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Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação - Semecti 5 INTRODUÇÃO As orientações contidas no Manual de Boas Práticas asseguram aos profissionais envolvidos nas Instituições de Educação Infantil, informações de forma abrangente sobre o tema Vigilância Sanitária. Falar deste tema acaba remetendo ao conceito de saúde que, hoje é abrangente e está sempre em discussão e transformação ao longo dos séculos. Nesse sentido, é de fundamental importância referenciar a educação em saúde no ambiente escolar, sendo necessário considerar as especificidades regionais, sociais, culturais e econômicas do município, bem como os documentos e leis norteadores que embasam as instituições de educação. Considerando o artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, conforme Redação dada pela Lei n° 12.796, de 2013, dispõe sobre a primeira etapa da educação básica tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementado a ação da família e da comunidade. Devendo ser oferecida em creches para crianças de 0-3 anos e em pré-escolas na faixa etária de quatro a cinco anos. Ressaltamos ainda, que além da promoção em saúde o tema sobre prevenção de acidentes vem ganhando destaque significativo na sociedade, como a implantação de leis, como a Lei nº 0075 de 200,1 que tem como escopo a prevenção de acidentes domésticos, especialmente com crianças, que muitas vezes levam a óbito ou causam graves lesões, algumas irreversíveis. Devido o elevado número de acidentes domésticos envolvendo crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria criou, já em 1966, o Comitê de Prevenção de Acidentes na Infância e, em 1990, o problema passou a ser tratado no âmbito legal, com a adesão do Brasil à Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU). A Convenção sobre os Direitos da Criança, da ONU, aprovada pelo Congresso Nacional, mediante o Decreto Legislativo n° 28, de 14 de setembro de 1990, estabelece em seu artigo 24, parágrafo 2, inciso “e”, que o Estado deve

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Page 1: Manual de boas práticas   3 capitulos

Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação - Semecti

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INTRODUÇÃO

As orientações contidas no Manual de Boas Práticas asseguram aos

profissionais envolvidos nas Instituições de Educação Infantil, informações de

forma abrangente sobre o tema Vigilância Sanitária. Falar deste tema acaba

remetendo ao conceito de saúde que, hoje é abrangente e está sempre em

discussão e transformação ao longo dos séculos. Nesse sentido, é de

fundamental importância referenciar a educação em saúde no ambiente escolar,

sendo necessário considerar as especificidades regionais, sociais, culturais e

econômicas do município, bem como os documentos e leis norteadores que

embasam as instituições de educação.

Considerando o artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional n° 9394/96, conforme Redação dada pela Lei n° 12.796, de 2013,

dispõe sobre a primeira etapa da educação básica tendo como finalidade o

desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos

físicos, psicológicos, intelectual e social, complementado a ação da família e da

comunidade. Devendo ser oferecida em creches para crianças de 0-3 anos e em

pré-escolas na faixa etária de quatro a cinco anos.

Ressaltamos ainda, que além da promoção em saúde o tema sobre

prevenção de acidentes vem ganhando destaque significativo na sociedade,

como a implantação de leis, como a Lei nº 0075 de 200,1 que tem como escopo

a prevenção de acidentes domésticos, especialmente com crianças, que muitas

vezes levam a óbito ou causam graves lesões, algumas irreversíveis. Devido o

elevado número de acidentes domésticos envolvendo crianças, a Sociedade

Brasileira de Pediatria criou, já em 1966, o Comitê de Prevenção de Acidentes

na Infância e, em 1990, o problema passou a ser tratado no âmbito legal, com a

adesão do Brasil à Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da

Organização das Nações Unidas (ONU).

A Convenção sobre os Direitos da Criança, da ONU, aprovada pelo

Congresso Nacional, mediante o Decreto Legislativo n° 28, de 14 de setembro

de 1990, estabelece em seu artigo 24, parágrafo 2, inciso “e”, que o Estado deve

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Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação - Semecti

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“assegurar que todos os setores da sociedade, e em especial os pais e as

crianças, conheçam os princípios básicos de saúde e nutrição das crianças, as

vantagens da amamentação, da higiene e do saneamento ambiental e das

medidas de prevenção de acidentes, e tenham acesso à educação pertinente e

recebam apoio para a aplicação desses conhecimentos”.

Portanto, os riscos de infecções, doenças e acidentes na infância é um

problema de saúde pública e, a parceria entre educação e vigilância sanitária

vem a partir deste Manual de Boas Práticas fomentarem ações e estratégias

para a valorização da saúde e de forma a promover a melhoria contínua dos

serviços prestados à comunidade.

Departamento de Coordenadoria Pedagógica

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1. HIGIENE E SAÚDE

Adotar hábitos saudáveis na vida pode diminuir e até eliminar os riscos de

agravos ou o desenvolvimento de doenças. Portanto, é necessário cuidar da

saúde e da higiene pessoal, cuidar da saúde é cuidar do corpo e da mente,

tarefas simples e regradas no cotidiano que trazem muitos benefícios e

melhoram a qualidade de vida, conforme recomendações:

Saúde e Higiene dos Funcionários

Higiene das mãos

As mãos podem transportar microorganismos de uma superfície para

outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, por meio do

contato com objetos e superfícies contaminados. Devem ser higienizadas

regularmente:

Ao chegar à instituição de trabalho;

Antes e depois de ir ao banheiro;

Antes e depois das refeições;

Após tossir, espirrar e/ou assoar o nariz;

Antes de preparar os alimentos;

Antes de alimentar as crianças;

Após cuidar das crianças (troca de fralda, limpeza nasal, etc.);

Ao cuidar de ferimentos;

Após mexer com dinheiro;

Após fumar;

Após atender ao telefone;

Após remover o lixo e outros resíduos e/ou a limpeza de um local;

Após brincar com animais;

Entre outras situações.

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Embora, pareça hábito fácil é necessário adotar algumas técnicas, pois

uma boa lavagem de mãos leva no mínimo cerca de 30 segundos e é

recomendado lavá-las cuidadosamente com água e sabão, esfregando bem a

palma e o dorso das mãos, sem esquecer os espaços entre os dedos e, depois

enxugá-las com papel toalha descartável e deve-se evitar secar as mãos no

uniforme (se houver). Para higienização completa recomenda-se ainda após a

lavagem das mãos o uso de álcool gel (70%).

Fonte: http://www.quali.pt/blog/712-lavagem-maos

Page 5: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Higiene Corporal

Tomar banho diariamente e enxugar-se com toalha limpa;

Manter a saúde bucal, escovando os dentes após as refeições e

sempre que necessário;

Conservar as unhas curtas e limpas;

Lavar a cabeça com frequência e escovar bem os cabelos;

Manter as unhas limpas, bem cortadas e de preferência sem esmalte;

Manter cabelos presos (rabo de cavalo, coque ou trança);

Fazer a barba diariamente e aparar os bigodes;

Fazer uso de perfumes e cremes com odores neutros;

Evitar o uso de adornos (anéis, brincos, pulseiras, alianças, colares e

relógios, mesmo em tamanhos pequenos, pois desperta curiosidade e

consequentemente leva à acidentes);

A vestimenta de uniforme ou avental deve ser limpa, de cores suaves,

que não amasse com facilidade, em bom estado de conservação, sem

rasgos, manchas, partes descosturadas e faltando botões. Fazer a

troca diária;

Usar sapatos limpos, fechados e antiderrapantes;

Os funcionários que eventualmente tiverem ferimentos nas mãos,

devem ser protegidos com curativos, trocando-os com frequência;

Os funcionários com problemas na pele, como dermatites ou feridas

nas mãos com pus ou outras secreções, não devem manipular

alimentos ou cuidar diretamente das crianças até que o processo seja

curado. Recomenda-se que o funcionário não poderá exercer a função

na manipulação de alimentos quando apresentar enfermidades

infecto-contagiosas de pele, do aparelho respiratório, do aparelho

digestivo ou qualquer outra enfermidade que possa ser transmitida por

meio de alimentos;

Os funcionários não podem atuar na instituição quando apresentarem

doenças infectocontagiosas (por exemplo, conjuntivites), devendo

Page 6: Manual de boas práticas   3 capitulos

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permanecer afastados do trabalho durante o período de

transmissibilidade, conforme orientação médica;

Deverá guardar os pertences pessoais em locais apropriados;

Utilizar Equipamentos de proteção (EPIs) adequados de acordo com

atividade a ser desenvolvida como por exemplo, higienização do

ambiente, manipulação de alimentos, troca de fraldas e limpeza de

secreções, entre outras que se façam necessárias;

Assim como as crianças, os funcionários deverão estar com a carteira

de vacinação em dia.

Saúde e Higiene das Crianças

Saúde Bucal

A saúde bucal necessita de atenção especial e este hábito é de

responsabilidade de todos aqueles que cuidam, de forma direta ou indireta, de

crianças. Os cuidados com a saúde e higiene bucal iniciam logo nos primeiros

anos de vida escolar, contribui na prevenção de doenças, estimula hábitos

saudáveis e desenvolve a autonomia da criança. Recomenda-se os seguintes

cuidados:

No período em que a criança permanece na instituição, a escovação

deverá ocorrer após as refeições e quando necessário, sempre

supervisionada por um adulto;

É importante realizar a higiene bucal antes mesmo que a criança tenha

dentes, por volta dos quatro meses de idade, para que comece a se

acostumar com esta prática, da seguinte forma: utilize gaze ou pedaço

de fralda exclusiva para esse fim (para facilitar a identificação,

recomenda-se colocar o nome), embebida em água filtrada, não

reutilizar o material, principalmente em outra criança, limpar todas as

partes da gengiva e da língua;

Page 7: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Quando a criança já tiver os dentes da frente (anteriores), a limpeza

com gaze ou fralda poderá continuar da mesma forma, limpando

também todas as faces dos dentes;

Quando a criança tiver os dentes do fundo (posteriores), inicia-se a

limpeza com escova de dente (de cabeça pequena e cerdas macias) e

pasta de dente sem flúor. Apesar dos benefícios do flúor na prevenção

da cárie dentária, a ingestão diária de pasta de dente com flúor pela

criança em idade precoce, que ainda não consegue controlar a

deglutição, pode causar uma má formação dos dentes permanentes,

chamada de fluorose dentária;

Poderá realizar a escovação dos dentes das crianças pequenas

somente com água limpa, pois a escova removerá e evitará a

formação da placa de bactérias;

A escovação deverá ser feita em todas as faces dos dentes, com

movimentos circulares sempre da gengiva em direção ao dente;

Na fase de mastigação, o movimento mais indicado é o vaivém, além

da escovação da língua para retirar a placa que nela também se

forma;

A partir de 3 anos de idade, no momento da escovação, deverá ser

ofertado para a criança, aproximadamente 30cm de fio dental para ser

utilizado, sempre sob supervisão do adulto;

Para garantir a eficácia da escovação, é necessário que as escovas

sejam individuais e estejam em bom estado de uso;

É necessário que a troca de escovas seja realizada a cada dois ou três

meses ou à medida que as cerdas fiquem divergentes;

As escovas devem estar identificadas, limpas e secas antes de serem

armazenadas;

Utilizar recipiente, preferencialmente individual, com tampa para

proteção de fácil higienização e que permita ventilação; deve estar

sempre limpo, seco e ser trocado periodicamente ou sempre que

apresentar indícios de mofo. Se o recipiente permitir o armazenamento

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de mais de uma escova, estas não devem ter contato umas com as

outras;

Todos os cuidados devem ser transmitidos às famílias para que os

mesmos sejam realizados em casa.

Cuidados no Banho

O adulto deve estimular hábitos na criança para adquirir autonomia e

independência nas atividades básicas de vida diária (ABVD), como por exemplo,

na hora da realização do banho deve:

Ser realizado diariamente e sempre que se fizer necessário;

A criança deve ter a sua própria toalha e seus produtos de higiene

(sabonete, principalmente), contendo identificação nominal, para evitar

a transmissão de doenças;

Recomenda-se que no banho, a criança não passe sabonete

diretamente sobre a pele e partes íntimas, para evitar irritação da pele,

neste caso orienta-se fazer a espuma do sabonete para utilizar no

corpo;

Os cabelos das crianças devem ser lavados regularmente e, para

penteá-los, o ideal é que cada uma tenha o seu próprio pente. Se não

for possível, lave bem o pente antes de passar da cabeça de uma

criança para outra, para evitar a transmissão de Pediculus humanus

(piolhos ou lêndeas);

A roupa suja deverá ser colocada em sacos plásticos e devolvida para

casa.

Cuidados da Troca de Fralda

Na troca de fraldas é necessário o manejo, entre eles o toque físico, no

entanto, não deve ser considerado apenas um cuidado básico, mas sim, um

momento de interação e aprendizado, sendo importante neste processo a

comunicação com a criança de maneira sensível e afetiva.

Page 9: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Na troca, o adulto nunca deixa a criança sozinha para pegar os

materiais necessários, deve-se organizar com antecedência;

O material necessário para a troca deve estar ao alcance das mãos,

mas protegido da criança;

Deve lavar a pele com água e sabão, bem como enxaguar bem e

secar para evitar assaduras;

Colocar a fralda limpa;

Evitar que a criança manipule a fralda suja ou a pele com fezes e/ou

urina;

A criança que utiliza penico ou vaso sanitário, sempre acompanhado

do adulto;

O penico ou o vaso sanitário devem estar limpos;

Limpe a criança com papel higiênico, passando sempre no sentido da

genitália para o ânus, evitando o contato das fezes com a genitália;

As fezes ou urina que conter no penico deve ser eliminado no vaso

sanitário e o penico encaminhado para higienização;

As fraldas deverão ser colocadas em saco plástico fechado,

acondicionado em recipiente para lixo, com tampa acionada por pedal,

exclusivo para este fim;

Após a troca é fundamental que o adulto lave bem as mãos e as da

criança;

Limpe o local onde lavou a criança e o trocador;

Esses cuidados evitam que outras crianças ou a própria pessoa se

contamine, adquirindo, por exemplo, uma parasitose;

O lixo com as fraldas descartáveis deve ser retirado antes que fique

cheio, para evitar o mau cheiro e para que possa ser fechado e

transportado com facilidade e segurança para a área externa de lixo.

Page 10: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Fonte: https://www.sadabandeira.com/libero-baby-comfo-frald-prematuro-x-24.html

Mãos e Unhas

A criança cresce e junto deve ser educada a lavar as mãos com água e

sabão, torna-se um hábito saudável e deve ser realizado com prazer, sob auxilio

ou supervisão do adulto de acordo com a capacidade de cada faixa etária.

Orienta-se que a criança lave as mãos ao chegar na unidade escolar;

Antes das refeições;

Após o uso do banheiro e dos penicos;

Situações em que as mãos possam estar sujas;

As crianças com unhas grandes acumulam sujeiras e facilitam a

contaminação, além de fazer com que elas se arranhem com facilidade,

Page 11: Manual de boas práticas   3 capitulos

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portanto, recomenda-se o corte das unhas orientado, para que as

mães/responsáveis o façam em casa.

2. CONDIÇÕES DE SAÚDE

A criança pode apresentar problemas de saúde ou uma série de doenças

comuns na infância, é fundamental observar e escutar o relato dos pais ou

responsáveis sobre o estado geral da criança, no momento da chegada à

unidade escolar.

Observar a criança quando chega na unidade escolar, se esta ativa ou

não, se há alterações na pele, lesões ou temperatura do corpo

elevada, se há presença de secreções nos olhos ou nariz e outras

extremidades que chamam a atenção. Caso perceba que a criança

encontra-se com a temperatura do corpo elevada acima de 37,5ºC

considera-se febre;

Caso a febre persista ou agrave o quadro, orientar os pais a levá-la ao

médico ou serviço de saúde, podendo ser avaliada as causas e o

tratamento mais adequado por um especialista;

Enquanto aguarda a chegada do responsável, poderá ser dado um

banho morno na criança para minimizar o estado febril e o risco de

situações mais graves, como por exemplo, uma convulsão;

Recomenda-se efetuar os registros das ocorrências e procedimentos

realizados.

Vacinação

A solicitação da carteira de vacinação em dia faz parte dos procedimentos

e deve ser valorizado, com isso contribuímos para a não proliferação e o retorno

de doenças já erradicadas. Vide tabela em anexo.

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33.. CCUUIIDDAADDOOSS NNOO PPRREEPPAARROO DDEE AALLIIMMEENNTTOOSS

Todas as instituições que ofertam alimentos devem obedecer aos

critérios, de acordo com a Portaria CVS 5, de 09 de Abril de 2013 DOE de

19/04/2013 - nº. 73 - que aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para

estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o

roteiro de inspeção. O documento traz recomendações importantes e

necessárias que devemos adotar na preparação de alimentos para evitar

contaminações e doenças como intoxicações, verminoses, diarréias, vômitos,

hepatites, etc. Orienta-se:

Lavar as mãos antes de preparar os alimentos, antes de alimentar as

crianças e antes das refeições;

Manter os alimentos em recipientes com tampas ou cobertos com panos

limpos;

Não consumir alimentos que caírem no chão ou que apresentem sinais de

deteriorização (cheiro, cor, sabor e consistência alterados);

Ao manusear o alimento, não podemos falar, tossir ou espirrar em cima;

Fazer a limpeza cuidadosa dos utensílios da cozinha e do lactário (garfos,

facas, colheres, pratos, panelas, copos, canecas, bandejas, entre outros).

Lembrando que a limpeza das mamadeiras deve ser realizada em

horários diferentes ao de manipulação de alimentos, para evitar a

contaminação cruzada;

Utilizar os utensílios pelas alças de apoio ou cabo, adequadamente,

evitando o contato direto com o alimento;

Os materiais utilizados para preparo de alimentos como vasilhame e

transporte de alimentos deve ser de material inócuo, inatacável e sem

ranhuras ou fragmentações;

Oferecer líquidos regularmente para a criança, de modo a garantir sua

hidratação e para evitar contaminações, cada criança deve ter seu próprio

copo para o consumo de água e outras bebidas;

Page 13: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Os produtos alimentícios deverão ser armazenados adequadamente

sobre estrados laváveis e distanciados da parede;

Para desprezar o lixo, é recomendado que as lixeiras sejam providas de

tampa e acionada por pedal, revestidas de saco plástico resistente;

Os equipamentos de congelamento e/ou refrigeração de alimentos devem

ter número compatível ao volume de alimentos e serem mantidos em

perfeito estado de conservação e funcionamento;

Manter contato com firma especializada em desinsetização e que possua

Alvará de Autorização da Vigilância Sanitária vigente.

44.. HHIIGGIIEENNEE DDOO AAMMBBIIEENNTTEE DDEE TTRRAABBAALLHHOO -- EESSCCOOLLAA

A higienização do ambiente e a

conservação, promovem segurança e

conforto, proporcionando um espaço

agradável de convivência de crianças e

funcionários, além de contribuir com a

boa imagem da instituição.

O profissional que realiza as

atividades necessita desenvolver e

aprimorar as técnicas corretas de

higienização e a frequência da limpeza

que será determinada pela necessidade

do local, garantindo que estejam

periodicamente limpos. No processo de

higienização é recomendado que as mãos sejam higienizadas com água e

sabão; secar com papel-toalha, com maior frequência.

A higiene e a desinfecção de equipamentos e de utensílios é o conjunto

de ações preventivas que impede a disseminação de microorganismos que

causam doenças (vírus, bactérias e fungos), mediante a aplicação de agentes

físicos e químicos, podendo proceder da seguinte forma:

file:///C:/Users/semecti01/Downloads/cartilha_instituicoes_educacao_infantil%20(3).pdf

Page 14: Manual de boas práticas   3 capitulos

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O processo de desinfecção parte sempre da área mais limpa para a

área mais suja; menos contaminada para a área mais contaminada, de

cima para baixo, remove a sujeira sempre num mesmo sentido e

direção;

Os produtos químicos utilizados para desinfecção possuem tipos de

substancias com indicação própria em termos de uso, diluição e

exposição, conforme instruções do fabricante;

Compostos clorados são altamente instáveis, por isso deve–se utilizá-

los imediatamente após o preparo e desprezá-los a cada uso;

Os produtos desinfetantes tem o objetivo de impedir a proliferação de

microorganismos e devem ser registrados no Ministério da Saúde com

as indicações. Verifica-se a partir do rótulo as orientações,

considerando as indicações e especificidades do produto, se possui

ação bactericida (contra bactérias), tuberculicida (contra o bacilo da

tuberculose) e fungicida (contra fungos); a concentração do produto

devendo ser de baixa toxidade oral, característica importante quando

se considera que a criança frequentemente leva objetos à boca;

O procedimento de desinfecção inclui a limpeza dos objetos e

superfícies, emersão e exposição, tempo de ação, enxague e

secagem, conforme recomendações do fabricante;

Considera-se ainda que a limpeza realizada com detergente requer a

sua total retirada para que não haja interferência na ação da solução

clorada ou do álcool 70%;

Desinsetizar e desratizar o ambiente periodicamente por empresas

especializadas que tenham seus produtos registrados no Ministério da

Saúde.

Orientações gerais:

É necessário que haja organização dos materiais que serão usados na

higienização (panos, vassouras, baldes, etc), devem ser mantidos em

bom estado de conservação e guardados em locais próprios,

separados de acordo com o tipo de utilização;

Page 15: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Os produtos de higienização utilizados, como esponja e panos da

cozinha ficam separados e não podem ser utilizados no banheiro;

Os produtos como vassouras, panos, escovas e esponjas ao

apresentarem deformações, devem ser imediatamente substituídos.

Áreas Externas:

A higienização do ambiente deve iniciar com a varrição do local;

Deve-se permanecer livres de focos de insalubridade e proliferação de

lixo, insetos e roedores;

Não armazenar objetos em desuso tais como caixas, garrafas e

sucatas que favorecem o aparecimento de vetores (insetos, roedores,

entre outros);

Os pátios devem ser mantidos com

piso lavável, grama aparada ou

cascalho;

Colocar o lixo no abrigo de lixo,

protegido da chuva e do sol,

separados por tipo de lixo: orgânico

(restos de alimentos), reciclável

(vidro, plástico, papel e metal) e não

reciclável, conforme figura:

Áreas Internas

Deve-se oferecer condições de pisos impermeáveis, antiderrapantes e

de fácil limpeza;

Paredes e tetos de fácil higienização sem infiltrações ou mofos;

Apresentar boa iluminação e ventilação para impedir a umidade;

As crianças devem ter locais para banho de sol e área coberta para o

recreio;

http://www.fmm.com.br/blog/2012/12/06/o-incentivo-a-reciclagem/

Page 16: Manual de boas práticas   3 capitulos

Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação - Semecti

20

As instalações devem estar embutidas e protegidas para evitar o risco

de acidentes;

As janelas devem conter telas milimétricas resistentes à insetos,

instaladas de forma a permitir a fácil retirada para higienização,

principalmente que ofereça segurança as crianças;

O ambiente deve conter um armário para armazenamento de materiais

de limpeza utilizado pela instituição, terminantemente fora do alcance

das crianças;

Os reservatórios de água devem ser higienizados regularmente e

mantidos tampados;

As instalações sanitárias devem obedecer critérios separados para

crianças e adultos. Obrigatoriamente, separados por sexo, contendo

vasos e pias com altura adaptada para a educação infantil;

Os vasos devem conter tampas e descarga em perfeito

funcionamento;

As saídas de ralos devem conter sistema de fechamento;

As pias devem apresentar água corrente e ter fácil acesso a sabão

liquido e papel toalha descartável;

As lavanderias devem conter compartimentos fechados para roupas

sujas e outro para roupas limpas.

55.. LLIIMMPPEEZZAA DDEE EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS EE MMOOBBIILLIIÁÁRRIIOOSS

Equipamentos e

Mobiliários

Frequência Procedimentos

Fogão, Forno,

Fritadeira

Após o uso Retirar e lavar as peças móveis com água e

detergente neutro;

Fazer a raspagem de crostas e retirada com

esponja e detergente neutro.

Page 17: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Bancadas

Após o uso São utilizadas para troca de roupas e fraldas;

Recomenda-se que a altura não prejudique a

coluna de quem irá realizar as trocas;

Deve conter ao lado, lixeiras revestidas de

saco plástico com tampa acionadas por

pedais, bem como pias com água corrente,

sabão líquido e papel-toalha;

Bancadas de manipulação/trocador de

fraldas: a higienização deve ser feita após

cada uso, utilizando água e sabão e finalizar a

desinfecção com solução clorada (conforme

Tabela 1) ou com álcool 70% com papel

toalha em sentido único.

Equipamentos

Após o uso

e sempre

que

necessário.

Conhecer e seguir as regras de operação e

de higienização de cada equipamento;

Desligar o aparelho retirando-o da tomada;

Retirar partes removíveis para higienizar as

mesmas;

Não aplicar produtos de higienização tóxicos

e/ou inflamáveis em equipamentos quentes

(fornos e chapas) evitando a inalação da

fumaça tóxica e riscos de queimaduras;

Higienizar a seco as partes fixas, o fio e a

tomada;

Desinfetar a parte fixa com pano umedecido

em solução desinfetante e deixar secar

naturalmente;

Lavar as peças com água, detergente neutro

e esponja; enxaguar em água corrente e

secar com pano limpo;

Page 18: Manual de boas práticas   3 capitulos

Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação - Semecti

22

Liquidificador, batedeira, moedor de carne e

outros equipamentos: lavar com água,

detergente e esponja. Enxaguar bem e

desinfetar com solução clorada (conforme

Tabela 1, para bancadas, mesas e

equipamentos). A secagem poderá ser natural

ou com toalha de papel;

Coifa: lavar com água e detergente neutro. É

recomendável a utilização de produto

desincrustante para auxiliar a limpeza,

enxague e secagem conforme instruções do

fabricante.

Pisos e ralos

Diária

Deve ser feita a retirada dos resíduos com

água e detergente neutro, aplicar solução

clorada (conforme Tabela 1) com pano úmido

e deixar secar.

Berçário

Diária

O local deve estar sempre higienizado e

organizado, para a chegada e permanência

dos bebês;

Vale ressaltar que pelo fato de serem bebês,

estão mais suscetíveis a risco de infecções e

contaminações no ambiente por falta de

imunidade;

Varrer o berçário com pano úmido, limpar com

água e sabão, enxaguar e secar.

A desinfecção deve ser feita com a borrifação

de solução clorada (conforme Tabela 1),

espalhar com pano úmido limpo e deixar

secar;

Os espaços entre os berços devem permitir

livre circulação e ter espaço mínimo de 50 cm,

Page 19: Manual de boas práticas   3 capitulos

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23

e entre estes e as paredes, no mínimo 50 cm;

O espaço físico deve acomodar no máximo 15

(quinze) crianças da faixa etária estabelecida,

respeitando o espaçamento mínimo entre os

berços, e cada um para uma única criança por

vez.

Banheira

Plástica, Cuba

de Banho e Box

Diária Lavar com água e sabão, utilizar escova

apropriada para esse fim, enxaguar e secar.

Borrifar a solução clorada (conforme Tabela

1), espalhar com o pano úmido limpo e deixar

secar;

Esse processo deve ser repetido entre um

banho e outro;

Também pode ser utilizado álcool 70%.

Cozinha, Lactário

e Refeitório

Diária Deve conter janelas com telas milimétricas

impedindo a passagem de insetos, instaladas

de forma a permitir a fácil retirada para

limpeza;

As pias e lavabos devem possuir sifão,

sabonete líquido inodoro antisséptico ou

sabonete líquido inodoro e produto

antisséptico e toalha de papel;

Devem ser higienizados com água e sabão;

Borrifar a solução clorada (conforme Tabela

1), espalhar com o pano úmido, limpo e deixar

secar.

Cesto de Lixo

Diária Remova o excesso;

Retirar o saco de lixo fechar e acondicionar

em local apropriado; lavar o cesto e a tampa

com água e sabão, esfregando bem com a

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24

esponja de uso exclusivo para este fim.

Enxaguar e secar. Borrifar a solução clorada

(conforme Tabela 1, para bancadas, mesas e

equipamentos) e deixar agir por 2 minutos.

Colocar novo saco plástico e permanecendo

sempre fechado;

Destino do lixo: o acondicionamento do lixo

deverá ser realizado em sacos plásticos

resistentes, em lixeiras de metal; deve ser de

tampa acionada por pedal, longe do alcance

das crianças.

Lavanderia

Diária Remover o saco de lixo e retirar resíduos se

houver;

Lavar com água e sabão utilizando escova ou

bucha de uso exclusivo para esse fim;

Enxaguar;

Utilizar sacos plásticos resistentes e manter

os recipientes de lixo tampados;

Manusear o mínimo possível às roupas sujas;

Todas as roupas sujas deverão ser

transportadas em sacos fechados e íntegros

ou em compartimentos com tampa de uso

exclusivo para este fim;

O profissional deverá usar luvas de borracha

no recolhimento e transporte da roupa suja;

As roupas sujas com dejetos (vômitos, fezes e

urina) devem passar por pré-lavagem com

desinfecção;

Lavar a roupa com água e sabão;

Enxaguar bem;

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25

Deve haver um local exclusivo para secagem

e armazenamento de roupas limpas.

Bebedouros

Diária Devem ser lavados com água e sabão e

desinfetados com solução clorada (conforme

Tabela 1, para bancadas, mesas e

equipamentos) ou álcool 70% ou, ainda,

conforme indicação do fabricante;

A instituição deve seguir e manter registro dos

procedimentos; ex.: guardar nota fiscal das

velas, que não poderão ser lavadas, mas

obrigatoriamente substituídas no prazo

mínimo de 6 meses;

Mesas

Diária e

após o uso

Limpar com água e sabão;

Enxaguar e secar com pano limpo;

Borrifar a solução clorada (conforme Tabela

1), espalhar com pano úmido e deixar secar.

Torneiras Diária e

sempre que

necessário

A limpeza de torneira deve ser realizada com

esponja umedecida e detergente líquido,

enxague e secagem com pano limpo;

Caso permaneça a presença de matéria

orgânica, após a limpeza, aplicar solução

clorada, (conforme Tabela 1, para bancadas,

mesas e equipamentos) na superfície onde

havia presença de matéria orgânica,

utilizando pano seco embebido com o produto

e deixar agir por 10 minutos. Retirar a solução

clorada com água. Caso das superfícies

serem metálicas (torneira, registro, etc.)

utilizar álcool 70%. Embeber pano seco com o

produto e aplicar;

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26

Secagem natural.

Luminárias,

Interruptores e

tomadas

Mensal Verificar se não há fio exposto;

Utilizar protetores de tomada para evitar

riscos de acidentes;

Lavagem com detergente neutro e bucha;

Enxague com pano molhado;

Secagem com pano limpo.

Estoque e

estrados

Quinzenal Fazer a lavagem com detergente neutro e

bucha;

Realizar o enxague;

Secagem natural.

Paredes

(azulejo), portas,

janelas, telas e

prateleiras

Semanal

Realizar higienização do teto, paredes,

janelas, entre outros (a limpeza deve ser feita

com movimentos de cima para baixo),

utilizando vassoura e panos limpos;

Lavagem com agua e detergente neutro;

Aplicar a solução clorada, deixar agir por

quinze minutos e enxaguar;

Secagem natural.

Geladeiras e

Freezer

Semanal Realizar o degelo do equipamento;

Lavagem da parte interna, externa e

prateleiras com detergente neutro e esponja;

Aplicar a solução clorada, deixar agir por

quinze minutos, enxaguar em água corrente

as partes removíveis;

Reorganização dos produtos;

Averiguação e descarte de produtos fora da

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27

data de vencimento.

Limpeza da caixa

d água

Semestral A limpeza e desinfecção das caixas d’água e

reservatórios devem ser realizadas de seis

em seis meses, no mínimo;

Os gestores da instituição têm a

responsabilidade de supervisionar a execução

da rotina de limpeza e desinfecção das

caixas, reservatórios e pontos de coleta de

água, como bebedouros, torneiras e filtros;

Todos os produtos de limpeza e desinfecção

devem possuir registro no Ministério da Saúde

e/ou Autorização da ANVISA (Agência

Nacional de Vigilância Sanitária).

66.. LLIIMMPPEEZZAA DDEE UUTTEENNSSÍÍLLIIOOSS EE AACCEESSSSÓÓRRIIOOSS

Utensílios e

Acessórios

Frequência Procedimentos

Termômetro

Antes e

após o uso

Higienizar antes e após o uso com álcool

70%.

Mamadeira e

Bicos

Após o uso Lavar as mamadeiras e bicos com água e

detergente neutro imediatamente após o uso;

Encaminhar as mamadeiras para o lactário

(ou cozinha);

Para esterilização utilizar um recipiente com

tampa, mergulhar em solução clorada; deixar

agir por 15 minutos; (conforme Tabela I) ou

ferver por 5 minutos alcançando um alto grau

Page 24: Manual de boas práticas   3 capitulos

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28

de desinfecção; será importante um recipiente

exclusivo para os frascos; e um recipiente

para os bicos, as arruelas e os protetores

plásticos;

Escorrer bem;

Guardar em recipiente limpo, desinfetado e

tampado;

Deve–se utilizar a solução clorada (conforme

Tabela 1) e desprezá-las a cada uso;

Enxaguar bem e deixar secar em local limpo e

desinfetado.

Escova de

limpeza das

mamadeiras e

copos

Após o uso Lavar com água e sabão, se necessário com

água quente;

Aplicar solução clorada (conforme Tabela 1,

para mamadeiras e acessórios);

Enxaguar bem e deixar secar naturalmente;

Guardar em local protegido;

Ao apresentar deformações, devem ser

imediatamente substituídos.

Chupetas e

mordedores

Após o uso Lavar com água e sabão;

Enxaguar bem e esperar secar naturalmente;

Guardar em local protegido.

Penicos

Após o uso Lavar com água e sabão após o uso, em lugar

apropriado para este fim;

Enxaguar e secar;

Borrifar a solução clorada (conforme Tabela 1,

sanitários), espalhar com o pano úmido, limpo

e enxaguar com água;

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29

Para finalizar a desinfecção utilizar álcool

70%;

Acondicionar em local limpo, seco, fora do

alcance das crianças.

Escovas de

dentes

Após o uso Devem estar identificadas com o nome das

crianças;

Devem ser lavadas com água e secas antes

de serem armazenadas;

Utilizar recipiente para guardar a escova de

dente preferencialmente individual, com

tampa para proteção de fácil higienização e

que permita ventilação;

A escova de dente e o recipiente devem estar

sempre limpos, secos e serem trocado

periodicamente ou sempre que apresentarem

indícios de mofo ou sujeiras.

Pratos e

Talheres

Após o uso Lavar com água e sabão, se necessário com

água quente;

Proceder à desinfecção (conforme Tabela I,

para mamadeiras e acessórios).

Colchões e

travesseiros

Diária Devem ter revestimento impermeável que

facilite a limpeza e desinfecção;

Limpar toda a superfície com pano limpo e

umedecido com água e sabão;

Retirar o excesso e secar com pano limpo.

Também é recomendado a limpeza com a

fricção de álcool a 70%, após cada turno.

Havendo fluidos corpóreos (fezes, urina ou

vômito), devem ser limpos logo após a

contaminação, retirando o excesso da matéria

Page 26: Manual de boas práticas   3 capitulos

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30

orgânica com papel-toalha, seguido de

limpeza com água e sabão e, finalizar com a

desinfecção;

Os colchonetes para atividades no chão

devem ser limpos com álcool a 70%

diariamente.

Lençóis

Diária O lençol, fronha e toalha deverão ser

destinados um para cada criança e

nomeados;

Deverão ser acondicionados em sacos

plásticos individualmente. Sua utilização por

outra criança só será permitida após a

higienização;

Lavar com água e sabão;

Enxaguar e deixar secar.

Vaso sanitário

Duas vezes

ao dia e

sempre que

se fizer

necessário

Sempre que for ocorrer a limpeza, dar

descarga no vaso sanitário com a tampa

fechada. Usar sabão (detergente) neutro,

bucha ou esponja, embebida em solução

detergente para esfregar a tampa, a parte

externa, o assento do vaso sanitário e

enxaguar com água;

A limpeza interna do vaso também deverá ser

realizada com sabão neutro, esfregando-o

com a escova para vaso sanitário, iniciando

pela borda interna do vaso e terminando na

saída de água; dar descarga no vaso sanitário

continuando a esfregar a parte interna com a

escova até a água ficar limpa; lavar a

alavanca ou botão de descarga com esponja

embebida em solução de detergente e após

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31

enxaguar;

Limpar a alavanca ou botão de descarga.

Após a limpeza aplicar solução clorada

(conforme Tabela I), na superfície onde havia

presença de matéria orgânica, utilizando pano

seco embebido com o produto, e deixar agir

por 10 minutos. A seguir enxague com água;

Após o término das atividades de

higienização, todo o material usado na

limpeza e desinfecção (baldes, panos, etc.) e

EPI passível de reutilização (luvas de

segurança, óculos, etc.) devem ser

higienizados e guardados em local

apropriado.

Cobertores

Quinzenal e

se

necessário

com

frequência

maior

Lavar com água e sabão;

Enxaguar e deixar secar.

Armários

Semanal e

sempre que

necessário

Os armários e mobiliários devem ser de

material que facilite a limpeza;

Devem ser limpos com água e sabão;

Secar com pano limpo.

Brinquedos

Semanal e

sempre que

necessário

Os brinquedos devem possuir selo de

certificação do INMETRO, serem constituídos

de material atóxico, inquebráveis e sem

pontas, respeitando a faixa etária

especificada;

Os brinquedos devem ser de material de fácil

Page 28: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Controle de Vetores

Para evitar o aparecimento de vetores (baratas, formigas, mosquitos,

ratos, etc.) devemos manter o ambiente em condições necessárias à

boa qualidade de vida e promoção à saúde. Portanto, algumas

medidas preventivas impedem o surgimento de insetos e roedores:

Manter lixeiras com saco plástico e tampa em todos os setores,

sempre fechadas;

limpeza e desinfecção;

No final das brincadeiras, os brinquedos

devem ser colocados em local reservado para

brinquedos sujos;

Somente após serem higienizados é que

poderão ser utilizados novamente;

Devem ser lavados com sabão neutro e

escova de uso exclusivo;

Após serem lavados com a escova, devem

ser higienizados com álcool 70% e expostos à

secagem e acondicionados (depois de

estarem bem secos) em caixas plásticas com

tampa;

Os brinquedos que tiveram contato com

mucosas e secreções de alguma criança, não

devem ficar disponíveis para outras

brincarem, devido ao risco de transmissão de

agentes infecciosos. Devem ser higienizados

imediatamente.

Brinquedos de

Plástico e de

Borracha

Semanal e

sempre que

se fizer

necessário

Lavar com água e sabão;

Enxaguar bem e deixar secar.

Page 29: Manual de boas práticas   3 capitulos

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33

Manter vedadas caixas de esgoto e ralos sifonados;

Telar as grelhas de água pluvial;

Recolher o lixo regularmente;

Evitar alimentar-se fora do refeitório;

Dar ao lixo o destino adequado;

Evitar frestas nas paredes e tetos, azulejos soltos e quebrados, que

permitam a entrada de insetos;

Manter a área externa sempre limpa e isenta de acúmulo de lixo,

entulhos e água;

Manter a área de acondicionamento do lixo sempre limpa, com janelas

teladas e manter portas fechadas;

Fiscalizar cuidadosamente todas as mercadorias que entram no

estabelecimento, pois suas embalagens podem trazer insetos e

roedores escondidos;

Proteger alimentos para impedir o acesso de moscas; utilizar sempre

copos descartáveis ou de uso pessoal, tomando cuidado para não

encostá-lo no dispositivo de água.

77.. PPRROOGGRRAAMMAA ““55SS””

Trata-se de um método ou filosofia baseado na administração japonesa e

se refere a inicial de cinco palavras: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Tal

filosofia se tornou um programa que tem sido adotado por diversas empresas

que buscam atingir a consciência e a responsabilidade de todos quanto à

disciplina, segurança e produtividade no ambiente de trabalho. Cada uma das

cinco palavras representam uma etapa do programa de implantação do 5S, ou

então, como também podem ser chamados os cinco “sensos”:

1. SEIRI: se refere a evitar o que for desnecessário, ou o “senso de

utilização”. Ao separar aquilo que é realmente necessário ao trabalho

daquilo que é supérfluo, ou desnecessário, passando-o para outros que

Page 30: Manual de boas práticas   3 capitulos

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34

possam fazer uso dele ou simplesmente descartando, conseguimos

melhorar a arrumação e dar lugar ao novo;

2. SEITON: significa deixar tudo em ordem, ou o “senso de organização”. É

literalmente arrumar tudo, deixar as coisas arrumadas e em seu devido

lugar para que seja possível encontrá-las facilmente sempre que

necessário. Assim, evita-se o desperdício de tempo e energia;

3. SEISO: significa manter limpo, ou o “senso de limpeza”. Agora que você

já tirou tudo que era desnecessário e deixou tudo em ordem, é preciso

manter assim;

4. SEIKETSU: zelar pela saúde e higiene, ou “senso de saúde e higiene”.

Não adianta nada mantermos o local de trabalho limpo se não cuidarmos

de nossa higiene pessoal também;

5. SHITSUKE: disciplina. Este conceito é um pouco mais abrangente do que

o significado ao qual estamos acostumados de seguir as normas. Ele se

refere também ao caráter do indivíduo que deve ser honrado, educado e

manter bons hábitos.

Fonte: http://www.infoescola.com/filosofia/5s-seiton-seiri-seiso-seiketsu-e-shitsuke/

SEIRI

UTILIZAÇÃO

SHITSUKE

DISCIPLINA SEIKETSU

SAÚDE E

HIGIENE

SEISO

LIMPEZA

5S

SEITON

ORGANIZAÇÃO

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88.. PPRREEVVEENNÇÇÃÃOO DDEE AACCIIDDEENNTTEESS

Acreditamos que as instituições de

educação infantil podem implantar o

Programa 5S como proposta anual,

visando uma ação coletiva na busca de

harmonia, produtividade e qualidade de

vida.

Os profissionais que trabalham na

Educação Infantil tem o compromisso de

zelar pelo bem estar e segurança da

criança. O desenvolvimento de ações

educativas é fundamental na redução dos índices de acidentes domésticos, por

isso precisamos identificar situações de riscos na unidade escolar, no entanto,

sabemos que muitos acidentes ocorrem no ambiente doméstico devido à

imaturidade, a falta de noção de perigo e a curiosidade natural da criança.

Para implementação, dessas ações, é necessário o conhecimento da

realidade a respeito da incidência de acidentes domésticos com crianças e

conscientizar-se de que pequenas alterações na organização do ambiente

poderão evitar tais acidentes. É importante buscar estratégias a partir da opinião

dos professores e conhecimentos dos alunos envolvidos sobre os riscos de

acidentes infantis e formas de prevenção. As políticas públicas de saúde e de

educação, privilegiam as escolas que desenvolvem atividades de prevenção e

doenças na promoção da saúde.

O tema é sugestivo e a parceria de profissionais da saúde e da educação

poderá trazer resultados significativos. Recomenda-se manter a calma;

providência dos primeiros socorros e comunicado aos pais e/ou responsáveis.

Considerando o elevado número de acidentes domésticos envolvendo crianças,

levou a Sociedade Brasileira de Pediatria a criar, já em 1966, o Comitê de

Prevenção de Acidentes na Infância e, em 1990, o problema passou a ser

tratado no âmbito legal, com a adesão do Brasil à Convenção Internacional

sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU).

http://blogpediatriaparatodos.blogspot.com.br/2011/11

Page 32: Manual de boas práticas   3 capitulos

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36

Fique atento aos acidentes mais comuns

Asfixia (por meio de travesseiro ou com saco plástico);

Estrangulamento (através de cordões de pescoço ou laços);

Queda (do berço, cama, escada, pias, laje, etc.);

Ingestão de objetos estranhos (moeda, terra, pedra, insetos, sementes

e brinquedos – atenção aos brinquedos pequenos);

Envenenamento (por medicamentos deixados ao seu alcance,

produtos de higiene e limpeza, inseticidas, tintas e plantas);

Queimaduras (por água, leite, óleo fervendo, substâncias cáusticas,

eletricidade ou superfície quente);

Choques elétricos (por mexer nas tomadas, fios);

Afogamento (na piscina ou em tanques);

Atropelamento na rua;

E outras contusões, fraturas e ferimentos.

Orientações para Prevenção de Acidentes

O Código Nacional de Trânsito menciona a importância de seguir as

normas (respeitar a faixa de pedestre, uso obrigatório do cinto de

segurança, uso de assento apropriado para crianças menores em

automóveis e transporte de crianças sempre no banco traseiro);

Os motoristas devem dobrar sua atenção nos locais onde passam

crianças e adolescentes, como portas de CEIs, escolas, clubes,

condomínios e áreas de lazer;

Ao transportar crianças em bicicletas, usar sempre o assento especial;

Informar e estimular o uso de equipamentos de segurança em práticas

esportivas: skate, patins, bicicletas, etc.;

Proteger as janelas, nas Unidades de Ensino Infantil com telas e

grades. As piscinas devem ser protegidas com redes apropriadas ou

cercadas;

Page 33: Manual de boas práticas   3 capitulos

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37

Proteger as crianças menores do risco de ferimentos com objetos e

tomar cuidado com as escadas e lajes, que devem ter acesso restrito;

As tomadas devem ser sempre protegidas, e a fiação elétrica não

pode ficar exposta em locais onde circulam crianças;

Remédios, produtos de limpeza e material inflamável devem ficar

longe do alcance das crianças e nunca devem ser guardados em

recipientes de refrigerantes ou similares;

Afastar crianças de água ou alimentos muito quentes, e de qualquer

situação onde exista o risco de fogo e chama.

Cuidados Importantes

A área de recreação externa deve estar isolada de espaços em que há

circulação de veículos ou de pedestres estranhos ao serviço;

O piso das áreas em que há circulação de crianças deve ser de

material de fácil higienização, resistente, antiderrapante e em bom

estado de conservação;

As janelas, sacadas, portas e escadas de locais que ofereçam risco às

crianças devem apresentar telas ou grades resistentes para proteção;

As escadas devem apresentar corrimão instalado, peitoris ou guarda

corpos, e faixas antiderrapantes nas extremidades inferiores e

superiores das escadas;

As portas dos banheiros infantis não devem apresentar fechaduras;

Nos casos em que há porta nas celas, esta deve permitir um vão livre

de 15 cm na parte inferior e 30 cm na parte superior;

Os mobiliários, instalações e equipamentos não podem apresentar

protuberâncias perigosas, cantos agudos, componentes danificados e

soltos, e outras falhas capazes de, eventualmente, causar ferimentos

em uma criança;

Os brinquedos e materiais pedagógicos devem apresentar forma e

tamanho adequados à faixa etária das crianças atendidas, exibir bom

Page 34: Manual de boas práticas   3 capitulos

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38

estado de conservação e higienização adequada e certificação de

acordo com os requisitos de segurança e selo do INMETRO;

Os brinquedos devem ser submetidos à inspeção visual diária a fim de

detectar possíveis falhas ou alterações;

Os procedimentos de limpeza de caixa d'água e de desinfestação

realizados para o controle de pragas (insetos e roedores) não poderão

ser realizados fora dos períodos de férias e recessos escolares;

Caso a instituição possua animais, deve-se assegurar as condições

sanitárias adequadas, visando o bem-estar animal e a proteção da

saúde humana.

Orientações em Casos de Acidentes

Providenciar os primeiros socorros e encaminhar ao atendimento

médico ou chamar o serviço de emergência.

Contusões e Pancadas

Utilizar gelo no local, envolvido em um pano;

Caso a pancada foi na cabeça, observar se a criança tem vômito e se

está sonolenta, confusa e/ou desorientada. Neste caso, levar

imediatamente ao serviço de saúde.

Fratura e Quedas

Não remover a vítima, primeiramente identificar se a criança mexe

parcialmente ou não consegue mexer a perna ou o braço afetado;

Chamar o serviço de emergência para transportar a criança para o

serviço de saúde com cuidado;

Caso suspeite de fratura na coluna, não mexa na criança, mantenha-a

deitada no local da queda e chame o serviço de emergência. A

mudança de posição em uma criança com fratura de coluna pode

causar problemas graves e com sequelas irreversíveis.

Page 35: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Ferimentos e Cortes

Fazer limpeza no local com água e sabão, em casos de ferimentos

leves, retirando a sujeira;

Secar o ferimento com gaze ou um pano limpo;

Não abafar o ferimento;

Em caso de acidentes com pregos ou superfícies enferrujadas,

verifique se a criança está com a vacinação antitetânica em dia. Se

não estiver, precisará ser vacinada;

Nos ferimentos profundos, comprima o local do sangramento com

gaze ou um pano limpo e leve ao serviço de saúde mais próximo;

Orienta-se que os cuidados com o sangue devem ser feitos com luvas.

Caso não tenha, procure colocar sacos plásticos na mão que entrará

em contato direto.

Hemorragia (sangramento)

Em casos de pancadas, atividades físicas ou exposição ao sol, utilizar

compressas de gaze ou pano limpo, pressionando o local;

Hemorragia nasal: acalme a criança, coloque-a sentada, pressione o

nariz, por três a cinco minutos, até que pare de sangrar. Deve-se

colocar uma compressa de gelo envolto em um pano limpo acima do

nariz, para parar o sangramento nasal. Se o sangramento continuar,

leve ao serviço de saúde.

Queimadura

Em casos de exposição a água, leite, óleo fervendo, superfícies

quentes, eletricidade ou substâncias cáusticas colocar água gelada no

local queimado;

Não passar nada como: óleo, manteiga, pó de café, pasta de dente e

outros;

Não furar as bolhas;

Page 36: Manual de boas práticas   3 capitulos

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Oferecer líquidos para a criança beber;

Mantenha-a calma e transmita tranquilidade a criança;

Providencie os primeiros socorros;

Comunique aos pais/responsáveis imediatamente.

Em casos de corpo estranho é recomendado encaminhar para saúde

Objetos pequenos (terra, pedra, insetos, sementes ou brinquedos) que

venham afetar:

Olhos: não esfregar, pode piorar o quadro, lavar com soro fisiológico

ou água bem limpa, fazer movimentos circulares com uma gaze ou

pano limpo para retirar o corpo estranho, encaminhar a criança ao

oftalmologista;

Nariz: tentar retirar o corpo estranho e levar a criança ao serviço de

saúde para verificar se não há mais nada no nariz;

Ouvido: levar a criança imediatamente ao serviço de saúde. Não usar

cotonetes;

Garganta: se a criança estiver engasgada, vire-a de cabeça para baixo

e bata nas costas. Caso a criança tenha menos de dois anos, pode-se

provocar o vômito colocando-se o dedo indicador em sua garganta.

Encaminhar a criança ao serviço de saúde.

Obstrução das vias aéreas

Crianças menores de um ano deve segurá-la, apoiada em um dos

braços, sobre a perna. Mantem as vias aéreas livres;

Apoiada, dê cinco percussões com a mão nas costas (entre as

escápulas). Após, vire a criança de barriga para cima e dê cinco

compressões no tórax. Repita estas manobras até que a criança

consiga expelir o corpo estranho, conforme figura;

Caso consiga visualizar o corpo estranho na boca da criança, retire-o

com cuidado. Não coloque o dedo na boca às cegas, pois pode

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empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas das vias aéreas e

piorar o quadro de obstrução.

Em caso de maiores de um ano, realizar a manobra de Heimlich.

Posicione-se por trás da criança e aplique pressão abaixo das

costelas, com sentido para cima, até que o corpo estranho seja

deslocado das vias aéreas para a boca e expelido. Não comprima as

costelas, conforme figura.

http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1053798/DLFE-203708.pdf/ManualdeOrientacoesSMEfinaleducacaoinfantil.pdf

Envenenamento

Na presença de produtos tóxicos como medicamentos, inseticidas,

produtos de higiene, cosméticos, solventes, tintas, gás de cozinha,

desinfetantes, plantas (copo de leite, antúrio, mandioca brava) em

contato direto com a pele e olhos lave imediatamente com água

corrente e procure orientação médica;

Page 38: Manual de boas práticas   3 capitulos

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42

Não provoque o vômito se o produto ingerido for soda cáustica,

inseticida, detergente, querosene, ácido ou produto corrosivo, pois

pode causar queimaduras;

Caso a criança tenha ingerido alguma planta tóxica: enxágue a boca

da criança, faça-a ingerir água, leite ou clara de ovo;

Ao se dirigir a uma unidade de atendimento de saúde, não esquecer

de levar a embalagem do produto ou planta que causou a intoxicação.

Convulsão

Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular

involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo

da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais.

Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão, mas

entre as causas prováveis, podemos destacar: 1) febre alta em crianças com

menos de cinco anos; 2) doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores

cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia, etc; 3) traumas cranianos; 4) abstinência

após uso prolongado de álcool e de outras drogas, ou efeito colateral de alguns

medicamentos; 5) distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes,

insuficiência renal, etc; 6) falta de oxigenação no cérebro.

Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região do

cérebro envolvida e da função que ela desempenha no organismo. A pessoa

pode manifestar movimentos automáticos, como piscar de olhos e tremor dos

lábios, às vezes, ele nem sequer se dá conta do que aconteceu e pode ocorrer a

perda súbita da consciência.

É importante observar as seguintes características das convulsões;

a) durante a crise: duração (marcar o tempo no relógio); se braços e

pernas se contraem de um lado só ou dos dois lados; se olhos e boca ficam

fechados ou abertos; se a cor da face se torna azulada. Se a pessoa responde

aos chamados ou permanece inconsciente.

b) depois das contrações musculares terem terminado: se a pessoa

recupera a consciência ou permanece sonolenta; se fala e responde a

Page 39: Manual de boas práticas   3 capitulos

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perguntas; se lembra o que aconteceu; se a movimentação volta ao normal; se a

dificuldade de movimentação se concentra de um lado só do corpo.

Recomendações diante de um quadro de convulsão

Deite a pessoa de lado para que não engasgue com a própria saliva

ou vômito;

Remova todos os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-la;

Afrouxe-lhe as roupas;

Proteger a cabeça da criança com a mão, roupa ou travesseiro;

Erga o queixo para facilitar a passagem do ar;

Não introduza nenhum objeto na boca nem tente puxar a língua para

fora;

Não ofereça nada pela boca (líquidos, remédios) no momento da crise;

Entre em contato com um serviço de emergência.

Observação importante

Recomenda-se avaliação médica para esclarecer as causas da convulsão

e eleger o tratamento adequado. Existem vários medicamentos que devem ser

indicados de acordo com o tipo de convulsão para evitar a recorrência e

assegurar o controle das crises.

Convulsão não é sinônimo de epilepsia. Epilepsia é uma doença

específica, que predispõe a pessoa a convulsões, mesmo na ausência de

problemas como febre alta, pancadas na cabeça, derrames ou tumores

cerebrais.

A caixa para primeiros socorros deve conter

Soro fisiológico;

Sabão neutro;

Gaze esterilizada ou pano limpo;

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Atadura;

Esparadrapo;

Curativos transparentes;

Termômetro Digital;

Tesoura sem ponta.

Para a assistência, frente aos acidentes, é importante que haja lista de

endereços e telefones de centros de saúde; hospitais e pronto-socorros infantis;

ambulância; corpo de bombeiro e da família e/ou responsáveis.

Page 41: Manual de boas práticas   3 capitulos

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file:///C:/Users/semecti01/Downloads/cartilha_instituicoes_educacao_infantil%20(

3).pdf

http://blogpediatriaparatodos.blogspot.com.br/2011/11/

http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1053798/DLFE-

203708.pdf/ManualdeOrientacoesSMEfinaleducacaoinfantil.pdf

Page 45: Manual de boas práticas   3 capitulos

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ANEXOS

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TABELA 1

PREPARO DE SOLUÇÃO CLORADA

http://novo.guarulhos.sp.gov.br/images/stories/educ/Docs/manual-boas-praticas-subsite.pdf

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TABELA 2

http://novo.guarulhos.sp.gov.br/images/stories/educ/Docs/manual-boas-praticas-subsite.pdf

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TABELA 3

CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO

http://mamaepratica.com.br/2013/08/18/vacinar-para-proteger/

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DOCUMENTO

NORMATIVA DA EQUIPE TÉCNICA DA DDTR/CVS/CCD/SES-SP

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FOLDER

ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/LEPTO09_GUIA_MANEJO.pdf