caro gestor e equipe da secretaria municipal de...

Uma vez tendo clareza da situação educacional do seu município, por meio dos indicadores, o segundo passo é o estabelecimento de metas claras para curto, médio e longo prazo. Uma forma de realizar esse planejamento é a elaboração do Plano Municipal de Educação (PME), com todo o esforço de discussão e mobilização que tal documento exige. Um bom ponto de partida para esse processo é o conhecimento, apropriação, reflexão e discussão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que justamente tem como um de seus focos nortear os municípios na elaboração de seus planos. Uma vez o PNE aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, suas 20 metas fornecerão um norte visível em todo o território nacional para as políticas públicas de Educação.

Por isso, organizamos esta publicação com base nesse marco legal. Sua estrutura está dividida em duas partes. Na primeira, apresentamos as 20 Metas, mostrando o papel dos municípios em relação a cada uma delas, assim como os desafios que se colocam diante dos gestores. A segunda parte traz indicadores socioeconômicos e educacionais de cada um dos municípios. A inclusão de dados como Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma forma de reconhecer que a Educação não é independente do contexto socioeconômico. Condição essa especialmente desafiadora no caso da região coberta pelo Programa Amazônia. Quanto aos indicadores educacionais, estão organizados de acordo com as Metas do PNE e ganham destaque aqueles que dizem respeito mais diretamente às responsabilidades da esfera municipal.

É importante observar que a primeira e a segunda parte deste documento são complementares. A leitura das duas partes deve ser encarada pelos gestores em conjunto. Em outras palavras, os municípios também devem voltar sua atenção para dimensões que não sejam sua responsabilidade direta. Afinal, a responsabilidade pela melhoria da educação é da União, dos estados e dos municípios, em regime de colaboração, como preconiza a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Esperamos que esta publicação seja, antes de tudo, uma aliada no seu trabalho cotidiano pela melhoria da educação oferecida pelas escolas de seu município!

Caro gestor e equipe da Secretaria Municipal de Educação

Esta publicação, que chega agora em suas mãos, integra as ações da Rede de Apoio à Educação (RAE) junto aos municípios do Programa Amazônia (PAM), liderado pela Natura com o apoio do Instituto Natura. Tal programa vem atuando em 27 municípios do Nordeste Paraense e três municípios da região do Juruá, no Estado do Amazonas. Tem como foco o apoio aos debates que se dão no âmbito dessa importante iniciativa de estímulo ao desenvolvimento sustentável da região amazônica e favorece a implementação de medidas concretas de melhoria do ensino por parte das Secretarias Municipais de Educação.

A melhoria da educação pública, tanto do ponto de vista do acesso das crianças e dos jovens à escola como da qualidade do ensino e da aprendizagem, é objetivo de todos. No entanto, nem sempre estão claros os caminhos para alcançar esse objetivo. Para isso, o diagnóstico é o primeiro passo a ser adotado pelo gestor que quer fazer diferença na educação de seu município. Afinal, sem conhecer o funcionamento e as demandas da rede, fica impossível planejar e atuar em prol da transformação do cenário educacional.

Esta publicação é nossa contribuição para esse esforço, que certamente não se esgota na leitura, na compreensão e na discussão sobre os números aqui apresentados. É um primeiro passo! Os municípios podem e devem realizar seus próprios diagnósticos educacionais para, por exemplo, vincular cada vez mais as medidas implementadas a estratégias de longo prazo. Essa é, aliás, a diretriz que vem sendo assumida pela gestão da Educação na esfera federal e em vários estados. Vale ressaltar que desde meados da década de 1990 passamos a contar com indicadores cada vez mais robustos que visam à maior efetividade na tradução da situação educacional do país.

Com isso, os indicadores educacionais têm deixado de ser vistos como instrumentos de pressão, ou seja, como números que teriam apenas o papel de reforçar a percepção negativa sobre a qualidade da Educação no Brasil. Hoje sabemos que servem para mostrar que o país tem melhorado e que ainda há desafios de grande envergadura no horizonte.

© André Lopes

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IGARAPÉ-MIRI - PA

IGARAPÉ-AÇU - PA

IRITUIA - PA

SÃO DOMINGOS DO CAPIM - PA

SANTA MARIA DO PARÁ - PA

LIMOEIRO DO AJURU - PA

SÃO FRANCISCO DO PARÁ - PA

SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ - PA

MOCAJUBA - PA

SANTA BÁRBARA DO PARÁ - PA

TOMÉ-AÇU - PA

MOJU - PA

SANTA ISABEL DO PARÁ - PA

VIGIA - PA

OEIRAS DO PARÁ - PA

SANTA LUZIA DO PARÁ - PA

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OS MUNICÍPIOS E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

METAS DO PNE

BAIÃO - PA

CAMETÁ - PA

BARCARENA - PA

CAPANEMA - PA

BELÉM - PA

CASTANHAL - PA

ABAETETUBA - PA

BENEVIDES- PA

COLARES - PA

ACARÁ - PA

BUJARU - PA

ÍNDICE © André Lopes

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O PNE permite um olhar que integra metas, estratégias, políticas e recursos – contemplados no item mais polêmico, a Meta 20. O tema do financiamento é essencial, sim, mas, ao contrário do que se verificou no passado, a questão não se resume às porcentagens e aos repasses. É preciso que o regime de colaboração – que também se busca aperfeiçoar no PNE – ganhe efetividade.

A consecução dos objetivos definidos no Plano depende da capacidade de governos que se articulem regionalmente, com seus estados e com os programas federais.

O objetivo deste documento é oferecer um retrato da educação nos 30 municípios que integram o Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia. Para isso, partimos dos dados estatísticos mais atuais disponíveis, acompanhados de comentários que orientam sua interpretação.

Evidentemente, o objetivo não é um olhar para o passado, mas a construção de uma perspectiva para o futuro a partir das referências presentes.

Da mesma forma, é preciso ter consciência de que o sucesso da gestão municipal depende, sim, do compromisso com a Educação, mas não só como também são necessárias ações que se desenvolvem em outras esferas administrativas, bem como o envolvimento da sociedade civil.

Mesmo no caso das metas não diretamente ligadas ao âmbito municipal, a consciência sobre os desafios locais possibilita o enriquecimento do debate e permite que os municípios atuem com mais eficácia na defesa dos direitos de seus cidadãos – entre eles, o direito a uma educação pública e gratuita de qualidade.

© André Lopes

A legislação brasileira estabelece que os municípios são os responsáveis pela oferta da Educação Infantil (creches e pré-escolas), do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos. Ao mesmo tempo que essas determinações legais delimitam os desafios imediatos dos municípios, em parte, não retratam plenamente a importância de sua ação para a Educação. Afinal, o espaço concreto do exercício da cidadania e da garantia de direitos é o município. É nele que as crianças nascem, crescem, se desenvolvem, estudam, vivem. É nesse território, também, que os jovens enfrentam o desafio do primeiro emprego.

É uma realidade complexa, que precisa ser bem compreendida, especialmente hoje, quando o país discute o Plano Nacional de Educação (PNE) em vias de aprovação no Congresso Nacional. Mesmo ainda não tendo sido aprovado, optamos por utilizar a versão mais atual do PNE. No entanto, é fundamental que os municípios acompanhem a tramitação desta lei no Congresso Nacional.

Organizado em torno de 20 metas principais e dezenas de estratégias correspondentes, o PNE é mais do que um conjunto de objetivos pactuados pela sociedade, acima de governos e mandatos. Representa, na verdade, uma agenda comum que orientará investimentos, políticas públicas e, também, o controle social. Ao longo do tempo, todas as esferas de governo serão avaliadas pelo sucesso no atingimento das metas.

Evidentemente, é possível haver posicionamentos contrários ou favoráveis a qualquer uma das metas e estratégias propostas no PNE, mas não se pode contestar sua legitimidade e o processo democrático pelo qual se constituiu, por meio de debates, audiências e emendas. Esse plano representa a bússola que orientará as políticas públicas em todos os âmbitos de governo, ao longo dos próximos anos.

Por essa razão, conhecer bem o Plano Nacional de Educação e saber interpretar a realidade da educação municipal é essencial para os gestores municipais e suas equipes.

OS MUNICÍPIOS E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

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META02

Universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

PAPEL DOS MUNICÍPIOS

Nos últimos anos, tornou-se comum dizer que o Ensino Fundamental está universalizado no Brasil. Mas não é bem assim. As desigualdades são grandes. Embora a média brasileira seja de 96,7% de atendimento, a região Norte está em 93,9%. Os indicadores refletem, igualmente, dificuldades de atendimento das populações do campo, como também a baixa inserção de crianças com necessidades especiais no sistema educacional. Isso significa milhares de crianças fora da escola e um grande desafio para os municípios, que precisam abraçar essa responsabilidade constitucional.

Deve-se notar que não basta aumentar o atendimento, mas é preciso também melhorar o fluxo do sistema de ensino, diminuindo a repetência e fazendo com que as crianças concluam o Ensino Fundamental na idade adequada.

A Meta 2 representa um dos desafios mais importantes dos municípios e está entre os que terão maior impacto para a educação brasileira, no médio prazo.

DESAFIOS REGIONAIS

No âmbito do Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia, por exemplo, os municípios apresentam indicadores que merecem atenção tanto no atendimento como na distorção idade-série, que são elevados ao final dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e oscilam entre 47% e 75% nos anos finais dessa mesma etapa.

O PNE propõe estratégias como, por exemplo, realizar a busca ativa dos alunos que estão fora da escola, fortalecer o acompanhamento dos alunos que fazem parte de programas de transferência de renda e aumentar os programas de transporte escolar.

Vale lembrar que o MEC tem programas específicos para estimular o atendimento escolar, como o “Pronacampo”, e também a formação de gestores, como o “Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação” (Pradime).

META01

METAS DO PNEUniversalizar, até 2016, a Educação Infantil na Pré-Escola para as crianças de quatro e cinco anos e ampliar a oferta de Educação Infantil em creches, de forma a atender, no mínimo a 50% das crianças de até três anos até o final da vigência do PNE.


A importância da Educação Infantil para o desenvolvimento global humano é incontestável. O Brasil ainda tem taxas de cobertura muito inferiores às dos países desenvolvidos e também em relação aos nossos vizinhos latino-americanos. Hoje, 81,7% das crianças entre quatro e cinco anos estão na escola. Quando se trata das creches, ainda há o desafio de levantar a demanda. Por isso mesmo, umas das estratégias previstas na Meta 1 é realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até três anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta.A qualidade é fundamental, mas ainda difícil de avaliar. Umas das estratégias prevê que os municípios devem implantar, até o segundo ano da vigência do PNE, avaliação da Educação Infantil, a ser realizada a cada dois anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes. Um bom documento para ter como parâmetro é “Indicadores de Qualidade na Educação Infantil”, elaborado e distribuído pelo MEC em 2009.

DESAFIOS REGIONAIS

Ampliar o atendimento para crianças de quatro e cinco anos de idade é um desafio para todos os municípios que integram o Programa Amazônia, em diferentes graus.

Quase todos os municípios encontram-se bastante abaixo da média nacional e devem elevar rapidamente a oferta para atender ao dispositivo constitucional que instituiu o atendimento obrigatório a partir dos quatro anos.

O Ministério da Educação oferece aos municípios a possibilidade de aderir ao programa “Proinfância”.

Além de criar vagas, os municípios precisam estabelecer padrões de qualidade pedagógica. A função da Educação Infantil vai além dos cuidados essenciais: é preciso que as instituições que trabalham com crianças entre zero e cinco anos tenham um projeto pedagógico e uma proposta de trabalho que levem em conta o desenvolvimento global infantil.

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META04

Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, nas formas complementar e suplementar, em escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

DESAFIOS REGIONAIS

Os municípios da região amazônica compartilham dos mesmos desafios da educação inclusiva. É preciso, por exemplo, ampliar a acessibilidade das escolas. No Brasil, apenas 30,4% das escolas possuem dependências e vias de circulação acessível, com rampas e outros recursos.

Ao mesmo tempo, é preciso aumentar o número de salas com tecnologia assistiva, desenvolvida especialmente para o trabalho educativo com crianças e adolescentes com deficiência.

O Ministério da Educação oferece aos municípios, entre outros, o “Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais” e o “Programa de Educação Inclusiva”, na área de formação de professores. Todos fazem parte da “Política de Educação Inclusiva”.


O Brasil vem avançando muito no atendimento a crianças e jovens com deficiência em classes comuns, especialmente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental da rede pública, onde 78% dos alunos com algum tipo de deficiência estão matriculados. Mas é preciso e possível ir além.

A educação inclusiva é um movimento global e contém, em si, princípios transformadores da Educação. Inserir a criança com deficiência significa criar condições para que todos alcancem seu máximo desenvolvimento e, ao mesmo tempo, disseminar posturas de tolerância, solidariedade e valores fundamentais para a construção de sociedades mais justas.

No caso brasileiro, a ampliação da oferta para a educação inclusiva de crianças e/ou jovens nas escolas regulares implica mudanças de conceitos e derrubada de preconceitos, o que vem acontecendo. Entre 2010 e 2011, o aumento das matrículas de crianças e jovens com deficiência foi de 15,3%, enquanto nas escolas especiais houve queda de 11,2%. Hoje, apenas 509,6 mil crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência física ou mental estão matriculados em escolas públicas regulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, o que representa 1,3% do total de matrículas.

META03

METAS DO PNEUniversalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrícula1 no Ensino Médio para 85%.

DESAFIOS REGIONAIS

A taxa de atendimento escolar para jovens de 15 a 17 anos na região dos municípios do Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia é próxima à das médias nacionais. Em muitos casos, chega a superá-la.Mesmo se as redes de Ensino Médio não estiverem sob administração dos municípios, este é um bom exemplo de como o regime de colaboração pode funcionar.

É preciso aumentar a atratividade do Ensino Médio, e isso está diretamente relacionado com as oportunidades de inserção no mundo do trabalho. É possível ampliar a oferta de cursos profissionalizantes integrados ou não ao Ensino Médio, a partir das demandas locais. Vale ressaltar que o Ministério da Educação possui o Programa “Ensino Médio Integrado”. Do mesmo modo, as novas tecnologias surgem como um fator de atração das novas gerações, e precisam ser disponibilizadas para os adolescentes, o que pode ser feito em centros abertos ao público escolar.


A Meta 3 recoloca o desafio da universalização, desta vez em âmbito do Ensino Médio. Neste caso, porém, o Brasil está distante da universalização. A taxa líquida de matrícula nesta etapa é de 52,2%, no país. É consenso entre os especialistas que o Ensino Médio se tornou uma etapa pouco atrativa para os jovens, que não vêem sentido em uma escola com excesso de conteúdos e distante dos problemas vividos pelos jovens, como a necessidade de trabalhar.

Pela divisão estabelecida das responsabilidades na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Ensino Médio cabe aos estados. Contudo, é preciso lembrar que parte considerável dos problemas enfrentados no Ensino Médio é decorrente da vida escolar das crianças e adolescentes no Ensino Fundamental. Isso torna ainda mais importante que os municípios desenvolvam programas de aprimoramento da sua rede de ensino.

(1) Taxa Líquida de Matrícula: é a razão entre o número total de matrículas de alunos com a idade prevista para estar cursando um determinado nível e a população total da mesma faixa etária. Trata-se de um indicador que tem como objetivo verificar o acesso ao sistema educacional daqueles que se encontram na idade recomendada para cada um dos três níveis. Indica a porcentagem da população que está matriculada no nível adequado a sua faixa etária. O cálculo da taxa é feito dividindo o número total de matrículas de indivíduos que se encontram na idade recomendada para o nível que cursam e o número total de indivíduos da mesma faixa etária.

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META06

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, a 25% dos alunos da Educação Básica.


A implantação do tempo integral é um dos grandes avanços e, ao mesmo tempo, desafios da educação brasileira. Hoje, as matrículas na educação em tempo integral representam 5,8% do total de alunos no Ensino Fundamental, mas a taxa de atendimento na jornada ampliada vem crescendo.

Contudo, implantar o tempo integral não é simplesmente estender o tempo de permanência diário do aluno na escola para sete horas ou mais: é preciso que haja clareza no projeto pedagógico sobre o que será feito. A divisão entre o tempo regular, com as disciplinas tradicionais, e a matriz complementar, com as atividades diversificadas, vem provocando distorções, com propostas que pouco acrescentam ao desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Por isso, além de ampliar a jornada, as redes de ensino precisam adotar uma concepção de tempo integral, cujo objetivo seja ampliar a aprendizagem e desenvolver um conjunto de experiências socioeducativas na área da arte, do desenvolvimento físico, da vivência social, entre outras propostas. Isso tem impacto em diversos campos, como no quadro de educadores e na estrutura física da escola.

DESAFIOS REGIONAIS

A implementação do tempo integral pode trazer grandes benefícios também para as populações dos municípios inseridos no Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia. Hoje, a permanência das crianças e adolescentes na escola não foge à média nacional, oscilando em torno de quatro horas diárias.

O governo federal vem impulsionando a expansão do tempo integral a partir do “Programa Mais Educação”. Mas, para atingir as metas, os municípios precisam desenvolver suas próprias políticas. Nesse caso, as parcerias com organizações sociais podem ser importantes. Da mesma forma, o regime de colaboração é essencial, como aponta o texto do Projeto de Lei nº 8.530, que institui o Plano Nacional da Educação. A estratégia de número 6.2 recomenda “institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a educação em tempo integral”.

META05

METAS DO PNEAlfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental.


A alfabetização até os oito anos é uma das metas que já conta com uma política de governo bem definida, à qual todos os municípios podem aderir. Trata-se do “Plano Nacional pela Alfabetização na Idade Certa” (Pnaic), lançado pelo governo federal em 2012.

O objetivo do Pnaic foi incorporado ao Plano Nacional de Educação e define que as crianças precisam estar lendo e escrevendo com fluência ao final do ciclo de alfabetização (no 3º ano do Ensino Fundamental de nove anos), aos oito anos de idade. O plano prevê um conjunto de medidas para os municípios que aderirem, como a formação de professores, a aquisição de materiais e outras formas de apoio.

DESAFIOS REGIONAIS

O primeiro passo para assegurar a plena alfabetização às crianças é o diagnóstico do trabalho realizado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Até 2013, não existia uma prova oficial para acompanhar a alfabetização ao longo do Ensino Fundamental I. A avaliação oficial até hoje aplicada, a Provinha Brasil, tinha participação voluntária das escolas e não gerava dados sistematizados, o que foi modificado pela lei que criou o Pnaic.

Dessa forma, até hoje, os dados oficiais disponíveis sobre a alfabetização de crianças com idade até oito anos são calculados pelo IBGE, a partir da simples pergunta “a criança sabe ler ou escrever?” – e, por isso, é considerada autodeclaratória. O Censo Demográfico de 2010 apontou, assim, que 15,2% das crianças brasileiras não sabiam ler ou escrever aos oito anos.Mas um exame não-oficial aplicado em 600 municípios, a Prova ABC, realizada pela organização Todos Pela Educação, mostrou que os índices são bem mais elevados: 48,6% das crianças brasileiras da rede pública de ensino dominam o esperado para o 3º ano do Ensino Fundamental, no campo da leitura. Na região Norte, esse índice cai: quatro em cada dez crianças não estão inteiramente alfabetizadas ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

Fundado em 2006, o Todos Pela Educação é um movimento da sociedade civil brasileira que tem a missão de contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o país assegure a todas as crianças e jovens o direito a Educação Básica de qualidade.

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META08

Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Embora a meta trate prioritariamente da escolaridade média da população jovem e adulta e da desigualdade de oportunidades educacionais, é preciso lembrar que os problemas se iniciam na Educação Básica e se agravam progressivamente, portanto os municípios também têm um papel importante a cumprir no que se refere à Meta 8 do PNE. Além disso, a legislação inclui o Ensino de Jovens e Adultos entre as responsabilidades municipais, até mesmo como critério para a distribuição dos recursos do Fundeb.

Trata-se de uma meta de grande importância, especialmente em função das dificuldades de inserção dos jovens no mercado de trabalho e pelo impacto sobre a renda média – que é maior, conforme o número de anos de estudo.

Portanto, à medida que cresce a exigência da mão de obra qualificada, com maior escolaridade, agrava-se também a defasagem social, especialmente no que se refere à inclusão da população do campo e de negros na economia. Segundo o IBGE, em 2011 a escolaridade média da população branca de 18 a 24 anos era de 8,3 anos, enquanto a população negra ficava em 6,4 anos.

DESAFIOS REGIONAIS

Se a desigualdade de oportunidades educacionais reflete-se no desenvolvimento social da população como um todo, as diferenças regionais também são muito acentuadas. A população de 18 a 24 anos da região Norte tem, em média, 1,4 ano de estudo a menos do que a da região Sudeste.

O que os municípios podem fazer? As estratégias listadas pelo PNE apontam caminhos. É possível, por exemplo, ampliar os programas de Educação de Jovens e Adultos especialmente para as populações do campo e dos negros. Ao mesmo tempo, é necessário garantir acesso gratuito aos exames de certificação de conclusão em nível de Ensino Fundamental e Médio.

O estímulo à formação profissional, com a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes, também pode ser foco de trabalho dos municípios. O governo federal possui programas específicos para esse fim, como o “Proeja”, o “ProJovem” e o “ProJovem Campo”, entre outros.

META07

METAS DO PNEFomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as médias nacionais para o Ideb.


Como dizem especialistas, enquanto enfrenta desafios próprios do século XXI, o Brasil tem uma agenda da educação que remonta ao século XIX e XX. Esse é o caso de problemas centrais, que são expressos pelas elevadas taxas de repetência e evasão – a tal ponto que na década de 1980 o pesquisador Sérgio Costa Ribeiro usou uma expressão que até hoje é bastante utilizada: “a Pedagogia da Repetência”.

Mesmo com as políticas de progressão continuada (ou aprovação automática), a reprovação oscila em torno de 10% no Ensino Fundamental e 13% no Ensino Médio. Isso explica a elevada taxa de distorção idade-série, que cresce quase 20 pontos percentuais entre o 2º e o 6º ano do Ensino Fundamental – em que 38% dos alunos estão com dois ou mais anos de defasagem.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado como uma forma de estimular a melhoria dos indicadores de fluxo, bem como o avanço na qualidade de ensino, combinando dados de evasão, repetência e desempenho na Prova Brasil.

DESAFIOS REGIONAIS

A Meta 7 do Plano Nacional de Educação é a que concentra o maior número de objetivos ligados à qualidade de ensino. Por isso, vale a pena um olhar mais cuidadoso sobre as estratégias recomendadas, pois se trata de um grande leque de ações propostas.

No âmbito dos municípios do Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia, é possível notar que, em muitos municípios, a maior parte dos alunos está atrasada em relação à série/ano escolar correspondente à sua idade. Isso pode ser consequência de problemas históricos, que fazem com que até 20% dos alunos sejam repetentes, nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Portanto, o Ideb é um indicador que deve guiar as ações dos gestores. Vale notar que entre os municípios há casos de sucesso de melhoria no fluxo e na qualidade – com elevação acima das metas definidas pelo Ministério da Educação –, que podem e devem ser compartilhados.

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META10

Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos, na forma integrada à Educação Profissional, nos Ensinos Fundamental e Médio.


Assim como nas duas metas anteriores, cabe aos municípios – em iniciativas próprias ou em regime de colaboração – o desafio de ampliar a oferta da Educação de Jovens e Adultos.

Essa, porém, deverá ser uma das mais árduas missões definidas pelo PNE. Os dados disponíveis mostram que o país caminha da seguinte forma: o número de matrículas vem caindo velozmente. Em 2007, havia 166,2 mil turmas de EJA; em 2011, o número caiu quase 20%. Nos estados da região amazônica, a queda também aconteceu, mas foi menor – chegando a 10%. Esse dado não considera ainda a integração com a Educação Profissional, demandada pelo PNE: nesse quesito, a oferta é ainda menos expressiva. Em âmbito de Ensino Fundamental, o Brasil registrava, em 2011, 24 mil matrículas em cursos de EJA integrada à Educação Profissional – ou menos 1% do total.

DESAFIOS REGIONAIS

Reverter o quadro de baixa oferta de cursos de Educação de Jovens e Adultos integrados à Educação Profissional vai requerer um necessário esforço colaborativo de União, estados e municípios. Na região da Amazônia, havia, em 2011, cerca de 2 mil matriculados em cursos de EJA no Ensino Fundamental e 2,7 mil no Ensino Médio integrados à Educação Profissional – ou seja, menos de 1%.

Trata-se de uma mudança na própria concepção das modalidades tradicionais de Educação de Jovens e Adultos.

Os municípios podem recorrer ao governo federal via “Proeja”, voltado especificamente para a integração do EJA com as modalidades profissionalizantes.

META09

METAS DO PNEElevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.


Outro problema já vencido por muitas nações da América do Sul no século XX, mas ainda presente no nosso país, é o analfabetismo da população com 15 anos ou mais. No Brasil, cerca de 8,6% da população é analfabeta – na região Norte, esse índice sobe para 10,2%. No campo, 21,2% da população jovem e adulta não sabem ler ou escrever.

Contudo, é preciso ainda levar em consideração que esses dados obedecem a critérios do IBGE, que levam em conta a afirmação autodeclaratória do censo demográfico. Mais moderno – e mais preocupante – é o conceito de analfabetismo funcional, ou seja, a capacidade de usar a língua escrita em contextos mais complexos, como escrever uma carta ou ler um jornal. Nesse caso, o Índice Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf), calculado pelo Instituto Paulo Negro e pela Ação Educativa, mostra que 27% da população com mais de 15 anos se encontram na situação de analfabetismo ou alfabetismo rudimentar.

O analfabetismo não é um problema municipal, estadual ou federal, mas de todo o país. É no exercício da cidadania do indivíduo, em seu espaço territorial, que é plenamente percebido.

DESAFIOS REGIONAIS

A erradicação do analfabetismo é decisiva para o desenvolvimento dos municípios da região amazônica. Em diversos locais, os indicadores representam o dobro da média nacional. Afinal, trata-se de garantir à população adulta direitos fundamentais de cidadania e condições para que participem ativamente da sociedade. Além disso, o próprio desenvolvimento econômico e social dos municípios depende de uma população letrada.Entre as estratégias sugeridas no PNE, novamente mostram-se fundamentais as oportunidades de acesso à Educação de Jovens e Adultos. Os municípios podem fazer a adesão também a programas federais específicos, como o “Brasil Alfabetizado”.

Um papel fundamental é estimular a população analfabeta a participar, realizando chamadas públicas, campanhas e ações voltadas para motivar aqueles que ainda não aprenderam a ler e a escrever, mostrando que sempre é tempo de aprender!

O Instituto Paulo Montenegro é uma organização sem fins lucrativos, vinculada ao Ibope, que tem por objetivo desenvolver e executar projetos na área de Educação. A Ação Educativa é uma associação civil sem fins lucrativos fundada em 1994. Sua missão é promover direitos educativos, culturais e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável.

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META12

META13

META14

Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.

Elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de doutores.

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

DESAFIOS REGIONAISNa região Norte, o acesso ao Ensino Superior vem aumentando significativamente, tendo passado de 3,5% para 10,8% da população, entre 1995 e 2011. Contudo, o índice ainda é inferior ao de outras regiões, como o Centro-Oeste, onde quase 20% da população com idade entre 18 e 24 anos frequenta o Ensino Superior. Nos municípios que integram o Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia, há uma grande diversidade de contextos e uma tendência de elevação dos índices de formação em nível superior, mas certamente se mostra necessário intensificar os esforços. Os municípios precisam buscar apoio para viabilizar o acesso de suas populações ao Ensino Superior, tanto atraindo faculdades e universidades públicas e privadas, como investindo no transporte para locais em que existem cursos, e também facilitando o acesso a cursos a distancia e semipresenciais, que estão em franca expansão.


As metas 12, 13 e 14 tratam especificamente do Ensino Superior. Paralelamente aos desafios da alfabetização, da qualidade de ensino e da Educação Básica, a sociedade precisa encontrar na Educação Superior um caminho de futuro. O Brasil apresenta hoje índices de acesso ao Ensino Superior muito inferiores aos vizinhos da América Latina, bem como de países emergentes, como Índia e Rússia. No Brasil, 11% dos adultos entre 35 e 44 anos completaram a formação superior, enquanto no Chile o percentual é de 27% e nos Estados Unidos chega a 43%.A realidade brasileira e o PNE apontam para a necessidade de fortalecer o Ensino Superior como um todo, aumentando a proporção de mestres e doutores e estimulando a pesquisa.

META11

METAS DO PNETriplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de expansão no segmento público.


A Educação Profissional Técnica em âmbito de Ensino Médio é apontada como um dos caminhos para revitalizar o Ensino Médio, oferecendo perspectivas de futuro para os jovens.

Hoje, cerca de 15% das matrículas do Ensino Médio correspondem à educação profissionalizante, quando em outros países esse índice chega ao dobro. É verdade: os municípios não têm a obrigação legal de investir no Ensino Médio. Isso não impede que os gestores municipais possam desenvolver estudos sobre a demanda e procurar apoio do Estado e do governo federal, bem como do Poder Legislativo, por meio dos deputados e senadores que representam a região, fazendo acontecer o regime de colaboração.

Uma das possibilidades é que os municípios mapeiem a situação local dos adolescentes, levantem as áreas em que há demanda de trabalho, conforme as características econômicas locais, e busquem entendimento com as redes de ensino estadual, dentro dos princípios de regime de colaboração.

DESAFIOS REGIONAIS

Nos municípios abrangidos pelo Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia, o investimento em Educação Profissional e Técnica representa um caminho importante de inclusão das novas gerações.

Diversos municípios apresentam taxas de abandono escolar no Ensino Médio que chegam a ser duas a três vezes maiores do que a média nacional, que é de 9,1%. Do mesmo modo, os municípios convivem com altas taxas de desocupação de indivíduos de 18 a 24 anos, o que reforça a necessidade de qualificação e preparo para o mundo do trabalho. É possível, por exemplo, estabelecer parcerias, oferecendo infraestrutura para a realização dos cursos, enquanto o Estado implanta o projeto pedagógico. Atualmente, também, o governo federal tem entre suas principais políticas a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Os municípios podem se informar a respeito de programas federais como o “Pronatec”, criado especificamente para esse fim.

20 21


O Plano Nacional de Educação dedica quatro metas à formação e à valorização do professor, em todos os âmbitos.Aprimorar a formação inicial e continuada dos professores e valorizar a profissão docente, por meio da criação de planos de carreira e da adoção de pisos salariais compatíveis com as demais profissões de nível superior, são desafios para todas as redes de ensino.

Com o processo de municipalização do Ensino Fundamental, a ampliação da escolaridade obrigatória para quatro a 17 anos, as redes municipais têm um papel muito importante a desempenhar. Hoje, o Brasil possui aproximadamente 2 milhões de professores na Educação Básica, sendo que 500 mil sem formação superior, ou seja, 25%.A graduação a distância surge, nesse contexto, como uma das possibilidades de formação inicial, educação continuada e também pós-graduação dos professores.

Outro ponto sensível é a remuneração docente. Embora a lei que instituiu o piso nacional do magistério tenha sido sancionada em 2008, muitos estados e municípios ainda não o implantaram, o que gera um descompasso com a lei e dificulta o processo de valorização do professor, mesmo tendo clareza da dificuldade financeira para o cumprimento da referida lei.

DESAFIOS REGIONAIS

As estratégias elencadas para o alcance das metas relativas à formação do professor mostram a importância da atuação colaborativa entre os entes federativos. Uma das propostas que constam do PNE diz respeito à necessidade de um plano estratégico “que apresente diagnóstico das necessidades de formação de profissionais do magistério e da capacidade de atendimento por parte de instituições públicas e comunitárias de Educação Superior existentes nos estados, municípios e Distrito Federal, e defina obrigações recíprocas entre os partícipes”.

É importante que os municípios do Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia tenham informações suficientes sobre a situação de seu corpo docente e tracem um plano de ação de curto, médio e longo prazo visando alcançar as metas do PNE. Na região Norte, cerca de um terço dos professores em atuação tem nível médio.

A Universidade Aberta do Brasil (UAB), criada e mantida pelo governo federal, reúne um amplo leque de iniciativas gratuitas de formação do professor a distancia que vem se tornando uma alternativa importante para que municípios distantes dos grandes centros possam elevar rapidamente a qualidade da formação do seu corpo docente.

META15

META16

META18

META17

METAS DO PNE

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Formar em nível de pós-graduação cinquenta por cento dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas da educação básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano da vigência deste PNE.

22 23

META20

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.


A discussão sobre o financiamento da Educação representa um dos mais polêmicos debates travados nos últimos anos. Não se trata apenas do valor aplicado, mas da própria prioridade que o investimento em Educação deve ter nos gastos dos governos, em todas as suas instâncias.

Hoje, o investimento é claramente insuficiente para as necessidades do sistema educacional. Os Estados Unidos investem, em média, US$ 15.812 ao ano, por aluno do Ensino Fundamental ao Superior. Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), U$ 8,8 mil. O Brasil fica na faixa de U$ 2,6 mil.

Com a destinação de parte dos recursos do pré-sal, a tendência é de elevação progressiva dos investimentos até o limite definido no PNE. Mas, não basta elevar o montante dos recursos. É preciso investi-los com mais eficiência, e nesse quesito os municípios têm um papel essencial a cumprir, não apenas na gestão de sua própria rede, mas no acompanhamento dos investimentos do Estado e do governo federal em seu território.

DESAFIOS REGIONAIS

A gestão dos recursos financeiros é um desafio para todas as redes de ensino de pequeno porte, como é o caso dos municípios do Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia. Contudo, vale a pena lembrar que além dos recursos distribuídos pelo Fundeb e outras fontes de receita, como os recursos próprios municipais que não fazem parte desse fundo, há diversas linhas de apoio abertas pelo Ministério da Educação, previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), entre outros programas voltados para as escolas e as redes municipais, que podem ser acessadas pelos gestores.

Por fim, para melhorar a qualidade dos gastos, é importante que os gestores municipais busquem aprimorar a administração, utilizando recursos tecnológicos disponíveis e gratuitos, como, por exemplo, o “Portal Conviva Educação” (www.convivaeducacao.org.br).

META19

METAS DO PNEAssegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.


A questão da gestão democrática traz implicações importantes para a organização da sociedade: implica uma busca progressiva de autonomia da escola, a participação ativa das famílias e a construção de um projeto de educação sintonizado com as demandas da comunidade e da sociedade.

Hoje, no Brasil, 76,2% dos municípios possuem conselhos escolares, segundo os dados mais recentes do IBGE. Há variações regionais importantes. No Norte do país, por exemplo, o índice cai para 68,2%. Do mesmo modo, 35% dos municípios não possuem Conselhos Municipais de Educação (CME).

Os especialistas ainda contestam a pouca efetividade da atuação dos Conselhos nas escolas. Mais do que criar instâncias de participação, mostra-se necessário fortalecer a cultura da gestão democrática, o que significa ouvir as demandas de todos os envolvidos, co-responsabilizar os atores, trabalhar a partir de princípios compartilhados.

DESAFIOS REGIONAIS

Os municípios que integram o Projeto Rede de Apoio à Educação do Programa Amazônia podem igualmente avançar no processo de gestão democrática, ampliando a discussão e o debate sobre os rumos da educação, principalmente instituindo os Conselhos Escolares e Municipais de Educação.

Existem vários caminhos que podem ser trilhados pelas redes de ensino para democratizar a escola. Entre eles, está o fortalecimento dos diferentes tipos colegiados previstos em lei, como os Conselhos Municipais de Educação, os Conselhos Escolares, os Conselhos de Transporte Escolar, os Conselhos de Controle do Fundeb, as Associações de Pais e Mestres, os Grêmios, os Conselhos de Alimentação Escolar, entre outras instâncias de representação social. É fundamental também aproximar as famílias da discussão, promovendo uma integração efetiva entre a escola e os pais, comprometendo-os com os objetivos da Educação.

24 25

ABAETETUBA - PA

Distância até Belém52 km

População Abaetetuba141.100 habitantes

População Pará7.581.051 habitantes

PIB AbaetetubaR$ 534.335.000,00

IDHM Índice de DesenvolvimentoHumano Municipal

% de crianças pobres % de crianças vulneráveis à pobreza

0,501

2000 20002010 2010

0,320 0,537

2000 20002010 2010

0,628

IDHM/E Índice de DesenvolvimentoHumano Municipal Dimensão Educação

PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

70,54% 51,18% 89,1% 76,58%

Dados sociais e educacionais referentes ao município de Abaetetuba, apresentados nessa e nas páginas seguintes, mostram um quadro bastante diverso. Há clara redução da pobreza

e melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que vai de 0 a 1 e

cujos resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1, e as taxas de atendimento são equivalentes ou superiores às médias nacionais.

Ao mesmo tempo, porém, ainda é elevado o percentual de crianças vulneráveis à pobreza e as taxas de reprovação são muito altas, mesmo para os primeiros anos da trajetória escolar, quando as

crianças estão iniciando seu aprendizado.

Pará

Belém

Abaetetuba© André Lopes

26 27

ANOS INICIAIS DO EF ANOS FINAIS DO EF EDUCAÇÃO ESPECIAL* EJA**

BIBLIOTECA SALA DE LEITURA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

28 46 4 47

15.872 1 0 3.907

Esses números se destacam, pois equipamentos como parque infantil e espaço para leitura são muito importantes para o desenvolvimento das crianças na primeira infância. Avalie a possibilidade de levar esse tipo de infraestrutura para um número ainda maior de escolas. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de creches e pré-escolas e mesmo para a ampliação das escolas, oferendo bibliotecas, parques e laboratórios.

De acordo com o PNE, a oferta de Educação Básica pública em tempo integral se dá por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo. Para isso, o governo federal possui o programa “Programa Mais Educação”, ao qual os municípios podem aderir.

É importante promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.

ABAETETUBA - PA

* Em escolas exclusivamente especializadase/ou em classes especiais do ensino regular.** Educação de Jovens e Adultos

PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

525

169

40

129

22

17

4.866

PARQUE INFANTIL

Conhecer a demanda por creches para crianças de até três anos é fundamental, pois só assim é possível planejar a oferta. Esse tipo de diagnóstico pode ser feito em colaboração com os governos estadual e federal.

O PNE prevê, como estratégia para ampliar o atendimento das crianças e dos jovens em idade escolar, a definição de metas de crescimento das redes públicas. O estabelecimento desses objetivos começa com a avaliação detalhada da demanda.

Matrículas na rede municipalpor etapa/modalidade de ensino - 2012

Infraestrutura

Raio X da Educação

ESCOLAS ADERIRAM AO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

28 29

IDEB E FLUXO

PARÁ

ABAETETUBA

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,1 3,6 3,9 2,8 3,2 3,6 5,1 3,2 - 3,3 3,5 3,7 5,32,7

ParáAbaetetuba

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAISIDEB IDEB

2007 2009 20092011 20112007 20072009 20092011 20112021 20212007METAS IDEB METAS IDEB

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

TAXA DE APROVAÇÃO(2012)

TAXA DE REPROVAÇÃO(2012)

TAXA DE ABANDONO(2012)

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE (2012)

ENSINO FUND.ANOS INICIAIS



ENSINO FUND.ANOS FINAIS





86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,384,8 81,2 13 13,5 2,2 5,3 28,3 45,1

ParáAbaetetuba

Taxa de analfabetismo da populaçãode 15 anos ou mais (2010)

11,7%

13,7%

META07

META09

É importante ressaltar que a reprovação não se configura como estratégia pedagógica. Em vez disso, acaba por excluir crianças e jovens da escola, aumentando consideravelmente as taxas de reprovação, evasão e distorção idade-série. Por que não inovar nas práticas pedagógicas e buscar novos recursos educacionais, como sugere o PNE para assegurar a melhoria do fluxo, reduzir o abandono e melhorar a aprendizagem? Promover debates e buscas de soluções junto às escolas, envolvendo diretores, coordenadores e professores pode ser um bom e importante começo.

ABAETETUBA - PA

Taxa de atendimento de 4 e 5 anos (2010)

Taxa de atendimento de 6 a 14 anos (2010)


Matrículas Educação InfantilMunicipal: 4.866 | Privada: 313

PARÁ

PARÁ

PARÁ

ABAETETUBA

ABAETETUBA

ABAETETUBA

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 15.873 | Estadual: 11.634Federal: 0 | Privada: 1.743

Matrículas Ensino Médio**Estadual: 6.937 | Federal: 177 | Privada: 477

72,4%

83,5%

94,5%

81,5%

97,7%

87,6%

META01

META02

META03

Metas do PNE

As taxas de atendimento de Abaetetuba são superiores às médias do Pará. No entanto, a gestão da Educação do município deve buscar a universalização de toda a Educação Básica. Por exemplo: levando as escolas até mais perto das comunidades.

A distância entre a taxa atual de atendimento e a universalização pode estar na oferta do Ensino Fundamental para as populações do campo, indígenas e quilombolas nas próprias comunidades, assim como para crianças com deficiência.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais atrativos para a aproximação do jovem à educação formal.

30 31

ACARÁ - PA

Distância até Belém65,83 tkm

População Acará53.569 habitantes


PIB AcaráR$ 235.292.000,00



0,350

2000 20002010 2010

0,125 0,332

2000 20002010 2010

0,506


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

75,62% 64,2% 92,29% 85,44%

Apesar de avanços nos cenários social e educacional, o município de Acará ainda precisa

dar mais atenção à evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), como

mostram os dados da página 55. Destacam-se a redução da pobreza e a melhora no Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que vai de 0 a 1 e cujos resultados são mais positivos

conforme se aproximam de 1, juntamente com taxas de atendimento de crianças e jovens

equivalentes ou superiores às médias nacionais e regionais. Aqui há um bom motivo para

comemoração. Mas, as taxas de reprovação e abandono escolar, merecem atenção.

Belém

Pará

Acará© King Ho Yim | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

32 33



8 10 4 25

9.328 3.840 0 3.679

Apesar de números positivos relativos à infraestrutura, ainda há carência do chamado “parquinho”. Lembre-se que brincar é um direito da criança e um caminho para muitos aprendizados. Você pode buscar o apoio da comunidade para a instalação de brinquedos. É importante estar atento ao PAR que possui recursos para a construção e equipamento de espaços como parques e quadras nas escolas.

Esse dado está correto? Vale verificar se seu município não tem mesmo nenhuma matrícula de Educação Especial. E, mais do que isso, apurar se não há crianças com deficiência fora da escola. Cabe ao Dirigente Municipal de Educação e à equipe da SME conhecer esta demanda para poder traçar planos de ação e garantir a inclusão deste público na Educação.

De acordo com os dados do Censo Escolar, a rede municipal concentra integralmente as matrículas de EJA em Acará, o que mostra a atenção dosgestores com essa modalidade de ensino.

ACARÁ - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

701

182

9

173

6

0

2.930

PARQUE INFANTIL


Infraestrutura


Como estratégia para aumentar o atendimento das crianças de até 5 anos, o PNE prevê, entre outras medidas, a definição de metas de crescimento das redes públicas. Lembre-se que você deve poder contar com a colaboração do Estado e do governo federal nesse esforço.

Acará não possui nenhuma escola no município que ofereça educação indígena. Dar esse atendimento é um mecanismo importante de inclusão social. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a ampliação da rede, tanto para aumentar o atendimento à faixa etária dos 4 e 5 anos, como para o oferecimento da educação indígena.


34 35

IDEB E FLUXO

PARÁ

ACARÁ

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,6 3,6 3,8 2,4 2,8 3,2 4,7 3,6 3,4 3,2 3,3 3,6 5,23

ParáAcará
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,383 81,9 11,4 9,3 5,6 8,8 47,4 61,9

ParáAcará


11,7%

21,3%

META07

META09

A taxa de distorção idade-série, em todo o Ensino Fundamental, pode ser vista como indicador de que a escola não consegue garantir o aprendizado dos alunos. Estimule práticas inovadoras entre os professores, coordenadores e diretores das escolas como alternativas mais eficazes do que a reprovação em si.

Assegurar a alfabetização das crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, como estabelece o PNE, terá reflexo na taxa de analfabetismo em longo prazo. Mas, acima de tudo, esse é um direito das crianças. Leve esse debate para as escolas, com professores, coordenadores e gestores.

Os resultados das escolas de Acará no Ideb de 2011 ficaram muito próximos (nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental) ou abaixo das metas para aquele ano. É importante ter como referência as metas parciais do Ideb, ano a ano, como forma de assegurar o cumprimento da meta final em 2021. Discutir os índices com toda a equipe escolar, buscando ações conjuntas, é um bom começo.

ACARÁ - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

ACARÁ

ACARÁ

ACARÁ

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 13.168 | Estadual: 0Federal: 0 | Privada: 0


72,4%

81,0%

94,5%

81,5%

92,9%

82,3%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Busque identificar quais os grupos populacionais excluídos do sistema deensino em seu município e crie estratégias para atendê-los. Lembre-se que o PNE recomenda a busca ativa de crianças e jovens fora da escola.

O Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. De cada 100 estudantes que entram no Ensino Fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série, e apenas 40, o Ensino Médio. Você já pensou sobre qual a realidade de seu município? Essa pode e deve ser sempre uma importante e constante reflexão.

36 37

BAIÃO - PA


População Baião36.882 habitantes


PIB BaiãoR$ 145.327.000,00



0,459

2000 20002010 2010

0,283 0,467

2000 20002010 2010

0,578


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

76,6% 57,94% 91,6% 79,06%

A observação dos dados referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

do município de Baião mostra uma evolução mais significativa da dimensão Educação do que

no indicador de forma geral, que vai de 0 a 1. Provavelmente, contribuem para isso as elevadas taxas de atendimento de crianças e jovens pelas

escolas de Baião, localizadas principalmente na área rural. Também se destacam as taxas de abandono, nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental,

relativamente próximas às médias nacionais.

Belém

Pará

Baião© Antonio De Azevedo Negrão | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

38 39



5 3 0 4

4.433 2.608 0 854

A infraestrutura das escolas faz parte dos parâmetros de qualidade do PNE. Afinal, bibliotecas e laboratórios são equipamentos que estimulam o aprendizado de crianças e jovens. Lembre-se que tudo começa pelo diagnóstico e avalie a infraestrutura das escolas de acordo com as necessidades das crianças. Busque apoios, até fora da área da Educação, para implementar melhorias, e não se esqueça que o PAR oferece recursos para esta finalidade.

Para assegurar o atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de acordo com a Meta 4, o PNE determina que se contabilize as matrículas. Como tem sido esse trabalho no seu município? É conhecida a demanda real por vagas de Educação Especial? Essas reflexões são importantes para a ampliação da oferta de educação para esse público.

BAIÃO - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

93

27

72

3

0

1.422

PARQUE INFANTIL

Conhecer a demanda por creches para crianças de até três anos é fundamental, pois só assim é possível planejar a oferta. Para levantar a necessidade de vagas, realize consultas públicas, como recomenda o PNE.


Infraestrutura


Estabeleça metas de ampliação da rede de escolas no seu município, como forma de aumentar o atendimento às crianças em idade escolar. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de escolas, tanto da Educação Infantil quanto do Ensino Fundamental.


40 41

IDEB E FLUXO

PARÁ

BAIÃO

Os resultados das escolas de Baião no Ideb de 2011 ficaram muito próximos (nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental) ou abaixo das metas para aquele ano. Promova, como indicado pelo PNE, processo de autoavaliação das escolas, por meio de instrumentos que orientem as dimensões a serem fortalecidas, como a formação continuada dosprofessores e a gestão democrática.

Merece análise mais aprofundada, por parte do município, a diferença da distorção idade-série nos Anos Iniciais e nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Um dos principais fatores de risco para a permanência das crianças na escola é o fracasso escolar, representado pela repetência e abandono que provocam elevadas taxas de distorção idade-série.

No combate ao analfabetismo, a EJA é uma aliada importante. É crucial saber quem são os jovens e adultos fora da escola e oferecer programas gratuitos de alfabetização e continuidade da escolarização básica.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,6 2,9 3,4 2,6 2,9 3,3 4,8 3,4 3,5 3,4 3,6 3,8 5,43,5

ParáBaião
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,384 80,2 12,6 14,4 3,4 5,4 35,8 56,1

ParáBaião


11,7%

13,9%

META07

META09

BAIÃO - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

BAIÃO

BAIÃO

BAIÃO



72,4%

83,2%

94,5%

81,5%

91,4%

87,5%

A universalização da Educação é o primeiro passo para a melhoria do ensino. Por isso mesmo, as três primeiras metas do Plano Nacional de Educação (PNE) dizem respeito à taxa de atendimento. Apesar nos números positivos, Baião ainda tem o desafio de elevar esse atendimento em até 16,8 pontos percentuais, por exemplo, no caso da Educação Infantil. Para isso, buscar o apoio do governo federal com o programa Pró-Infância pode ser um importante auxílio no processo de ampliação da rede.

Lembre-se que quanto mais perto da universalização, mas difícil é alcançar a meta. Mas todos têm direito à Educação e ninguém pode ser deixado de fora. Procure identificar grupos excluídos da escola e crie estratégias efetivas de inclusão.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais que motivem a aproximação à educação formal.

META01

META02

META03

Metas do PNE

42 43

BARCARENA - PA


População Barcarena99.859 habitantes


PIB BarcarenaR$ 3.550.233.000,00



0,554

2000 20002010 2010

0,371 0,564

2000 20002010 2010

0,662


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

50,98% 34,88% 71,83% 61,4%

A redução no percentual de crianças pobres, de 50,98% para 34,88% em dez anos, no

município de Barcarena, foi acompanhada na melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Destaca-se, ao mesmo tempo, o crescimento igualmente significativo verificado

na dimensão Educação do indicador. Apesar desses avanços, a rede de escolas em Barcarena

tem registrado resultados abaixo da meta no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(Ideb) e altas taxas de reprovação no Ensino Fundamental (veja nas páginas seguintes).

Belém

Pará

Barcarena© André Lopes

44 45



13 14 0 19

11.123 5.533 20 2.380

De acordo com o PNE, a oferta de Educação Básica pública em tempo integral se dá por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo. Para isso, o governo federal possui o programa “Programa Mais Educação”.

BARCARENA - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

591

99

27

72

9

1

3.210

PARQUE INFANTIL

O município possui números expressivos no que se refere às matrículas na Educação Básica. No entanto, ainda há um desafio importante a ser vencido até a universalização. Qual o caminho? O PNE sugere, em várias de suas metas, que se realize a chamada busca ativa de crianças e jovens fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até três anos.


Infraestrutura


Para ampliar o atendimento das crianças e dos jovens em idade escolar, também é preciso avaliar regularmente a demanda e definir metas de crescimento da rede pública. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de escolas e, desta forma, ampliar significativamente a taxa de atendimento na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.


46 47

IDEB E FLUXO

PARÁ

BARCARENA

Fique atento. Os resultados do município acabam por distanciá-lo do objetivo estabelecido para 2021. Envolva cada uma das escolas no esforço de melhoria do Ideb, discutindo os resultados, seus significados pedagógicos, estratégias e aprimoramento.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33 3,3 3,7 3 3,4 3,8 5,3 3,1 3 3,1 3,3 3,5 5,13,1

ParáBarcarena
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,383,3 74,3 14,1 18,8 2,6 6,9 33 46,1

ParáBarcarena


11,7%

8,5%

META07

META09

A reprovação não é uma estratégia pedagógica interessante. Por isso é importante inovar nas práticas pedagógicas e buscar novos recursos educacionais, como sugere o PNE para assegurar a melhoria do fluxo, reduzir o abandono e melhorar a aprendizagem. Promova discussões nas escolas envolvendo diretores, coordenadores e, principalmente, professores para que todos busquem alternativas que favoreçam a permanência e não promovam exclusão.

BARCARENA - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

BARCARENA

BARCARENA

BARCARENA



72,4%

76,2%

94,5%

81,5%

97,3%

88,1%

Quase 24 pontos percentuais separam Barcarena da meta de universalizar a Educação Infantil. Você sabe quem são e onde estão crianças de 4 a 5 anos fora da escola?

Barcarena não possui nenhuma escola que tenha educação indígena. Oferecer esse atendimento é um mecanismo importante de inclusão social, passo essencial para a universalização do ensino.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais que aproximem esse público da educação formal.

META01

META02

META03

Metas do PNE

48 49

BELÉM - PA

Distância até Belém-

População Belém1.393.399 habitantes


PIB BelémR$ 17.987.323.000,00



0,644

2000 20002010 2010

0,504 0,673

2000 20002010 2010

0,746


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

34,7% 21,36% 61,49% 47,63%

Apesar do avanço registrado entre 2000 e 2010, a capital do Pará ainda registra um Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os dez piores das capitais brasileiras. O indicador vai de

0 a 1 e os resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1. Na dimensão “Educação”, no mesmo período, o índice de Belém passou

de 0,504, considerado baixo pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), para

0,673, considerado médio na escala do programa, e levemente superior ao resultado do Brasil (0,637).

Esses números são coerentes com outros indicadores educacionais, apresentados nas páginas seguintes.

Pará

Belém© André Lopes

50 51



7 124 9 1

33.254 11.091 0 7.880

Apenas uma escola da capital aderiu ao ao programa “Programa Mais Educação”, programa do governo federal. As parcerias são um caminho a ser sempre considerado no esforço de implementar mudanças, como a escola em tempo integral.

O primeiro passo para assegurar o atendimento escolar aos alunos com deficiência pode ser a avaliação da demanda e o registro correto das matrículas. Esse indicador chama a atenção para isso. Afinal, só conhecendo a demanda é possível que o Dirigente Municipal de Educação e a equipe da SME possam estabelecer estratégias de inclusão e colocá-las em prática.

Menos de 20% das matrículas totais de EJA estão na rede municipal. Avalie se o município não consegue maior envolvimento nesta importante modalidade de ensino, com impacto sobre o nível de escolaridade e a redução do analfabetismo.

BELÉM - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

3.522

131

129

2

1

53

13.687

PARQUE INFANTIL


Infraestrutura


O PNE prevê, como estratégia para ampliar o atendimento das crianças de até cinco anos, a definição de metas de crescimento das redes públicas. Em regime de colaboração entre União, estados e municípios, você deve buscar formas de aumentar o número de vagas nas escolas. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de novas salas de aulas e até de novas escolas para ampliação do atendimento.

O município tem promovido a oferta de educação de qualidade para as populações do campo, indígenas e quilombolas, nas suas próprias comunidades? Essas são reflexões importantes para que possam ser definidas metas e planos de ação para a inclusão educacional.


52 53

IDEB E FLUXO

PARÁ

BELÉM

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,2 3,8 4,2 3,2 3,6 4 5,5 3,1 - 3,1 3,3 3,6 5,13

ParáBelém
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,389,9 76,6 7,7 18,1 2,4 5,3 22,6 35,4

ParáBelém


11,7%

3,3%

META07

META09

Embora as taxas de atendimento de Belém estejam acima da média brasileira nas faixas etárias de 4 e 5 anos e de 15 a 17 anos, ainda não se pode considerar que a Educação Infantil e o Ensino Médio estejam universalizados. No primeiro caso, o desafio é elevar o atendimento em 16,3 pontos percentuais; no segundo, 12,8 pontos. Envolva a área da Educação e a sociedade no debate sobre a universalização, em busca de soluções para incluir crianças e jovens que estão fora da escola.

Os resultados parciais de Belém no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) deixam um cenário desafiador para o cumprimento da meta final, em 2021: 5,5 nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e 5,1 nos Anos Finais. Para se ter um termo de comparação, a meta do país é alcançar um Ideb de 6 no mesmo período.

A taxa de reprovação nas escolas municipais, especialmente nos Anos Finais do Ensino Fundamental, ainda é bastante alta, mesmo na comparação com o Brasil, com a região Norte e com o Estado do Pará. Vale o debate sobre até que ponto o município acredita na retenção das crianças como forma de melhorar a qualidade do ensino. Buscar outras estratégias pedagógicas pode ser um bom ponto de partida para o debate com as escolas, envolvendo principalmente os professores na identificação do problema e busca de soluções.

BELÉM - PA




Matrículas Educação InfantilMunicipal: 13.687 | Privada: 12.097

PARÁ

PARÁ

PARÁ

BELÉM

BELÉM

BELÉM

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 44.345 | Estadual: 99.933Federal: 1.978 | Privada: 51.495

Matrículas Ensino Médio**Estadual: 49.603 | Federal: 1.998Privada: 16.644

72,4%

83,7%

94,5%

81,5%

96,1%

87,2%

META01

META02

META03

Metas do PNE

54 55

BENEVIDES - PA


População Benevides51.651 habitantes


PIB BenevidesR$ 599.178.000,00



0,529

2000 20002010 2010

0,376 0,592

2000 20002010 2010

0,665


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

56,47% 30,25% 81,71% 63,73%

A atenção do município de Benevides à qualidade do ensino pode ser demonstrada pela melhoria na

dimensão “Educação” do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), indicador que vai de 0

a 1 e cujos resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1, e do cumprimento de metas

parciais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Porém, os desafios no horizonte são significativos, tanto no aspecto social, na

vulnerabilidade das crianças à pobreza, como no aspecto educacional, como a distorção idade-série.

Belém

Pará

Benevides© Diego Cervo | Shutterstock.com (imagem ilustrativa)

56 57



2 4 0 15

5.108 0 0 276

Mais da metade das escolas no município aderiram ao Programa “Programa Mais Educação”. O próximo passo pode ser a avaliação sobre se as atividades oferecidas nessas escolas oferecem, de fato, um ganho pedagógico para crianças e adolescentes.

Avalie a infraestrutura das escolas do município de acordo com as necessidades de aprendizagem das crianças, ouvindo professores e coordenadores pedagógicos.

Diante desses dados, considere a importância de promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola. Isso pode ser feito em parceriacom entidades de assistência social e vai permitir conhecer e atender à demanda por Educação Especial, por exemplo.

BENEVIDES - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

24

10

14

13

1

1.418

PARQUE INFANTIL

Conhecer a demanda por creches para crianças de até três anos é fundamental, pois só assim é possível planejar a oferta. Esse tipo de diagnóstico pode ser feito em colaboração com os governos estadual e federal.

Com sua rede dividida de forma quase equivalente entre área urbana e rural, o município deve, tal como recomenda o PNE, definir metas de crescimento, com base na avaliação detalhada da demanda.


Infraestrutura



58 59

IDEB E FLUXO

PARÁ

BENEVIDES

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33 3,7 4 3,2 3,6 4 5,4 3,5 - 3,3 3,4 3,7 5,32,8

ParáBenevides
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,388,1 75,5 9,9 15,2 2 9,3 25,5 41,9

ParáBenevides


11,7%

6,8%

META07

META09

O Ideb foi estruturado de forma que as metas parciais, ano a ano, devam ser cumpridas para assegurar que cada município, cada Estado e mesmo o país chegue à meta final. Analise os resultados junto com diretores de escola, coordenadores e professores, pois promover este tipo de debate pode colaborar para que todos, conjuntamente, estabeleçam metas e coloquem em prática boas estratégias para atingi-las.

Encontrar formas de reduzir o abandono nos Anos Finais do Ensino Fundamental, com estratégias inovadoras para atrair os alunos para a escola, pode melhorar o atendimento no Ensino Médio. Busque, por exemplo, compreender os motivos que levam essas crianças a deixar o ensino por outras atividades. Tornar a escola mais atrativa com estratégias pedagógicas inovadoras pode ser o início de um caminho para diminuir a taxa de evasão.

BENEVIDES - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

BENEVIDES

BENEVIDES

BENEVIDES

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 5.108 | Estadual: 5.249Federal: 0 | Privada: 963


72,4%

78,5%

94,5%

81,5%

97,4%

83,7%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Mais de 20 pontos percentuais separam a taxa de atendimento de crianças de 4 a 5 anos em Benevides da universalização da Educação Infantil. Você sabe quem são essas crianças, onde vivem e por que não frequentam a escola? O diagnóstico é o primeiro passo para a solução do problema. Preencher corretamente o PAR e acompanhá-lo de perto pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de creches e pré-escolas.

Em geral, as crianças nessa faixa etária que ainda estão fora da escola são também aquelas excluídas socialmente, por diversas razões: raça, gênero e até mesmo local de moradia.

60 61

BUJARU - PA

Distância até Belém51,58 km

População Bujaru25.695 habitantes


PIB BujaruR$ 75.130.000,00



0,395

2000 20002010 2010

0,188 0,437

2000 20002010 2010

0,552


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

81,57% 62,23% 92,93% 89,88%

A dimensão Educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de

Bujaru ainda é considerada muito baixa, de acordo com os padrões do Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (Pnud). No entanto, merece destaque a evolução desse indicador: de 0,188 em

2000 para 0,437 em 2010. Quanto mais próximo o IDHM fica de 1, melhor o resultado do município.

É provável que esse resultado reflita as taxas de atendimento da rede de ensino em Bujaru, mas há

desafios significativos de qualidade, como mostram os números do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (Ideb), nas páginas seguintes.

Belém

Pará

Bujaru© André Lopes

62 63



3 10 0 11

4.044 1.017 0 1.580

O PNE traz expressamente a recomendação de garantir a oferta de atendimento educacional especializado às crianças com deficiência. Por onde começar? Identificando as necessidades dessa população em seu município e ouvindo as famílias. Além disso, é importante fomentar a educação inclusiva, com articulação pedagógica com o ensino regular.

Quase 90% das matrículas de EJA em Bujaru estão na rede municipal. Esse é um passo importante para assegurar o atendimento de jovens que foram excluídos do ensino regular e reduzir a taxa de analfabetismo.

Apesar de números positivos relativos à infraestrutura, as escolas ainda carecem da falta do chamado “parquinho”. Lembre-se que brincar é um direito da criança e um caminho para muitos aprendizados. Você pode buscar o apoio da comunidade para a instalação de brinquedos. Os laboratórios de Ciências, por sua vez, são muito importantes nos Anos Finais do Ensino Fundamental e contribuem para o melhor aprendizado dos conteúdos nessa etapa. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de parques, laboratórios e também para equipá-los.

BUJARU - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

124

74

8

66

20

0

1.057

PARQUE INFANTIL


Infraestrutura


O município não possui nenhuma escola que ofereça educação indígena. Esse atendimento é um mecanismo importante de inclusão social. Além disso, as populações do campo, indígenas e quilombolas devem ser consideradas no esforço de universalização do Ensino Fundamental.


64 65

IDEB E FLUXO

PARÁ

BUJARU

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33 3 3,3 2,6 2,9 3,3 4,8 2,3 - 2,8 3 3,2 4,82,4

ParáBujaru
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,389,2 82,6 7,4 9,7 3,4 7,7 40,7 55,2

ParáBujaru


11,7%

14,6%

META07

META09

Merece atenção especial o Ideb do município referente aos Anos Finais do Ensino Fundamental, que ficou abaixo das metas parciais em 2007 e 2009, e cujo resultado em 2011 não foi calculado. Envolva cada uma das escolas do município na discussão para o estabelecimento de estratégias que busquem a melhoria desses resultados.

A distorção idade-série é praticamente o dobro da média brasileira nos Anos Finais do Ensino Fundamental, indicando que os alunos não estão aprendendo o esperado para cada ano e comprometendo o cumprimento das metas de qualidade e fluxo previstas no PNE. Esse é um indicador que contribui para o abandono escolar e pode ser melhorado com formas inovadoras de ensino dentro de sala de aula. Invista, por exemplo, na capacitação de professores. Envolver as escolas com seus diretores, coordenadores e professores em debates para a busca de soluções pode ser um bom início.

Assegurar a alfabetização das crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, como estabelece o PNE, terá reflexo na taxa de analfabetismo a longo prazo. Mas, acima de tudo, esse é um direito das crianças. Leve esse debate para as escolas.

BUJARU - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

BUJARU

BUJARU

BUJARU



72,4%

64,7%

94,5%

81,5%

91,9%

81,5%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Atenção específica deve ser dada ao atendimento das crianças de 4 e 5 anos, responsabilidade primordial do município. Para alcançar a universalização da Educação Infantil, Bujaru ainda precisa ampliar esse atendimento em 35,3 pontos percentuais. O PNE recomenda que se faça a busca ativa de crianças fora da escola, em vez de apenas esperar que as famílias as matriculem. Mais uma vez, o PAR pode ser um bom aliado na ampliação e construção de novas escolas a fim de atender a essa demanda.

O Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. De cada 100 estudantes que entram no Ensino Fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série, e apenas 40, o Ensino Médio. Você já pensou sobre qual a realidade de seu município?

66 67

CAMETÁ - PA


População Cametá120.896 habitantes


PIB CametáR$ 378.309.000,00



0,432

2000 20002010 2010

0,249 0,474

2000 20002010 2010

0,577


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

83,19% 62,65% 93,92% 84,18%

A observação dos resultados do município paraense de Cametá no Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica (Ideb), apresentados nas páginas seguintes, revela que as metas parciais não têm sido alcançadas com a regularidade necessária para o cumprimento do

número final, bastante desafiador. Por isso, vale observar outros indicadores. Por exemplo: a distorção idade-série,

ainda muito elevada, tanto nos Anos Iniciais como nos Anos Finais do Ensino Fundamental, assim como a taxa de reprovação de mais de 20% nas primeiras séries da

trajetória escolar, quando as crianças estão iniciando seu aprendizado. Por outro lado, o município possui um

número expressivo de escolas e matrículas, ou seja, uma base significativa com a qual trabalhar.

Belém

Pará

Cametá© André Lopes

68 69



22 13 0 25

18.297 11.399 298 1.217

As parcerias podem ser um bom caminho também para obter laboratórios de Ciências para as escolas. Em uma rede municipal de ensino de 235 estabelecimentos, apenas duas contam com parque infantil. Não se esqueça que brincar é parte essencial das atividades necessárias ao desenvolvimento da primeira infância.

Considere a possibilidade de buscar parcerias para equipar as escolas com brinquedos. Para ampliar o atendimento das crianças e dos jovens em idade escolar, também é preciso avaliar regularmente a demanda e definir metas de crescimento da rede pública. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de parques, laboratórios e até mesmo para ampliação do atendimento com novas salas de aulas e/ou escolas.

CAMETÁ - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

1.173

235

19

216

46

2

4.964

PARQUE INFANTIL

Para ampliar o atendimento das crianças e dos jovens em idade escolar, também é preciso avaliar regularmente a demanda e definir metas de crescimento da rede pública.

O município possui matrículas em todas as etapas e modalidades de ensino. Diante disso, coloca-se para os gestores o desafio de ampliar esses números e, com isso, universalizar a Educação Básica. Para isso, o PNE sugere que se realize a chamada busca ativa de crianças e jovens fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até três anos.


Infraestrutura



70 71

IDEB E FLUXO

PARÁ

CAMETÁ

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,6 2,7 3,4 2,5 2,9 3,3 4,8 3,2 3,3 3,0 3,2 3,5 52,9

ParáCametá
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,375,2 78,9 20,9 13,9 3,9 7,2 43,3 51,5

ParáCametá


11,7%

10,5%

META07

META09

Fique atento. Os resultados do município acabam por distanciá-lo do objetivo estabelecido para 2021. Envolva cada uma das escolas no esforço de melhoria do Ideb, discutindo os resultados, seus significados pedagógicos e estratégias e aprimoramento.

É preciso combater a cultura da repetência nas escolas e ter em mente, o tempo todo, que o ideal são taxas de aprovação muito próximas de 100%. Capacite seus professores para experimentar práticas pedagógicas diferentes e utilizar novos recursos educacionais, como sugere o PNE.

CAMETÁ - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

CAMETÁ

CAMETÁ

CAMETÁ

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 29.696 | Estadual: 0Federal: 0 | Privada: 1.317


72,4%

79,7%

94,5%

81,5%

96,7%

86,2%

Dimensionar a demanda por Educação Infantil no município, levando em conta que, em geral, as crianças que estão fora da escola também são excluídas socialmente, é passo crucial para ampliar o atendimento.

Embora elevado, esse percentual ainda indica um número grande de jovens fora da escola. Onde estão esses jovens? Quando e por que eles abandonaram a escola? Eles são atendidos pela EJA?

META01

META02

META03

Metas do PNE

72 73

CAPANEMA - PA


População Capanema63.639 habitantes


PIB CapanemaR$ 501.050.000,00



0,533

2000 20002010 2010

0,352 0,580

2000 20002010 2010

0,655


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

59,8% 43,78% 78,97% 71,36%

Um cenário socioeconômico com elevado percentual de crianças vulneráveis à pobreza,

que, além disso, se manteve praticamente inalterado em dez anos, pode comprometer

os avanços educacionais que o município de Capanema tem registrado, refletidos, por

exemplo, na dimensão “Educação” do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e

nas taxas de atendimento. Destacam-se, ainda, as taxas de distorção idade-série mais favoráveis que a média do Estado do Pará e da região Norte,

apresentadas nas páginas seguintes.

Belém

Pará

Capanema© Nmedia | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

74 75



2 14 0 8

4.773 0 24 370

Os chamados “parquinhos” são essenciais para o desenvolvimento das crianças na primeira infância, período em que o lúdico desempenha papel fundamental.

Lembre-se que tudo começa pelo diagnóstico e avalie a infraestrutura das escolas de acordo com as necessidades das crianças. E busque apoios, até fora da área da Educação, para implementar melhorias. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de parques, laboratórios e bibliotecas, podendo até mesmo equipá-los. Fiquem atentos.

Em uma rede com números significativos de matrículas e atendimento, como mostram os indicadores desta e das páginas seguintes, chama atenção a ausências de alunos nos Anos Finais do Ensino Fundamental. O primeiro passo é conferir se esse dado está correto, ou seja, se as estatísticas oficiais refletem a realidade. Em seguida, deve-se levantar se essas crianças estão sendo atendidas pela rede estadual. Você pode buscar parcerias com o Estado para suprir essa demanda.

CAPANEMA - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

835

51

28

23

13

1

1.621

PARQUE INFANTIL

Capanema não possui nenhuma escola no município que ofereça educação indígena. Dar esse atendimento é um mecanismo importante de inclusão social e educacional.


Infraestrutura



76 77

IDEB E FLUXO

PARÁ

CAPANEMA

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,8 3,6 3,8 2,9 3,2 3,6 5,1 2,9 - 3,2 3,4 3,7 5,22,7

ParáCapanema
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,386,5 75,3 11,3 20,7 2,2 4 25,3 38,4

ParáCapanema


11,7%

13,8%

META07

META09

Os resultados do Ideb de 2011 ficaram muito próximos ou abaixo das metas. É importante ter como referência as metas parciais do Ideb, ano a ano, como forma de assegurar o cumprimento da meta final em 2021. Promova, como indicado pelo PNE, processo de autoavaliação das escolas, por meio de instrumentos que orientem as dimensões a serem fortalecidas, como a formação continuada dos professores e a gestão democrática. Por isso, promover debates com as escolas sobre esses indicadores pode ser o início para o estabelecimento de metas e estratégias que levem o município e cada escola a avançar.

Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental representam os primeiros passos das crianças na trajetória escolar. Será que reprovação, que leva ao abandono da escola ou à defasagem, é a melhor tática para lidar com dificuldades de aprendizado? Buscar estratégias pedagógicas inovadoras é um bom caminho. Envolva diretores, coordenadores e, principalmente, professores em discussões sobre a questão.

A redução do analfabetismo começa pela alfabetização na idade certa, ou seja, até os oito anos. Uma estratégia valiosa é desenvolver processos de atenção individualizada e de avaliação contínua. Deve-se também continuar perseguindo as metas do PNE, até mesmo com a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, envolvendo as famílias e outras áreas da prefeitura, como a assistência social.

CAPANEMA - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

CAPANEMA

CAPANEMA

CAPANEMA



72,4%

89,5%

94,5%

81,5%

97,6%

85,9%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Embora as taxas de atendimento de Capanema sejam elevadas, ainda não se pode considerar que a Educação Infantil, o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio estejam universalizados. Na comparação com o Estado do Pará e a região Norte, o município também se destaca.

No entanto, deve-se continuar perseguindo as metas do PNE, até mesmo com a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, envolvendo as famílias e outras áreas da prefeitura, como a assistência social.

78 79

CASTANHAL - PA


População Castanhal173.149 habitantes


PIB CastanhalR$ 1.449.213.000,00



0,550

2000 20002010 2010

0,372 0,582

2000 20002010 2010

0,673


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

50,39% 35,58% 76,6% 64,92%

O município de Castanhal apresenta uma realidade bastante diversa, tanto do ponto de vista dos

dados sociais como dos indicadores educacionais, expostos nessa página. Nos últimos dez anos, houve

clara redução da pobreza e melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que vai de

0 a 1 e cujos resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1. Também há avanços nas taxas de

atendimento a crianças e jovens. Ao mesmo tempo, ainda é elevado o percentual de crianças vulneráveis

à pobreza e às taxas de reprovação e distorção idade-série, em especial nos Anos Finais do Ensino

Fundamental, que precisam ser reduzidas.

Belém

Pará

Castanhal© Santos06 | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

80 81



11 44 3 34

14.552 3.909 0 4.389

De acordo com o PNE, a oferta de Educação Básica pública em tempo integral se dá por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo. Para isso, o governo federal possui o programa “Programa Mais Educação”. Busque informações e veja como fazer parte.

O PNE determina, entre as estratégias que recomenda para o alcance de suas metas de atendimento a crianças e jovens em idade escolar, a definição de objetivos de crescimento das redes públicas. O estabelecimento desses objetivos começa com a avaliação detalhada da demanda. Se houver necessidade de ampliação da rede, preencher corretamente o PAR pode ser um bom início, pois, assim, pode-se obter auxílio do MEC para a construção e/ou ampliação de escolas.

Promover a busca ativa de crianças com necessidades especiais fora da escola é caminho recomendado pelo PNE como forma de incluí-las no sistema regular de ensino. Isso pode ser realizado em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.

CASTANHAL - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

83

45

38

13

8

3.842

PARQUE INFANTIL

É muito importante que o município faça um levantamento detalhado da demanda por creches para crianças de até três anos, com a participação das famílias. Isso possibilita o melhor planejamento da oferta. Para isso, busque parcerias com órgãos governamentais e entidades da sociedade civil.

Populações indígenas, remanescentes de quilombos e moradores de áreas rurais devem ter atenção especial, como forma de inclusão social.


Infraestrutura



82 83

IDEB E FLUXO

PARÁ

CASTANHAL

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,3 3,7 3,9 3,1 3,4 3,8 5,3 3,3 - 3,2 3,3 3,6 5,23,1

ParáCastanhal
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,386 79,8 12,1 14,9 1,9 5,3 27,7 38

ParáCastanhal


11,7%

7,8%

META07

META09

Envolva professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas do município no entendimento e na discussão sobre as metas do Ideb. Perseguir melhores resultados é responsabilidade de todos e significa, na prática, que os alunos estão aprendendo.

Busque compreender a relação entre fluxo e resultados no Ideb. Além do fluxo ser parte do indicador, crianças e jovens cursando a série adequada tendem a apresentar melhores resultados na Prova Brasil.

CASTANHAL - PA




Matrículas Educação InfantilMunicipal: 3.842 | Privada: 1.325

PARÁ

PARÁ

PARÁ

CASTANHAL

CASTANHAL

CASTANHAL


Matrículas Ensino Médio**Estadual: 9.243 | Federal: 299 | Privada: 1.442

72,4%

69,7%

94,5%

81,5%

95,4%

86,2%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Mais de 30 pontos percentuais separam Castanhal da meta de universalização da Educação Infantil. Identificar as crianças que estão fora da escola e estabelecer estratégias de inclusão, como a oferta de transporte escolar, é essencial.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais que os aproximem da educação formal.

84 85

COLARES - PA


População Colares11.381 habitantes


PIB ColaresR$ 41.244.000,00



0,524

2000 20002010 2010

0,395 0,528

2000 20002010 2010

0,602


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

76,25% 64,54% 91,81% 84,68%

Entre todos os indicadores educacionais do município de Colares, um em especial chama a

atenção: a taxa de atendimento de mais de 95% das crianças de quatro e cinco anos. A Educação Infantil é por onde tudo começa, e o investimento

nessa etapa da escolarização gera frutos por muitos anos. Ao mesmo tempo, porém, o município deve

priorizar a redução dos elevados percentuais de crianças pobres e vulneráveis à pobreza, pois as

condições sociais podem minar os esforços na área educacional e buscar a melhoria dos indicadores também nos Anos Finais do Ensino Fundamental.

Belém

Pará

Colares© André Lopes

86 87



0 1 0 2

1.313 0 0 79

Segundo o PNE, é essencial promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude. Também é importante assegurar que as estatísticas reflitam a realidade, pois o levantamento de dados precisos é o primeiro passo para a adoção das medidas adequadas.

Ampliar a oferta de vagas de EJA contribui para a redução das taxas de analfabetismo e amplia a escolaridade da população, pois assegura o direito à Educação de Jovens e Adultos excluídos do sistema regular de ensino. Busque parcerias com outras esferas de governo e entidades da sociedade civil para implantar programas de EJA.

A infraestrutura das escolas faz parte dos parâmetros de qualidade do PNE no que diz respeito às escolas, tanto de Educação Infantil como de Ensino Fundamental. No caso das crianças menores, brincar é parte essencial do desenvolvimento. Bibliotecas e laboratórios também são equipamentos que estimulam o aprendizado dos mais velhos. Mais uma vez é importante estar atento ao PAR que possibilita recursos para este tipo de infraestrutura.

COLARES - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

62

23

3

20

10

0

626

PARQUE INFANTIL

Embora a matrícula de crianças de zero a três anos em creches não seja obrigatória, a oferta de vagas é direito das famílias e dever do Estado. O PNE prevê o atendimento de 50% da demanda. É fundamental, portanto, avaliar qual a demanda real e, se necessário, ampliar o número de estabelecimentos. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de creches e pré-escolas, aumentando de forma efetiva o número de matrículas em toda a Educação Infantil.


Infraestrutura



88 89

IDEB E FLUXO

PARÁ

COLARES

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,8 3,9 3,8 3 3,3 3,7 5,2 3,4 2,9 2,8 3 3,2 4,82,7

ParáColares
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,392,9 77,8 6,1 16,4 1 5,8 23,4 49,2

ParáColares


11,7%

10,4%

META07

META09

Os resultados das escolas de Colares no Ideb de 2011 ficaram muito próximos (nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental) ou abaixo das metas para aquele ano. É importante ter como referência as metas parciais do Ideb, ano a ano, como forma de assegurar o cumprimento da meta final em 2021. Promova discussões envolvendo todos das escolas para que juntos implementem estratégias que visam à melhoria dos indicadores educacionais.

Observe a recomendação do PNE: implementar novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas, como forma de melhorar o fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos. Os professores do município estão capacitados para isso? Busque parcerias para oferecer programas de educação continuada.

Procure identificar em quais grupos sociais se concentra o analfabetismo no município, pois isso pode facilitar o desenvolvimento das estratégias mais adequadas.

COLARES - PA




Matrículas Educação InfantilMunicipal: 626 | Privada: 0

PARÁ

PARÁ

PARÁ

COLARES

COLARES

COLARES


Matrículas Ensino Médio**Estadual: 530 | Federal: 0 | Privada: 0

72,4%

95,9%

94,5%

81,5%

98,6%

89,2%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Lembre-se que quanto mais perto da universalização, mais difícil é alcançar a meta. Mas todos têm direito à Educação e ninguém pode ser deixado de fora. Procure identificar grupos excluídos da escola e crie estratégias efetivas de inclusão.

90 91

IGARAPÉ-AÇU - PA


População Igarapé-Açu35.887 habitantes


PIB Igarapé-AçuR$ 124.380.000,00



0,459

2000 20002010 2010

0,278 0,490

2000 20002010 2010

0,595


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

71,21% 58,05% 89,38% 79,58%

A observação dos dados referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do

município de Igarapé-Açu mostra uma evolução mais significativa da dimensão Educação do que no indicador de forma geral, que vai sempre de 0 a 1 e é melhor quanto mais se aproxima de 1. No entanto, alguns indicadores educacionais, apresentados nas

páginas seguintes, merecem esforço mais efetivo, como a taxa de atendimento das crianças de quatro

e cinco anos e a taxa de distorção idade-série.

Belém

Pará

Igarapé-Açu© André Lopes

92 93



1 5 0 5

2.876 557 0 216

Para assegurar o atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de acordo com o PNE, a Meta 4 determina que se contabilize as matrículas. Como tem sido esse trabalho no seu município? É conhecida a demanda real por vagas de Educação Especial?

Considere a possibilidade de buscar parcerias, dentro e fora da área da Educação, para ampliar a infraestrutura das escolas, um dos parâmetros de qualidade do PNE. Preencher corretamente o PAR pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a melhoria da infraestrutura das escolas. No entanto, o bom diagnóstico é sempre o melhor ponto de partida.

IGARAPÉ-AÇU - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

131

53

9

44

8

2

1.046

PARQUE INFANTIL

Diante dos números de matrículas na rede municipal de Igarapé-Açu, destaca-se a questão de como ampliar o atendimento e avançar na direção da universalização. O PNE recomenda a chamada busca ativa de crianças e jovens fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até três anos.


Infraestrutura



94 95

IDEB E FLUXO

PARÁ

IGARAPÉ-AÇU

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,7 3,1 - 2,6 3 3,4 4,9 2,8 - 3 3,1 3,4 52,6

ParáIgarapé-Açu
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,380,6 72,2 15,6 21,2 3,8 6,6 34,3 50,9

ParáIgarapé-Açu


11,7%

15,6%

META07

META09

Embora faltem dados de 2011, os resultados do município no Ideb geram preocupação. Envolva as escolas e estimule os gestores a criar instrumentos de autoavaliação, que indiquem as dimensões a serem fortalecidas para melhorar a aprendizagem dos alunos, entre elas a capacitação dos professores. Essa é uma das recomendações centrais do PNE.

Um dos principais fatores de risco para a permanência das crianças na escola é o fracasso escolar. Inovações nas práticas pedagógicas podem evitar a repetência e assegurar que os alunos aprendam o esperado para sua série. Promover debates nas escolas, envolvendo diretores, coordenadores e, principalmente, professores é um bom início de caminho.

No combate ao analfabetismo, a EJA é uma aliada importante. É crucial saber quem são os jovens e adultos fora da escola, e oferecer programas gratuitos de alfabetização e continuidade da escolarização básica.

IGARAPÉ-AÇU - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

IGARAPÉ-AÇU

IGARAPÉ-AÇU

IGARAPÉ-AÇU



72,4%

78,5%

94,5%

81,5%

96,2%

82,7%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Mais de 20 pontos percentuais: esse é o tamanho do desafio de Igarapé-Açu para alcançar a meta de universalização da Educação Infantil estabelecida no PNE. Não é tarefas simples. Você sabe quem são e onde estão essas crianças? Responder a essa pergunta pode ser o primeiro passo.

O Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. De cada 100 estudantes que entram no Ensino Fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série, e apenas 40, o Ensino Médio. Você já pensou sobre qual a realidade de seu município?

96 97

IGARAPÉ-MIRI - PA

Distância até Belém77km

População Igarapé-Miri 58.077 habitantes


PIB Igarapé-Miri R$ 176.826.000,00



0,416

2000 20002010 2010

0,207 0,413

2000 20002010 2010

0,547


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

72,53% 62,77% 91,49% 86,15%

No período de dez anos, a dimensão Educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) apresentou uma evolução expressiva em Igarapé-Miri, provavelmente como resultado do

esforço que se refletiu também no alcance de metas intermediárias do Ideb, cujos resultados

estão na página 121. No entanto, o município ainda tem pela frente um desafio significativo em

relação a alguns indicadores educacionais, como a taxa de atendimento de crianças de quatro e cinco anos e de jovens de 15 a 17 anos, assim como em

relação ao analfabetismo.

Belém

Pará

Igarapé-Miri© Antonio De Azevedo Negrão | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

98 99



12 9 0 3

8.985 4.885 12 841

Na trajetória para oferecer ensino de tempo integral, é importante que os gestores levem em conta a estratégia proposta pelo PNE, de oferecer atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo.

Avaliar a infraestrutura das escolas do município de acordo com as necessidades de aprendizagem das crianças é fundamental. Para isso é importante que a equipe da SME ouça os professores, diretores e coordenadores pedagógicos das escolas. A ampliação dos equipamentos talvez possa ser viabilizada a partir de parcerias com protagonistas da sociedade civil.

IGARAPÉ-MIRI - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

169

118

16

102

32

2

2.207

PARQUE INFANTIL

Conhecer a demanda por creches para crianças de até três anos é fundamental, pois só assim é possível planejar a oferta. Esse tipo de diagnóstico pode ser feito em colaboração com os governos estadual e federal. Preencher o PAR corretamente pode ser um bom início para o município conseguir auxílio do MEC para a construção de creches e pré-escolas.

Como o município ainda está distante da meta de universalização da Educação Básica, é importante estabelecer objetivos claros de ampliação da rede de escolas, conforme a demanda. Isso pode ser feito em parceria com os governos estadual e federal. Também devem ser avaliadas cuidadosamente as necessidades específicas das populações rurais e indígenas.


Infraestrutura



100 101

IDEB E FLUXO

PARÁ

IGARAPÉ-MIRI

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,5 3,2 3,7 2,4 3 3,5 5 3 3,4 3,1 3,2 3,5 5,13,5

ParáIgarapé-Miri
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,376,8 83,6 19,8 11,5 3,4 4,9 39,2 57,2

ParáIgarapé-Miri


11,7%

19,1%

META07

META09

Encontrar formas de reduzir o abandono nos Anos Finais do Ensino Fundamental, com estratégias inovadoras para atrair os alunos para a escola, pode melhorar o atendimento no Ensino Médio. Busque, por exemplo, compreender os motivos que levam essas crianças a deixar o ensino por outras atividades, e leve em conta que mais da metade dos alunos está cursando uma série que não é adequada para sua idade.

Procure atuar em relação ao analfabetismo, que ainda atinge quase 20% da população do município, em duas frentes: assegurando a alfabetização das crianças até os 8 anos de idade, conforme preconiza o PNE, e oferecendo programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

IGARAPÉ-MIRI - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

IGARAPÉ-MIRI

IGARAPÉ-MIRI

IGARAPÉ-MIRI



72,4%

76,3%

94,5%

81,5%

93,5%

79,5%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Mais de 20 pontos percentuais separam a taxa de atendimento de crianças de 4 a 5 anos em Igarapé-Miri da universalização da Educação Infantil. É importante que o Dirigente Municipal de Educação e a equipe da SME saibam quem são essas crianças, onde vivem e por que não frequentam a escola. Lembrem-se que o diagnóstico é o primeiro passo para a solução do problema.

Em geral, as crianças nessa faixa etária que ainda estão fora da escola são também aquelas excluídas socialmente, por diversas razões: raça, gênero e até mesmo local de moradia.

102 103

IRITUIA - PA


População Irituia 31.364 habitantes


PIB Irituia R$ 92.260.000,00



0,419

2000 20002010 2010

0,198 0,427

2000 20002010 2010

0,559


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

71,32% 67,46% 89,39% 87,74%

A dimensão Educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Irituia ainda é

considerada muito baixa, de acordo com os padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

(Pnud). No entanto, não há como não destacar a evolução desse indicador no período de dez anos: de

0,188 em 2000 para 0,437 em 2010. Vale ressaltar que quanto mais próximo o IDHM fica de 1, melhor o resultado do município. Os indicadores educacionais apresentados nas páginas seguintes provavelmente

contribuíram para essa melhora. O município ainda tem no horizonte desafios significativos, como, por exemplo,

reduzir a taxa de distorção idade-série, garantindo, assim, que crianças e adolescentes aprendam o

esperado em cada etapa da trajetória escolar.

Belém

Pará

Irituia© Antonio De Azevedo Negrão | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

104 105



4 3 0 7

4.118 0 0 127

É importante assegurar que as estatísticas reflitam a realidade educacional de seu município, uma vez que o diagnóstico correto é um passo crucial para a melhoria da educação.

A rede municipal ainda se ressente da falta do chamado “parquinho”. Lembre-se que brincar é um direito da criança e um caminho para muitos aprendizados. Você, DME, pode buscar o apoio da comunidade para a instalação de brinquedos. Vale lembrar também que os laboratórios de Ciências, por sua vez, são muito importantes nos Anos Finais do Ensino Fundamental e contribuem para melhorar o aprendizado dos conteúdos nessa etapa de ensino.

Uma das recomendações expressamente definidas pelo PNE é a de garantir a oferta de atendimento educacional especializado às crianças com deficiência. Identificar as necessidades dessa população em seu município, em parceria com outras áreas de governo, e ouvir os familiares pode ser o primeiro passo desse processo de efetivação da garantia de atendimento a essa população. Também é importante fomentar a educação inclusiva e favorecer a articulação pedagógica com o ensino regular.

IRITUIA - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

108

5

103

3

0

1.155

PARQUE INFANTIL

Lembrem-se que o acesso a creches é um direito das famílias. Comece por avaliar a demanda e ampliar a rede para atender a essa demanda. Para isso, considere contar com a contribuição de outras esferas de governo, estabelecendo, assim, o regime de colaboração.

O município não possui nenhuma escola que ofereça educação indígena. Esse atendimento é um mecanismo importante de inclusão social. Além disso, as populações do campo e quilombolas devem ser consideradas com especial atenção no esforço de universalização do Ensino Fundamental.


Infraestrutura



106 107

IDEB E FLUXO

PARÁ

IRITUIA

Merece atenção especial o Ideb do município referente aos Anos Finais do Ensino Fundamental, que ficou abaixo das metas parciais em 2007 e 2009, e cujo resultado em 2011 não foi calculado. Estimule a autoavaliação das escolas, de forma que elas possam contribuir para analisar o que vem impedindo o município de alcançar as metas intermediárias do Ideb.

Assegurar a alfabetização das crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, como estabelece o PNE, trará reflexo na taxa de analfabetismo a longo prazo.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,1 3,3 3,9 2,8 3,2 3,7 5,2 2,7 - 3,5 3,6 3,9 5,52,8

ParáIrituia
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,383,8 75 14,6 22,3 1,6 2,7 33,1 49,7

ParáIrituia


11,7%

19,7%

META07

META09

IRITUIA - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

IRITUIA

IRITUIA

IRITUIA



72,4%

80,0%

94,5%

81,5%

97,3%

87,2%

Irituia apresenta um quadro de atendimento de crianças de 4 e 5 anos mais positivo do que a média do Pará. Porém, não se pode perder de vista que 20 pontos percentuais separam o município da universalização da Educação Infantil. O PNE recomenda que se faça a busca ativa de crianças fora da escola como forma de ampliar o atendimento.

Quanto mais próximo da universalização, mas árdua a tarefa do município. Os gestores precisam saber, antes de tudo, que são as crianças pequenas que ainda estão fora da escola.

Como recomenda o PNE, crie programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo na faixa etária de 15 a 17 anos, como forma de atrair e manter os jovens na escola.

META01

META02

META03

Metas do PNE

108 109



População Limoeiro25.021 habitantes


PIB Limoeiro R$ 94.276.000,00



0,373

2000 20002010 2010

0,166 0,425

2000 20002010 2010

0,541


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

83,19% 73,82% 94,57% 88,96%

O atendimento de crianças e jovens pela rede de ensino é o primeiro passo para se chegar a uma Educação de qualidade. E o município tem sinais

importantes de evolução nesse aspecto, como mostram os indicadores nas páginas seguintes, assim como a dimensão Educação do IDHM (ao

lado). Não se pode perder de vista, porém, que um segundo passo é igualmente crucial: assegurar que

os alunos estejam aprendendo. Um bom indicador dos resultados obtidos nesse sentido é o Ideb. Os

gestores de Limoeiro do Ajuru devem ter como alerta o fato de as escolas do município não estarem

alcançando as metas intermediárias do Ideb.

Belém

Pará

Limoeirodo Ajuru

© André Lopes

110 111



12 3 0 5

4.030 2.177 0 403

As parcerias podem ser um bom caminho também para obter laboratórios de Ciências para as escolas, favorecendo que a aprendizagem ocorra de diferentes formas e em diferentes espaços.

Em uma rede municipal de ensino de 65 estabelecimentos, nenhuma conta com parque infantil. Por isso, é importante que você não se esqueça que brincar é parte essencial das atividades necessárias ao desenvolvimento da primeira infância. Considere a possibilidade de buscar parcerias para equipar as escolas com brinquedos.

De acordo com o PNE, a oferta de Educação Básica pública em tempo integral se dá por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

263

65

3

62

21

0

1.136

PARQUE INFANTIL

O PNE elenca entre suas estratégias centrais a realização da chamada busca ativa de crianças e jovens fora da escola, em parceria com órgãos públicos como, por exemplo, de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando, assim, o direito de opção da família em relação às crianças de até três anos. Isso deve ser feito levando em conta a perspectiva da inclusão de vários grupos sociais, entre eles o de pessoas com alguma forma de deficiência.


Infraestrutura



112 113

IDEB E FLUXO

PARÁ

LIMOEIRO

Fique atento. Os resultados do município acabam por distanciá-lo do objetivo estabelecido para 2021. O PNE recomenda fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos do Ideb para as escolas, assegurando a contextualização desses resultados do ponto de vista social, para, assim, estimular o debate que pode contribuir para a melhoria dos resultados.

É preciso combater a cultura da repetência nas escolas e ter em mente, o tempo todo, que o ideal são taxas de aprovação muito próximas do 100%. Capacite e estimule seus professores a fim de que possam experimentar práticas pedagógicas diferentes e utilizar novos recursos educacionais, como sugere o PNE.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,7 2,8 3,2 - 3 3,3 4,8 3,1 3,7 3,5 3,6 3,9 5,52,6

ParáLimoeiro
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,379,4 82,2 18,4 11,1 2,2 6,7 44,1 58,6

ParáLimoeiro


11,7%

14,8%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

LIMOEIRO

LIMOEIRO

LIMOEIRO



72,4%

82,0%

94,5%

81,5%

97,6%

82,9%

Dimensionar a demanda por Educação Infantil no município, levando em conta que, em geral, as crianças que estão fora da escola também são excluídas socialmente, é uma das possíveis medidas a se adotar para ampliar o atendimento.

O município ainda possui um número grande de jovens fora da escola, provavelmente na área rural, considerando-se as características de sua rede de ensino. Vale perguntar: O que tem afastado esses jovens do ensino regular? Quando e por que eles abandonaram a escola? Eles são atendidos pela EJA? Essas perguntas norteadoras podem ajudar a criação de estratégias que auxiliem a permanência ou entrada dos jovens nas escolas.

META01

META02

META03

Metas do PNE

114 115

MOCAJUBA - PA


População Mocajuba26.731 habitantes


PIB Mocajuba R$ 94.067.000,00



0,443

2000 20002010 2010

0,252 0,467

2000 20002010 2010

0,575


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

76,52% 70,31% 90,41% 89,64%

Apesar dos avanços registrados por Mocajuba no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDHM), em especial na dimensão Educação, o município ainda apresenta um elevado percentual

de crianças vulneráveis à pobreza, que se manteve praticamente inalterado em dez anos. Esse quadro

social pode comprometer os avanços educacionais, como, por exemplo o atendimento às crianças de quatro e cinco anos e os resultados no Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Belém

Pará

Mocajuba© André Lopes

116 117



4 11 1 10

4.363 2.698 0 1.272

Na observação dos dados de matrículas do município, destaca-se a ausência, nas estatísticas, de alunos com deficiência. O primeiro passo é conferir se o número está correto e identificar esses alunos na rede de ensino. Mas não basta fazer só isso. É igualmente importante fazer a busca ativa de crianças com necessidades especiais, tal como indica o PNE.

Mais de 70% das matrículas de EJA em Mocajuba estão na rede municipal. Esse é um passo importante para a inclusão de jovens, que por quaisquer motivos tiveram de deixar o ensino regular, e também para reduzir o analfabetismo entre os mais velhos.

Aqui vai uma dica: busque o apoio dos governos estadual e federal para promover atividades pedagógicas, culturais e esportivas nas escolas e com isso amplie o tempo de permanência dos alunos na escola.

Os chamados “parquinhos” são essenciais para o desenvolvimento das crianças na primeira infância, período em que o lúdico desempenha papel fundamental. Como sabemos, na primeira infância aprende-se brincando.

MOCAJUBA - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

311

72

13

59

1

1

1.789

PARQUE INFANTIL

Com grande parte de suas escolas na área rural, os gestores do município devem ficar atentos a aspectos que garantam o efetivo acesso de crianças e jovens à educação pública, como, por exemplo, o transporte escolar.


Infraestrutura



118 119

IDEB E FLUXO

PARÁ

MOCAJUBA

Com bons resutados no Ideb, Mocajuba deve ter em mente que somente o cumprimento das metas intermediárias pode garantir o alcance da meta final, em 2021. Estimule o debate sobre o Ideb dentro das escolas, para que, dessa forma, diretores, coordenadores e professores possam se comprometer na busca de resultados cada vez mais satisfatórios.

Assegurar a melhoria do fluxo escolar é prioritário para o PNE. Não há educação de qualidade se a grande parte dos estudantes não aprende o adequado para a série e fica para trás na trajetória escolar.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,7 3,1 3,8 2,6 2,9 3,3 4,8 3,3 3,1 2,8 2,9 3,2 4,82,9

ParáMocajuba
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,391,3 76,6 5,9 14,8 2,8 8,6 36,9 53,1

ParáMocajuba


11,7%

10,9%

META07

META09

MOCAJUBA - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

MOCAJUBA

MOCAJUBA

MOCAJUBA



72,4%

91,1%

94,5%

81,5%

96,5%

82,8%

O investimento em Educação Infantil gera frutos significativos, pois as crianças que tiveram acesso a uma pré-escola de qualidade têm mais chances de concluir o Ensino Fundamental e até mesmo o Ensino Médio. Mocajuba se destaca pela elevada taxa de atendimento nessa faixa etária.

Atrair e manter os jovens na escola é um desafio em todo o país. Procure conhecer as realidade dos jovens do seu município e desenhar estratégias criativas, associando o ensino regular a programas de cultura, dentro de uma política para a juventude, em parceria com o governo do Estado. Dessa forma é possível favorecer a efetivação do regime de colaboração e possibilitar uma educação de qualidade para os jovens do seu município.

META01

META02

META03

Metas do PNE

120 121

MOJU - PA


População Moju70.018 habitantes


PIB Moju R$ 272.281.000,00



0,399

2000 20002010 2010

0,178 0,375

2000 20002010 2010

0,547


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

71,96% 56,15% 89,03% 82,56%

Num período de dez anos, o município de Moju registrou conquistas sociais que, muito provavelmente, impactaram positivamente a

educação. Avanços importantes podem ser notados especialmente no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na diminuição da

proporção de crianças pobres. Vale observar que a garantia do direito à educação tem um impacto

profundo em todas as dimensões sociais e gera um ciclo virtuoso que possibilita a sustentação do desenvolvimento econômico e social ao longo do

tempo. Assim, espera-se que os esforços também levem à melhoria do atendimento às crianças na primeira infância e à redução do analfabetismo.

Belém

Pará

Moju© Michael Zysman | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

122 123



5 12 1 14

11.288 6.247 0 3.612

É importante verificar essa lacuna, uma vez que informações confiáveis são fundamentais para a tomada de decisão dos gestores, em todas as etapas da trajetória escolar e em relação a todos os grupos sociais.

Com grande parte de sua rede de ensino no campo, Moju enfrenta, muito provavelmente, desafios que caracterizam essa modalidade em diversas partes do país. Por isso, é importante investir em transporte escolar, na infraestrutura, na permanência do aluno. Vale a pena buscar apoio no programa Pronacampo, do Ministério da Educação.

A adesão a programas federais é um passo importante para assegurar a qualidade da educação. O passo seguinte é colocar em prática o que esses programas preconizam e capacitar os professores.

MOJU - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

187

19

168

66

0

2.388

PARQUE INFANTIL

O crescimento da oferta de atendimento escolar para crianças de zero a três anos é um indicador relevante da preocupação do município com o desenvolvimento global da criança e a formação de uma rede de suporte à família. Para assegurar esse atendimento, busque fazer um diagnóstico preciso da demanda por vagas em creche.


Infraestrutura



124 125

IDEB E FLUXO

PARÁ

MOJU

Os resultados no Ideb têm acompanhado as metas estabelecidas. Aproveite esses avanços para envolver ainda mais as escolas da rede municipal com os objetivos de melhoria da qualidade do ensino.

Reverter esse quadro demandará um esforço significativo, que passa necessariamente pela maior oferta de vagas em programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), assim como medidas para atrair esse público de volta à sala de aula.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,6 3,4 4,1 2,3 2,9 3,4 4,9 3,8 3,7 3,1 3,2 3,5 5,13,3

ParáMoju
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,385,3 80,3 12,7 15 2 4,7 37,1 58,8

ParáMoju


11,7%

18,8%

META07

META09

MOJU - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

MOJU

MOJU

MOJU



72,4%

53,0%

94,5%

81,5%

93,1%

77,0%

O atendimento de crianças de 4 a 5 anos em Moju é talvez o principal desafio da rede municipal. Uma avaliação efetiva do quadro atual, com a participação dos professores, das famílias e de toda a sociedade, pode indicar caminhos.

META01

META02

META03

Metas do PNE

126 127



População Oeiras28.595 habitantes


PIB Oeiras R$ 112.478.000,00



0,360

2000 20002010 2010

0,144 0,344

2000 20002010 2010

0,507


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

83,95% 67,49% 94,7% 85,79%

Mesmo com um quadro em que a pobreza afeta a maior parte das crianças, o município

tem registrado resultados importantes no Índice de Educação Básica (Ideb). Ao mesmo

tempo, porém, a tarefa no horizonte é árdua e deve começar pela ampliação da cobertura do

atendimento das crianças na Educação Infantil, uma vez que cerca de 35% das crianças de

quatro e cinco anos de idade ainda estão fora da pré-escola. Também é desafiadora a elevada taxa de distorção idade-série, exigindo soluções

criativas, de gestores e professores.

Belém

Pará

Oeirasdo Pará

© André Lopes

128 129



5 5 0 8

5.805 2.812 15 797

Como recomenda o PNE, realize diagnósticos sobre os jovens e adultos com Ensino Fundamental e Médio incompletos. Assim você poderá criar estratégias para atrair essas pessoas de volta para a escola.

A infraestrutura das escolas é um componente fundamental da qualidade da educação. Parcerias com outras esferas de governo, outras áreas da administração pública e com entidades da sociedade civil podem viabilizar a instalação de equipamentos e criação de espaços.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

365

50

6

44

18

0

1.194

PARQUE INFANTIL

O PNE prevê, como estratégia para ampliar o atendimento das crianças de até cinco anos, a definição de metas de crescimento das redes públicas. Em regime de colaboração entre União, estados e municípios, você, DME, deve buscar formas de aumentar o número de vagas nas escolas, ao mesmo tempo em que realiza pesquisas sobre a demanda por Educação Infantil no município.

É importante que o município promova a oferta de educação de qualidade para as populações do campo, indígenas e quilombolas.


Infraestrutura



130 131

IDEB E FLUXO

PARÁ

OEIRAS

A taxa de analfabetismo do município está muito acima do percentual brasileiro (9,6%) e também supera a do Pará. A solução pode começar com o levantamento do perfil dessa população que ainda não domina a leitura e a escrita. Com base nos dados levantados e nas análises realizadas, crie estratégias que possam contribuir para a diminuição da taxa de analfabetismo. Um bom caminho é propiciar a Educação de Jovens e Adultos.

As altas taxas de reprovação, abandono e distorção idade-série no Ensino Fundamental sugerem um debate sobre como o município enxerga a retenção das crianças.

A tendência é de que o alcance das metas intermediárias do Ideb se torne mais difícil, conforme a rede municipal de escolas se aproxima da meta final. Promova esse debate nas escolas do seu município.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,3 2,7 3,7 2,5 2,9 3,4 4,9 3,1 3,2 - 2,9 3,1 4,52,8

ParáOeiras
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,385,3 70,6 9,9 16,3 4,8 13,1 45,1 67,5

ParáOeiras


11,7%

18,4%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

OEIRAS

OEIRAS

OEIRAS



72,4%

65,9%

94,5%

81,5%

95,6%

89,0%

Estimular as famílias da área rural a matricular seu filhos na pré-escola e promover a inclusão das populações indígenas podem ser caminhos para aumentar o atendimento às crianças de 4 e 5 anos de idade.

De cada 100 estudantes que entram no Ensino Fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série, e apenas 40, o Ensino Médio.

Sabemos que o Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais.

META01

META02

META03

Metas do PNE

132 133



População São Domingos29.846 habitantes


PIB São DomingosR$ 104.063.000,00



0,371

2000 20002010 2010

0,143 0,382

2000 20002010 2010

0,532


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

66% 68,84% 84,26% 87,66%

Com um número expressivo de matrículas, tanto na Pré-Escola como no Ensino Fundamental, o

município de São Domingos do Capim tem a tarefa de se debruçar sobre seus indicadores sociais e educacionais para compreender os desafios que tem pela frente. Apesar da melhoria no Índice de

Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), com um salto expressivo na dimensão Educação,

cresceu o percentual de crianças pobres. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) tem

apresentado crescimento, entretanto, ficou abaixo da meta intermediária em 2011. E apenas 35% dos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental

estão cursando o ano adequado para sua idade.

Belém

Pará

S. Domingosdo Capim

© André Lopes

134 135



5 3 0 10

4.382 1.871 0 875

O PNE estabelece, entre as estratégias que recomenda para o alcance de suas metas de atendimento a crianças e jovens em idade escolar, a definição de objetivos de crescimento das redes públicas. A definição desses objetivos começa com a avaliação detalha da demanda. É importante que o município busque o apoio de outras esferas de governo e da iniciativa privada para a construção de novos estabelecimentos.


Promover a busca ativa de crianças com necessidades especiais fora da escola é caminho recomendado pelo PNE como forma de incluí-las no sistema regular de ensino. Isso pode ser realizado em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

16

106

4

102

17

0

1.157

PARQUE INFANTIL

É muito importante que o município faça um levantamento, com a participação das famílias, detalhado da demanda por creches para crianças de até três anos de idade. Isso possibilitará um melhor planejamento da oferta. Para isso, busque parcerias com órgãos governamentais e entidades da sociedade civil.


Infraestrutura


Vale lembrar que populações indígenas, remanescentes de quilombos e moradores de áreas rurais devem ter atenção especial, como forma de inclusão social.


136 137

IDEB E FLUXO

PARÁ

SÃO DOMINGOS

Envolver professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas do seu município nas discussões sobre as metas do Ideb é uma ação fundamental, que pode estimular a gestão democrática e responsabilizar a todos na busca pela melhoria da qualidade da educação e, consequentemente, no alcance das metas. Perseguir melhores resultados é responsabilidade de todos e significa, na prática, que os alunos estão aprendendo!


Para combater o analfabetismo, é preciso atuar em duas frentes: assegurar a alfabetização de crianças até os 8 anos de idade e atrair para programas de EJA pessoas que tenham sido excluídas do sistema regular de ensino.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,2 2,7 3,1 2,2 2,7 3,2 4,7 2,8 3,1 3,2 3,3 3,6 5,22,9

ParáSão Domingos
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,382,6 79,9 13,7 12,9 3,7 7,2 47,9 65,3

ParáSão Domingos


11,7%

21,7%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

SÃO DOMINGOS

SÃO DOMINGOS

SÃO DOMINGOS



72,4%

70,7%

94,5%

81,5%

96,3%

84,7%

Cerca de 30 pontos percentuais separam São Domingos do Capim da meta de universalização da Educação Infantil. Identificar as crianças que estão fora da escola e estabelecer estratégias de inclusão, como a oferta de transporte escolar, é essencial.

É importante que o Dirigente Municipal de Educação levante dados referentes à situação dos jovens que não estão estudando e busque entender os motivos que levaram esses jovens a abandonar a escola. Com base nas informações levantadas, pense, conjuntamente com o Estado, favorecendo o regime de colaboração, em estratégias criativas para solucionar o problema.

META01

META02

META03

Metas do PNE

138 139



População São Francisco15.060 habitantes


PIB São FranciscoR$ 65.188.000,00



0,476

2000 20002010 2010

0,280 0,502

2000 20002010 2010

0,608


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

70,94% 48,74% 89,05% 78,89%

O município de São Francisco do Pará registrou nos últimos dez anos uma evolução significativa no Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios

(IDHM), que vai de 0 a 1 e cujos resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1.

Também há uma melhoria notável no percentual de crianças pobres. Esse contexto representa um

impulso importante para que São Francisco alcance uma educação de qualidade. Não se pode perder de vista, porém, que o desafio demanda esforços

específicos, para atender a todas as crianças e jovens pela rede de ensino e reduzir as taxas de

reprovação, entre outros aspectos. Os indicadores educacionais estão nas páginas seguintes.

Belém

Pará

S. Franciscodo Pará

© André Lopes

140 141



3 3 0 6

1.514 1.202 0 348

O PNE prevê que se garanta a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar a todos os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de Educação Básica, conforme necessidade identificada por meio de laudo médico e informações vindas das famílias. Você sabe quem são essas crianças em seu município? Não? Procure saber!

Os parques infantis são espaços privilegiados de desenvolvimento das crianças na primeira infância. Priorize a solução dessa deficiência e busque parcerias.

Envolva os professores na definição de prioridades de infraestrutura e avalie conjuntamente o impacto positivo de laboratórios de Ciências, por exemplo.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

38

7

31

3

0

414

PARQUE INFANTIL

É muito importante que o município faça um levantamento detalhado da demanda por creches para crianças de até três anos de idade, com a participação das famílias. Desse modo, é possível planejar a oferta de forma democrática e participativa. Para isso, busque parcerias com órgãos governamentais e entidades da sociedade civil.

A oferta de Educação Básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, é uma questão que o PNE enfatiza. Mas não é tarefa isolada dos municípios. Busque o apoio dos governos federal e estadual.


Infraestrutura



142 143

IDEB E FLUXO

PARÁ

SÃO FRANCISCO

O resultado do Ideb de 2011 retrocede para o número de 2007, indicando dificuldade da rede municipal em alcançar as metas intermediárias. Promova a autoavaliação no interior das escolas de modo a se identificar os principais gargalos na aprendizagem dos estudantes.


3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,8 3,6 3,4 2,9 3,2 3,6 5,1 3,7 3,3 3,7 3,8 4,1 5,63,3

ParáSão Francisco
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,385,6 72,5 11,3 23,1 3,1 4,4 28 41,9

ParáSão Francisco


11,7%

15,9%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

SÃO FRANCISCO

SÃO FRANCISCO

SÃO FRANCISCO



72,4%

67,9%

94,5%

81,5%

97,7%

84,9%

Mais de 30 pontos percentuais separam São Francisco do Pará da meta de universalização da Educação Infantil. Identificar as crianças que estão fora da escola e estabelecer estratégias de inclusão, como a oferta de transporte escolar, é essencial.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais.

META01

META02

META03

Metas do PNE

144 145

STA. BÁRBARA DO PARÁ - PA


População Sta. Bárbara17.141 habitantes


PIB Sta. Bárbara R$ 66.930.000,00



0,505

2000 20002010 2010

0,372 0,546

2000 20002010 2010

0,627


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

65,15% 53,54% 85,72% 80,1%

O município de Santa Bárbara do Pará registrou uma melhoria significativa do quadro social, de

acordo com Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), que vai de 0 a 1 e cujos

resultados são mais positivos conforme se aproximam de 1. Essa mudança é ainda mais

expressiva quando se observa a dimensão Educação do indicador. No entanto, os dados educacionais

apresentados nas páginas seguintes mostram que os gestores locais ainda têm no horizonte uma tarefa de dimensões consideráveis, em todas as frentes, tanto

do atendimento de crianças entre quatro e cinco anos como a questão do fluxo escolar.

Belém

Pará

Sta. Bárbarado Pará

© Pablo Hidalgo | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

146 147



0 0 0 11

2.205 0 0 186

Segundo o PNE, é essencial promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.

Busque apoio dos governos estadual e federal para promover atividades pedagógicas, culturais e esportivas nas escolas e ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola.

A infraestrutura das escolas de Santa Bárbara demanda uma análise rigorosa para que atenda às demandas pedagógicas e aos requisitos do PNE.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

0

19

6

13

1

0

764

PARQUE INFANTIL

É fundamental que o município conheça a demanda por creches para crianças de até três anos. Só assim é possível planejar a oferta. Para levantar a necessidade de vagas, realize consultas públicas, como recomenda o PNE, e comprometa outras áreas da administração municipal.

Estabeleça metas de ampliação da rede de escolas no seu município, como forma de aumentar o atendimento às crianças em idade escolar.


Infraestrutura



148 149

IDEB E FLUXO

PARÁ

STA. BÁRBARA

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,9 3,3 3,7 3,1 3,5 3,9 5,4 2,9 2,8 3 3,2 3,4 52,5

ParáSta. Bárbara
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,384,1 71,4 11 21,8 4,9 6,8 29,9 43,7

ParáSta. Bárbara


11,7%

8,4%

META07

META09

As escolas de Santa Bárbara não estão conseguindo alcançar as metas intermediárias do Ideb. Envolva cada uma delas nas discussões sobre o IDEPB, desse modo você, DME, favorece que as escolas encontrem seus próprios caminhos para promover a qualidade da aprendizagem, proporcionando, assim, que as escolas desenvolvam uma atuação de forma autônoma e responsável.

Estratégias e práticas pedagógicas diferenciadas também devem ser buscadas para reverter o cenário de altas taxas de reprovação e distorção idade-série. Promova, com a ajuda de parcerias, atuações que fomentem o desenvolvimento e a sistematização da formação de professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas.






PARÁ

PARÁ

PARÁ

STA. BÁRBARA

STA. BÁRBARA

STA. BÁRBARA



72,4%

76,4%

94,5%

81,5%

97,3%

85,3%

A proximidade das taxas de atendimento do município com as médias do Estado aponta apenas que a evolução desse indicador está em compasso semelhante com a de outras realidades. Mas não se pode subestimar os desafios que se colocam. Comece por identificar os principais grupos populacionais excluídos do sistema regular de ensino e elabore estratégias para reverter essa situação.

META01

META02

META03

Metas do PNE

150 151

STA. ISABEL DO PARÁ - PA


População Sta. Isabel59.466 habitantes


PIB Sta. IsabelR$ 316.480.000,00



0,535

2000 20002010 2010

0,380 0,576

2000 20002010 2010

0,659


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

61% 37,08% 83,32% 68,22%

No município de Santa Isabel do Pará, entre 2000 e 2010, ocorreu uma evolução nos indicadores

sociais, como demonstra a pontuação obtida no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDHM). Se em 2000, 61% das crianças viviam em estado de pobreza, esse índice caiu para 37,08%

em 2010. Mas vale notar que foi principalmente nos indicadores mais relacionados à esfera

educativa que se notou a maior transformação. Os indicadores disponíveis sugerem que houve ganhos no atendimento escolar e no fluxo das crianças pelo sistema – mas ainda há desafios a serem vencidos

no que se refere à qualidade de ensino.

Belém

Pará

Sta. Isabeldo Pará

© André Lopes

152 153



4 10 1 13

5.628 3.679 0 1.330

Santa Isabel do Pará possui o dobro de escolas no campo, em comparação à rede urbana. Isso certamente traz desafios, que envolvem o investimento em transporte escolar e o desenvolvimento de estratégias específicas para reter as crianças na escola. O governo federal tem um programa de apoio denominado Procampo, que pode ser solicitado pelos municípios.

O investimento em equipamentos públicos, como parques infantis, deve fazer parte do planejamento da área de Educação. As pesquisas mostram a importância de brincar para o desenvolvimento infantil.

Os dados disponíveis no MEC mostram não haver matrículas em Educação Especial. É preciso verificar se há erro no sistema de informação. Na educação contemporânea, é fundamental desenvolver políticas de inclusão de crianças com deficiência e estimular sua matrícula nas escolas regulares.

A diferença de matrículas entre os Anos Iniciais e os Anos Finais do Ensino Fundamental representa o prejuízo causado pela reprovação, que leva à retenção das crianças ao longo do ciclo e eleva os indicadores de defasagem idade-série.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

489

52

17

35

14

1

1.622

PARQUE INFANTIL

Com uma rede de pré-escolas que atende a uma parcela expressiva das crianças de quatro e cinco anos, Santa Isabel do Pará deve chegar a atender, como todos os municípios brasileiros, a 50% das crianças de zero a três anos. O PNE aponta para a necessidade de investimento em infraestrutura e sugere, entre as estratégias, a parceria com entidades por meio da concessão de certificado de entidade beneficente de assistência social na educação.


Infraestrutura



154 155

IDEB E FLUXO

PARÁ

STA. ISABEL

Os indicadores que compõem o Ideb trazem informações importantes para os gestores. Pedem atenção, por exemplo, as taxas mais elevadas de reprovação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Do mesmo modo, a média inferior à meta do Ideb nos Anos Finais sugere a necessidade de se ampliar a qualidade do trabalho pedagógico. Para isso, os resultados da Prova Brasil podem ser um guia importante para os gestores, em todos os níveis.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,8 3,6 3,4 2,6 2,9 3,3 4,8 3,5 3,4 3,1 3,3 3,5 5,13,1

ParáSta. Isabel
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,382,7 84,7 13,6 8,9 3,7 6,4 28,3 38,6

ParáSta. Isabel


11,7%

9,3%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

STA. ISABEL

STA. ISABEL

STA. ISABEL

Matrículas Ensino FundamentalMunicipal: 9.307 | Estadual: 0Federal: 0 | Privada: 1.396


72,4%

83,4%

94,5%

81,5%

98,4%

83,1%

Em Santa Isabel do Pará, 8 em cada 10 crianças com idade entre 4 e 5 anos têm uma vaga assegurada na rede municipal. Dessa forma, será possível atender à meta estipulada pelo PNE. Nesse momento, é fundamental investir na formação dos professores e no desenvolvimento de um projeto pedagógico específico para a educação infantil.

O Ensino Fundamental encontra-se praticamente universalizado em Santa Isabel do Pará, com índices bastante superiores aos da média dos municípios paraenses. Ainda assim, é preciso identificar ativamente e encontrar as crianças que não estão na escola e incluí-las no sistema.

Ainda que possua taxas elevadas de atendimento no Ensino Médio, a universalização ainda deve ser um objetivo a ser buscado em Santa Isabel do Pará. O investimento em Educação Profissional pode ser um caminho para atrair os jovens para que concluam a Educação Básica.

META01

META02

META03

Metas do PNE

156 157

STA. LUZIA DO PARÁ - PA


População Sta. Luzia19.424 habitantes


PIB Sta. LuziaR$ 66.143.000,00



0,362

2000 20002010 2010

0,169 0,424

2000 20002010 2010

0,546


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

84,13% 62,37% 95,61% 87,09%

Avanços nas áreas social e educacional andam geralmente de mãos dadas. Santa Luzia do Pará apresentou melhorias importantes do Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), em especial da dimensão Educação, que é tanto mais positivo quanto mais se aproxima de 1.

Pode, com isso, ter cumprido uma etapa crucial para incrementar seus indicadores de educação,

em relação aos quais ainda enfrenta desafios significativos, como se pode constatar, por

exemplo, no baixo atendimento na Pré-Escola, reponsabilidade primordial da esfera municipal.

Belém

Pará

Sta. Luziado Pará

© Michael Zysman | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

158 159



4 7 1 6

2.661 1.875 0 544

A educação em tempo integral vem ganhando força como caminho para se chegar a uma educação de qualidade. Sua implementação demanda esforço e, para que seja minimizado, busque parcerias com os governos estadual e federal.

Considere a possibilidade de buscar parcerias, dentro e fora da educação e do setor público, para equipar creches e pré-escolas com brinquedos que propiciem às crianças um “tempo de brincar” de qualidade.

O PNE traz expressamente a recomendação de garantir a oferta de atendimento educacional especializado às crianças com deficiência. Aqui vale uma dica: comece identificando as necessidades dessa população em seu município e ouvindo as famílias envolvidas nesse contexto. Além disso, é importante fomentar a educação inclusiva, com articulação pedagógica com o ensino regular.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

278

34

4

30

7

0

309

PARQUE INFANTIL

Estabeleça metas de ampliação da rede de escolas no seu município, como forma de aumentar o atendimento às crianças em idade escolar.


Infraestrutura



160 161

IDEB E FLUXO

PARÁ

STA. LUZIA

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,5 2,8 3,5 2,2 2,5 2,9 4,4 2,7 3,3 3,2 3,4 3,6 5,22,7

ParáSta. Luzia
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,383,4 79,4 12 14,3 4,6 6,3 38,1 53,3

ParáSta. Luzia


11,7%

24,9%

META07

META09

O município teve resultados importantes no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2011, superando a meta nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e se aproximando dela nos Anos Finais. É crucial estimular a discussão sobre o Ideb em todas as escolas da rede municipal como forma de alcançar o que foi estabelecido para 2021.

Santa Luzia ainda apresenta um percentual elevado de analfabetos na população: um quarto do total de habitantes. Criar mais vagas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e facilitar o acesso a essa modalidade de ensino é um passo fundamental para reverter esse quadro.






PARÁ

PARÁ

PARÁ

STA. LUZIA

STA. LUZIA

STA. LUZIA



72,4%

70,1%

94,5%

81,5%

91,9%

80,4%

META01

META02

META03

Metas do PNE

Com a universalização da Educação Infantil ainda distante, vale adotar a recomendação do PNE e realizar a busca ativa de crianças fora da escola, em especial em setores já excluídos socialmente.

O Ensino Médio é responsabilidade primordial do Estado, mas o município pode participar, com base no regime de colaboração, criando estratégias para atrair os jovens para a escola e promovendo projetos educacionais e culturais.

162 163

STA. MARIA DO PARÁ - PA


População Sta. Maria23.026 habitantes


PIB Sta. MariaR$ 107.237.000,00



0,463

2000 20002010 2010

0,270 0,471

2000 20002010 2010

0,598


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

64% 48,65% 82,27% 77,44%

Um salto significativo da Dimensão Educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDHM), no período de dez anos, foi registrado pelo município. Essa melhoria provavelmente encontra

explicação no trabalho realizado na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

como evidenciam os dados educacionais apresentados nas páginas seguintes. Destacam-

se a taxa de atendimento de crianças até 14 anos de idade e o cumprimento das metas do

Ideb na primeira etapa do Ensino Fundamental. No entanto, os resultados não são igualmente

positivos nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o que merece reflexão dos gestores.

Belém

Pará

Sta. Mariado Pará

© Paura | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

164 165



4 4 0 1

2.233 0 0 224

Diante de dados estatísticos como esses, a primeira providência deve ser conferir se o município está registrando adequadamente seus números e se está informando corretamente o Censo Escolar. Lembre-se que dados confiáveis podem contribuir efetivamente para a gestão na área da Educação.


A infraestrutura das escolas faz parte dos parâmetros de qualidade do PNE. Afinal, bibliotecas e laboratórios são equipamentos que estimulam o aprendizado de crianças e jovens.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

501

52

10

42

13

2

632

PARQUE INFANTIL

Com uma rede de escolas presente majoritariamente no campo, os gestores municipais devem se perguntar se estão tomando as medidas necessárias para propiciar inclusões das populações rurais, indígenas e remanescentes de quilombos.


Infraestrutura



166 167

IDEB E FLUXO

PARÁ

STA. MARIA

Tendências diferentes são observadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental. É importante analisar esses dados juntamente com os gestores da esfera estadual, colocando em prática o regime de colaboração preconizado pela Constituição e pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Observe que a mesma discrepância entre os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental se repete quando o assunto é o fluxo escolar.

No combate ao analfabetismo, a EJA é uma aliada importante. É crucial saber quem são os jovens e adultos fora da escola e oferecer programas gratuitos de alfabetização e continuidade da escolarização básica.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,8 3,7 4,4 2,7 3,1 3,5 5 3,4 3,4 3,6 3,7 4 5,52,6

ParáSta. Maria
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,384,8 72,7 9,7 15,6 5,5 11,7 37,3 52,1

ParáSta. Maria


11,7%

20,2%

META07

META09






PARÁ

PARÁ

PARÁ

STA. MARIA

STA. MARIA

STA. MARIA



72,4%

87,5%

94,5%

81,5%

98,2%

86,9%

Na comparação com o Pará, Santa Maria se destaca no que diz respeito ao atendimento educacional da primeira infância. No entanto, ainda precisa elevar esse indicador em 12,5 pontos percentuais para alcançar a universalização da Pré-Escola. Considere concentrar esforços na busca ativa das crianças fora da escola, com a ajuda de órgãos e entidades de assistência social.

No caso da Educação Básica, o município está bem mais próximo de atender à totalidade das crianças de 6 a 14 anos. É preciso se concentrar nos grupos excluídos socialmente.

META01

META02

META03

Metas do PNE

168 169

ST. ANTÔNIO DO TAUÁ - PA


População St. Antônio26.674 habitantes


PIB St. AntônioR$ 105.482.000,00



0,475

2000 20002010 2010

0,296 0,561

2000 20002010 2010

0,632


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

71,62% 46,21% 88,31% 76,03%

© Serg_velusceac | Dreamstime.com (imagem ilustrativa)

Santo Antônio do Tauá pode comemorar uma notável transformação em seu quadro social,

conforme os dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Houve redução de quase

25 pontos percentuais de crianças pobres, por exemplo. Quando se levam em conta os indicadores

relacionados à educação (IDHM-Educação), os avanços também são muito expressivos. Mas, os

dados mais diretamente ligados à qualidade de ensino apontam para a necessidade de um trabalho

contínuo, em todas as etapas de ensino.

Belém

Pará

St. Antôniodo Tauá

170 171



4 8 0 13

2.996 2.386 0 62

Os dados disponíveis no Ministério da Educação apontam a inexistência de parques infantis. Essa informação deve ser checada e, se verdadeira, motivar uma reflexão da equipe gestora. O desenvolvimento integral de crianças passa necessariamente pelo livre brincar. Parques infantis constituem um equipamento público da mais alta importância.

As informações sobre a infraestrutura pedagógica das escolas de Santo Antônio do Tauá remetem para metas importantes que devem ser consideradas pelo município. Parece necessário ampliar os espaços dedicados à leitura, bem como no aparato de educação científica e tecnológica – essencial para a educação contemporânea.

A Educação de Jovens e Adultos requer políticas intersetoriais e um regime de colaboração efetivo. Na sociedade do conhecimento, é fundamental garantir à população a oportunidade de se educar continuamente. Por isso, é importante investir em ações proativas, como sugere o PNE, mostrando aos egressos da escola a importância de completar sua formação e voltar a estudar.



PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

191

57

10

47

24

0

975

PARQUE INFANTIL

A elevação das taxas de atendimento para crianças de zero a três anos e de quatro e cinco anos pressupõe não apenas investimentos em infraestrutura, mas o desenvolvimento de uma política educativa adequada a essas faixas etárias. Essa preocupação, comum a todos os municípios brasileiros, deve estar presente também em Santo Antônio do Tauá.

Quase metade das escolas de Santo Antônio do Tauá já funciona em tempo integral, o que é uma conquista importante, coerente com as metas do PNE e certamente relacionada aos avanços sociais na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. O caminho da qualidade requer atenção a todas as atividades desenvolvidas na jornada ampliada para que efetivamente impactem na aprendizagem.


Infraestrutura



172 173

IDEB E FLUXO

PARÁ

ST. ANTÔNIO

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,1 3,6 3,6 3,1 3,5 3,9 5,4 3,4 3,3 3,4 3,5 3,8 5,43,2

ParáSt. Antônio
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,386,8 85,4 10,9 8,4 2,3 6,2 26,2 43,2

ParáSt. Antônio


11,7%

11,5%

META07

META09

Embora apresente indicadores de atendimento expressivos, chama a atenção as dificuldades expostas pelo município no cumprimento das metas do Ideb, nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Como os indicadores de fluxo mostram-se positivamente melhores que os do Estado, possivelmente os dados sejam relativos ao desempenho nas avaliações. Vale a pena estudar com a equipe pedagógica os resultados da Prova Brasil e verificar onde se encontram as dificuldades dos alunos.






PARÁ

PARÁ

PARÁ

ST. ANTÔNIO

ST. ANTÔNIO

ST. ANTÔNIO



72,4%

85,4%

94,5%

81,5%

98,9%

85,9%

As taxas de atendimento de Santo Antônio do Tauá são bastante superiores às verificadas no Pará, o que é um dado muito positivo. Com isso, as metas de universalização previstas no PNE estão mais próximas.

Da mesma forma como ocorre na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio também as taxas de atendimento superam a média paraense. A universalização é um passo fundamental, que deve estar sempre associado à busca pela qualidade de ensino.

Embora o atendimento de adolescentes no Ensino Médio seja um papel do Estado, o município precisa acompanhar de perto a qualidade da oferta educacional e propor ações complementares, dentro do regime de colaboração.

META01

META02

META03

Metas do PNE

174 175

TOMÉ-ACU - PA


População Tomé-Açu56.518 habitantes


PIB Tomé-AçuR$ 269.290.000,00



0,438

2000 20002010 2010

0,214 0,424

2000 20002010 2010

0,586


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

56,3% 45,87% 80,35% 77,08%

Tomé-Açu praticamente dobrou sua pontuação na escala que mede o Índice de Desenvolvimento

Humano em Educação. Esse dado, por si só positivo, deve estimular o município a enfrentar com ainda

mais vigor os desafios de garantia dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. A

redução das taxas de crianças vulneráveis à pobreza cai lentamente, o que sugere a necessidade de

fortalecer as redes de suporte à infância, pois isso certamente impacta em alguns indicadores ainda

inferiores às médias verificadas nas cidades do Pará.

Belém

Pará

Tomé-Açu© André Lopes

176 177



18 30 1 48

9.404 4.344 0 2.474

A diferença de matrículas nos Anos Iniciais e nos Anos Finais do Ensino Fundamental é coerente com elevadas taxas de abandono e reprovação. Medidas de aprimoramento da qualidade de ensino devem estar no horizonte dos gestores públicos municipais.

Os dados disponíveis no Ministério da Educação indicam a inexistência de matrículas em Educação Especial. É preciso conferir se isso se deve a um problema de informações ou se é coerente com a política vigente de atendimento educacional a crianças com deficiência.

Mais de 20% das escolas de Tomé-Açu aderiram ao programa de tempo integral do Ministério da Educação. Esse é um indicador importante e aponta para o cumprimento das metas propostas do PNE. Contudo, é essencial garantir a qualidade do trabalho educativo realizado no contraturno.

Proporcionalmente a outros municípios da região, Tomé-Açu possui um elevado número de laboratórios de Informática. A existência de equipamentos não garante o efetivo uso em situações de ensino e aprendizagem. Por isso, é fundamental investir em formação dos professores para que a inclusão tecnológica seja real.

TOMÉ-ACU - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

480

121

29

92

26

3

2.442

PARQUE INFANTIL

Um dos grandes desafios no atendimento à primeira infância, em todo o país, é a ampliação da oferta de creches para as crianças de zero a três anos e da rede de pré-escolas, para crianças de quatro a cinco anos. Esse é o caso também de Tomé-Açu.


Infraestrutura



178 179

IDEB E FLUXO

PARÁ

TOMÉ-AÇU

Ao lado de indicadores positivos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, persistem desafios nos Anos Finais. Embora dentro da meta, não houve evolução entre 2009 e 2011, o que merece atenção. Do mesmo modo, é um dado positivo a taxa de aprovação acima da média. Contudo, as taxas de abandono e de distorção idade-série estão acima das médias paraenses.

Chama a atenção o indicador de analfabetismo de Tomé-Açu, bastante acima da média do Pará, o que sugere a existência de desafios históricos no campo da Educação e a necessidade de um esforço ainda maior para superar as defasagens.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,32,7 3,9 4,6 2,9 3,3 3,7 5,2 3,6 3,6 3,2 3,3 3,6 5,23,1

ParáTomé-Açu
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,392,8 83,9 3 7,4 4,2 8,7 39,9 56,2

ParáTomé-Açu


11,7%

16,1%

META07

META09

TOMÉ-ACU - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

TOMÉ-AÇU

TOMÉ-AÇU

TOMÉ-AÇU



72,4%

71,5%

94,5%

81,5%

95,6%

80,3%

Ainda há um bom caminho a percorrer para atingir a meta de universalização do atendimento para crianças de 4 e 5 anos – que é obrigatória pela Constituição brasileira e deve fazer parte dos planos de todos os municípios brasileiros.

Os dados indicam que o Ensino Fundamental já foi completamente municipalizado em Tomé-Açu. A universalização efetiva, contudo, ainda é uma meta a ser atingida.

Embora o atendimento de adolescentes no Ensino Médio seja um papel do Estado, o município precisa acompanhar de perto a qualidade da oferta educacional e propor ações complementares, dentro do regime de colaboração.

META01

META02

META03

Metas do PNE

180 181

VIGIA - PA


População Vigia47.889 habitantes


PIB VigiaR$ 183.153.000,00



0,487

2000 20002010 2010

0,281 0,516

2000 20002010 2010

0,617


PIB ParáR$ 77.848.000.000,00

$ $

63,93% 43,67% 85,13% 72,57%

Nos últimos dez anos, as conquistas sociais impactaram positivamente a comunidade de Vigia.

Substanciais avanços podem ser notados pela expressiva tendência de elevação no Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), com a diminuição da proporção de crianças pobres e vulneráveis à pobreza. Tão ou mais importante é o crescimento na dimensão deste índice relativo

à educação. A garantia do direito à educação tem um impacto profundo em todas as dimensões

sociais e gera um ciclo virtuoso que possibilita a sustentação do desenvolvimento econômico e

social ao longo do tempo.

Belém

Pará

Vigia© André Lopes

182 183



3 4 0 7

5.363 0 43 172

Os indicadores disponíveis do Ministério da Educação não registram matrículas nos Anos Finais do Ensino Fundamental. É importante verificar essa lacuna, uma vez que informações confiáveis são fundamentais para a tomada de decisão dos gestores.

O investimento em bibliotecas e salas de leitura merece uma atenção especial. Há diferentes programas governamentais e mesmo de organizações sociais que favorecem a ampliação dos espaços de leitura. Pense nisso.

Os dados disponíveis de Vigia não registram a existência de nenhum laboratório de Ciências. A formação científica é essencial para que os cidadãos do século XXI possam se inserir na sociedade do conhecimento.

VIGIA - PA


PRÉ-ESCOLACRECHE

TOTAL DE ESCOLAS

ÁREA URBANA

ÁREA RURAL

215

85

25

60

14

3

1.378

PARQUE INFANTIL

O crescimento da oferta de atendimento escolar para crianças de zero a três anos é um indicador relevante da preocupação do município com o desenvolvimento global da criança e a formação de uma rede de suporte à família.

Com mais de 70% de sua rede de ensino no campo, Vigia enfrenta as dificuldades que caracterizam essa modalidade em diversas partes do país. Por isso, é importante investir em transporte escolar, na infraestrutura, na permanência do aluno. Vale a pena buscar apoio no programa Pronacampo, do Ministério da Educação.


Infraestrutura



184 185

IDEB E FLUXO

PARÁ

VIGIA

Os resultados no Ideb são coerentes com outros indicadores de avanço na educação de Vigia. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a meta foi superada; nos Anos Finais, contudo, há uma lacuna de informações nos dados oficiais que deve ser conferida pelos gestores.

No caso de Vigia, há um ponto de atenção no elevado índice de reprovação, que está acima da média do Pará. A reprovação brasileira está entre as mais altas do planeta, sobretudo devido a uma cultura pedagógica excludente. Vale a pena estudar práticas como o reforço escolar, sistemas de recuperação permanente e outras formas de garantir a aprendizagem e evitar a reprovação, que estimula também o abandono escolar.

3,1 3,6 4,2 2,8 3,1 3,5 5 3,3 3,4 3,7 3,4 3,5 3,8 5,33,3 3,5 4,3 3,1 3,5 3,9 5,4 3,4 - 3,2 3,4 3,6 5,23

ParáVigia
















86 79,6 10,5 13,7 3,5 6,7 31,6 44,385,1 75,6 12,3 16,8 2,6 7,6 24,4 42,1

ParáVigia


11,7%

10,0%

META07

META09

VIGIA - PA





PARÁ

PARÁ

PARÁ

VIGIA

VIGIA

VIGIA



72,4%

81,0%

94,5%

81,5%

97,3%

83,1%

O atendimento de crianças de 4 a 5 anos em Vigia supera significativamente a média do Pará, o que é um dado positivo. A universalização deve ser a meta final.

Assim como no caso do Ensino Fundamental, também no Ensino Médio as médias de Vigia são maiores do que as verificadas no Pará e em muitos municípios da região. As políticas públicas que levaram a esses resultados podem e devem ser compartilhadas com as cidades circunvizinhas.

META01

META02

META03

Metas do PNE

186

AGRADECIMENTOS

Um trabalho dessa natureza e magnitude não poderia acontecer sem a colaboração de muitos parceiros. Gostaríamos de agradecer, especialmente à Alice Mello, Analu Moreira, Carolina Briso, Cleuza Repulho, Dedé Ladeira, Diego Lembo, Eliane Santos, Isabela Furtado, Leandro Benetti, Leandro Santos, Lucila Ricci, Maíra Moraes, Maria Vieites, Maria Slemenson, Mariano Cunha, Marília Colaço, Nair Mascanheiras, Pedro Ferreira, Pedro Negrão, Priscila Cruz, Rodolfo Simões, Sandra Pagel, Vivian Ka Fur Melcop e todos os Dirigentes Municipais de Educação e suas equipes técnicas dos municípios aqui contemplados.

INICIATIVA

NATURA Diretor Presidente: Alessandro Giuseppe Carlucci Vice Presidente de Redes: João Paulo FerreiraDiretora de Sustentabilidade: Denise Regina de Oliveira AlvesGerente de Sustentabilidade: Renata PuchalaCoordenadora de Sociobiodiversidade: Stephanie de Carvalho Klabin

INSTITUTO NATURADiretor Presidente: Pedro Villares Gerente de Projetos Educacionais: Beatriz Ferraz Coordenadora de Projetos Educacionais: Karina Rizek Coordenadora do Projeto: Márcia Ferri Articuladores do Projeto: Maria Brant e André LopesGerente de Comunicação: Fabiane AguiarAnalista de Comunicação: Fabiana Shiroma

JORNALISTAS / REDATORESPalavra Prima Comunicação

PROJETO GRÁFICO - TramedesignDiretor de Planejamento: Marcelo BeltrameDesigners: Allan Petcov e Mateus de CastroRevisora: Raquel Stein

IMPRESSÃOGráfica Stilgraf

FONTES DE DADOS Censo escolar e Pnud/Inep e IBGE

Este caderno não pode ser copiado, reproduzido ou comercializado , sem autorização prévia e expressa do Instituto Natura. Data da publicação: Fevereiro/2014

caro gestor e equipe da secretaria municipal de...

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