capitulos 15 e 16

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1) CAPITULO 15 – LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES Liderança não é sinônimo de administração. O administrador é responsável pelos recursos organizacionais e por funções como planejar, organizar, dirigir e controlar a ação organizacional no sentido de alcançar objetivos. Isso inclui muita coisa. A rigor, o administrador deveria ser também um líder, para dar adequadamente com as pessoas que com trabalha. O líder, por seu lado, pode atuar em grupos formais e informais e nem sempre é um administrador. O administrador pode adotar um estilo autocrático e impositivo ou democrático e participativo para fazer com que as coisas sejam feitas pelas pessoas. Dois conceitos emergem dessa situação: O poder e a sai aceitação por parte dos liderados. A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. A influência é uma transação interpessoal na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o comportamento de outra, de maneira intencional. Assim, sempre se encontra um líder – aquele que influencia – e os liderados – aqueles que são influenciados. A influência é um conceito ligado ao conceito de poder e de autoridade. Existem cinco tipos de poder que um líder pode possuir: Poder Coercitivo. É o poder baseado no temor e na coerção. O liderado percebe que o fracasso em atender às exigências do líder para levá-lo a sofrer algum tipo de punição ou penalidade que quer evitar. Poder de Recompensa. É o poder que decorre do cargo ocupado pelo líder no grupo ou na hierarquia organizacional. Em uma organização formal, o supervisor de primeira linha é percebido como alguém que tem mais poder que os operários, o gerente tem mais poder do que o supervisor e o diretor tem mais poder que o gerente.

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Page 1: Capitulos 15 e 16

1) CAPITULO 15 – LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES

Liderança não é sinônimo de administração. O administrador é responsável pelos recursos organizacionais e por funções como planejar, organizar, dirigir e controlar a ação organizacional no sentido de alcançar objetivos. Isso inclui muita coisa. A rigor, o administrador deveria ser também um líder, para dar adequadamente com as pessoas que com trabalha. O líder, por seu lado, pode atuar em grupos formais e informais e nem sempre é um administrador.

O administrador pode adotar um estilo autocrático e impositivo ou democrático e participativo para fazer com que as coisas sejam feitas pelas pessoas. Dois conceitos emergem dessa situação: O poder e a sai aceitação por parte dos liderados.

A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. A influência é uma transação interpessoal na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o comportamento de outra, de maneira intencional. Assim, sempre se encontra um líder – aquele que influencia – e os liderados – aqueles que são influenciados. A influência é um conceito ligado ao conceito de poder e de autoridade.

Existem cinco tipos de poder que um líder pode possuir:

Poder Coercitivo. É o poder baseado no temor e na coerção. O liderado percebe que o fracasso em atender às exigências do líder para levá-lo a sofrer algum tipo de punição ou penalidade que quer evitar.

Poder de Recompensa. É o poder que decorre do cargo ocupado pelo líder no grupo ou na hierarquia organizacional. Em uma organização formal, o supervisor de primeira linha é percebido como alguém que tem mais poder que os operários, o gerente tem mais poder do que o supervisor e o diretor tem mais poder que o gerente.

Poder de Competência. É o poder baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa. Os liderados percebem o líder como alguém que possui certos conhecimentos ou conceitos que ultrapassam os seus.

Poder de Referência. É o poder baseado na atuação e no apelo. O líder que é admirado por certos traços de personalidade possui poder referencial. É um poder conhecido popularmente como carisma. O mundo foi profundamente marcado por lideres carismáticos, como Jesus, Moisés, Napoleão, Gandhi, Vargas, Kenedy e etc.

A liderança não deve ser confundida com direção, nem mesmo com gerência. Um bom administrador deve ser necessariamente um bom líder. Por outro lado, nem sempre um líder é um administrador. Na verdade, os líderes devem estar presentes no nível institucional , intermediário e operacional das organizações.

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A liderança é um fenômeno tipicamente social que ocorre exclusivamente em grupos sociais e nas organizações. A liderança é exercida como uma influência interpessoal em uma dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança são, portanto, quatro:

Influência; Em uma situação; Pelo processo de comunicação; e Visando a objetivos a alcançar.

As mais antigas teorias sobre liderança se preocupavam em identificar os traços de personalidade capazes de caracterizar os líderes. O pressuposto era que se poderia encontrar um número finito de características pessoais, intelectuais, emocionais e físicas que identificassem os líderes de sucesso, como:

Habilidade de interpretar objetivos e missões; Habilidade de estabelecer prioridades; Habilidade de planejar e programar atividades da equipe; Facilidade em solucionar problemas e conflitos; Facilidade em supervisionar e orientar pessoas; Habilidade de delegar responsabilidades aos outros.

2) CAPÍTULO 16 – MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Um dos maiores desafios do administrador é motivar pessoas. Torna-las decididas, confiantes e comprometidas intimamente a alcançar os objetivos propostos. Energizá-las e estimulá-las o suficiente para que sejam bem-sucedidas através do seu trabalho na organização. O conhecimento da motivação humana é indispensável para que o administrador possa realmente contar com a colaboração irrestrita das pessoas.

Muitos acreditam que a motivação é um traço pessoal da personalidade humana que algumas pessoas possuem e outras não. Há quem ache que as pessoas com pouca motivação são preguiçosas e indolentes. O conhecimento atual a respeito da motivação demostra que essas pressuposições são errôneas. A motivação funciona como o resultado da interação entre o individuo e a situação que envolve.

O nível de motivação varia entre as pessoas e dentro de uma mesma pessoa através do tempo. Além das diferenças individuais, existem as variações no mesmo indivíduo em função do momento e da situação.

A motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer algumas necessidades individuais. A motivação está relacionada com três aspectos:

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1. A direção do comportamento (objetivo).2. A força e intensidade do comportamento (esforço).3. A duração e persistência do comportamento (necessidade).

Existem duas teorias de conteúdo que, apesar de serem questionadas em termos de validade, constituem ainda a melhor maneira de explicar a motivação das pessoas. Uma delas é a hierarquia das necessidades humanas e a outra é a teoria da motivação-higiênica.

1) A teoria da hierarquia das necessidades apresentada por Maslow é a mais conhecida de todas as teorias a respeito da motivação humana. Sua hipótese básica é que, em cada pessoa, existe uma hierarquia de cinco necessidades humanas, são elas: Necessidades fisiológicas, Necessidades de segurança, Necessidades sociais, Necessidades de estima e Necessidades de auto realização.

As necessidades humanas estão arranjadas em uma hierarquia, de modo que, quando uma necessidade é relativamente satisfeita, a próxima necessidade mais elevada torna-se dominante no comportamento da pessoa. As necessidades mais altas somente influenciam o comportamento quando as necessidades mais baixas estão relativamente satisfeitas.

2) A teoria dos dois fatores, proposta por Frederick Herzberg, trata da motivação para o trabalho e é também chamada de teoria dos fatores higiênicos e motivacionais ou teoria da higiene-motivação.Os fatores higiênicos ou insatisfacientes estão associados com o contexto do trabalho, ou seja, com aqueles aspectos relacionados com o ambiente de trabalho. A insatisfação está ligada mais com o ambiente no qual a pessoa trabalha do que com a natureza do trabalho em si. Os fatores higiênicos envolvem: salário, políticas e diretrizes da organização, estilo de supervisão, condições ambientais de trabalho, segurança no emprego, e relações com o superior, com colegas e com os subordinados. São fatores de entorno. Estão relacionados com as fontes de insatisfação no trabalho.

Já os fatores motivacionais ou satisfacientes estão relacionados com o conteúdo do trabalho. Envolvem: o trabalho em si, responsabilidade, crescimento e progresso e realização pessoal. Estão relacionados com as fontes de satisfação no trabalho.

A teoria dos dois fatores é criticada por basear-se em uma pesquisa em uma pequena amostra e fazer generalizações a partir dela. Em segundo lugar, o trabalho de Herzberg simplifica demais a natureza da satisfação no trabalho, quando a satisfação ou insatisfação pode residir no contexto do trabalho, no conteúdo do trabalho ou em ambos ao mesmo tempo.

As teorias de Maslow e Herzberg sobre motivação proporcionam um arcabouço que permite ao administrador uma aplicação prática no seu quotidiano. Como ambas carecem de confirmação cientifica, surgiram

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varias outras teorias contemporâneas com algo em comum: Um certo grau de validade científica. Isso não significa que elas sejam perfeitamente corretas, mas constituem o estado atual da arte a respeito da motivação das pessoas.

Enquanto as teorias de conteúdo se preocupam com as necessidades e incentivos que geram o comportamento, as teorias de processo procuram verificar como o comportamento é ativado, como é dirigido, como é mantido e como termina. As principais teorias de processo são: A teoria da equidade e a teoria da expectância.

Uma organização é um sistema de contribuições e de recompensas: As pessoas contribuem para a organização através do seu trabalho e recebem recompensas da organização. A teoria da equidade avalia as contribuições (o que a pessoa dá) em relação às recompensas (o que a pessoa recebe) do seu trabalho com as contribuições e recompensas de seu trabalho com as contribuições e recompensas do trabalho das outras pessoas. Essas comparações servem para definir inequidades e então reagir a elas ou tentar eliminá-las.

Uma teoria muito aceita a respeito da motivação é a chamada teoria da expectância ou da instrumentalidade, proposta por Vroom; A teoria da expectância argumenta que a tendência para agir de uma certa maneira depende da força da expectativa de que a ação possa ser seguida por algum resultado e da atratividade desse resultado para o indivíduo. Em termos práticos, isso significa que um empregado estará motivado a se esforçar quando ele acredita que o seu esforço o levará a uma boa avaliação do desempenho, a qual lhe proporcionará recompensas da organização, como bônus, prêmio, promoção, gratificação ou aumento salarial, e que essas recompensas satisfarão os seus objetivos individuais.