noticiario 17 11 13

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EDUCAÇÃO WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 ANO XXXVIII Nº 8745 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,50 Período de ano letivo em fase de elaboração Copa do Mundo poderá mudar previsão de aulas que serão realizadas em Macaé pág. 8 KANÁ MANHÃES Imboassica concentra grandes empresas do país e do mundo, mas convive com mazelas geradas pelo crescimento desordenado e o progresso pág. 9 AMBIENTE BAIRROS EM DEBATE - IMBOASSICA O novo boletim da Organi- zação Meteorológica Mun- dial (OMM), divulgado esta semana, demonstra como 2013 está de acordo com as previsões sobre as mudanças climáticas, apresentando to- do o tipo de condição extre- ma. Para começar, 2013 está em curso para ser um dos dez anos mais quentes já re- gistrados desde 1850. pág. 10 Pesca da sardinha proibida até fevereiro Funemac promove Prêmio Literário Ano marcado por eventos climáticos A Prefeitura de Macaé, por meio da Fundação Educacio- nal de Macaé (FUNEMAC), encerra no próximo dia 20 as inscrições para a primeira edição do Prêmio Literário. A data é limite para a postagem dos trabalhos nos Correios pelos estudantes universitá- rios que são poetas e/ou per- formers e querem participar do prêmio. pág. 8 Desde o último dia 1º, está proibida, em todo o litoral macaense, a pesca da sardinha. A medida tem como finalidade garantir a reprodução da espécie. Preservação da espécie é fundamental para o ecossistema pág. 8 Projeto de expansão pode viabilizar nova pista no Aeroporto de Macaé Área industrial ainda tem problemas de infraestrutura Terminal registra atualmente realização de pacote de intervenções que somam investimentos de mais de R$ 70 milhões M ais que a moder- nização da 12ª base aérea que registra maior número de operação de pousos e decolagens, entre os 61 terminais operados pela Infra- ero, os investimentos aplicados atualmente, na ordem de R$ 75 milhões, no Aeroporto de Ma- caé, podem viabilizar a conso- lidação de outro projeto essen- Construção de nova pista atenderá às demandas crescentes de voos offshore e permitirá ampliação de horários de voos comerciais cial à expansão do setor aéreo da Capital Nacional do Petróleo. A construção de uma nova pis- ta ganhou, nos últimos anos, a defesa de lideranças políticas e representantes de instituições empresariais que reconhecem a importância do Aeroporto para a expansão da economia maca- ense. O projeto vai ser defendi- do junto à Infraero. pág. 3 KANÁ MANHÃES Melhorias na pavimentação de ruas e no acesso ao bairro são so- licitadas por moradores e profissionais que atuam nas empresas situadas no local KANÁ MANHÃES Servidores tomam posse na Câmara Dois motoristas e um jardineiro tomaram posse, na quinta-feira (14), dos seus cargos na Câmara Municipal de Macaé. Eles foram aprova- dos no concurso realizado no ano de 2012 e homologado no dia 8 de maio do mesmo ano. No último dia 9, outros seis aprovados no concurso foram convocados para apresenta- ção de documentos. pág. 12 O grande volume de do- cumentos e a história ainda viva na memória de persona- lidades macaenses, os quais acompanharam a evolução e a consolidação de uma das mais sólidas instituições empresariais da região, estão sendo levantados através de um trabalho minucioso, como forma de preparar os festejos pelos 100 anos da Associa- ção Comercial e Industrial de Macaé (Acim). O centenário acontecerá em 2016. pág. 6 Projeto resgata história da Acim KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

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Page 1: Noticiario 17 11 13

EDUCAÇÃO

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 • ANO XXXVIII • Nº 8745 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Período de ano letivo em fase de elaboraçãoCopa do Mundo poderá mudar previsão de aulas que serão realizadas em Macaé pág. 8

KANÁ MANHÃES

Imboassica concentra grandes empresas do país e do mundo, mas convive com mazelas geradas pelo crescimento desordenado e o progressopág. 9

AMBIENTEBAIRROS EM DEBATE - IMBOASSICA

O novo boletim da Organi-zação Meteorológica Mun-dial (OMM), divulgado esta semana, demonstra como 2013 está de acordo com as previsões sobre as mudanças

climáticas, apresentando to-do o tipo de condição extre-ma. Para começar, 2013 está em curso para ser um dos dez anos mais quentes já re-gistrados desde 1850. pág. 10

Pesca da sardinha proibida até fevereiro

Funemac promove Prêmio Literário

Ano marcado por eventos climáticos

A Prefeitura de Macaé, por meio da Fundação Educacio-nal de Macaé (FUNEMAC), encerra no próximo dia 20 as inscrições para a primeira edição do Prêmio Literário. A

data é limite para a postagem dos trabalhos nos Correios pelos estudantes universitá-rios que são poetas e/ou per-formers e querem participar do prêmio. pág. 8

Desde o último dia 1º, está proibida, em todo o litoral macaense, a pesca da sardinha. A medida tem como finalidade garantir a reprodução da espécie. Preservação da espécie é fundamental para o ecossistema pág. 8

Projeto de expansão pode viabilizar nova pista no Aeroporto de Macaé

Área industrial ainda tem problemas de infraestrutura

Terminal registra atualmente realização de pacote de intervenções que somam investimentos de mais de R$ 70 milhões

Mais que a moder-nização da 12ª base aérea que registra

maior número de operação de pousos e decolagens, entre os 61 terminais operados pela Infra-ero, os investimentos aplicados atualmente, na ordem de R$ 75 milhões, no Aeroporto de Ma-caé, podem viabilizar a conso-lidação de outro projeto essen-

Construção de nova pista atenderá às demandas crescentes de voos offshore e permitirá ampliação de horários de voos comerciais

cial à expansão do setor aéreo da Capital Nacional do Petróleo. A construção de uma nova pis-ta ganhou, nos últimos anos, a defesa de lideranças políticas e representantes de instituições empresariais que reconhecem a importância do Aeroporto para a expansão da economia maca-ense. O projeto vai ser defendi-do junto à Infraero. pág. 3

KANÁ MANHÃES

Melhorias na pavimentação de ruas e no acesso ao bairro são so-licitadas por moradores e profissionais que atuam nas empresas situadas no local

KANÁ MANHÃES

Servidores tomam posse na CâmaraDois motoristas e um jardineiro tomaram posse, na quinta-feira (14), dos seus cargos na Câmara Municipal de Macaé. Eles foram aprova-dos no concurso realizado no ano de 2012 e homologado no dia 8 de maio do mesmo ano. No último dia 9, outros seis aprovados no concurso foram convocados para apresenta-ção de documentos. pág. 12

O grande volume de do-cumentos e a história ainda viva na memória de persona-lidades macaenses, os quais acompanharam a evolução e a consolidação de uma das mais sólidas instituições empresariais da região, estão sendo levantados através de um trabalho minucioso, como forma de preparar os festejos pelos 100 anos da Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé (Acim). O centenário acontecerá em 2016. pág. 6

Projeto resgata história da AcimKANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

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2 MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013

CidadeSEMANA EM DEBATE

POLÍTICA

Audiência discute impasse sobre VLT

Ao reunir representantes do governo munici-pal passado, de instituições que participaram da elaboração do projeto "Metrô Macaé" e da gestão de Macaé atual, a Audiência Pública promovida pela Câmara na noite da última quarta-feira (13) expôs todos os argumentos referentes à paralisação das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Porém, o futuro dos trens segue indefinido.

Para melhorar a questão do acesso entre Macaé e Rio das Ostras através da RJ 106, a prefeitura vem adotando medidas desde o início do ano para amenizar os impactos na região. Uma delas foi a finalização das obras da Estrada Norte-Sul, que ajudou no escoamento do trânsito. Nesta semana ope-rários trabalham no alargamento de trechos da rodovia.

CIDADE

Trechos da RJ 106 passam por ampliação

TRAJÉDIA

Acidente de ônibus deixa 14 feridosSe por um lado o poder público tem se esforçado,

através de rondas semanais, para resolver a situação, ainda é possível encontrar animais andando tranquila-mente pela cidade. Essa semana a equipe de reporta-gem do jornal ODEBATE encontrou três cavalos soltos às margens do Canal Macaé-Campos, na Estrada do Imburo, na altura do Nupem. Outros flagrantes do mesmo tipo já foram feitos esse ano no mesmo local.

O DEBATE EM MEMÓRIA

Vereador quer cobrar informações através de Justiça

Ao registrar parecer no requerimento de autoria do vereador Ivair Simões, em que ele solicita a formação de processo Legislativo para ser encaminhado ao Ministério Público, por não ter o prefeito Carlos Mussi atendido satisfatoriamente ao pedido de informações referentes à contratação de servidores, o con-sultor jurídico da Câmara Municipal de Macaé, Ronaldo Tanus Madeira, entendeu que o chefe do Executivo está sujeito às sanções do Decre-to Lei nº 201, podendo ele perder o mandato.

* * *

Povo prestigiou inauguração no bairro Botafogo

Aproximadamente 300 pessoas foram ao bairro Botafogo para participar da inauguração do Sub-posto de Saúde do Botafogo. A sole-nidade contou com a animação da bateria de escola de samba. A unidade prestará serviços médico, odontológico e social à comunidade. A inauguração contou ainda com a ilustríssima personalidade política de Macaé, o deputado Dr. Cláudio Moacyr de Azevedo, o vereador Teodoro, o coordenador de Saúde das Baixa-das Litorâneas - Dr. César Augusto Sabino. O responsável pela abertura do evento foi o já citado coordenador de Saúde das Baixadas Li-torâneas, que aproveitou a ocasião para dizer que a realização deste investimento foi uma solicitação do vereador Teodomiro Bittencourt.

A seguir, as principais notícias veiculadas na edição de número 200 do jornal O DEBATE, que circulou 12 de novembro de 1980

Até dezembro TV Bandeirantes será instalada em Macaé

Foi aprovado o projeto de lei que autoriza à pre-feitura a assinar convênio com a TV Guanabara S.A. Para instalar uma repetidora da TV Bandeirantes, canal 7, as providências iniciais, conforme o secre-tário de Comunicação Social, Nelson Mussi Rocha, já foram tomadas. Ainda conforme ele, até dezem-bro já será possível desfrutar da aparelhagem em funcionamento, além do sistema UHF da TV Globo, para qual é necessário a aquisição de um aparelho conversor, já disponível em comércio nacional.

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MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 3

Política Câmara de Vereadores já analisa o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) encaminhado pelo executivo

NOTA

Expansão pode viabilizar nova pista para Aeroporto

OBRAS

Projeto é abraçado por lideranças políticas e setor empresarial e pode ser consolidado através de investimentos já realizados pela Infraero neste anoMárcio [email protected]

Mais que amoder-nização da 12ª base aérea que registra

maior número de operação de pousos e decolagens, entre os 61 terminais operados pela Infra-ero, os investimentos aplicados atualmente, na ordem de R$ 75 milhões, no Aeroporto de Ma-caé podem viabilizar a conso-lidação de outro projeto essen-cial a expansão do setor aérea da Capital Nacional do Petróleo: a construção da nova pista que suportará aeronaves de maior porte, principalmente para voos comerciais.

Planejamento que envol-ve também o futuro dos voos offshore, em função da expan-são da exploração do petróleo em reservas do pós-sal e do pré-sal nas Bacias de Campos e de Santos, a construção de uma nova pista, com capacidade su-perior a utilizada atualmente e diariamente por 70 helicóp-teros que dão suporte a logís-tica de deslocamento de pro-fissionais atuam nas unidades offshore, além de um avião da empresa Azul que realiza dois voos regulares entre Macaé e o Rio de Janeiro, ganhou, nos últi-mos anos, a defesa de lideranças políticas e representantes de instituições empresariais que reconhecem a importância do

Aeroporto para a expansão da economia macaense.

A consolidação do projeto, que depende de diálogo mais próxi-mo entre os representantes po-líticos e do setor econômico de Macaé junto a Infraero, torna-se ainda mais viável a partir da con-clusão de dois projetos impor-tantes paraa base macaense: a implantação do Grupamento de Navegação Aérea (GNA), orçado em R$ 12,4 milhões, e o Módu-lo de Navegação Aérea (Mona), orçado em R$ 2 milhões.

Os projetos foram iniciados no ano passado e promoveram o deslocamento de departa-mentos estratégicos para a navegação aérea do Aeroporto para regiões distintas dentro do sítio aeroportuário.

Essa estratégia de infraestru-tura da base macaense já é um dos primeiros passos para que a Infraero possa consolidar o tão esperado projeto.

Ao retornar nesta semana ao posto de superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Ba-

tista dos Santos Filho, afirmou que a construção da nova pista é uma das propostas da nova gestão da base macaense.

"A construação da nova torre de controle do Aeroporto en-contra-se atualmente em fase de acabamento e instalação de equipamentos. A partir disso, podemos considerar o projeto de construção da nova pista. A mudança de local da torre já fa-cilita a realização desse porjeto que deve ser analisado pela In-fraero", apontou Hélio.

WANDERLEY GIL

Construção de nova pista no Aeroporto de Macaé beneficiará setor de voos comerciais

além da demanda gerada pe-la pujança da economia local, a consolidação do projeto de construção de uma nova pista de pousos e decolagens no Ae-roporto de Macaé tem como ponto positivo a disponibili-dade de uma área de 1.936.862 metros quadrados doada há 10 anos pela prefeitura, com obje-tivo de proporcionar a expan-são da base.

Nos últimos anos, a base ma-caense contou apenas com a re-alização de medidas paliativas e de manutenção da atual pista, que no ano passado passou por obras de reforço que não garan-tem a operação de aeronaves de maior porte, o que beneficiaria o setor de voos comerciais, hoje contando apenas com a opera-ção de uma empresa.

Além disso, no ano passado, a Infraero promoveu a realiza-ção de um estudo técnico que

avaliou a ampliação da atual capacidade da pista de pousos e decolagens do Aeroporto, através do Número de Classi-ficação de Pavimento (PCN). O estudo, realizado em seis meses, pode também ser um fator de origem à implantação de uma nova pista.

"Defendemos a realização desse projeto por entender que Macaé é o centro de nego-ciações geradas pela indústria do petróleo. Essa dinâmica pre-cisa ser ágil, conforme o ritmo do setor offshore. A construção de uma nova pista criaria novos horários de voos, interligando a Capital do Petróleo a destinos que também vivem a pujança do petróleo", ressaltou o vere-ador Igor Sardinha (PT) que, junto ao senador Lindbergh Fa-rias (PT), defende investimen-tos para o aeroporto macaense, nos últimos anos.

Base já possui área para ampliaçãoWANDERLEY GIL

Área doada pela Prefeitura possibilita realização de obras

ao defender o desenvol-vimento social, econômico e sustentável de Macaé, a conso-lidação de um projeto capaz de ampliar a capacidade de ope-ração do Aeroporto de Macaé, beneficiando tanto as operações offshore, quanto a ampliação de horários e rotas ligadas aos voos comerciais, é pauta constante discutida pela Comissão Mu-nicipal da Firjan.

Seja pela Câmara Temática de Infraestrutura, ou de Petróleo e Gás, a proposta de se viabilizar, junto a Infraero, a construção de uma nova pista na base ma-caense tornou-se prioridade para a instituição empresarial por um motivo especial: a de-manda crescente da economia e o gargalo que pode interferir nos negócios gerados pela in-dústria do petróleo.

"Conhecemos o projeto e de-fendemos a construção da nova pista como maneira de suprir mais um gargalo na infraestru-tura e na logística necessária a dinâmica de atuação da indús-

tria do petróleo", apontou o pre-sidente da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Esteves.

Na visão da Firjan, Macaé sempre precisa ser encarada com foco diferencial, por parte de órgãos públicos das esferas nacional e estadual, devido a sua importância para o cenário

econômico do país."Não podemos viver mais de

adaptações. É preciso planeja-mento e execução de projetos que atendam as demandas ne-cessárias a indústria do petró-leo que ainda está crescendo", apontou Evandro.

A interlocução entre a exper-

tise da indústria do petróleo macaense e a demanda de ativi-dades e serviços que será exigi-da pela exploração do pré-sal na Bacia de Santos também contri-buem para fortalecer a proposta.

"Precisamos investir de ime-diato em infraestrutura", afir-mou Evandro.

Firjan defende consolidação de projetoWANDERLEY GIL

Base macaense possui contribuição estratégica para a dinâmica de atuação da indústria offshorea

PONTODE VISTA

Um dos mais importantes julgamen-tos que fica registrado na história, o caso do mensalão, aquele em que uma quadrilha formada por criminosos de colarinho branco “assaltou” os cofres públicos, comprovado com a denúncia feita em 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB), investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que o governo pagava propinas aos aliados para aprovar os projetos de seu interesse, vai chegando ao fim após ter a mais alta corte do país, conclu-ído uma parte do processo. Como se previa e ansiosamente a população honesta aguardava, a proposta de mandar aqueles que foram condena-dos para a cadeia, considerando ter o caso para alguns transitado em julgado (quando não cabem mais recursos), foi mais um embate protagonizado entre o presidente do STF, e relator minis-tro Joaquim Barbosa, com o revisor ministro Ricardo Lewandoski, mais uma vez acusado de tentar protelar a decisão de prender os condenados. Como toda a história foi acompanhada ao vivo pela população que não des-colou o ouvido do rádio e não tirou os olhos da televisão, não cabe aqui fa-zer outros comentários já conhecidos. Apenas o de ressaltar que a decisão do Supremo Tribunal Federal, abre a perspectiva de que a sociedade pos-sa voltar a ter confiança no judiciário, cabendo até ao mais novo ministro da corte, Luís Roberto Barroso, primeiro a votar, defender a tese de que não era mais possível aceitar manobras prote-latórias para evitar o cumprimento das penas, como foi tentado por alguns ad-vogados, ingressando com pedido de embargos infringentes (caso em que o réu que obteve quatro votos tenha direito a um novo julgamento), mesmo sem esse direito. Passados oito anos da

denúncia de que o governo Lula pagava parlamentares em troca de apoio polí-tico no Congresso, o Supremo Tribunal Federal determinou que a execução das penas impostas para a maioria dos 25 condenados fosse imediata. Já que 18 dos 25 vão cumprir pena, e por ser um julgamento histórico, aqui vai a re-lação deles: José Dirceu, ex-ministro e considerado o chefe do mensalão; Marcos Valério, operador do esque-ma; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Henrique Pizzolato, ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil; Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB e dela-tor do mensalão; José Genoíno, ex-pre-sidente do PT e deputado; Valdemar Costa Neto, deputado federal do PR; Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB; Bispo Rodrigues, ex-deputado do PL, atual PR; Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL; Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB; Enivaldo Quadrado, doleiro; José Borba, ex-deputado do PMDB; Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério; Cristiano Vaz, ex-sócio de Marcos Valério, Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural; Simo-ne Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério; e, Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério. O ministro Joaquim Barbosa que voltou a dizer que os recursos protelatórios é chicana consentida, finalizou: “Isso aqui é uma Corte Suprema. Não basta que apresentemos argumentos que convençam uma pequena comunidade de insiders. É um país inteiro que está envolvido. Quando uma instituição se degrada, o país se degrada”. Agora, teremos de aguardar o novo julga-mento dos que tiveram direito a em-bargos infringentes para, finalmente, demonstrar aos poderosos criminosos de colarinho branco que eles também podem ir para a cadeia.

Se no Supremo Tribunal Federal o julgamento do mensalão atraiu a aten-ção de milhões de pessoas, dia 13 de novembro, quarta-feira passada, a au-diência pública realizada na Câmara Municipal de Macaé sob a presidên-cia do vereador Maxwell Vaz (Solida-riedade), guardadas as proporções, também foi um marco histórico pelo número de participantes na reunião que discutiu se vale ou não fazer o trem andar, neste caso, o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, para melhorar a quali-dade do transporte do trabalhador de casa para o trabalho e vice-versa. Concebido, acredita-se, através de um planejamento, sem o qual o governo fe-deral não teria assinado convênio para destinar ao município R$ 47 milhões para conclusão do projeto com a con-trapartida da prefeitura em comprar as composições, estacionadas na estação ferroviária há um ano por falta de ação administrativa, a população quer pres-sa e quer ver o trem andar, exigindo solução do problema. A justificativa encontrada após uma auditoria que levou quase um ano para ser concluí-da, de “vender” as composições para o governo estadual pelo custo de R$ 15 milhões, como contrapartida na obra do arco viário de Santa Teresa que inicialmente foi estimado em R$ 65 milhões, mas que já “pulou” para

R$ 90 milhões, não agrada em nada a população que quer pressa para andar depressa no vai e vem de casa para o trabalho. O ex-prefeito Riverton Mus-si (PMDB), garantiu que o processo começou em 2009 e apenas não foi concluído porque o governo federal não cumpriu a sua parte. Para refrescar a memória de alguns, Macaé, no curto período de dois anos teve no Congres-so dois deputados federais, Dr. Aluízio Junior (PV) e Adrian Mussi (PMDB). E, como perguntar não ofende, o que fizeram os parlamentares para agilizar os recursos prometidos pelo governo federal? Pelo que se observa, nada, ab-solutamente, nada. Se fizessem o dever de casa, a verba teria saído e o trem, ou melhor, o VLT, estaria hoje servindo à população que continua tendo pressa nas mudanças prometidas e que não saem do papel, como chegou a cobrar uma das participantes da audiência. Se o trem não anda por ser um projeto popular idealizado no governo River-ton Mussi, pelo menos as outras obras iniciadas no governo passado como a estrada Norte-Sul, a duplicação da Rodovia Amaral Peixoto, a urbanização do Lagomar, e as obras de saneamento demonstram que foram obras acerta-das e agora concluídas com enorme benefício para a população. O desafio é fazer o trem andar.

PONTADA

Justiça, ainda que tardia

La vem o trem...* * *

Dr. Eduardo Cardoso, presidente da Câmara Municipal, flamenguista de carteirinha, tem um cachorrinho de estimação batizado de Zico. Caminhando pelo calçadão da Imbetiba, Zico marcava a murada por onde passava até que... deixou “caco de vidro” no chão. Discreto e dando exemplo, Dr. Eduardo sacou de uma sacola plástica, recolheu os dejetos e seguiu em frente.

Não fosse a imprensa, os poderosos em Brasilia estariam com os crimes prescritos. Bastou os jornais anunciarem que a ação penal contra o ex-presidente e senador Fer-nando Collor (PTB-AL), passou quatro anos parado no gabinete da ministra Cármen Lúcia, com alegações finais apresentadas, para o processo andar. Ele responde por corrupção, falsidade ideológica e peculato.

Igor Sardinha (PT), Riverton Mussi (PMDB), vereador Amaro Luis, vice-prefeito Danilo Funke, já formam a lista como possíveis pré-candidatos a deputado estadual. Na lista para a Câmara dos Deputados, está aparecendo os nomes de Eduardo Neiva (PROS), Carlos Eduardo Jardim (PEN), o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar (PV), e André Braga (PR). Mas a lista ainda vai aumentar.

Alguém aí acredita que o povo está satisfeito com a passagem a R$ 1 cobrado pela SIT? Se cada passagem é estimada em R$ 3,60 e a prefeitura paga o subsídio às empresas 1001, Macaense e Líder, em torno de quase R$ 5 milhões por mês, todos sabem que o dinheiro sai dos cofres públicos. Daria para construir três escolas ou três creches por mês e acabar com os aluguéis.

Até domingo.

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4 MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Diante dos expressivos números relativos à capacida-de de Macaé produzir recursos abundantes, a aplicação do dinheiro público precisa ser mais transparente, meta registrada pelo governo municipal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano. Ferramentas para que os dados sejam compartilhados existem.

O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na ONU foi muito correto na crítica à espionagem ciber-nética dos Estados Unidos, realmente uma afronta às re-lações internacionais e à autonomia dos povos, e na aná-lise da crise econômica mundial, cuja fase mais aguda já passou, mas que ainda tem efeitos graves no mercado de trabalho, nos investimentos e no comércio exterior.

Recursos e desenvolvimento

O Brasil desprotegido

O acompanhamento na aplicação dos recursos deve ser incentivada jun-

to a população, principalmente às famílias que vivem em áreas de risco social, longe do alcance dos investimentos que deveriam ser aplicados, principalmente, com o dinheiro dos royalties.

A cada ano, Macaé supera a sua capacidade de arrecadar recursos que a colocam no topo da lista das cidades mais prósperas do Estado e do país. Ao longo dos últimos se-te anos, o município foi capaz de produzir nada menos do que R$ 10 bilhões em recursos que deve-riam ser aplicados em melhorias nos setores de infraestrutura, saúde, educação, transporte, lim-peza, entre outros. Porém, diante da voz da própria população, a cidade é bem diferente.

Antes vista como uma cidade exemplo dos benefícios finan-ceiros gerados pela presença da indústria do petróleo, Ma-caé acabou se transformando em modelo negativo de como os municípios que hoje vivem a explosão econômica, como Quissamã e São João da Bar-ra, não devem agir, evitando os problemas sociais típicos da Capital do Petróleo.

Através da expectativa de gerar

em 2014 mais de R$ 2,2 bilhões, Macaé já alcançou um momento decisivo em sua história com o petróleo: ou entra definitivamen-te nos eixos, garantindo a abertu-ra de sua economia para empre-sas não ligadas ao setor offshore e o seu futuro financeiro, ou se mantém em uma disputa pelo poder familiar que ocasionou o atraso no seu desenvolvimento, desencadeando sérios problemas para a população de mais de 210 mil habitantes.

Apesar dessa mudança depen-der diretamente dos recursos gerados, a possibilidade de uma nova guinada no rumo em que o município segue está nas mãos da população, em cobrar ações efeti-vas do poder público.

É preciso que no próximo ano, o governo tenha o discernimen-to e a vontade de efetivamente mudar a realidade da Capital do Petróleo, garantindo que a pros-peridade de Macaé possa estar na realidade de todos os cidadãos.

Quando palavras como trans-parência e gestão eficiente são entoadas de forma constante no discursos dos representantes do povo, cresce um sentimento de que Macaé segue finalmente passos concretos para o seu de-senvolvimento.

Firme e pertinente, o discurso, contudo, não exime o Brasil das lições de casa que precisa

fazer em defesa de sua soberania e de seus setores produtivos.

No primeiro caso, é preciso re-conhecer que, pelo menos há duas décadas, as Forças Armadas têm recebido investimentos muito aquém das necessidades de de-fesa de um país com mais de 200 milhões de habitantes, quase oito mil quilômetros de litoral, 15.719 de fronteiras terrestres e área total de 12,71 milhões de quilômetros quadrados (considerando as 200 milhas náuticas nacionais e a ex-tensão da plataforma continental). Somos pacíficos, democráticos e respeitosos à autodeterminação das nações. Porém, não podemos subes-timar a História, esta imensa caixa de surpresas. Afinal, vivemos num mundo onde recursos naturais co-mo a Amazônia, o Pré-sal, a biodi-versidade mais abundante, a maior reserva hídrica e a mais ampla área agricultável disponíveis no Planeta despertarão cada vez mais cobiças.

Da mesma maneira que a defe-sa de nosso território é hoje muito frágil, também não estamos blin-dados na segurança eletrônica, como comprova a exitosa bisbi-lhotice dos Estados Unidos, capaz até mesmo de interceptar e-mails de nossa presidente da República. É preciso, portanto, investir nas Forças Armadas e na cibernética. O erro político, a ausência de éti-ca nas relações internacionais e as ameaças conjunturais devem ser condenados, mas não podemos ignorá-los. Necessitamos estar sempre preparados para interagir numa civilização muito longe de ser perfeita.

Quanto à economia, outro

assunto importante abordado na ONU pela presidente Dilma Rousseff, também precisamos adotar medidas urgentes de de-fesa. Não me refiro, obviamente, a um retrocesso protecionista e a medidas anacrônicas e exageradas de barreiras alfandegárias e não-alfandegárias, mas sim à recupe-ração urgente de nossa competiti-vidade. Tal processo começa pelo redespertar do chamado espírito empreendedor do empresariado, que precisa ter seu otimismo esti-mulado. Investir também significa correr riscos, mas os investidores já estão cansados de tantas incer-tezas e mudanças de cenários.

Não há dúvida de que os dados apresentados pela nossa presi-dente na ONU são admiráveis, incluindo a expressiva redução da pobreza extrema e a maior mitigação das desigualdades nos últimos 50 anos. Também é po-sitiva a maneira como enfrenta-mos e resistimos à crise mundial, com medidas anticíclicas que nos garantem, ainda na presente conjuntura de baixo crescimento, uma das menores taxas de desem-prego do mundo. Porém, o mode-lo esgotou-se. É premente reduzir o custo da produção e a burocra-cia, ampliar a segurança jurídica e estabilizar o câmbio e os juros em níveis adequados, resgatando a confiança dos investidores.

José Ricardo Roriz CoelhoPresidente da Associação Bra-sileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da In-dústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast-SP), vice-presidente e diretor do Departamento de Competitivi-dade e Tecnologia da Fiesp.

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WANDERLEY GIL

TensãoO momento é de tensão dentro da Câmara de Vereadores. No período em que os parlamen-tares se dedicam a analisar o projeto da Lei Or-çamentária Anual (LOA), que prevê a aplicação detalhada da receita estimada em quase R$ 2,3 bilhões para o próximo ano, planejada pelo governo, a discussão sobre o fortalecimento da base governista acaba sendo acentuada. Inde-pendência tornou-se uma palavra constante em discursos de alguns parlamentares que buscam voos maiores que o plenário.

ProduçãoPassado o período de tempestade, a Petrobras já sente a brisa do momento de bonança para as atividades de exploração de petróleo na Bacia de Campos. Com o deslocamento da Plataforma P-55 para a principal região offshore do país, e o início da produção do Campo de Papa-Terra, através da operação da P-63, a estatal aposta na elevação do gráfico do volume de geração de barris de petróleo já no início de 2014. Quem fatura também são os municípios produtores de petróleo.

FragilidadeO Processo de Eleições Diretas (PED) vivido nos últimos dias pelo Partido dos Trabalhadores em Macaé demonstrou a fragilidade gerada pelas “picuinhas” entre lideranças que atuam em defesa da legenda. Cada um querendo ter o trabalho mais destacado que o outro, as brigas internas expõe a militância do partido que con-duz o governo federal, que tem grandes chances de assumir a gestão do Estado e que possui cadeira importante na administração municipal.

Desenvolvimento IHá dois anos, a Comissão Municipal da Firjan levantou a proposta de criação de um plano que integrasse representantes dos municípios do Norte Fluminense, beneficiados pela indús-tria do petróleo. Com a supervisão do setor empresarial, o grupo promoveria discussões e estudaria projetos que concentrariam os recursos gerados pela principal atividade do país, promovendo assim o desenvolvimento da região que concentrará em breve 1,5 milhão de habitantes.

Desenvolvimento IIEssa mesma proposta passou a ser uma das de-fesas levantadas pelo prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV), dentro da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro). Através da parceria institucional, as duas instituições poderiam unir forças para viabilizar a consoli-dação do Plano Regional de Desenvolvimento que possui maior chance de dar certo se sua condução não for meramente política, mas sim executiva. É aguardar para conferir!

RegulamentaçãoA regulamentação do Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade ainda vai gerar muitas discussões. Autor do projeto que institui o grupo, o vereador Igor Sardinha (PT) questiona a forma, conduzida pela secretaria municipal de Mobilidade Urbana, para escolha das instituições que irão pro-mover a discussão sobre melhorias no setor que ainda deixa a desejar em Macaé. O parlamentar requer o cumprimento das diretrizes da lei sancio-nada no mês passado pelo governo.

ConvênioNesta semana, o vereador Paulo Antunes (PMDB) fez elogios ao empenho da gerência regional da Nova Cedae em buscar ampliar o abastecimento d'água em Macaé. Porém, no mesmo discurso, o parlamentar voltar a afirmar ser favorável à quebra do convênio assinado entre a concessionária e o poder público, no ano passado. De acordo com ele, as metas estabe-lecidas no novo contrato não foram cumpridas pela companhia ligada ao governo estadual.

SegurançaDados levantados pelas autoridades da segu-rança pública apontaram que, no período de realização das operações das Polícias Civil, Militar e Federal, o número de crimes regis-trados em todo o município foram reduzidos. A situação representa a necessidade de con-tinuidade do trabalho ostensivo dos agentes de segurança em todo o município, situação que só poderá ser mantida através de investi-mentos em equipamentos e na ampliação da corporação das polícias.

CalorA onda de calor que incomodou a população macaense nesta semana atraiu centenas de pessoas às praias do litoral macaense. Apro-veitando o horário de verão, muita gente en-cerrou a rotina diária com banhos de mar e práticas de atividades físicas na orla. Quem acabou lucrando foram os empresários do Polo Gastronômico, já que bares e restaurantes das Praias Campista e dos Cavaleiros ficaram lo-tados durante a semana.

Nesta semana, a população macaense acompanhou a presença, nas ruas, de dezenas de agentes da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Tropa de Choque, que promoveram ações de fiscalização em diversos pontos do município com objetivo de identificar e capturar autores de crimes ligados ao tráfico de drogas. O trabalho contribuiu para ampliar a sensação de segurança na cidade, que deve ser mantida através da expansão do policiamento ostensivo em Macaé.

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GUIA DO LEITORTELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191

SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192

CORPO DE BOMBEIROS: 193

DEFESA CIVIL: 199

POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330

DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326

DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320

DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262

HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061

AMPLA: 0800-28-00-120

CEDAE: 2772-5090

PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440

ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173

AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950

CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214

CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256

CORREIOS - SEDE: 2759-2405

AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527

TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100

SEDEX: 2762-6438

CEG RIO: 0800-28-20-205

RADIO TAXI MACAÉ 27726058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 plantão: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 plantão: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 plantão: 8837-4441

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MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 5

PolíciaEspecialistas discutem fiscalização e segurançaPalestra promovida pelo IMMT esclareceu questões relativas a bombas de gasolina e hidrômetros

O Instituto Macaé de Metrologia e Tecnolo-gia (IMMT) promoveu

nesta semana uma discussão importante para a rotina da população macaense: a fiscali-zação e aferição de bombas de combustíveis líquidos e dos hi-drômetros. O assunto foi deba-tido também por membros do Procon de Macaé, do Instituto Nacional de Metrologia (Inme-tro), da secretaria municipal de Educação e Coordenadoria de Defesa Civil.

Promovida na última quarta-feira (13) na sede do IMMT, a palestra foi direcionada a aná-lises de procedimentos que de-vem ser realizados para fiscali-zação de hidrômetros instala-dos nas residências, comércios e indústria.

EVENTO GIL VICENTE

Especialistas debateram questões relativas à rotina da sociedade macaense

“O tema abordado tem in-teresse direto do consumidor, tanto pelo ponto de vista eco-nômico, quanto pelo aspecto da segurança”, afirmou o presi-dente do IMMT, o físico Eduar-do Neiva.

Os técnicos debateram também questões relativas a bombas de gasolina nos pos-tos de abastecimentos. Nesse assunto específico, os parti-cipantes destacaram como principal aspecto a garantia de qualidade e integridade das mangueiras utilizadas nas bombas, devendo conter o registro de que elas foram ensaiadas e possuam certifi-cação para a garantia de se-gurança das operações.

Ainda nessa questão da segu-rança nos postos de gasolina,

os representantes da Defesa Civil alertaram para falta de certificação das operações de transbordo dos combustíveis

dos caminhões tanque para os reservatórios dos postos. "Essa é uma das fases mais perigosas dessa operação e necessitamos

de estabelecer procedimentos com certificações mais adequa-das de forma a garantir mais se-gurança nessa

atividade", informou Sandro, da Defesa Civil de Macaé.

Já no caso da fiscalização dos hidrômetros, os represen-tantes do Procon municipal perguntaram ao representan-te do Inmetro sobre a possibi-lidade do IMMT atender em toda a região os testes neces-sários, caso algum consumi-dor estiver em dúvida sobre a confiabilidade das medidas de consumo de água.

Segundo os especialistas, a lo-gística de levar os hidrômetros para se realizar os testes nas instalações da Nova Cedae no Rio de Janeiro, não cria as con-dições necessárias favoráveis ao consumidor e também dificulta o acompanhamento por parte dos Procons.

Para o Presidente do IMMT, Eduardo Neiva, além dessas questões relativas aos aspectos das certificação e fiscalização dos instrumentos de medição, tanto para as bombas de gaso-lina quanto

dos hidrômetros, a so-ciedade deve avançar nos debates sobre a segurança dos dutos que transportam o gás natural e água pelas ruas dos municípios, entre outros tipos de transpor-te de produtos. "Devemos prestar a atenção e avan-çarmos nos processos de certificação de todas essas estruturas subterrâneas existentes e que auxiliam nas distribuição dos servi-ços básicos, mas que care-cem de um amplo debate da sociedade para os aspectos da segurança, pois colocam em risco a vida das pesso-as", aponta Eduardo Neiva.

Prefeitura e Ministério Público definem ações para o Lagomar

AÇÕES

a prefeitura de Macaé apre-sentará ao Ministério Público Federal (MPF), dentro de 40 dias, um projeto de urbanização estratégica para área considera-da como zona de amortecimen-to do Parque Nacional da Res-tinga de Jurubatiba, localizada no bairro Lagomar, na quadra da rua W-30. A medida é resul-tado da reunião entre o prefeito Dr. Aluízio, representantes do governo, MPF e Parque. O en-contro aconteceu na tarde desta quinta-feira (14) com o objetivo de avaliar possíveis ações públi-cas para impedir novas invasões no local e, ainda, evitar danos ambientais decorrentes de ocu-

Prefeitura apresentará ao MPF um projeto de urbanização parao Parque da Restinga de Jurubatiba

pações irregulares. Com o projeto, a proposta é

elaborar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e, posterior-mente, uma força-tarefa entre Executivo, Ministério Público e segurança pública. A destina-ção e uso da área é objeto de ação civil pública no MPF, que visa impedir o crescimento de-sordenado.

Durante o encontro, Dr. Alu-ízio afirmou que o Lagomar recebe, atualmente, diversas obras de infraestrutura como pavimentação e saneamento bá-sico, da ordem de R$ 60 milhões, além da construção de unidades de saúde e educação. Também está prevista a intermediação da Mobilidade Urbana com al-gumas mudanças no trânsito.

- É a cidade do petróleo que, agora, está tratando o esgoto. Não investir em saneamento

básico seria a maior violência contra tudo isso. A ideia é im-plantar equipamentos públicos nesses locais e, com isso, des-mobilizar as invasões. Também é fundamental que os próprios moradores sejam vigias dessas áreas de proteção ambiental -, avaliou o prefeito.

O chefe do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Marce-lo Braga Pessanha, esclareceu a necessidade de preservação de três áreas de braços de lagoa, ne-cessárias para a prevenção nos períodos de cheia. "Somente com uma ação conjunta, iremos solucionar os problemas socio-ambientais", acrescentou.

Para a gestão municipal, o bair-ro é estratégico para a cidade. São cerca de 40 mil habitantes e, em breve, será um referencial para a economia do município com a implantação do terminal

KANÁ MANHÃES

Para a gestão municipal, o bairro é estratégico para a cidade. Com o Terlom, expectativa é que no primeiro ano sejam gerados cerca de mil empregos

A equipe do 9º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) informou que na noite da últi-ma sexta-feira (15), atendeu o chamado de um acidente en-tre uma moto e um cavalo, na estrada Norte Sul, na altura do condomínio Vale dos Cristais. O casal de motoqueiros, Ander-son Costa e Viviane Rodrigues,

foi encaminhado para o HPM (Hospital Público Municipal) e o animal morreu na hora.

Um atropelamento também marcou a noite de sexta-feira, Francisco Chagas, de 45 anos, foi atropelado na Avenida Fábio Franco, às 21h 45. Ele também foi encaminhado para o HPM .

De acordo com os agentes do

Corpo de Bombeiros, as três víti-mas envolvidas nos incidentes, aparentemente, não demonstra-ram ferimentos graves.

Já na manhã de ontem, houve um princípio de incên-dio, na Rua Jandira Pimenta, no Centro de Rio das Ostras. Segundo os bombeiros, não houve nada grave.

Acidente e atropelamento no feriado

portuário no local, uma ação da iniciativa privada. A expectativa, no primeiro ano, é gerar aproxi-madamente mil empregos.

- O empreendimento é fun-damental para as bacias de Campos e Santos, devido sua localização geográfica. Por isso, a prefeitura já está implemen-tando diversos equipamentos públicos que visam reduzir os impactos e proporcionar quali-dade de vida para a população -, disse Dr. Aluízio.

Também participaram da reunião os procuradores da Prefeitura de Macaé, Augus-to César D´Almeida Salgado, Marcos Marotti Salles e Már-cio Certório Klayn, e o secre-tário de Ambiente, Guilherme Sardenberg Barreto. O projeto será apresentado na próxima reunião com o MPF, marcada para o dia 20 de dezembro.

Funemac realiza 1º Encontro da Consciência Negra

ENCONTRO

a fundação educacional de Macaé (FUNEMAC), da prefeitura, realizará o Iº Encontro Funemac da Consciência Negra - Educação, Política e Cultura, entre os dias 19 e 23 deste mês, de terça-feira a sábado, sendo que os eventos na Cidade Universitária ocorrerão na terça-feira (19) e na quinta-feira (21). Nos demais dias, serão apre-sentados shows nos bairros Aroeira (quarta-feira- 20), Parque Aeropor-to (sexta-feira- 22) e encerrando no sábado (23), no Lagomar.

O encontro é uma realização do Setor de Cultura da FUNEMAC que entregará certificado, no fim

A FUNEMAC realizará o encontro entre os dias 19 e 23 deste mês, de terça-feira a sábado

do evento, para os participantes. A abertura será na Cidade Universitá-ria, às 18h, mas antes, às 16h30, terá show de Marcelo Guapo e banda. Às 18h30, haverá palestra com Iva-nir dos Santos, e, às 20h, show com Roberta Nistra.

No dia 21, às 14h, a coordenadora do Núcleo de Estudos de Educação e Diversidade Étnico-Racial (Nee-de), vinculado à Superintendência Acadêmica da FUNEMAC, Maria Cristina Marques, participa de

mesa-redonda com Azuete Foga-ça, sobre “O Papel da Educação no Combate ao Racismo e na Promo-ção da Igualdade Racial”.

Ainda na quinta-feira, às 18h, have-rá Ciranda de Papo e Memória com a Coordenadoria de Igualdade Racial. Na quarta-feira (20), feriado pelo Dia da Consciência Negra, em homena-gem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, haverá, às 20h, Roda de Samba da Pedra do Sal e Luíza Dionízio, na praça do Ciep Aroeira.

Programação é em homenagem ao dia dedicado à Consciência Negra

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6 MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013

Economia As taxas de juros das operações de crédito subiram pela sexta vez no ano, em outubro

NOTA

QUESTÃO DE JUSTIÇ[email protected] Andrea Meirelles

O povo foi às ruas, protes-tou, e aos poucos os resulta-dos vão aparecendo. Entrará em vigor em fevereiro de 2014, a Lei 12.846 de 2013, conhe-cida com a Lei Anticorrupção, que poderá multar as empre-sas que participarem de pro-pinas ou fraudes em licitações, por exemplo, com valores de até 20% do seu faturamento bruto. Antes da lei, apenas as pessoas físicas poderiam ser punidas pela prática da cor-rupção, enquanto as empre-sas beneficiadas continuavam impunes.

A legislação foi inspirada no famoso caso Watergate e faz parte do compromisso assumi-do pelo Brasil como signatário da Convenção sobre o Comba-

te da Corrupção de Funcioná-rios Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais, mas acabou indo além, pois incluiu também a prática de corrup-ção das pessoas jurídicas.

Pela nova legislação são con-siderados atos lesivos: a) pro-meter, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida; b) financiar, custe-ar, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previsto na lei; c) utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus re-ais interesses ou a identida-de dos beneficiários dos atos praticados; e d) dificultar ou intervir em investigações ou fiscalizações.

A nova Lei Anticorrupção

Com relação às licitações e os contratos, a nova legislação é ainda mais específica, e lista no Artigo 5º, inciso IV, nas alíneas de “a” até “g” uma série de práti-cas ilícitas comumente realizadas para fraudar ou frustrar as licita-ções. São tantas as artimanhas que a lei prevê, que vale a pena reproduzir o texto legal:

“a) frustrar ou fraudar, median-te ajuste, combinação ou qual-quer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento licitatório público;

b) impedir, perturbar ou frau-dar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório pú-blico;

c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;

d) fraudar licitação pública ou

contrato dela decorrente; e) criar, de modo fraudulento

ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo;

f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorroga-ções de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou

g) manipular ou fraudar o equi-líbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a ad-ministração pública;”

Pode-se notar claramente que o legislador quis abraçar o má-ximo possível de hipóteses de modo a evitar que a criatividade dos corruptores possa tornar ra-pidamente a legislação obsoleta.

Licitações e contratos - mais rigor nas punições

A punição é exemplar. A multa prevista no artigo 6º, inciso I da nova lei, prevê a possibilidade de aplicação de multas que vão de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do fatura-mento bruto das empresas, excluídos os tributos.

Estabelece ainda que a multa nunca será inferior à vantagem auferida em razão do ato ilícito. E não sendo possível utilizar o critério do percentual sobre o fatu-ramento, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

A lei prevê ainda, que a decisão da multa terá ampla publicidade, devendo sair em jornais de grande circulação, ser divulgada na internet e ser afixada por no mínimo 30 (trinta) dias no próprio esta-

belecimento. É uma publici-dade negativa que ninguém quer ter.

É bom frisar, que a multa administrativa não elide a possibilidade de uma ação judicial para a reparação to-tal dos prejuízos, assim como será possível requerer a sus-pensão ou interdição parcial das atividades da pessoa jurídica, ou até mesmo sua dissolução.

Com a condenação a em-presa será proibida de rece-ber incentivos de instituições financeiras públicas pelo prazo mínimo de um ano, po-dendo chegar a cinco anos. E caso seja necessário, poderá acontecer o que chamamos de “desconsideração da per-sonalidade jurídica”, ou seja, os sócios ou administradores poderão responder com seu próprio patrimônio.

A lei prevê que as pessoas jurídicas poderão reduzir as penalidades em até 2/3 e eli-dir a publicidade da condena-ção, caso colaborem com as investigações identificando os envolvidos e entregando

documentação que comprove as denúncias. O objetivo des-te dispositivo é exatamente estimular a delação espon-tânea das pessoas jurídicas envolvidas, visando a redução das penas.

Diversos dispositivos legais estão sendo criados para evi-tar que este mal tão antigo e perverso como é a corrupção permaneça impune. Para o corruptor e o corrompido pode significar apenas um au-mento patrimonial, mas para a população, pode significar a vida. Será possível um dia contar quantas pessoas mor-

reram ou passaram fome por causa do dinheiro desviado pela corrupção? Talvez seja melhor sequer saber este nú-mero revoltante.

Uma coisa é certa, o cerco está se fechando: já temos a lei de Responsabilidade Fis-cal, a lei da Transparência, a lei da Ficha Limpa, e agora a Lei Anticorrupção.

Previsão de multas pesadas

Acordo de Leniência

Transparência que urge

Acim registra evolução da economia de Macaé

ACIM

Associação faz levantamento sobre sua história nos preparativos para celebrar o seu primeiro centenárioMárcio [email protected]

O grande volume de documentos e a história ainda viva na memória

de personalidades macaenses, os quais acompanharam a evo-lução e a consolidação de uma das mais sólidas instituições empresariais da região, estão sendo levantados através de um

trabalho minucioso, como forma de preparar os festejos pelos 100 anos da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim). O centenário acontecerá em 2016. Porém, até lá, muitos fatos mar-cantes precisam ser resgatados.

Através de uma parceria entre a Acim e a Usina de Fomento Cultural, partes de todas essas histórias, que envolvem nomes de famílias importantes da so-

ciedade macaense, estão sendo estudados por pesquisadores que já encontraram linhas de trabalho que reservam a identi-ficação de surpresas.

“Iniciamos o nosso trabalho através da análise de documen-tos que são preservados na sede da Associação. Além disso, já estivemos também no arquivo da Câmara de Vereadores, onde encontramos referências sobre

o trabalho da Acim em apenas dois meses de sua fundação, em 1916”, contou Meynardo Rocha, coordenador da pesquisa sobre o acervo da Acim.

Entre fatos já identificados está o ofício encaminhado, em 1916, pela Associação Comercial à Câmara de Vereadores, solici-tando a modificação do horário de funcionamento do comércio macaense.

O trabalho dos historiadores se concentra também na análise de atas de reuniões promovidas pelos membros da Associação, que resultaram na construção do prédio Elias Agostinho, a se-de da instituição situada no Cal-çadão da Avenida Rui Barbosa. Doações e nomes de pessoas que participaram desse processo fo-ram identificados nessa impor-tante fase do trabalho.

“Buscamos informações e documentos também com membros de famílias que parti-ciparam desse processo de con-solidação da instituição. Uma delas é a família Sardenberg. É um trabalho minucioso, onde conseguimos identificar pon-tos importantes da história da Acim”, apontou a pesquisadora Lídia Aguiar, que conta também com o trabalho da pesquisadora Ivana Pinheiro.

Os pesquisadores buscam in-formações sobre a história da Associação também em livros, revistas e jornais antigos que pertencem ao acervo da Biblio-teca Municipal Télio Barreto.

Ao fazer a apresentação do trabalho, iniciado em setembro, e já desenvolvido até o momen-to, o grupo de pesquisadores, acompanhados do diretor da Usina de Fomento, Marcos Ou-teiro, e do presidente da Acim, Evandro Cunha, destacaram, junto ao diretor de O DEBATE, Oscar Pires, a importância da análise dos registros feitos pelo jornal ao longo dos seus 37 anos.

“Contribuir com o resgate de uma instituição séria, que defen-deu e defende o desenvolvimen-to econômico e social de Macaé, é uma tarefa que aceitamos com entusiasmo”, apontou Oscar Pi-res.

No próximo dia 6, a direção da Associação Comercial promove-rá a confraternização de fim de ano, onde parte do trabalho já realizado pelos pesquisadores será apresentado.

“Estamos fazendo esse tra-balho com dois anos de antece-dência por saber que existe um grande volume de informações e fatos que contribuem com a con-solidação da nossa Associação. A cada registro que identificamos, cresce a nossa expectativa e a nossa vontade de manter pre-servado esse acervo tão impor-tante para a história de Macaé”, ressaltou Evandro Cunha.

KANÁ MANHÃES

Pesquisadores apresentaram ao diretor de O DEBATE trabalho de resgate histórico

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MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 7

GeralCoquetel Musical baneficia assistidos da Casa do Idoso

SOLIDARIEDADE

Objetivo do evento, realizado na quarta-feira (13), foi arrecadar fundos para ajuda e manutenção dos assistidos da Casa do Idoso

Tamara [email protected]

A equipe da Casa do Idoso realizou na últi-ma quarta-feira (13), o

Coquetel Musical, que teve co-mo o objetivo de angariar fun-dos em prol dos idosos. Cen-tenas de pessoas abraçaram a causa e marcaram presença na grande festa que foi realizada no Clube Cidade do Sol.

A alegria tomou conta dos participantes, que dançaram ao som da cantora Mariana Machado e do Dj Bira.

Margarida Vieira é a coorde-nadora da Casa do Idoso. Ela contou que o evento foi bene-ficente.

“A festa foi maravilhosa. Aproximadamente 500 ingres-sos foram vendidos, porém, muitos compraram para aju-dar a instituição. Sendo assim, 300 pessoas compareceram. É muito gratificante receber a ajuda da população em prol dos assistidos, pois quem com-prou os ingressos, contribuiu para o bem-estar deles”, disse a coordenadora.

Margarida fez seus agrade-cimentos.

“Agradeço ao presidente do Clube Cidade do Sol, Robson Luiz Gama, por ter cedido o

local para a realização do Co-quetel Musical; à prefeitura, que cedeu o som, à cantora e ao DJ, pela apresentação de

DIVULGAÇÃO

Centenas de pessoas marcaram presença no Clube Cidade do Sol, em prol dos idosos

forma gratuita e a todos que ajudaram na realização do evento”, agradeceu.

A coordenadora revelou

também que gostaria de levar os idosos para passeios no mu-nicípio, mas alguns são cadei-rantes e isso dificulta a saída.

A Casa do Idoso foi criada em 1923 e sobrevive de do-ações. É com a ajuda de al-gumas empresas privadas e

membros da sociedade, que a instituição sobrevive. Quem quiser ajudar, é só ligar para os telefones: (22) 2772-7442 ou (22) 2772-5313 e falar com a coordenadora Margarida.

A secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República instituiu a Lei de n°10741/2013, pelo Estatuto do Idoso, que diz: "A pessoa com idade igual ou superior a 60 anos goza de todos os direi-tos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Ainda de acordo com o Es-tatuto do Idoso, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder pú-blico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetiva-ção do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à li-berdade, à dignidade, ao res-peito e à convivência familiar e comunitária.

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8 Geral MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013

Parecer do CNE determina que ano letivo deverá ter 200 dias

COPA DO MUNDO

O documento aponta que a interrupção das atividades letivas deve ser feita de forma que a norma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) seja cumprida

Juliane Reis [email protected]

É que de acordo com um parecer da Câmara de Educação Básica do

Conselho Nacional de Educa-ção (CNE) os sistemas de en-sino das cidades que sediarem jogos da Copa do Mundo de 2014 devem suspender ativi-dades letivas durante o perío-do da competição, atendendo à determinação da Lei Geral da Copa, desde que cumpram o período mínimo de ativida-des letivas estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que é de 800 horas anuais distribuídas em, no mínimo, 200 dias de traba-lho escolar. O documento foi homologado pelo Ministério

da Educação (MEC) em 19 de março deste ano e publicado no mesmo mês.

Segundo a nota do MEC, o CNE fez seu parecer com base nos artigos 23 e 24 da LDB, que não obriga os siste-mas a cumprirem períodos de férias, mas estabelece que o período mínimo de atividade escolar é de 200 dias ao ano. E para o CNE, a interrupção das atividades letivas deve ser feita de forma que a nor-ma da LDB seja cumprida.

E de acordo com pare-cer do CNE, as duas leis - a 9.394/1996, ou LDB, e a 12.663/2012 (Lei Geral da Copa) - são leis de naturezas diferentes, e, portanto a se-gunda não revoga a primeira.

O MEC pontua também que

a definição do calendário esco-lar é de responsabilidade dos sistemas de ensino, seja ele municipal, estadual ou federal, e deve ser seguido por institui-ções públicas e privadas.

Procurada pela redação do Jornal O Debate, a prefeitura informou que na rede muni-cipal o calendário letivo está sendo planejado pela equipe de Supervisão e Setor Técni-co da secretaria de Educação e que ano letivo 2013 vai ter-minar no dia 19 de dezembro.

Questionado sobre o período de re-matrícula e matrícula na rede, órgão disse apenas que a portaria referente à matrí-cula será publicada em breve.

Já a secretaria de estado de Educação - Seeduc informou que até o final do mês, o ca-

lendário será divulgado. Na educação superior, os

acadêmicos da Universida-de Federal do Rio Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Pro-fessor Aloísio Teixeira, por exemplo, segundo a atual diretora do Campus , a pro-fessora Elizabeth Accioly, as atividades para os cursos de

KANÁ MANHÃES

No município, a prefeitura informou que o ano letivo 2013 termina em 19 de dezembro e que o calendário de 2014 está em fase de elaboração

Medicina terão início em ja-neiro e os demais cursos em fevereiro. Ainda segundo Eli-zabeth, a previsão é de que no primeiro semestre, a univer-sidade passe a ocupar as 30 novas salas de aula que foram entregues à instituição na tarde da última terça-feira, por meio de uma Assinatura

de Protocolo de Intenções. Informações completas re-

ferentes ao parecer do CNE estão disponíveis em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18525:parecer-do-cne-determina-o-cumprimento-de-200-dias letivos&catid=222&Itemid=86>.

Pesca da sardinha e piracema segue proibida até fevereiro

DEFESO

desde o último dia 1º deste mês está proibida, em todo o litoral macaense, Sul e Sudes-te do país, a pesca da sardinha, considerado pescado de alto va-lor nutritivo. A medida que dura cerca de três meses e segue até o dia 15 de fevereiro de 2014, tem como finalidade garantir a reprodução da espécie. De acor-do com o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da biodiversidade (ICMbio), cardumes do pesca-do têm sido avistados da praia passando pela costa macaense, o que mostra a importância de se preservar o defeso.

“Se não fosse este período, a pesca da sardinha estaria pra-ticamente extinta em nossos litorais”, pontua.

Marcos destaca também que esse período é importante para garantir a pesca desta espécie para os próximos anos e que o defeso visa, em última análise, preservar os pescadores de sardi-nha, pois estes dependem de uma quantidade abundante do peixe para terem viabilidade na pesca.

Medida faz parte do período de defeso com foco na reprodução do pescado

“E não é só isso. É importante lembrar ainda que os órgãos de fiscalização estão atentos e que qualquer desrespeito ao perí-odo sujeita os infratores a res-ponderem por crime ambiental, onde além dos procedimentos relativos à polícia (uma vez que a pesca no período de defeso é considerada crime) há ainda o

estabelecimento de uma mul-ta”, ressalta.

De acordo com a lei de crimes ambientais (lei 9.605/98), o va-lor da multa para os infratores varia de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais), por quilo ou fração do produto da pes-

caria, ou por espécime, quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental. Incor-re nas mesmas multas aquele que: pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; pesca quantidades superiores às permitidas ou me-diante a utilização de aparelhos,

WANDERLEY GIL

De acordo com a lei de crimes am-bientais (lei 9.605/98), o valor da multa para os infratores varia de R$ 700,00 a R$ 100.000,00

petrechos, técnicas e métodos não permitidos; transporta, co-mercializa, beneficia ou indus-trializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proi-bida; que transporta, conser-va, beneficia, descaracteriza, industrializa ou comercializa pescados ou produtos origina-dos da pesca, sem comprovan-

te de origem ou autorização do órgão competente; que captu-ra, extrai, coleta, transporta, comercializa ou exporta espé-cimes de espécies ornamentais oriundos da pesca, sem autori-zação do órgão competente ou em desacordo com a obtida; e que deixa de apresentar decla-ração de estoque.

Também no dia 1º de novem-bro teve início o período de de-feso da piracema - que existe para proteger os peixes na sua reprodução, considerada a épo-ca do ano (nas bacias da região Sudeste) em que os peixes dul-cícolas (de água doce) estão su-bindo os rios e riachos para a re-produção. Com isso, até o dia 28 de fevereiro de 2104, apenas a pesca desembarcada com moli-nete é permitida, e até a cota de 10 kg, sendo necessária, porém, a carteira de pescador, emitida pelo Ministério da Pesca.

“A piracema corresponde à épo-ca do ano em que os peixes sobem o rio para reproduzir e, nesta época, a pesca é proibida porque os peixes são fáceis de serem pegos e as fê-meas estão ovadas, o que dificulta-ria o estoque pesqueiro no próximo ano”, explica Marcos.

Já o defeso da sardinha ocor-re entre os dias 1º de novembro e 15 de fevereiro.

Inscrição para Prêmio Literário UniversitárioOPORTUNIDADE

A Prefeitura de Macaé, por meio da Fundação Educacional de Ma-caé (FUNEMAC) encerra, no pró-ximo dia 20, as inscrições para a primeira edição do Prêmio Literá-rio. A data é limite para a postagem dos trabalhos nos Correios pelos estudantes universitários que são poetas e/ou performers e querem participar do prêmio.

Podem se inscrever ao prêmio os poetas, brasileiros ou não, des-de que residentes no estado do Rio de Janeiro há mais de dois anos e que sejam estudantes uni-versitários (graduandos ou pós-

A seleção dos 20 melhores poemas será anunciada no dia 30 de novembro

graduandos).Os trabalhos devem ser apre-

sentados em língua portuguesa e cada autor poderá inscrever um poema, com tema livre, que deve-rá ter o original assinado e reme-tido apenas com o pseudônimo, em cinco vias digitadas na fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço 2, em folha formato A-4.

Já os envelopes com os poemas devem estar lacrados e endereça-dos ao: Prêmio Literário Univer-sitário de Macaé, Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, Coordenadoria de Cultura da FUNEMAC, 3º andar, Granja dos Cavaleiros, Ma-caé/RJ, CEP 27.930-110. O envio deve ser por carta registrada, com aviso de recebimento (AR).

A ficha de inscrição, com iden-tificação do autor, autorização

para publicação dos trabalhos, caso sejam selecionados entre os semifinalistas, e outras informa-ções, devem ser enviadas junto com o trabalho, em envelope se-parado e lacrado.

A escolha obedecerá aos se-guintes critérios: os poemas serão selecionados em duas fases, por comissões formadas por profis-sionais ligados às áreas de língua portuguesa, literatura, comuni-cação e teatro, escolhidos pela equipe da FUNEMAC organiza-dora do Pluma. A primeira fase escolherá os melhores poemas e a segunda, as melhores perfor-mances na premiação, dia 10 de dezembro deste ano, às 19h, no auditório Cláudio Ulpiano, da Cidade Universitária.

Serão classificados 20 poemas

DIVULGAÇÃO

Interessados poderão se inscrever até o dia 20 e cada autor poderá inscrever um poema

na primeira fase para a publica-ção da antologia, que concorrerão à escolha das 10 melhores perfor-mances, na fase final, para o DVD que acompanhará a publicação. A performance poderá ser feita pelo próprio autor ou por pessoa indicada por ele.

Os prêmios são: publicação dos 20 melhores poemas em livro, com 10 exemplares para cada au-tor selecionado; edição em DVD das 10 melhores performances, como anexo do livro; publicação de plaquete de cada um dos au-tores dos poemas classificados em primeiro, segundo e terceiro lugares na soma das duas etapas (escrita + performance), com 100 exemplares cada; e uma pequena seleta de livros de poesia para os três primeiros colocados.

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MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 9

BAIRROS EM DEBATE IMBOASSICA

Área industrial da cidade ainda apresenta problemas de infraestruturaImboassica concentra grandes empresas do país e do mundo, mas convive com a pobrezaMarianna [email protected]

“Se não existe es-forço, não existe progresso”. Essa

semana o Bairros em Debate volta a uma das áreas de maior importância para economia da cidade, o polo industrial de Macaé, localizado no bairro de Imboassica. É nessa região on-de se concentram as maiores empresas do ramo do petróleo do Brasil e do mundo, sendo responsável por grande parte da arrecadação do município.

Mesmo com os investimentos feitos nos últimos meses, é possí-vel ver que ainda falta muito pa-ra que o local ofereça o mínimo de estrutura necessária, o que contradiz os altos valores pagos em impostos pelas empresas.

Essa região vem sofrendo uma grande expansão, o que tem atraído condomínios industriais, fortalecendo ainda mais a eco-nomia local. Ao mesmo tempo, comunidades crescem no entor-no sem nenhum tipo de infraes-trutura.

Nos últimos 10 meses, desde a última visita, algumas mudan-ças aconteceram no local, porém ainda há muito a se fazer. Uma

das reclamações dos funcioná-rios das empresas da região era em relação ao asfalto. Nesse tempo, algumas vias receberam a pavimentação, melhorando a acessibilidade, em contraparti-da algumas ainda esperam por uma solução.

Uma das contempladas foi a Estrada Melchiades Ribeiro de Almeida, uma das principais do bairro. No início do ano, trafegar pela via era complicado, tudo isso devido ao asfalto deterio-rado. Além dos buracos, grande quantidade de poeira e os ala-gamentos transformavam a vi-da da população em um grande transtorno, já que a poeira sobia, formando uma enorme nuvem, impossibilitando a visão e ge-rando incômodos nas pessoas, como irritação nos olhos e vias respiratórias.

“Quando estava seco você não conseguia ver direito por con-ta da poeira que levantava. Já quando chovia isso aqui virava uma pista de rally. Melhorou bastante, mas ainda tem muito a ser feito no bairro. Tem pon-tos que ainda alagam e ficam impossíveis de andar quando chove. Pelo que arrecada, isso aqui deveria ser bairro modelo”, relata José Geraldo Damasceno.

KANÁ MANHÃES

Acessibilidade do bairro é uma das reclamações de quem vive e trabalha na região

apesar de ter amenizado um pouco, o problema com entulhos em calçadas e terrenos ainda faz parte da rotina da Imboassica. O contraste entre empresas do mundo todo, como Baker Hu-ghes e até mesmo a Petrobras, e a sujeira chamam a atenção de quem passa pelo local.

Um dos pontos mais críticos fica na linha férrea desativada, que po-deria ser uma opção de escoamen-to de produção ou até mesmo uti-lizada para transporte de pessoas.

Na primeira visita do Bairros em Debate em janeiro, a equipe de reportagem encontrou uma grande quantidade de entulhos e lixo doméstico no local. Des-sa vez o problema é ainda mais grave. Apesar da situação ter reduzido bastante, flagrantes

mostram uma grande quanti-dade de pneus velhos de trator e lixos tecnológicos expostos ao tempo, podendo gerar diversos problemas ambientais e de saú-de pública, inclusive a dengue.

No caso dos pneus, o tempo de decomposição na natureza é indeterminado. Isso signifi-ca que, quando jogado no am-biente de maneira indiscrimi-nada, ele fica por muito tempo poluindo. Se queimados, eles produzem uma fumaça negra, altamente poluidora e podem contaminar a água, pois liberam um material oleoso, derivado do petróleo, que escorre para os corpos d'água, contaminando e tornando-a imprópria para o consumo.

Já no que diz respeito aos li-

xos tecnológicos, a situação é ainda mais preocupante. Eles contêm uma grande quantida-de de substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Esses lixos podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Entram na lista de lixos tec-nológicos: os computadores, televisores, aparelhos de som, pilhas, lâmpadas eletrônicas, geladeiras, celulares e baterias, entre outros dispositivos.

Denúncias podem ser realiza-das para a ouvidoria da Prefeitu-ra de Macaé pelo número: 0800 - 022 - 0237 (ligação gratuita) ou através do site: www.macae.rj.gov.br. Além de criar um péssi-mo aspecto, tal situação vai con-tra a lei municipal de descarte de lixo, a Lei municipal 3.371/2010. Flagrantes mostram descarte irregular de pneus de tratores e de lixo tecnológico

Pneus e lixo tecnológico em terrenos baldios

Estrada Norte-Sul melhorao trânsito da regiãoo problema do trânsito ainda é uma realidade, mas melhorou bastante com a inauguração da Estrada Norte-Sul, via paralela à Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). Essa via liga a Fazenda Mu-tum até a Imboassica.

Para melhorar a fluidez no lo-cal, a partir do dia 2 de janeiro, algumas mudanças serão adota-das visando dar maior conforto aos motoristas e aos usuários do transporte público. Será im-plantada uma faixa seletiva na Estrada Norte-Sul, no trecho entre a Estrada Fazenda São José do Mutum e a Rua Torres de Castro, que também contará com uma.

A faixa exclusiva será criada na pista da direita da via, no trecho entre a Estrada Fazen-da São José do Mutum e a Rua Torres de Castro. Nesse local só poderão trafegar veículos co-mo ônibus ou micro-ônibus do transporte público intramunici-pal e intermunicipal e táxis com passageiros em dias úteis, das 6h às 20h. No caso da Rua Torres de Castro, o trecho compreendido fica entre a Estrada Norte-Sul e Rodovia Amaral Peixoto.

O embarque e desembarque na faixa seletiva será restrito aos ônibus e micro-ônibus do trans-porte público, transporte escolar legalizado e veículos utilizados por portadores de deficiência ou dificuldades de locomoção autorizados pelo município de Macaé. No caso dos táxis, isso só poderá ser feito nos pontos ou baias de parada de ônibus ou

nos acessos aos logradouros à margem da via.

Já os demais tipos de veícu-los, como os carros de passeio e motos, o acesso à faixa exclusi-va só poderá ser feito “para fins de conversão à direita no cru-zamento, acessar entradas de garagem existentes na mesma quadra ou acessar as baias de serviço existentes, obedecendo à sinalização existente em cada uma delas, sendo permitida a circulação em qualquer faixa de rolamento nos demais horários”.

O estacionamento nas duas vias será proibido. Os infratores estarão sujeitos às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que prevê mul-ta e até a remoção do veículo em caso de desrespeito à lei.

A Estrada Norte-Sul conta, ao todo, com 3 quilômetros de ex-tensão, beirando a linha férrea, que podem ser acessados na altura da churrascaria Galope, posto Shell (Parque de Tubos),

Avenida A (entrada do Jardim Guanabara), rua Ricardo Muyla-ert Salgado (ao lado do IFF), em frente ao condomínio industrial Osep e pela Avenida Melquía-des. A rodovia recebeu calçada, urbanização, paisagismo e sinali-zação horizontal e vertical.

Esse corredor expresso, com faixa preferencial para ônibus, pretende diminuir o tempo de viagem para quem depende do transporte público, proporcio-nando melhor qualidade de vida para os cidadãos.

Estudos preliminares reali-zados pela Mobilidade Urbana indicam que a implantação de faixas preferenciais para ôni-bus na Rodovia Norte-Sul vai reduzir em 30% o tempo das viagens para os usuários do Sis-tema Integrado de Transporte (SIT), mas a expectativa é que, após a implantação da medida, este tempo de viagem se reduza, gradativamente, a 40% e, poste-riormente, a 50%.

Procurada, a prefeitura disse que, em relação ao problema do descarte de pneus e lixos tecnológicos, uma equipe de agentes vai até o local para verificar a situação e tomar as providências cabíveis. Quanto

à área de lazer, ela explica que nesse primeiro momento, pro-jetos de mais urgências estão sendo priorizados, porém, es-tudos serão feitos para verifi-car a possibilidade da criação da área de lazer no bairro.

Já a pavimentação das ruas, ela frisa que o bairro receberá as melhorias necessárias, po-rém, o trabalho de revitaliza-ção está sendo feito em toda cidade, sendo necessário um prazo maior.

O que diz a prefeitura

Bairro não tem área de lazerapesar de ser composto na maior parte por empresas, quem mora no bairro conta que não existe nenhuma op-ção de lazer. Enquanto nada é feito, a população improvisa um campo de futebol em um terreno baldio às margens da linha férrea.

Crianças brincam nos trilhos dos trens, soltando pipas entre fiações, e correm em meio à

via movimentada, podendo ser atropeladas a qualquer momen-to por um caminhão ou carro em alta velocidade.

O lazer é um direito que to-do cidadão tem e está previsto na Constituição Brasileira de 1988. De acordo com o § 3º do Art. 217, cabe ao Poder Público incentivar o lazer, como forma de promoção social.

Proporcionar áreas de lazer

dignas também é um direito das crianças e adolescentes, previsto no Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA). O Art. 59 do ECA frisa que “os municípios, com apoio dos es-tados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para pro-gramações culturais, esporti-vas e de lazer voltadas para a infância e a juventude”.

Área de lazer do bairro é improvisada por moradores da comunidade do entorno

CRÉDITO

Rodovia Norte-Sul visa melhorar o problema de trânsito na região

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10 MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013

Em 20 anos, 500 mil mortos e US$ 2,5 trilhões de prejuízosMesmo sem considerar o furacão Haiyan, que acaba de devastar as Filipinas, um novo levantamento feito pelo instituto alemão Germanwa-tch assusta ao apresentar os números dos últimos 20 anos de desastres climáticos. Segundo o Índice Global de Risco Climático, entre 1993 e 2012, mais de meio milhão de pessoas morreram em decor-rência direta de aproximada-mente 15 mil eventos climáti-cos extremos. Já os prejuízos econômicos foram de US$ 2,5 trilhões.

“A tragédia humana causada pelo super tufão Haiyan será apenas registrada em relató-rios futuros. Mas nossos resul-tados são um alerta para mos-trar que as políticas climáticas e um melhor gerenciamento de desastres são urgentes”, explicou Soenke Kreft, um dos autores do documento.

O índice aponta que Hondu-ras, Mianmar e Haiti foram os países que mais sofreram nos últimos 20 anos. Consideran-do apenas 2012, Haiti, Filipi-nas e Paquistão foram os que registraram mais perdas.

O Germanwatch destaca que oito dos dez países no topo no índice são nações em desenvolvimento e com baixa renda per capita. Além disso, apresentam baixa industriali-zação e por isso praticamente não contribuíram para as mu-danças climáticas.

Entre os eventos extremos citados aparece o furacão San-dy, que assolou boa parte do Caribe e da Costa Leste norte-americana, o tufão Bopha, que atingiu as Filipinas em 2012 matando mais de mil pessoas, e as enchentes da temporada

de monção no Paquistão em 2010, as piores já registradas no país.

Aqui na América do Sul o índice salienta a seca na Amazônia Ocidental em 2010, quando o Rio Negro atingiu um recorde de baixa. “O ano de 2015 representa o limite, é quando precisamos estabele-cer o novo acordo climático, e estruturas internacionais para lidar com desastres. Os países reunidos agora na Con-ferência do Clima de Varsóvia (COP 19) precisam ter isso em mente”, concluiu Kreft.

2013, um ano de eventos climáticos extremos

MEIO AMBIENTE

Até agora, o ano aparece em sétimo lugar, empatado com 2003, com uma temperatura 0,48oC acima da média entre 1961 e 1990Martinho Santafé

O novo boletim da Or-ganização Meteorológi-ca Mundial (OMM), di-

vulgado esta semana, demons-tra como 2013 está de acordo com as previsões sobre as mudanças climáticas, apresen-tando todo o tipo de condições extremas. Para começar, 2013 está em curso para ser um dos dez anos mais quentes já regis-trados desde 1850. Até agora, o ano aparece em sétimo lugar, empatado com 2003, com uma temperatura 0,48oC acima da média entre 1961 e 1990.

“As temperaturas estão seme-lhantes às médias entre 2001 e 2010, a mais quente década já observada. Todos os anos mais quentes desde 1850 aconte-ceram depois de 1998, e 2013 mantêm essa tendência. Mes-mo os anos mais frios regis-trados recentemente são mais quentes do que os recordes antes de 1998”, declarou Mi-chel Jarraud, secretário-geral da OMM.

“As concentrações de gases do efeito estufa alcançaram um recorde em 2012 e estimamos que em 2013 um novo patamar seja atingido. Isso significa que estamos nos comprometendo com um futuro mais quente”, completou.

A entidade também confirma o aumento do nível dos ocea-nos, que bateu um recorde. Os oceanos estão subindo atual-mente a uma taxa anual de 3,2 milímetros, praticamente o do-bro da média do século XX, 1,6 milímetro.

“O nível dos oceanos conti-nua a subir devido ao degelo das calotas polares e das gelei-ras. Mais de 90% do calor ex-tra que estamos gerando atra-vés dos gases do efeito estufa

DIVULGAÇÃO

Com relação a furacões e tufões, a média histórica foi respeitada na maioria das regiões do planeta

estão sendo absorvidos pelos oceanos, os quais continuarão a aquecer e a expandir por cente-nas de anos”, explicou Jarraud.

A presença de gelo marinho no Ártico se recuperou um

pouco com relação ao derreti-mento sem precedentes visto em 2012, mas 2013 ainda apre-senta um dos menores níveis da história.

O nível mínimo foi atingido

no dia 13 de setembro, com 5,1 milhões de quilômetros qua-drados, a sexta menor marca já registrada. Trata-se de 1,1 mi-lhão de quilômetros quadrados a menos do que a média entre

1981 e 2012.Sobre precipitação, a OMM

registrou condições extremas tanto para o excesso quanto pa-ra a falta de chuvas em diversas partes do planeta.

Na América do Sul, o Nordes-te do Brasil apresentou preci-pitação muito abaixo da média, com muitas áreas sofrendo a pior seca dos últimos 50 anos. O planalto brasileiro também experimentou falta de chuva, com os piores níveis desde 1979. Secas assolaram ainda a África, com Angola e Namíbia tendo a pior situação em trinta anos.

Já a Europa, em especial Alemanha, Polônia, República Tcheca, Áustria e Suíça, te-ve em maio e junho de 2013 a maior precipitação desde 1950, com os rios Danúbio e o Elba transbordando.

O Sudeste Asiático, incluin-do Índia, Paquistão e partes da China, teve em 2013 a mais longa temporada de monções já vista.

Com relação a furacões e tu-fões, a média histórica foi res-peitada na maioria das regiões do planeta. A exceção foi o Pa-cífico Norte Ocidental, com 30 tempestades, sendo 13 tufões, contando o Haiyan, possivel-mente o maior já registrado.

“Apesar de não podermos atribuir ciclones tropicais às mudanças climáticas, o nível mais alto dos oceanos já torna as populações costeiras mais vulneráveis a esses eventos extremos. Vimos isso com trá-gicas consequências nas Filipi-nas”, concluiu Jarraud.

Mecanismo de compensação por perdas e danos ganha força Em seu discurso na abertu-ra da 19ª Conferência das Par-tes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Uni-das sobre Mudança do Clima (COP 19), que aconteceu nesta semana em Varsóvia (Polônia), o chefe da delegação das Fili-pinas, Yeb Sano, anunciou que faria greve de fome durante o evento até que avanços concre-tos fossem alcançados.

Um desses avanços poderia ser a criação de um mecanis-mo de perdas e danos, que teria como objetivo ajudar na recuperação e reconstrução de países atingidos por eventos climáticos extremos ou por fenômenos relacionados ao aquecimento global, como o aumento do nível dos oceanos.

“É inaceitável que esse as-sunto continue sendo deixado de lado, ou apenas colocado entre os temas ‘a serem pesqui-sados’. Precisamos de ações e de compromissos políticos para lidar com os impactos mais vulneráveis”, declarou em coletiva de imprensa Juan Hoffmaister, negociador chefe do G77.

Ainda no mês passado, a Aliança dos Pequenos Esta-

dos Insulares (AOSIS) já afir-mava que iria buscar na COP 19 ações de compensação por perdas e danos. “Reconhece-mos a importância das perdas e danos para os países insulares do Pacífico e seus territórios, pediremos auxílio, conforme apropriado, para aprofundar os esforços para garantir um mecanismo internacional sob a Convenção-Quadro das Na-ções Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) que lide com as perdas e danos resultan-tes dos impactos das mudanças climáticas provocadas pelo ho-mem, reconhecendo a ameaça das emissões de fases do efeito estufa aos Países do Pacífico e seus territórios”, explica um comunicado da AOSIS.

No entanto, parece incer-to que esse mecanismo possa mesmo existir. Perguntado sobre a proposta da AOSIS, o enviado dos Estados Unidos para mudanças climáticas, To-dd Stern, afirmou o seguinte em um evento em Londres em outubro: “Os EUA não aceitam a narrativa da ‘culpa’. Esse tipo de pensamento é ideológico e pouco útil para as negociações.”

Trigg Talley, que representou

os EUA na COP 19 como envia-do interino, foi menos enfático, mas também não foi favorável a um novo mecanismo.

“Existem desafios técnicos e políticos para esse tipo de ini-ciativa. Seria melhor utilizar a infraestrutura institucional já existente para lidar com essa questão”, disse Talley.

A estrutura existente no caso é o Fundo Climático Verde, que infelizmente ainda enfrenta sérios problemas para captar recursos.

Segundo a ONG Oxfam, em um levantamento apresentado na COP 19, apenas US$ 7,6 bi-lhões teriam sido disponibili-zados para ajuda climática em 2013. Uma quantia insignifican-te quando comparado ao que costuma ser apontado como necessário, US$ 100 bilhões.

Christiana Figueres, secre-tária executiva da UNFCCC, não quis comentar sobre o mecanismo de compensação, afirmando que é uma questão para as delegações nacionais. Mas destacou a importância de que aconteçam avanços sobre o financiamento climático.

“Precisamos estabelecer um caminho ambicioso já antes de

2020, desenvolvendo com cla-reza elementos no novo acordo climático que ajudem a promo-ver ações de adaptação e miti-gação às mudanças climáticas”, declarou Figueres.

Alguns temem que a discus-são sobre esse mecanismo de compensação poderia travar as negociações em outros pontos, incluindo sobre a capitalização do Fundo Climático Verde.

Entre os que pensam assim está a delegação da União Eu-ropeia. “Reparar perdas e da-nos é, sem dúvida, importante. Mas criar uma nova ferramen-ta não é uma saída efetiva. Não precisamos ‘reinventar a roda’ e estabelecer todo um órgão para ajudar as Filipinas”, disse Juer-gen Lefevere, enviado da UE.

Para José Antonio Marcon-des de Carvalho, chefe da de-legação brasileira, é preciso priorizar as ações de adaptação e mitigação. “Estamos todos comovidos com a situação das Filipinas (...) Mas a tragédia é uma importante lembrança para todos os países agirem, imediatamente, e cortarem su-as emissões. E se compromete-rem com adaptação e meios de implementação.”

Greenpeace contra combustíveis fósseisDois dias antes de começar a COP-19 (Conferência Climá-tica das Nações Unidas), reali-zada em Varsóvia, Greenpeace realizou um protesto pacífico para mostrar aos governos do mundo a urgência em eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, que causam sérios da-nos ambientais, de suas matri-zes energéticas.

Em seis termelétricas a car-vão do país, mensagens como “A mudança climática começa aqui!” e “O aumento do nível do mar começa aqui!” foram projetadas em várias línguas para chamar a atenção das pessoas e, em especial, dos ne-gociadores do clima, para as grandes fontes de emissão de carbono, diretamente respon-sáveis pelas mudanças climá-ticas, em muitos casos irrever-síveis.

“É hora de os governos mun-diais pararem de atuar em prol do interesse das indústrias de combustíveis fósseis. Eles precisam parar de colocar os lucros das empresas emis-soras de carbono a frente do bem-estar dos cidadãos e do planeta”, disse Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpe-ace Internacional.

Anfitriã do evento, a Polônia possui 90% de sua economia baseada em combustíveis fós-seis. No entanto, seu governo segue bloqueando a União Eu-ropeia de adotar metas mais ambiciosas e assumir compro-missos concretos nas negocia-ções climáticas.

A mensagem “O derretimen-to do Ártico começa aqui!” também foi projetada para cha-mar a atenção do mundo para a perigosa exploração de petró-

leo no Ártico, além de lembrar os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas que protes-taram pacificamente contra a perfuração de petróleo no mar de Pechora e os impactos climáticos dessa irresponsável atividade, e que por isso per-manecem presos na Rússia há quase dois meses.

“Não chegando a acordos no passado, os líderes mundiais nos deixaram dependentes da coragem de pessoas comuns, como os 28 ativistas presos na Rússia, que colocaram sua li-berdade em risco para proteger o nosso futuro. É tragicamente irônico que eles estejam nes-se momento congelando em uma prisão russa, enquanto a indústria de combustíveis fós-seis tem acesso irrestrito aos governos em uma conferência realizada para proteger o cli-ma”, afirmou Kumi Naidoo.

O Greenpeace apelou aos governos presentes na COP-19 que acelerem seus cortes de emissões imediatamente e que comprometam-se em ado-tar metas de redução de emis-sões mais ambiciosas no novo acordo, que deve ser finalizado em 2015.

“O Brasil ainda é um dos grandes emissores de gases do efeito estufa do mundo, mas tem potencial para ser um ver-dadeiro líder nas questões cli-máticas. Podemos e devemos assumir uma posição de desta-que tanto investindo em ener-gias mais limpas e protegendo de fato nossas florestas, quanto ajudando na construção de um novo acordo climático global”, defendeu Renata Camargo, co-ordenadora de Políticas Públi-cas do Greenpeace Brasil.

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MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 11

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RECLAMAÇÃO

População reclama de proliferação de mosquitosOs moradores do bairro Parque Aeroporto estão preocupados com a propagação dos insetosTamara [email protected]

Moradores do Par-q u e A e r o p o r t o voltam a registrar

transtornos quanto à prolife-ração de mosquitos. E com a chegada do verão, a situação só tende a piorar.

“Estava no Terminal Cehab e não podia nem ficar com a boca aberta, de tantos mos-quitos que estavam no local”, disse um morador.

Maria Aparecida também mora no bairro Aeroporto. Ela está bastante preocupada com a situação.

“Estamos preocupados por-que pode ser o mosquito da dengue. Faço um apelo para os responsáveis, para que eles tomem providências imedia-tamente”, pediu.

Claúdia Mara ressaltou que já teve dengue.

“Foi terrível. É uma dor inexplicável e não pretendo ser picada novamente. Tomo todas as medidas dentro da minha casa para evitar a che-gada do vetor ”, disse.

A Prefeitura de Macaé in-formou em nota que o Plano de Contingência da Dengue 2013/2014 é uma estratégia para eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti. A proposta é programar medidas de controle da doença no mu-nicípio, em caso de epidemia, reduzindo a incidência do vetor e, consequentemente, a trans-missão da dengue. Além disso, a ideia é diminuir as internações e possíveis óbitos.

Entre as ações que serão intensificadas pelo governo estão controle vetorial, vi-sitas domiciliares, mutirões de limpeza urbana, reforço da coleta de lixo, eliminação e tratamento de criadouros nas residências, aplicação de larvicidas e inseticidas, além de utilização de armadilhas para monitoramento do vetor.

De acordo com o Ministé-rio da Saúde, os sintomas da dengue são: febre alta, dores de cabeça e atrás dos olhos, perda do apetite, manchas e

erupções na pele, náuseas e vômitos, tonturas, cansaço, dor no corpo, nos ossos e ar-ticulações.

A equipe do Centro de Con-trole de Zoonoses (CCZ) di-vulgou, no começo deste ano, o resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 11 e 15 de março. A pesquisa mostrou na época que o índice predial de infes-tação em Macaé subiu de 1,6 para 3,8, pontuação que de acordo com as indicações da Organização Mundial de Saú-de (OMS), coloca o município em situação de alerta para

KANÁ MANHÃES

Os moradores Parque Aeroporto estão preocupados com a ploriferação dos mosquitos

epidemia da doença.Na época, foram percorri-

dos 46 bairros do município, sendo que 34 apontaram a presença do mosquito trans-missor da dengue. Os dados apontam um aumento preocu-pante da existência do vetor em relação ao levantamento realizado em janeiro.

O CCZ também pesquisou o índice Breteau nas residên-cias visitadas. Este se trata do valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento en-contrados nas habitações. O resultado também preocupan-te apontou 4,5%, considerado

de risco.A pesquisa ainda mostra que

dos 3.920 imóveis visitados pe-los agentes da CCZ, 150 regis-traram a presença de larvas. Os principais depósitos foram ao nível do solo como caixas d´água e reservatório de água para consumo humano e tam-bém os removíveis como pra-tos de plantas e reservatórios de água para animais.

O Combate à Dengue é uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda população. O mosquito da dengue (Aedes Aegypti) se reproduz em qual-quer lugar que houver condi-ções propícias (água parada

limpa ou pouco poluída). A conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância pa-ra a redução e, quem sabe, a erradicação desta doença no Brasil.

As medidas para evitar a reprodução e proliferação do Aedes Aegypti são: não deixar água parada; limpar as cai-xas d’água constantemente e mantê-las sempre fechadas. O mesmo vale para poços arte-sianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água; garra-fas ou outros recipientes seme-lhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em lo-

cais cobertos e sempre de ca-beça para baixo; manter a lata de lixo sempre bem fechada; as piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas, entre outros.

Em 2011, o Ministério da Saúde lançou no dia 5 de novembro, a Campanha Na-cional de Combate à Dengue, com o objetivo de alertar a população sobre a importân-cia dos cuidados com a pre-venção, porém, de acordo com o calendário, as ações ao combate ao mosquito Ae-des Aegypti será no dia 27 de novembro.

Servidores tomam posse na Câmara CONCURSO

Dois motoristas e um jar-dineiro tomaram posse, na quinta-feira (14), dos seus car-gos na Câmara Municipal de Macaé. Eles foram aprovados no concurso realizado no ano de 2012 e homologado no dia 8 de maio do mesmo ano.

No último dia 9, outros seis aprovados no concurso foram convocados para apresentação de documentos e realização de exames médicos obrigatórios. Após o cumprimento dessas etapas, será marcada a data da posse para os concursados nas funções de médico, fotógrafo, assistente administrativo e assistente técnico em infor-mática.

Segundo a diretora geral da Câmara, Denize Cardim, a in-tenção é honrar o compromis-so da atual gestão com a po-lítica de valorização dos ser-vidores. Conforme informou anteriormente, um diagnós-tico realizado pelo departa-mento de Recursos Humanos já constatou o déficit de pes-soal para atender às demandas do Legislativo e a intenção do presidente Eduardo Cardoso é suprir essa necessidade com a chamada de novos servidores.

"Os aprovados no concurso devem ficar atentos, pois serão feitas novas convocações até o final deste ano", informou.

Profissionais foram aprovados no último concurso público

ASSESSORIA

Neste mês, o Legislativo convocou nove novos servidores

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Atleta brilha em Campeonato

ESPORTE

Celson Caetano participou da 5ª Etapa do Campeonato Qualifier e venceu em sua categoriaTamara [email protected]

O atleta Celson Caeta-no fez uma belíssima par-ticipação na 5ª Etapa do

Campeonato Qualifier e venceu em sua categoria. O cameponato ocorreu entre os dias 9 e 10 de no-vembro, no Clube Municipal da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O evento foi promovido pela Federação Desportiva de Jiu-Jítsu do Estado do Rio de Janeiro.

Celson faz parte da Academia Rolando Toro. Ele é faixa Roxa e faz parte da categoria meio/pesa-do, com aproximadamente 89 kg.

O atleta contou como foi a competição.

“O campeonato foi de alto ní-vel, onde vários atletas renoma-dos marcaram a presença, entre eles, estava o Thiago Gaia. Fiquei muito feliz por conquistar mais um título para a minha carreira”, declarou.

Ele ressaltou que mesmo sem

conseguir treinar no período de 15 dias por causa de uma lesão nas costas, conseguiu obter óti-mos resultados.

“Treinei apenas na última se-mana com o foco de vencer por finalização e alcancei o meu ob-jetivo. Foram três lutas. Na pri-meira, ganhei na pontuação, já na segunda e terceira luta, finalizei o meu adversário.

Celson disse também que está na expectativa com resultado da soma de pontos, que será divul-gado em janeiro de 2014. O ven-cedor do ranking ganhará uma passagem para o Campeonato Pan-Americano de Jiu-Jítsu, que será promovido pela IBJJF , no ano que vem.

Na ocasião, ele falou que está treinando pesado para ir para o seu próximo desafio, que vai acontecer no dia 7 de dezembro, em Brasília- DF, no Campeona-to Brasília Open de Jiu-Jítsu, da CBJJ.

Apenas neste ano, o atleta te-

ve muitas conquistas no esporte. Entre 10 participações nos cam-peonatos, ele obteve oito vitórias. Entre elas estão os títulos: Copa Brasil de Jiu-Jítsu; 2ª e 3ª Etapa da Alerj; Campeonato Mundial de Jiu-Jítsu, entre outros.

“Estou treinando pesado para obter os melhores resultados. Este ano foi ótimo para mim no esporte. Passei por dificuldades para competir, mas a vontade de lutar foi maior por causa da minha determinação e pretendo fechar a minha participação neste campeonato com “chave de ou-ro”, focou Celson Caetano.

“Agradeço a Deus por todas as minhas conquistas; minha espo-sa e meu filho; a Fesportur por me proporcionar o bolsa atleta; ao Henrique Gama; à Academia Gaia Fighter-Gfteam, que me proporciona aulas de judô com-petitivo; à Academia Rolando Toro, onde faço parte e a todas as pessoas que estão me apoiando”, finalizou.

DIVULGAÇÃO

Celson Caetano conquista medalha de ouro em campeonato

Nova promessa do jiu-jítsu

Eduardo Alves dos San-tos tem apenas nove anos. Ele é a nova promessa do jiu-jítsu. Em apenas três meses praticando o espor-te, o atleta consagrou-se

Com apenas três meses no esporte, Eduardo Alves, de apenas nove anos, se destaca no esporte

nos campeonatos: Cavalei-ros e na 9ª Copa Macabu de Jiu-Jítsu.

Ele luta na categoria de no-ve e 10 anos e é faixa Branca.

“Fiquei muito emocionado por conquistar vitórias em pouco tempo. Estou muito feliz e pretendo continuar competindo”, disse o cam-peão.

Eduardo treina com o pro-fessor Renato Lyrio, no Insti-

tuto Nil e Liz, na terça-feira e quinta-feira, no bairro La-gomar.

Sua mãe Marcilene Alves Santos ressaltou que está muito orgulhosa de seu filho.

“Estou adorando a prática do esporte do meu filho e fi-co muito orgulhosa do des-taque que ele está tendo. Ele até chorou de emoção quan-do venceu os campeonatos”, disse.

DESTAQUE

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Eduardo Alves dos Santos já conquistou duas medalhas de ouro em 3 meses de atuação

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