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REDESCOLA 15 a Conferência Nacional de Saúde 1 CARTA ABERTA da aos debates da

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 1

CARTA ABERTA da

aos debates da

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 2

A 15ª Conferência Nacional de Saúde (15ª CNS) está mobilizando diversos atores sociais

para a realização de suas etapas: municipal, estadual e nacional. Em julho começaram

as etapas estaduais e as escolas da Rede estão plenamente inseridas nesse importante

momento da vida nacional, debatendo o tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem

das pessoas: direito do povo brasileiro.”

A Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola) é um espaço de diálogo permanente

entre instituições de ensino de saúde no Brasil favoráveis à construção de consensos em torno

de uma Educação Permanente que valorize a transformação das práticas profissionais e da

organização do trabalho, fortalecendo o controle social.

O título da 15ª Conferência Nacional de Saúde não poderia ter sido mais feliz, principalmente

por incorporar aos debates duas expressões caras a todos aqueles que lidam com a formação

para o SUS e, especialmente, à Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola). São

elas ‘qualidade’ e ‘cuidar bem das pessoas’.

Se a segunda expressão recoloca as pessoas (população, trabalhadores, educadores) no

centro do alvo dos cuidados de saúde e, por extensão, dos processos formativos em saúde

– pode parecer uma assunção óbvia, mas infelizmente não é –, o primeiro termo exige o

estabelecimento de discussões profundas e incisivas a respeito de como se deve oferecer tais

cuidados.

Tendo em vista o importante papel da RedEscola na Educação Permanente em Saúde e na

proposta de implantação de políticas de formação em saúde, propomos a realização de

conferências livres nas Escolas da Rede com a temática da 15ª CNS.

A Conferência Livre, prevista nesta edição da 15ª CNS, é um processo inovador nas conferências

nacionais de saúde, que permite maior envolvimento de diversos atores do SUS, bem como

maior mobilização e debates em torno dos temas da conferência.

Essa dinâmica tem permitido um envolvimento de todas as escolas da Rede, envolvendo seu

corpo técnico, docentes e discentes, além de convidados nos estados, formando diversas redes

na discussão da política de saúde e em defesa do SUS.

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 3

QUALIDADE EINOVAÇÃOA qualidade é uma das palavras-chave da

RedEscola e, para nós, não se trata igualmente

de um conceito óbvio ou inequívoco. A ‘busca

da qualidade’ pode acomodar interesses

os mais variados, desde a simples aferição

de parâmetros rígidos e inarticulados até

o estabelecimento de rankings e ‘selos’

baseados em tais parâmetros. Ao processo

formador e educacional, essas atribuições

pouco acrescentam de novo ou de eficaz.

A noção de qualidade como vinculada a um

produto ou serviço que atende perfeitamente,

de forma confiável, acessível, segura e no tempo

certo às necessidades do cliente ou usuário

conforma, nesse sentido, um conceito amplo

e ideal, mas, por isso mesmo, pouco aderente

e pouco responsiva às práticas cotidianas

dos aparelhos formadores. Não é à toa que

vários autores, revisando extensa bibliografia

que remonta à década de 1970, elegeram

as categorias ‘satisfação’, ‘responsividade’,

‘humanização’ e ‘direitos do paciente’ como

principais aos ambientes da Saúde Pública.

Os dois primeiros termos são vistos como

conceitos operacionais que incorporam a

visão do usuário, enquanto os dois seguintes

referem-se a princípios normativos que

orientam políticas e programas.

reflexões a respeito deles.

São essas reflexões e temas sugeridos, aliados

aos debates ocorridos sobre eles durante o

Encontro Nacional da RedEscola 2015, que

fundamentam o texto que ora é divulgado

como nossa contribuição aos processos

de discussão em todas as etapas da 15ª

Conferência Nacional de Saúde.

QUESTÕESPROBLEMASPROPOSTASPara municiar as Escolas da Rede em suas

participações nas etapas municipais e

estaduais da Conferência, a RedEscola realizou

um levantamento prévio acerca das principais

questões, problemas e direções que ocupam,

atualmente, o centro de nossas práticas e

desejos, em relação à formação em saúde para

o SUS.

Das 47 Escolas pesquisadas, 25, de todas

as regiões do Brasil, responderam ao ques-

tionário, que circulou entre abril e maio. Des-

sas 25 Escolas da Rede que responderam ao

levantamento, somente 6 não participam de

Conselhos de Saúde (municipal ou estadual), o

que aponta para o grande potencial de par-

ticipação das escolas nas políticas locais de

saúde. A maioria participa como ‘convidados’,

mas uma boa parcela (representantes de 7 es-

colas) atua nos Conselhos como conselheiros

de saúde.

Das 25 Escolas que responderam ao

levantamento, 19 participam de alguma forma

das etapas municipais da 15ª CNS, sendo que

3 como Delegadas (tem palavra e voto), 8

como Convidadas (tem palavra mas não vota)

e muitas como atuantes na organização das

conferências. Ressalta-se ainda que 22 Escolas

(88%), das 25 respondentes, participarão das

etapas estaduais, a maioria compondo os

quadros da organização local e relatoria.

Além dessas informações, as Escolas puderam

declarar, no levantamento realizado, quais os

temas que consideravam indispensáveis à 15ª

CNS, bem como expor as suas anotações e

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 4

Iniciativas desse tipo são propriamente

concebidas como ‘abordagens centradas

no ser humano’ e constituem o equivalente,

na Assistência, às abordagens preconizadas

pelo SUS e denominadas ‘usuário-centradas’,

cujos principais princípios são: atender a

todas as pessoas que procuram os serviços de

saúde, garantindo a acessibilidade universal;

reorganizar o processo de trabalho, a fim

de que este desloque seu eixo central do

médico para uma equipe multiprofissional

encarregada da escuta do usuário,

comprometendo-se a resolver seu problema

de saúde; e qualificar a relação trabalhador-

usuário, que deve dar-se por parâmetros

humanitários, de solidariedade e cidadania.

QUESTÕESNORTEADORAS EIDEIAS-FORÇADuas perguntas norteam estes apontamentos.

Em primeiro lugar, refletimos sobre o que nós,

como Escolas/Núcleos/Centros Formadores

de Saúde Pública, desejamos propor como

política pública? E, em segundo lugar, nos

perguntamos o que nós, como RedEscola,

propomos como política pública? Apesar da

semelhança, não se trata da mesma coisa.

Algumas de nossas questões centrais dizem

respeito ao nosso posicionamento enquanto

Rede e rede de Escolas e Centros Formadores,

que na força de seu coletivo percebe uma

extensão e uma perspectiva de caráter mais

amplo e nacional. E algumas outras dizem

respeito aos territórios em que as escolas

atuam, vinculadas à (e participantes da) vida

local, em contato direto com os pulsos das

demandas dos cidadãos.

O conceito de responsividade, importado da

ciência política, nos interessa particularmente,

uma vez que diz respeito a quanto e de que

modo as ações governamentais atendem ou

devem atender às expectativas e demandas da

população.

A RedEscola abriga uma importante

expectativa em relação ao debate sobre

a qualidade, a de que essa ideia deve

atravessar e impregnar todos os eixos da

Conferência. Para a Rede, o resultado de tais

discussões deve necessariamente apontar

para a ampliação desse sentido de qualidade,

ao efetuar um salto na compreensão e na

operacionalidade desse conceito. Almejamos,

por meio dele, a implantação de uma

racionalidade inovadora, construída por

consenso, com força e flexibilidade para ser

apropriada por todos os atores envolvidos –

sujeitos mesmo de sua construção – como uma

cultura que venha a permear de modo natural,

mas bem articulado o mundo da Educação em

Saúde e a vida das escolas.

Assim, esperamos que aconteça, nesta 15ª

Conferência Nacional de Saúde, uma plena

experiência discursiva inovadora em relação

ao conceito de QUALIDADE que contemple

a intercessão organizada e consensuada

entre as seguintes três perspectivas: a) O

encontro entre os interesses do usuário e

a responsividade da instituição (o que é

desejável e o que é viável) deve gerar relações

inovadoras de qualidade; b) O encontro entre

as instituições e as tecnologias (entre o que é

viável e o que é possível) deve gerar processos

inovadores de qualidade; e c) O encontro entre

as pessoas, os usuários, e as tecnologias e as

instituições (entre o que é desejável e o que é

possível) termina por gerar práticas inovadoras

de qualidade.

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 5

O SUS COMO ESCOLA DE SAÚDEO direito à saúde, garantido pela Constituição

brasileira, é um direito-síntese. Em seu

sentido ampliado, e levando-se em conta os

determinantes sociais da saúde, entende-

se que, uma vez garantido e confirmado tal

direito à saúde, tem-se necessariamente o

estabelecimento de direitos de cidadania,

segurança, acesso, educação, enfim, o

direito de um indivíduo a uma vida plena

em sociedade, bem como o direito dessa

sociedade a uma convivência plena.

Por esta razão, para a RedEscola, toda

discussão, proposta ou encaminhamento nesta

e em qualquer Conferência Nacional de Saúde

deve sempre e em primeiro lugar efetuar de

maneira inconteste e enérgica a defesa do

direito à saúde e a defesa do Sistema Único de

Saúde (SUS), tendo como guias os princípios

constitucionais de acesso universal, equidade,

intersetoralidade, seja por meio de políticas de

promoção, seja por meio do fortalecimento e

financiamento adequado dos processos que os

desenvolvem. Defendemos ainda os princípios

e práticas do controle social, insistindo no fato

de que, além dos seus atuais mecanismos de

representação, se invista, fortaleça e dinamize

as formas de mobilização e participação

popular nos assuntos referentes à saúde,

rumo a formas de gestão cada vez mais

democráticas e participativas do SUS.

Desse modo, a RedEscola propõe como uma

de suas teses principais às discussões sobre

Educação na Saúde a ideia de que O SUS

É UMA ESCOLA DE SAÚDE. Indo além (mas

não prescindindo) das noções mais concretas

de sistema saúde-escola ou das práticas

formativas do e para o SUS, a RedEscola

entende que o Sistema Único de Saúde tem

potencial para ser visto como e para atuar

como uma verdadeira escola de saúde do

Brasil. É no SUS, isto é, em suas instituições

de serviço, formativas, estratégicas,

administrativas, que se deve aprender e

ensinar a pensar e a fazer saúde pública e

saúde coletiva; é no SUS que aqueles que

atuam nas profissões da área da saúde devem

aprender e ensinar a clínica e os cuidados

em saúde; é no SUS que a população deve

aprender e ensinar práticas de saúde e do

cuidado de si e da sociedade; é no SUS que

se deve aprender e ensinar a informar e a

comunicar sobre saúde; é no SUS que se deve

efetuar a crítica reflexiva ao próprio sistema

e a seus saberes e práticas, é no SUS, por fim,

que se deve aprender e ensinar a aprender e a

ensinar a saúde no Brasil.

A ideia do SUS como escola de saúde implica

em valorização e elevação da qualidade

de vida e da formação do trabalhador da

saúde; reforço da Atenção Primária como eixo

estruturante do SUS; inovação e modernização

da gestão pública da saúde; organização,

mobilização e gestão de redes de atenção à

saúde.

Estes apontamentos apresentam, assim, três

ideias-força que têm um grande potencial

para suscitar as questões e as reflexões que o

momento atual exige e necessita. São elas:

1. O SUS é uma Escola (Escolas do e para o

SUS / O SUS como Escola de Saúde)

2. É urgente o fortalecimento da Educação em

Saúde no Brasil para cuidar bem das pessoas

3. A Educação Permanente é o principal eixo

formativo do SUS

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 6

fortalecimento e interconexão das ferramentas

de recursos humanos e gestão da educação,

envolvendo, por exemplo, o Cadastro Nacional

de Estabelecimentos de Saúde (CNES),

Plataforma Arouca, Observatórios de Saúde e

Recursos Humanos, etc.

Em segundo lugar, reordenação, revisão e

priorização dos leques de financiamentos.

Para nós, e nesse contexto, as áreas mais

importantes são:

• Financiamento para implementação e

fortalecimento das Políticas (Educação

Permanente, Formação de Trabalhadores

do SUS, Residências Multiprofissionais;

Educação Popular, etc);

• Financiamento das Escolas de Saúde

Pública e das Escolas Técnicas do SUS;

Aqui estão incluídas, necessariamente:

a formação, provimento e fixação de

profissionais de saúde; a desprecarização dos

vínculos de trabalho; o incentivo à força de

trabalho em regiões isoladas; a formação de

trabalhadores e especialistas para o SUS; a

organização das Redes de Atenção à Saúde.

Em relação às modalidades de ensino e

formação, a RedEscola defende a inclusão

em pauta, nesta Conferência e em todas as

suas etapas, da questão premente acerca da

Educação a Distância em suas dimensões

pedagógicas, metodológicas, tecnológicas e

políticas. Quais seriam, atualmente, os papéis

da Educação a Distância nos processos e

práticas formativas do e para o SUS? As

respostas a essa pergunta nos parecem, hoje,

cruciais ao desenvolvimento de uma Educação

em Saúde com qualidade inovadora no Brasil.

A RedEscola advoga o estabelecimento de

uma política de fortalecimento das Escolas,

Núcleos e Centros Formadores de Saúde

FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO BRASILA RedEscola está convicta de que não é

possível avançar no cuidado às pessoas

sem uma boa Educação em Saúde. Nossa

segunda ideia-força preconiza, portanto, que é

necessário e urgente fortalecer a Educação em

Saúde no Brasil para cuidar bem das pessoas.

Apostar no fortalecimento da Educação

em Saúde no Brasil implica, concretamente,

em atenção e investimento sobre alguns

elementos e diretrizes que, de certa forma,

já são nossos ‘velhos conhecidos’ mas que,

por razões diversas, às vezes são deixados

às margens dos processos decisórios e

prioridades da Saúde. Fortalecer a Educação

em Saúde no Brasil para cuidar bem das

pessoas implica trazer para o centro (dos

debates, das atenções, dos investimentos, das

práticas de gestão) tais elementos.

Em primeiro lugar, atenção às políticas já

instituídas ou ainda em vias de planejamento,

negociação e implementação. As essenciais,

para nós, são:

• Política Nacional de Educação Permanente

em Saúde;

• Política de Educação Popular em Saúde;

• Política de Formação dos Trabalhadores de

Nível Médio do SUS;

• Política de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde na atualidade;

• Política de Residências em área profissional

de saúde (multiprofissional e uniprofissional);

Propomos, ainda, que é preciso pensar,

negociar e instituir uma política de

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 7

EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO PRINCIPAL EIXO FORMATIVO DO E PARA O SUSA ideia, os princípios e a política de Educação

Permanente em Saúde constitui-se em um

forte elemento integrador e acolhedor de

demandas, necessidades e expectativas da

formação e do trabalho no SUS, e também

em uma importante chave de articulação de

processos e práticas relacionadas a um vasto

conjunto de possíveis soluções ao Sistema.

Adotada pelo SUS de modo a integrar trabalho

e educação, tendo por objetivo intervir

nos processos de trabalho em saúde, com

vistas à melhoria da qualidade da atenção,

favorecendo a integralidade, a equidade e o

acesso aos serviços, a política de EPS reflete

sobre os problemas das práticas das equipes

de saúde considerando o que precisa ser

transformado, identificando temas de debates

e de correção de rumos nas organizações,

agregando ações de ensino, serviço, gestão

e controle social em torno da noção de

educação e trabalho em saúde.

A Educação Permanente situa-se como uma

proposta de transformação no pensamento

da educação na saúde, na qual os processos

de trabalho devem ser ressignificados como

centros privilegiado da aprendizagem,

compreendendo os ‘problemas’ como os

insumos que deverão ser tomados como

referência para a reorganização dos serviços.

A Política Nacional de Educação Permanente

considera que “as necessidades de formação

e desenvolvimento dos trabalhadores sejam

pautadas pelas necessidades de saúde das

pessoas e populações”.

Para a RedEscola, este espaço produzido pelo

sistema educativo de saúde, que resultou na

incorporação da EPS como política, não se

mostrou ainda capaz de mediar plenamente

as relações entre trabalhadores, usuários

e processos de trabalho. A RedEscola, no

entanto, não tem dúvidas em afirmar que a

Educação Permanente em Saúde é o principal

eixo formativo do SUS e que a Política de EPS,

ainda que sujeita a inconstâncias em sua plena

operacionalidade, contribui para a formação,

em todo o espaço brasileiro da Saúde, de

uma cultura de Educação Permanente que hoje

permeia, impregna, potencializa, qualifica e

otimiza quase toda as práticas formativas no

âmbito do SUS.

A RedEscola defende a importância e a

valorização da Educação Permanente em

Saúde nos estados e municípios, como

instrumento de mudança dos serviços de

saúde, e propõe que sejam ostensivamente

apoiados os projetos de implementação da

EPS, para que seja elevada a qualidade da

formação e educação permanente para os

profissionais e gestores do SUS.

Pública e de Saúde Coletiva no Brasil e

para o SUS. Tal política deve reconhecer,

instrumentalizar e potencializar o papel das

Escolas de Saúde Pública no fortalecimento

do SUS. Aqui devem estar contemplados

o fortalecimento às Redes cujo objeto é

a formação (RETSUS – Rede de Escolas

Técnicas do SUS; RedEscola – Rede Brasileira

de Escolas de Saúde Pública; e outras), bem

como a interconexão entre as várias redes

de escolas e centros formadores (RedEscola,

RETSUS, UNASUS, RETS, etc) e investimentos

significativos na reforma, ampliação e

manutenção das escolas de saúde pública e

das escolas técnicas do SUS.

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REDESCOLA 15a Conferência Nacional de Saúde 8

Estes apontamentos refletem as contribuições

da Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública

(RedEscola) aos debates da 15a Conferência

Nacional de Saúde. Tais considerações

visam externar preocupações, questões e

posicionamentos da RedEscola em relação aos

ambientes da Educação na Saúde no Brasil, e

estão em permanente construção, oferecendo

questões para os debates e favorecendo

reflexões internas à própria Rede e que, com a

constribuição da representação do coletivo que

a sustenta, pode e deve ampliar as propostas

aqui apresentadas.

Em junho /julho de 2015

Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública

(RedEscola)

Centro Formador de Recursos Humanos para a

Saúde (Cefor-PB)

Escola de Formação em Saúde da Família

Visconde de Saboia

Escola de Governo em Saúde Pública de

Pernambuco

Escola de Saúde Pública de Aparecida de

Goiânia

Escola de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul

Escola de Saúde Pública de Minas Gerais

Escola de Saúde Pública de Santa Catarina

Escola de Saúde Pública de São José dos

Pinhais

Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo

Marcelo M. Rodrigues

Escola de Saúde Pública do Estado do Mato

Grosso

Escola de Saúde Pública do Paraná

Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás

Escola Estadual de Saúde Pública Professor

Francisco Peixoto de Magalhães

Escola Municipal de Saúde (SP)

Escola Municipal de Saúde Pública de Goiânia

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio

Arouca

Escola Superior de Ciências da Saúde (DF)

Escola Tocantinense de Saúde Pública

Escritório da Fiocruz no Ceará

Fiocruz Amazônia - Instituto Leônidas e Maria

Deanne

Fiocruz Brasília - Diretoria Regional de Brasília

Fiocruz Pernambuco - Centro de Pesquisas

Aggeu Magalhães

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas

Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)

Secretaria Municipal de Saúde - Centro de

Educação Permanente (Aracaju)

SES-ES - Núcleo de Educação e Formação em

Saúde

Universidade de São Paulo

Universidade do Estado do Pará

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Universidade Estadual de Londrina

Universidade Estadual do Vale do Acaraú

Universidade Federal da Bahia

Universidade Federal da Paraíba

Universidade Federal de Alagoas

Universidade Federal de Goiás

Universidade Federal de Minas Gerais

Universidade Federal de Rondônia

Universidade Federal de Roraima

Universidade Federal do Acre

Universidade Federal do Amapá

Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Espírito Santo

Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal Fluminense