de crescimento populacional negativa. Entre o último período intercensitário e o ano de 

2013, observa‐se um decréscimo populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05 

pontos percentuais (pp). Nos Açores, no mesmo período, registou‐se um acréscimo de populacional de 2,07% 

(Quadro 1). 

4.1 ‐ População Ativa e Empregada 

Em termos de taxa de atividade, em 2011 o concelho de Angra do Heroísmo, com 47,7%, apresenta valores 

superiores aos dos Açores (46,6%), embora ambos registem idêntica taxa de crescimento, cerca de 4%, entre 

2001 e 2011. Por outro lado, na última década, o número dos ativos empregados registou um aumento de 

10,6%,  inferior,  contudo  ao  acréscimo  registado  nos  Açores  (13,2%).  A  relação  entre  o  número  de 

empregados e a população residente ativa no concelho de Angra do Heroísmo registou um decréscimo de 

4,3% na última década (Quadro 9). 

Se em relação à taxa de atividade, o comportamento do concelho segue de perto o comportamento dos 

Açores, no que diz respeito à taxa de desemprego, o concelho de Angra do Heroísmo apresenta em 2001 um 

valor  inferior (5%) ao registado nos Açores (6,7%), e, em 2011, mantém a mesma tendência,  isto é, 9,3% 

contra 11,1%. Destaca‐se  a  subida da  taxa de desemprego no  concelho e nos Açores na última década 

(Gráficos 28 e 29). 

 

Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011 

 População Residente 

Variação Populacional 

População Ativa Total 

População Empregada 

Taxa de Atividade % 

Taxa de desemprego % 

Taxa de emprego % 

  2001  2011  2001‐2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 2001  2011

RAA  241763  246772  2,07%  101488  114920 94728 102127 42,0  46,6  6,7  11,1  49,9  50,4 

Angra do Heroísmo 

35581  35402  ‐0,50%  15261  16882  14502 15311  42,9  47,7  5  9,3  50,8  51,7 

Fonte: SREA 

 

 

 

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60 

 

Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011) 

 

Fonte: INE 

Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011)  

 

Fonte: INE 

Em  relação  ao  concelho  de  Angra  do  Heroísmo,  observa‐se,  com  base  nos  dados  de  desemprego 

disponibilizados pela Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo  (Gráfico 30), que o 

número de desempregados aumentou 142,6%, no período de agosto de 2010 e julho de 2014. O desemprego 

no  concelho  afeta, maioritariamente,  a  faixa  etária  dos  35  aos  54  anos,  tendo  aumentado  de  forma 

significativa o número de desempregados com idade igual ou superior aos 55 anos (Gráfico 31). 

2001 2011 2001 2011

Taxa de Atividade Taxa de Desemprego

RA Açores 42,0 46,6 2,3 11,3

Angra do Heroísmo 42,9 47,7 5,0 9,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

%

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

1960 1981 2001 2011

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61 

 

De acordo com dos dados de julho de 2014, verifica‐se que os desempregados à procura de novo emprego 

(1537) e de curta duração (1117) superam significativamente os desempregados que procuram o primeiro 

emprego (190) e os de longa duração (610). Os dados revelam ainda que no segundo semestre de 2014 a 

percentagem de desempregados à procura de novo emprego aproximava‐se dos 89% (Gráfico 32). 

No que respeita aos níveis de escolaridade, e considerando a população ativa dos 15 aos 64 anos, regista‐se 

que todos os segmentos evoluíram desfavoravelmente, tendo o número de desempregados com o ensino 

secundário  e  superior  aumentado mais  pontos  percentuais  do  que  os  restantes.  Deste  facto  resultou, 

inclusivamente, uma diminuição no peso relativo dos desempregados com o nível de escolaridade inferior 

ao 3º ciclo do ensino básico. 

O número de desempregados com o ensino secundário aumentou 250 pontos percentuais, entre agosto 2010 

e julho de 2014, e os do ensino superior de 353 pontos percentuais. O segmento dos desempregados com 

um nível de escolaridade inferior ao terceiro ciclo do ensino básico, registou um acréscimo de 202,4 pontos 

percentuais e os com nível até ao 3º ciclo do ensino básico um aumento de 245 pontos percentuais. Em 

relação a agosto 2010 foram os desempregados com ensino superior os que apresentaram  maior acréscimo 

na respetiva taxa de desemprego, seguidos dos desempregados com ensino secundário (Gráfico 33). Ou seja, 

uma coisa é o aumento da escolaridade da população empregada, e outra bem diferente, é a ocupação por 

essa população com maior escolaridade de empregos qualificados. 

Apesar  dos  programas  criados  para  o  incremento  de  emprego,  a  taxa  de  desemprego  representa  uma 

realidade  preocupante,  constituindo  assim  um  problema  económico,  político  e  social  para  a  Região 

Autónoma dos Açores de maneira geral e para o concelho de Angra do Heroísmo em particular. 

De  acordo  com  a  informação  disponibilizada  pela Direção  Regional  de  Solidariedade  Social  (DRSS),  em 

Dezembro  de  2014,  o  número  de  beneficiários  com  processamento  de  prestações  de  desemprego 

correspondia  a  721  pessoas,  o  que  evidencia um  acréscimo  de  cerca  de  226  beneficiários  face  ao mês 

homólogo de 2011, traduzindo um crescimento de 45,7 pontos percentuais (Gráfico 34). Refira‐se que o valor 

médio do subsídio de desemprego passou de e 458,96 para € 507,39 de dezembro de 2010 para o mês 

homólogo de 2014. 

 

 

 

 

 

 

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62 

 

Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014) 

 

Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

 

Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014) 

 

Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

 

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

1 800

2 000

 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014

H 439 582 836 1 117 1 021

M 273 463 611 701 706

HM 712 1 045 1 447 1 818 1 727

 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014

< 25 anos 150 191 278 316 282

25 a 34 anos 223 339 416 501 508

35 a 54 anos 270 427 609 808 738

≥ 55 anos 69 88 144 193 199

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

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63 

 

Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014) 

 

Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

 

Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014) 

 

Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014

< 1 ano 593 838 1 085 1 248 1 117

≥1 ano 119 207 362 570 610

1º emprego 53 79 99 145 190

Novo emprego 659 966 1 348 1 673 1 537

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

1 800

0

100

200

300

400

500

600

 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014

< 1º Ciclo 76 99 72 124 61

1º Ciclo 220 327 457 559 437

2º Ciclo 196 241 349 385 438

3º Ciclo 142 210 366 480 490

Secundário 52 95 118 179 182

Superior 26 71 85 91 118

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64 

 

Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014) 

 

Fonte: DRSS 

 

Ao confrontar a evolução população empregada no concelho de Angra do Heroísmo entre 2001 e 2011, 

constata‐se que, para além da taxa de emprego apresentar uma redução de 0,4 pontos percentuais (Gráfico 

35), a maioria da população do concelho  trabalhava por conta de outrem  (Gráfico 36). Verifica‐se que a 

percentagem de trabalhadores por conta de outrem e de trabalhadores por conta própria isolados diminuiu 

2,9% e 0,3% entre 2001 e 2011 (Gráficos 36 e 37). 

Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011) 

 

Fonte: Pordata 

 

495

721

 400

 450

 500

 550

 600

 650

 700

 750

 800

 Dez 2011  Dez 2014

50,8

50,4

 50,2

 50,3

 50,4

 50,5

 50,6

 50,7

 50,8

 50,9

2001 2011

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65 

 

Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011) 

 

Fonte: Pordata 

 Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011) 

 

Fonte: Pordata 

4.2 ‐ Setores de atividade e profissões 

A análise da repartição da população ativa empregada, por setor de atividade económica, na última década 

revela que a população residente empregada no concelho de Angra do Heroísmo e nos Açores se encontra, 

maioritariamente, associada ao sector terciário, representando no concelho de Angra do Heroísmo em 2011, 

cerca de 72,7% da população empregada, traduzindo‐se num crescimento de 4,3% (Quadros 10 e 11). Por 

outro  lado,  verifica‐se  que  na  última  década  a  população  residente  empregada  decresceu  nos  demais 

sectores de atividade (Gráfico 38). 

83,1

80,2

 79,0

 79,5

 80,0

 80,5

 81,0

 81,5

 82,0

 82,5

 83,0

 83,5

 84,0

2001 2011

8,5

8,2

 8,0

 8,1

 8,2

 8,3

 8,4

 8,5

 8,6

2001 2011

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66 

 

Mais  uma  vez,  os  dados  relativos  à  população  empregada  confirmam  uma  crescente  terciarização  da 

economia. 

 

 

Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) 

  População economicamente ativa 

 

Total 

Empregada

 

Total  Primário  Secundário 

Terciário 

  Total Natureza Social 

Relação Atividade Económica 

  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 

RAA  101488  114920  94728  102127  11155 8636  24232 21050 59341 72441  33209  36355  26132 36086

Angra do Heroísmo 

15261  16882  14502  15311  1418  1234  3164  2945  9920  11132  6051  6117  3869  5015 

Fonte: INE 

  

Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011)  

Primário  Secundário Terciário 

  Total  Natureza Social Relação Atividade 

Económica 

  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 

RAA  11,8  8,5  25,6  20,6  62,6  70,9  35  35,6  27,6  35,3 

Angra do Heroísmo 

9,8  8,1  21,8  19,2  68,4  72,7  41,7  40  26,7  32,7 

Fonte: INE 

Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011) 

 

Fonte: INE 

Relativamente  ao  sector  terciário  é  de  referir  que  os  serviços  relacionados  com  a  atividade  económica 

(Quadro 11) representavam 32,7% do emprego em 2011, valor inferior ao dos Açores (35,3%). Por outro lado, 

destaca‐se que os serviços de natureza social apresentam um valor superior ao registado pelos Açores (40% 

contra 35,6% em 2011). 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

2001 2011 2001 2011 2001 2011

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário

RA Açores 11,8 8,5 25,6 20,6 62,6 70,9

Angra do Heroísmo 9,8 8,1 21,8 19,2 68,4 72,7

%

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67 

 

A evolução, no que diz respeito ao sector terciário, foi, entre 2001 e 2011, menos expressiva no concelho por 

comparação ao arquipélago. Com efeito, verificou‐se um acréscimo de 4,3% e 8,3%,  respetivamente em 

Angra do Heroísmo e nos Açores. É necessário ter em atenção a importância que estes serviços apresentam 

no concelho e os valores absolutos registados, bem como as mais‐valias. 

O sector secundário apresenta uma estrutura com um número de ativos ligeiramente inferior ao registado 

nos Açores em 2011 (19,2% contra 20,6%). Constata‐se o facto de o peso na estrutura de atividades ter vindo 

a decrescer tendo o concelho registado uma perda de 2,6%. 

Por último, destaca‐se a evolução ocorrida nas atividades do sector primário, com uma diminuição dos ativos, 

correspondendo os empregados em 2011, a apenas 8,1% dos ativos, valor inferior ao verificado nos Açores 

(8,5%). 

A  leitura da evolução e da estrutura da população  residente, empregada  segundo grupos de profissões, 

permite ampliar o conhecimento socioeconómico do concelho (Quadro 12 e Gráfico 39). 

De  entre  a estrutura  empregada  segundo  grupos de profissões,  verifica‐se que predomina o Grupo  5  – 

Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (18,1% dos ativos empregados 

em 2011) tendo registado desde 2001 um aumento de 662 ativos (3,6%). A perda de importância do setor 

da indústria e da construção expressa‐se na variação registada no Grupo 7 – Trabalhadores qualificados da 

indústria,  construção  e  artífices,  tendo  registado  desde  2001  uma  perda  de  420  ativos  (‐3,6%), 

representando, ainda assim, 13,6% dos ativos em 2011. Também o Grupo 8 – Operadores de  instalações 

industriais e máquinas fixas, condutores e montadores, registou desde 2001 uma diminuição de 46 ativos, 

embora  continue  a  representar  3,6%  da  estrutura  da  população  residente  empregada.  O  Grupo  9  – 

Trabalhadores  não  qualificados,  não  obstante  ter  na  estrutura  da  população  residente  empregada  uma 

importância  elevada  (16,6%),  registou  desde  2001  uma  quebra  de  377  ativos  (‐3,6%).  O  Grupo  2  – 

Especialistas  das  atividades  intelectuais  e  científicas,  reforçou  a  sua  posição  na  estrutura  da  população 

residente  empregada,  tendo  registado  desde  2001  um  aumento  de  947  ativos  (5,7%).  O  Grupo  1  – 

Representantes  do  poder  legislativo  e  de  órgãos  executivos,  dirigentes,  diretores  e  gestores  executivos 

registou um  aumento de  201  empregados desde  2001  (1%). Comportamento  semelhante  apresentou  o 

Grupo 3 – Profissões técnicas intermédias, com um reforço de 87 ativos, representando 10,1% da população 

empregada. O Grupo 4 – Empregados administrativos, embora tenha significado em termos da estrutura de 

profissões,  que  representa  10,4%  da  população  empregada  em  2011  registou  um  decréscimo  de  55 

empregados. De referir ainda que no Grupo 6 – Trabalhadores da agricultura e da pesca, cuja importância já 

era reduzida em 2001 (8% dos ativos), verificou‐se uma perda de 222 ativos (‐1,9%). 

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68 

 

Quadro 12 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do 

Heroísmo (2001‐2011) 

2001  2011 Variação 2001‐2011 

População Ativa 

(%) População 

Ativa (%) 

G0 ‐ Profissões das Forças Armadas   131  0,9%  165  +1,1%  34 

G1 ‐ Representantes do poder legislativo e de órgãos  executivos,  dirigentes,  diretores  e gestores executivos 

690  4,8%  891  +5,8%  201 

G2 ‐ Especialistas das atividades intelectuais e científicas 

1289  8,9%  2236  +14,6%  947 

G3 ‐ Técnicos e profissões de nível intermédio  1463  10,1%  1550  +10,1%  87 

G4 ‐ Pessoal administrativo  1646  11,4%  1589  ‐10,4%  ‐57 

G5 ‐ Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores 

2107  14,5%  2769  +18,1%  662 

G6 ‐ Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta 

1156  8,0%  934  ‐6,1%  ‐222 

G7 ‐ Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices 

2498  17,2%  2078  ‐13,6%  ‐420 

G8 ‐ Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 

598  4,1%  552  ‐3,6%  ‐46 

G9 ‐ Trabalhadores não qualificados  2924  20,2%  2547  ‐16,6%  ‐377 

TOTAL  14502  100,0%  15311  100%  809 

Fonte: INE 

Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do 

Heroísmo (2011) 

 

Fonte: INE 

De acordo com os dados constantes no Recenseamento Geral da População de 2011, observa‐se que no 

concelho de Angra do Heroísmo a proporção do rendimento das pessoas por via do trabalho é superior ao 

da Região Autónoma dos Açores e ao de Portugal Continental. 

 ‐

 500

 1 000

 1 500

 2 000

 2 500

 3 000

Forças Armadas Representantesdo poder

legislativo e deórgãos

executivos

Especialistasdas atividadesinteletuais ecientíficas

Técnicos eprofissões de

nívelintermédio

Pessoaladministrativo

Trabalhadoresdos serviçospessoais, deproteção esegurança

Agricultores etrabalhadoresqualificados

Trabalhadoresqualificados na

indústria

Operadores deinstalações emáquinas

Trabalhadoresnão

qualificados

Série1 165 891 2 236 1 550 1 589 2 769 934 2 078 552 2 547

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69 

 

A maioria da população residente no concelho com mais de 15 anos (Quadros 13 e 14) tem o trabalho como 

principal  fonte de  rendimento  (51,2%),  a que  se  segue o produto de pensões  (23,4%).  Se  a este  grupo 

acrescer os beneficiários de prestações sociais, pode‐se verificar que cerca de 28,2% da população, com mais 

de 15 anos, depende do sistema social para sobreviver e 17,6% se encontra, exclusivamente, a cargo da 

família. 

Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) 

Total  Trabalho  Pensões Subsídios de Apoio Social* 

Rendimento da Propriedade 

A Cargo da Família 

Outro 

Portugal Continental  8 563 501  4 125 949  2 366 476  488 433  39 039  1 300 656  242 948

RA Açores  202 575  101 801  42 677  10 998  849  40 608  5 642 

Angra do Heroísmo  29 609  15 169  6 929  1 418  146  5 212  735 

Fonte: INE 

*O valor  indicado  inclui o  somatório de:  subsídio de desemprego;  subsídio por acidente de  trabalho ou doença profissional; 

Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social. 

 

 

Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) 

Trabalho  PensõesSubsídios de Apoio Social* 

Rendimento da Propriedade 

A Cargo da Família 

Outro 

Portugal Continental  48,2  27,6  5,7  0,5  15,2  2,8 

RA Açores  50,3  21,1  5,4  0,4  20,0  2,8 

Angra do Heroísmo  51,2  23,4  4,8  0,5  17,6  2,5 

Fonte: INE 

*O valor  indicado  inclui o  somatório de:  subsídio de desemprego;  subsídio por acidente de  trabalho ou doença profissional; 

Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social. 

 

4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção 

As sociedades modernas fundam‐se nos valores da igualdade, nomeadamente nos princípios da igualdade 

de oportunidades, sendo esta um dos pilares da cidadania. Mas, mesmo nas sociedades desenvolvidas, a 

verdadeira igualdade de oportunidades não foi totalmente alcançada, pois, não apenas continuam a existir 

grupos  extremamente  vulneráveis  à  pobreza  e  à  exclusão  social,  como  essas  situações  tendem,  com 

persistência, a reproduzir‐se no tempo. 

Nos Açores, as políticas públicas parecem não ter sido inteiramente capazes, até ao momento, de combater 

com eficácia a pobreza e a exclusão, nem de prever o seu aparecimento (Rodrigues, 2010). Contudo, um dos 

mecanismos  de  minimização  das  consequências  da  pobreza  extrema  tem  sido  as  políticas  sociais  de 

“rendimento mínimo”, cuja filosofia visa precisamente garantir um padrão de vida condigno àqueles que mais 

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70 

 

necessitam. No nosso país, o Rendimento Social de Inserção (RSI) veio, em 2003, substituir o seu percursor, 

o Rendimento Mínimo Garantido (RMG). 

O Rendimento Social de Inserção constitui uma prestação pecuniária mensal que é concedida às famílias e 

aos  indivíduos que vivam em situação de grave carência económica e que  façam prova de que possuem 

determinadas condições de atribuição. Cabe aos beneficiários o cumprimento de um “Programa de Inserção 

Social” pré‐estabelecido, que tem como objetivo proclamado romper o “ciclo vicioso da pobreza”. Trata‐se 

de uma medida que visa criar as condições mínimas para o acesso às necessidades básicas e, ao mesmo 

tempo, gerar oportunidades de inserção social. 

É claro que estas medidas também têm limitações e alguns efeitos perversos. Entre os problemas que têm 

vindo  a  ser  apontados  às  políticas  de  rendimentos mínimos  destacam‐se:  a  dependência  que  podem 

provocar nos seus beneficiários; o fraco envolvimento destes nos projetos de inserção; a precariedade dos 

contratos de trabalho que lhes são oferecidos; a falta de motivação para frequentarem as ações de formação 

profissional devido à ausência de expectativas de futuro; a excessiva burocracia destes processos; a que se 

vem aliar o “efeito identitário negativo” e a estigmatização social de certos grupos de beneficiários (Diogo, 

2007; Pacheco, 2009; Rodrigues, 2010). 

Os  Contratos  de  Inserção  preveem  um  conjunto  de  ações  que  obrigam  os  beneficiários,  que  tenham 

capacidades para tal, a procurar trabalho, a completar a escolaridade ou a frequentar ações de formação, 

num processo que tenta criar oportunidades de inserção no mercado laboral. No entanto, no atual contexto 

de crise económica, o aumento do desemprego e as baixas qualificações escolares e profissionais, agravam 

as possibilidades para se obter trabalho. 

O Rendimento Social de  Inserção  (RSI) é, nos dias de hoje, um apoio  fundamental para as  famílias mais 

carenciadas que não têm outras formas de rendimento, sendo constituído por uma prestação em dinheiro 

para  satisfação  das  necessidades  básicas  e  um  Programa  de  Inserção  para  ajudar  à  integração  social  e 

profissional. As pessoas que estão a  receber o RSI assinam um acordo  com a  Segurança  Social onde  se 

comprometem a cumprir o Programa de Inserção. 

Da análise da  informação disponibilizada pela Direção Regional da Solidariedade Social, verifica‐se que, a 

percentagem de beneficiários do RSI em relação à população residente no concelho de Angra do Heroísmo, 

é inferior à registada na Ilha Terceira e na Região Autónoma dos Açores no período de 2009‐2013 (Gráfico 

40). 

Em relação ao número de Beneficiários e Agregados Familiares do RSI, no concelho de Angra do Heroísmo, 

regista‐se respetivamente um aumento no período que decorre de 2009 a 2013, embora com oscilações mais 

ou menos acentuadas, nalguns segmentos do tempo referido (Gráficos 41 a 43). 

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71 

 

Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da 

população residente) (2009‐2013) 

 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 

 

Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de 

Angra do Heroísmo (2009‐2013) 

 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 

 

2009 2010 2011 2012 2013

RA Açores 8,33 7,42 7,83 8,15 8,61

Ilha Terceira 7,29 6,51 6,56 6,80 7,33

Angra do Heroísmo 6,86 6,31 6,52 6,58 7,23

 6,00

 6,50

 7,00

 7,50

 8,00

 8,50

 9,00

2009 2010 2011 2012 2013

Angra do Heroísmo 2440 2244 2319 2328 2560

2440

2244

2319

2328

2560

2050

2100

2150

2200

2250

2300

2350

2400

2450

2500

2550

2600

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Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013) 

 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 

 

Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de Angra do Heroísmo (%) (2009‐2013) 

 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 

 

4.4 ‐ Acessibilidades 

As acessibilidades assumem um papel fundamental no contexto regional, seja pela distância que separa o 

arquipélago dos continentes, seja por via das características orográficas e descontinuidade territorial, que 

obriga à existência de uma rede complexa de serviços de transporte marítimo e aéreo. Em relação à orografia 

é possível verificar um paralelismo entre a densidade de eixos rodoviários principais, as zonas mais planas e 

os principais aglomerados populacionais. 

Em  termos de organização da  rede viária existem  três grandes classificações: a  regional, a municipal e a 

agrícola  e  florestal. A  rede  viária  do  concelho  de Angra  do Heroísmo  desempenha  um  papel  fulcral  na 

786

721

764

814

928

 700

 750

 800

 850

 900

 950

2009 2010 2011 2012 2013

6,58

6,977,00

7,59

 6,00

 6,20

 6,40

 6,60

 6,80

 7,00

 7,20

 7,40

 7,60

 7,80

 8,00

2010 2011 2012 2013

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mobilidade  local, principalmente nos  setores mais periféricos,  facilitando ainda a entrada dos  fatores de 

produção, a saída dos produtos das explorações, bem como a proteção dos recursos florestais. 

Não obstante o nível de investimento efetuado na rede viária, durante os anteriores Quadros Comunitários 

de Apoio, importa continuar a realizar intervenções na rede viária regional, na rede agrícola e florestal e na 

reabilitação de troços da rede viária concelhia, complementada por sistemas de estacionamento de viaturas. 

De acordo com os Censos de 2011, constata‐se que a maioria da população de Angra do Heroísmo estuda ou 

trabalha no concelho e que nas deslocações inter‐concelhias utiliza o transporte individual. Por outro lado, 

verifica‐se alguma quebra na procura do transporte coletivo de passageiros, embora seja de destacar a sua 

importância, nomeadamente, no transporte diário para os estabelecimentos de ensino e para as freguesias 

mais distantes da residência dos alunos. 

Nas condições de  insularidade e de fragmentação do mercado  interno regional, a evolução desejável dos 

sistemas produtivos da Região é largamente tributária das opções de política de transportes. Neste sentido, 

e dado o  impacto das acessibilidades, nomeadamente o  transporte nos  sistemas produtivos, devem  ser 

favorecidas todas as possibilidades consideradas fundamentais para assegurar aos sistemas produtivos as 

melhores  condições  possíveis  de  conexão  regional,  nacional  e  internacional  e  de  segurança  no 

abastecimento. Deverá, ainda, ser potenciada uma coordenação eficaz entre transportes terrestres, aéreos 

e marítimos, nos segmentos do movimento das pessoas e das cargas. É crucial a melhoria acentuada das 

condições de transporte aéreo e marítimo entre  ilhas, compatível com a distribuição mais equilibrada da 

procura turística por todas as ilhas da Região. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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5 – Caracterização do sistema educativo 

A Constituição da República Portuguesa (revisão de 1997) estabelece os direitos sociais básicos dos cidadãos 

no que respeita à educação. De acordo com esta legislação fundamental, a educação surge como um direito 

universal, cabendo ao Estado a promoção da democratização da educação, bem como das demais condições 

que contribuam para a “igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e 

culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância (...)” (artigo 73º). Nos termos da 

Constituição, compete, ainda, ao Estado, nomeadamente, “Assegurar o ensino básico universal, obrigatório 

e gratuito”; “Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de Educação Pré‐Escolar” e “Garantir a 

educação permanente e eliminar o analfabetismo”. 

A  exclusão  em  relação  ao  sistema  educativo  traduz‐se,  na  prática,  em  baixos  níveis  de  escolaridade  e, 

paralelamente, em insucesso e abandono escolar precoce. Atualmente o nível de instrução influencia, cada 

vez mais, a capacidade económica dos indivíduos e um baixo nível de instrução tem sido identificado como 

um fator causa‐efeito da pobreza. A relação entre baixo níveis de instrução e situações de pobreza foi referida 

por alguns autores ao apontar, a partir dos Inquéritos aos Orçamentos Familiares (INE), que os agregados 

familiares representados por pessoas sem o ensino básico estavam sujeitos a rendimentos muito baixos, a 

uma forte e crescente incidência da pobreza. 

Por outro lado, a seletividade do sucesso do sistema educativo, a não verificação dos princípios da igualdade 

e universalidade da educação estão presentes quando se constata que são os mais carenciados que se ficam, 

geralmente, pelos níveis de instrução mais baixos. 

5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo 

Nos termos da Lei de Bases do Sistema Educativo, o sistema educativo compreende: a Educação Pré‐Escolar, 

a Educação Escolar e a Educação Extraescolar. 

A Educação Pré‐Escolar é “entendida como a primeira etapa da educação básica, sendo complementar da 

ação  educativa da  família,  com a qual deve  estabelecer estreita  cooperação,  favorecendo  formação  e o 

desenvolvimento  equilibrado  da  criança  tendo  em  vista  a  sua  plena  inserção  na  sociedade  como  ser 

autónomo, livre e solidário”1. Este nível de ensino destina‐se a crianças com idades compreendidas entre os 

3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, sendo a sua frequência facultativa, competindo, porém, ao 

Estado, contribuir para a sua universalização. O desenvolvimento da Educação Pré‐Escolar deve concretizar‐

se na criação de uma rede nacional de Educação Pré‐Escolar, que integra uma rede pública, promovida pela 

iniciativa da administração  regional e  local, e uma  rede privada, desenvolvida a partir das  iniciativas das 

                                                            1Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, que aprova a Lei‐Quadro da Educação Pré‐Escolar. 

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Instituições  Particulares  de  Solidariedade  Social  (IPSS),  dos  estabelecimentos  de  ensino  particular  e 

cooperativo e de outras instituições sem fins lucrativos que prossigam atividades no domínio da educação e 

do ensino2. 

A Educação Escolar compreende o ensino básico, secundário e superior, integrando modalidades especiais e 

atividades de ocupação de tempos livres3. 

A Educação Extraescolar engloba atividades de alfabetização e de educação de adultos, de aperfeiçoamento 

e atualização cultural e científica, e a  iniciação, reconversão e aperfeiçoamento profissional. Efetiva‐se no 

quadro de iniciativas múltiplas de natureza formal e não formal, tendo como objetivo permitir ao indivíduo 

aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades em complemento da sua formação 

escolar ou sem suprimento da sua carência4. 

O regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino da Educação Pré‐Escolar e 

dos ensinos básico e secundário, introduz uma nova organização da administração da educação, estruturada 

a  partir  do  agrupamento  de  escolas  entendido  como  ”uma  unidade  organizacional,  dotado  de  órgãos 

próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar e de um ou 

mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projeto pedagógico comum, com vista a (…): 

a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória 

numa dada área geográfica; 

b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social; 

c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional 

dos recursos; 

d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente 

diploma; 

e) Valorizar e enquadrar experiências em curso.”5 

5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores 

O sistema educativo da Região Autónoma dos Açores compreende: a Educação Pré‐Escolar, o Ensino Básico, 

o Ensino Secundário, o Ensino Artístico, o Ensino Profissional, o Programa Formativo de Inserção de Jovens 

                                                            2 Decreto Legislativo Regional n.º 11/2013/A, de 22 de agosto. 

3Lei n.º 46/86 de 14 de outubro. 

4Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro. 

5Decreto Legislativo Regional n.º 13/2013/A, de 30 de agosto. 

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(PROFIJ), o Programa Oportunidade, o Ensino Especial, Unidades Especializadas  com Currículo Adaptado 

(UNECA), o Ensino Recorrente e o Programa Reativar (Figura 3). 

Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores6 

Educação de Adultos 

   Extraescolar     Ensino Recorrente    Reativar                 

                    

Ensino Secundário 

  Cursos Científico‐Humanísticos 

  Ensino Profissional 

(Nível IV)   Ensino Artístico   

PROFIJ (Nível IV) 

 

Regim

e Educativo Especial

 

Program

as Específicos do Regim

e Educativo Especial

 

       

   

   

Ensino Básico 

   3.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico   PROFIJ (Nível 

II)  

Projeto Curricular Adaptado

 

 

Program

a Oportunidade  

Cursos de Form

ação

 Vocacional

            

   2.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico         

 

   1.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico         

   

       

Educação Pré‐Escolar              

       

Creches                    

Fonte: Direção Regional de Educação 

Por outro  lado é de  referir que  a designação dos estabelecimentos de educação e ensino depende das 

diferentes tipologias que estes podem assumir, em função do nível de ensino que ministram: 

• Creche: estabelecimento de educação destinado a crianças com idades compreendidas entre o termo 

da licença de maternidade ou parental e a idade de ingresso na educação pré ‐escolar; 

• Jardim‐de‐Infância: estabelecimento de educação destinado a ministrar a educação pré ‐escolar; 

• Infantário: estabelecimento de educação onde funcionem conjuntamente as valências de creche e de 

educação pré ‐escolar; 

• Escola Básica: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos ciclos do ensino 

básico, com ou sem educação pré ‐escolar; 

• Escola Básica e Secundária: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos 

ciclos do ensino básico, com ou sem educação pré ‐escolar, e o ensino secundário; 

                                                            6 Embora a resposta social Creche não integre o Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores esta encontra‐se representado no esquema, 

uma vez que o seu funcionamento associa‐se inúmeras vezes aos estabelecimentos de Educação Pré‐escolar da rede particular 

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• Escola  Secundária:  estabelecimento  de  ensino  prioritariamente  vocacionado  para  o  ensino 

secundário, ainda que nele funcionem outros níveis ou modalidades de ensino; 

• Escola  Profissional:  estabelecimento  de  ensino  vocacionado  para  o  ensino  profissionalizante  e 

profissional, de qualquer tipo ou modalidade; 

• Conservatório: estabelecimento de ensino, ou secção de uma unidade orgânica do sistema educativo, 

destinado ao ensino vocacional das artes. 

 

5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo 

Na Região Autónoma dos Açores existem duas redes de educação e ensino em funcionamento, a rede pública 

e a rede privada. O Ensino Particular, Cooperativo e Solidário é ministrado nos estabelecimentos de educação 

e ensino pertencentes às  Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPPS) e outras  instituições não‐

governamentais com ou sem fins lucrativos, nos colégios particulares e nas escolas profissionais. 

A rede educativa pública do concelho de Angra do Heroísmo integra cinco unidades orgânicas que abrangem, 

em termos de área escolar, todas os estabelecimentos de educação públicos das freguesias do concelho. A 

rede educativa concelhia  inclui ainda doze Instituições Particulares de Solidariedade Social, um jardim‐de‐

infância do ISSA, um colégio particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três escolas profissionais e 

uma unidade de  formação não  integrada. Os cursos de especialização  tecnológica, assim como o ensino 

superior  são ministrados pela Universidade dos Açores no  seu campus de Angra do Heroísmo. O ensino 

religioso católico é ministrado no Seminário Diocesano de Angra, também localizado em Angra do Heroísmo. 

Os dados referentes à rede educativa correspondem a níveis de ensino propriamente ditos e não a edifícios, 

dado que é frequente encontrar‐se diferentes níveis de ensino num mesmo edifício. O elevado número de 

equipamentos de educação pré‐escolar  resulta da  rede particular oferecer, na  sua maioria,  apenas esta 

valência. 

No  concelho  encontram‐se  instalados  trinta  e  um  estabelecimentos  de  educação  pré‐escolar,  dos  quais 

dezoito pertencem à rede pública, onze à rede particular sem fins lucrativos e dois à rede particular com fins 

lucrativos  (Quadro  15).  Os  estabelecimentos  de  ensino  da  rede  pública  distribuem‐se  de  uma  forma 

relativamente homogénea pelo concelho (18 EB1/JI’s), enquanto os da rede particular estão instalados na 

sua grande maioria na sede do concelho, com prejuízo notório para as demais freguesias. O centro urbano 

de Angra do Heroísmo concentra oito dos onze estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar da rede particular 

sem fins lucrativos, assim como os dois estabelecimentos da rede particular com fins lucrativos. 

A rede educativa da Educação Pré‐Escolar completa‐se com a resposta da rede privada, promovida, como foi 

referido, pela rede solidária desenvolvida pelas IPSS, através de acordos com a Segurança Social. Esta rede é 

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constituída  por  trinta  e  um  jardins‐de‐infância  distribuídos  por  dezassete  freguesias  do  concelho, 

apresentando uma capacidade instalada superior à frequência (Quadros 16 e 17). 

Em  relação à  localização  territorial dos estabelecimentos educativos  (Quadro 18) verifica‐se, ao nível da 

Educação Pré‐Escolar da rede pública, que 17 das 19 freguesias do concelho dispõem de pelo menos um 

jardim‐de‐infância. Apenas as freguesias da Feteira e Serreta não têm qualquer resposta da rede pública e 

da rede privada, pelo que que as crianças destas freguesias são deslocadas respetivamente para EB1,2,3/JI 

de São Sebastião e EB1/JI das Doze Ribeiras. 

Ao nível do ensino básico, a rede escolar, no ano letivo 2014/2015, é constituída por dezoito escolas básicas 

do 1º ciclo (EB1) e por três escolas básicas do 2º e 3º ciclo (EB23). Este último nível de ensino também é 

lecionado por uma escola básica e secundária (EBS) e uma escola secundária (ES). 

No 1º CEB regista‐se, tal como em relação à educação pré‐escolar, que não existe qualquer estabelecimento 

de ensino nas freguesias da Feteira e Serreta. As restantes freguesias dispõem de pelo menos uma EB1. 

Ao nível do 2º e 3º CEB da rede educativa pública, o ensino é ministrado nas sedes da Escola Básica Integrada 

Francisco  Ferreira  Drummond,  da  Escola  Básica  Integrada  de  Angra  do  Heroísmo  e  da  Escola  Básica  e 

Secundária Tomás de Borba. Estas unidades orgânicas localizam‐se, respetivamente, nas freguesias de São 

Sebastião, São Bento e São Pedro, abrangendo as freguesias consagradas na carta escolar e ou nos diplomas 

que as criaram. Porém tem‐se verificado a alterações reiteradas de caráter pontual e informal no que respeita 

à  distribuição  de  alunos,  face,  ao  que  se  presume,  à  ausência  de  estudos  que  permitam  percecionar  a 

evolução  dos  alunos  das  diferentes  freguesias  do  concelho.  O  3º  CEB  é  ainda ministrado  pela  Escola 

Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, situada na freguesia da Nossa Senhora da Conceição 

O ensino  secundário é ministrado pela Escola Básica e  Secundária Tomás de Borba e Escola  Secundária 

Jerónimo Emiliano de Andrade, sitas nas freguesias de São Pedro e de Nossa Senhora da Conceição. 

A Obra Social Madre Maria Clara – Colégio Santa Clara, localizada na freguesia de São Pedro, ministra, para 

além da educação pré‐escolar, o 1º e o 2º CEB. 

Relativamente ao ensino superior, constata‐se que o Departamento de Ciências Agrárias (DCA) e a Escola 

Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, localizados na freguesia de São Pedro, estão integrados no 

campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores. Naquele campus são ministradas licenciaturas, 

mestrados,  doutoramentos  e  cursos  pós‐secundários  de  especialização  tecnológica  (CET),  que  conferem 

diploma de especialização tecnológica e certificado de aptidão profissional de nível IV. 

   

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Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) Ed. Pré‐Escolar  1º CEB  2º CEB  3º CEB  Secundário  Ensino Profissional 

Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada 

18  13  18  1  3  1  4  ‐  2  ‐  ‐  3 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 

 

Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar 

Freguesia  Instituição  Número

Nossa Senhora da Conceição Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira (O Carrocel)  1 

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1 

Santa Luzia  Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus)  1 

São Pedro Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha)  1 

Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara)  1 

Sé 

Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço)  1 

Jardim Infantil de São Gonçalo  1 

Confederação Operária Terceirense (O Golfinho)  1 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho)  1 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota)  1 

Terra Chã  Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol)  1 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 

Quadro 17 ‐ Capacidade e frequência dos estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e 

particular (2014/2015) 

Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar 

Freguesia  Instituição Capacidade Instalada 

Frequência

Nossa Senhora da Conceição 

Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira (O Carrocel) 

66  57 

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  60  63 

Santa Luzia  Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus)  45  48 

São Pedro Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha)  53  33 

Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara)  150  136 

Sé 

Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço)  75  71 

Jardim Infantil de São Gonçalo  75  52 

Confederação Operária Terceirense (O Golfinho)  60  45 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho)  45  48 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota)  25  25 

Terra Chã  Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol)  25  20 

Total  679  598 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 

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Quadro 18 ‐ Estrutura da rede pública e privada do concelho de Angra do Heroísmo por freguesias e nível 

de escolaridade (2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação (DRE) e Direção Regional da Solidariedade Social (DRSS) 

Freguesia Nível de Ensino Designação Rede Instituições

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

2º CEB

3ª CEB

EB1/JI Porto Judeu Pública

JI "O Ninho" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo de Porto Judeu

1º CEB EB1/JI Porto Judeu Pública

Feteira

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública

Centro Ocupacional "O Sonho" Particular (com fins lucrativos) Centro Ocupacional "O Sonho"

1º CEB

2º CEB

3ª CEB

Infantário Carrocel Particular  (sem fins lucrativos)Associação dos Funcionários da 

Administração Regional da Ilha Terceira

JI da Santa Casa da Misericória de AH Particular (sem fins lucrativos)Santa Casa da Misericórdia de Angra do 

Heroísmo

3ª CEB

Secundário

Profissional INTESE Particular (com fins lucrativos) Associação para o Ensino e Formação

EB1/JI de S. João de Deus Pública

JI "Mãe de Deus" Particular (sem fins lucrativos) Cáritas da Ilha Terceira

1º CEB EB1/JI de S. João de Deus Pública

EB1/JI Infante D. Henrique Pública

Creche e JI "O Golfinho" Particular  (sem fins lucrativos) Confederação Operária Terceirense

JI "O Baloiço" Particular (sem fins lucrativos) Centro Infantil de Angra do Heroísmo

JI "S. Gonçalo" Particular (sem fins lucrativos) Jardim de Infância de São Gonçalo

1º CEB EB1/JI Infante D. Henrique Pública

EB1/JI Pico da Urze Pública

EBS Tomás de Borba Pública

JI Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 

ClaraParticular (sem fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara

JI "O Palhaço" Particular (sem fins lucrativos)

Serviço de Apoio Social do Instituto de 

Segurança Social dos Açores, IPRA ‐ Ilha 

Terceira 

JI "A Joaninha" Particular (sem fins lucrativos)Irmandade de Nossa Senhora do 

Livramento

EB1/JI Pico da Urze Pública

EBS Tomás de Borba Pública

Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 

ClaraParticular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara

EBS Tomás de Borba Pública

Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 

ClaraParticular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara

3º CEB EBS Tomás de Borba Pública

Secundário EBS Tomás de Borba Pública

Escola Profissional da Praia da Vitória ‐ Pólo 

de Angra do HeroísmoParticular (com fins lucrativos)

Fundação de Ensino Profissional da 

Praia da Vitória

Escola Profissional da Santa Casa da 

Misericórdia de AHParticular (com fins lucrativos) Santa Casa da Misericórdia de AH

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública

JI "O Girassol" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo da Terra‐Chã

1º CEB EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública

EB1/JI Cantinho Pública

EB1/JI S. Mateus Pública

JI "Gaivota" Particular  (sem fins lucrativos)Centro Social e Paroquial de São 

Mateus da Calheta

EB1/JI Cantinho Pública

EB1/JI S. Mateus Pública

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Serreta

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Raminho EB1/JI Raminho Pública

Altares EB1/JI Altares Pública

Santa Bárbara EB1/JI S. Bárbara Pública

Doze Ribeiras EB1/JI Doze Ribeiras Pública

S. Bartolomeu 

dos RegatosEB1/JI de São Bartolomeu dos Regatos Pública

Cinco Ribeiras EB1/JI Cinco Ribeiras Pública

Terra ChãEd. Pré‐Escolar

S. Mateus

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

SéEd. Pré‐Escolar

S. Pedro

2º CEB

EB1/JI Posto SantoPosto Santo

Profissional

N. Srª da 

Conceição

Ed. Pré‐Escolar

ES Jerónimo Emiliano de Andrade Pública

Santa LuziaEd. Pré‐Escolar

Ribeirinha EB1/JI da Ribeirinha Pública

S. Bento

Ed. Pré‐Escolar

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública

S. Sebastião EB 1,2,3/JI Francisco Ferreira Drummond Pública

Porto JudeuEd. Pré‐Escolar

Ed. Pré‐Escolar

1º CEB

Pública

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81 

 

5.4 ‐ Evolução do número de alunos 

5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada  

O número de matriculados na Educação Pré‐Escolar, no Ensino Básico e Secundário registou uma quebra de 

14,85% entre 2006/2007 e 2014/2015 (Gráfico 44 e Quadro 19). 

A quebra registada no Ensino Secundário é atenuada com o aumento do número de alunos matriculados no 

Ensino Profissional (27,2%) e nos cursos profissionalizantes. Constata‐se um aumento significativo do número 

de alunos matriculados em outras modalidades de ensino nos últimos anos, não obstante com desempenhos 

aquém  do  expectável.  Ao  observar  os  elementos  disponibilizados  (Gráficos  45  e  46)  verifica‐se  que  as 

modalidades de ensino não regular apresentam um padrão de comportamento evolutivo errático, que devia 

ser objeto de análise pela administração educativa. 

Assiste‐se  ainda  a  um  aumento  significativo  de  alunos  nos  Programas  Específicos  do  Regime  Educativo 

Especial (461,3%) e em modalidades de ensino não regular (Quadros 20 e 21), sem tradução na melhoria dos 

indicadores  de  desempenho.  Regista‐se,  ainda,  um  decréscimo  acentuado  no  número  de  alunos 

matriculados no Ensino Recorrente (‐58,9%), vertente da educação de adultos que conduz à obtenção de um 

grau e à atribuição de um diploma ou certificado, equivalentes aos conferidos pelo ensino diurno. 

Os  cursos  do  Programa  Reativar  registam  um  aumento  significativo  de  inscritos  (223%).  Estes  cursos 

destinam‐se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem a qualificação 

adequada para efeitos de  inserção ou progressão no mercado de  trabalho, podendo  a  título excecional 

admitir formandos a partir dos 16 anos, inclusive, à data do início da formação. Os cursos de nível secundário, 

ministrados em regime diurno ou a tempo integral, só podem ser frequentados por adultos com idade igual 

ou superior a 23 anos. 

Por outro lado, a Aprendizagem ao Longo da Vida, visando adquirir e/ou melhorar competências, aptidões e 

conhecimentos, deixou de ser apenas uma componente da educação e da formação e tornou‐se um princípio 

orientador da oferta e da participação num contínuo de aprendizagem,  independentemente do contexto, 

com o objetivo de promover uma cidadania ativa e fomentar a empregabilidade. 

Refira‐se ainda que no decurso do ano letivo 2014/15 nenhuma unidade orgânica do concelho apresentou, 

como oferta formativa, qualquer dos cursos de formação vocacional criados pelo Despacho Normativo n.º 

12/2014, de 5 de maio de 2014. 

    

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Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) 

 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  1210  1059  ‐12,48% 

1.º CEB  1968  1588  ‐19,31% 

2.º CEB  885  768  ‐13,22% 

3.º CEB  1198  1101  ‐8,10% 

Ensino Secundário  934  759  ‐18,74% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação 

 Fonte: Direção Regional de Educação 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 1210 1250 1128 1111 1139 1028 1053 1051 1059

1º CEB 1968 1888 1853 1784 1817 1777 1732 1630 1588

2º CEB 885 1053 944 965 929 881 787 808 768

3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101

Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759

0

500

1000

1500

2000

2500Nº de Alunos

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFIJ 100 232 327 355 304 269 264 289 339

PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174

Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157

Profissional 342 390 424 424 459 457 451 439 435

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

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Gráfico 46 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 20 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

 

 

 

 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

Quadro 21 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

 

 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

5.4.2 ‐ Rede Pública 

Da observação dos dados espelhados nos diferentes gráficos e quadros da rede pública do concelho de Angra 

do Heroísmo e das unidades orgânicas (Gráficos 47 a 49 e Quadros 22 a 24) verifica‐se: 

• Comportamento  diferenciado  das  unidades  orgânicas  relativamente  ao  número  de  alunos 

matriculados nos diferentes níveis e modalidades de ensino; 

• Maior número de  crianças  inscritas na  rede privada  (56,5% no privado e 43,5% no público em 

2014/2015), facto que decorre da oferta pela rede privada de atividades de animação e apoio às 

famílias  (funcionamento  da  instituição  em  horário  alargado  e  no  período  de  interrupção  de 

atividades letivas; fornecimento de almoço e lanche); 

2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Recorrente 160 136 122 95 86 105 92 76

REATIVAR 47 85 155 290 471 331 389 270

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

   2006/07  2014/15  Variação 

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij  100  339  239,0% 

Programa Oportunidade  104  157  51,0% 

Ensino Profissional  342  435  27,2% 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE 

31  174  461,3% 

   2006/07  2007/2008  2014/15  Variação 

Ensino Recorrente  185     76  ‐58,9% 

Programa Reativar  0  47  270  223,0% 

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• Decréscimo global de 5,8 % de alunos matriculado na rede pública (2006/2007 a 2014/2015); 

• Quebra do número de alunos matriculados no ensino regular na ordem dos 17%, no período de 

2006/2007 a 2014/2015; 

• Aumento de 146,4% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, com predomínio 

do  Programa  Formativo  de  Inserção  de  Jovens  –  PROFIJ  (539,6%  de  2006/2007  a  2014/2015), 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial ‐ PEREE (461,3% de 2006/2007 a 2014/2015) e 

Ensino Profissional (276,2% de 2012/2013 a 2014/2015); 

• Acréscimo de alunos (461,3%) nos Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE nos 

últimos oito anos; 

• Diminuição acentuada de inscritos nos cursos do Programa Reativar (‐84,5%); 

• Quebra de alunos matriculados no ensino recorrente (‐58,9%); 

• Acréscimo  da  percentagem  de  alunos  matriculados  em  percursos  formativos  alternativos 

relativamente ao ensino regular, que no período de 2006/07 a 2014/15 passou de 5,8% para 17,1%. 

Em  2014/2015  a  ES  Jerónimo  Emiliano  de Andrade  regista  o maior  valor percentual  de  alunos 

matriculados em percursos  formativos alternativos  (36%), seguindo‐se‐lhe EBI Francisco Ferreira 

Drummond (14,3%), a EBI de Angra do Heroísmo (11,3%) e por último a EBS Tomás de Borba (9,8%); 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 

formativos  alternativos,  o  que  traduz  ausência  de  estabilidade  na  oferta  formativa  e  na 

implementação de novas medidas sem a prévia consolidação e avaliação das precedentes. 

   

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Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 596 525 529 511 503 493 446 447 461

1º CEB 1781 1702 1669 1600 1637 1594 1556 1463 1423

2º CEB 831 918 897 913 874 831 739 760 718

3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101

Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Nº de Alunos

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFIJ 53 172 263 280 245 213 236 289 339

PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174

T. Projeto Curricular Adptado 55

Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157

Profissional 21 38 79

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Nº de Alunos

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Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 22 – Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  596 461 ‐22,7% 

1.º CEB  1781 1423 ‐20,1% 

2.º CEB  831 718 ‐13,6% 

3.º CEB  1198 1101 ‐8,1% 

Ensino Secundário  934  759  ‐18,8% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) 

   2006/07 2012/13  2014/15  Variação 

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij  53     339  539,6% 

Programa Oportunidade  104     157  51,0% 

Ensino Profissional     21  79  276,2% 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE  31     174  461,3% 

T. Projeto Curricular adaptado       55    

Fonte: Direção Regional de Educação 

 Quadro 24 ‐ Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de 

ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015)    2006/07 2011/2012 2014/15  Variação 

Ensino Recorrente  185     76  ‐58,9% 

Programa Reativar    251  39  ‐84,5% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76

REATIVAR 251 160 78 39

0

50

100

150

200

250

300

Nº de Alunos

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87 

 

5.4.2.1 ‐ Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond 

Da observação dos dados (Gráficos 50 e 51 e Quadros 25 e 26) da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira 

Drummond, que entrou em funcionamento no ano letivo 2011/2012, constata‐se: 

• Aumento global de 16,2% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um 

acréscimo de 1,6%; 

• Decréscimo do número de alunos matriculados no 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico; 

• Alargamento da oferta formativa de percursos formativos alternativos; 

• Aumento significativo de alunos do Regime Educativo Especial (411% de 2013/2014 para 2014/2015); 

• Inexistência de alunos matriculados no Programa Oportunidade, ao invés de anos anteriores; 

• Acréscimo de 211,5% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, o que implica um 

aumento de cerca de 8% do número de alunos matriculados no ensino não regular no período de um 

ano letivo (2013/14 para 2014/15) 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 

formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 

de carácter tecnológico e profissional. 

Gráfico 50 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 

EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 90 96 102 111

1º CEB 240 245 209 201

2º CEB 123 114 122 101

3º CEB 103 151 185 152

0

50

100

150

200

250

300

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Gráfico 51 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 25 ‐  Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015) 

   2011/12  2014/15  Variação 

EPE  90  111  23,3% 

1.º CEB  240  201  ‐16,3% 

2.º CEB  123  101  ‐17,9% 

3.º CEB  103  152  47,6% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 26 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015) 

   2011/12 2014/15 

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij 

   35 

Programa Oportunidade      

Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE 

   25 

T. Projeto Curricular adaptado     21 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

2012/13 2013/14 2014/15

PROFIJ 35

PEREE 9 9 25

T. Projeto Curricular Adptado 21

Oportunidade 16 17

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Nº de Alunos

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89 

 

5.4.2.2 ‐ Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo  

Da observação dos dados Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 52 e 53 e Quadros 27 e 

28), regista‐se: 

• Decréscimo global de 33,2% de alunos matriculados, realçando‐se uma quebra de 34,9% no ensino 

regular e de 16,9% em percursos formativos alternativos; 

• Diminuição do número de alunos, decorrente da entrada em funcionamento da EBS Tomás de Borba 

(2007/2008) e EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012). O aumento do número de alunos do 

1ºCiclo no ano letivo 2007/2008 resulta da afetação da EB1/JI Infante D. Henrique à EBI de Angra do 

Heroísmo; 

• Aumento de alunos do Regime Educativo Especial (225,8% de 2006/07 para 2014/15), com acréscimo 

significativo de 90,5% de 2013/14 para 2014/15, em contraciclo com o Programa Oportunidade que 

registou uma quebra de 58,4% no mesmo período; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 

formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 

de carácter tecnológico e profissional. 

 

Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 

EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 234 292 269 263 253 147 125 139 114

1º CEB 819 1106 1024 953 980 689 667 648 630

2º CEB 831 751 502 640 654 469 389 362 344

3º CEB 181 233 286 226 228 139

0

200

400

600

800

1000

1200

Nº de Alunos

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Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de 

Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2011/12  2014/15  Variação 

EPE  234  114  ‐51,3% 

1.º CEB  819  630  ‐23,1% 

2.º CEB  831  344  ‐58,6% 

3.º CEB    139   

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07 2014/15  Variação 

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij 

53  24  ‐54,7% 

Programa Oportunidade  104  32  ‐69,2% 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE 

31  80  158,1% 

T. Projeto Curricular adaptado    21    

Fonte: Direção Regional de Educação 

   

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFIJ 53 32 24

Oportunidade 104 84 44 28 33 57 82 77 32

PEREE 31 35 42 49 63 51 39 53 80

T. Projeto Curricular Adptado 21

PRE 81

0

20

40

60

80

100

120Nº de Alunos

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91 

 

5.4.2.3 ‐ Escola Básica Secundária Tomás de Borba 

De acordo com os dos dados da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba (Gráficos 54 e 55 e Quadros 29 

e 30), que entrou em funcionamento no ano letivo 2007/2008, verifica‐se: 

• Aumento global de 33,9% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um 

acréscimo de 20,8% no período de 2007/2008 a 2014/15; 

• Acréscimo  de  18,9%  de  alunos  inscritos  na  Educação  Pré‐Escolar  de  2013/14  para  2014/15  e 

estabilidade de alunos matriculados no ensino regular; 

• Aumento  de  alunos  do  Regime  Educativo  Especial,  com  acréscimo  significativo  de  90,5%  de 

2013/2014 para 2014/2015, em contraciclo com o Programa Oportunidade que registou uma quebra 

de 41,2% no mesmo período; 

• Aumento de alunos matriculados no ensino profissional de cerca 181% de 2012/2013 a 2014/2015; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado,  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 

formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 

de carácter tecnológico e profissional. 

Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 317 189 218 208 212 221 195 175 208

1º CEB 900 541 588 582 590 592 575 544 538

2º CEB 167 395 273 220 239 236 276 273

3º CEB 322 355 406 425 413 345 306 360

Secundário 193 212 279 328 416 363 337 326

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Nº de Alunos

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92 

 

Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro  29 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2007/08  2014/15  Variação 

EPE  189  208  10,1% 

1.º CEB  541  538  ‐0,6% 

2.º CEB  167  273  63,5% 

3.º CEB  322  360  11,8% 

Ensino Secundário 

193  326  68,9% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2007/08 2014/15 

Programa Oportunidade    57 

Ensino Profissional    59 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE 

  69 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Oportunidade 60 47 81 111 97 57

Profissional 21 38 59

PEREE 61 34 33 11 71 34 69

0

20

40

60

80

100

120Nº de Alunos

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93 

 

5.4.2.4 ‐ Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade  

A análise dos elementos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade (Gráficos 56 e 57 e Quadros 31 

a 33) permite constatar: 

• Diminuição significativa do número de alunos com a entrada em funcionamento da EBS Tomás de 

Borba e com o alargamento da oferta do 3º Ciclo na EBI de Angra do Heroísmo; 

• Quebra global de 40,5% de alunos matriculados, realçando‐se um decréscimo de 58,6% no ensino 

regular; 

• Aumento de 168,1% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, apesar de uma 

quebra de 58,9% no ensino recorrente; 

• Descida  abrupta  do  número  de  inscritos  no  Programa  Reativar  (251  para  39  entre  2011/2012  e 

2014/2015); 

• Aumento  da  percentagem  de  alunos  matriculados  em  percursos  formativos  alternativos 

relativamente ao ensino regular, no período de 2006/2007 a 2014/2015, passando de 8% para 36% 

relativamente ao número total de alunos matriculados. Os cursos do PROFIJ no ano letivo 2014/2015 

representam 20,3% dos alunos matriculados na unidade orgânica; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado,  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 

formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 

de carácter tecnológico e profissional. 

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94 

 

Gráfico 56 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de 

ensino, na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

    

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

3º CEB 1198 952 738 532 501 413 437 420 450

Secundário 934 550 642 645 490 447 409 389 433

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Nº de Alunos

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76

REATIVAR 251 160 78 39

PROFIJ 172 263 280 245 213 236 257 280

PEREE 78

T. Projeto Curricular Adptado 13

Oportunidade 97 56 51 87 65 68

Profissional 20

0

50

100

150

200

250

300

Nº de Alunos

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95 

 

Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

3.º CEB  1198  450  ‐62,4% 

Ensino Secundário 

934  433  ‐53,6% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07 2014/15 

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij 

  280 

Programa Oportunidade    68 

Ensino Profissional     20 

T. Projeto Curricular adaptado    13 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07 2014/15 

Ensino Recorrente  185  76 

Programa Reativar    39 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

   

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96 

 

5.4.2.5 ‐ Escola Básica Integrada dos Biscoitos 

O território educativo da EBI dos Biscoitos apenas abrange no concelho de Angra do Heroísmo as freguesias 

dos Altares e do Raminho. Neste contexto e na sequência da observação dos dados da EB1/JI dos Altares e 

EB1/JI do Raminho (Gráfico 58 e Quadro 34), pode‐se constatar que de 2006/2007 a 2014/2015, se regista 

uma redução de número de alunos na Educação Pré‐Escolar (37,8%) e no 1º Ciclo do Ensino Básico (12,9%). 

Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  45  28  ‐37,8% 

1.º CEB  62  54  ‐12,9% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo  

O  Ensino  Particular,  Cooperativo  e  Solidário  é ministrado  nos  estabelecimentos  de  educação  e  ensino 

pertencentes  às  Instituições  Particulares  de  Solidariedade  Social  (IPPS),  nos  Colégios  Particulares  e  nas 

Escolas Profissionais. 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

ED. Pré‐ Escolar 45 44 42 40 38 35 30 31 28

1º CEB 62 55 57 65 67 73 69 62 54

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Nº de Alunos

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A rede educativa concelhia privada integra doze Instituições Particulares de Solidariedade Social, um Jardim 

de Infância do ISSA, um Colégio Particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três Escolas Profissionais 

e uma Unidade de Formação. 

A análise dos dados dos diferentes gráficos e quadros da rede privada do concelho de Angra do Heroísmo 

(Gráficos 59 a 65 e Quadros 35 a 48) permite observar: 

• Aumento  de  10,8%  de  alunos  inscritos  na  rede  privada,  em  contraciclo  com  a  rede  pública  que 

apresenta um decréscimo de 5,8 % (2006/2007 a 2014/2015); 

• Maior número de crianças  inscritas na Educação Pré‐Escolar na rede privada  (56,5% no privado e 

43,5% no público em 2014/2015), facto que decorre da oferta, pela rede privada, de atividades de 

animação e apoio às famílias; 

• Quebra inferior de número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar (‐2,6 %) relativamente à rede 

pública (‐22,7%); 

• Menor  diminuição  do  número  de  alunos  matriculados  no  1º  Ciclo  do  Ensino  Básico  (‐11,8%) 

comparativamente à rede pública (‐20,1%); 

• Quebra inferior de número de alunos matriculados no 2º do Ensino Básico (‐7,4%) relativamente à 

rede pública (‐13,6%); 

• Ausência da oferta de cursos do PROFIJ na rede privada; 

• Certa estabilização, embora com algumas oscilações, do número de alunos inscritos e ou matriculados 

na rede privada; 

• Maior  quota  de  oferta  e  de  alunos  inscritos  e  ou matriculados  do  Ensino  Profissional  (81,8%)  e 

Programa Reativar (66,8%) relativamente à rede pública. 

 

Quadro 35 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede privada (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

  2006/07  2007/08  2014/15  Variação 

 

EPE  614  598  ‐2,6% 

1.º CEB  187  165  ‐11,8% 

2.º CEB  54  50  ‐7,4% 

       

Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐Profij 

47  0   

Ensino Profissional  342  356  4,1% 

Programa Reativar    47 231  391,5% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

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98 

 

5.4.3.1 ‐ Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s)  

O número de alunos matriculados em estabelecimentos de ensino dependentes de IPSS's manteve‐se estável 

ao  longo  do  período  em  análise,  indiciando  a maior  atratividade  destes  estabelecimentos  face  à  oferta 

educativa congénere propiciada pela rede pública. Os quadros que se seguem demonstram essa realidade. 

 

Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Sta. Casa da Misericórdia AH 37 56 62 63

Mãe de Deus ‐ Cáritas 43 39 25 48

O Carrocel 54 57 59 57

O Baloiço 60 63 75 71

 O Ninho 48 62 57 48

 A Gaivota 19 25 35 25

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

 A Joaninha 27 33 25 33

 S. Gonçalo 47 51 56 52

 O Golfinho 36 39 55 45

 Obra Social Madre Mª Clara 135 141 135 136

 O Girassol 29 41 20 20

0

20

40

60

80

100

120

140

160

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Quadro 36 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%) na educação pré‐escolar na rede privada (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  614  598  ‐2,6% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

5.4.3.2 ‐ Colégio Santa Clara 

Seguindo um percurso similar aos restantes estabelecimentos da rede privada, o Colégio de Santa Clara apresenta 

maior estabilidade no número de alunos do que as escolas da rede pública que ministram os mesmos níveis de ensino, 

embora seja patente um lento declínio no número de alunos matriculados. 

 

Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  142  136  ‐4,2% 

1.º CEB  187  165  ‐11,8% 

2.º CEB  54  50  ‐7,4% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

   

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

Ed. Pré‐Escolar 142 141 141 140 139 135 141 135 136

1º Ciclo 187 186 184 184 180 183 176 167 165

2º Ciclo 54 54 47 52 55 50 48 48 50

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Nº Alunos

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100 

 

5.4.3.3 ‐ Escolas Profissionais e Unidade de Formação 

No concelho de Angra do Heroísmo estão em funcionamento três estabelecimentos de formação profissional 

e uma unidade de formação não integrada: (1) a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra 

do Heroísmo; (2) a Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo; (3) a Escola Profissional da Praia 

da Vitória ‐ Polo de Angra do Heroísmo; e (4) a Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira. 

O  número  e  a  tipologia  dos  cursos  oferecidos  apresenta  grande  variabilidade  inter‐anual,  resultado  da 

necessidade da adequação da oferta formativa às políticas de formação determinadas pelo Governo Regional 

e à procura registada pelos perfis de saída. Ainda assim, constata‐se uma relativa estabilidade no número de 

alunos, com tendência para um crescimento sustentado da procura. 

 

5.4.3.3.1 ‐ Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

A Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo é o maior dos estabelecimentos 

de formação profissional do concelho e aquele que apresenta maior diversidade de oferta formativa. 

 

Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

 

   

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFISSIONAL 101 130 128 136 139 128 125 118 118

REATIVAR 100 24 44 46

0

20

40

60

80

100

120

140

160

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101 

 

Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) 

Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

Nível II       

‐  ‐  ‐ 

Nível IV       

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano  23  1 

Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano  23  1 

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano  12  1 

Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano  23  1 

Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano  18  1 

Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano  19  1 

Total  118  6 Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

 

Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 

Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

B1  ‐  ‐ 

B2  ‐  ‐ 

B3  23  1 

Secundário  23  1 

Total  46  2 

Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

 

Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015 

Cursos  Data de início  Data do termo  Nível Nº 

AlunosNº 

Turmas

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano  16/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 

Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano  16/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano  16/09/2013  31/07/2016  IV  12  1 

Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano  16/09/2013  31/07/2016  IV  23  1 

Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano  17/09/2012  31/07/2015  IV  18  1 

Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano  17/09/2012  31/07/2015  IV  19  1 

Técnico/a de Informação e Animação Turística (Reativar)  27/10/2014  31/07/2016  S3‐Tipo A  23  1 

Curso de Formação Base do Programa Reativar  27/10/2014  31/07/2015  B3  23  1 

Total           164  8 Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

 

   

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102 

 

5.4.3.3.2 ‐ Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

O Polo de Angra do Heroísmo do INETESE – Instituto para o Ensino e Formação mantém um número reduzido de 

alunos e de cursos, tendo vindo contudo a diversificar a sua oferta formativa, que inicialmente estava centrada na 

área da banca e seguros para áreas conexas. O número de alunos tem vindo a decrescer. 

 

Gráfico 63 ‐ Evolução do número de alunos matriculados no INETESE, Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

Nível IV     

Técnico de Transportes ‐ 1.º ano  23  1 

Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano  17  1 

Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano  12  1 

Total  52  3 

Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

B1   ‐  ‐  

B2   ‐  ‐  

B3   ‐  ‐  

Secundário  23  1 

Total  23  1 

Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroís 

Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 

Cursos Data de início 

Data do termo  Nível  Nº Alunos Nº Turmas 

Técnico de Transportes ‐ 1.º ano  29/09/2014 31/07/2017  IV  23  1 

Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano  30/09/2013 31/07/2016  IV  17  1 

Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano 01/10/2012 31/07/2015  IV  12  1 

Técnico de Vendas (Programa Reativar)  29/10/2014 31/07/2016  IV  23  1 

Total        75  4 

Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFISSIONAL 63 52 74 77 105 79 61 53 52

REATIVAR 25 16 11 48 23

0

20

40

60

80

100

120

Nº de alunos

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5.4.3.3.3 ‐ Escola Profissional da Praia da Vitória 

A Escola Profissional da Praia da Vitória mantém em funcionamento um polo letivo no concelho de Angra do 

Heroísmo utilizando para tal  instalações cedida pela Cáritas. A população escolar e a oferta formativo são 

elevados e fazem deste polo a maior estrutura de formação profissional do concelho. 

O número de alunos tem‐se mantido relativamente constante, embora nos últimos anos letivos se registe 

algum decréscimo, particularmente devido ao desaparecimento da oferta de cursos do Programa Formativo 

de Inserção de Jovens ‐ PROFIJ. 

 

Gráfico 64 ‐  Alunos matriculados no Polo de Angra do Heroísmo da Escola Profissional da Praia da Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) 

Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

Nível IV     

Téc. Instalações Elétricas  20  1 

Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria)  41  2 

Téc. Restauração (variante Restaurante ‐ Bar)  37  2 

Téc. Gestão e Programação de Sistemas Informáticos  22  1 

Téc. Eletrónica, Automação e Comando  21  1 

Téc. Produção Agrária  22  1 

Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar  23  1 

Total  186  9 

Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

 

   

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

PROFISSIONAL 178 208 222 211 215 250 244 230 186

PROFIJ 47 60 64 75 59 56 28

REATIVAR 47 85 155 132 157 108 186 131

0

50

100

150

200

250

300

Nº Alunos

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Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 

Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

B1   ‐   ‐ 

B2  ‐    ‐ 

B3  43  2 

Secundário  88  4 

Total  131  6 

Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 

Cursos  Data de início  Data do termo Nível  Nº Alunos  Nº Turmas

Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria)  15/09/2014  31/07/2017  IV  24  1 

Téc. Produção Agrária  15/09/2014  31/07/2017  IV  22  1 

Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar  15/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 

Téc. Multimédia (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  23  1 

Téc. Cozinha /Pastelaria (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  22  1 

Téc. Produção Agropecuária (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  21  1 

Téc. Refrigeração e Climatização (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  22  1 

Formação de Base (Percurso B3)  27/10/2014  31/07/2015     43  2 

Total           200  9 Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

 

5.4.3.3.4 ‐ Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira 

A Cáritas da Ilha Terceira mantém uma unidade de formação não integrada em qualquer escola profissional 

que  oferece  exclusivamente  cursos  integrados  no  Programa  Reativar.  Os  cursos  estão  exclusivamente 

voltados para as necessidades formativas de jovens em situação social desfavorável. 

Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo (2010/2011 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

REATIVAR 33 47 28 33 31

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Nº Alunos

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105 

 

Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) 

Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 

B1   ‐   ‐ 

B2  3   ‐ 

B3  28  2 

Secundário  ‐  ‐ 

Total  31  2 

Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

 

Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 

Cursos  Data de início  Data do termo Nível  Nº Alunos  Nº Turmas

Reativar Jovem      B2+B3  31  2 

Total           31  2 Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

 

5.5 ‐ Indicadores 

5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção 

É  frequente constatar‐se que o problema do  sucesso e  insucesso escolar começa no próprio conceito. A 

procura de uma definição de sucesso escolar esbarra,  inevitavelmente, numa multiplicidade de conceitos. 

Na realidade a capacidade de  integração, a diminuição do abandono escolar, a progressão, a melhoria, a 

segurança, a identificação com um modelo de valores, nem sempre se traduzem em avaliações quantitativas 

positivas nas diversas disciplinas, mas não deixam de  ser  indicadores de  sucesso pessoal e  institucional. 

Convém pois, não confundir sucesso escolar com sucesso na avaliação, porque este é apenas uma parte 

daquele que embora importante, não esgota o conceito na sua totalidade. 

O conceito de sucesso escolar é complexo e abrangente. Explorá‐lo em pormenor sai fora do contexto deste 

documento e assim sendo, inclui‐se apenas dois sentidos que elucidam a dualidade de critérios que pode 

estar na base da sua definição. Para alguns autores a expressão sucesso escolar refere‐se ao sucesso dos 

alunos na avaliação que se traduz na aprovação ou na transição para o nível seguinte de estudos. Para outros 

o conceito de sucesso escolar está mais ligado à própria instituição escolar e mede‐se pelo cumprimento dos 

objetivos previamente definidos de acordo com a missão a que a escola se propôs. 

Podem‐se assim considerar de dois tipos de sucesso escolar: um, em que há uma redução do conceito à 

quantificação de um dado fenómeno observável e de alguma forma determinado pela escola; outro, mais 

complexo e de difícil quantificação, que se prende com o atingir das metas individuais e sociais, de acordo 

com as aspirações dos alunos e as necessidades dos sistemas sociais envolventes. Este segundo é o mais 

difícil de gerir, visto que a sua não quantificação impossibilita a avaliação das reais proporções que atinge, 

embora só possa ser equacionado por referência ao sucesso escolar quantificável. 

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106 

 

Insucesso escolar e exclusão escolar são conceitos que representam dois olhares sobre as mesmas situações, 

visto que  incluem quer os que não  têm acesso à escola, quer “aqueles que, ainda dentro do sistema de 

ensino, [são] objeto de exclusão no próprio processo de ensino através da reprovação e repetência e estão 

sendo assim preparados para posterior exclusão do processo” (Ferraro, 2004). Neste contexto, o autor refere 

a existência de uma dupla forma de exclusão escolar – a exclusão da escola e a exclusão na escola. Enquanto 

a primeira se reporta à não frequência da escola, a segunda, a exclusão na escola, apresenta dimensões mais 

graves, pois resulta da ação dos mecanismos de reprovação e repetência. 

Ao observar a apreciação de vários autores, compreende‐se que o insucesso escolar é massivo, constante, 

precoce, seletivo e cumulativo. O insucesso escolar aparece precocemente no percurso escolar, sendo que a 

prevenção deve ocorrer no  início da escolaridade, pois se a  intervenção retardar, o  insucesso escolar tem 

fortes probabilidades de se assumir como tendência permanente. O conceito de insucesso escolar é amplo 

e não excetua qualquer tipo de causa, integrando fatores exógenos e endógenos. 

Quando se analisa o fenómeno do sucesso e insucesso escolar conclui‐se que é importante ter em conta três 

realidades: o  aluno; o meio  social e  familiar; e  a  instituição escolar. É  a partir destas  realidades que  se 

evidenciam os fatores de insucesso e se facilita a compreensão das suas causas. 

A perspetiva  atual demonstra que não é possível estabelecer uma  relação de  causalidade  linear, pois o 

insucesso escolar congrega uma constelação de variáveis de vários níveis (psicológicas, sociais, ambientais e 

culturais) que se correlacionam num sistema complexo. Face à complexidade e diversidade de causas que 

estão na base do sucesso e insucesso escolar, esta problemática multidimensional requer uma abordagem 

multivariada com recurso a vários tipos de estratégias e intervenções de níveis diferenciados, congregando 

esforços de  toda a  comunidade educativa e de  todos os  agentes  com  responsabilidades em matéria de 

educação. 

Tendo em conta a temática em análise, o conceito de sucesso escolar foi restringido neste documento à sua 

vertente de sucesso na avaliação. 

Após a observação dos dados disponibilizados (Gráficos 66 a 83) verifica‐se: 

• Aumento das taxas de retenção e desistência consoante o aluno progride no nível de escolaridade; 

• Aumento significativo da taxa de retenção e desistência do 1º Ciclo do Ensino Básico público e privado 

(10,5%)  ultrapassando  a  taxa  de  retenção  e  desistência  de  Portugal  Continental  (4,6%)  e  Região 

Autónoma da Madeira (7,4%) em 2012/2013, contrariamente ao que se verificava em 2006/2007; 

• Aumento da taxa de retenção e desistência do 2º Ciclo do Ensino Básico público e privado (2,5%), 

ampliando o diferencial da  taxa de  retenção/desistência  relativamente a Portugal continental e à 

Região Autónoma da Madeira; 

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107 

 

• Diminuição  da  taxa  de  retenção  e  desistência  do  3º  Ciclo  do  Ensino  Básico  (5,2%)  reduzindo  o 

diferencial  da  taxa  de  retenção/desistência  relativamente  a  Portugal  Continental  e  à  Região 

Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxa de retenção inferior; 

• Aumento da taxa de transição e conclusão no Ensino Secundário (11,1%) reduzindo significativamente 

o diferencial da taxa de taxa de transição e conclusão relativamente a Portugal Continental e à Região 

Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxas superiores; 

• Taxa de transição e conclusão muito baixa nos programas de recuperação de escolaridade (Programa 

Oportunidade); 

• Reduzida taxa de transição e conclusão do Ensino Recorrente e Programa Reativar; 

• Ausência de um modelo padrão nos gráficos de evolução da taxa de retenção. 

 

Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores,  Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 

 

Fonte: INE 

 

 

 

 

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB

2006/07 2012/13

Portugal Continental 3,9 10,3 18,4 4,6 12,4 15,7

RAM 8,3 16,7 21,3 7,4 12,7 16,9

RAA 3,4 10,9 15,6 11,1 17,0 24,9

Terceira 2,1 12,4 20,0 9,1 15,9 19,9

Angra do Heroísmo 3,0 15,5 25,2 10,5 18,0 20,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

%

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108 

 

Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 

 

Fonte: INE 

 

Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 

 

Fonte: INE 

 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

Portugal Continental 3,9 3,6 3,4 3,5 3,2 4,5 4,6

RAM 8,3 6,3 6,1 5,8 5,1 6,6 7,4

RAA 3,4 5,7 6,4 7,3 6,7 12,4 11,1

Terceira 2,1 5,4 5,9 10,3 5,6 12,1 9,1

Angra do Heroísmo 3,0 7,3 6,9 15,1 6,8 13,4 10,5

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

Portugal Continental 10,3 7,8 7,5 7,5 7,1 11,0 12,4

RAM 16,7 13,5 11,7 12,8 11,9 13,6 12,7

RAA 10,9 8,6 9,0 10,1 11,0 14,2 17,0

Terceira 12,4 7,0 9,2 13,9 12,4 16,8 15,9

Angra do Heroísmo 15,5 6,3 9,0 16,0 14,6 18,6 18,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

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109 

 

Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, 

Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 

 

Fonte: INE 

Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 

 

Fonte: INE 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

Portugal Continental 18,4 13,7 13,8 13,5 12,9 15,2 15,7

RAM 21,3 20,3 18,8 19,4 19,1 20,7 16,9

RAA 15,6 15,3 16,4 18,2 18,8 23,4 24,9

Terceira 20,0 19,8 17,6 14,7 15,4 20,0 19,9

Angra do Heroísmo 25,2 25,4 21,6 15,9 17,2 21,7 20,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

Portugal Continental 75,4 79,4 81,3 81,1 79,5 80,3 81,2

RAM 70,7 73,4 73,3 75,6 75,3 75,8 80,2

RAA 72,3 72,4 75,2 74,5 74,1 71,1 74,7

Terceira 68,5 76,1 72,8 79,0 73,6 72,5 79,4

Angra do Heroísmo 67,2 75,8 68,7 80,7 71,4 69,3 78,3

50,0

55,0

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

%

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110 

 

Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos Açores (redes pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

Ensino Recorrente 27,7 17,1 20,9 22,4 23,1 31,7 14,3 11,1

PROFIJ 77,8 82,0 74,9 78,1 71,0 70,0 70,6 71,3

Programa Oportunidade 43,9 60,5 40,7 29,3 14,0 14,6 20,1 37,8

Ensino Profissional 88,3 85,5 84,3 83,6 85,0 83,3 80,9 78,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

Ensino Recorrente 8,7 21,6 2,9 6,3 9,1 6,5 9,4 9,9

PROFIJ 66,5 80,0 76,0 79,6 80,6 78,1 76,9 79,7

Programa Oportunidade 22,7 67,9 56,1 46,5 12,9 14,1 22,9 38

Ensino Profissional 82,8 84,2 87,5 78,2 77,2 81,2 78,5 72,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

%

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111 

 

Gráfico 73 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo (2010/2011 – 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2011/12 2012/13 2013/14

1º CEB 79,8 86,9 91,9

2º CEB 82,9 92,9 89,1

3º CEB 91,2 72,6 76,2

Oportunidade 56,3 28,6

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

%

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

1º CEB 91,6 85,8 88,3 91,0

2º CEB 84,4 79,0 77,1 77,6

3º CEB 84,1 71,5 82,3 82,3

PROFIJ 72,7

Oportunidade 10,0 15,5 22,0 29,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

%

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112 

 

Gráfico 75 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2010/2011 – 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade (2010/2011 – 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

1º CEB 93,5 86,2 82,8 86,6

2º CEB 84,8 81,6 81,0 78,2

3º CEB 87,5 78,8 86,5 80,1

Secundário 75,7 69,3 85,1 75,1

Oportunidade 22,2 3,7 15,7 51,1

Profissional 86,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

3º CEB 78,5 79,4 76,0 84,4

Secundário 65,8 63,9 72,1 69,4

Recorrente 9,1 6,5 9,4 9,9

PROFIJ 80,6 78,1 76,9 80,6

Oportunidade 5,4 33,3 27,3 31,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

%

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113 

 

Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2013/2014) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (2009/2010 ‐ 2013/2014) 

 

Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

1.º Ciclo 100,0 99,5 99,5 99,5 100,0 100,0 99,4 99,4

2.º Ciclo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 98,0

97,0

98,0

99,0

100,0%

2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

PROFISSIONAL 60,0% 60,0% 80,0% 70,0% 60,0%

REATIVAR 40,0% 70,0% 70,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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114 

 

Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

 

Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia da Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

PROFISSIONAL 79% 88% 83% 79% 78% 70% 64% 64%

REATIVAR 64% 69% 91% 50%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

PROFISSIONAL 95,5% 91,8% 91,9% 91,9% 87,9% 88,0% 91,8% 96,1%

PROFIJ 80,9% 71,7% 84,4% 74,7% 81,4% 73,2% 96,4%

REATIVAR 38,3% 43,5% 41,3% 59,1% 61,8% 46,3% 66,1%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

%

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115 

 

Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira (2010/2011 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de 

Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

REATIVAR 36,3% 46,8% 60,7% 45,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEBEnsino

SecundárioEnsino

RecorrentePROFIJ

ProgramaOportunidade

EBI FFD 91,9 89,1 76,2 28,6

EBI AH 91 77,6 82,3 72,7 29,3

EBS TB 86,6 78,2 80,1 75,1 51,1

ES JEA 84,4 69,4 9,9 80,6 31,8

Colégio Santa Clara 99,4 98

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%

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Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) 

 

O elevado número de retenções no sistema de ensino açoriano tem uma dimensão educativa e social bem 

mais vasta que a descrita pelas estatísticas da educação. Para além de constituir um indicador da ineficiência 

educativa, a elevada percentagem de alunos com retenções acumuladas sugere a existência de uma cultura 

de retenção que legitima socialmente essa ineficiência. Não se trata de uma responsabilidade exclusiva de 

quem reprova, mas da forma como resignadamente se aceita na sociedade a “inevitabilidade” de uma parte 

significativa dos alunos ter de passar pela experiência de pelo menos um ano de retenção. 

O problema, sendo antigo, continua ainda a ter um efeito nefasto sobre os trajetos escolares e sobre a missão 

fundamental da escola. Esta questão poderá ainda ser considerada mais grave quando se sabe que os trajetos 

de insucesso se iniciam muito cedo, logo a partir do 1º ciclo, e que na sua maioria se saldam em mais do que 

uma retenção ao longo do percurso escolar. Vale a pena lembrar a conclusão final do relatório da EURIDYCE 

de 2011: 

“A existência de uma  cultura de  retenção  leva a uma aplicação mais  frequente desta prática em 

determinados países, nos quais predomina ainda a  ideia de que repetir um ano é benéfico para a 

aprendizagem dos alunos. Este ponto de vista é corroborado pela profissão docente, pela comunidade 

escolar e pelos próprios pais. Na Europa, esta convicção persiste e tem efeitos práticos sobretudo na 

Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. Não basta a alteração da legislação 

em matéria de retenção para mudar esta convicção, que deve ser suplantada por uma abordagem 

Ensino Profissional Programa Reativar

EBS TB 86,1

ES JEA

EP SCMAH 60 70

INETESE 64 50

EP PV 96,1 66,1

UF ‐Cáritas 45,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%

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117 

 

alternativa para  responder às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Assim, o desafio consiste 

mais em questionar determinados pressupostos e convicções do que em alterar a legislação.” 

É  necessário  promover  culturas  de  sucesso  e mobilizar  a  sociedade,  as  famílias  e  as  escolas  para  que 

contribuam não só para gerações mais escolarizadas, mas melhor escolarizadas. 

 

5.5.2 ‐ Escolarização 

Em matéria  de  educação  foram  definidas  regras  que  consagram  o  objetivo  de  proporcionar  a  todas  as 

crianças e jovens o maior número possível de anos de escolaridade, nas melhores condições possíveis. As 

questões críticas que se colocam aos diferentes sistemas educativos é saber como se pode garantir que, 

frequentando  a  escola,  todos  os  jovens  aprendem  e  como  garantir  que  todos  os  alunos  têm  percursos 

escolares longos e de qualidade. A resposta positiva a essas questões exige a verificação de que as as escolas, 

os professores, os técnicos e os dirigentes da administração educativa tenham as condições e os recursos 

necessários para o  fazer. Na  realidade,  e em qualquer  sistema educativo,  as  escolas  enfrentam  efetivas 

dificuldades para concretizar a missão e os objetivos que lhes estão atribuídos, no sentido de garantir que 

todos os alunos aprendem e atingem níveis de qualidade nas suas aprendizagens. 

Os objetivos da educação mudaram profundamente e com isso mudaram também os desafios que a escola 

enfrenta.  Esta  mudança  requereu  alterações  profundas  na  configuração  dos  sistemas  de  ensino,  nos 

princípios de organização das escolas, no estatuto e no papel dos professores, no trabalho pedagógico, nos 

recursos e nos instrumentos de ensino, nas exigências e responsabilidades que são colocadas aos agentes do 

sistema de educação. 

Quando todos os jovens estão na escola a sociedade inteira, com todos os problemas de desigualdade, passa 

a estar no  interior da escola. A escola do passado era  frequentada apenas por uma parte minoritária de 

jovens  de  grupos  sociais  homogéneos,  hoje  é  frequentada  por  todos.  É  nesta  diversidade  que  reside  a 

principal dificuldade de garantir que todos aprendem, mesmo os que não querem, os que não tem motivação 

e os que revelam dificuldades diferentes. 

A diversidade dos problemas requer a diversidade das soluções. A desigualdade na escola requer medidas e 

ações que permitam mitigar os efeitos dessa desigualdade: requer diversidade de instrumentos, de meios, 

de estratégias e de agentes, requer políticas que permitam às escolas e aos professores diversificar os meios 

de  ação  para,  com mais  autonomia  profissional,  acionarem  as  competências  técnicas  e  profissionais  e 

tomarem as decisões que se revelam necessárias à resolução dos problemas. 

Exige‐se à escola a garantia de que todos aprendem. Mas as escolas e os professores não podem enfrentar 

este desafio sozinhos, porque, na  realidade a questão não é apenas a de ensinar. Requerem‐se políticas 

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educativas  inovadoras  e  adequadas  ao  desafio  que  as  escolas  e  os  professores  enfrentam,  com  o 

envolvimento dos governos, das escolas que formam professores, dos centros de investigação, das famílias 

e das autoridades locais. Todos os agentes e atores sociais devem ser convocados a participar e a assumir 

uma parte das responsabilidades que este desafio envolve. 

Embora a escola por si só não possa fazer face a todos os fatores geradores de desigualdade, nomeadamente 

os  decorrentes  do meio  social  e  familiar,  deverá  dispor  de  programas  e meios  que  contrariem  quer  a 

reprodução, quer a acentuação das disparidades sociais existentes. Explorar medidas e ações que permitam 

mitigar a desigualdade na escola e os efeitos dessa desigualdade, constituem matérias que deveem ser alvo 

da atuação da administração educativa. 

Pelo exposto, e considerado o contexto do item em análise, o conceito de escolarização será entendido neste 

documento, na sua aceção mais simples: o da frequência da instituição escolar. Sabe‐se que não é o facto de 

se ter frequentado a escola que permite concluir que o indivíduo ficou escolarizado, ou seja, que adquiriu 

um conjunto de conhecimentos e de competências suscetíveis de o capacitar para satisfazer os requisitos 

elementares do saber escolar. Também se sabe que existem indivíduos alfabetizados, isto é, que satisfazem 

esses requisitos, sem nunca terem frequentado a escola. Porém, a necessidade de dispor de um indicador 

que  assentasse  na  informação  proporcionada  pelos  Censos,  levou  a  adotar  o  conceito minimalista  de 

escolarização, associado à relação percentual entre o número total de alunos matriculados num determinado 

ciclo de estudos  (independentemente da  idade) e a população residente em  idade normal de  frequência 

desse ciclo de estudo (taxa bruta de escolarização). A utilização deste  indicador, para além de possibilitar 

avaliar a cobertura e a frequência escolar, permite fornecer alguns indicadores relativamente ao abandono 

escolar. 

Da  observação  dos  elementos  disponibilizados  verifica‐se  que  o  sistema  educativo  não  assegura  na 

totalidade  as  condições para  a  concretização das  aprendizagens  fundamentais por parte dos  jovens, no 

tempo previsto para a conclusão dos diferentes ciclos de ensino. Existe um desfasamento entre a idade real 

dos alunos e a idade ideal de frequência em todos os ciclos e níveis de ensino. A situação agrava‐se à medida 

que se progride na escolaridade, sendo que os alunos em que se verifica este desfasamento apresentam 

piores  desempenhos  nas  avaliações  internacionais.  Esta  discrepância  tende  a  ser  superior  no  Ensino 

Secundário e pode comprometer o sucesso do alargamento da escolaridade para 12 anos. 

A análise dos dados disponíveis (Quadros 49 e 50) revela um desfasamento etário em todos os ciclos e níveis 

de escolaridade, revelador de insucesso escolar e repetências múltiplas. Veja‐se, por exemplo, que no Ensino 

Secundário a percentagem de alunos a frequentar o 10º, 11º e 12º anos, nas idades consideradas ideais é de 

apenas 53,2%. Neste contexto importa referir que, de acordo com os Censos de 2011, 3,4% dos indivíduos 

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119 

 

com 15 ou mais anos não possui qualquer nível de escolaridade, 35,2% possui o 3º Ciclo do Ensino Básico e 

23,8% o Ensino Secundário. 

Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013) 

Taxa Bruta de Pré‐escolarização 

Taxa Bruta de Escolarização 

  Ensino Básico  Ensino Secundário

Portugal Continental  90,4  112,6  122,0 

RAM  94,0  112,5  114,5 

RAA  92,0  112,5  96,0 

Terceira  94,5  108,6  99,7 

Angra do Heroísmo  99,7  106,7  91,3 

Fonte: INE 

Quadro 50 ‐ Percentagem de alunos matriculados em idade ideal de frequência de acordo com o nível de 

escolaridade (2011) 

EPE (3 ‐ 5 anos)  1ºCEB (6 ‐ 9 anos)  

 2ºCEB (10 ‐11 anos) 

3ºCEB (12 ‐14 anos) Secundário (15‐17 anos)

90,3%  94,6%  77,4%  74,6%  53,2% 

Fonte: INE/DRE 

 

5.5.3 ‐ Abandono Escolar 

Numa  perspetiva  formal,  o  conceito  de  abandono  escolar  pode  ser  definido  como  a  interrupção  da 

frequência do sistema de ensino antes da idade legalmente estabelecida para a escolaridade obrigatória. A 

definição é decalcada da definição  legal da escolaridade obrigatória e, ainda que esteja associada a um 

determinado nível de ensino, a referência essencial é sempre o número de anos da escolaridade obrigatória. 

Neste contexto, em sede de inquérito ou recenseamento, a identificação do abandono escolar é sempre a 

frequência escolar interrompida antes de atingida a idade obrigatória legal. 

No caso do abandono escolar o presente documento utiliza dois indicadores, correspondentes a dois grupos 

etários específicos: (1) o «abandono escolar»; e (2) o «abandono precoce». 

O que é designado por «abandono escolar» – tradicionalmente  identificado nos países de tradição anglo‐

saxónica por dropout – é expresso pela respetiva taxa calculada pela razão entre população residente com 

idades compreendidas entre os 10 e 15 anos que abandonou a escola sem concluir o 9º ano, e a população 

residente com idades compreendidas entre os 10 e 15 anos, multiplicado pela base 100. Este é o indicador 

tradicional utilizado para aferir do grau de concretização da escolaridade obrigatória de 9 anos. 

O segundo  indicador deveria designar‐se por «saída escolar precoce», como  tradução  literal do conceito 

consagrado internacionalmente de “early school leaving”. Porém, na terminologia estatística portuguesa esta 

medida  passou  a  ser  designada  por  «abandono  precoce».  Este  indicador  foi  adotado  em  1999  pelo 

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Employment Committee da UE, com o objetivo de monitorizar e reduzir o abandono escolar precoce entre 

os Estados Membros. Trata‐se de uma taxa calculada a partir da razão entre o número de indivíduos entre os 

18 e 24 anos que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar o sistema educativo 

ou um curso de formação profissional durante o mês anterior ao inquérito ou ao recenseamento, e o total 

da população residente entre 18 e 24 anos. Esta é a definição adotada pelo EUROSTAT e que constitui um 

dos indicadores de referência para monitorização do desempenho dos sistemas de ensino nacionais. 

O abandono escolar  (10‐15 anos) era o  indicador privilegiado para aferir a concretização da escolaridade 

obrigatória de 9 anos. Recentemente, os valores revelados pelo Censos 2011 tornam este fenómeno como 

residual. É de assinalar o progresso registado nas duas últimas décadas. No concelho de Angra do Heroísmo, 

de cerca de 13,14% no final da década de 1980, a taxa de abandono registou uma queda significativa durante 

a década de 1990. À entrada deste século cifrava‐se em 5,21% e dez anos mais tarde em 2,19% (Gráfico 84). 

Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do 

Heroísmo  

 

Fonte: INE 

A redução do abandono escolar precoce é um dos cinco objetivos fundamentais da “Estratégia Europa 2020” 

para promover o crescimento e o emprego, e tem como meta reduzir a atual média de abandono escolar 

precoce da UE para 10% até ao final da década. Em 2014 (Gráfico 85) a Região Autónoma dos Açores (32,8%) 

1991 2001 2011

Portugal Continental 12,51 2,17 1,54

Região Autónoma dos Açores 17,15 4,79 2,36

Angra do Heroísmo 13,14 5,21 2,19

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

%

Portugal Continental Região Autónoma dos Açores Angra do Heroísmo

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121 

 

continua a apresentar uma taxa de abandono precoce superior à Região Autónoma da Madeira (27,7%) e ao 

território continental (16,7%). 

A manter‐se o ritmo de decréscimo atual, os Açores chegarão a 2020 com uma taxa de abandono precoce 

superior  à  recomendada  pela  União  Europeia,  que  tem  priorizado  politicamente  esta  questão  pelas 

implicações que as fracas qualificações escolares têm na coesão social e na qualidade do emprego. Embora 

não existam dados desagregados por ilha e concelho, não parece plausível, face aos demais indicadores, que 

o concelho de Angra do Heroísmo se constitua como exceção ao exposto. 

Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e Madeira 

 

Fonte: Pordata 

A comparação dos valores médios de abandono precoce na UE 28 (11,1%) e nos Açores (32,8%) em 2014, 

mostra quão elevada é a taxa de saída escolar precoce nos Açores. Os dados apresentados aconselham a que 

se proceda ao balanço dos resultados das estratégias desenvolvidas e a uma revisitação das recomendações 

europeias nesta matéria (Conselho da União Europeia, 2011 e 2014). 

As recomendações europeias apontam a adoção de ações para a redução dos números do abandono escolar 

precoce  devem  desenrolar‐se  em  diferentes  frentes,  no  sentido  de  prevenir  o  risco  de  abandono 

(assegurando uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida), de o evitar (reagindo aos sinais 

de alerta e dando o devido apoio) e de compensar os que já abandonaram (possibilitando o reingresso no 

sistema, reconhecendo as aprendizagens já realizadas e qualificando). 

2011 2012 2013 2014

Portugal 23 20,5 18,9 17,4

Continente 22 19,8 18,1 16,7

RAA 43,8 34,1 35,8 32,8

RAM 30,6 27,2 26,2 27,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

%

Portugal Continente RAA RAM

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122 

 

5.5.4 ‐ Atraso Escolar 

Entre os potenciais  fatores potenciadores do abandono escolar encontram‐se a escolarização dos pais, o 

mercado de trabalho (desemprego) e o  insucesso (atraso escolar). O  insucesso escolar, entendido como a 

repetência ou retenção durante um ou mais anos ao longo do percurso escolar dos alunos, é apontado por 

vários estudos como fator preditivo do abandono escolar. Essa relação não é, contudo, estritamente unívoca. 

Sendo compreensível que  trajetos de  repetências acumuladas  tendem a aumentar o  risco de abandono, 

também é admissível que o insucesso seja uma antecipação de quem já optou, a prazo, pelo abandono. Ou 

seja, o abandono tanto pode ser o resultado do insucesso, como este poderá ser o resultado de uma decisão 

antecipada  de  um  abandono  futuro.  Perante  essa  perspetiva  de  um  abandono  a  prazo  alguns  alunos 

desinvestem no esforço para o sucesso. 

Importa não descurar as condições sociais dos que abandonam, especialmente o papel que o capital familiar 

tende a desempenhar num menor investimento na escolarização. Ora a indução social do abandono tanto 

pode  ser  feita pelas  condições  familiares  como pelos  contextos  sociais envolventes, nomeadamente dos 

próximos (grupos de amigos, colegas de escola e pares). A acrescer ao referenciado não se pode ignorar que 

o tipo de aprendizagens potencia trajetos de sucesso ou de insucesso. Quando os alunos constroem trajetos 

a  partir  de  histórias  de  retenção,  logo  no  primeiro  ciclo,  a  probabilidade  de  insucesso  reiterado  e  de 

abandono  é  maior,  considerando  que  os  conhecimentos  e  competências  básicas  indispensáveis  às 

aprendizagens nos ciclos seguintes não estão consolidados. 

Assim  sendo,  torna‐se  importante  conhecer a dimensão deste  fenómeno,  recorrendo a uma  variável de 

aproximação ao problema ‐ atraso escolar‐ a partir dos dados do último Censo. As taxas de atraso escolar por 

ciclo medem  a proporção  entre os  indivíduos  a  frequentar um determinado  ciclo de  ensino  com  idade 

superior à  idade ajustada, no  total de  indivíduos  com  idade ajustada a esse  ciclo. O  indicador não dá a 

dimensão da repetência, tão só o número de indivíduos com, pelo menos, um ano de atraso em relação à 

idade ajustada à frequência do ciclo. 

O conceito de atraso deverá ser entendido como uma mera aproximação ao problema da repetência e do 

insucesso,  com  todas  as  limitações metodológicas  que  esta  opção  representa.  Ao  analisar  o  atraso  em 

2011/2012 (Gráfico 86), verifica‐se que cerca de 38% dos alunos que frequentavam o 2º e 3º Ciclos do Ensino 

Básico e 71% do Ensino Secundário tinham, pelo menos, um ano de atraso. Dado que o atraso é cumulativo, 

a redução destes valores só será possível se se reduzir o atraso registado nos ciclos iniciais. 

Para ultrapassar este problema é necessário encontrar estratégias  credíveis que permitam  fazer  face  às 

dificuldades dos alunos, das escolas e dos professores. A prevenção do abandono precoce deverá passar pela 

promoção das aprendizagens e do  sucesso escolar, ainda no pré‐escolar e nos primeiros anos do Ensino 

Básico, através de estratégias que envolvam a escola, os professores e o contexto social e familiar dos alunos. 

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123 

 

Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012) 

 

Fontes: INE/DRE 

5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais  

De acordo com a legislação em vigor, a direção regional competente em matéria de emprego e qualificação 

profissional apresenta à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de dezembro de cada 

ano,  a  lista  de  prioridades  dos  cursos  de  dupla  certificação  a  oferecer  pelas  unidades  orgânicas, 

estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais que integram o sistema educativo regional, no 

ano letivo seguinte. 

Por sua vez, as unidades orgânicas, estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais têm que 

remeter à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de fevereiro, a relação de todos os 

cursos que pretendem oferecer para o ano, biénio e  triénio seguintes, consoante a  tipologia dos cursos, 

incluindo  os  que  pretendam  reiniciar. Ou  seja,  anualmente,  antes  do  termo  segundo  período  letivo,  os 

estabelecimentos de ensino devem planear e definir a respetiva oferta educativa e  formativa para o ano 

letivo seguinte. 

Ponderados os interesses das escolas e das comunidades que servem, considera‐se que o planeamento da 

oferta  formativa  deve  ter  em  conta  as  necessidades  dos meios  socioeconómicos  em  que  as  escolas  se 

inserem.  Importa  não  negligenciar  o  contributo  dos  cursos  para  o  incremento  da  oferta  educativa  do 

concelho e, consequentemente, para o respetivo aumento dos níveis de escolarização e desenvolvimento 

local. 

8,3%

38,1% 38,4%

71,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Ens. Secundário

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124 

 

A  realização  de  estágios  enquadrados  nas  diversas  instituições  do  concelho  deve  constituir‐se  numa 

oportunidade  de  conjugar  o  trabalho  com  a  comunidade  com  os  recursos  locais  para  contribuir  para  o 

sucesso das iniciativas de formação e para o próprio desenvolvimento local. 

Refira‐se,  que  qualquer  proposta  de  oferta  formativa,  remete  para  a  necessidade  de  uma  concertação 

cuidadosa e sustentada das necessidades do tecido empresarial com a realidade social do concelho, fundada 

em  estudos  de mercado  ou  de  diagnóstico  efetuados  pelas  entidades  competentes. A  título  ilustrativo, 

parece  importante  referir  mormente  os  cursos  relativos  à  pesca,  dado  que  constitui  área  de  aposta 

consensual, não apenas no Município, mas até mesmo nos Açores. 

Lembra‐se que a formação profissional tem uma tradição significativa no concelho e que o seu êxito depende 

da  capacidade  de  impulsionar  trajetórias  profissionais  e  de  vida  bem‐sucedidas,  que  correspondam  às 

expetativas criadas. Há, ainda, um caminho a percorrer no sentido de desmistificar a opção pelos cursos 

profissionais como uma via de último recurso. A educação e a formação profissional não são dois sistemas 

alternativos e disjuntos mas sim uma panóplia de caminhos possíveis, com vias de acesso entre si, em que 

as trajetórias e os saberes se podem e devem entrecruzar, permitindo a cada  jovem  ir construindo o seu 

próprio caminho (Conselho Nacional de Educação, 2012). 

   

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125 

 

Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15) 

   PROFIJ  Nível 

EBI dos Biscoitos 

Operador/a de Informática 

Nível II  

Empregado/a Comercial 

Operador/a Agrícola 

EBI Francisco Ferreira Drummond 

Operado Agrícola 

Operador de Informática 

EBI de Angra do Heroísmo 

Operador(a) de Jardim 

Operador(a) de Informática 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

Operador Agrícola ‐ Tipo 2 

Empregado Comercial ‐ Tipo 3 

Técnico Comercial 

Nível IV 

Técnico Animador Sociocultural 

Técnico de Secretariado  

Técnico de Análise de Laboratório 

Técnico de Auxiliar de Saúde 

Técnico de Produção Agrícola 

Técnico de Logística 

Técnico Administrativo 

Técnico de Ação Educativa 

Programador de Informática‐1 

Programador de Informática‐2 

   Cursos Profissionais   

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

Técnico de Auxiliar de Saúde ‐ Profissional 

Nível IV 

EBS Tomás de Borba Técnico de Apoio à Infância 

Técnico de Apoio à Gestão Desportiva 

Santa Casa da Misericórdia de 

Angra do Heroísmo 

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano 

Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano 

Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano 

Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano 

Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano 

Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano 

INTESE 

Técnico de Transportes 

Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação 

Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade 

Técnico de Vendas (Programa Reativar) 

Fonte: Direção Regional de Educação 

  

 

 

 

   

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Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16) 

   PROFIJ  Nível 

EBI dos Biscoitos 

Operador/a de Informática ‐ Tipo 2 

Nível II  

Empregado/a Comercial ‐ Tipo 2 

Empregado/a de Andares ‐ Tipo 2 

Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a ‐ Tipo 2 

Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 2 

Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 3 

Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a‐ Tipo 3 

Empregado/a de Andares‐ Tipo 3 

Operador/a de Informática ‐ Tipo 3 

Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3 

EBI Francisco Ferreira Drummond    

EBI de Angra do Heroísmo 

Operador/a de Jardinagem ‐ Tipo 2 

Acompanhamento de Crianças ‐ Tipo 2 

Operador(a) de Informática ‐ Tipo 2 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

Restaurante/Bar‐Tipo 2 

Cozinheiro/a‐ Tipo 2 

Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3 

Técnico/a de Produção Agropecuária 

Nível IV Técnico/a de Contabilidade 

Técnico/a de Informática ‐ Instalação e Gestão de Redes 

Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade 

   Cursos Profissionais   

ES Jerónimo Emiliano de Andrade    

Nível IV 

EBS Tomás de Borba  Técnico de Apoio à Gestão Desportiva 

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

Técnico de Mecatrónica 

Técnico de Apoio Psicossocial 

INTESE  Técnico de Gestão (Angra do Heroísmo) 

Escola Profissional da Praia da Vitória 

Técnico de Restauração ‐ Cozinha/Pastelaria 

Técnico de Restauração ‐ Restaurante/Bar 

Técnico de Gás 

Técnico de Instalações Elétricas 

  REATIVAR   

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

B1 

 B2 

B3 

S3 

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

Calceteiro(a) B3  Nível III 

S3 (Tipo A)  Nível IV 

INTESE  Operador de Logística (II)   

Escola Profissional da Praia da Vitória 

Pasteleiro/Padeiro (II) 

Nível II Empregado(a) de Andares (II) 

Operador Informático (II) 

Técnico de Vendas (IV) 

Nível IV Técnico de Gás (IV) 

Técnico de Ação Educativa (IV) 

Fonte: Direção Regional de Educação 

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127 

 

5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial 

Um dos maiores desafios do  sistema de ensino é  a necessidade de  construir uma escola  inclusiva, que 

respeite a diversidade dos alunos e procure garantir o seu sucesso educativo através de traçados curriculares 

diferenciados e adequados. 

O conceito de educação inclusiva invoca um paradigma em termos educativos, ou seja, uma  conceção de 

escola  onde  todas  as  crianças  e  jovens,  sem  exceção,  têm  a  mesma  igualdade  de  oportunidades, 

independentemente dos valores culturais ou das limitações físicas e intelectuais. Alguns autores defendem 

a educação  inclusiva como sendo um sistema de educação onde os alunos com necessidades educativas 

especiais frequentam ambientes de sala de aula regular, apropriados para a idade, com colegas que não têm 

deficiência ou especiais dificuldades e onde lhes são oferecidos os apoios necessários às suas necessidades 

individuais, de modo a atingirem os mesmos objetivos que os seus pares mas por caminhos diferentes. 

É grande o desafio que se coloca à escola inclusiva porque, mais do que aceitar a presença de alunos com 

necessidades educativas especiais na escola de ensino regular, há que construir e promover a existência de 

um único sistema educativo em desfavor da dualidade de sistemas (regular e especial) tantos anos praticado 

na educação. 

No sentido de otimizar os princípios onde se alicerça a inclusão, a escola deve reconhecer as necessidades 

dos discentes que a frequentam, adaptando‐se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, garantindo um 

bom nível de educação para todos, através de currículos adaptados, de uma boa organização escolar, de 

estratégias pedagógicas diferenciadas e diversificadas, de utilização de  recursos e de  cooperação  com  a 

comunidade. A escola  inclusiva não pretende eliminar barreiras à aprendizagem, mas sim acompanhar o 

discente e ajudá‐lo a ultrapassar os obstáculos com que se depara na sua vida de estudante de modo a obter 

sucesso escolar. 

Nos Açores, a assunção da noção de escola inclusiva, onde todos os alunos possam encontrar as respostas 

educativas  que  lhes  permitam  realizar  um  percurso  escolar  em  comum,  surge  plasmada  no  Decreto 

Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, alterado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 17/2015/A, 

de 22 de junho. 

A  publicação  do  Decreto  Legislativo  Regional  n.º  15/2006/A,  de  7  de  abril,  constitui  um  momento 

fundamental da afirmação da educação especial no contexto do Sistema Educativo Regional. Definindo a 

«educação  especial»  como  o  conjunto  dos  apoios  especializados  a  prestar  às  crianças  e  alunos  com 

necessidades  educativas  especiais  de  caráter  permanente,  aquele  diploma  operou  uma  mudança  de 

paradigma ao proceder à separação entre, por um lado, o que corresponde a apoio especializado a prestar a 

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alunos  com  deficiência  e,  por  outro,  o  conjunto  dos  apoios  a  prestar  a  alunos  com  dificuldades  de 

aprendizagem. 

Enquanto «modalidade especial de educação escolar» (artigo 19.º e seguintes da Lei de Bases do Sistema 

Educativo), a «educação especial» dirige‐se às crianças e alunos que revelam dificuldades provenientes de 

alterações em estruturas e funções do corpo com caráter permanente, tipicamente problemáticas de alta 

intensidade e baixa frequência de ocorrência. Neste contexto, cabe à escola proceder à aplicação rigorosa de 

critérios  de  elegibilidade  através  de  uma  avaliação  por  referência  à  Classificação  Internacional  de 

Funcionalidade, Deficiência e Saúde – Versão para Crianças e  Jovens  (CIF‐CJ) da Organização Mundial de 

Saúde.  Tal  avaliação  depende,  além  do  mais,  de  procedimentos  céleres  e  igualmente  rigorosos  de 

referenciação. 

A entrada em vigor do Decreto Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, permitiu que a Região 

Autónoma dos Açores alinhasse as suas políticas educativas, não apenas com aquilo que se constitui, hoje, 

como matéria largamente consensual no seio da comunidade científica sobre esta matéria, mas também com 

os princípios e recomendações contidos nos diversos tratados e declarações de direito internacional a que o 

Estado Português está vinculado em matéria de necessidades educativas especiais e de não discriminação 

em razão de deficiência e saúde (Declaração de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das 

Necessidades  Educativas  Especiais,  1994,  da  UNESCO;  Convenção  sobre  os  Direitos  das  Pessoas  com 

Deficiência, 2007 e seu Protocolo Opcional de 2009, das Nações Unidas). 

A organização atual dos apoios especializados a alunos com necessidades educativas especiais permanentes 

encontra‐se  localizada na  rede de estabelecimentos públicos de educação pré‐escolar e ensinos básico e 

secundário, aos quais cabe promover as respostas educativas que melhor se adequem ao processo de ensino 

e  de  aprendizagem  dos  alunos  a  ser  enquadrados  pela  educação  especial.  As  respostas  diferenciadas 

existentes podem concentrar alunos com determinado tipo de problemas em escolas de referência. 

A  observação  dos  elementos  disponibilizados  (Gráficos  87  e  88)  permite  verificar  que  de  2011/2012  a 

2014/2015,  registou‐se um  aumento de 81,8% de  alunos  com necessidades educativas especiais e uma 

quebra de 18% de alunos com necessidades educativas especiais integrados em turmas do ensino regular. 

Em relação ao ano  letivo 2014/2015, observa‐se que 14,4% das crianças e alunos matriculados no ensino 

público do concelho de Angra do Heroísmo estão abrangidas pelo Regime Educativo Especial (Gráfico 89). A 

Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond (Gráficos 90 e 91) é a unidade orgânica que apresenta 

maior percentagem de alunos  com necessidades educativas especiais  (23,9%)  seguindo‐se‐lhe  com 19% 

Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 92 e 93). A Escola Secundária Jerónimo Emiliano de 

Andrade (Gráficos 96 e 97) é a que apresenta o valor mais baixo, em termos absolutos (75) e percentuais 

(5,9%). 

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129 

 

Para dar resposta aos alunos com deficiência comprovada e dificuldades de aprendizagem, a rede escolar do 

concelho de Angra do Heroísmo dispôs no ano  letivo 2014/2015 de 17 docentes de ensino especial e de 

apoios educativos, a que corresponde um rácio de 44 alunos por docente. 

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito dos projetos de construção, ampliação e remodelação 

de estabelecimentos educativos, tem procurado intervir de forma a criar condições adequadas, garantindo 

o cumprimento dos pressupostos inerentes ao princípio da «escola Inclusiva». 

Gráfico 87 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

Gráfico 88 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

0

100

200

300

400

500

600

700

800

2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 390 413 503 573

Integrados em UNECAS* 21 49 93 174

TOTAL 411 462 596 747

Nº de Alunos

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular (%) 95 89 84 77

Integrados em UNECAS (%)* 5 11 16 23

%

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130 

 

Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos matriculados no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 90 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

23,9%

19,0%

13,6%

5,9%

14,4% EBI FFD

EBI AH

EBS Tomás de Borba

ES Jerónimo Emiliano de Andrade

Total

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 83 89 127

Integrados em UNECAS* 9 11 25

TOTAL 92 100 152

Nº de Alunos

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131 

 

Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

 

Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 90,2 89,0 83,6

Integrados em UNECAS* 9,8 11,0 16,4

%

0

50

100

150

200

250

300

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 146 153 183

Integrados em UNECAS* 40 51 80

TOTAL 186 204 263

Nº de Alunos

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132 

 

Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/13 ‐ 2014/15) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

 

Gráfico 94 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 78,5 75,0 69,6

Integrados em UNECAS* 21,5 25,0 30,4

%

0

50

100

150

200

250

300

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 164 190 188

Integrados em UNECAS* 0 31 69

TOTAL 164 221 257

Nº de Alunos

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Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

* Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

 

Gráfico 96 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 86,0 73,2

Integrados em UNECAS* 0,0 14,0 26,8

%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 20 71 75

Integrados em UNECAS* 0 0 0

TOTAL 20 71 75

Nº de Alunos

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Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

 

5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) 

Os serviços de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) são assegurados nos Açores 

pela Rede Valorizar. Inserido no quadro da política de educação e formação de adultos, o RVCC constitui um 

serviço através do qual se reconhecem, validam e certificam as competências escolares e profissionais (até 

ao nível do ensino secundário) adquiridas ao longo da vida, em contextos formais, não formais e informais, 

por parte de candidatos que desejem vê‐las reconhecidas, que cumulativamente sejam maiores de 18 anos 

e possuam (no caso de uma certificação de nível secundário) pelo menos 3 anos de experiência profissional. 

O processo de RVCC permite ao adulto a possibilidade de certificar os conhecimentos e as competências 

resultantes da experiência que adquiriu em diferentes contextos ao longo da sua vida. Parte‐se, assim, das 

experiências de vida para iniciar um processo que reconhece os saberes e as competências, atribuindo ao 

adulto uma certificação. 

De acordo com a informação disponibilizada pela Rede Valorizar, no concelho de Angra do Heroísmo, de 2012 

a 9 de abril de 2015 apenas foram validadas e certificadas competências escolares (Quadros 53 e 54). Verifica‐

se  que  para  além  do  maior  número  de  certificações  se  ter  registado  no  ano  de  2014,  foram  os 

«desempregados à procura de novo emprego» os que mais  solicitaram o  reconhecimento, a validação e 

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 100,0 100,0

Integrados em UNECAS* 0,0 0,0 0,0

%

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135 

 

certificação  das  competências  escolares.  Constata‐se  ainda  que  a  maior  parte  das  certificações  de 

competências são relativas ao 2º Ciclo do Ensino Básico. 

Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015) 

  

 Desempregados à 

procura do 1º emprego 

 Desempregados à procura 

de novo emprego 

Empregados por conta de 

outrem 

Empregados por conta 

própria Inativos‐Outros 

1ºCEB 2ªCEB 3ºCEB  Sec.  1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Sec. 1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Sec. 1ºCEB  2ºCEB 3ºCEB  Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB  Sec.

2012          25  1  18  2    4  18  13    1    3      4  2 

2013          76  48  12  9    2  11  12      1           

2014    2      17  204  86  6  1  1  5  6          7  1     

2015      1      3  4  2  1    13  6      1           

Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015) 

 

Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade 

Ciclo/Nível de Ensino 

1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Secundário 

2012  25  6  40  20 

2013  76  50  24  21 

2014  25  208  91  12 

2015  1  3  19  8 

Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015) 

 

5.9 ‐ Ação Social Escolar 

De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo, os apoios e complementos educativos têm como objetivo 

“(…) contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”. Constituem modalidades de 

apoio no âmbito da ação social escolar, designadamente: (1) o apoio alimentar; (2) os transportes escolares; 

(3) o alojamento; (4) os auxílios económicos; e (5) a prevenção de acidentes e seguro escolar. 

A ação social escolar, enquanto modalidade dos apoios e complementos educativos, destina‐se a crianças e 

jovens oriundos de famílias em situação socioeconómica desfavorecida. Os montantes a atribuir nas diversas 

modalidades de apoio são  fixados pelo Governo Regional, sendo o escalão de apoio em que o agregado 

familiar se integra determinado tendo em conta o rendimento familiar, a composição da família, a existência 

na família de encargos especiais devidos a doença, deficiência ou outro qualquer motivo atendível. 

No  ano  letivo  2014/2015  (Gráfico  98)  o  número  total  de  alunos  abrangidos  pela  ação  social  escolar 

representa 58,4% dos alunos matriculados na rede pública do concelho de Angra do Heroísmo. Mais de 50% 

da população escolar da EBI Francisco Ferreira Drummond (71,7%), EBS Tomás de Borba (65,3%) e EBI de 

Angra do Heroísmo (59,3%), beneficiaram de apoios no âmbito dos escalões da ação social escolar. 

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136 

 

Perante a crise  social e as dificuldades que as  famílias enfrentam é crucial que o  sistema de ação  social 

escolar, enquanto mecanismo promotor do reequilíbrio dos rendimentos e dos encargos com a educação 

suportados pelas famílias, promova a equidade do sistema educativo, reforce e alargue a política de apoio às 

famílias no âmbito socioeducativo, por forma a assegurar que nenhuma criança ou jovem, potencialmente 

mais  fragilizado do ponto de  vista económico,  fique  fora do  sistema escolar ou  impedido de prosseguir 

estudos. 

A garantia da igualdade de oportunidades no acesso à educação constitui um mecanismo fundamental para 

gerar justiça social e desenvolvimento. Tratando‐se de uma questão de defesa do Estado Social, é o campo 

privilegiado  das  parcerias,  das  alianças  e  das  responsabilidades  partilhadas.  Por  conseguinte,  a  Câmara 

Municipal de Angra do Heroísmo, como instituição próxima dos munícipes e da sua realidade, enfrenta novos 

desafios no que toca ao contorno da crise económica com os escassos recursos que possui. Porque, tal como 

referiu  Sir  Arthur  Lewis,  economista  britânico,  galardoado  com  o  Prémio  de  Ciências  Económicas  em 

Memória de Alfred Nobel em 1979, “A Educação nunca foi despesa. Sempre foi  investimento com retorno 

garantido”. 

Gráfico 98 ‐ Evolução do número de alunos subsidiados (%), por unidade orgânica, no concelho de Angra do Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

5.10 ‐ Transportes Escolares 

A rede de transportes escolares é constituída por carreiras públicas, por circuitos com veículos privativos das 

Juntas de Freguesia e  IPSS e por circuitos de aluguer. No decurso do ano  letivo 2014/2015 os trajetos do 

serviço público de transportes foram assegurados pela Empresa de Viação Terceirense, em horário e número 

de veículos em circulação diferenciado, durante o período escolar. 

2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015

EBI de Angra do Heroísmo 37,7% 49,9% 51,9% 52,0% 50,0% 54,8% 59,3%

EBI F.F.Drummond 59,2% 56,4% 62,3% 71,7%

EBS Tomás de Borba 51,9% 52,6% 53,3% 59,5% 58,2% 60,1% 65,3%

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 40,4% 39,8% 36,2% 30,4% 29,5% 35,6% 39,6%

Total 43,3% 47,9% 48,6% 51,0% 49,0% 53,4% 58,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

%

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137 

 

O acesso a esta modalidade de transporte efetua‐se através da atribuição de passe, comparticipado a 100% 

aos alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a mais de 3 km do estabelecimento de ensino que 

devam frequentar, sendo reduzido para 2 km para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos do 

1º Ciclo do Ensino Básico. No  caso de encerramento de estabelecimentos de educação e ensino ou em 

situações excecionais de perigosidade, penosidade ou inclinação da via a percorrer que a isso obriguem, o 

limite é reduzido para 1 km. 

De acordo com o Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A, de 12 de junho, o transporte escolar deve ser 

feito utilizando a rede de transporte público coletivo de passageiros que sirva a localidade onde se situa a 

escola (Quadros 55 e 56), podendo nas situações em que não exista uma rede de transporte público que 

sirva a escola, ou em que esta não tenha características adequadas ao transporte dos alunos, funcionar em 

regime  de  serviço  regular  especializado. No  decurso  do  ano  letivo  2014/2015,  o  transporte  coletivo  de 

crianças da Educação Pré‐Escolar e os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico dos estabelecimentos de educação 

e ensino do concelho de Angra do Heroísmo efetuou‐se através de circuitos em regime de serviço regular 

especializado. 

Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º Ciclos 

 EBI Francisco 

Ferreira Drummond EBI Angra do Heroísmo 

EBS Tomás de Borba ES Jerónimo 

Emiliano de Andrade

 Nº 

Alunos Tempo 

Deslocação*  Nº 

AlunosTempo 

Deslocação*Nº 

AlunosTempo 

Deslocação* Nº 

AlunosTempo 

Deslocação*

Altares              1  65  1  70 

Cinco Ribeiras        11  25  19  15  15  20 

Doze Ribeiras        2  40  17  30  2  35 

Feteira  63  5              2  15 

Nossa Senhora da Conceição               5  15       

Porto Judeu  110  12  2  25  1  35  4  25 

Posto Santo        14  25  22  20  25  25 

Raminho        1  65        1  60 

Ribeirinha        84  10  3  20  39  10 

Santa Bárbara        24  30  31  20  21  25 

Santa Luzia         1  30  2  20       

São Bartolomeu de Regatos        3  25  105  15  33  20 

São Bento              4  15  4  25 

São Mateus da Calheta        28  25  133  10  35  20 

São Pedro         3  10  3  5  2  5 

Sé              1  10       

Serreta              4  35  2  40 

Terra Chã        8  25  106  15  21  20 

Vila de São Sebastião  13  5  1  35        4  35 

Outras  5     1     7     5    

TOTAL  191     183     464     216    

Fonte: Empresa de Viação Terceirense. * Tempo de deslocação contabilizado em minutos. 

 

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Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino Secundário e outras modalidades  

 EBS Tomás de 

Borba 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 

 Nº 

AlunosTempo 

DeslocaçãoNº 

AlunosTempo 

Deslocação 

Altares  5  65  16  70 

Cinco Ribeiras  1  15  5  20 

Doze Ribeiras  1  30  6  35 

Feteira  1  25  14  15 

Nossa Senhora da Conceição   6  15       

Porto Judeu  4  35  36  25 

Posto Santo  6  20  4  25 

Raminho  1  55  7  60 

Ribeirinha  1  20  32  10 

Santa Bárbara  3  20  11  25 

Santa Luzia   2  20       

São Bartolomeu de Regatos  6  15  27  20 

São Bento  5  10  5  25 

São Mateus da Calheta  5  5  28  10 

São Pedro   1  5  3  5 

Sé  1  10       

Serreta  2  35  3  40 

Terra Chã  5  15  15  20 

Vila de São Sebastião        20  35 

Outras  3     15    

TOTAL  59     247    

Fonte: Empresa de Viação Terceirense 

5.11 ‐ Recursos Humanos 

A criação de mecanismos, que possibilitem uma maior estabilidade do corpo docente nos estabelecimentos 

de educação e de ensino em prol da melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e das crianças que 

constituem  o  cerne  do  Sistema  Educativo  Regional  deve  ser  um  dos  objetivos  prioritários  da  política 

educativa.  O  recrutamento  de  docentes,  deve  procurar  conciliar,  de  forma  equilibrada  e  razoável,  a 

prossecução do interesse público com a satisfação de expectativas profissionais dos docentes, quer através 

da colocação eficiente e racional dos recursos humanos necessários, quer da possibilidade de continuidade 

pedagógica,  com  claras  vantagens para o  sistema, no que  toca ao  reforço da qualidade dos  serviços de 

educação prestados. 

A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo docente estável (Quadros 57 a 60). 

No  atual  contexto de  redução do número de  alunos,  aumento da  idade de  reforma dos docentes e de 

distribuição  desigual  de  alunos  e  docentes  pelas  unidades  orgânicas,  o Município,  enquanto  parceiro  e 

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corresponsável  pela  política  educativa  local,  considera‐se  participante  disponível  no  processo  de 

reajustamento da rede escolar do concelho (Gráficos 99 a 101). 

 

Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

Ed. Pré‐Escolar TOTAL 

1º Ciclo TOTAL 

  Quadro Contratados  Quadro  Contratados 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  0  0  0  0  0 

EBI de Angra do Heroísmo  17  0  17  47  0  47 

EBI Francisco Ferreira Drummond  9  0  9  16  1  17 

EBS de Tomás de Borba  21  0  21  42  2  44 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 58 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

2º Ciclo TOTAL 

3º Ciclo / Secundário TOTAL 

  Quadro  Contratados  Quadro  Contratados 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  1  1  110  39  149 

EBI de Angra do Heroísmo  57  6  63  6  17  23 

EBI Francisco Ferreira Drummond  13  3  16  18  6  24 

EBS de Tomás de Borba  23  16  39  60  17  77 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 59 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, na Educação Especial, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

Ed. Especial (120) TOTAL 

Ed. Especial (700) TOTAL 

  Quadro  Contratados  Quadro  Contratados 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  0  0  0  2  2 

EBI de Angra do Heroísmo  9  0  9  0  0  0 

EBI Francisco Ferreira Drummond  3  3  6  1  0  1 

EBS de Tomás de Borba  11  4  15  2  0  2 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

Ensino Artístico TOTAL 

  Quadro  Contratados 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  ‐  ‐  ‐ 

EBI de Angra do Heroísmo  ‐  ‐  ‐ 

EBI Francisco Ferreira Drummond  ‐  ‐  ‐ 

EBS de Tomás de Borba  23  4  27 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

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Gráfico 99 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade orgânica (2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Gráfico 100 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por nível de ensino (2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade; 152

EBI de Angra do Heroísmo; 159

EBI Francisco Ferreira 

Drummond; 73

EBS de Tomás de Borba; 225

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Ed. Pré‐Escolar

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo /Secundári

o

Ed.Especial

EnsidoArtítico

ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 0 1 149 2 0

EBI de Angra do Heroísmo 17 47 63 23 9 0

EBI Francisco Ferreira Drummond 9 17 16 24 7 0

EBS de Tomás de Borba 21 44 39 77 17 27

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Gráfico 101 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade orgânica (2014/2015) 

 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

Além de docentes, a escola integra um conjunto diversificado e relevante de outros profissionais cuja ação é 

essencial no processo de construção de uma escola de qualidade. O sistema educativo não pode deixar de 

ter em conta as especiais características do papel dos  recursos humanos, que, embora não diretamente 

implicados no processo de ensino em si, constituem um fator indispensável ao sucesso deste, na vertente da 

organização e funcionamento dos estabelecimentos de educação ou de ensino e do apoio à função educativa. 

A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo não docente constituído por 290 

profissionais não docentes, desde assistentes operacionais (195), assistentes técnicos (45) e outras categorias 

não especificadas (50), distribuídos pelas quatro unidades orgânicas (Quadro 62). A categoria profissional 

mais representada é a dos assistentes operacionais. 

 

 

 

 

 

 

   

0

20

40

60

80

100

120

140

160

ES JerónimoEmiliano de Andrade

EBI de Angra doHeroísmo

EBI FranciscoFerreira Drummond

EBS de Tomás deBorba

Ed. Pré‐Escolar 0 17 9 21

1º Ciclo 0 47 17 44

2º Ciclo 1 63 16 39

3º Ciclo / Secundário 149 23 24 77

Ed. Especial 2 9 7 17

Ensido Artítico 0 0 0 27

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Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

EBI de Angra do Heroísmo 

EBI Francisco Ferreira 

Drummond 

EBS Tomás de Borba 

ES Jerónimo Emiliano Andrade 

TOTAL 

TÉCNICO SUPERIOR 

PSICÓLOGO  2  1  2  2  7 

OUTRAS LICENCIATURAS 

1     1  3  5 

TÉCNICO DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA 

TERAPEUTA DA FALA 

1           1 

TERAPEUTA OCUPACIONAL 

            0 

INTÉRPRETE DE LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA              0 

TÉCNICO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E REABILITAÇÃO 

      1     1 

TÉCNICO DE REABILITAÇÃO E PSICOMOTROCIDADE 

      1     1 

TÉCNICO DE SERVIÇO SOCIAL  2           2 

TÉCNICO DE INFORMÁTICA  1        1  2 

MONITOR DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL              0 

COORDENADOR TÉCNICO              0 

ASSISTENTE TÉCNICO  16  5  14  10  45 

CHEFE DE SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 

      1     1 

ASSISTENTE OPERACIONAL  67  17  71  40  195 

TOTAL  90  23  91  86  290 

Fonte: Direção Regional de Educação 

 

 

 

 

   

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143 

 

6 – Ensino Superior 

Na  atualidade,  o  papel  do  ensino  superior  é  encarado  não  só  na  visão  tradicional  da  criação,  gestão  e 

transmissão do saber, mas também como um elemento decisivo de inclusão social, habilitando os cidadãos 

com melhores oportunidades e possibilitando uma integração com êxito na sociedade do conhecimento. Em 

consequência  destas  expectativas  acrescidas  por  parte  da  sociedade,  a  esfera  de  responsabilidades  das 

instituições de ensino superior passa a abarcar novos elementos, como sejam a relevância da educação e 

formação,  a  empregabilidade,  a  investigação  orientada,  a  consultoria  e  o  apoio  científico  e  técnico 

especializado. 

O ensino superior deve sustentar uma cultura que requeira pensamento disciplinado, encoraje a curiosidade, 

desafie as  ideias existentes e produza novas  ideias,  contribuindo para a preparação de  cidadãos que  se 

querem  sabedores, críticos e  livres. A assunção plena destes objetivos, por parte do poder político e da 

sociedade, proporcionará às  instituições de ensino superior um campo privilegiado para participarem em 

políticas de mudança, promovendo a sua reestruturação e desenvolvimento de forma a melhor delinearem 

programas estratégicos orientados para a sua prossecução, assumindo as responsabilidades de centros de 

ciência, cultura e de vanguarda do pensamento. 

A Universidade dos Açores, em particular o seu campus de Angra do Heroísmo,  tem assumido um papel 

preponderante em áreas fundamentais ao desenvolvimento, designadamente, nos domínios da inovação, do 

empreendedorismo, da criação e difusão de conhecimento e transferência de tecnologia. Porém, atuando 

num ambiente cada vez mais globalizado, marcado por uma concorrência crescente na captação de alunos, 

é fundamental que Universidade dos Açores garanta recursos suficientes e sustentáveis por forma a reter os 

melhores talentos e a reforçar a excelência da sua atividades de investigação e de ensino. 

O que se mede, hoje em dia, à entrada do mercado de trabalho, são mais aptidões e menos informações, é 

o  domínio  dos  instrumentos  intelectuais,  é  a  capacidade  de  integrar  interdisciplinarmente  esses 

instrumentos, é o domínio da nova linguagem da era da informação e da computação, é, principalmente, a 

capacidade e a disponibilidade para continuar a aprender. O ensino superior  tem a obrigação de  formar 

pessoas, prepará‐las para a  vida ativa em  sociedade, para o exercício da  sua  cidadania,  treiná‐las  como 

futuros  agentes  privilegiados  de  progresso  social.  Este  é  um  dos  maiores  desafios  que  se  coloca  à 

Universidade dos Açores, mormente ao campus de Angra do Heroísmo. 

A Universidade dos Açores tem a sua sede em Ponta Delgada e compreende os polos de Ponta Delgada, Angra 

do Heroísmo e Horta. O campus de Angra do Heroísmo  integra o Departamento de Ciências Agrárias e a 

Escola  Superior  de  Enfermagem  de  Angra  do  Heroísmo.  O  Departamento  de  Ciências  Agrárias  está 

vocacionado para a  formação,  investigação, divulgação cultural e prestação de  serviços nos domínios da 

Agricultura, da Saúde e Produção Animal, da Engenharia do Ambiente, da Biotecnologia e da Tecnologia 

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Alimentar e a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo tem por missão formar enfermeiros e 

outros técnicos de saúde especializados nas áreas da prestação de cuidados, gestão, investigação, ensino e 

formação. 

No campus de Angra do Heroísmo é ainda ministrado o curso técnico superior profissional de Agropecuária 

que tem por objetivo formar técnicos superiores profissionais. Os cursos técnicos superiores profissionais 

(CTeSP) têm uma duração de dois anos (quatro semestres), correspondendo o último semestre a um estágio 

realizado em contexto de trabalho numa das empresas ou entidades com as quais a Universidade dos Açores 

já estabeleceu o necessário protocolo. Os CTeSP conferem diploma de técnico superior profissional. 

Ao observar os elementos disponibilizados (Quadros 62 e 63) verifica‐se que a taxa de preenchimento de 

vagas de  acesso é  significativamente baixa  (74,8%)  atingindo o  valor de 57,5% no  campus de Angra do 

Heroísmo. Constata‐se a existência de vários cursos com uma taxa de procura inferior a 50% e uma reduzida 

taxa de matrículas na maioria dos mestrados, com especial incidência no campus de Angra do Heroísmo, que 

não registou nenhum doutoramento no ano letivo 2014/2015. 

Da análise dos dados (Quadros 64 e 65) constata‐se que o número de alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez 

na Universidade dos Açores, com residência permanente na Região Autónoma dos Açores, se fixou em 51,7% 

no ano letivo 2013/2014. Por outro lado, verifica‐se que os alunos com residência permanente no concelho 

de Angra do Heroísmo, 53% (34% em 2011/2012) optaram por estabelecimentos de ensino superior fora da 

Região Autónoma dos Açores, 14% (25% em 2011/2012) pelo campus de São Miguel e apenas 33% (41% em 

2011/2012) pelo campus de Angra do Heroísmo. Este valor tem vindo a decrescer (Gráfico 102). Compete à 

Universidade  dos Açores  contextualizar  e  refletir  sobre  os  dados  patenteados,  nomeadamente  no  quer 

concerne às opções manifestada pelos alunos residentes na Região Autónoma dos Açores. No ano  letivo 

2014/2015 frequentaram o campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores 436 alunos (Quadro 

66). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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145 

 

Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) 

 

Fonte: Universidade dos Açores 

 

 

 

 

CursosVagas

Vagas 

Preenchidas

Matriculados 

(Total) São Miguel Terceira Horta

CET

Agropecuária 25 25 24 24

Desenvolvimento de Produtos Multimédia 20 20 20 20

Total 45 45 44 20 24

Licenciaturas

Arquitetura (Preparatórios) 25 12 15 15

Biologia 37 22 25 25

Ciclo Básico de Medicina 39 39 44 44

Curso de Engenharia‐ Eng. Civil, Eng. 

Mecânica, Eng. Electronica e Computadores 43 14 30 30

Ciências Agrárias 46 32 29 29

Ciências da Nutrição (Preparatórios) 16 2 3 3

Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 16 10 9 9

Comunicação Social e Cultura 33 33 34 34

Economia 30 22 28 28

Educação Básica 27 27 29 29

Energias Renováveis 32 22 20 20

Enfermagem 63 44 41 41

Enfermagem 55 47 48 48

Estudos Europeus e Politica Internacional 29 21 17 17

Estudos Portugueses e Ingleses 26 9 9 9

Gestão 85 90 95 95

Guias da Natureza 33 21 21 21

História 26 22 24 24

Informática‐ Redes e Multimédia 56 41 47 47

Medicina Veterinária (Preparatórios) 17 18 15 15

Proteção Civil e Gestão de Riscos 35 37 42 42

Psicologia 48 45 44 44

Relações Públicas e Comunicação 36 37 35 35

Serviço Social 40 41 47 47

Sociologia 34 35 33 33

Turismo 45 47 50 50

Total 972 790 834 696 138 0

1º Ano Polos

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146 

 

Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação) 

 

Fonte: Universidade dos Açores 

   

CursosVagas

Vagas 

Preenchidas

Matriculados 

(Total) São Miguel Terceira Horta

Mestrados

Ambiente, Saúde e Segurança 30 29 14 14

Ciências da Comunicação 20 5 4 4

Ciências Económicas e Empresariais 60 62 50 50

Ciências Sociais 18 11 9 9

Educação Pré‐Escolar e Ensino do 1º CEB 35 40 35 35

Engenharia Agronómica 20 8 6 6

Engenharia e Gestão de sistemas de Água 20 7 3 3

Engenharia Zootécnica 20 9 6 6

Filosofia Contemporânea:Valores e 

Sociedade 15 8 6 6

Geologia do Ambiente e Sociedade 20 4 3 3

Gestão do Turismo Internacional 20 16 14 14

Gestão e Conservação da Natureza 30 30 23 23

Ordenamento do espaço Marítimo 

(Erasmus Mundus) 17 17

Relações Internacionais 15 10 8 8

Tecnonologia e Segurança Alimentar 20 7 6 6

Tradução e Assessoria Linguística 20 6 5 5

Total 363 252 209 165 44 0

Doutoramentos

Ciências Económicas e Empresariais 5 1 1

Geologia S/Limite 1 1

História Insular e Atlântica (sécs. XV‐XX) 10 6 4 4

Total 15 6 6 6

TOTAL 1395 1093 1093 887 206 0

1º Ano Polos

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147 

 

Quadro 64 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 

residência permanente na Região Autónoma dos Açores* 

RAA 

 Total Alunos 

 Alunos Inscritos 

  Universidade Açores (a) 

Campus de Angra do Heroísmo   Outros Estabelecimentos 

Ensino  U. Açores  

Escola Enfermagem 

Total 

2011/2012  2142  1042  236 116 352  1100

2012/2013  1944  1024  225 50 275  920

2013/2014  1985  1027  220 28 248  958

Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. Inclui alunos inscritos no Campus de Angra do Heroísmo  

Quadro 65 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 

residência permanente no concelho de Angra do Heroísmo*   Concelho de Angra do Heroísmo 

 

Total Alunos 

 Alunos Inscritos 

 Campus de Angra do Heroísmo  

Outros Estabelecimentos Ensino 

  Universidade Açores  

Escola Enfermagem  Total Universidade Açores (a) 

Outros 

2011/2012  432  143  36 179 106  147

2012/2013  391  131  23 154 81  156

2013/2014  419  123  16 139 60  220

Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. a) Inclui alunos inscritos no Campus de Ponta Delgada  

Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 

residência permanente Angra do Heroísmo (%) 

   

Fonte: DGEES‐MEC 

 

 

2011/2012 2012/2013 2013/2014

Campus Ponta Delgada 25 21 14

Campus Angra do Heroísmo 41 39 33

Outros Estabelecimentos Ensino 34 40 53

0

10

20

30

40

50

60

%

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148 

 

Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015) 

 

Fonte: Universidade dos Açores 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cursos 1º Ano 2º Ano 3ºAno 4ºAno

CET

Agropecuária 24

Total 24

Licenciaturas

Ciências Agrárias 29 22 18

Ciências da Nutrição (Preparatórios) 3 9

Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 9 7

Energias Renováveis 20 23 25

Enfermagem 41 28 29 52

Engenharia e Gestão do Ambiente 5 7

Guias da Natureza 21 15 13

Medicina Veterinária (Preparatórios) 15 14

Total 138 123 92 52

Mestrados

Engenharia Agronómica 6 1

Engenharia e Gestão de Sistemas de Água 3 10

Engenharia Zootécnica 6 6

Gestão e Conservação da Natureza 23 6

Tecnonologia e Segurança Alimentar 6 8

Total 44 31

Doutoramentos

Gestão Interdisciplinar da Paisagem 7

Total 7

TOTAL 162 123 99 52

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149 

 

7 ‐ Infraestruturas escolares públicas 

7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino 

Ao longo dos últimos anos o parque escolar do concelho tem sido objeto de intervenções de manutenção e 

requalificação  relativamente profundas, numa perspetiva de criar condições para a prática de um ensino 

moderno,  adaptado  aos  conteúdos  programáticos,  às  didáticas  e  às  novas  tecnologias  de  informação  e 

comunicação. Da análise da informação concedida pelas unidades orgânicas (Quadros 67 a 71) constata‐se 

que embora exista uma diferenciação positiva relativamente aos estabelecimentos de ensino construídos 

recentemente, os demais apresentam uma eficácia física e funcional adequada. 

Relativamente aos estabelecimentos de ensino, sejam da responsabilidade do Governo Regional dos Açores 

ou sejam de responsabilidade municipal, importa ter presente que a modernização do parque escolar não 

passa  apenas  pela  construção  de  novos  edifícios  escolares,  sendo  necessário  manter  um  modelo  de 

requalificação constante e consistente, ao nível da conservação e manutenção dos edifícios existentes e na 

sua constante adaptação funcional em função das alterações entretanto ocorridas em termos dos curricula 

e  das  práticas  educativas  e  formativas. A  reutilização  das  infraestruturas  e  dos  equipamentos  escolares 

existentes, em detrimento de novas construções, permite melhorar a  resposta da  rede pública de  forma 

eficaz e equitativa. 

Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Serviço Almoço (b) 

Estado Conservação Geral (a) 

Nº de Salas (c) 

Segurança (a) Educação Pré‐Escolar 

1º Ciclo 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião   B  4  5  B  S 

EB1/JI de Porto Judeu  B  2  7  B  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Refeitório Sala 

PolivalenteCR / 

Biblioteca Ginásio 

Campo Jogos 

Balneários  Recreio 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião   S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI de Porto Judeu  S  N  S  S  S  N  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Prolongamento Horário (b) 

ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar 

1º Ciclo  Educação Física 

Inglês  Expressões  Outra(s) 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião   N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI de Porto Judeu  N  N  N  N  N  N  N 

               

 

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150 

 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática

PC(s) nas salas 

Existência   < 50%  ≥ 50% 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião   S  S  S  ‐  S 

EB1/JI de Porto Judeu  S  S  S  ‐  S 

Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c) Número total de salas 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de InformáticaNA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros  

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  24  2  3  ‐  1 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório Recreio 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Instalações Gimnodesportivas (b) 

Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  ‐  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  B  B 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática

PC(s) nas salas 

Existência  < 50%  ≥ 50% 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  ‐  S 

Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I ‐ Inexistente 

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151 

 

Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo 

Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Serviço Almoço (b) 

Estado Conservação Geral (a) 

Nº de Salas (c) Segurança 

(a) Educação Pré‐Escolar

1º Ciclo 

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha   B  3  10  B  S 

EB1/JI S. João de Deus  R  2  6  B  S  

EB1/JI da Ribeirinha   B  3  5  B  S  

EB1/JI Infante D. Henrique  D  2  18  R  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Refeitório Sala 

PolivalenteCR / 

Biblioteca Ginásio 

Campo Jogos 

Balneários  Recreio

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha  

S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI S. João de Deus  S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI da Ribeirinha   S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  S  S  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Prolongamento Horário (b) 

ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar 

1º Ciclo  Educação Física 

Inglês  Expressões  Outra(s) 

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha  

‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

EB1/JI S. João de Deus  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

EB1/JI da Ribeirinha   ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  ‐  ‐  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência   < 50%  ≥ 50% 

EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha  

S  S  S    S 

EB1/JI S. João de Deus  S  S  S    S 

EB1/JI da Ribeirinha   S  S  S    S 

EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  S    S 

Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c) Número total de salas 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros  

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  59  2  6    4 

  

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152 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Instalações Gimnodesportivas (b) 

Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S     S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  B 

  

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência  < 50%  ≥ 50% 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S     S 

Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente  

Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba 

Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Serviço Almoço (b) Estado Conservação Geral (a) 

Nº de Salas (c) Segurança 

(a) Educação Pré‐Escolar

1º Ciclo 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  B  2  7  B  S 

EB1/JI do Pico da Urze  R  1  3  B  S 

EB1/JI das Cinco Ribeiras  D  1  2  R  S 

EB1/JI das Doze Ribeiras  R  1  2  R  S 

EB1/JI do Posto Santo  R  1  2  R  S 

EB1/JI de Santa Bárbara  D  1  2  R  S 

EB1/JI de S. Bartolomeu  R  2  3  R  S 

EB1/JI de S. Mateus da Calheta  B  2  6  B  S 

EB1/JI do Cantinho  R  1  2  R  S 

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  D  2  5  R  S 

 

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153 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Refeitório Sala 

PolivalenteCR / 

Biblioteca Ginásio 

Campo Jogos 

Balneários  Recreio 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI do Pico da Urze  S  S  N  S  S  N  S 

EB1/JI das Cinco Ribeiras  N  S  N  N  S  N  S 

EB1/JI das Doze Ribeiras  N  S  N  S  S  N  S 

EB1/JI do Posto Santo  S  S  N  S  S  N  S 

EB1/JI de Santa Bárbara  N  S  N  N  S  N  S 

EB1/JI de S. Bartolomeu  N  S  N  N  S  N  S 

EB1/JI de S. Mateus da Calheta  S  S  S  S  S  N  S 

EB1/JI do Cantinho  N  S  N  N  S  N  S 

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  S  S  S  S  S  N  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Prolongamento Horário (b) 

ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar 

1º Ciclo  Educação Física 

Inglês  Expressões  Outra(s) 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI do Pico da Urze  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI das Cinco Ribeiras  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI das Doze Ribeiras  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI do Posto Santo  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI de Santa Bárbara  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI de S. Bartolomeu  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI de S. Mateus da Calheta  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI do Cantinho  N  N  N  N  N  N  N 

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  N  N  N  N  N  N  N 

 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência   < 50%  ≥ 50% 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  N  S 

EB1/JI do Pico da Urze  S  S  S  N  S 

EB1/JI das Cinco Ribeiras  S  S  S  N  S 

EB1/JI das Doze Ribeiras  S  S  S  N  S 

EB1/JI do Posto Santo  S  S  S  N  S 

EB1/JI de Santa Bárbara  S  S  S  N  S 

EB1/JI de S. Bartolomeu  S  S  S  N  S 

EB1/JI de S. Mateus da Calheta  S  S  S  N  S 

EB1/JI do Cantinho  S  S  S  N  S 

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  S  S  S  N  S 

Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c ) Número total de salas 

 

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154 

 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário 

Estabelecimento de Ensino  

Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros  

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  40 / 33 / 0 / 0 / 3   2 / 2  0 / 0 / 2  0  3 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Instalações Gimnodesportivas (b) 

Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  B  B 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência  < 50%  ≥ 50% 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  N  S 

Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente 

 

Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho 

Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Serviço Almoço (b) Estado Conservação Geral (a) 

Nº de Salas (c) Segurança 

(a) Educação Pré‐Escolar

1º Ciclo 

EB1/JI dos Altares  B  1  3  R  S 

EB1/JI do Raminho  B  1  2  R  S 

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155 

 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Refeitório Sala 

PolivalenteCR / 

Biblioteca Ginásio 

Campo Jogos 

Balneários  Recreio

EB1/JI dos Altares  S  S  S  S  S  S  S 

EB1/JI do Raminho  S  S  S  S  S  N  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Prolongamento Horário (b) 

ATL ( b)Educação Pré‐ Escolar 

1º Ciclo  Educação Física 

Inglês  Expressões  Outra(s) 

EB1/JI dos Altares  S  S  Ver observação* 

EB1/JI do Raminho  N  N  N  N  N  N  N 

*A EB1/JI dos Altares, para além da carga  letiva de oferta obrigatória  (que  inclui Educação Física,  Inglês, Expressões, EMR...), oferece atividades de enriquecimento curricular até às 16h50, com diversas temáticas, para alunos da Educação Pré‐Escolar e do 1º Ciclo. Esta oferta foi cancelada na EB1/JI do Raminho dado o diminuto número de interessados e mantém‐se na EB1/JI dos Altares  com Clube de Artes Plásticas, Desporto,  Futsal,  Jogos Ambientais, Kickboxing,  Línguas Estrangeiras, Música e Teatro, Oficina de Jogos, Oficina de Leitura e Tecnologias de Informação e Comunicação.  

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência   < 50%  ≥ 50% 

EB1/JI dos Altares  S  S  S    S 

EB1/JI do Raminho  S  S  S    S 

Nota: 

(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c ) Número total de salas 

  

Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário 

Estabelecimento de Ensino  

Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros  

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  49  4      2 

 

Estabelecimento de Ensino  

Espaços de Apoio (b) 

Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  N  S  S  S 

 

Estabelecimento de Ensino  

Instalações Gimnodesportivas (b) 

Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  S  S    S 

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156 

 

 

Estabelecimento de Ensino  

Edifício(s) 

Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  B 

 

Estabelecimento de Ensino  

Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 

Rede Informática 

PC(s) nas salas 

Existência  < 50%  ≥ 50% 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade S  S  S    S 

Nota: 

(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente  

7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino 

Tanto a  taxa de ocupação  como o número de  salas de aula, esta última diretamente  relacionada  com a 

capacidade instalada, são fatores determinantes, a par da população em idade escolar e das infraestruturas 

e espaços de apoio, para o reordenamento e definição de um parque escolar que se pretende bem equipado 

e de qualidade. 

De acordo com a informação disponibilizada (Quadros 72 e 73) verifica‐se que a capacidade instalada (oferta) 

na  rede pública,  ao nível  concelhio, dos diferentes níveis  e modalidades de  ensino  é  significativamente 

superior à procura. 

A construção, a ampliação e a requalificação de infraestruturas escolares no concelho, associada à diminuição 

da taxa de natalidade, desencadeou um processo de sublotação em estabelecimentos de educação e ensino 

que urge resolver. Tendo por base esta situação é imprescindível proceder à reorganização da rede escolar 

existente. A carta escolar da Região Autónoma dos Açores em vigor data de 2006 (Resolução do Conselho do 

Governo n.º 70/2006, de 29 de junho). 

Relativamente  ao  ano  letivo  de  2014/2015  (Quadros  74  e  75)  assinala‐se  que  o número  de  alunos  por 

docente varia de 9,4 na Educação Pré‐Escolar e 12,9 alunos no 1.º Ciclo de Ensino Básico, sendo de 9,1 alunos 

por docente, se considerar todos os níveis e modalidades de ensino. 

Por outro lado, o número médio de alunos por turma é 16,5 na Educação Pré‐Escolar e 16,9 alunos no 1.º 

Ciclo de Ensino Básico. Por outro lado, o maior número de turmas verifica‐se no 1º CEB (28,8% do número 

total), sendo 40,4% referente ao 1º e 2º ciclos do Ensino Básico (Quadro 76). De salientar a percentagem 

significativa de turmas de percursos formativos não regulares. 

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157 

 

Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

Fonte: DRE. * Só foram considerados os estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo  

Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 

461 28 32 640 72%

114 6 10 200 57%

44 2 3 60 73%

18 1 2 40 45%

35 2 3 60 58%

17 1 2 40 43%

111 6 6 120 93%

71 4 4 80 89%

40 2 2 40 100%

208 14 14 280 74%

27 2 2 40 68%

10 1 1 20 50%

16 1 1 20 80%

15 1 1 20 75%

14 1 1 20 70%

19 1 1 20 95%

29 2 2 40 73%

37 2 2 40 93%

16 1 1 20 80%

25 2 2 40 63%

28 2 2 40 70%

17 1 1 20 85%

11 1 1 20 55%

EPE

EBI de Angra do Heroísmo

Nº AlunosTaxa de 

Ocupação

Nª 

Salas

Capacidade 

Máxima Nº Turmas 

EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo

EB1/JI do Raminho

EB1/JI dos Altares

EB1/JI das Doze Ribeiras

EB1/JI do Posto Santo

EB1/JI de Santa Bárbara

EB1/JI de S.Bartolomeu

EB1/JI do Cantinho

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha

ES Jerónimo Emiliano de Andrade

EBI dos Biscoitos*

EB1/JI de S. João de Deus

EB1/JI de S. Mateus da Calheta

EB1/JI Infante D.Henrique

EBI Francisco Ferreira Drummond

EB1,2,3/JI de São Sebastião

EB1/JI de Porto Judeu

EBS Tomás de Borba

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba

EB1/JI do Pico da Urze

EB1/JI das Cinco Ribeiras

EB1/JI da Ribeirinha

Concelho de Angra do Heroísmo

Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 91 2093 68%

EBI de Angra do Heroísmo 630 34 39 897 70%

EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10 10 230 80%

EB1/JI de S. João de Deus 69 4 6 138 50%

EB1/JI da Ribeirinha 84 5 5 115 73%

EB1/JI Infante D.Henrique 294 15 18 414 71%

EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 12 276 73%

EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5 5 115 82%

EB1/JI de Porto Judeu 107 6 7 161 66%

EBS Tomás de Borba 538 34 35 805 67%

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7 7 161 78%

EB1/JI do Pico da Urze 51 3 3 69 74%

EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2 2 46 50%

EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2 2 46 41%

EB1/JI do Posto Santo 36 2 2 46 78%

EB1/JI de Santa Bárbara 35 2 3 69 51%

EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3 3 69 61%

EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6 6 138 75%

EB1/JI do Cantinho 29 2 2 46 63%

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5 5 115 63%

ES Jerónimo Emiliano de Andrade

EBI dos Biscoitos* 54 5 5 115 47%

EB1/JI dos Altares 39 3 3 69 57%

EB1/JI do Raminho 15 2 2 46 33%

1ª Cico do Ensino Básico

Nº Alunos Nº Turmas Taxa de 

Ocupação

Nª 

Salas

Capacidade 

Máxima 

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Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo  

Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 

461 28 49 16,5 9,4

114 6 17 19,0 6,7

44 2

18 1

35 2

17 1

111 6 9 18,5 12,3

71 4

40 2

208 14 21 9,9 9,9

27 2

10 1

16 1

15 1

14 1

19 1

29 2

37 2

16 1

25 2

28 2 2 14,0 14,0

17 1

11 1

Rácio 

Alunos/Educador 

EPE

EBI de Angra do Heroísmo

Nº AlunosMédia 

Alunos/Turma Nº Turmas 

EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo

EB1/JI do Raminho

EB1/JI dos Altares

EB1/JI das Doze Ribeiras

EB1/JI do Posto Santo

EB1/JI de Santa Bárbara

EB1/JI de S.Bartolomeu

EB1/JI do Cantinho

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha

ES Jerónimo Emiliano de Andrade

EBI dos Biscoitos*

EB1/JI de S. João de Deus

EB1/JI de S. Mateus da Calheta

EB1/JI Infante D.Henrique

EBI Francisco Ferreira Drummond

EB1,2,3/JI de São Sebastião

EB1/JI de Porto Judeu

EBS Tomás de Borba

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba

EB1/JI do Pico da Urze

EB1/JI das Cinco Ribeiras

NºEducadores 

EB1/JI da Ribeirinha

Concelho de Angra do Heroísmo

Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 110 16,9 12,9

EBI de Angra do Heroísmo 630 34 44 18,5 14,3

EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10

EB1/JI de S. João de Deus 69 4

EB1/JI da Ribeirinha 84 5

EB1/JI Infante D.Henrique 294 15

EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 17 18,3 11,8

EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5

EB1/JI de Porto Judeu 107 6

EBS Tomás de Borba 538 34 44 15,8 12,2

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7

EB1/JI do Pico da Urze 51 3

EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2

EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2

EB1/JI do Posto Santo 36 2

EB1/JI de Santa Bárbara 35 2

EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3

EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6

EB1/JI do Cantinho 29 2

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5

ES Jerónimo Emiliano de Andrade

EBI dos Biscoitos* 54 5 5 10,8 10,8

EB1/JI dos Altares 39 3 3

EB1/JI do Raminho 15 2 2

Rácio Alunos/Professor 

1ª Cico do Ensino Básico

Nº Alunos Nº Turmas Média 

Alunos/Turma 

Nº 

Professores 

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Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 

 

Fonte: DRE. Nota: *Não inclui o Ensino Recorrente e o Programa Reativar. **EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho 

 

7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico 

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito das suas competências, tem vindo a desenvolver ações 

de modernização, requalificação e melhoramento das condições do parque escolar do concelho. Para além 

das obras  já  realizadas e das que estão a decorrer, de carácter mais estrutural, há que  realçar o esforço 

despendido  com  a manutenção  de  todo  o  parque  escolar,  procurando,  em  conjunto  com  as  juntas  de 

freguesia, dar uma resposta rápida e eficiente às pequenas obras que diariamente são solicitadas e que se 

revelam de extrema importância para a estabilidade das atividades letivas, bem como para o conforto e bem‐

estar da comunidade educativa. Neste âmbito verifica‐se que a Câmara Municipal prevê despender € 389 

400 no período de 2015 a 2017 (Quadro 77) em obras de requalificação e manutenção. 

Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017)   2012  2013  2014  2015  2016  2017 

EBI de Angra do Heroísmo  90739,66 94828,43 67758,97 48300,00  51200,00 58700,00

EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo (Carreirinha)  29000,89 34092,10 29080,66 5000,00  8600,00 8600,00

EB1/JI de S. João de Deus  14445,38 15786,32 15671,01 5000,00  5900,00 13400,00

EB1/JI da Ribeirinha  7852,83 6055,89 0,00 18500,00  18700,00 18700,00

EB1/JI Santo Amaro  6410,89 6863,49 0,00 0,00  0,00 0,00

EB1/JI Beato João Baptista Machado  6934,87 6277,74 0,00 0,00  0,00 0,00

EB1/JI Infante D.Henrique  26094,80 25752,89 23007,30 19800,00  18000,00 18000,00

EBI Francisco Ferreira Drummond  21156,73 21135,70 19751,64 3800,00  6200,00 13700,00

EB1/JI de Porto Judeu  21156,73 21135,70 19751,64 3800,00  6200,00 13700,00

EBS Tomás de Borba  146537,70 118635,67 111064,05 46300,00  73300,00 63400,00

EB1/JI do Pico da Urze  23533,30 23278,18 23957,27 4900,00  14100,00 6600,00

EB1/JI das Cinco Ribeiras  21119,46 2771,90 3623,30 1600,00  900,00 0,00

EB1/JI das Doze Ribeiras  6496,84 7351,00 7366,19 5500,00  1500,00 0,00

EB1/JI do Posto Santo  20341,98 23607,03 21031,55 9700,00  5500,00 5500,00

EB1/JI de Santa Bárbara  6148,71 6896,11 5131,22 3000,00  16200,00 16200,00

EB1/JI de S.Bartolomeu  8432,97 9223,61 8670,02 10100,00  12500,00 5000,00

EB1/JI de S. Mateus da Calheta  24176,33 24258,15 24048,39 5000,00  9600,00 12100,00

EB1/JI do Cantinho  18400,12 4209,32 4617,13 2000,00  4100,00 4100,00

EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  17887,99 17040,37 12618,98 4500,00  8900,00 13900,00

EBI dos Biscoitos*  15163,73 13133,27 24474,59 5500,00  9500,00 9500,00

EB1/JI dos Altares  10742,36 7873,67 7314,69 3000,00  5100,00 5100,00

EB1/JI do Raminho  4421,37 5259,60 17159,90 2500,00  4400,00 4400,00

TOTAL  273597,82 247733,07 223049,25 103900,00  140200,00 145300,00

Fonte: CMAH 

 

EPE 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Profij Oportunidade PEREET. Proj. Curr. 

AdaptadoProfissional TOTAL

EBI de Angra do Heroísmo 6 34 17 8 2 3 6 2 78

EBI Francisco Ferreira Drummond 6 11 5 8 2 3 2 37

EBS Tomás de Borba 14 34 12 15 16 5 9 3 108

ES Jerónimo Emiliano de Andrade* 22 18 15 5 1 1 62

EBI Biscoitos** 2 5 7

Total 28 84 34 53 34 19 13 18 5 4 292

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Para além do exposto há que considerar o  investimento efetuado na construção de novas  infraestruturas 

escolares nas freguesias da Ribeirinha (EB1/JI da Ribeirinha) e de Santa Bárbara (EB1/JI de Santa Bárbara), 

cujo modelo concetual assenta na articulação dos vários setores funcionais, na garantia de condições para o 

seu funcionamento integrado e na possibilidade de abertura de alguns setores à utilização pela comunidade 

exterior em períodos pós‐letivos. 

Os vários setores funcionais dos estabelecimentos de educação e ensino estão articulados através de um 

percurso  tridimensional  que  constitui  uma  sucessão  de  espaços  interiores  e  exteriores  de  valência 

diversificada, relacionados com diferentes situações de aprendizagem formal e informal. 

Com a entrada em funcionamento da EB1/JI de Santa Bárbara proceder‐se‐á ao encerramento da EB1/JI das 

Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras, para além da transferência para o novo edifício da EB1/JI de 

Santa Bárbara, libertando o edifício escolar situado Às Oito. 

   

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8 ‐ Infraestruturas desportivas 

As  infraestruturas desportivas são um fator decisivo para a concretização de qualquer política desportiva, 

que deverá ser fundamentada no conceito social e cultural de serviço público, com o objetivo de procurar 

assegurar  o  acesso  progressivo  da  população  a  uma  prática  desportiva  adequada  às  capacidades  e 

preferências de cada um. Salienta‐se que as autarquias desempenham um papel importante na dinamização 

e  investimento no desenvolvimento desportivo  local. A diversidade de equipamentos destinados à prática 

desportiva apresenta diversas possibilidades para que os munícipes possam praticar desporto e manter um 

estilo de vida ativo. 

Apesar do número, tipo, distribuição espacial e qualidade das  infraestruturas desportivas do concelho de 

Angra do Heroísmo  (Quadro 78)  ser  satisfatório, é necessário continuar a proceder a  reajustamentos de 

equipamentos e materiais desportivos em algumas das  freguesias do concelho. Nesse sentido  refira‐se a 

construção de mais duas infraestruturas desportivas, uma da responsabilidade da autarquia na freguesia do 

Posto Santo e a outra do Governo Regional na freguesia de Santa Bárbara. 

Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento  

Freguesia 

TIPO DE INSTALAÇÕES 

TOTALPequenos Campos 

Grandes Campos 

Piscina Descoberta 

Piscina Coberta 

Pavilhão Desportivo 

Pista de Atletismo 

Salas de Desporto 

Outras Instalações 

Altares     1                    1 

Angra (Conceição)  7        2  2     7  1  19 

Angra (Santa Luzia)  4           1           5 

Angra (São Pedro)  10  1  4  5  4  1  11  4  40 

Angra (Sé)  4                 2  2  8 

Cinco Ribeiras  1                       1 

Doze Ribeiras     1                    1 

Feteira  1                    1  2 

Porto Judeu     2        1        2  5 

Posto Santo  1                    3  4 

Raminho     1                    1 

Ribeirinha     1        1        1  3 

Santa Bárbara  1                       1 

São Bartolomeu de Regatos 

1  1                    2 

São Bento  8  2        2  2  5  8  27 

S. Mateus da Calheta 

10  1  1           2  2  16 

Serreta              1           1 

Terra Chã  2  1     1  1     1  1  7 

Vila de São Sebastião 

1           1  1  1     4 

TOTAL  51  12  5  8  14  4  29  25  148 

Fonte: Direção Regional do Desporto. Nota:  Pequenos Campos  (Campo de  Futebol/Voleibol/Basquetebol/  Ténis/Polidesportivo, etc.); 

Grandes  Campos  (Campo  de  Futebol);  Salas  de Desporto  (Ginásio,  Sala  de Musculação/Squash/Judo/Cardio/Ténis  de Mesa,  etc.); Outras Instalações (Carreira de Tiro, Pista de Salto/Patinagem/Lançamento de Peso e Dardo, Corta Mato, Aeromodelismo, Picadeiro, Minigolfe, Circuito de Manutenção, Bowling, etc.) 

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9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens 

Em  tempo  de  profundas  transformações  sociais  onde,  apesar  das  grandes  evoluções  tecnológicas  e  do 

crescimento económico alcançado, as exclusões teimam em emergir e persistir,  importa uma  intervenção 

social cada vez mais integrada – do ponto de vista dos atores e das dimensões abrangidas, bem como das 

estratégias para fazer face à multidimensionalidade dos fenómenos. 

Embora de uma maneira  geral  a  rede de  serviços e equipamentos  sociais  (RSES)  se destine  a  apoiar  as 

necessidades sociais da população em geral, existem contudo serviços e equipamentos específicos dirigidos 

a grupos alvo como as crianças e os jovens, os idosos, a população com deficiências ou incapacidade, bem 

como  as  pessoas  afetadas  por  outras  problemáticas,  contribuindo  muitas  destas  valências,  direta  ou 

indiretamente, para a mitigação da pobreza ou da exclusão social. 

As respostas sociais destinadas à infância e juventude podem subdividir‐se em três grandes grupos: (1) as 

dirigidas às crianças e jovens em geral; (2) às crianças com deficiências ou incapacidade; e (3) as destinadas 

às crianças e jovens em perigo. 

Qualquer intervenção deve ser sustentada por um conhecimento sempre atualizado e rigoroso da realidade. 

Só conhecendo melhor se poderá intervir melhor, no sentido de uma maior eficácia e eficiência da ação: “um 

bom diagnóstico é garante da adequabilidade das respostas às necessidades  locais e é  fundamental para 

garantir a eficácia de qualquer projeto de intervenção” (Guerra, 2000). Neste contexto, a generalidade das 

respostas  sociais da  rede de  serviços e equipamentos  sociais dirigidas  à  infância e  juventude  tendem  a 

contribuir para a atenuação das situações de exclusão social e pobreza infantil, procurando mitigar possíveis 

carências em algumas áreas de bem‐estar da criança. A titulo de exemplo, as creches, por serem inclusivas, 

os centros de atividades de tempos livres, por constituírem um apoio à escolaridade e ao sucesso escolar, a 

intervenção precoce, por promover ações de natureza preventiva e habilitativa nos domínios da saúde e da 

ação social, os centros de apoio familiar e aconselhamento parental e equipa de rua para crianças e jovens, 

por combaterem diretamente a exclusão através da prevenção do risco social e apoio a crianças e jovens em 

perigo –  sendo os centro de acolhimento  temporário para acolhimento urgente e  temporário e o  lar de 

infância e juventude para acolhimento por um período mais longo. 

Ainda no âmbito do apoio, a rede de serviços e equipamentos sociais engloba um conjunto vasto de respostas 

sociais dirigidas à população com deficiência. Neste âmbito, e principalmente no que diz respeito às pessoas 

com níveis de incapacidade severa, tem vindo a promover a autonomia, a participação e a inclusão social, 

através, por exemplo, do desenvolvimento e disseminação territorial de respostas sociais como os centros 

de atividades ocupacionais, que visa capacitar, incluir e tornar socialmente úteis pessoas com incapacidades 

graves,  que  não  se  enquadrem  no mercado  normal  de  trabalho,  nem mesmo  em  regime  de  emprego 

protegido. 

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De acordo com a  informação disponível  (Quadros 79 a 85) observa‐se que no ano  letivo de 2014/2015 a 

capacidade  instalada  (oferta)  foi superior à procura em  todas as  respostas sociais a crianças e  jovens do 

concelho de Angra do Heroísmo. 

9.1 ‐ Creches 

A creche é uma resposta social vocacionada para o apoio à criança e à família, desenvolvida em equipamento 

de natureza  socioeducativa, para  acolher  crianças  até  aos  três  anos  de  idade, durante o período diário 

correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto. 

Neste contexto, as creches assumem um papel determinante para a efetiva conciliação entre a vida familiar 

e  profissional  das  famílias,  proporcionando  à  criança  um  espaço  de  socialização  e  de  desenvolvimento 

integral, com base num projeto pedagógico adequado à sua idade e potenciador do seu desenvolvimento, 

no respeito pela sua singularidade. 

Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo 

Freguesia  Instituição Particular Nº de Creches 

Capacidade Instalada 

Frequência

Nossa Senhora da Conceição 

Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira 

1  52  51 

Nossa Senhora da Conceição 

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1  36  36 

Santa Luzia  Cáritas da Ilha Terceira  1  42  29 

Sé  Confederação Operária Terceirense  1  35  28 

Sé  Centro Infantil de Angra do Heroísmo  1  65  57 

São Pedro  Obra Maria Madre Maria Clara  1  42  41 

São Pedro  Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1  26  26 

São Pedro  Irmandade Nossa Senhora do Livramento  1  56  39 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu  1  47  44 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta  1  55  29 

Terra Chã  Casa do Povo da Terra ‐ Chã  1  50  31 

Total  11  506  411 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

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A concentração quase total destes equipamentos na sede do concelho deixa sem resposta a grande maioria 

das  freguesias  rurais  do  concelho.  Este  facto  tem  implicações  para  as  famílias  em  que  ambos  os  pais 

trabalham, levando a que muitos deles tenham que recorrer a amas (muitas delas também sem formação e 

sem  condições  adequadas  para  desenvolver  este  trabalho)  ou  a  familiares,  especialmente  os  avós.  No 

entanto, este último  recurso  também é por vezes dificultado pelo  facto de muitos avós ainda estarem a 

trabalhar. 

9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) 

Com a evolução da sociedade e com as mudanças surgidas na estrutura  familiar, os pais são obrigados a 

procurar estes espaços de tempos livres institucionalizados, para que os seus filhos se mantenham ocupados 

durante o tempo extraescolar. 

A rápida evolução das estruturas familiares, com a entrada massiva das mulheres no mundo do trabalho, 

com os próprios avós, muitas vezes também ainda a trabalhar, este tipo de estruturas de apoio tornou‐se de 

facto um  imperativo, pois os pais  têm muita dificuldade em acompanhar os  filhos  logo após o  termo do 

horário escolar. Para além disso, este  tipo de estruturas  tem ajudado  também a ultrapassar o  frequente 

desajustamento entre os horários escolares e as necessidades das famílias. 

Os centros de atividades de tempos livres constituem uma resposta social desenvolvida em equipamento ou 

serviço, que proporciona atividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis 

das  responsabilidades  escolares  e  de  trabalho,  desenvolvendo‐se  através  de  diferentes  modelos  de 

intervenção,  nomeadamente  acompanhamento  ou  inserção  social,  prática  de  atividades  específicas  e 

multiactividades. 

Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) 

Freguesia  Instituição Particular Nº de CATL 

Capacidade Instalada 

Frequência

Nossa Senhora da Conceição 

Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira 

1  60  56 

Sé  Confederação Operária Terceirense  1  66  48 

Sé  Jardim Infantil de São Gonçalo  1  81  71 

Sé  Centro Infantil de Angra do Heroísmo  1  70  64 

São Pedro Centro Cultural, Social e Recreativo de Nossa Senhora 

da Piedade 1  20  20 

São Bento  Centro Social de São Bento  1  30  22 

Posto Santo  Centro Comunitário do Posto Santo  1  27  7 

Ribeirinha  Centro Social e Paroquial da Ribeirinha  1  40  11 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu  1  50  45 

Terra ‐ Chã  Centro Comunitário da Terra ‐ Chã  1  100  49 

Santa Bárbara  Casa do Povo de Santa Bárbara  1  28  28 

Vila de São Sebastião  Centro Comunitário de São Sebastião  1  40  20 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta  1  50  20 

Total  13  662  461 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

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9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens A Equipa de Rua de Apoio a Crianças e  Jovens constitui uma resposta social desenvolvida através de um 

serviço, destinada ao apoio a crianças e jovens em situação de perigo, desinseridas a nível sócio‐familiar e 

que subsistem pela via de comportamentos desviantes. 

Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens 

Freguesia  Instituição Particular Nº de Equipas de Rua de Apoio a Crianças e 

Jovens 

Capacidade Instalada 

Frequência 

Santa Luzia  Cáritas da Ilha Terceira  1  80  80 

Terra ‐ Chã Centro Comunitário da Terra 

‐ Chã 1  100  87 

Total  2  180  167 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

 

9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário 

Os centros de acolhimento temporário correspondem a uma resposta social desenvolvida em equipamento, 

destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de duração inferior a seis 

meses, com base na aplicação de medida de promoção e proteção. 

O acolhimento institucional de crianças e jovens em perigo visa afastá‐las do perigo em que se encontram, 

colocando‐as ao cuidado de uma entidade que disponha de  instalações e de equipa técnica adequadas à 

satisfação  das  necessidades  das  crianças  e  jovens  em  acolhimento,  proporcionando‐lhes  condições  que 

permitam a sua educação, bem‐estar e desenvolvimento integral. 

A  dinâmica  de  funcionamento  deste  tipo  de  resposta  deve  contar  com  a  intervenção  de  equipas 

multidisciplinares bem preparadas e quantitativamente suficientes, bem como com a participação efetiva 

das crianças e suas famílias em todo o processo. 

Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário 

Freguesia  Instituição Particular Nº de Centro de Acolhimento Temporário 

Capacidade Instalada 

Frequência 

São Bento Irmandade de Nossa Senhora 

do Livramento 1  20  12 

Total  1  20  12 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

 

9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude 

Os  lares de  infância e  juventude são uma resposta social de acolhimento, desenvolvida em equipamento 

específico, para crianças e jovens em perigo dos 0 aos 18 anos, de ambos os sexos, de duração superior a 6 

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meses. Os  objetivos  desta  resposta  social  são  assegurar  alojamento,  satisfazer  as  necessidades  básicas, 

fornecendo condições aproximadas, o quanto possível, a uma estrutura familiar, mas também fornecer meios 

que contribuam para o seu desenvolvimento e valorização pessoal, profissional e social em cooperação com 

a comunidade, escola e família. 

Os  lares de  infância e  juventude, em articulação com as entidades competentes no âmbito da  infância e 

juventude e CPCJ, deverão ter como finalidades a reintegração da criança ou do jovem na sua família ou na 

comunidade de origem, no mais breve curto prazo de tempo, ou quando isto não for possível incrementar o 

acolhimento familiar ou a gradual autonomização do jovem. Desta forma, para evitar a rutura com os laços 

familiares e a comunidade de origem, as crianças e os jovens deverão ser acolhidos em lares que se localizem 

próximo  do  seu  local  de  residência:  a  admissão  neste  tipo  de  resposta  deve  ser  objeto  de  cuidadosa 

ponderação, procurando‐se sempre que o encaminhamento seja o mais consentâneo com a origem, natureza 

e aspirações da criança. 

Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude 

Freguesia  Instituição Particular Nº de Lares de Infância e Juventude 

Capacidade Instalada 

Frequência 

Nossa Senhora da Conceição Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  12  3 

Santa Luzia Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  10  6 

São Pedro Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  20  2 

São Pedro Centro Social e Paroquial de 

São Pedro 1  12  8 

São Bento Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  50  23 

São Bento Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  10  6 

Terra ‐ Chã Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  12  2 

Terra ‐ Chã Irmandade Nossa Senhora do 

Livramento 1  11  8 

Terra ‐ Chã Santa Casa da Misericórdia da 

Praia da Vitória 1  6  5 

Terra ‐ Chã Santa Casa da Misericórdia da 

Praia da Vitória 1  11  7 

Total  10  154  70 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

 

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9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO 

Para as pessoas com deficiências e incapacidades com significativas limitações da atividade e restrições na 

participação, decorrentes de alterações nas estruturas e funções (pessoas com incapacidades graves), cuja 

integração  socioprofissional  no mercado  regular  de  emprego  ou  em  centro  de  emprego  protegido  se 

encontra condicionada, mas que evidenciam potencial para uma integração social ativa, está prevista uma 

resposta social adequada à diversidade e especificidade das suas necessidades e do seu desenvolvimento – 

o programa de atividades ocupacionais. 

Os  centros de atividades ocupacionais  (CAO) para pessoas  com  incapacidades  constituem‐se  como uma 

resposta social tendo como principal objetivo promover e disponibilizar condições que contribuam para uma 

vida  com  qualidade  através  do  desempenho  de  atividades  socialmente  úteis,  sempre  que  possível  na 

comunidade, com vista ao desenvolvimento das suas capacidades, como seres ativos, criativos e criadores. 

Estas  atividades  não  implicam  uma  vinculação  às  exigências  de  rendimento  profissional  ou  de 

enquadramento normativo de natureza jurídico‐laboral. 

Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais 

Freguesia  Instituição Particular Nº de Centro de 

Atividades Ocupacionais 

Capacidade Instalada 

Frequência 

Terra ‐ Chã Associação Cristã da Mocidade ‐ ACM 

1  50  47 

Total  1  50  47 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

 

Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível  

Nº de Instituições 

Capacidade Instalada 

Frequência Oferta 

Disponível (%) 

Creches  11  506  411  18,8% 

Centro de Atividades de Tempos Livres  13  662  461  30,4% 

Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens  2  180  167  7,2% 

Lares de Infância e Juventude  10  154  70  54,5% 

Centro de Acolhimento Temporário  1  20  12  40,0% 

Centro de Atividades Ocupacionais  1  50  47  6,0% 

 

 

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10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo  

A intervenção tutelar de promoção e proteção, expressa na Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo 

(LPCJP), desenvolve‐se relativamente a casos em que se verifique a ameaça dos direitos essenciais (cívicos, 

sociais, económicos e culturais) da criança ou jovem até aos 18 anos de idade que, por tal, se vê em situação 

de  perigo  para  a  sua  segurança,  saúde,  formação,  educação  ou  desenvolvimento,  requerendo‐se,  deste 

modo, a atuação do Estado. 

O sistema social e o sistema judiciário desencadeiam ações que visam proporcionar as condições adequadas 

à promoção dos direitos e proteção das vítimas, de qualquer forma de exploração ou abuso, abandono ou 

tratamento negligente, ou quando se vejam privados de um ambiente familiar que garanta o seu bem‐estar 

e desenvolvimento integral. 

No  ano  de  2014,  a  Comissão  de  Proteção  de  Crianças  e  Jovens  de  Angra  do  Heroísmo  (Gráfico  103) 

acompanhou  399  processos  e  arquivou  197.  Negligência,  abandono, maus  tratos,  abusos,  exposição  a 

modelos de conduta desviante estão presentes, a vários níveis, nas trajetórias de vida de muitas crianças e 

jovens,  realidade que  também está presente no concelho de Angra do Heroísmo  (Quadro 86). O escalão 

etário 15 aos 18 anos  representa 47,2% do  total de  crianças e  jovens acompanhados pela Comissão de 

Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo (Gráfico 103). 

As CPCJ(s) devem ser agentes ativos na promoção de um modelo de governação  integrada, em que cada 

elemento é tão importante quanto o outro, sendo que o resultado final é a soma de todas as partes. 

Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global 

 

Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 

 

2012 2013 2014

N.º Processos acompanhados 366 419 399

N.º Processos arquivados 131 160 197

0

100

200

300

400

500

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Quadro 86 ‐ Distribuição dos processos em função da intervenção e escalão etário 

Motivos de Intervenção  Escalão Etário  2012  2013  2014 

Absentismo Escolar 

 0‐5  6  2  1 

 6‐10  2  3  2 

 11‐14  51  26  15 

 > 15  61  61  45 

Abandono Escolar 

 0‐5          

 6‐10          

 11‐14     1  2 

 > 15  2  3  10 

Exposição a modelos de comportamento desviante 

 0‐5  7  3  5 

 6‐10  7  4  4 

 11‐14  7  2  5 

 > 15  3  1  3 

Maus tratos físicos 

 0‐5     1  2 

 6‐10  1  3  4 

 11‐14  4  1  2 

 > 15  3     1 

Maus tratos psicológicos/abuso emocional 

 0‐5        2 

 6‐10  1     1 

 11‐14  2  1    

 > 15          

Negligência 

 0‐5  23  22  13 

 6‐10  11  18  7 

 11‐14  7  7  2 

 > 15  2  3  1 

Prática de facto qualificado de crime 

 0‐5          

 6‐10  1       

 11‐14          

 > 15          

Uso de estupefacientes 

 0‐5  1       

 6‐10          

 11‐14  1       

 > 15     1    

Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 

 

Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário 

 

Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 

2012 2013 2014

 0‐5 37 28 23

 6‐10 22 28 18

 11‐14 72 38 26

 > 15 71 69 60

0

10

20

30

40

50

60

70

80

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11 ‐ Diagnóstico estratégico 

A  análise  das  Strengths  (Forças),  Weaknesses  (Fraquezas),  Opportunities  (Oportunidades)  e  Threats 

(Ameaças), masi  conhecida  por  análise  SWOT,  criada  por  dois  professores  da  Harvard  Business  School 

(Kenneth Andrews e Roland Christensen), serve de base para delinear as estratégias a seguir, ou seja, as 

grandes linhas de orientação estratégica devem ser extraídas das suas conclusões. 

As  forças e  fraquezas  são determinadas pela posição  atual e  relacionam‐se, quase  sempre,  com  fatores 

internos. As oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas com fatores externos. 

Para  a  análise  SWOT  contribuem  os  dados  quantitativos  anteriormente  apresentados  e  as  aferições  e 

perceções manifestadas pelos diversos envolvidos. 

 

Forças (pontos fortes) 

• Corpo docente experiente, qualificado e estável; 

• Qualidade das infraestruturas educativas; 

•  Melhoria nos níveis de ensino obrigatório; 

• Rede de escolas públicas; 

• Generalização da oferta da Educação Pré‐Escolar, desde os três anos de idade; 

• Taxa de ocupação dos espaços escolares; 

• Boa integração urbana da maioria das escolas e facilidades de acesso; 

• Rentabilização das infraestruturas existentes nas freguesias; 

• Oferta ao nível do ensino superior; 

• Envolvimento da autarquia nas questões educativas e sociais. 

 

Fraquezas (pontos fracos) 

• Baixa escolaridade da população; 

• Iliteracia e analfabetismo funcional; 

• Escolarização insuficiente no ensino obrigatório; 

• Insucesso escolar e abandono escolar precoce elevados; 

• Inadequação dos horários de funcionamento normal das escolas com os horários de trabalho dos 

pais; 

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•  Insuficiências das ofertas de ocupação de tempos livres e atividades extracurriculares; 

• Pouca divulgação da oferta formativa junto da população geral; 

• Escolas da zona rural caracterizadas por uma frequência escolar reduzida; 

• Pouco envolvimento das famílias no acompanhamento escolar dos alunos; 

• Falta de apoio ao nível da orientação vocacional, escolar e profissional; 

• Número de crianças com necessidades educativas especiais; 

• Débil articulação do tecido económico e produtivo e a vida ativa com as escolas; 

• Aumento significativo dos níveis de desemprego; 

• Fracos níveis de qualificação da mão‐de‐obra; 

• Escassez na criação de emprego e nas saídas profissionais; 

• Baixos níveis culturais e de rendimentos das famílias; 

• Pobreza elevada mesmo com políticas de apoio social; 

• Pouca eficácia em certas políticas de proteção social. 

 

Oportunidades 

• Reduzida dimensão da população; 

• Facilidade de acesso a fontes de informação; 

• Facilidade no acesso interpessoal; 

• Promoção de parcerias educativas; 

• Diversificação das respostas sociais desenvolvidas pelas IPSS’s; 

• Oferta da componente de apoio à família; 

• Desenvolvimento de atividades extracurriculares de enriquecimento curricular; 

• Promoção da inclusão social de jovens em risco através da articulação com a CPCJ; 

• Inserção profissional dos jovens através de uma potencial intervenção articulada entre a Agência 

para a Qualificação e Emprego e o Gabinete de Inserção Profissional (GIP); 

• Possibilidade de desenvolver respostas educativas adequadas à população adulta; 

• Oferta  de  formação  para  os  desempregados  e  população  em  geral,  no  sentido  da  sua 

requalificação e criação de competências noutras áreas; 

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• Existência de políticas sociais regionais; 

• Melhoria nas políticas de proteção social aos mais desfavorecidos. 

 

Ameaças 

• Crise económica, mercado global e dependência externa; 

• Reduzida dimensão geográfica e populacional; 

• Envelhecimento global da população; 

• Desvalorização social do papel da escola; 

• Insuficiência de  recursos humanos que viabilizem o acompanhamento  regular dos alunos com 

percursos escolares problemáticos (orientação vocacional, escolar e profissional); 

• Insuficiência de respostas adequadas no âmbito da educação especial; 

• Fraco prestígio social do ensino profissional; 

• Desproporcionalidade entre a oferta formativa e o mercado de trabalho; 

• Fraca diversificação das atividades económicas; 

• Sazonalidade do mercado de trabalho; 

• Lacunas na informação estatística nacional e regional; 

• Tempo de disponibilização dos dados estatísticos; 

• Falta de informação estatística de âmbito administrativo organizada, sistematizada e interligada. 

 

   

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12 ‐ Princípios, objetivos e ação Os sistemas educativos têm sido confrontados com alterações significativas resultantes da universalização 

da escolaridade e do alargamento das missões que a sociedade atribui à escola, bem como das reivindicações 

de participação e descentralização emergentes nos estados democráticos. É sobretudo na segunda metade 

da  década  de  1980  que,  nos  Açores,  se  põe  em  causa  a  conceção  de  escola  como  estabelecimento 

dependente  diretamente  do  Estado  e  enclausurado  sobre  si mesmo,  se  afirma  a  escola  como  projeto 

societário, mas com  forte dimensão comunitária, se promove o envolvimento das  famílias e de diversos 

agentes educativos locais e se procura uma política educativa local. 

A  procura  de  uma  política  educativa,  estruturada  a  partir  do  local,  converge  com  o  princípio  de 

descentralização administrativa presente na Constituição da República Portuguesa e o  importante papel 

atribuído aos Municípios no domínio da educação. 

O mundo contemporâneo apresenta múltiplos e complexos desafios a nível educativo. Múltiplos porque são 

diversas e multidimensionais as missões e objetivos futuros dos sistemas educativos; complexos porque a 

educação, a formação e a qualificação das pessoas estão no centro das profundas alterações das economias 

e  sociedades  emergentes,  inicialmente  chamadas  “sociedades  da  informação”,  e  hoje  cada  vez  mais 

conhecidas como “sociedades do conhecimento e da aprendizagem”. A formação de cidadãos competentes 

no rigor da aplicação prática dos conhecimentos, bem como a capacidade de perceção do mundo global que 

os  rodeia, sem nunca perderem de vista a dimensão  local, deve ser um dos desafios que se colocam ao 

sistema educativo. 

A educação deve ser encarada, nas ditas “sociedades do conhecimento” simultaneamente causa e efeito do 

que de mais profundo ocorre ao nível dos diferentes processos de transição em curso e na emergência de 

um novo paradigma societário. Os desafios transfiguram‐se em oportunidades para a educação, assumindo‐

se as  sociedades como “aprendentes” ao  longo da vida, nas diferentes dimensões,  lugares ou  formas. A 

educação deve ser vista como o sustentáculo do desenvolvimento humano, sendo simultaneamente causa e 

efeito de uma sociedade do conhecimento e da aprendizagem, de acordo com uma perspetiva abrangente, 

que procura valorizar as diferentes vertentes da dimensão humana a nível social, económico e cultural, rumo 

a uma sociedade sustentável, evoluída e com responsabilidade. 

A centralidade dos processos de educação e da aprendizagem exige estudos sobre o presente e prospetivas 

sobre o futuro, onde a escola e os sistemas educativos sejam pensados mediante uma atitude que se baseie 

num plano de respostas ao impacto das mutações tecnológicas, tendências demográficas ou dinâmicas de 

globalização. Assumir uma atitude proactiva sobre a educação é uma necessidade, cuja construção exige 

uma visão e intencionalidade na escolha entre os múltiplos cenários de futuras possibilidades antecipáveis. 

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Uma atitude de  reflexão e avaliação prospetiva amplamente participada, desejavelmente estimulante no 

plano intelectual e mobilizadora para a ação, deve ser uma opção incontornável. A relação entre a escola e a 

comunidade envolvente, bem como a monitorização cuidadosa do processo educativo é determinante para 

o desenvolvimento e melhoria do próprio sistema. As dificuldades dos sistemas educativos centralizados em 

dar satisfação aos problemas surgidos na sociedade moderna conduziram ao reforço das ligações entre os 

atores  locais nomeadamente, escolas, Municípios e outras  instituições e organizações  locais.  Isto tende a 

reforçar as ligações locais através de parcerias, projetos conjuntos, redes de colaboração de forma a envolver 

uma grande diversidade de atores e movimentos numa intervenção educativa alargada e envolvente. 

Perspetivando um instrumento de gestão territorial que fornecesse as condições necessárias para responder 

aos novos desafios, criou‐se a figura da «carta educativa», um documento dinâmico, fundamental para o 

planeamento  estratégico  de  cada  região.  A  sua  existência  pressupõe  o  entendimento  de  que  o 

desenvolvimento social de uma população só é possível através da melhoria da educação, ensino, formação 

e cultura. 

A  elaboração  deste  instrumento  de  planeamento  permite  à  autarquia  implementar  uma  estratégia  no 

sentido de orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural, 

tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente, restantes equipamentos de 

apoio e prever a  respetiva expansão ou  redução, definir prioridades, otimizar  recursos e evitar  ruturas e 

inadequações da rede educativa à dinâmica social e desenvolvimento urbanístico. 

 As políticas de educação e de formação de âmbito regional e municipal estão no cerne não só da criação e 

da  transmissão  de  conhecimentos,  mas  também  do  estímulo  à  criatividade,  determinando  de  forma 

essencial o potencial de inovação e desenvolvimento da sociedade. 

No decurso do trabalho de preparação da Carta Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo, constatou‐se 

a existência de problemas estruturais que atingem o concelho e que constituem um considerável obstáculo 

ao desenvolvimento, ao crescimento económico e à coesão social no Município, e que importa ultrapassar. 

Neste contexto a Carta Educativa assume um papel preponderante, ao definir um quadro de ações cujo 

intuito é o desenvolvimento sustentado dos sistemas de educação e de formação do concelho de Angra do 

Heroísmo, na base de uma estreita complementaridade com os departamentos competentes em matéria de 

educação  e  formação  profissional  e  de  empregabilidade  e  emprego  do  Governo  Regional,  com  outros 

departamentos governamentais, instituições e demais atores sociais. 

Os Municípios desde há muito que foram convocados para o grande objetivo de uma educação que pudesse 

garantir, a  todos os  cidadãos, os  saberes necessários para uma participação plena na  vida  comum e no 

desenvolvimento económico. Para além das responsabilidades já assumidas no âmbito da gestão da rede e 

da afetação dos públicos escolares, materializadas nas cartas educativas, aos Municípios coloca‐se hoje a 

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missão de associar a educação e o desenvolvimento integrado em projetos articulados concretizados através 

de objetivos simultaneamente realistas e desafiantes 

A  Carta  Educativa  do  concelho  de  Angra  do Heroísmo  tem  como missão  contribuir  para  um  concelho 

educador,  inovador,  criativo e de excelência e visa o articular de estratégias entre  todos os atores da 

comunidade  educativa.  No  que  respeita  às  linhas  orientadoras  da  estratégia  de  desenvolvimento  dos 

sistemas de educação, a Carta Educativa assume como referência os princípios e objetivos que se expõem e 

que consubstanciam as medidas propostas: 

Princípios 

1. Reconhecimento de que a educação e a  formação  são  fundamentais para o desenvolvimento da 

comunidade, para o seu progresso, para a obtenção de uma melhor qualidade de vida e, como tal, o 

seu desenvolvimento interessa a todos os cidadãos; 

2. Reconhecimento de que as comunidades  têm o direito de  ter  facilitado o acesso à educação e à 

formação e de que estas devem permitir responder às suas necessidades; 

3. Reconhecimento de que só é possível desenvolver com eficácia o processo educativo e formativo se 

existirem condições físicas de qualidade que permitam a criação de um ambiente seguro e agradável 

de aprendizagem e socialização; 

4. Reconhecimento  de  que  só  com  o  empenhamento  e  a  qualidade  de  atuação  de  todos  os 

intervenientes no ato educativo é possível conseguir bons resultados e tirar o máximo proveito dos 

meios disponíveis; 

5. Reconhecimento  de  que  a  aposta  na  qualidade  dos  processos  é  fundamental  para  conseguir 

melhores desempenhos educacionais; 

6. Reconhecimento da necessidade fundamental de estabelecer pontes entre todos os interessados nos 

atos educativos, de modo a construir redes que potenciem as capacidades de atuação de todos os 

intervenientes no ato educativo e formativo. 

Objetivos 

1. Criar uma oferta de Educação Pré‐Escolar que contribua para efetivar a sua universalização e que 

responda às necessidades de todas as famílias; 

2. Concentrar, sempre que possível e desejável, as escolas de 1º Ciclo do Ensino Básico, aumentando 

desta forma as condições de qualidade do parque escolar, de modo a que o processo educativo se 

possa desenvolver de forma harmoniosa; 

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3. Contribuir  para  a  diminuição  do  insucesso  escolar  criando  as  condições  necessárias  ao 

estabelecimento de redes de cooperação entre diferentes entidades que sobre ele possam atuar; 

4. Contribuir  para  a melhoria  do  desempenho  do  sistema  educativo  e  colaborar  na  formação,  em 

diferentes níveis, dos seus “atores”; 

5. Incentivar um melhor desempenho das diferentes unidades educativas e colaborar para a visibilidade 

da ação educativa das escolas junto da comunidade; 

6. Apoiar o desenvolvimento de ações que  contribuam para uma elevação do nível educacional da 

comunidade e dos seus membros; 

7. Contribuir para melhorar a oferta educativa e formativa disponível no concelho de modo a que ela 

possa dar resposta às necessidades da comunidade. 

Estes  princípios  e  objetivos  convergem  naquilo  que  a  sociedade  espera  de  um  sistema  de  educação  e 

formação: (1) o desenvolvimento  integral do  indivíduo, para que possa realizar as suas potencialidades; o 

desenvolvimento da sociedade, fomentando a democracia; (2) a redução das disparidades e das injustiças; e 

(3) o desenvolvimento sustentado da economia, garantindo‐se que as competências dos recursos humanos 

acompanham a evolução económica e tecnológica. 

Em conformidade com este conjunto de convicções, apresentam‐se as medidas de atuação que se enunciam. 

Optou‐se, por não detalhar de  imediato todas as  linhas de atuação, optando‐se por apresentar um rumo 

consensual para a política concelhia no campo da educação. Em cada momento, e em função das opções 

políticas e gestionárias dos autarcas, as medidas devem ser desenvolvidas e adequadas, ganhando assim a 

Carta Escolar a flexibilidade e a estabilidade que um documento orientador desta natureza deve merecer. 

Medidas 

A – Medidas de carácter geral 

1. Promover a defesa do sistema educativo público, universal e de qualidade, em colaboração com a 

comunidade educativa, agindo por forma a assegurar a frequência e o sucesso escolar; 

2. Dinamizar a participação da comunidade educativa na vida local através do apoio a projetos e ações 

das escolas, unidades orgânicas ou outras instituições; 

3. Assegurar uma taxa de pré‐escolarização de 100%, ao nível concelhio e a criação de condições que 

garantam a universalidade do acesso às componentes de desenvolvimento educativo e social e à 

componente de apoio social; 

4. Apoiar  projetos  sócio‐educativos  alicerçados  nos  valores  da  solidariedade,  sustentabilidade  e 

ecoeficiência,  que  valorizem  as  boas  práticas  dinamizadas  pelos  estabelecimentos  de  ensino  do 

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concelho e que potenciem uma melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos em prol da 

promoção do sucesso educativo; 

5. Apoiar  projetos  direcionados  para  a  promoção  da  inclusão  e  transição  para  a  vida  ativa, 

proporcionando aos jovens com necessidades educativas especiais o desempenho de uma profissão 

que lhes garanta uma maior qualidade de vida; 

6. Promover  a  adesão  do Município  de  Angra  do  Heroísmo  à  Rede  de  Cidades  Educadoras,  cujos 

princípios orientadores  assentam numa política de  educação para  a  cidadania, na qual  a  cidade 

assume,  "para  além das  suas  funções  tradicionais  (económica,  social, política e de prestação de 

serviços), uma função educadora, caracterizada por uma intencionalidade e uma responsabilidade, 

cujo objetivo é a formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus cidadãos, a começar pelas 

crianças e jovens"; 

7. Promover a adesão do Município de Angra do Heroísmo aos Compromissos de Aalborg (Agenda 21 

Local)  e  fazer  do  concelho  um  exemplo  a  nível  ambiental,  social  e  económico,  construindo  um 

Município  mais  justo,  com  uma  melhor  qualidade  de  vida  para  todos  e  que  assume  as  suas 

responsabilidades pelo ambiente global; 

8. Dar continuidade à representação do Município nas Assembleias das unidades orgânicas conforme a 

legislação  em  vigor  e  dinamizar  o  funcionamento  do  Conselho  Local  de  Educação  de  Angra  do 

Heroísmo; 

9. Instalar sistemas de  informáticos que promovam a modernização, agilizando os procedimentos de 

gestão das escolas e dos respetivos serviços municipais, através da criação e disponibilização de uma 

base de dados; 

10. Assegurar a monitorização e avaliação permanente da Carta Educativa. 

B. Organização da rede escolar 

1. Redefinir as áreas de  influência das unidades orgânicas, visando a compatibilização da capacidade 

dos equipamentos com a(s) realidade(s) da distribuição demográfica no concelho; 

2. Acompanhar e propor a implementação das ofertas formativas em função das novas necessidades 

de desenvolvimento local em articulação com as instituições de ensino e as estruturas de concertação 

de âmbito concelhio; 

3. Em coordenação com o departamento competente do Governo Regional colaborar na redefinição da 

oferta formativa numa perspetiva de racionalização e aproveitamento dos recursos, tendo em conta 

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o exposto no presente documento, as especificidades das unidades e modalidades de ensino, assim 

como, os princípios que as consubstanciam. 

4. Proceder ao encerramento da EB1/JI das Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras com a entrada 

em funcionamento da nova infraestrutura escolar na freguesia de Santa Bárbara; 

5. Colaborar com o Governo Regional na racionalização da oferta do 3º Ciclo Ensino Básico aceitando 

que ela seja restrita a estabelecimentos de ensino que ministram o ensino secundário; 

6. Pugnar  para  que  os  cursos  do  Programa  Formativo  de  Inserção  de  Jovens  e  outros  programas 

profissionalizantes  similares  sejam  progressivamente  circunscritos  às  Escolas  Profissionais, 

propondo‐se que, para evitar constrangimentos e ruturas no sistema de ensino, numa primeira fase 

se  estabeleçam  protocolos  entre  as  unidades  orgânicas  e  as  escolas  profissionais  por  forma  a 

rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica e técnica; 

7. Pugnar para que os cursos do Programa Reativar e similares sejam  lecionados apenas nas Escolas 

Profissionais ou em  instituições formativas extra‐escolares certificadas para o efeito, propondo‐se 

que,  para  evitar  constrangimentos  ou  ruturas  no  sistema  de  ensino,  numa  primeira  fase  se 

estabeleçam  protocolos  entre  as  unidades  orgânicas  e  as  escolas  profissionais  por  forma  a 

rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica. 

C. – Manutenção das infraestruturas escolares municipais 

1. Estabelecer e executar um plano de conservação e manutenção do parque escolar do Município, 

prosseguindo a recuperação, beneficiação e modernização gradual dos edifícios escolares do 1º Ciclo 

do  Ensino  Básico  e  da  Educação  Pré‐Escolar,  com  vista  à  elevação  da  qualidade  do  ambiente 

educativo; 

2. Estabelecer  acordos  de  cooperação  com  as  unidades  orgânicas  visando  para  transferir  para  os 

respetivos fundos escolares as verbas necessárias à manutenção dos edifícios escolares da Educação 

Pré‐Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico. 

D. – Ação social escolar 

1. Incrementar  um  Programa  Municipal  de  Ação  Social  Escolar,  dirigido  a  crianças  e  famílias 

carenciadas, da Educação Pré‐Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico, acompanhando e apoiando 

medidas que minimizem o impacto da perda das condições socioeconómicas das famílias; 

2. Apoiar, em regime de complementaridade, as famílias e os alunos carenciados no transporte escolar, 

material escolar e das refeições, garantindo de que nenhuma criança ou jovem potencialmente mais 

fragilizado do ponto de vista económico  fique  fora do sistema escolar ou  impedido de prosseguir 

estudos; 

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3. Em  colaboração  com o Governo Regional  e  as  instituições da  freguesias  abrangidas,  visar o  transporte  e 

refeição  escolar  gratuita  para  as  crianças  e  alunos  deslocados  e  a  deslocar  das  freguesias,  cujos 

estabelecimentos de ensino foram ou sejam encerrados; 

4. Promover o alargamento das redes de transporte escolar por forma a fornecer transporte escolar gratuito 

para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a 

mais de 1 km do estabelecimento de ensino que frequentam; 

5. Fornecimento de refeição gratuita às crianças e alunos a quem for atribuído o Escalão I (um) de rendimento 

da ação  social escolar  (alunos  institucionalizados, alunos beneficiários do  rendimento  social de  inserção e 

alunos cujos membros do agregado familiar se encontrem em situação de desemprego); 

6. Em articulação com o Governo Regional dos Açores, apoiar a  instituição de programas de apoio à 

família e de oferta atividades de enriquecimento curricular pós‐letivo; 

7. Reforçar o desenvolvimento de programas municipais de apoio nos períodos de interrupção letiva; 

8. Apoiar projetos promotores de comportamentos e hábitos alimentares saudáveis. 

E. – Oferta educativa para adultos 

1. Apoiar projetos desenvolvidos no quadro de um processo de Educação ao Longo da Vida – cursos de 

educação e formação, educação de adultos, outros programas de formação de 2ª oportunidade, e 

outros, orientados para  as necessidades  comunitárias,  trabalhando em parceria  com  instituições 

públicas, associativas e privadas; 

2. Apoiar a criação de uma Universidade Sénior/Academia nos domínios logísticos e a nível de parcerias 

no sentido de possibilitar a manutenção e aprofundamento das ofertas para a população sénior. 

F. – Ensino superior 

1. Reforçar  a  relação  com  a  Universidade  dos  Açores,  através  de  convénio  adequado  e  do 

desenvolvimento de projetos de parceria e de cooperação; 

2. Alargar e reforçar o programa de bolsas de estudo e de empréstimos a estudantes com dificuldades 

económicas  residentes  no  concelho,  visando  garantir  que  nenhum  jovem  potencialmente mais 

fragilizado do ponto de vista económico  fique  fora do sistema escolar ou  impedido de prosseguir 

estudos. 

G. – Formação profissional e fomento da empregabilidade 

1. Criar  um  Gabinete  de  Inserção  Profissional  (GIP)  em  parceria  com  o  Governo  Regional  e  as 

instituições  representativas  dos  empregadores  locais  e  dos  trabalhadores,  com  o  objetivo  de 

proporcionar  aos  jovens  e  adultos  desempregados  do  concelho,  um  apoio  na  definição  ou 

desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho; 

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2. Promover e  apoiar  a  realização de  iniciativas de  fomento  ao emprego  jovem, qualificado e  com 

direitos, privilegiando as parcerias com as  instituições de ensino  locais, a Câmara de Comércio e a 

articulação com a Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional; 

3. Contribuir para a  formação profissional dos  jovens, em particular de estudantes e  residentes no 

concelho  de Angra  do Heroísmo,  através  do  acolhimento  de  estágios  em  diferentes  serviços  da 

Câmara Municipal de Angra do Heroísmo; 

4. Incentivar e apoiar a criação, o desenvolvimento e o crescimento sustentado de novas empresas, 

através  da  promoção  de  ações  de  capacitação,  da  disponibilização  de  espaços,  equipamentos, 

serviços e de uma rede de parceiros orientados para a criação de valor, em parceria com o Governo 

Regional dos Açores, a Universidade dos Açores e a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo. 

H. – Outras medidas de política educativa 

1. Promover a atribuição prémios escolares, destinados a enaltecer o mérito, a excelência, a dedicação, 

o  esforço  no  trabalho  e  desempenho  proporcionando,  também,  o  reconhecimento  público  dos 

alunos; 

2. Assinalar datas e efemérides através da dinamização de projetos junto da comunidade educativa; 

3. Fomentar  a  divulgação  do  concelho  e  das  práticas  educativas mais  relevantes  em  programas, 

projetos e redes nacionais e internacionais; 

4. Promover um Programa de Ocupação de Jovens para apoiar os estudantes do ensino secundário que, 

pretendendo ingressar no ensino superior, não o tenham conseguido; 

5. Promover  e  apoiar  projetos  e  ações  de  estímulo  à  participação  ativa  dos  jovens  na  sociedade, 

incentivando o papel mobilizador do movimento associativo local e a iniciativa social, impulsionando 

atividades juvenis de natureza comunitária, o trabalho cívico e a participação dos jovens na vida local; 

6. Desenvolver programas e  iniciativas municipais que estimulem nos  jovens diferentes expressões 

artísticas e culturais, no sentido do reforço e valorização da criatividade juvenil; 

7. Desenvolver e apoiar as  iniciativas artísticas e manifestações de arte urbana protagonizadas por 

jovens, em prol da valorização e qualificação do espaço público; 

8. Dinamizar  e  promover  a  rede  de  equipamentos municipais  para  a  juventude  como  espaços  de 

formação,  de  convívio  e  de  recursos  para  a  criação,  produção  e  desenvolvimento  de  projetos, 

privilegiando as ações concebidas por e para jovens; 

9. Avaliar  as  condições  para  a  criação  de  locais  de  estudo  disponíveis  em  horário  alargado  em 

equipamentos municipais destinados aos jovens; 

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10. Desenvolver os programas com vista à construção de novos equipamentos desportivos municipais 

destinados à prática de modalidades com adesão juvenil; 

11. Desenvolver linhas de apoio, técnico e financeiro, dirigidas ao movimento associativo juvenil, através 

de isenções de taxas, da cedência de espaços e meios disponíveis, para o desenvolvimento das suas 

atividades regulares e pontuais relevantes; 

12. Apoiar o desenvolvimento de projetos/ações de ocupação dos tempos livres dos jovens, em parceria 

com a comunidade juvenil e o movimento associativo juvenil. 

 

   

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13 ‐ Monitorização  

Entendendo‐se a Carta Educativa como um documento aberto que se encontra em permanente atualização, 

o Município deve proceder anualmente a uma atualização do grau de execução das políticas associadas a 

este documento, bem como, a um acompanhamento, avaliação e ponderação das medidas propostas no 

mesmo. A monitorização deve visar atualizar a informação e a análise contida na Carta Educativa de modo a 

que esta reflita a atualidade da realidade educativa e formativa do concelho, podendo, se necessário, serem 

introduzidas as alterações que o ajustem à realidade. 

Outro dos objetivos da monitorização é averiguar se as medidas propostas neste documento estão a ser 

cumpridas,  se  a  sua  implementação  está  a  ser  desenvolvida  como  o  previsto  e  se  os  resultados  da 

concretização  dessas medidas  estão  a  ser  os  esperados,  de modo  a  (re)ajustarem‐se  diretrizes  ou,  se 

necessário, definirem‐se novas trajetórias. Deste modo, a monitorização e avaliação é estruturada segundo 

três eixos de ação: (1) recolha de Informação; (2) tratamento de dados; e (3) avaliação dos resultados obtidos. 

A recolha de informação será realizada periodicamente, de preferência no final de cada ano letivo, através 

de um inquérito por questionário, que se enviará às escolas e às instituições de formação. 

A informação que se pretende recolher incidirá sobre o número de alunos que frequentaram as instituições 

(educativas  e  formativas)  por  ano,  ciclo  e  estabelecimentos  de  ensino;  taxa  de  abandono  escolar  e  de 

sucesso/insucesso; recursos físicos e humanos; taxa de ocupação dos estabelecimentos de ensino, bem como 

sobre os serviços fornecidos por cada estabelecimento de ensino e formação. 

No  levantamento procurar‐se‐á ainda,  recolher  informação  relativa às modificações ocorridas no sistema 

educativo do concelho, relacionadas com a intervenção em estruturas e equipamentos, de modo a avaliar os 

resultados e as ações previstos. 

O  tratamento da  informação recolhida de modo a permitir a atualização da  informação contida na Carta 

Educativa,  permitindo  a  observação  da  evolução  dos  indicadores  educacionais:  (1)  população  em  idade 

escolar (por ano, ciclo e estabelecimento de ensino); (2) taxa de escolarização e de pré‐escolarização; (3) taxa 

de  sucesso/insucesso escolar;  (4)  taxa de abandono escolar;  (5) estado de ocupação e  conservação dos 

estabelecimentos de ensino. 

A análise e tratamento da  informação recolhida será utilizada para elaborar um relatório que apontará as 

modificações e os (re)ajustamentos a  integrar na Carta Educativa. Este relatório será entregue no mês de 

Dezembro  de  cada  ano  civil  e  estará  sujeito  a  parecer  do  Conselho  Local  de  Educação,  assim  como  a 

apreciação  dos  competentes  órgãos  autárquicos.  O  relatório  deve  dar  conta  da  atualização  dos  dados 

referentes ao ano letivo anterior, apresentar as ações concretizadas, assim como custos reais e previstos. 

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A monitorização e avaliação da Carta Educativa ficará a cargo dos serviços da Câmara Municipal, cabendo 

àquele órgão proceder à devida  reflexão e avaliação do processo de  implementação da Carta Educativa, 

tendo  em  última  análise,  como  objetivo  a  qualidade  e  a  adequação  da  intervenção  da  mesma  às 

necessidades do sistema educativo e formativo do concelho. A monitorização procurará envolver todos os 

atores  educativos  da  comunidade  no  sentido  de  acompanhar  a  execução  do  projeto  com  rigor  e 

transparência. 

Para a reavaliação, monitorização e revisões da Carta Educativa é necessário criar uma base de dados que 

permita uma constante atualização dos dados educativos estatísticos, que funcionará como instrumento de 

constante manutenção e atualização. A constituição da base de dados deve ter como suporte a informação 

constante da Carta Educativa, sendo a sua disponibilização uma ação a desenvolver no futuro próximo. A 

elaboração  desta  base  tem  como  finalidade  não  só  a monitorização  e  revisão  da  Carta  Educativa, mas 

também permitir à autarquia gerir melhor os  recursos disponíveis, bem como obter uma melhor e mais 

equitativa distribuição dos mesmos pelos estabelecimentos de ensino da sua responsabilidade. Outra das 

suas funções é complementar e promover uma interação entre todos os estabelecimentos de ensino, fazendo 

com que todos os intervenientes se sintam parte integrante no processo educativo. 

A  circulação  de  informação  descentralizada  e  articulada  entre  os  diversos  participantes  permite  dar  a 

conhecer a parte e o todo, proporcionando que cada escola se sinta como fazendo parte desse todo e assim 

mais motivada a colaborar com as restantes estruturas envolventes. 

Face à necessidade de permanente monitorização e atualização, a Carta Educativa deve ser encarada pelo 

Município  como  um  projeto  inacabado,  que  apresenta  um  conjunto  de  propostas  que  deve  ser 

permanentemente reavaliado e atualizado. 

 

   

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Glossário 

• Densidade Populacional  ‐  intensidade do povoamento expressa pela  relação entre o número de 

habitantes  de  uma  área  territorial  determinada  e  a  superfície  desse  território  (habitualmente 

expressa em número de habitantes por quilómetro quadrado). 

• Família Clássica  ‐ conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de 

parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. 

Considera‐se também como família clássica qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou 

a totalidade de uma unidade de alojamento. 

• Grupo  Etário  ‐  intervalo de  idade, em  anos, no qual o  indivíduo  se enquadra, de  acordo  com o 

momento de referência. 

• Índice de Dependência de idosos ‐ relação entre a população idosa e a população em idade ativa, 

definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o 

número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente 

por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do 

que pessoas em idade ativa. 

• Índice de Dependência de Jovens ‐ relação entre a população jovem e a população em idade ativa, 

definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com  idades compreendidas 

entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos 

(expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos. Um valor inferior a 100 significa 

que há menos jovens do que pessoas em idade ativa. 

• Índice de Dependência Total ‐ relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, 

definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com  idades compreendidas 

entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas 

com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas 

com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos jovens e idosos do que pessoas em 

idade ativa. 

• Índice  de  Envelhecimento  ‐  relação  entre  a  população  idosa  e  a  população  jovem,  definida 

habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de 

pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) 

pessoas dos 0 aos 14 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que jovens. 

• Índice Sintético de Fecundidade  ‐ número médio de crianças vivas nascidas por mulher em  idade 

fértil  (dos 15 aos 49 anos de  idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de 

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fecundidade observadas no momento. Valor resultante da soma das taxas de fecundidade por idades, 

ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num determinado período 

(habitualmente um ano civil). O número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo de 

substituição de gerações nos países mais desenvolvidos. 

• Nado‐Vivo  –  é  a  expulsão  ou  extração  completa,  relativamente  ao  corpo  materno  e 

independentemente da duração da gravidez, do produto da fecundação que, após esta separação, 

respire ou manifeste quaisquer outros sinais de vida, tais como pulsações do coração ou do cordão 

umbilical  ou  contração  efetiva  de  qualquer músculo  sujeito  à  ação  da  vontade,  quer  o  cordão 

umbilical tenha sido cortado, quer não, e quer a placenta esteja ou não retida. Os nascimentos totais 

incluem o total de nados‐vivos e de fetos‐mortos. 

• Óbito ‐ cessação irreversível das funções do tronco cerebral. 

• População  Ativa  ‐  conjunto  de  indivíduos  com  idade mínima  de  15  anos  que,  no  período  de 

referência, constituíam a mão‐de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no 

circuito económico (empregados e desempregados). 

• População  em  Risco  de  Pobreza  ou  de  Exclusão  Social  ‐  indivíduos  cujo  rendimento monetário 

equivalente se situa abaixo do  limiar de  risco de pobreza, ou que vivem em situação de privação 

material severa ou em agregados familiares com intensidade laboral muito reduzida. Estes indivíduos 

apenas são contados uma vez, mesmo que estejam presentes em diversos sub‐ indicadores. O limiar 

de  risco  de  pobreza  corresponde  a  60%  da  média  do  rendimento  nacional  disponível  (após 

transferências sociais). A privação material abrange  indicadores relativos à pressão económica e a 

bens duráveis. As pessoas que vivem em situação de privação material severa têm condições de vida 

muito limitadas pela falta de recursos, e são sujeitos a pelo menos 4 das 9 seguintes dificuldades: i) 

pagar renda de casa e serviços de utilidade pública, ii) manter a casa adequadamente aquecida, iii) 

enfrentar despesas inesperadas, iv) comer carne, peixe ou um equivalente de proteína dia‐sim dia‐

não, v) gozar uma semana de férias fora de casa, vi) ter automóvel, vii) ter máquina de lavar roupa, 

viii ) ter TV a cores, ou ix) ter telefone. As pessoas que vivem em agregados familiares com intensidade 

laboral muito reduzida têm  idades de 0‐59 anos e vivem em agregados familiares onde os adultos 

(com idades entre os 18 e os 59 anos) trabalharam menos de 20% do seu potencial total de trabalho 

durante o ano passado. A população em risco de pobreza ou de exclusão social inclui as pessoas cujo 

rendimento não atinge o limiar de risco de pobreza, ou que enfrentam privação material severa ou 

que têm intensidade laboral muito reduzida. 

• População Inativa ‐ população que, independentemente da sua idade, no período de referência não 

podia ser considerada economicamente ativa, isto é, não estava empregada, nem desempregada. 

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• População Residente ‐ pessoas que, independentemente de no momento de observação – zero horas 

do dia de referência – estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí 

habitam a maior parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres. 

• Prestações Sociais  ‐ as prestações  sociais  são  transferências para as  famílias, em dinheiro ou em 

espécie, destinadas a cobrir os encargos  financeiros resultantes de um certo número de riscos ou 

necessidades, e efetuadas através de regimes organizados de forma coletiva ou, fora desses regimes, 

por unidades das administrações públicas ou instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias. 

Incluem os pagamentos feitos pelas administrações públicas aos produtores que beneficiem famílias 

individualmente  e  efetuados  no  âmbito  de  riscos  ou  necessidades  sociais.  A  lista  de  riscos  ou 

necessidades que podem dar  lugar a prestações  sociais é, por  convenção, estabelecida da  forma 

seguinte: a) Doença; b)  Invalidez,  incapacidade; c) Acidente de trabalho ou doença profissional; d) 

Velhice; e) Sobrevivência;  f) Maternidade; g) Família; h) Promoção do emprego;  i) Desemprego;  j) 

Habitação; k) Educação;  l) Outras necessidades básicas. As prestações  sociais dividem‐se em dois 

tipos:  (1)  As  transferências  sociais  em  espécie,  que  incluem  a  produção  não  mercantil  das 

administrações públicas e ISFLSF e a produção mercantil adquirida pelas administrações públicas e 

ISFLSF; (2) As prestações sociais exceto transferências sociais em espécie, que incluem as prestações 

da segurança social em dinheiro, outras prestações de seguro social e as prestações de assistência 

social  em  dinheiro.  As  prestações  sociais  incluem  as  pensões  de  velhice,  de  invalidez  e  de 

sobrevivência, os apoios à doença e aos cuidados de saúde, os subsídios de desemprego e outras 

transferências em dinheiro, em bens ou em serviços que apoiam as famílias e combatem a exclusão 

social. 

• Saldo Natural ‐ diferença entre o número de nados‐vivos e o número de óbitos num dado período de 

tempo. 

• Taxa Bruta de Escolarização ‐ relação percentual entre o número total de alunos matriculados num 

determinado  ciclo de estudos  (independentemente da  idade) e  a população  residente em  idade 

normal de frequência desse ciclo de estudo. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo 

6‐9 anos; Ensino Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário 

15‐17 anos; Ensino Superior 18‐22 anos. 

• Taxa Bruta de Mortalidade  ‐ número de óbitos observado durante um determinado período de 

tempo,  normalmente  um  ano  civil,  referido  à  população  média  desse  período  (habitualmente 

expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes). 

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• Taxa Bruta de Natalidade  ‐ número de nados‐vivos ocorrido durante um determinado período de 

tempo,  normalmente  um  ano  civil,  referido  à  população  média  desse  período  (habitualmente 

expressa em número de nados‐vivos por 1000 (10^3) habitantes). 

• Taxa Bruta de Nupcialidade ‐ número de casamentos observado durante um determinado período 

de  tempo, normalmente um ano civil,  referido à população média desse período  (habitualmente 

expressa em número de casamentos por 1000 (10^3) habitantes). 

• Taxa Bruta de Pré‐ Escolarização – relação percentual entre o número total de crianças inscritas na 

Educação Pré‐Escolar (independentemente da idade), e a população residente em idade normal de 

frequência desse ciclo de estudo (3‐5 anos). 

• Taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação ‐ taxa que permite definir o peso da população 

residente com idade entre 18 e 24 anos, com nível de escolaridade completo até ao 3º ciclo do ensino 

básico  que  não  recebeu  nenhum  tipo  de  educação  no  período  de  referência  sobre  o  total  da 

população residente do mesmo grupo etário. A taxa de abandono precoce de educação e formação 

é a percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o 

secundário. 

• Taxa de Atividade ‐ taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população 

com 15 e mais anos. A taxa de atividade representa o número de ativos por cada 100 pessoas com 15 

e mais anos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para trabalhar, incluindo‐se na população ativa 

os trabalhadores que estão empregados e desempregados. 

• Taxa de Atraso Escolar ‐ razão entre os indivíduos que frequentam um determinado ciclo de ensino 

com  idade superior à  idade ajustada e o total de  indivíduos com  idade ajustada a esse ciclo. Este 

indicador não nos dá a dimensão da repetência mas apenas o número de indivíduos com, pelo menos, 

um ano de atraso em relação à idade ajustada à frequência do ciclo. 

• Taxa de Desemprego ‐ taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o total da 

população ativa. A taxa de desemprego representa o número de desempregados por cada 100 ativos. 

Os  ativos  são  a  mão‐de‐obra  disponível  para  trabalhar,  incluindo‐se  na  população  ativa  os 

trabalhadores que estão empregados e desempregados. 

• Taxa de Desemprego de Longa Duração ‐ peso da população desempregada há 12 ou mais meses 

sobre o total da população ativa. A taxa de desemprego de longa duração representa o número de 

desempregados há mais de um ano por cada 100 ativos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para 

trabalhar, incluindo os trabalhadores que estão empregados e desempregados 

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• Taxa de Emprego ‐ taxa que permite definir a relação entre a população empregada e a população 

com 15 e mais anos de idade. A taxa de emprego representa o número de empregados por cada 100 

pessoas com 15 e mais anos. 

• Taxa de Fecundidade – número de nados‐vivos de mulheres de um determinado grupo de  idade, 

observado durante um certo período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao efetivo médio 

de mulheres desse grupo de  idade nesse período  (habitualmente expressa em número de nados‐

vivos por 1000 (10^3) mulheres). A taxa de fecundidade é o número de nascimentos por cada 1000 

mulheres em idade fértil, ou seja, entre os 15 e os 49 anos de idade. A taxa de fecundidade pode ser 

calculada para diversas idades. 

• Taxa de Retenção e Desistência –  relação percentual entre o número de alunos que não podem 

transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo. 

• Taxa de Transição  ‐ relação percentual entre o número de alunos que, no  final de um ano  letivo, 

obtêm  aproveitamento  (podendo  transitar  para  o  ano  de  escolaridade  seguinte)  e  o  número  de 

alunos matriculados, nesse ano letivo. 

• Taxa Real de Pré‐Escolarização – relação percentual entre o número de crianças inscritas na Educação 

Pré‐Escolar e a população residente para cada uma das idades dos 3 aos 5 anos. Relação percentual 

entre o número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar, em idade normal de frequência desse 

ciclo de estudo (3‐5 anos), e a população residente dos mesmos níveis etários. A relação percentual 

entre  população  escolar  (segundo  o  recenseamento  anual  de  alunos matriculados)  e  população 

residente (segundo os Censos e as estimativas intercensitárias do Instituto Nacional de Estatística), 

para cada idade, não deveria ser superior a 100%. Na prática, uma vez que estamos a trabalhar com 

dados provenientes de fontes diferentes (ME/GEPE e INE), o cálculo conduz‐nos, para algumas idades, 

a valores superiores. Nestes casos apresentaremos o valor máximo, teoricamente admissível 100%. 

• Taxa  Real  de  Escolarização  ‐  relação  percentual  entre  o  número  de  alunos matriculados  num 

determinado ciclo de estudos, em idade normal de frequência desse ciclo, e a população residente 

dos mesmos níveis etários. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo 6‐9 anos; Ensino 

Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário 15‐17 anos; 

Ensino Superior 18‐22 anos. 

• Trabalhador por Conta de Outrem ‐ indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção 

de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere 

o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual 

trabalha. 

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• Trabalhador  por  Conta  Própria  ‐  um  trabalhador  por  conta  própria  pode  ser  classificado  como 

trabalhador  por  conta  própria  como  isolado  ou  como  empregador.  Indivíduo  que  exerce  uma 

atividade independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente 

dependente dos  lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos. Os 

associados podem ser, ou não, membros do agregado  familiar. Um  trabalhador por conta própria 

pode ser classificado como trabalhador por conta própria como isolado ou como empregador. 

• Trabalhador  por  Conta  Própria  como  Empregador‐  indivíduo  que  exerce  uma  atividade 

independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente dependente 

dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, a esse título, 

emprega habitualmente um ou vários trabalhadores por conta de outrem para trabalharem na sua 

empresa. 

• Trabalhador por Conta Própria como Isolado ‐  indivíduo que exerce uma atividade  independente, 

com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente dependente dos  lucros 

(realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, habitualmente não 

contrata trabalhador (es) por conta de outrem para com ele trabalhar(em). Os associados podem ser 

ou não membros do agregado familiar. 

• Valor Acrescentado Bruto  ‐ valor bruto da produção deduzido do custo das matérias‐primas e de 

outros consumos no processo produtivo. Os valores são brutos quando não deduzem o consumo de 

capital fixo. 

   

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