carcinicultura perspectivas economicas e...
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CARCINICULTURA PERSPECTIVAS ECONOMICAS E UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE
CAMARÃO
SHRIMP AND USE OF ECONOMIC PROSPECTS OF SHRIMP RESIDUE
FABIANA DE LIMA DANTAS1, MARIA LUIZA FERNANDES RODRIGUES
2.
1- Acadêmica do curso Superior de Tecnologia em Bioprocessos e Biotecnologia,
Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR).
2- Dra. em Química Orgânica, Profa. Orientadora e Adjunto da Faculdade de Ciências
Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil.
Endereço eletrônico para correspondência: Maria Luiza Fernandes Rodrigues,
Endereço: Rua Alferes Poli, 271, apto 1505, Centro, Curitiba, PR.
CEP 80.230-090. Telefone: 41 9914-55-43
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RESUMO:
A carcinicultura é o cultivo de camarões, sendo que o principal estado brasileiro
produtor de camarão é o Ceará, desde 2010 está na condição de líder nacional. A tendência da
produção de camarão é crescente e contribuirá com a geração de empregos neste setor. A
atividade cultivada tem demonstrado mais viabilidade para a economia, pois torna possível
monitorar as etapas de produção. Os impactos ambientais, com a geração de resíduos de
camarão, tornam importante a fiscalização pelos órgãos ambientais. Com os avanços
biotecnológicos, as pesquisas envolvendo técnicas de utilização tem se intensificado, a
quitosana presente na cabeça e carapaça do camarão desperta interesse comercial,
principalmente na indústria alimentícia. A principal barreira para gerenciar os resíduos de
forma sustentável, é o custo para transporte e o armazenamento em câmaras de refrigeração.
O objetivo do presente artigo foi realizar uma revisão de literatura entre os anos de
2004 à 2011, sobre a carcinicultura, aspectos ambientais, perspectivas econômicas e utilização
dos resíduos de camarão.
Palavras-chave: Carcinicultura, meio ambiente, economia e utilização do resíduo de camarão
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ABSTRAT:
Shrimp farming is the cultivation of shrimp, with the main Brazilian state producer
of shrimp is the Ceará since 2010 is considered as a national leader. The trend in shrimp
production is increeasing and will contribute to job creation in this sectro. The activity has
grown more demonstrated viability for the economy by making it possible to monitor the
stages of production. Environmental impacts, residue generation with the shrimp, make it
important to review by the environmental agencies. With advances in biotechnology research
involving the use of techniques has intensified, the chitosan present in the shrimp head and
shell awakened commercial interest, especially in the food industry. The main barrier to
manage residue in a sustainable way, is the cost for transportation and storage in refrigeration
chambers.
The goal of this paper was to conduct a review of the literature between the years
2004 to 2011 on the shrimp farming, environmental, economic prospects and utilization of
shrimp residue.
Key-words: Shrimp farming, environment, economy and utilization of shrimp residue
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1. INTRODUÇÃO
A Carcinicultura brasileira baseia-se na exploração do camarão branco do Oceano
Pacífico (Litopenaeus vannamei), embora tenha utilizado pouco mais de 3,0% em 2009, é
uma atividade com viabilidade técnica, econômica, social e ambiental demonstradas na
Região Nordeste. Haja vista que sua participação na mitigação da pobreza, já é uma realidade
amplamente demonstrada, pois a mesma contribui de forma significativa para a geração de
negócios, renda, divisas e empregos permanentes no meio rural dessa região.
Aparentemente, os impactos econômicos são positivos, mas o problema de
degradação ambiental para adaptar os sistemas de cultivos e deterioração da qualidade de
água das regiões próximas aos cultivos pode transformar-se em uma problemática
irreversível, pois a recuperação destes ambientes é de alto custo e difícil. Outra preocupação
desse setor atualmente, diz respeito ao destino adequado para seus resíduos, de modo que as
agressões ao meio ambiente sejam cada vez mais reduzidas.
Na medida em que a geração de resíduo de camarão é bastante significativa e que tais
resíduos são constituídos por quitina, tem havido grande interesse em seu reaproveitamento,
buscando alternativa à sua disposição final, com vistas ao desenvolvimento de produtos de
valor agregado.
Estudos têm comprovado que a quitosana, originada da quitina, uma fibra retirada do
exoesqueleto de crustáceos, com peso molecular médio do biopolimero e grau de
desacetilação adequado determinam os ramos de aplicação. Na medicina mostrou atividade de
coagulação do sangue para tratamento de hemorragias, metodologia está, que já foi iniciada
em períodos de guerras; na área farmacêutica aponta o desenvolvimento de cosméticos para
rejuvenescimento e compostos vitamínicos; na agricultura como fertilizantes; na
microbiologia para preparo de substratos e na indústria alimentícia como ração animal,
silagem ácida de pescado, farinhas (mais empregada) e biofilmes para proteger os alimentos.
O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica entre os anos de 2004 e
2011, sobre a carcinicultura, aspectos ambientais, geração de resíduos e perspectivas
econômicas.
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2. CARCINOCULTURA E PERSPECTIVAS ECONOMICAS
2.1 Camarão
O camarão ou caranguejo do mar, pertence a ordem decápode e pode ser marinho ou
de água doce, podendo medir 35 cm e pesar 70 g na fase adulta. Essa classe de crustáceos
possui exoesqueleto composto por quitina, principal alvo de pesquisas científicas. O seu corpo
é dividido em cefalotórax e abdómem, sistema digestório completo, reprodução sexuada e
sistema nervoso bem desenvolvido (Figura 1).
Os tipos de camarões encontrados ou cultivados é o Camarão de Água Doce, o
Camarão da Malásia, o Camarão de Estalo, o Camarão de Patas Brancas, o Camarão de Sete
Barbas, o Camarão Limpador e o Camarão Rosa. As principais espécies de camarão marinho
presentes na costa brasileira são os Penaeus brasiliensis, Penaeus schimitti, Penaeus
paulensis, Penaeus subtilis e o considerado maior da espécie é o Penaeus notialis (Cunha,
2010).
O Litopenaeus vannamei, camarão branco, originado da costa do pacífico é uma
espécie exótica com distribuição natural se estende desde a província de Sanora no México
até o sul de Tumbes no Peru (Cunha, 2010).
Fonte: domescobar.blogspot.com
Figura 1 – Anatomia do camarão
O cultivo do camarão ocorre em etapas: maturação e larvicultura com primeiro estágio
larval; cultivo em tanques berçário, após larva e cultivo nos viveiros de engorda e adulto
(Rocha, 2010).
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Os animais aquáticos cultivados requerem temperaturas e salinidade específicas para o
seu desenvolvimento, sendo os fatores físicos os que mais influenciam para criar um ambiente
suscetível e adaptável a eles, sendo necessário conhecimento sobre a sua biologia para supor o
potencial da técnica (Kerber, 2010).
A carcinicultura cultivada é a criação de camarões em cativeiros, mas também pode
ser extrativa, onde o camarão é retirado do seu habitat natural. O que diferencia a atividade de
cultivo em relação à extrativa está diretamente relacionado ao controle de produção e na
preventiva para corrigir eventuais falhas durante o processo produtivo (Rocha, 2010).
Essa atividade é significativa no estado do Rio Grande do Norte, por apresentar
condições adequadas como o clima, a posição geográfica e a qualidade da água. Atualmente o
cenário é outro, o estado do Ceará tomou do estado do Rio Grande do Norte a condição de
líder, devido a duas enchentes que ocorreram em 2008 e 2009, aumento a produção cresceu
50% no ano passado enquanto houve uma queda de 23% de produção nos estados vizinhos.
(Opovo, 2011).
O Brasil é considerado o sétimo maior produtor de camarão do mundo, exportando
sua produção para 24 países, principalmente para França, Espanha, Japão, Holanda, Portugal e
o Estados Unidos (Lopes et al, 2008).
A importância da carcinicultura para o atendimento da crescente demanda mundial
por camarões, pode ser mais bem avaliada quando se verifica que enquanto esse setor
apresentou um incremento médio anual de 13,18% ao ano entre 1998 e 2008, a produção
extrativa cresceu apenas 1,57% ao ano no mesmo período (Rocha, 2010).
Além disso, a analise dos números mais recentes da produção extrativa, mostra que
entre 2003 (3.332.205 t) e 2008 (3.120.566 t), o setor extrativista apresentou um crescimento
negativo (- 6,35%), comparado com um incremento de 65,89%, da produção de cultivo, o que
naturalmente leva a constatação de que a produção de cultivo passou a liderar a produção
mundial de camarão a partir de 2007 (Figura 2).
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Figura 2 - Perfil da Produção Mundial de Camarão Marinho: Cultivado e Capturado.
A perspectiva do amarão tem na região nordeste a sua maior concentração da
atividade pesqueira. Os pescadores são reconhecidos como classe trabalhadora profissionais
somente se estiver vinculados às colônias de pesca e, caso não estejam associados são
chamados pescadores clandestinos e não podem participar de projetos do governo como, por
exemplo, ajuda financeira em períodos de pouca produção.
No Rio Grande do Norte, com extensão de 399 Km, estão localizados 25 municípios
costeiros, 83 comunidades pesqueiras e a gestão de recurso pesqueiros do litoral do nordeste
(Silva, 2004).
O ecossistema costeiro não constitui somente a geração de renda por participar do
desenvolvimento e manutenção das espécies de importância econômica, mas também a
interação entre o homem e o meio (Oliveira, 2011).
Para que o produto chegue ao consumidor mais distante são necessárias técnicas
adequadas de armazenamento, onde a mais utilizada é o congelamento por aplicação de gelo.
Quanto as condições de refrigeração, o produto quando descongelado não é mais
considerado fresco. Portando, a fim de manter a durabilidade do produto a salga tem sido
utilizada desde a antiguidade, mesmo em países mais desenvolvidos por razões econômicas,
baixo custo e hábitos alimentares (Sampaio, 2004).
Os países importadores do camarão brasileiro possuem exigências diferenciadas
quanto à concentração de SO2 residual em camarão fresco e congeladas, sendo necessários
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estudos que aperfeiçoem a aplicação de antimelonótides, que evitem o escurecimento do
camarão, para manter as características primária e atender as expectativas do consumidor
(YOKAYAMA, 2007).
A tendência de que a Europa passará por uma segunda onda de recessão derivada das
medidas implementadas para controlar os déficit fiscais dos países da região, fez com que os
economistas brasileiros ficassem atentos ao impacto que a crise teria no país, já que a Europa
é responsável por 22% das exportações do país (Jornal O Estado de São Paulo, 2010).
No ano de 2009, o volume de pescado importado pelo Brasil atingiu o patamar de 239,5
mil toneladas, correspondente a uma sangria de divisas de US$ 715 milhões (Figura 4), cifras
suficientes para gerar 150.000 empregos nos paises exportadores (Rocha, 2010).
Figuras 3 e 4 – Linha de tendência em volume e valor da importação brasileira de pescado (2003-2013)
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2.2 Aspectos ambientais
As indústrias alimentícias consomem muita água para seus empreendimentos, a
conservação e o reuso da água é hoje uma necessidade real e crescente pela aplicação do
sistema APCC - Análise do Sistema e Pontos Críticos de Controle para suprir o crescimento
das atividades agrícolas, urbanas e industriais (Franco, 2007).
Desde 1997, os estados são responsáveis pelo licenciamento de atividades poluidoras
ou degradação do meio ambiente, como sedimentação do local e a eutrofização dos corpos
d’água, tornando obrigação de cada um fazer cumprir as leis ambientais (Bonini, 2006).
No Rio Grande do Norte, o instituto de desenvolvimento econômico do meio
ambiente IDEMA – RN, além de cuidar do licenciamento também ajuda na fiscalização. No
Ceará, o órgão responsável é a superintendência estadual do meio ambiente SEMACE,
protegida pela CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que estabeleceram
definições e responsabilidades para o uso e implementação da avaliação do impacto ambiental
como um dos instrumentos da política nacional do meio ambiente (Bonini, 2006).
No ano de 1990, foi criada a Agenda 21, provavelmente o mais importante, resultado
da conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento, realizada em
1992 no Rio de Janeiro, que contribuiu para cristalizar a essência da premissa de
sustentabilidade social, ecológica, ambiental, territorial, econômica, política e cultural (Silva,
2004).
Os animais aquáticos estão cercados em um ambiente que suporta patógenos
oportunistas independentes do animal hospedeiro. As doenças mais comuns nas atividades
camaroeira são: IHHNV (Infecção Hipodérmica Hematopoiética Vírus Necrose), Laura,
Mancha Branca, NHP (Hepatopancreatite necrotizante), IMMV (Vírus Da Mionecrose
Infecciosa), doenças que podem causar deformidades, distúrbio no crescimento e alterações
na cor do camarão, que sem controle podem ameaçar a espécie (Bonini, 2006).
2.3 Geração de resíduos
É crescente o aumento dos resíduos marinhos gerados, cerca de 30 milhões de
toneladas são descartadas no mundo, fato que demonstra baixa eficiência do setor pesqueiro
em gerenciar de forma adequada está matéria prima, que por sua vez, é rica em proteínas de
alto valor biológico (Martins, 2011).
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O turismo está em constante desenvolvimento, sendo necessário monitorar as
modificações sócio-ambientais para atender a demanda sem prejudicar as áreas de
preservação. Um aumento significativo de turistas possibilitou o surgimento de novos hotéis,
pousadas e restaurante e com isso uma considerável preocupação com o gerenciamento dos
resíduos sólidos (Sperb et al., 2006).
Para obter o filé de camarão, atividade esta que gera maior quantidade de resíduo,
perde-se 45% do peso corporal, sendo, 32% cabeça e 13% carapaça (Martins, 2011).
Segundo Martins, W.S., Engenheiro de pesca que realizou um estudo exploratório de
caráter quantitativo e qualitativo, convidando indústrias de pescado para participar de uma
pesquisa sobre os resíduos sólidos descartados ou encaminhados para fábricas de farinha,
concluiu que o armazenamento desses resíduos em câmaras refrigerador e o transporte para
descarte, são considerados os principais componentes do custo, tornando o descarte como a
prática mais comum, o que evidencia pouca inserção do setor de pesca brasileira na busca
pela sustentabilidade.
A lei brasileira possui resoluções relacionadas a resíduos e ao ambiente, como a
resolução 313/02 e a 358/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA (Martins,
2011). De acordo com NBR 10.004/2004, os resíduos da indústria da pesca podem ser
incluídos na Classe I – Perigosos (apresentam propriedades físicas, químicas ou infecto-
contagiosas, que oferecem risco à saúde pública e ao meio ambiente) e na Classe II – Não
Inertes (com propriedades como a combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em
água).
2.4 Interesses biotecnológicos
A biomassa é definida como a massa de matéria orgânica presente nos organismo,
em ecossistema pode ser empregada como fonte de matéria prima e seu aproveitamento pode
contribuir para reduzir a quantidade de resíduo abundante e renovável descartado no meio
(Cardoso, 2008).
O camarão possui de 5 a 7% de quinina e o siri de 15 a 20%, sendo que os seus
resíduos são normalmente utilizados para a produção de farinha de pescado, porém esse uso
reduz a qualidade nutricional do produto (Moura et al., 2006).
O biopolímero β- (1→4)-N-acetil-D-glucosamina é o mais abundante encontrado na
natureza, depois da celulose. A quitina (Figura 5) é encontrada no exoesqueleto de crustáceos,
na parede celular de fungos em outros materiais biológicos. Tem a estrutura semelhante a
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fibra vegetal, sendo que a diferença entre as duas fibras se deve ao grupo hidroxila localizado
na posição que na quinina está substituído por grupos acetoamino. Esse biopolímero, devido a
sua versatilidade, pode ser utilizado como agente floculante no tratamento de efluente, como
adsorvente na clarificação de óleos, e principalmente na produção de quitosana (Moura et al.,
2006).
A quitosana possui valor comercial maior e propriedades mais interessantes para
âmbito industrial e fins de pesquisa tornam-se uma alternativa de utilização para a quitina. A
quitina é insolúvel em água, solventes orgânicos, ácidos diluídos e álcalis, e apresenta uma
forma de sólido cristalino ou amorfo.
A quitosana (Figura 5) é uma poliamina linear que possui grupamentos amino
disponíveis para reações químicas, aos quais são atribuídas as propriedades de maior
interesse. Tais grupamentos podem adquirir uma carga positiva em presença de soluções
ácida, assim sua capacidade de solubilizar-se em ácidos orgânicos, o que constitui uma das
principais características que diferencia a quitosana em relação a quitina (Moura et al., 2006).
A quitosana é obtida pela desacetilação alcalina da quitina (N-acetilglucosamina). As
condições dessa reação conferem a quitosana suas características principais, com o peso
molecular médio do biopolímero e o grau de desacetilação e, conforme essas características se
determinam os ramos de utilização da quitosana obtida. O que distingue a quitosana da quitina
e a substituição do grupo acetamino na posição 2 pelo grupo amino (Moura et al., 2006).
A purificacao da quitosana e feita utilizando-se sua capacidade policationica; quando
purificada, encontra-se na forma de gel, que é seco até atingir a umidade comercial (Moura et
al., 2006).
Fonte: scielo.br
Figura 5 – Representação das estruturas primárias de quitina e quitosana onde n é o grau de polimeração
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Devido aos benefícios e aplicações da quitosana, o estudo de suas características e o
aperfeiçoamento do processo de produção vem se tornando cada vez mais facilitados e variam
desde o tratamento de esgotos industriais até a confecções de fios de sutura, ou curativos com
propriedades bactericidas, fungicidas e cicatrizantes.
Por meio de reações químicas são inseridos diferentes grupos funcionais as suas
moléculas, conferindo diferentes propriedades e aplicações, devido a características como
biodegradabilidade, biocompatibilidade e hidrofilicidade (Moura et al., 2006).
3. DISCUSSÃO
Trata-se de um trabalho de revisão literária cuja área de conhecimento é Ciências da
Saúde, na área de atuação de Biotecnologia, cujo intuito é promover de forma descritiva
qualitativa, perspectiva para utilização do resíduo de camarão e fundamentar num conteúdo
sólido sobre importância do gerenciamento.
Foi pensando na facilitação do aprendizado dos alunos do curso de Tecnologia
Superior em Bioprocessos e Biotecnologia que este assunto foi aqui abordado, de forma a
promover interesse sobre o assunto em novas descobertas científicas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na carcinicultura cutivada passou a liberar a produção mundial de camarão a partir
de 2007 e nesta prática é possível monitorar a produção e controlar doenças comuns desta
atividade.
O camarão branco do Oceano Pacífico (Litopenaeus vannamei), é o mais explorado
na carcinicultura brasileira.
O Rio Grande do Norte é o estado que apresenta maiores condições para a produção
de camarão, contribuindo para a carcinicultura extrativa e cultivada, sendo setores de destaque
para a economia do país.
A tendência para importação é que a produção tenha um crescente aumento, em
toneladas e em milhões nos próximos anos, potencializando a geração de novos empregos.
Atualmente o estado que apresentou maior produção de camarão foi o Ceará, um
aumento de 50%, tomou do Rio Grande do Norte, a condição de liderança.
O setor pesqueiro gera 30 milhões de toneladas de resíduos descartados no mundo,
mostrando que o descarte ainda é a prática mais comum.
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Somente com a atividade para obter o filé de camarão são gerados 45% de perda,
sendo, 32% de cabeça e 13% de carapaça.
O resíduo de pescado pode ser incluído na classe I – Perigosos e na classe II – Não
inerte, o que torna importante a orientação para a educação ambiental.
O turismo possibilitou o surgimento de hotéis, pousadas e restaurante, o que
contribuiu com o aumento do resíduo de camarão.
A quitosana obtida da desacetilação da quitina é o principal interesse para fins de
pesquisas nas indústrias farmacêuticas, químicas, alimentícias, na medicina e na
microbiologia.
A farinha derivada do resíduo de camarão tem mostrado melhor custo/beneficio para
os empreendedores do setor pesqueiro, mas gera alto consumo de água.
A principal barreira para o gerenciamento desse resíduo é o custo para transportá-lo
e armazená-lo.
É necessário estudos de melhorias na aplicação de antimelonótides para manter as
características primárias e atender as expectativas do consumidor.
A fiscalização tem pouca inserção para gerenciar os resíduos de pesca brasileira na
busca pela sustentabilidade.
5. CONCLUSÃO
Foi possível concluir neste artigo, que a carcinicultura é o setor que gera renda e
contribui para o aumento da economia no país, mas é uma atividade poluidora. A evidência de
expansão do setor acentua as preocupações com o meio ambiente, ressalta a importância em
aperfeiçoar estudos para aplicação da quitosana, que já apresenta vários benefícios. A
produção de cultivo de camarão passou a ser maior do que a produção por captura a partir de
2007, pois na produção cultivada, à melhor monitoramento para prevenir falhas durante as
etapas de produção. O custo para gerenciar sustentavelmente os resíduos de pescado é
significativo para que a prática de descarte, ainda seja a mais comum. A fiscalização pelos
órgãos responsáveis de proteção ao meio ambiente deve ser mais severa para impor e fazer
cumprir o que for estabelecido em leis.
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