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Projeto pode elevar Macaé à Entrância Especial Reivindicação é para aprovação de Anteprojeto de Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado Moradores solicitam área de lazer, pavimentação de algumas ruas e solução para o lixo WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL A iniciativa do deputado Bruno Dauaire (PR), atende a reivindicação anterior da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados de Macaé Bairro é considerado uma área nobre e fica situado em um ponto estratégico próximo à área industrial Reivindicação antiga da 15ª Subseção da Ordem dos Ad- vogados do Brasil, a Comarca de Macaé poderá ser elevada à En- trância Especial, se a Assembleia Legislativa aprovar com a urgên- cia solicitada, o Anteprojeto de Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Organização e Di- visão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. A indicação é do de- putado estadual Bruno Dauaire (PR), que conta com o apoio do presidente do TJ. PÁG. 3 L ocalizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), o Jardim Guanabara é um bairro que vem ao longo dos últimos anos so- frendo uma forte expansão imobiliária. A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros e também do Polo Offsho- re e da Área Industrial, tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras, fez com que essa área se valorizasse cada vez mais. Mas por trás de belas residências e ruas tranquilas, vários problemas de infra- estrutura se escondem.Nesta semana, o Bairros em Debate esteve no local. PÁG. 8 JARDIM GUANABARA Quem ainda não conseguiu adquirir os novos modelos de extintores de incêndio tipo ABC terá uma nova chance para regularizar a situação. É que o Ministério das Cidades, responsável pela regulamenta- ção, informou que o prazo para o início da cobrança das multas para os motoristas irregulares deve ser adiado por mais 90 dias, a contar do dia primeiro de abril. A decisão vai permi- tir que o produto, escasso em muitas cidades do país, possa ser encontrado com mais faci- lidade. O novo pedido já seguiu para o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, para aprovação. No entanto, a pena para o descumprimento con- tinua a mesma: multa no valor de R$ 127,69, além da perda de cinco pontos na carteira. PÁG. 5 De acordo com alguns es- tudantes do ‘Programa Jovem Aprendiz’ (PPJA), que no início deste mês declararam se sentir esperançosos com o retorno ao trabalho após a Petrobras anunciar a contratação de uma nova auditoria fiscal para coor- denar seus serviços contábeis nos exercícios sociais de 2015 e 2016, até agora o desenlace do problema ainda não aconteceu. Desta forma, todos os 500 ma- caenses e 350 campistas partici- pantes do projeto na região con- tinuam com a carteira assinada e sem receber. Desde setembro de 2014, após um problema ju- dicial com a empresa parceira do Programa Jovem Aprendiz, a Petrobras não paga aos estu- dantes do projeto que, sem tra- balhar, ainda têm mais um ano de contrato pela frente PÁG. 6 AMBIENTE GERAL WANDERLEY GIL No calçadão a fiação é subterrânea SEMA fará plantio nas nascentes dos rios Emaranhado de fios é a realidade dos macaenses Medida visa combater a atual crise hídrica no município de Macaé PÁG. 10 A empresa Ampla se pronunciou sobre os casos de fiação expostas PÁG. 11 WANDERLEY GIL Iniciativa tem como objetivo preservar as nascentes ainda existentes no município POLÍCIA GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS Vítimas do acidente de ônibus seguem no HPM Grupos coordenam ato de desagrado político Petroleiros relembram acidente na P-36 Noite de poesia e muitos aplausos Acidente aconteceu na quinta- feira e deixou sete feridos PÁG. 5 Em Macaé também será realizada manifestação PÁG. 10 Sindipetro-NF vai realizar ato durante a tarde de hoje PÁG. 3 Apresentação dos novos talentos aconteceu na Funemac CAPA EXTINTOR ECONOMIA BAIRROS EM DEBATE Motoristas terão novo prazo para compra Jovens Aprendizes seguem em casa O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo 15 e segunda-feira 16 de março de 2015 Ano XXXIX, Nº 8655 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 KANá MANHãES WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL SENAI MACAÉ OFERECE CURSOS EDUCAÇÂO, PÁG.10 COMBOIOS AGILIZAM AÇÕES DA POLÍCIA POLÍCIA, PÁG.5 TARIFAÇO COMEÇA A VALER HOJE EM MACAÉ ECONOMIA, PÁG.6 ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 30º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

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Page 1: Noticiario 15 e 16 03 15

Projeto pode elevar Macaé à Entrância Especial Reivindicação é para aprovação de Anteprojeto de Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado

Moradores solicitam área de lazer, pavimentação de algumas ruas e solução para o lixo

wanderley gil

wanderley gil

A iniciativa do deputado Bruno Dauaire (PR), atende a reivindicação anterior da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados de Macaé

Bairro é considerado uma área nobre e fica situado em um ponto estratégico próximo à área industrial

Reivindicação antiga da 15ª Subseção da Ordem dos Ad-vogados do Brasil, a Comarca de Macaé poderá ser elevada à En-trância Especial, se a Assembleia Legislativa aprovar com a urgên-cia solicitada, o Anteprojeto de

Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Organização e Di-visão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. A indicação é do de-putado estadual Bruno Dauaire (PR), que conta com o apoio do presidente do TJ. PÁG. 3

Localizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), o Jardim Guanabara é um bairro

que vem ao longo dos últimos anos so-frendo uma forte expansão imobiliária. A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros e também do Polo Offsho-

re e da Área Industrial, tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras, fez com que essa área se valorizasse cada vez mais. Mas por trás de belas residências e ruas tranquilas, vários problemas de infra-estrutura se escondem.Nesta semana, o Bairros em Debate esteve no local. PÁG. 8

jardim guanabara

Quem ainda não conseguiu adquirir os novos modelos de extintores de incêndio tipo ABC terá uma nova chance para regularizar a situação. É que o Ministério das Cidades, responsável pela regulamenta-ção, informou que o prazo para o início da cobrança das multas para os motoristas irregulares deve ser adiado por mais 90 dias, a contar do dia primeiro de abril. A decisão vai permi-tir que o produto, escasso em muitas cidades do país, possa ser encontrado com mais faci-lidade. O novo pedido já seguiu para o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, para aprovação. No entanto, a pena para o descumprimento con-tinua a mesma: multa no valor de R$ 127,69, além da perda de cinco pontos na carteira. PÁG. 5

De acordo com alguns es-tudantes do ‘Programa Jovem Aprendiz’ (PPJA), que no início deste mês declararam se sentir esperançosos com o retorno ao trabalho após a Petrobras anunciar a contratação de uma nova auditoria fiscal para coor-denar seus serviços contábeis nos exercícios sociais de 2015 e 2016, até agora o desenlace do problema ainda não aconteceu. Desta forma, todos os 500 ma-caenses e 350 campistas partici-pantes do projeto na região con-tinuam com a carteira assinada e sem receber. Desde setembro de 2014, após um problema ju-dicial com a empresa parceira do Programa Jovem Aprendiz, a Petrobras não paga aos estu-dantes do projeto que, sem tra-balhar, ainda têm mais um ano de contrato pela frente PÁG. 6

ambiente Geralwanderley gil

No calçadão a fiação é subterrânea

SEMA fará plantio nas nascentes dos rios

Emaranhado de fios é a realidade dosmacaenses

Medida visa combater a atual crise hídrica no município de Macaé PÁG. 10

a empresa ampla se pronunciou sobre os casos de fiação expostas PÁG. 11

wanderley gil

Iniciativa tem como objetivo preservar as nascentes ainda existentes no município

Polícia Geral Política caderno dois

Vítimas do acidente de ônibus seguem no HPM

Grupos coordenam ato de desagrado político

Petroleiros relembram acidente na P-36

Noite de poesia e muitos aplausos

acidente aconteceu na quinta-feira e deixou sete feridos PÁG. 5

em Macaé também será realizada manifestação PÁG. 10

Sindipetro-nF vai realizar ato durante a tarde de hoje PÁG. 3

apresentação dos novos talentos aconteceu na Funemac caPa

extintor economiabairros em debate

Motoristas terão novo prazo para compra

Jovens Aprendizesseguem em casa

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo 15 e segunda-feira 16 de março de 2015Ano XXXIX, Nº 8655Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

kaná ManhãeS wanderley gilwanderley gil

senai macaé oferece cursosedUcaÇÂo, PÁG.10

comboios agilizam ações da PolíciaPolícia, PÁG.5

tarifaço começa a valer hoje em macaéeconomia, PÁG.6

índicetemPo ediTOrial 4

Painel 4

gUia dO leiTOr 4

eSPaÇO aBerTO 4

CrUZadinha C2

hOrÓSCOPO C2

CineMa C2

agenda C2

Máxima 30º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015

CidadeEdição: 266 Publicação: 4 dE julho dE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Acidente com ônibus da SIT deixa sete feridos na serra

Câmara volta a discutir falta d’água na cidadeNa quarta-feira (11), em sessão ordinária da Câmara Municipal de Macaé, por meio de um requerimento, o vereador Werberth Rezen-de (PPS) cobrou da Compa-nhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae - uma data para a realização de uma au-diência pública que buscará soluções para a falta d'água na cidade. A proposta foi aprovada por unanimida-de entre os parlamentares presentes. A apresentação do requerimento gerou um longo debate.

Um ônibus da empresa SIT caiu em uma ribanceira na Serra de Macaé, na ma-drugada de ontem (12). No total, sete pessoas ficaram feridas, incluindo o moto-rista. A causa do acidente e o estado das vítimas não foram divulgados.O caso aconteceu por volta da 1h da manhã com o ônibus da linha que seguia para o distrito de Gli-cério. A manobra brusca res-ponsável pela queda do veí-culo ocorreu pouco à frente da entrada para a localidade de Bicuda Pequena, em uma ribanceira que tinha aproxi-madamente 20 metros de

altura. De acordo com tes-temunhas, chovia bastante no momento do acidente e a pista estava completamente molhada. Após a queda, Po-liciais Militares do BPRV e fiscais da empresa SIT che-garam ao local e acionaram o Corpo de Bombeiros. Ain-da não se sabe o número de passageiros que estavam no ônibus, mas sete pessoas se machucaram. Socorridas, as vítimas foram levadas para o Hospital Público Municipal (HPM) e algu-mas já foram liberadas, mas o estado de saúde de outras não foi revelado.

Ação da Codim cria 33 mil empregos diretos

O município de Macaé, com área de 1997 km quadrados, o segundo maior do Estado do Rio, correspondendo a 15% da área estadual, foi sacudido dia 1º de julho por ocasião da vi-sita do Secretário de Indústrial e Comércio, Dr. Carlos Alberto de Andrade Pinto.

Macaé, que fechou o ano de 80 com uma população de 77.625 habitantes, antes do petróleo tinha como principal atividade eco-nômica a agropecuária e no setor terciário, responsável por 50% do valor da produção, enquanto secundário era ligado as ativida-des agroindustiais açucareiras, alcooleiras e de laticínios. Na oportunidade, o secretário anuncia ação da Codim que cria 33 mil em-pregos diretos.

Trindade Engenharia construiu a sede da Schlumberger

Tendo como engenheiro responsável o Sr. Joelson Franco Trindade, a firma macaense Trindade Engenharia Ltda foi contratada pe-la Schlumberger para execução dos seus es-critórios e oficinas na Granja dos Cavaleiros em Macaé. A área de construção é de 2.500 metros quadrados e a obra foi executada em oito meses.

Perigo no trânsitoNa Avenida Rui Barbosa, todos os sinais

luminosos dos principais cruzamentos apre-sentam defeitos. Às vezes, ficando totalmente apagados. Em entrevista com diretor do Detran

em Macaé, Augusto Veloso de Assis, este infor-mou que a responsabilidade da sinalização é da Prefeitura Municipal, que recebe 20% da arrecadação do Fundo Rodoviário e que 5% é previsto em lei para aplicar na sinalização da vias públicas.

Comarca de Macaé já tem juiz titular

Adiada por diversas vezes, o Tribunal de Justiça realizou a sessão para escola do Juiz de Direito titular da Primeira Vara da Comerca de Macaé, pelo critério de antiguidade, cabendo ao Dr. José Carlos Pinheiro da Costa a indicação pelos desembargadores que compõem o ógão especial.

Procon Macaé orienta para que o consumidor evite a compra de Ovos de Páscoa de ambulantes, pois as condições de armazenamento normalmente são inadequadas, o que pode colocar em risco a saúde

NOTA

Motoristas reclamam da falta de extintoresLevando em considera-ção a dificuldade que muitos motoristas têm tido para en-contrar o novo extintor do tipo ABC, determinado como equi-pamento obrigatório aos veí-culos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) desde o primeiro dia de 2015, a data para aplicar multas pela falta do item recebeu uma pror-rogação de mais 90 dias para adequação - 1º de julho. Esta é a segunda vez que a medida é estendida desde sua sanção.

Sylvio Savino

a ribanceira onde o ônibus caiu tem cerca de 20 metros de altura e estava com o solo encharcado por causa da forte chuva

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015 3

Políticajustiça

Projeto pode elevar o município de Macaé à Entrância Especial Reivindicação é para aprovação de Anteprojeto de Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado

Reivindicação antiga da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, a

Comarca de Macaé poderá ser elevada à Entrância Especial, se a Assembleia Legislativa apro-var com a urgência solicitada, o Anteprojeto de Lei que altera os artigos 13 e 14 do Código de Or-ganização e Divisão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa coube ao deputado es-tadual Alberto Dauaire (PR), que protocolou dia 10 passado a indi-cação à Mesa Diretora da Alerj, para ser oficiado ao Desembar-gador Luiz Fernando Ribeiro, presidente do Tribunal de Jus-tiça, para que seja enviada men-sagem à Assembleia Legislativa, dispondo sobre a alteração.

O deputado Bruno Dauaire, vice-líder do PR, disse que ape-sar de não ser macaense, possui fortes vínculos com a região e argumentou que a importância econômica da cidade de Macaé para a região, o movimento foren-se, o crescimento populacional e a arrecadação tributária, o levou a defender a proposta, após rece-ber uma série de pedidos. Como a iniciativa da lei não pode ser da Assembleia Legislativa, Bruno Dauaire disse que após consultar o presidente do Tribunal de Jus-

tiça que demonstrou boa vontade em conduzir o processo e atender ao pedido, decidiu fazer a indica-ção alterando o artigo 13 e 14 da Lei 6.956, estabelecendo que:

“Art. 13 - As Comarcas são de Entrância Comum e de Entrân-cia Especial, esta constituída das Comarcas da Capital, de Belford Roxo, de Cabo Frio, de Campos dos Goytacazes, de Duque de Caxias, de Macaé, de Niterói, de Nova Friburgo, de Nova Iguaçu-Mesquita, de Petrópolis, de São João de Meriti, de São Gonçalo, de Teresópolis e Volta Redonda”. Na alteração do artigo 14, a nova redação define as Comarcas de Entrância Comum, retirando o município de Macaé.

Na justificativa apensada à in-dicação, o deputado Bruno Dauai-re afirma que: “Como é de conhe-cimento público, o município de Macaé, tem experimentado um ritmo de crescimento vertigino-so nas últimas décadas em razão de sediar a Unidade Operacional e de Negócios da Petrobras, res-ponsável pela produção, estoca-gem e distribuição de petróleo e gás natural produzidos na Bacia de Campos.

Disse ainda o deputado que a consequência desse arranjo eco-nômico foi a atração para o muni-

cípio e toda a cadeia de empresas nacionais e multinacionais que prestam serviços à Petrobras, ou exploram petróleo, e o desloca-mento de considerável contin-gente de trabalhadores e suas famílias, se radicaram em Macaé.

Bruno Dauaire prossegue afir-mando que: “Tendo por base os dados divulgados pelo IBGE, no censo de 2010, a população do município que era de 132.461, em 2000, passou para 206.728 habitantes, em 2010, alcançan-do uma população estimada em 253.193, em 2014, num incre-mento de 91,14%, um dos maio-res verificados no país na última década. Com o advento do pré-sal, estima-se que Macaé deverá alcançar uma população fixa de 325 mil habitantes em 2020”.

Afirma ainda o deputado Bru-no Dauaire que a cidade também absorve o impacto de uma popu-lação flutuante de aproximada-mente 35 mil pessoas/dia, que residem nas cidades vizinhas e trabalham em Macaé, bem como aquelas que trabalham embar-cadas em plataformas e navios offshore, em escala rodízio.

PIB do MunIcíPIoArgumentando na sua justi-

ficativa, o parlamentar informa

que, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do municí-pio, é o 4º maior do Estado e o 42º do país, superando em divisas, diversas capitais de estado da fe-deração (R$ 12.558.285.000,00). “Todo esse crescimento e pujança econômica trouxe ao município as conhecidas sequelas sociais pela falta de estrutura para as crescentes demandas na área de saneamento básico, saúde, edu-cação, transporte, que acabam se cristalizando na demanda por mais justiça”, frisa.

Encerrando, Bruno Dauaire afirma que: “A despeito do Egré-gio Tribunal de Justiça ter edifi-cado um novo Fórum, no ano de 2004, possibilitando melhores condições de trabalho para Juí-zes, servidores, e a população em geral, atualmente, a estrutura do judiciário no município está aquém de suas necessidades, seja pelo intenso movimento forense, seja pela complexidade e vultuo-sidade das demandas propostas, que comumente alcançam cifras milionárias dado o perfil e porte das empresas sediadas e, a elevação de Macaé à condição de Entrância Especial, visa corrigir tal distorção, trazendo efetividade e experiência à entrega da prestação jurisdicio-nal aos cidadãos macaenses”.

Arquivo/o DEBATE

deputado Bruno dauaire (PR) argumentou a importância econômica de Macaé para a região e reivindica mudança na legislação

Petroleiros relembram o acidente da P-36 durante ato

BaCia DE CaMPOs

A plataforma P-36 afundou há 14 anos na Bacia de Campos. Em lembrança deste triste epi-sódio da história da exploração de petróleo no Brasil, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Flumi-nense (Sindipetro-NF) está or-ganizando um ato público neste domingo (15), às 7h, no aeroporto de Macaé.

Já o debate que estava agenda-do para segunda-feira (16), com o tema "O Brasil e a Petrobras em Tempos de Crise", precisou ser adiado. Segundo o sindicato, o motivo seria a agenda cheia da organização. O órgão sindical la-menta os transtornos e ressalta que o evento está previsto para acontecer na última semana de abril, com data a ser agendada. Esse encontro será para lembrar do acidente, que deixou 11 mor-tos e provocou o afundamento

Sindipetro-NF vai realizar atividades neste domingo em Macaé

da unidade. Segundo o sindicato, a mobilização contará com a pre-sença de familiares das vítimas e sindicalistas. Esse evento vai acontecer às 18h, no Teatro do Sindipetro-NF, situado na Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 257 - Centro. A entrada é gratuita e sem necessidade de inscrição prévia.

Participarão das discussões o economista Cloviomar Cararine, do Dieese (Departamento Inter-sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos); o coorde-nador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Ma-ria Rangel; e o coordenador do Sindipetro-ES, Paulo Roni.

Além da P-36, outros acidentes já foram registrados na região da Bacia de Campos. O mais recen-te aconteceu no mês passado, no litoral norte do Espírito Santo. Uma explosão na casa de bombas do navio-plataforma ‘FPSO Ci-dade de São Mateus' deixou nove pessoas mortas e vários feridos.

O Sindicato ressalta que direto-res do Sindipetro-ES (Sindicato

ASSESSoriA

Tragédia aconteceu no dia 15 de março de 2001 e deixou 11 mortos

Prefeitura licitará estrada Santa Tereza (MC-88), ligação entre o Parque de Tubos e a RJ-168 (Rodovia do Petróleo) em abril

NOta

PONTODE VISTA

Até o ano passado, quando eram consideradas normais as ações governamentais e se aproximava o calendário elei-toral que previa para junho as convenções para homologar as candidaturas que disputariam as eleições em outubro, Macaé igual a todo o país vivia o impacto da realização da Copa do Mundo e uma série de outros fatos que alimen-tava a esperança das pessoas.

As cidades que acompanham o progresso e são planejadas, obrigam que as empresas concessionárias de energia, in-ternet, Tv à cabo, telefonia, e outras similares, distribuam seus aparatos de comunicação através de rede subterrânea.

O vice-Presidente da República, Michel Temer (PMDB), que andava por fora da coordenação política do governo, agendou para segunda-feira (16), às 12h, almoço na Firjan no Rio, e muitos empresários confirmaram presença. De Macaé, Gilson Coelho, Marcelo Viana Reid, Antony Cox (IADC), Luiz Vieira e Francisco Navega. Temer é o substituto de Dilma no caso de vacância do cargo.

Só que, estremecida com a base política no congresso, dilma que não

vinha consultando o vice ou mesmo convidando-o para as reuniões,

decidiu convocar para segunda-feira às 9h no Palácio do Planalto, a

primeira reunião da nova coordenação e o nome de Michel Temer está na

agenda. A não ser que ele chegue atrasado no Rio...

Até domingo.

O comandante do exército de Lula, João Pedro Stédile, ao participar de um ato em defesa da Petrobras, mandou um recado à militância: “engraxem as botas e as chuteiras que o jogo está só começando. Quem não tiver barraca, compre uma. Compre um tênis. Estamos aqui no vestiário, só nos preparando”. Pelo jeito, todo cuidado ainda é pouco.

Obras necessárias

Rede subterrânea

Até aquele período, as institui-ções fazendo seu papel manti-nham a expectativa de verem os pleitos da população atendi-dos, como boas reivindicações para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Elas figuram até hoje como porta-vozes de um povo que sente o vazio na representação política, des-gastada em todos os pontos. Apenas à guisa de compara-ção, nas eleições realizadas e a participação efetiva de quase todos os partidos, o município e a região não conseguiu eleger nenhum representante para a Assembleia Legislativa ou para a Câmara dos Deputados. As lideranças esqueceram de arti-cular a favor da população, cada qual preferindo a prática egoísta do individualismo esquecendo de fazer política na essência da palavra. Evidente que não cabe aqui, agora, discutir o fato que deve servir de lição no futuro. Mas voltando o olhar sobre o município e a região, onde a Pe-trobras montou todo o comple-xo para explorar petróleo na pla-taforma continental, à medida que o crescimento vertiginoso

se ampliava, a absoluta falta de planejamento e uma adminis-tração caótica, não enxergava luz no fim do túnel. Não fossem as ações da Firjan e da Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé, talvez as autoridades não tivessem acordado para as principais reivindicações para a cidade abrir as portas para o futuro e que dependem, com urgência extrema, de logísti-ca. Consequentemente, a du-plicação da BR-101, uma nova pista no aeroporto de Macaé para suportar pouso de aviões de grande porte, a construção do Terminal Portuário em São José do Barreto, a duplicação da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), além da construção de viadutos e passarelas para melhorar a mobilidade urbana, são apenas os principais pontos nevrálgicos que atrapalham as atividades empresariais e co-merciais. Devemos, sim, voltar à carga e continuar reivindicando, como prometeu o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Marcelo Viana Reid (Merrel), que pretende cobrar resultados das autoridades competentes..

Niterói, por exemplo, estabeleceu que as redes passem pelas calça-das, por sinal, a maioria delas bem mais largas, e não se observa nos dias de hoje, na antiga capital do Estado, um emaranhado de fios que são de difícil identificação. Ou seja, com esta medida, se houver um rompimento, a empresa sabe o local onde se deu e o conserto ime-diato evita que milhares de pes-soas fiquem isoladas do mundo. Também se observa esta medida na iluminação da Praia Campis-ta, cuja urbanização foi feita pela Petrobras, na Rodovia Amaral Peixoto e outros pontos em que a rede deve ser protegida para evitar que um poste tombado prejudique a população. Mas na construção da agora ligação entre Mutum e Im-boassica, toda a cabeação é aérea e as empresas de Tv a cabo, telefo-nia, internet e energia continuam estendendo fios por toda a cidade. Basta o rompimento de um cabo para prejudicar a população, além do perigo para o pedestre quando a rede é de energia. A Net, por exem-plo, uma das últimas a se instalar por aqui, está distribuindo rede aérea em toda a cidade, de norte a sul, para atingir todas as localida-des. Uma legislação adequada para

a situação deve ser elaborada para que o perigo que ronda as pessoas e os prejuízos que causam sejam erradicados. Voltando apenas um pouco no tempo, a Petrobras ins-talou na sua área administrativa, na Ponta de Imbetiba, um dos maiores computadores do Bra-sil, ou seja, criou o CPD - Centro de Processamento de Dados, que tem ligação com todo o mundo. Mas a cabeação com fibra óptica, em toda a extensão é subterrânea. Esta, inclusive, foi uma das razões pela qual a empresa de telefonia Vesper, na ocasião, hoje, Embra-tel, se instalou no alto da Glória. A distância para a ligação é curta e o custo quase zero, comparado a outras situações de call center. Câmara Municipal e prefeitura, deveriam dar atenção especial para o caso e começar a fazer o dever de casa. Senão, a cidade vai virar o caos. Foi tomando decisão desta forma que o governador Pe-zão, quando prefeito de Barra do Pirai, a tornou toda digital. Com autoridade, chamou as empresas e decidiu: Queremos o melhor, senão a taxação será elevada. Ao mesmo tempo, criou incentivos para a mudança. Será que vamos chegar lá?

PONtaDas

dos Petroleiros do Espírito Santo) também foram convidados a par-ticipar dos dois atos. O objetivo é homenagear os trabalhadores e cobrar segurança no trabalho.

No dia 15 de março de 2001, a Bacia de Campos foi foco no Brasil e no exterior após a explo-

são da Plataforma P-36. Por ser considerada a maior do mundo e responsável, na época, por 6% do petróleo brasileiro, o acidente se tornou um dos mais trágicos no setor petroleiro, causando um grande prejuízo financeiro e ecológico para o país.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Podem alguns imaginar que não. Mas é bastante ten-sa a situação política no país desde o momento em que o governo federal tomou severas medidas eco-nômicas para sua recuperação.

Para quem busca lazer e diversão com a família, o Espaço de Convivência, na orla do Cavaleiros, realiza neste domingo mais uma série de atividades para alegrar a garotada. As atividades começam às 8h. A programação inclui pula-pula, carrinho de pipoca, teatrinho, piscina de bolinhas, carrinho de algodão doce, entre outras atividades.

Para que um impeachment aconteça são necessárias algu-mas condições políticas, em especial fatos incontestáveis, governo sem apoio político e sem apoio popular.

Manifestação à prova

Impeachment?

Atingindo de maneira forte os direitos dos trabalhadores que foram alterados, embora

durante a campanha eleitoral a can-didata do Partido dos Trabalhadores prometeu não mexer “nem que a vaca tussa”, desde os primeiros mo-mentos em que a nova equipe eco-nômica foi escolhida, foram eles, os trabalhadores, que foram atingidos. Mas também toda a nação vem sen-tindo o choque de ordem necessário para tirar o Brasil do caos em que se encontra, situação estimada em pelo menos dois anos.

Se os trabalhadores sentem na pele, os empresários também se defrontam com a crise do petróleo e dos escândalos em série denun-ciados há um ano, quando come-çou a Operação Lava Jato, levando grandes empresários para a cadeia e empresas sendo afastadas das gigan-tescas obras que realizam, porém, sob o manto do desvio de dinheiro para beneficiar partidos e políticos.

Nasceu, possivelmente aí, a tur-bulência política que fez crescer nas redes sociais e também nos partidos de oposição, incluídos até alguns partidos da base aliada, a es-pontânea manifestação programada para hoje, domingo, que deveria ser de festa, mas que pode ser também de provocações e ações orquestra-das como as que se deram em 2013, quando a população saiu às ruas fa-zendo reivindicações antigas e o fim da corrupção.

Como o “Vemprarua”, movimen-to que indica mobilização de mani-

festantes em todas as capitais do país, não contabilizou os municípios ou pessoas que pudessem viajar para as grandes cidades para participar, cresceu espontaneamente o desejo de todas as classes sociais de marcar presença em atos pacíficos e ordei-ros, cada qual escolhendo sua marca, verde e amarelo, ou preto, além de faixas e cartazes.

Em Macaé, são vários os grupos liderados que estão procurando con-centrar os participantes em apenas um local, e para isso, buscando a legalidade do movimento, trataram de comunicar o fato às autoridades competentes para que se prontifi-quem para agir em qualquer situa-ção de anormalidade, nos casos de provocações.

Mas devem todos ser lembrados que não se trata de exigir, como mui-tos possam pensar, o impeachment da Presidente da República. Esta de-cisão caberá ao Congresso Nacional, caso as investigações que vêm sendo realizadas apontem nesta direção.

Em 1992, foi por causa da “do-ação” de um carro Elba (Fiat) à Primeira Dama Rosane Collor que o presidente Fernando Collor foi tirado do poder. Em 2005, o “men-salão” teve origem nos Correios e ganhou uma enorme dimensão, mas apenas alguns “caciques” foram penalizados. Agora, igual aos outros, se houver alguma culpa, o caso deve passar por um processo demorado, sendo respeitada a democracia, tão penosamente reconquistada após o regime militar.

O impedimento de um gover-nante é perfeitamente legal, constitucional, e é direito fun-

damental do cidadão brasileiro ter, exprimir, defender e manifestar opi-nião, e ainda realizar protestos. Isso não é “terceiro turno”, isso é demo-cracia, constitucional e republicana.

Posto isto, vejamos o que motiva o cidadão. Em primeiro lugar, ninguém falava em “impeachment”, a não ser um pequeno grupo, até que outro grupo de fanáticos do PT amplificou a discussão classificando de “golpis-ta” quem tinha aquela opinião. Não é golpismo, é da Constituição, forti-ficando a antipatia contra o PT. Até no nordeste brasileiro a presidente Dilma está mal vista.

O novo mandato da Dilma come-çou carcomido pela incompetência generalizada, notadamente econô-mica e energética, e pela corrupção na empresa pública mais querida do governo, a Petrobras, e com indicati-vo que a corrupção também ocorre na Eletrobrás, BB, BNDES...

E o pior, a tentativa da Dilma e seus seguidores de dividir a culpa com o Fernando Henrique Cardoso. Não só foi desmentido como virou motivo de piada entre a população. Também se tornou irritante ver os fanáticos culparem FHC. Ainda mais que todo o alto escalão preso foi indicado pela Dilma ou pelo Lula.

Dias atrás, o ex-gerente da Petro-bras, Pedro Barusco, declarou que a corrupção na Petrobras começou de forma sistemática e partidária logo no primeiro ano do Lula. Só o que ele arrecadou e vai devolver são US$ 97 milhões, ou R$ 303 milhões. Já foram repatriados da Suíça R$ 182 milhões. Barusco também disse que o tesoureiro do PT, João Vaccari (será que todo tesoureiro petista tem problema?), negociava os percentuais de propina. E disse ainda que o ex-

diretor da Petrobras, Renato Duque, pediu dinheiro a uma das empresas investigadas na Lava Jato para a campanha presidencial de 2010. Se apertar as empresas, doações para a última campanha vão aparecer, motivo mais que suficiente para um “impeachment”.

E a equipe da presidente não para de surpreender, mudaram a metodo-logia de cálculo do PIB, e com isso a economia em 2011 cresceu mais, foi 3,9% e não 2,7%, e nos anos anterio-res o crescimento médio subiu de 3,5 para 3,7%. A indústria da maquiagem e da mentira não para. E quem acre-dita?

Até o mais simplório cidadão per-cebe que ruiu a aparência do “Brasil Maravilha”, e a realidade do Brasil piorou incrivelmente desde as elei-ções. Se não bastasse a inflação visível dos alimentos, a energia elétrica não para de subir seus preços e, enquanto no resto do mundo reduz-se o preço da gasolina, no Brasil dispara. Uai, por que somente este “commodity” não segue o preço internacional quan-do cai? Corrupção, incompetência, desperdício de recursos, escolha de prioridades erradas, como o caríssi-mo pré-sal etc.

Resumindo: o povo está cansado. Prova disso foi o panelaço ocorrido durante o pronunciamento da pre-sidente Dilma no dia 8 de março e as vaias que recebeu dos trabalhadores da feira da construção. O que pode piorar são os estudantes, decepciona-dos porque não conseguem fazer ins-crição no fundo de educação FIES. Se em 1992 foram os caras-pintadas que deram suporte ao “impeachment”...

Mario Eugenio Saturno (cien-ciacuriosa.blog.com) é Tecnolo-gista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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AdiadoO Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) decidiu, em sessão plená-ria realizada na quinta-feira (12/03), manter adiado o edital de pregão do Fundo Municipal de Saúde de Cachoeiras de Macacu que visa a aquisição de medicamentos, ao custo de R$ 1.500.000,00, para o programa Farmá-cia Básica implementado nas unidades de saúde do município.

Curso O Instituto Federal Fluminense (IFF), por meio da Escola de Formação Continuada dos Trabalhadores da Educação, em parce-ria com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional está com inscrições abertas para o do Programa de Capacitação para a Diver-sidade e Equidade. As vagas oferecidas são para educadores da rede pública. As ativi-dades terão duração de 40h com encontros presenciais.

Fieis De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os estudantes que fizeram contratos com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 2014 podem ficar tranquilos. O sis-tema que vem sendo aprimorado ao longo dos anos ficará aberto até o dia 30 de abril. Com a prorrogação do prazo, o MEC garan-te aos alunos beneficiados a renovação dos seus contratos.

Lagoa Profissionais da pesca destacam a importância da preservação da Lagoa de Imboassica. De acordo com eles, o importante recurso hídrico já apresenta melhorias desde que 'deixou' de re-ceber o lançamento de efluentes na cidade. Já houve uma época em que foram constatados 23 pontos de lançamentos de esgoto na Lagoa. Com as obras de saneamento do município, pa-rece que esse número diminuiu.

Macabu Neste domingo (15), o município de Concei-ção de Macabu comemora 63 anos de eman-cipação político-administrativa. As comemo-rações começaram na sexta-feira e seguem neste domingo com missa em homenagem à data. A ação será realizada na Igreja Ma-triz de Nossa Senhora da Conceição a partir das 7h. Em seguida, às 8h, será realizado o hasteamento da bandeira na Praça Jose Bo-nifácio Tassara.

Macabu I De acordo com informações, não haverá Desfi-le Cívico este ano, porém a tradicional Gincana Esportiva e Cultural será realizada no dia 22 de março, a partir das 10 horas. Interessados em participar devem se inscrever na sede da se-cretaria de Esporte, munidos de dois pacotes de fraldas geriátricas, que serão doados para a Associação Social Santo Antônio (Asilo Santo Antônio), instituição existente há 58 anos.

Vacina O Ministério da Saúde anunciou na última sema-na que as mulheres com vírus da Aids poderão ser vacinadas contra HPV. O público-alvo são as portadoras do vírus com idade entre 9 e 26 anos. De acordo com o ministro, esse público tem cin-co vezes mais chances de desenvolver câncer do colo do útero, considerado um dos tipos de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás dos casos de mama, brônquios e pulmões.

ExércitoOs jovens do sexo masculino nascidos em 1997 e que completam 18 anos este ano precisam se apresentar na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alistamento militar obrigatório. O prazo fica aberto até o dia 30 de junho. Para se inscrever, é neces-sário apresentar a certidão de nascimento ou equivalente (identidade, carteira de motorista ou de trabalho), comprovante de residência e duas fotos 3x4 (recente).

DetranO Detran vai permitir que os cursos de atualização e reciclagem de motoristas infratores - ou seja, aqueles que tiveram suspenso o direito de dirigir - passem a ser ministrados na modalidade de ensino à distância. A medida consta de portaria do presidente do depar-tamento, José Carlos dos Santos Araújo, publicada no Diário Oficial de terça-feira (10). Segundo o do-cumento, as instituições interessadas no processo devem estar homologadas junto ao Denatran.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOlÍCia MiliTar: 190POlÍCia rOdOViÁria Federal: 191SaMU - SerV. aS. Med. UrgÊnCia: 192COrPO de BOMBeirOS: 193deFeSa CiVil: 199POlÍCia CiVil - 123ª dP: 2791-4019diSQUe-denÚnCia (POlÍCia MiliTar): 2791-5379delegaCia de POlÍCia Federal (24 HOraS): 2796-8330del. de POl. Federal (diSQUe denÚnCia): 2796-8326del. de POl. Federal (PaSSaPOrTe/ViSTO): 2796-8320diSQUe-denÚnCia (CÂMara de MaCaÉ): 2772-7262HOSPiTal PÚBliCO MUniCiPal: 2773-0061aMPla: 0800-28-00-120Cedae: 2772-5090PreFeiTUra MUniCiPal: 2791-9008delegaCia da MUlHer: 2772-0620gUarda MUniCiPal: 2773-0440ilUMinaÇÃO PÚBliCa: 0800-72-77-173aerOPOrTO de MaCaÉ: 2772-0950CarTÓriO eleiTOral 109ª ZOna: 2772-9214CarTÓriO eleiTOral 254ª ZOna: 2772-2256COrreiOS - Sede: 2759-2405ag COrreiOS CenTrO: 2762-7527TelegraMa FOnadO: 0800-5700100SedeX: 2762-6438Ceg riO: 0800-28-20-205radiO TaXi MaCaÉ 27726058COnSelHO TUTelar i 2762-0405 / 2796-1108 PlanTÃO: 8837-4314COnSelHO TUTelar ii 2762-9971 / 2762-9179 PlanTÃO: 8837-3294COnSelHO TUTelar iii 2793-4050 / 2793-4044 PlanTÃO: 8837-4441

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) voltou a elevar a previsão de chuvas nas principais hidrelétricas do país em março, reservatórios podem receber até 93% da água prevista para o mês

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015 5

Polícia

Vítimas de acidente continuam internadas no HPM

Acidente

Duas vítimas do acidente, que aconteceu na madrugada de quinta-feira (12), perma-necem internadas no HPM. Apesar da gravidade do ocor-

O acidente aconteceu com a queda de um ônibus em uma ribanceira

rido, elas estão sob observação e não correm risco de morte.

Vale lembrar que o ônibus caiu em uma ribanceira com mais de 20 metros de pro-fundidade, depois que uma forte chuva foi registrada pela RJ-168, altura de Bicu-da Pequena, na Serra. Sete pessoas, inclusive o motoris-ta, ficaram feridas. Segundo

testemunhas, a pista estava bastante molhada.

Ainda não se sabe quando as duas vítimas socorridas de-vem receber alta, no entanto, as demais foram liberadas após o atendimento no HPM. A SIT, empresa responsável pelo veí-culo, afirmou que está prestan-do assistência e colaborando com as investigações.

Sylvio Savino

Apesar da gravidade do acidente, as duas vítimas internadas não correm risco de morte

Regularização de extintores deve ter prazo estendido

LegisLAção

Quem ainda não conseguiu adquirir os novos modelos de extintores de incêndio tipo ABC terá uma nova chance para regularizar a situação. É que o Ministério das Cidades, responsável pela regulamen-tação, informou que o prazo para o início da cobrança das multas para os motoristas ir-regulares deve ser adiada por mais 90 dias, a contar do dia primeiro de abril.

A decisão vai permitir que

A ideia é que o período seja prorrogado por mais 90 dias no país

o produto, escasso em muitas cidades do país, possa ser en-contrado com mais facilidade. O novo pedido já seguiu para o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, para aprovação.

Segundo informações do Ministério, a publicação da nova resolução fica a cargo do Conselho Nacional de Trân-sito (Conatran) e revogará a decisão antiga, que previa o início das multas para daqui um mês e meio. O principal motivo é a falta do extintor em estabelecimentos comerciais, inviabilizando a regularização.

No entanto, a pena para o

Divulgação

O extintor modelo ABC combate uma variedade maior de causas de incêndio e começou a ser usada em carros a partir do ano 2009

segurAnçA PúbLicA

Criação de comboios agiliza ações da PMO objetivo da Polícia Militar é promover dinâmica no combate ao crimeThuany [email protected]

O Comando do 32° BPM decidiu pela criação de dois novos comboios

para combater o crime. Com o principal intuito de conse-guir acompanhar a dinâmica da mancha criminal e deter-minar a presença dos próprios criminosos e localizá-los com êxito, os dois grupos são for-mados por três viaturas cada e são comandados por oficiais do próprio Batalhão.

Diferentemente das demais equipes, esses comboios têm como grande característica a não permanência fixa em lo-

cais escolhidos com base nos planejamentos. Ao contrário, suas locomoções levam em consideração uma dinâmica constante, mudando sempre os locais de policiamento e nun-ca ficando de maneira imóvel, promovendo, assim, uma me-lhor resposta nos atendimen-tos às ocorrências.

O resultado foi obtido após estudos e pesquisas entre o co-mandante, coronel Jorge Fer-nando Pimenta, e os agentes do Setor de Inteligência. Pimen-ta afirmou que é necessária a adaptação de patrulhamento, de acordo com as ocorrências registradas em certos lugares, considerando índices e de-

descumprimento continua a mesma: multa no valor de R$ 127,69, além da perda de cinco pontos na carteira e a retenção do veículo até acertar a irregu-laridade.

OBrigAçãO de trOCAO extintor modelo ABC

combate uma variedade maior de causas de incêndio e come-çou a ser usada em carros a partir do ano 2009. A validade do produto é de cinco anos. A mudança aconteceu devido a sua capacidade de apagar chamas em materiais como madeira, tecidos e líquidos inflamáveis.

núncias. “É bastante comum que os criminosos também se adaptem ao cenário em que a Polícia Militar atua. Um ban-dido jamais vai decidir assaltar alguém sem antes checar se há presença policial naquela lo-calidade. Por isso, é muito im-portante a dinâmica fazer parte das nossas ações, permitindo que cheguemos aos elementos com agilidade”, garantiu.

Mesmo com as novas funções para as seis viaturas incluídas nos grupos, os demais com-boios existentes continuam atuando de maneira concisa e direta em operações de vascu-lhamento, busca e apreensão e fiscalização de trânsito.

Kaná ManhãeS

O resultado foi obtido após estudos e pesquisas entre o comandante, coronel Jorge Fernando Pimenta, e os agentes do Setor de inteligência

Kaná ManhãeS

diferentemente das demais equipes, esses comboios têm como grande característica a não permanência fixa em locais escolhidos com base nos planejamentos

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇAReforma Política e o fim das coligações partidárias

Vedação das doações de empresas nas eleições

O principal passo para a Re-forma Política deveria ser a re-dução da influência econômica nas eleições, com a aprovação da vedação do financiamento das empresas. Este tema tam-bém deverá entrar em debate no Congresso nas próximas se-manas.

A matéria aguarda há anos o julgamento no Supremo Tribu-nal Federal, que pode decidir a questão através da Ação Direta de Inconstitucionalidade pro-posta pela Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB).

A OAB sustenta que as em-presas não se enquadram no conceito de “povo”, que abran-ge o empresário como sujeito de direitos e não sua empresa. Alega-se também, no processo, que o atual sistema possui um controle deficiente, possibili-tando doações ilegais e abuso de poder econômico, ferindo de

morte a igualdade política dos cidadãos.

De fato, nosso atual modelo permite que os mais ricos exer-çam influência desproporcional sobre a esfera política. E mais, seu funcionamento alimenta a promiscuidade política, pois permite que os representantes do povo possam ser movidos pelos interesses econômicos dos seus financiadores.

Com o fim das campanhas milionárias, o debate de ideias ganha mais força.

Essas propostas e debates, de mudanças grandes e polêmicas, já têm muito tempo. O que está em jogo é a legitimidade, é pre-ciso que a população conheça, participe e debata o tema, im-pulsionando assim a sua votação no Congresso.

Saiba mais sobre as propostas no site http://www.reformapoli-tica.org.br/.

AndreA Meirelles [email protected]

Fim das coligações partidárias

A divulgação da lista de polí-ticos envolvidos na Operação Lava-Jato mostrou que a refor-ma política se faz mais neces-sária do que nunca. São diver-sas as propostas apresentadas para a alteração da legislação eleitoral no Congresso, mas somente o fim das coligações mereceu atenção do Senado nesta semana.

Com a aproximação das elei-ções de 2016 será necessária uma corrida contra o tempo

para que as alterações já sejam válidas para a próxima eleição, pois é preciso que sua aprovação pelo Congresso, sanção presi-dencial e publicação ocorram antes de outubro de 2015.

O índice do “não voto” nas últimas eleições, por exemplo, provou que é preciso mudanças, e que o povo as quer, resta saber se o Congresso irá levar até o fim somente com o término das co-ligações ou também enfrentará o mérito das outras mudanças.

O Plenário do Senado aprovou em primeiro turno na última se-mana o fim das coligações parti-dárias com 61 votos favoráveis e sete contrários e duas abstenções.

A proposta prevê que as coli-gações somente servirão para as eleições majoritárias, como Sena-dor, Prefeito, Governador e Pre-sidente da República. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) terá um longo caminho a percor-rer e várias votações até que sua tramitação seja finalizada.

Se aprovada, ficará vedada a coligação para as eleições pro-porcionais, como ocorre hoje pa-ra Deputados e Vereadores, o que significa o fim do coeficiente elei-toral, pois somente se elegeriam os candidatos mais votados, inde-

pendentemente do percentual de votos obtidos pelo seu partido.

No sistema atual, nem sempre o mais votado é eleito, já que em razão do coeficiente eleitoral, candidatos bem votados levam consigo candidatos com poucos votos, mas que conquistaram a cadeira através de coligação partidária.

Esta mudança trará dificul-dades para os partidos menores, pois seus candidatos, sem a coli-gação, terão menos tempo de TV e menor participação nos recursos do Fundo partidário. Em com-pensação, reduzindo-se o número de partidos, poderíamos ter uma consolidação do posicionamento ideológico dos partidos, o que ho-je não acontece.

As outras propostas da Reforma Política

Discute-se ainda a unificação das eleições. Hoje a cada dois anos temos eleições, a municipal em mo-mento diverso da eleição do Estado e dos representantes nacionais.

Outra proposta diz respeito aos suplentes dos Senadores. Atual-mente, o Senador é eleito através de eleições majoritárias, nas quais não existe o coeficiente eleitoral por par-tido, e é eleito sempre o mais votado.

Cada Senador possui dois su-plentes. Como o mandato é de oito anos, é comum que muitos saiam do Senado para disputar outros cargos nas três eleições que se seguem (duas municipais e uma estadual/federal). Caso eleitos, seus suplen-tes assumem o cargo até o final do

mandato. A proposta é que se reduza de

dois para somente um suplente, sendo vedado que este suplente seja o cônjuge, parente consanguíneo ou afim do candidato titular. E, no caso de vacância do cargo, o suplente to-maria posse provisoriamente, ape-nas até a eleição seguinte do Senado. O que significa, por exemplo, que se um Senador for eleito prefeito na eleição municipal subsequente, a vaga voltaria a ser disputada na próxima eleição para o Senado.

E apesar da ampla maioria dos partidos defender o fim das coliga-ções para eleições proporcionais, não existe consenso para o fim da reeleição.

Após passar de R$ 3,28, dólar terminou a semana em alta de mais de 6%

NOTA

PeTrObrAs

Jovens do PPJA seguem em casa sem previsão para retornoApós as frustradas expectativas de retorno para o início do mês, participantes de programa social da Petrobras continuam sem receber, mas com carteira assinadaGuilherme Magalhã[email protected]

De acordo com alguns estu-dantes do ‘Programa Jovem Aprendiz’ (PPJA), que no

início deste mês declararam se sentir esperançosos com o retor-no ao trabalho após a Petrobras anunciar a contratação de uma nova auditoria fiscal para coorde-nar seus serviços contábeis nos exercícios sociais de 2015 e 2016, até agora o desenlace do proble-ma ainda não aconteceu. Desta forma, todos os 500 macaenses e 350 campistas participantes do projeto na região continuam com a carteira assinada e sem receber.

“Já chegamos ao meio de março e nada. Daqui a pouco, o primeiro trimestre termina e não teremos sequer perspectiva de como ficará nossa situação. Prometeram que voltaríamos no final de feverei-ro, mas era mentira, ninguém foi

chamado”, diz uma das estudantes do programa que prefere não ser identificada.

Desde setembro de 2014, após um problema judicial com a em-presa parceira do PPJA, a Petrobras não paga aos estudantes do projeto que, sem trabalhar, ainda têm mais um ano de contrato pela frente.

O cAsOIniciado em abril de 2014, o pro-

blema entre a Petrobrás e a Funda-ção Valença Filho atingiu seu ápice quando a justiça determinou que, por meio de uma liminar, a petro-lífera suspendesse os repasses à instituição, apontada pelo Minis-tério Público (MP) como irregu-lar. Para atender aos 850 jovens de suas bases operacionais em Macaé e Campos até este ano, o contrato de parceria havia sido firmado em 2013 no valor inicial de R$ 45 mi-lhões, sendo ampliado em mais R$ 10 milhões um mês depois.

divulgação

dos 800 jovens participantes da edição atual do ‘Programa Jovem Aprendiz’ (PPJA), 500 atuam em Macaé

eNergiA

‘Tarifaço’ começa a valer em Macaé a partir de hojeSuperando as expectati-vas de aumento pelo custo da energia elétrica - em funcio-namento para a maioria das distribuidoras do país desde fevereiro -, a partir deste do-mingo, começa a valer para quase 230 mil macaenses o novo reajuste médio de 42% promovido pela Ampla e apro-vado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (10).

Na cidade a elevação ficou 55,5% acima da média nacio-nal e 46,6% acima da média estadual. Para a Light, em-presa concessionária em to-da extensão do Grande Rio, em fevereiro o aumento mé-dio foi de 22,5%.

Ainda de acordo com a Ampla, levando em consi-deração as diferentes mo-dalidades de tarifação, para empresas e indústrias - ope-rando sob sistema de alta tensão - a partir de agora a conta virá 56,1% mais cara. Enquanto isto, para os clien-tes de baixa tensão - em sua grande maioria residências -, o valor girará em torno dos 36,4%.

Meses nO verMelhONo terceiro mês consecuti-

vo de sinalização da bandeira tarifária vermelha, que este mês, após novo reajuste, so-be de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 quilowatt-hora (reajuste de mais de 83%), o impacto no valor total da conta deve aumentar ainda mais, atin-gindo em alguns casos até 60% de elevação em compa-ração com fevereiro, segundo especialistas.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015

BAIRROS EM DEBATE Jardim Guanabara

Falta de infraestrutura gera reclamações no Jardim GuanabaraMoradores solicitam área de lazer, pavimentação de algumas ruas e solução para o lixão em área públicaMarianna [email protected]

Localizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), o Jardim Gua-

nabara é um bairro que vem ao longo dos últimos anos sofrendo uma forte expansão imobiliária. A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros e também do Polo O�shore e da Área Industrial, tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras, fez com que essa área se valorizasse cada vez mais.

Mas por trás de belas re-sidências e ruas tranquilas, vários problemas de infra-estrutura se escondem. Essa

semana o Bairros em Debate esteve novamente no local, depois de seis meses desde a última visita, para ver se as reivindicações feitas pelos moradores na época foram atendidas.

Pelo que a nossa equipe pôde ver de perto, o Jardim Guanabara vem apresentan-do algumas melhoras, entre-tanto ainda tem diversas pen-dências, e são essas que têm gerado muitas reclamações. Entre as reclamações estão: a limpeza (capina), falta de áreas de lazer e ruas sem pa-vimentação. “A queixa maior é em relação ao poder públi-co, que não investe no bairro”, conta Leandro Daudt.

WANDERLEY GIL

Bairro é considerado uma área nobre e fica situado em um ponto estratégico próximo à área industrial

Matagal e entulhos tomam conta dos terrenosAssim como acontece em outros bairros da cidade, o Jar-dim Guanabara também carece de serviços básicos de limpeza, como capina. Em vários pontos, o mato chega a passar de um me-tro e meio. E não é apenas nas áreas particulares. Terrenos da prefeitura, inclusive um que de-veria ser destinado para a cons-trução de uma praça, também não recebem o serviço há um bom tempo.

Em janeiro deste ano, a pedido de um morador, a nossa equipe esteve em um terreno de aproxi-madamente 30 mil m2, situado na Rua 17, que deveria ser desti-nado em benefício da população, como praça e escola, hoje está servindo de depósito para tudo que é tipo de material e resíduos.

Em pouco mais de dois me-ses, a situação do “lixão”, como é apelidado pelos moradores, só tem piorado. Agora há uma gran-de concentração de entulhos e lixo nas margens da rua e tam-bém próximo a uma nascente, situado no meio do terreno. No local, em meio ao matagal, que deveria ser limpo pela prefeitu-

ra, pilhas de restos de material de obra se misturam a móveis, latas de tinta, carrinho de bebê quebrado, entre outros resíduos.

As duas situações juntas aca-bam sendo favoráveis ao surgi-mento de zoonoses como ratos, mosquitos e moscas. Esses ani-mais geralmente se reproduzem nesse tipo de ambiente. No caso dos roedores, além dos trans-tornos, eles são hospedeiros de graves doenças como a leptos-pirose.

“Tem dado muito rato na re-gião. Eu mantenho a minha ca-sa sempre limpa e mesmo assim eles entram. Já fui no Centro de Controle de Zoonoses há uns

seis meses e até hoje ninguém veio aqui. Acredito que isso po-de ser consequência da falta de limpeza aqui no entorno”, relata Leandro.

Procurado pela nossa equipe, o CCZ informou que enviará uma equipe ainda esta semana para verificar a reclamação de existência de ratos na Rua Nilo Tavares Freire, onde moradores fizeram a denúncia. Solicitações e reclamações poderão ser dire-cionadas para 0800-022-6461.

Já a secretaria de Limpeza Pú-blica e Manutenção disse que vai enviar uma equipe ao local para tomar as providências, entre elas, a manutenção de algumas ruas.

Terreno da prefeitura, onde deveria ter área de lazer, virou um lixão a céu aberto

Ruas sem pavimentaçãoA maioria das ruas do bair-ro é de paralelepípedos e, em algumas delas, a nossa equipe encontrou desníveis e alguns buracos. Em um trecho, um bueiro estava aberto no meio da rua, podendo causar um aci-dente, tanto com motoristas, quanto com os pedestres.

Mas se nesses pontos a situa-ção é crítica, onde não tem pavi-mentação a situação é ainda pior. Algumas ruas do bairro ainda são de barro, o que torna o acesso dos moradores bem mais complica-do. Um exemplo disso são as ruas Maria Orebi e Jocélio Basílio.

Em outro trecho do bairro,

uma das ruas que estavam sem pavimentação, onde a nossa equipe encontrou um grande buraco na última visita, nada foi feito nesse tempo. Por ser uma ladeira, o risco de um veículo

cair ali e causar um acidente é grande. Moradores contam que à noite é ainda pior, pois não dá para perceber o problema à fren-te, tudo isso por conta da ilumi-nação no local.

Algumas ruas ainda não são são asfaltadas

Sem área de lazer, crianças brincam na ruaAs praças são geralmente um ponto de encontro de moradores do bairro, sendo a principal opção de lazer para as crianças. Mas em Macaé, quando se trata de áreas de lazer ao ar livre, a cidade deixa muito a desejar. O Jardim Guana-bara, mesmo tendo um projeto e um terreno da prefeitura, não possui nenhuma área de lazer, sendo a mais próxima no Mirante da Lagoa.

Sem opção de lazer, crianças e adolescentes são obrigados a brin-car no meio da rua, sem nenhum tipo de segurança. Nas ruas, as

opções de brincadeiras acabam se tornando perigosas e põem em ris-co a vida das pessoas e das próprias crianças.

Segundo a prefeitura, vários bairros estão sendo contempla-dos com área de lazer. No entanto,

não há por enquanto, previsão da construção de uma no local.

O Estatuto da Criança e do Ado-lescente (ECA) prevê que todo menor de idade tem o direito a ter acesso ao lazer, coisa que na práti-ca não acontece como prevê a lei.

Prefeitura diz que não tem previsão para o bairro

Moradores pedem redutor na Rua Bernadete Franco Pacheco

Redutor de velocidadeCom crianças brincando nas ruas, os pais precisam estar atentos, pois os riscos de serem atropeladas são altos. Tudo isso acontece porque os motoristas transitam em alta velocidade pelo bairro.

Durante a nossa visita, uma caminhonete quase atropelou a equipe de reportagem quan-do entrou na Rua Nilo Tavares

Freire. A situação é ainda mais perigosa na Rua Bernadete Franco Pacheco, que liga a RJ-106 a Estrada Norte-Sul. Os moradores pedem a instalação de redutores no local.

A secretaria de Mobilida-de Urbana explicou que um projeto para o bairro Jardim Guanabara já foi fechado e está aguardando a viabilidade ope-

racional para implantação tão logo seja possível. Este projeto inclui alterações viárias, regula-mentação de velocidade da via e sinalização horizontal e vertical. No entanto, pede-se a colabora-ção dos condutores em reduzir a velocidade e dar preferência ao pedestre ao trafegar pelo lo-cal, minimizando assim o risco de acidentes.

Correspondências não chegamHá cerca de um ano, uma moradora procurou a nossa equipe para reclamar da falta do serviço de Correios no bair-ro. Durante a nossa visita essa semana, a população voltou a reclamar do mesmo problema.

“Temos CEP, tudo legaliza-do, mas os Correios não che-gam aqui. Assim como eu, a maioria dos moradores preci-sam registrar no endereço de um parente ou conhecido, se-não o jeito é ir até a agência no Centro. Eu coloquei as minhas para irem para casa da minha avó, na Aroeira. É um tipo de serviço que faz muita falta aqui dentro”, conta Leandro.

No ano passado, a empresa, que presta serviços no Brasil há 351 anos, disse que tem se empenhado em “melhorar a prestação de serviço no muni-cípio. A prova disso é que, após a regularização dos logradou-

ros, o Centro de Distribuição de Domiciliária e Centro de Entrega de Encomenda leva-ram os serviços a diversas áre-as que, antes, não eram atendi-das e todos os anos novas áreas têm sido incluídas”.

Em nota, os Correios ressal-taram na época que o Jardim Guanabara está incluso no Centro de Distribuição Domi-ciliária para prestação do servi-ço, porém o bairro “encontra-se somente aguardando os proce-dimentos finais de liberação pa-ra que possa ser iniciado”.

De acordo com a Portaria nº 311 do Ministério das Comu-nicações, de 18 de dezembro de 1998, lei que regulamenta a distribuição em domicílio, a entrega em casa é garantida aos logradouros oficializados na Prefeitura e que possuem placas identificadoras.

Segundo o Art. 4º, a dis-

tribuição em domicílio será garantida quando atendidas as seguintes condições: “os logradouros estejam oficiali-zados junto à prefeitura e pos-suam placas identificadoras; os imóveis possuam numeração idêntica oficializada pela pre-feitura e caixa receptora de correspondência, localizada na entrada; a numeração dos imóveis obedeça a critérios de ordenamento crescente, sendo um lado do logradouro par e outro ímpar; e os locais a serem atendidos ofereçam condições de acesso e de se-gurança de modo a garantir a integridade física do carteiro e dos objetos postais a serem distribuídos”.

No caso de bairros com me-nos de 500 habitantes, o obje-to postal ficará disponível na Unidade Postal mais próxima do endereço indicado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015 9

sustentabilidade

VIII Feira de RSE vai debater soluções urbanas sustentáveisO evento já faz parte da agenda econômica, social e ambiental da regiãoMartinho Santafé

A oitava edição da Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de

Campos, realização da Revista Visão Socioambiental e parcei-ros, com o apoio de O Debate, acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de maio de 2015, das 14 às 21 horas, no Clube Cidade do Sol (Praia dos Cavaleiros), em Macaé. O evento já faz parte da agenda econômica, social e am-biental da região, debatendo as relações éticas e o desenvolvi-mento humano e social local-mente justo e sustentável.

Na edição de 2015, a Feira de RSE terá como tema central “Soluções Urbanas Sustentá-veis”. Inspirado no conceito do economista John Fried-man, que define como desen-volvimento alternativo aquele “centrado nas pessoas e no seu ambiente, mais do que na pro-dução e nos lucros”, o Fórum do evento propõe debater alguns temas e questões relacionados ao crescimento sustentável das cidades. Sob este enfoque, indi-cadores comumente utilizados para avaliar a dinâmica da eco-nomia local - como, por exem-plo, o PIB (Produto Interno Bruto) - são confrontados com outros que retratam com mais fidelidade o estágio de desenvol-vimento urbano nas áreas eco-nômica, social e ambiental, que são o tripé da sustentabilidade.

Entre os temas abordados no Fórum “Soluções Urbanas Sustentáveis”, destacam-se:

gestão compartilhada de terri-tório; recursos hídricos; desen-volvimento local; criatividade como alternativa econômica; prevenção, controle e mitigação dos impactos ambientais; polí-tica econômica e seus impac-tos socioambientais na região; mobilidade: soluções criativas e políticas públicas; ciência, tecnologia e informação para o desenvolvimento sustentável; redução das desigualdades; saú-de e estilo de vida nas cidades; e impactos urbanos das mudan-ças climáticas.

Realizada anualmente em Macaé desde 2008, a Feira de RSE Bacia de Campos conquis-tou sua legitimidade por ter criado espaços de governança cujos conteúdos são centrais para o equilíbrio socioambien-tal. Ano após ano, o evento vem recebendo a adesão das forças da sociedade civil, apoio das políticas públicas e de muitas prefeituras, dos grupos mais influentes das empresas, de es-colas e universidades públicas e privadas.

A Feira de RSE Bacia de Cam-pos cria a cada ano um tema central gerador de debates e em torno desse tema são orga-nizadas várias atividades, além de stands de empresas, orga-nizações não governamentais, empreendedores sociais, poder público e universidades. Das atividades destacam-se: roda-da de negócios sustentáveis, cinema socioambiental, ofici-nas de reciclagem e plantio de mudas, apresentações culturais,

divulgação

Na edição de 2015, a Feira de RSE terá como tema central “Soluções Urbanas Sustentáveis”

fórum de palestras e debates e workshops.

FEiRa é viSta como EvENtoRElEvaNtE paRa toda REgião

Faltando pouco mais de dois meses para a VIII Feira de RSE Bacia de Campos, algumas pes-soas com destacada atuação no cenário socioambiental de Ma-caé, da região e do país falam sobre a importância do evento realizado em Macaé.

“Durante muitos anos atri-buimos aos governos a tarefa de

resolver os problemas socioam-bientais. A Rio 92 incorporou outros agentes nessa tarefa e as empresas, que são também as causadoras de muitos desses problemas, foram chamadas a assumir a responsabilidade pela mitigação e solução. A indústria do petróleo instalada em Macaé há quase 40 anos, oferece um la-boratório privilegiado para se identificar, dialogar e cobrar a responsabilidade das empresas. A Feira de RSE é um espaço pri-vilegiado para esse debate. Par-ticipar é cultivar o princípio de que somos todos responsáveis pela solução dos problemas que nos cercam”.

Thais Corral - Inovadora so-cial, foi uma das lideranças da sociedade civil na Rio 92. Coor-dena hoje a REDEH e a RPPN Mario e Alba Corral no Vale das Duas Barras em Glicério.

“A Feira de RSE Bacia de Campos é de extrema rele-vância, especialmente em um município como Macaé, com grande crescimento econômi-co e enormes impactos ao meio ambiente. A Feira veio ao en-contro dos anseios da sociedade em buscar não só o crescimen-to, mas também um ambiente equilibrado e preservado para a atual e as futuras gerações”.

Francisco de Assis Esteves - Criador do Núcleo em Eco-logia e Desenvolvimento So-cioambiental de Macaé (NU-PEM/UFRJ), professor titular da UFRJ.

“Louvável a insistência dos produtores da Feira de RSE em realizá-la em tempos desa-nimadores e de escassez geral: hídrica, ética, competência, educação ... e de visões sociais e ambientais transformadoras. Talvez ainda haja alguma espe-rança para que a Administração Pública veja com mais serieda-de o que se discute e se propõe nos painéis realizados na Feira, e possam enxergar a Cidade além do Petróleo, mesmo que tardiamente”.

Fernando Marcelo Manhães Tavares - Ex-secretário de Am-biente de Macaé, diretor da Assessoria de Comunicação e Consultoria Ambiental

“Esta iniciativa merece pros-perar e receber o apoio de em-presas e organizações responsá-veis, pois não se trata meramen-te de expor novas tecnologias limpas e novas práticas, é muito mais que isso. As Feiras que o Martinho e a Bernadete organi-zam há tanto tempo, são como é um farol de esperança a sinali-zar o caminho da mudança no rumo da sustentabilidade. Es-tamos juntos, e podem contar sempre com a REBIA”.

Vilmar Berna - Ambientalista, fundador da Rede Brasileira de Informação Ambiental (Rebia), editor da Revista do Meio Am-biente.

“Ano a ano, a Feira vem as-sumindo mais o papel provo-cador das empresas do que sua

representante. O papel da Feira é instigar as empresas da Bacia de Campos a pensarem e a agi-rem em prol do social e do am-biental. Ela incomoda com sua postura crítica, essencial para as empresas participarem mais ativamente no estabelecimento de boas relações entre empre-sariado e trabalhadores e entre o conjunto das empresas e as questões ambientais regionais”.

Arthur Soffiati - Escritor, am-bientalista, doutor em História Social pela UFF.

poSSibilidadE dE REFlExão“A Feira de Responsabilidade

Social e Empresarial da Bacia de Campos, sempre contou com o meu apoio e participação. Ofe-rece a Macaé e região, a possi-bilidade de reflexão, sobre as questões que envolvem um novo modelo de sociedade de-mocrática: as relações éticas, o desenvolvimento humano, o bem estar social, a sustentabi-lidade e respeito ao meio am-biente. Num mundo em crise, torna-se mais e mais necessário, buscar paixões e utopias . Elas é que nos movem em busca de um mundo melhor.

Sonhar e realizar! Missão da Feira!”.

Marilena Garcia - Ativista so-cial, fundadora do Unamama, ex-vice-prefeita e ex-vereadora em Macaé.

“Poucas regiões do Mundo precisam tanto de feiras como a de RSE, que acontecerá, pela oi-tava vez, em Macaé, RJ. Eventos assim são verdadeiras alavancas para o desenvolvimento susten-tável. Todos os municípios da Bacia de Campos necessitam, principalmente nestes tempos de tanta dificuldade, de estímu-los adicionais, como esta Feira”.

Luiz Fernando Guida - Supe-rintendente Regional do Ins-tituto Estadual do Ambiente (INEA).

“A Feira de RSE Bacia de Campos é sem sombra de dúvi-da a mais relevante plataforma para difusão e reconhecimento dos projetos que se destacam e fazem a diferença por um mun-do melhor no norte fluminense. Tive o privilégio de participar desde a primeira edição e nestes oito anos, esta iniciativa serviu de inspiração para que muitas empresas e pessoas repensem os seus valores e entendam que o homem é parte integrante do meio ambiente e que a sua continuidade está totalmente ligada ao mesmo, assim como que não podemos estar bem se nossos irmãos no entorno não estão supridos de suas ne-cessidades primárias. Defendo que iniciativas como esta Feira, deveriam ocorrer por todos os cantos do mundo, mantendo a chama da esperança sempre acesa em nossos corações”.

Gustavo Miguelez - Articula-dor voluntário do Projeto Scho-las Occurrentes no Brasil .

“Foi uma grande satisfação

ter tido a oportunidade de par-ticipar de uma Feira de RSE. Pude constatar sua importân-cia para toda a região norte flu-minense. O evento consegue compartilhar informações e conhecimentos qualificados bem como articular e mobilizar lideranças sociais, acadêmicas, empresariais e políticas com a causa e a necessidade do desen-volvimento mais sustentável.

George Winnik - Assessor de Projetos na prefeitura de Dia-dema (SP), consultor da Rede Nossa São Paulo para o Progra-ma Cidades Sustentáveis.

“Concebida para ser uma aliada ao desenvolvimento sus-tentável na Bacia de Campos, a Feira de RSE mostra a cada ano os frutos maduros e saudáveis de um mundo com qualidade de vida verdadeira! Parabéns!”.

Paulo Moraes - Fundador da ONG Vida Sustentável, ambien-talista e consultor para o meio ambiente.

mobilizaNdo lidERaNçaS“A Feira de RSE é um dos

raros momentos em que pode-mos compartilhar experiências inovadoras e auto sustentáveis para a nossa região”.

Alexandre Bezerra de Souza - Analista ambiental e biólogo.

" Trabalhei com Bernadete e Martinho na concepção da primeira Feira de RSE-BC, em 2008, e a ousadia e a convicção deles sempre foram contagian-tes. Minha função era garimpar instituições do terceiro setor para a feira. Incluímos perfor-mances musicais e artísticas, e deu muito certo. A feira é reco-nhecida como um evento ino-vador que promove parcerias concretas, e vem cumprindo sua missão de replicar ideias e práti-cas mais éticas com a natureza e com a própria sociedade. Desejo vida longa à Feira! "

Ingrid Stigger - Ativista am-biental, membro do Conselho Consultivo do Parna Jurubati-ba.

“A Feira de RSE se configura como uma das poucas iniciati-vas independentes capazes de promover o capital social de Macaé, fato relevante diante do quadro de desenvolvimento econômico assimétrico atual que, ao dilapidar o capital social, perde a capacidade de se rein-ventar e, consequentemente, atua contra sua própria sobre-vivência”.

Rodrigo Lemes Martins - Bi-ólogo, doutor em Ecologia, pro-fessor do

Núcleo de Pesquisas em Eco-logia e Desenvolvimento Socio-ambiental de Macaé (NUPEM).

“A Feira de RSE Bacia de Campos se tornou fundamen-tal, na medida em que propaga as práticas e conceitos da RSE, através de projetos socioam-bientais e culturais, que con-tribuam para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo em todo território nacional. A albaldan.cine, pro-dutora da Mostra Cenário So-cioambiental, tem um orgulho enorme da participação e par-ceria durante todos esses anos. Parabéns a todos da equipe da Revista Visão Socioambiental. Estaremos juntos em 2015.

Antônio Luiz Baldan - Produ-tor cultural

“A VIII Feira de Responsa-bilidade Social Empresarial é mais um marco que cumpre importante missão: traz para Macaé e região, as possibilida-des de Sentimento e Cidadania Planetária, no envolvimento das Soluções Sustentáveis, do Fazer Local e Pensar Univer-sal , irmanando guerreiros que geram filosofia-ciência-arte-tradições religiosas e apontam o Conviver em Paz econômica-social-ambientalmente com a Natureza Terrestre, da qual somos parte,na partilha Para Bens Comuns à Todos”.

Sandra O. Wyatt (Sow) - Irmane.C Pela Paz

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015

Geral

Inscrição para cursos a distância do Senai termina na terça-feira

Últimos dias

interessados em se inscrever para um dos cursos técnicos a dis-tancia e gratuitos que serão ofereci-dos pelo Senai devem ficar atentos ao prazo de inscrição que encerra nesta terça-feira, 17. Para Macaé as opções são para os cursos de Assis-tente de Logística (60), Auxiliar de Eletricista Predial (20), Eletricista Industrial (20) e Mecânico de Ma-nutenção em Motores Ciclo Otto (20).

Apesar de ser na modalidade a distancia, o curso vai contar com

Para se inscrever o interessado deve ter no mínimo 16 anos e estar cursando ou ter concluído o 2º ano do Ensino Médio

encontros presenciais semanais. Para se inscrever o interessado deve ter no mínimo 16 anos e estar cursando ou ter concluído o 2º ano do Ensino Médio. As inscrições po-dem ser feitas até o dia 17 de março pelo endereço <http://www.curso-senairio.com.br>.

Processo seletivo será realizado por meio de prova de múltipla es-colha que deverá ser feita online. O resultado será divulgado dia 20 de março, a partir das 15h, no mesmo site em que for feita a inscrição. No ato da matrícula no Senai o can-didato deve apresentar original e cópia do RG, CPF, comprovante de escolaridade, comprovante de residência, duas fotos 3x4 e auto-declaração de baixa renda.

No Norte Fluminense, as aulas presenciais serão realizadas nas

Wanderley Gil / arquivo

Processo seletivo será realizado por meio de prova de múltipla escolha online

unidades de Campos dos Goyta-cazes e Macaé. Já no Noroeste vão acontecer em Itaperuna e Santo Antônio de Pádua.

No geral, as vagas oferecidas são para os cursos de assistente de logística, auxiliar de eletricista predial, auxiliar administrativo, assistente de recursos humanos, colorista automotivo, desenhista de produção, gráficos web, desenhista técnico de edificações, eletricista de automóveis, além de eletricista industrial, instalador de rede local e sem fio, instalador e reparador de redes de TV a cabo, instalador hidráulico, mecânico de manuten-ção em motores ciclo otto, mecâni-co de manutenção de motocicletas, montador de andaimes, montador e reparador de microcomputadores e operador de computador.

iniciativa

Reflorestamento das nascentes na pauta de ações da SEMAEm meio a Campanha sobre o uso consciente da água, órgão também visa intensificar junto aos proprietários de nascentes a importância do reflorestamento

Juliane [email protected]

Fazer o reflorestamento de matas ciliares ao redor das nascentes, uma iniciativa que

para muitos pode não fazer sentido, mas que para cientistas e profissio-nais de ambiente é fundamental e principal porta de saída para o en-frentamento da crise hídrica. Em Macaé o assunto já vem sendo dis-cutido pelo poder público por meio da Secretaria de Ambiente.

“A ideia é intensificar a proposta também junto aos proprietários de nascentes para fazer o reflo-restamento da mata ciliar. E esta-mos buscando parcerias para dar continuidade às ações. Já temos protocolado um projeto junto ao Comitê de Bacias para o reflores-tamento de nascentes na região de Trapiche que alimenta o Rio São Pedro e estamos elaborando outro projeto de reflorestamento para as nascentes no Sana que alimentam a cabeceira do Rio Sana”, explicou o secretário de Ambiente, Gerson Lucas Martins.

O reflorestamento de nascente é um tema que vem sendo sempre abordado pelo cientista e professor Francisco Esteves. Ele explica que esse tipo de ação possibilita o arma-zenamento de água subterrânea.

E no caso do reflorestamento nas margens, além da função física, de construção civil, de segurar a bar-ranca com suas raízes, as espécies plantadas nas margens também

protegem a vegetação lateral do rio, que é a chamada mata ciliar. Além de não perder solo, que pode assorear o rio.

O professor de Ecologia da Facul-dade Salesiana Maria Auxiliadora, Marcos César dos Santos explica que as nascentes quando perdem a vege-tação próxima pelo desmatamento, podem deixar de existir, dessa forma, repor o que foi tirado pelo homem é necessário e contribui para a pro-dução de água, bem indispensável à nossa sobrevivência.

Ele explica o que acontece quan-do há vegetação ao redor das nas-centes. “Quando a chuva cai sobre a mata ela não chega diretamente no solo, primeiro atinge as folhas, os caules, e quando cai encontra a serrapilheira (restos de folhas se-cas, galhos, etc), assim ela vai len-tamente infiltrando e formando e reabastecendo as águas subterrâne-as, pouca água escorre diretamen-te (escoamento superficial), e esta água que escoa é limpa e carrega pouco sedimento. Por isto os rios de áreas florestadas possuem água limpa”, ressalta.

Já quando ocorre o desmata-mento, a água da chuva incide dire-tamente sobre o solo. “As gotas de água combinam-se com a argila do solo e isto impede sua infiltração, a argila então é carregada juntamen-te com a água (escoamento super-ficial) e vai para os rios. E a conse-quência é que os rios ficam com aspecto barrento, e os sedimentos carregados vão assoreando os rios o

Wanderley Gil

Iniciativa tem como objetivo preservar as nascentes ainda existentes na cidade

que contribui para enchentes e para redução da produtividade pesquei-ra deles. E não para por aí: a água que deveria infiltrar e reabastecer o subsolo não consegue fazer isto, o subsolo fica com menos água e as nascentes próximas vão secando, isto porque o escoamento subter-râneo é lento e em áreas florestadas demora meses para acontecer, ou

seja, as águas continuam por to-do ano abastecendo os rios que se mantêm perenes”, enfatiza o pro-fessor.

Ainda segundo Marcos, com o desmatamento o infiltramento reduz e os rios se enchem rápido durante as chuvas, mas perdem rapidamente seu fluxo o que con-tribui para a falta de água. “Ao se

desmatar as áreas próximas às nas-centes temos perda de água e ainda ocorre que estas áreas desmatadas geralmente viram pastagens e o pi-soteio pelo gado reduz ainda mais a infiltração, ou seja, pior vai ficando o cenário. A solução para este grave problema ambiental seria barrar o desmatamento (através da educa-ção ambiental e fiscalização) e pa-

ralelamente investir em refloresta-mento. Isto porque ao se reflorestar nossa bacia hidrográfica estamos a médio e longo prazo contribuindo para aumentar as águas de nosso rio, além de termos rios mais sau-dáveis”, conclui o docente.

Em recentes entrevistas ao Jor-nal O Debate, o cientista e professor da UFRJ Francisco Esteves lem-brou que Macaé hoje é uma cida-de que tem cerca de 100% de suas áreas de alagamentos substituídas por aterros e construções irregula-res. Uma realidade que segundo ele poderia ter sido evitada, mas que, pelo contrário, só aumentou. Por isso ele continua frisando na tecla que a única e principal saída para a problemática no município é a recuperação das nascentes ainda existentes, restaurando as áreas de-gradadas e conservando os recursos hídricos ainda existentes.

De acordo com informações da Prefeitura, outra atuação que vem sendo feita pela Secretaria de Am-biente com relação à crise hídrica é o agendamento de solicitação ao Ministério Público Estadual para tratar da viabilidade de recursos públicos municipais a serem utili-zados no reflorestamento de nas-centes localizadas em propriedades particulares.

Segundo o órgão, no sexto dis-trito do Sana, por exemplo, há propriedades com cerca de 17 nascentes. E a ideia é que parte dos recursos seja proveniente do setor público.

Grupos coordenam ato de desagrado políticoÚltimos dias

A exemplo do que estará ocorrendo neste domingo em todo o Brasil, segundo esti-mam os organizadores da ma-nifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff, em Macaé também será realizada

A concentração para as pessoas que estão sendo mobilizadas deverá acontecer no Bairro Cavaleiros, a partir das 15 horas

manifestação de desagrado e pelas redes sociais a população está sendo convocada.

De acordo com dois coorde-nadores, Gernandes Mota e Venceslau Ribeiro, a concen-tração para as pessoas que es-tão sendo mobilizadas deverá acontecer no Bairro Cavaleiros, a partir das 15 horas em frente a Igreja Nossa Senhora da Glória, na rua paralela à Rodovia Ama-ral Peixoto (lado que dá acesso à praia), distante a pelo menos três quarteirões da cabine da

Polícia Militar.Gernandes Mota que proto-

colou na Polícia Militar, Mobi-lidade Urbana e Guarda Muni-cipal, documento informando sobre a manifestação, disse que até ontem estavam sendo rea-lizadas reuniões com as autori-dades para que a passeata seja ordeira e pacífica, conforme qualquer manifestação deve ser.

Também os membros da dire-toria da Associação Comercial e Industrial de Macaé e asso-ciados, pela rede social, estão

sendo informados e garantin-do participação no evento. “Se-rá um panelaço, acompanhado de carro de som com pronun-ciamento de manifestantes e músicas populares de protesto de autoria de Gonzaguinha, Gabriel Pensador, Marcelo D2, dentre outros.

“Se os sindicatos e outras en-tidades de classe ligados à CUT, ao MST e outros movimentos puderam realizar na sexta-feira passeatas em defesa do gover-no e da Petrobras, nós também

estamos insatisfeitos com as medidas do governo e devemos protestar contra a onda de cor-rupção e um dos maiores escân-dalos da história da Petrobras, orgulho dos brasileiros”, disse Gernandes Mota, entenden-do que uma das medidas que deveriam ser adotada é o im-peachment da presidente, que segundo ele, está blindada pela base política do PT e aliados.

Os manifestantes preten-dem sair do Cavaleiros em di-reção ao posto da BR na Praia

Campista onde pretende pro-testar contra o alto preço dos combustíveis e posterior-mente em frente à Petrobras, com manifestação em favor da empresa e de seus funcio-nários próprios e contratados que estão sofrendo com todos esses desmandos e corrupção. Depois, os manifestantes pre-tendem, ainda, caminhar em direção ao Centro da cidade até a Praça Veríssimo de Mello, onde haverá a dispersão das pessoas que vão participar.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015 11

SAÚDE

Pacientes de Hepatite C são bene�ciados com aprovação de medicamento

Na última quarta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou o registro de um no-vo medicamento para o trata-mento da hepatite C crônica, o Simeprevir. Junto com ele, existem mais dois medica-mentos que compõem o mais novo e eficiente tratamento contra a doença disponível no mundo. No início deste ano, o medicamento Daclatasvir, também foi aprovado pela An-visa e o sofosbuvir ainda está em análise na agência.

Com a aprovação do me-dicamento cerca de 60 mil pacientes deverão ser bene-ficiados, o medicamente de-ve chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.

Os três produtos tiveram análise priorizada pela Anvisa, pois são de interesse público para as políticas de tratamen-to da hepatite do Ministério da Saúde. A prioridade é so-licitada sempre que o medi-camento apresenta interesse estratégico ao SUS. Trata-se de tecnologia inovadora que proporciona benefícios aos pacientes. A previsão é que o tratamento completo com todos os medicamentos seja incorporado ainda este ano no SUS.

A liberação desse medi-camento representa mais um avanço para pacientes e médicos que tratam a doen-ça. As evidências científicas apontam que os novos me-dicamentos apresentam um percentual maior de cura (até 90%), tempo reduzido de tra-tamento, passa das 48 sema-nas atuais para 12 semanas de tratamento e a vantagem do uso oral. Vale ressaltar que esses medicamentos também podem ser utilizados em pa-cientes que aguardam ou já realizaram transplante. São produtos de menor toxicida-

O Brasil será um dos primeiros países a adotar essa nova tecnologia na rede pública de saúde

de, com menos efeitos cola-terais.

Além disso, o Brasil será um dos primeiros países a usar essa nova tecnologia na rede pública de Saúde. A hepatite C acomete entre 1,4% e 1,7% da população, principalmen-te pessoas com idade a partir de 45 anos. Atualmente cerca de 16 mil pessoas estão em tratamento para a Hepatite C no Sistema Único de Saúde (SUS).

Vale lembrar que em Ma-caé o Programa Municipal de DST/AIDS realiza gratuita-mente testes para hepatites B e C. O programa é considerado referência em atendimento na região. Além dos testes de hepatites, a população pode realizar também a Testagem Rápida diagnóstica de HIV e teste de sífilis. O endereço fi-ca na Rua Velho Campos, 354, Centro.

HEPATITE CDe acordo com o Ministé-

rio da Saúde, a hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão se dá, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, com-partilhamento de material para uso de drogas, objetos de higiene pessoal como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Estima-se que até 3% da po-pulação mundial pode ter tido infecção por esse vírus, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, a preva-lência estimada do vírus na população é em torno de 1,4 a 1,7 milhão, principalmente na faixa dos 45 anos.

O Brasil é um dos únicos pa-íses em desenvolvimento no mundo que oferece diagnós-tico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais, em sistemas públicos e gratuitos de saúde. A definição do tipo de tratamento a ser seguido pelo paciente é feita pelo médico, de acordo com o estágio da doença e as caracte-rísticas de cada paciente.

Emaranhado de �os é atual realidade dos macaenses

CIDADE

Em resposta às matérias publi-cadas no jornal O Debate, sobre o perigo dos postes sobrecarrega-dos, fiação exposta e solta e sobre a poluição visual que o problema acomete, a empresa Ampla, res-ponsável pelo fornecimento de energia da cidade, se manifestou sobre a temática.

Por nota, a assessoria de im-prensa da concessionária, infor-mou que atualmente, em Macaé, só há rede subterrânea no Cal-

Ampla informa que técnicos realizam a inspeção periódica dos postes

çadão, no Centro da cidade, obra financiada pela Prefeitura Muni-cipal de Macaé. Os bairros Cava-leiros e Praia Campista, são redes de iluminação da Prefeitura.

Na matéria abordamos o peri-go que a população corre diante da falta de conservação e manu-tenção das fiações nos postes. A Ampla também nos informou que técnicos da companhia re-alizam a inspeção periódica dos postes de toda área de concessão para identificar a necessidade de substituição e manutenção deles. Quando um poste é identificado com alguma deformidade, passa por uma manutenção emergen-cial para, na sequência, entrar no

cronograma de substituição.Porém, os postes não supor-

tam apenas a fiação elétrica, co-mo também de outras empresas como TV a cabo, telefonia, inter-net, entre outros. A negligência pode acarretar graves problemas não apenas aos pedestres, como também aos motoristas. Com os cabos expostos, as intervenções para consertos também precisam ser frequentes. Os danos são cau-sados por acidentes com veícu-los que atingem os postes, raios (descargas atmosféricas), chuvas, contaminação ambiental (polui-ção, salinidade), ventos e pássaros.

Para finalizar, a empresa Ampla, não nos informou se há planos de enterrar a fiação do município e disse que o padrão da rede de distribuição no contrato de con-cessão é aérea. Como a Prefeitu-ra, responsável pelo contrato de concessão, nos informou que qual-quer dúvida a respeito do tema é de responsabilidade da Ampla, concluímos que os macaenses es-tão ainda distantes de se livrarem do problema de emaranhados de fios, que colocam em risco a popu-lação e nos distancia das belezas naturais da cidade.

MALÁRIA

Secretaria de Saúde con�rma 17 casos no Estado do RioSuperintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde informa que não há surto da doença

Na terça-feira (10), a Supe-rintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambien-

tal da Secretaria de Estado de Saúde informou que há 17 casos confirmados de malária no estado do Rio de Janeiro. Ainda de acor-do com as informações divulga-das, Macaé possui dois casos de infectados, que provavelmente aconteceram no distrito do Sa-na. Além de Macaé, os municí-pios de Nova Friburgo, com seis casos; Miguel Pereira, com quatro casos; Petrópolis, com dois casos; Teresópolis, Magé e Guapimirim, com um caso cada. Há ainda, uma notificação de outro caso, que está sendo investigado.

Mesmo com a confirmação des-tes 17 casos, a Superintendência informa que ainda não há evidên-cias que apontem a ocorrência de epidemia de malária. De acordo com especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua como referência em malária pa-ra a região extra-Amazônica, não há motivos para alarde, já que os casos, conhecidos como autócto-nes, a transmissão aconteceu na região serrana do Rio entre pes-soas que visitaram o local.

A Superintendência ressalta que mantém equipes de cam-po nos locais de provável con-taminação para levantamento dos vetores da doença, além de acompanhar e avaliar os casos já notificados. Vale lembrar que, anualmente, são registrados ca-sos de malária com contamina-ção ocorrida no estado do Rio de Janeiro, ou seja, não é possível afirmar que a doença esteja erra-dicada no estado.

Em nota, a Superintendên-cia ressalta que é preciso deixar claro que a situação de alerta é direcionada para as pessoas que

irão visitar as regiões próximas à Mata Atlântica, devido ao forte calor, que favorece o desenvolvi-mento do mosquito. A transmis-são ocorre em ambiente silvestre e a orientação é para as pessoas que tenham frequentado áreas de Mata Atlântica e apresentem quadro febril, busquem atendi-mento médico, informando o histórico de viagem, para facilitar o diagnóstico e o início de trata-mento adequado. Não há óbitos confirmados e até o momento, os casos registrados apresentam a versão branda da doença.

Já os especialistas da Fiocruz frisam que a população pode ficar calma e indicam que o momento é de cuidados, principalmente aqueles que têm como destino, regiões de Mata Atlântica. O que deve ser feito, é sempre se utilizar de repelentes de insetos.

As larvas do mosquito Anophe-les kertezia cruzii se desenvolvem dentro do copo das bromélias da Mata Atlântica. Normalmente, as chuvas varrem e ajudam a contro-lar a doença. Com a seca, as larvas se desenvolvem em maior núme-ro e vão buscar a água das cacho-eiras para recomeçar um novo

ciclo. E as cachoeiras, assim como outros pontos da mata, tornam-se criadouros naturais.

Pacientes com suspeita de malária fora da região endêmica devem ser encaminhados para um centro especializado no diag-nóstico e tratamento do agravo, mesmo que não haja confirmação da doença nos primeiros exames diretos ou no teste rápido. O Ins-tituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) tem equipe especializada no diagnóstico e tratamento da ma-lária e é referência do Ministério da Saúde para os casos na Extra-Amazônia.

Já a Prefeitura de Macaé infor-mou que oficialmente a Secreta-ria de Saúde de Macaé possui um caso confirmado e outro sob investigação, ambos são de não residentes de Macaé, mas que fizeram visita ao Sana, local que possui as condições de mata pro-pícias à existência do mosquito transmissor da doença.

Vale ressaltar que não há dados que indiquem surto ou aumento da doença, já que a média históri-ca vem se mantendo a mesma das anteriores (2013 e 2014), no mes-

mo período (janeiro e fevereiro), quando foram confirmados dois casos em cada ano.

Ainda assim, a Secretaria de Saúde vem intensificando as medidas preventivas com ações educativas, informando a popula-ção sobre a doença, o correto uso dos mosquiteiros impregnados com repelente de longa duração e os cuidados como a proteção individual e coletiva, roupas que protejam pernas e braços e telas em portas e janelas, além de evi-tar locais de transmissão à noite.

Especialistas da Fiocruz des-tacam que os médicos devem ficar atentos à presença de sín-drome febril e à história de des-locamento nas localidades onde os casos foram registrados. Na forma clássica da doença, o prin-cipal sintoma é a febre, que po-de ser constante nos primeiros dias, para depois ocorrer de for-ma intermitente, a cada dois ou três dias. Os pacientes também podem apresentar calafrios, suor e dor de cabeça, embora a ausência desses sintomas não exclua a possibilidade de malá-ria. A malária da Mata Atlântica costuma ter poucos sintomas e raramente é motivo de interna-ção hospitalar.

Diante da falta de especifici-dade do quadro clínico, a histó-ria de deslocamento é o aspecto que deve orientar a investigação diagnóstica. O tratamento é fei-to com cloroquina e primaquina (VO) distribuídas pelo Ministé-rio da Saúde. Os casos de malária atendidos ou diagnosticados na Fiocruz são obrigatoriamente notificados às autoridades sani-tárias locais, responsáveis pelas medidas de controle dos possíveis focos de infecção e caracterização de surtos e epidemias.

WANDERLEY GIL

Calçadão no Centro é único lugar do município com fiação subterrânea

WANDERLEY GIL

Aqueles que forem visitar regiões da Mata Atlântica devem se utilizar de repelentes contra isentos

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 15 e segunda-feira, 16 de março de 2015