carcinoma epidermóide

17
19/09/2014 1 CARCINOMA EPIDERMÓIDE Neoplasia maligna que acomete o TECIDO EPITELIAL Introdução Taxa de Proliferação Sistema altamente integrado (genes e proteínas) Limites População celular Homeostáticos Falha nos mecanismos regulatórios de multiplicação da célula autonomia de crescimento proliferação celular descontrolada Neoplasia Neoplasia Diferenciação x Proliferação Diferenciação x Proliferação Lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células Neoplasia Neoplasia # Displasia e Hiperplasia Autonomia Celular de Proliferação - Não está sob o controle do sistema integrado que por meio de mecanismos de regulação (genes e proteínas) permitia que a replicação ficasse dentro de limites, os quais mantinham a população celular em níveis homeostáticos Carcinogênese Processo pelo qual as neoplasias se formam e se desenvolvem Carcinogênese 3 Fases: - Iniciação - Promoção - Progessão

Upload: rodrigo-ft-leticia

Post on 25-Dec-2015

13 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Carcinoma Epidermóide Trabalho

TRANSCRIPT

19/09/2014

1

CARCINOMA EPIDERMÓIDE Neoplasia maligna que acomete o TECIDO EPITELIAL

Introdução

• Taxa de Proliferação

• Sistema altamente integrado (genes e proteínas)

• Limites

• População celular

• Homeostáticos

Falha nos mecanismos regulatórios de multiplicação da célula

autonomia de crescimento proliferação celular

descontrolada

Neoplasia

Neoplasia

• ↑ Diferenciação x ↓ Proliferação

• ↓ Diferenciação x ↑ Proliferação

Lesão constituída por proliferação celular anormal,

descontrolada e autônoma, em geral com perda ou

redução de diferenciação, em consequência de

alterações em genes e proteínas que regulam a

multiplicação e a diferenciação das células

Neoplasia

• Neoplasia # Displasia e Hiperplasia

Autonomia Celular de Proliferação

- Não está sob o controle do sistema integrado que

por meio de mecanismos de regulação (genes e proteínas) permitia que a replicação ficasse

dentro de limites, os quais mantinham a população celular em níveis homeostáticos

Carcinogênese Processo pelo qual as neoplasias se

formam e se desenvolvem

Carcinogênese

• 3 Fases:

- Iniciação

- Promoção

- Progessão

19/09/2014

2

Célula geneticamente

alterada

Núcleo

Citoplasma

Agente

carcinogênico

Célula normal

Membrana celular

Agente

carcinogênico

Agente

carcinogênico

INICIAÇÃO

Indução permanente

de alterações genéticas

Tecido alterado

Neoplasia

1 2 3

Multiplicação

Célula

cancerosa

Invadem tecido

vizinho

Desprendem-se

Metástase

Agente

oncopromotores

PROMOÇÃO

Expressão gênica

Mitose

PROGRESSÃO

Epidemiologia do câncer

Câncer

2003 – 2ª causa de mortes na população

Portaria nº 2048 (setembro 2009): define abrangente controle ao câncer

- Prevenção

- Assistência de alta complexidade

2008 (Agência Internacional para pesquisa em câncer)

- 12,4 milhões novos casos

- 7,6 milhões de mortes

2010/11 – Brasil

- 489.270 novos casos

Homens: 236.240 (próstata e pulmão)

Mulheres: 253.030 (mama e colo de útero)

Cârcinoma Epidermóide Bucal

Cârcinoma Epidermóide

É a neoplasia mais comum que acomete a mucosa de revestimento bucal

INCA 2010

- 14.120 novos casos

H: 10.330 (5º) 11 homens em 100 mil

M: 3.790 (7º) 4 mulheres em 100 mil

- 6.214 mortes (2008)

H: 4.898

M: 1.316

19/09/2014

3

Etiologia

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

Multifatorial – nenhum agente etiológico isolado definido/aceito

Fatores intrínsecos

- estados sistêmicos (desnutrição, anemia crônica)

- hereditariedade ?

Fatores extrínsecos

- tabaco

- álcool

- radiação Cârcinoma Epidermóide

Extrínsecos

Intrínsecos

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

TABACO

- 16 % (290 mil) da população brasileira é tabagista

- 80 % com CE são tabagistas

- Risco de 2 a 6 vezes maior de recorrência

- Dose de tabaco está relacionada ao risco

cachimbo/charuto/cigarro

- Tabaco com fumaça ou tabaco sem fumaça

TABACO Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

TABACO

- Sachê de Betel :

(nozes de palmeira areca/folha de betel e tabaco/cal hidratada)

8% podem desenvolver CE

19/09/2014

4

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

ÁLCOOL

Isoladamente??

ÁLCOOL + TABACO ↑ RISCO

1/3 pacientes com CE são alcóolatras

Deficiência nutricional

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

RADIAÇÃO

Radiação UV (carcinoma de lábio)

Raio X

↑ Dose ↑ Risco

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

Deficiência de Ferro

- Crônica : Síndrome de Plummer-Vinson ou Patterson-Kelly

- Imunidade Prejudicada

- Renovação acelerada das células epiteliais

Deficiência de Vitamina A (Retinol)

- Queratinização excessiva da pele e mucosas

- Papel protetor ou preventivo

- Betacaroteno

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

IMUNOSSUPRESSÃO

- Falha no sistema de defesa contra células malignas

recentemente geradas

- AIDS

- Terapia imunossupressora

- Álcool

Cârcinoma Epidermóide

ETIOLOGIA

VÍRUS ONCOGÊNICOS

- HPV (16, 18, 31 e 33)

Proteínas capazes de degradar genes supressores

Incorporação ao material genético das células,

ocasionando a perda da capacidade de controle do

organismo sobre o ciclo das células do hospedeiro

Características Clínicas

19/09/2014

5

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Leucoplásica

Eritroplásica

Eritroleucoplásica

Exofítica

Endofítica

Úlcero-destrutiva

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Leucoplásica/eritroplásica/eritroleucoplásica

- Ainda não há aumento de volume

- Placas brancas/vermelhas/

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Exofítica

- Lesão sólida, de crescimento exofítico

- Superfíce irregular/vegetante/papilar ou verruciforme

- Coloração semelhante a mucosa/branca/avermelhada

- Consistente à palpação

19/09/2014

6

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Endofítica

- Lesão de crescimento endofítico

- Lesão área central deprimida/escavada

- Borda “em rolete” de mucosa normal

Invasão do tecido neoplásico para o interior do tecido conjuntivo e abaixo do epitélio adjacente

- Coloração normal/vermelha/branca

19/09/2014

7

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Úlcero-destrutiva

- Extensa área necrótica

- Ósso

19/09/2014

8

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

REGIÃO

Carcinoma intra-bucal

Carcinoma orofaríngeo

Carcinoma de lábio

Cârcinoma Epidermóide CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

REGIÃO

Carcinoma intra-bucal

50% - bordo lateral posterior e ventre lingual

Soalho bucal

Gengiva

Mobilidade dentária e perda óssea : + mulheres/ñ tabaco

Região de trígono retro-molar

Mucosa alveolar

Mucosa jugal

Mucosa labial

19/09/2014

9

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

REGIÃO

Carcinoma orofaríngeo

palato mole/pilares amigdalianos/faringe

- Diagnóstico tardio: dor e disfagia

- Metástase cervicais e a distância

Orofaringe

19/09/2014

10

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

REGIÃO

Carcinoma labial

90% - lábio inferior

Pele clara

História de exposição excessiva e progressiva à

radiação UV

Associada a queilite actínica

Cârcinoma Epidermóide CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

REGIÃO

Carcinoma labial

Ulceração endurecida que não cicatriza

Indolor

Crostosa

Exsudativa

Crescimento lento

Mestástase baixa

19/09/2014

11

Cârcinoma Epidermóide CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

METÁSTASES

Grego metástatis = mudança de lugar/transferência

Termo utilizado para designar a ocorrência de uma neoplasia maligna distante do lugar de onde ela se

iniciou. Se dá quando as células neoplásicas se desprendem do tecido alterado e por vias de

disseminação conseguem alcançar outros locais.

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

METÁSTASES

Vasos linfáticos linfonodos cervicais ipsilaterais

Características clínicas

- Firme à palpação

- Indolores

- Aumentados

- Fixo

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

METÁSTASES

Lábio e soalho linfonodos submentonianos

Porções posteriores linfonodos jugulares

superiores e digástricos

Orofaringe ↑ risco metástase

19/09/2014

12

Cârcinoma Epidermóide

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

METÁSTASES

21% Metástases cervicais

2% Metástases à distância : abaixo da clavícula

- Pulmões

- Ossos

- Fígado

Diagnóstico desfavorável:

recidivas locoregionais/menores taxa de sobrevida

Cârcinoma Epidermóide ESTADIAMENTO

Quantificar os parâmetros clínicos

- Traçar o prognóstico

- Definir o tratamento

Parâmetros tamanho e extensão de disseminação

Protocolo de estadiamento mais utilizado

Sistema tumor-linfonodos-metástase (TNM)

3 características clínicas:

01. T – tamanho

02. N – envolvimento de linfonodos locais

03. M – metástase à distância

Cârcinoma Epidermóide

ESTADIAMENTO

COMO FUNCIONA??

Determina-se os 3 parâmetros clínicos

Registra-se os nº conjuntamente

Determina-se o estágio

19/09/2014

13

Características Histopatológicas

Características Histopatológicas

Ninhos e cordões de células epiteliais escamosas

malignas que invadem o tecido conjuntivo subepitelial,

tecido adiposo, tecido muscular e tecido ósseo

- Infiltrado inflamatório mononuclear difuso

- Áreas de necrose (material eosinofílico amorfo)

Características Histopatológicas

• Citoplasma eosinofílico abundante com núcleos grandes e

intensamente corados (hipercromáticos)

• Perda da relação núcleo citoplasma

• Pleomorfismo celular e nuclear

• Pérolas de queratina (áreas focais redondas de células

queratinizadas em camadas concêntricas)

• Queratinização individual das células (disqueratose)

• Atividade mitótica aumentada

• Mitoses atípicas

• Mais de um nucléolo

Células malignas

Características Histopatológicas

Graduação Avaliação do grau em que o epitélio maligno se

assemelha com o tecido original

(epitélio escamoso)

• As lesões são graduadas de I a III ou de I a IV

• Quanto maior a graduação MENOS diferenciada é a

neoplasia

• Quanto MENOS diferenciada a neoplasia pior o prognóstico

• Desenvolvimento mais rápido e maior a chance de

mestastases precoces

Características Histopatológicas

Graduação Avaliação do grau em que o epitélio maligno se

assemelha com o tecido original (epitélio escamoso)

• Carcinoma de células escamosas de baixo grau (grau I) ou

bem diferenciado

Pouco pleomorfismo celular e nuclear

Produção de queratina

Poucas mitoses

- Desenvolvimento lento e metastase tardia

- Melhor o prognóstico

Características Histopatológicas Graduação Avaliação do grau em que o epitélio maligno se

assemelha com o tecido original (epitélio escamoso)

• Carcinoma de células escamosas de alto grau (grau III e IV) ou

pobremente diferenciado/anaplásico

Muito pleomorfismo celular e nuclear

Nenhuma produção de queratina

Muitas mitoses

- Desenvolvimento rápido e metastases precoces

- Pior o prognóstico

• Carcinoma de células escamosas de grau moderado

- Característica histopatológica intermediária ao de alto grau e baixo

grau

19/09/2014

14

Características Histopatológicas

19/09/2014

15

AUTO EXAME

19/09/2014

16

19/09/2014

17