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C - 502 CAPÍTULO VI – INSTITUIÇÕES OFICIAIS DE FOMENTO 1. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS COM RECURSOS ORIUNDOS DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL – LRF Em 2006, o BNDES desembolsou R$ 52,2 bilhões, 11% superior ao valor desembolsado em 2005. Do ponto de vista dos campos de apoio por meio dos quais o BNDES atua, destacaram-se, em 2006, os desempenhos dos investimentos em Insumos Básicos com R$ 5,9 bilhões (crescimento de 103% em relação a 2005). DESEMBOLSO POR CAMPOS DE APOIO DO BNDES – 2005/2006 EM R$ MILHÕES Discriminação Realizado 2005 Realizado 2006 Insumos Básicos Ampliação da Capacidade de Oferta de Bens e Serviços Energia Telecomunicações Transporte e Logística Desenvolvimento Urbano Inclusão Social Financiamento a Máquinas e Equipamentos Pequenos Projetos de Investimento Financiamento à Exportação Aplicações em Fundos de Investimento e aquisições de ações no Mercado Secundário 2.910 4.029 6.679 1.617 1.297 614 99 11.985 3.726 13.995 134 5.915 3.907 5.855 2.410 906 993 412 12.887 3.815 13.852 1.328 Total do Sistema 47.085 52.280 Fonte: BNDES/Área Financeira Os desembolsos relativos a financiamentos à exportação de bens e serviços totalizaram, em 2006, R$ 13,8 bilhões, o que representa uma queda de 1% em relação ao ano anterior, influenciados principalmente pela manutenção ao longo do ano da taxa de câmbio relativamente apreciada. Quanto ao apoio às micro, pequenas e médias empresas, o desembolso total para o ano de 2006 foi de R$ 11,1 bilhões, contemplando aproximadamente 110 mil operações. Observe-se, ainda, o desempenho do produto Cartão BNDES, que obteve um crescimento do número de operações de 5.790 para 17.655 entre 2005 e 2006. No que se refere à redução das desigualdades regionais, destaca-se a aprovação, pela Diretoria do BNDES, do Programa de Dinamização Regional – PDR, que entrou em vigor em 07/03/2006, tendo como finalidade promover o desenvolvimento das regiões, reduzindo as desigualdades regionais e sociais. Financiamento a Indústrias de Bens de Capital e de Componentes Os desembolsos realizados pelo BNDES, em 2006, perfizeram o montante de R$ 1.161,9 milhões. O setor automotivo, no qual se destacaram os investimentos realizados pelas montadoras e pelas empresas de autopeças, participou com 67% do total da colaboração financeira prestada Financiamento a Indústrias de Bens de Consumo e Serviços O ano de 2006 apresentou um incremento de 11% dos desembolsos realizados, em relação a 2005, perfazendo um montante de R$ 2.745,3 milhões. Destaque para os setores agropecuário e agroindustrial, que responderam por 58% do total da colaboração financeira prestada.

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CAPÍTULO VI – INSTITUIÇÕES OFICIAIS DE FOMENTO

1. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS COM RECURSOS ORIUNDOS DOSORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL – LRF

Em 2006, o BNDES desembolsou R$ 52,2 bilhões, 11% superior ao valor desembolsado em 2005.Do ponto de vista dos campos de apoio por meio dos quais o BNDES atua, destacaram-se, em 2006, osdesempenhos dos investimentos em Insumos Básicos com R$ 5,9 bilhões (crescimento de 103% em relação a 2005).

DESEMBOLSO POR CAMPOS DE APOIO DO BNDES – 2005/2006EM R$ MILHÕES

DiscriminaçãoRealizado

2005Realizado 2006

Insumos BásicosAmpliação da Capacidade de Oferta de Bens e ServiçosEnergiaTelecomunicaçõesTransporte e LogísticaDesenvolvimento UrbanoInclusão SocialFinanciamento a Máquinas e EquipamentosPequenos Projetos de InvestimentoFinanciamento à Exportação

Aplicações em Fundos de Investimento e aquisições de ações no MercadoSecundário

2.9104.0296.6791.6171.29761499

11.9853.72613.995

134

5.9153.9075.8552.410906993412

12.8873.81513.8521.328

Total do Sistema 47.085 52.280Fonte: BNDES/Área Financeira

Os desembolsos relativos a financiamentos à exportação de bens e serviços totalizaram, em 2006,R$ 13,8 bilhões, o que representa uma queda de 1% em relação ao ano anterior, influenciados principalmente pelamanutenção ao longo do ano da taxa de câmbio relativamente apreciada.

Quanto ao apoio às micro, pequenas e médias empresas, o desembolso total para o ano de 2006 foide R$ 11,1 bilhões, contemplando aproximadamente 110 mil operações. Observe-se, ainda, o desempenho doproduto Cartão BNDES, que obteve um crescimento do número de operações de 5.790 para 17.655 entre 2005 e2006.

No que se refere à redução das desigualdades regionais, destaca-se a aprovação, pela Diretoria doBNDES, do Programa de Dinamização Regional – PDR, que entrou em vigor em 07/03/2006, tendo como finalidadepromover o desenvolvimento das regiões, reduzindo as desigualdades regionais e sociais.

Financiamento a Indústrias de Bens de Capital e de Componentes

Os desembolsos realizados pelo BNDES, em 2006, perfizeram o montante de R$ 1.161,9 milhões.O setor automotivo, no qual se destacaram os investimentos realizados pelas montadoras e pelas empresas deautopeças, participou com 67% do total da colaboração financeira prestada

Financiamento a Indústrias de Bens de Consumo e Serviços

O ano de 2006 apresentou um incremento de 11% dos desembolsos realizados, em relação a 2005,perfazendo um montante de R$ 2.745,3 milhões. Destaque para os setores agropecuário e agroindustrial, queresponderam por 58% do total da colaboração financeira prestada.

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Financiamento a Indústrias de Insumos Básicos

Ao longo de 2006, o BNDES apresentou um papel relevante no financiamento às indústrias deinsumos básicos. Os desembolsos realizados pelo Banco em 2006 atingiram R$ 5,9 bilhões, 103% superior ao valorde R$ 2,9 bilhões, observado em 2005. Do ponto de vista setorial, todos os setores de insumos básicos apresentaramcrescimento em relação ao resultado de 2005.

DESEMBOLSO PARA O SETOR DE INSUMOS BÁSICOS – 2005/2006EM R$ MILHÕES

DESEMBOLSOS (R$ MILHÕES)SETORES

2006 2005 VariaçãoIndústria de Base (Siderurgia, Metalurgia, Mineração e Cimento) 2.743 877 213%Química e Petroquímica 849 756 12%Papel e Celulose 2.322 1.278 82%

TOTAL INSUMOS BÁSICOS 5.914 2.911 103%Fonte: BNDES/Área Financeira

O desempenho do BNDES no apoio aos planos de investimentos dos setores siderúrgico,metalúrgico, de mineração, de fabricação de cimentos, químico e petroquímico, e de papel e celulose é reflexo dosciclos favoráveis de investimento e de crescimento desses setores no Brasil. As perspectivas para 2007 em relaçãoaos investimentos das empresas desse campo são bastante positivas.

Financiamento à Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos e Colheitadeiras daCafeicultura

Em 2006, o valor desembolsado foi R$ 1.315,6 milhões. O Programa foi alterado para permitir ofinanciamento de tratores e colheitadeiras usados com idade máxima de 8 e 10 anos. Os juros caíram de 9,75% a.a.para 8,75% a.a. Para os produtores com renda bruta anual acima de R$ 250 mil, os juros caíram de 12,75% a.a. para10,75% a.a. (antes, era 12,75% a.a.. para renda acima de R$ 150,0 mil).

Financiamento à Modernização do Parque Industrial Nacional

Em 2006, teve o seu alcance ampliado, com a permissão para a aquisição de máquinas eequipamentos pelo setor de saúde. Suas condições financeiras também foram alteradas com as taxas de juros sereduzindo de 13,95% a.a. para 12% a.a. e criando-se a opção de custos pela TJLP + 0,5%, com a remuneração dosAgentes Financeiros limitada até 3,5%. Em 2006, o valor desembolsado no programa alcançou R$ 1.907,6 milhões.

Caminhões / Procaminhoneiro - Financiamento à Modernização da Frota de Caminhões

Em 2006, o valor desembolsado por meios do BNDES Caminhões foi R$ 1.622,9 milhões. NoProcaminhoneiro, de julho a dezembro, foram desembolsados R$ 25,3 milhões.

Financiamento de Longo Prazo às Exportações

Os desembolsos nas linhas de apoio à exportação do BNDES alcançaram US$ 6,4 bilhões no anode 2006, valor recorde histórico e, em dólares, 9% superior ao do ano passado, recorde anterior.

Os desembolsos para financiamentos à exportação para países na América do Sul somaram US$220 milhões no ano de 2006. Ao longo do ano, o BNDES marcou sua atuação no apoio à Integração da América doSul por meio da estruturação de financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros destinados a projetoscomo construção de usinas hidroelétricas, metrôs, gasodutos, linhas de transmissão, além de exportação de aviões,helicópteros e bens de capital, consolidando a participação brasileira em diversos empreendimentos de infra-estrutura no continente.

Os desembolsos para as micro e pequenas empresas atingiram R$ 4 bilhões, tendo se elevado 0,2%em relação ao período precedente. Os desembolsos para as médias empresas alcançaram R$ 4,08 bilhões, com umcrescimento de 8,5% em relação ao ano anterior.

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IMPACTO FISCAL

A Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal -LRF, contempla exigências específicas para as agências financeiras oficiais de fomento, incluindo expressamente oBNDES, no tocante às prestações de contas de cada exercício financeiro. O parágrafo único do art. 49 da LRFprevê:

“A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeirasoficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando osempréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridadesocial e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades noexercício”

Com o intuito de permitir a comparação dos dados deste relatório com aquele emitido em 2006,referente ao impacto fiscal das atividades do BNDES em 2005, foram mantidos os mesmos preceitos e a mesmaestrutura de apresentação utilizada naquela oportunidade, sintetizados a seguir:

• Os valores especificados correspondentes às atividades do Sistema BNDES no exercício de 2006 foramextraídos da contabilidade do Banco;

• Conforme procedimento observado nas diferentes metodologias para mensuração das contas públicas, adotadopelo país e recomendado por organismos internacionais, como a ONU, o FMI e a OCDE, as agências oficiais defomento são tratadas de forma análoga a instituições do setor privado. Assim, a avaliação identificou todas astransações consideradas de natureza fiscal realizadas em 2006 entre o BNDES e o setor público não-financeirobrasileiro, incluindo receitas, despesas ou posições patrimoniais, não apenas em relação ao Tesouro Nacional,como também:

- todos os demais entes da administração federal autárquica, fundacional, fundos e mesmoempresas estatais não-financeiras; e

- o mesmo universo institucional das administrações públicas dos Estados, Distrito Federal eMunicípios.

• Foram consideradas as transações tipicamente fiscais, que afetam diretamente o resultado da administraçãopública, especialmente as que envolvem fluxos registrados nos orçamentos. Assim, foram identificadas astransações do BNDES que: a) geram receitas para o setor público, como o recolhimento de tributos, juros,lucros e dividendos e mesmo a concessão de empréstimos e financiamentos a governos; e b) compreendam arealização de despesas pelas administrações públicas, como a concessão de empréstimos do Tesouro aoBNDES, as subscrições para aumento de seu capital e o próprio serviço da dívida assumida anteriormente porentes estatais junto ao Banco.

Pela ótica da apuração da dívida líquida do setor público e mensuração do resultado de um períodoa partir da variação desse saldo devedor (apuração “abaixo da linha”), identificou-se as posições patrimoniais e suasalterações anuais, ou seja: a) no ativo, o valor dos créditos do BNDES junto às entidades das administraçõespúblicas federal, estadual e municipal (como os saldos decorrentes de financiamentos concedidos ou da aquisição dedebêntures e outros títulos); e, b) no passivo, o montante da dívida do BNDES junto às mesmas entidades (porexemplo, relativa a recursos captados pelo Banco junto a fundos federais).

As aplicações das disponibilidades de caixa do Sistema BNDES em títulos públicos federais nãosão tratadas como tendo impacto fiscal direto, pois são operações eminentemente financeiras de preservação daliquidez da instituição a curto prazo.

Reiteramos o registro constante nas avaliações relativas a anos anteriores de que outras atividadesdo BNDES que não envolvem transações financeiras diretas com as administrações têm um impacto fiscal indireto,como nos casos de uma eventual atuação do Banco como agente executor de política nacional de desestatização, noapoio à implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal, na administração de fundos federais e mesmo na realizaçãode operações no mercado de capitais, atividades que, em última instância, contribuem para a melhoria das contaspúblicas.

Seguindo aqueles preceitos, foram extraídos da contabilidade do BNDES dados que implicamimpacto objetivo e direto sobre os resultados das administrações públicas brasileiras.

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O levantamento compreende as maiores transações. Não estão incluídas determinadas operaçõesde pequeno valor, como por exemplo, no caso dos tributos, o pagamento dos impostos sobre propriedades, das taxaspela prestação de serviços (coleta de lixo, incêndio, etc.), ou de impostos sobre eventuais transmissões imobiliárias.São apresentados em primeiro lugar os montantes dos fluxos (transações “acima da linha”), e, depois, comentadas asvariações dos estoques patrimoniais (apuração “abaixo da linha”).

Considerando as receitas arrecadadas pelas administrações públicas, o Tesouro Nacional recebeu,naturalmente, os maiores pagamentos realizados pelo Sistema BNDES no exercício de 2006, sendo cerca de R$1.925 milhões em receitas tributárias, considerados os recolhimentos de seu imposto de renda (IRPJ) e dascontribuições sobre receitas (Cofins e Pasep) e lucro (CSLL) E CPMF. A título de dividendos e juros sobre o capitalpróprio, ingressaram nos cofres do Tesouro cerca de R$ 3.041 milhões. Assim, nestas duas categorias, o BNDESrespondeu pelo aporte de R$ 4.966 milhões no caixa do Tesouro Nacional em 2006. Houve aumento em relação aoano de 2005, de aproximadamente 46 % (R$ 3.407 milhões em 2005), sendo inclusive superior ao valor de 2004 (R$1.793 milhões).

Ainda quanto aos recolhimentos tributários, o Sistema BNDES aportou ao INSS cerca de R$ 86milhões como contribuições dos empregadores sobre a folha salarial. Não foram consideradas as contribuiçõesprevidenciárias descontadas dos funcionários, assim como o IR também retido na fonte da folha salarial. Em favordo nível municipal de governo, o recolhimento foi de R$ 2.200 mil referente ao imposto sobre serviços (ISS).

No cômputo global, o BNDES respondeu diretamente pelo pagamento de mais de R$ 5.053milhões às administrações públicas diretas brasileiras, como receitas tributárias e patrimoniais.

As transações financeiras do BNDES envolvendo fundos federais, cujos fluxos são computadoscomo “abaixo da linha” nas apurações dos resultados fiscais, continuam sendo muito expressivas.

Com relação ao FAT, a movimentação financeira no exercício de 2006 envolveu, por um lado, opagamento pelo BNDES ao FAT de um montante de R$ 7.078 milhões, e, por outro, o recebimento de cerca de R$13.744 milhões.

Conforme já salientado nas avaliações relativas aos exercícios de 2004 e 2005, os recursosaportados pelo FAT ao BNDES representam a concessão de créditos e são escriturados como inversões financeiras.Não constituem, portanto, uma despesa fiscal tradicional, a fundo perdido. Isso significa que todo e qualquer recursorepassado pelo FAT ao Banco constitui um crédito do governo federal e, como tal, esse aporte tem um impactosuperavitário sobre as contas públicas. Como parcela substancial desses recursos não é aplicada pelo BNDES emempréstimos ou financiamentos a outros governos ou entes do setor público, o crédito do FAT, por seu volumeexpressivo, tem um impacto direto e positivo em termos de geração de superávit para todo o setor público brasileiro.

Quanto aos outros fundos federais administrados pelo BNDES: o Fundo Nacional deDesenvolvimento – FND aportou ao BNDES um montante de R$ 1.234 milhões, contra pagamentos realizados pelobanco de R$ 1.181 milhões; o Fundo da Marinha Mercante – FMM transferiu R$ 646 milhões para o BNDES e delerecebeu cerca de R$ 56 milhões; e o Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade – FGPC aportou cercade R$ 20 milhões, contra R$ 91 milhões recebidos do banco; o Fundo de Garantia à Exportação – FGE direcionouR$ 8 milhões para o BNDES e o Fundo de Terras e Reforma Agrária – Banco da Terra aportou R$ 206 milhões noBNDES, perante pagamentos da ordem de R$ 237 milhões.

Considerando-se todos os créditos do FAT, FND e FMM contra o BNDES como redutores dadívida líquida federal e do consolidado do setor público, conclui-se que o montante de recursos que emprestaram aoBNDES em 2006, na casa de R$ 15.623 milhões, significando contribuição para a redução da dívida pública líquidae para a geração de superávits nas contas estatais. No que tange ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE), Fundode Terras e Reforma Agrária (Banco da Terra) e Fundo Garantia para Promoção da Competitividade (FGPC)cumpre observar que cabe ao BNDES apenas a sua administração.

Quanto ao PIS-Pasep, um fundo de natureza social, pertencente à coletividade dos trabalhadoresbrasileiros, embora seu capital não pertença à União (e, como tal, não integra o orçamento federal), cumpre registrarque, no exercício de 2006, os pagamentos do BNDES para o referido fundo foram de cerca de R$ 1.217 milhões,aproximadamente 17 % dos pagamentos efetuados ao FAT.

Em termos de balanço de ações sociais, os pagamentos efetuados pelo BNDES ao FAT e aoPIS/Pasep, somando mais de R$ 8.295 milhões, constituíram importante fonte para o financiamento das ações

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daqueles fundos, na concessão de benefícios diretos aos trabalhadores, na forma de seguro-desemprego, abonosalarial e saque de cotas, e através dos programas de treinamento de mão-de-obra.

Finalmente, com respeito aos empréstimos e financiamentos concedidos pelo BNDES ao setorpúblico não-financeiro, no exercício de 2006 o BNDES liberou um montante de R$ 780 milhões em favor dasadministrações públicas e recebeu como amortizações de seus créditos R$ 2.248 milhões. Em termos de estoque,houve um recuo na dívida da administração pública junto ao BNDES de um saldo devedor contábil de cerca de R$11.891 milhões em 31/12/2005 para R$ 9.640 milhões ao final de 2006.

Conclui-se com a avaliação de que as atividades do BNDES no exercício financeiro de 2006tiveram um impacto fiscal significativamente favorável. Diretamente, o efeito líquido de suas transações fiscais éamplamente superavitário, como conseqüência da geração de receitas públicas e da absorção de créditos quereduzem a dívida federal, superando significativamente o fato de ter havido ampliação dos empréstimos efinanciamentos do banco para o setor público. Constata-se que os recursos aportados pelo FAT ao BNDES, na casade R$ 13.744 milhões, durante o exercício de 2006 tiveram um efeito direto de redução da dívida bruta do TesouroNacional e, por conseguinte, geração de superávit no mesmo montante. Se forem computados também os créditosdos outros fundos e o recolhimento dos tributos e dos juros e dividendos ao Tesouro, e descontada a elevação dadívida do setor público não-financeiro, o efeito superavitário das transações do BNDES em 2006 montou a mais deR$ 23.178 milhões, ou, cerca de 1,11 % do PIB. São apresentadas, a seguir, quadros que resumem os númerosevidenciados neste relatório.

TRANSAÇÕES DO BNDES COM OS TESOUROS PÚBLICOS NO EXERCÍCIO DE 2006

PRINCIPAIS PAGAMENTOS * R$AO TESOURO NACIONAL (impostos e contrib.) 1.924.041.265.950 IMPOSTO DE RENDA 1.006.478.120.100 CONTRIBUIÇÃO S/ LUCRO LÍQUIDO 373.679.818.920 PASEP 72.837.165.320 COFINS 405.572.164.880 CPMF 65.473.996.730AO TESOURO NACIONAL (dividendos e juros s / capital próprio) 3.041.668.658.310.À PREVIDÊNCIA SOCIAL (contrib. patron. inss) 85.576.135.960AO TESOURO MUNICIPAL (RJ) – ISS 2.219.979.640

TOTAL RECOLHIDO ÀS ADM. DIRETAS 5.053.506.039.860Fonte: BNDES/Área Financeira* Não foram computados os recolhimentos de taxas e outros impostos de pequeno valor, bem comoas retenções na fonte efetuadas por terceiros.Os impostos retidos sobre os rendimentos das empresas do Sistema BNDES são consideradoscomo pagos no momento de sua compensação.

TRANSAÇÕES DO BNDES COM FUNDOS FEDERAIS NO EXERCÍCIO DE 2006 (em R$)

FUNDOS RECEBIMENTOS* PAGAMENTOS** LÍQUIDOFUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – FAT 13.743.557.639 7.078.401.649 6.665.155.990

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO – FND 1.234.000.000 1.180.800.000 53.200.000

FUNDO DE GARANTIA À EXPORTAÇÃO – FGE 7.816.911 0 7.816.911

FUNDO DE TERRAS E REFORMA AGRÁRIA - BANCO DA TERRA 206.257.632 236.784.367 (30.526.735)

FUNDO DA MARINHA MERCANTE – FMM 645.562.234 56.593.355 588.968.879

FUNDO GARANTIA P/ PROMOÇÃO DA COMPETITIVIDADE – FGPC 20.006.282 91.139.673 (71.133.391)

FUNDO PIS/PASEP 17.277.000 1.216.536.000 (1.199.259.000)Fonte: BNDES/Área Financeira * FAT: transferência de recursos constitucionais e depósitos especiais; FND: empréstimos; FGE: indenizações ePIS-PASEP: comissões sobre recursos transferidos ao BNDES até 1982.** FAT: pagamento de juros sobre recursos constitucionais e depósitos especiais; FND: pagamentos de amortização e juros sobre empréstimoscontratados; PIS-PASEP: devolução de recursos ao Fundo para pagamento de rendimentos e saques dos participantes.

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OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO BNDES COM O SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO NO EXERCÍCIO DE 2006

DESCRIÇÃO VALORES EM R$1) SALDO DEVEDOR EM 31/12/2004 (REGISTRADO NO CADIP) 11.891.091.0002) MOVIMENTAÇÕES REGISTRADAS DURANTE O ANO DE 2006 (2.250.556.000) (+) LIBERAÇÕES 779.867.000 (–) AMORTIZAÇÕES 2.248.124.000 (–) DEVOLUÇÕES DE LIBERAÇÃO 0 (+) JUROS PROVISIONADOS 440.224.000 (–) JUROS COMPENSATÓRIOS 1.222.523.0003) SALDO DEVEDOR EM 31/12/2006 (REGISTRADO NO CADIP) 9.640.535.000Fonte: BNDES/Área Financeira

OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS FEITAS COM ORGANISMOSINTERNACIONAIS NO EXERCÍCIO DE 2006

Japan Bank for International Cooperation – JBIC

No primeiro semestre de 2005, foi assinado contrato de financiamento com o Japan Bank forInternational Cooperation - JBIC, no valor de US$ 500 milhões, o maior valor já celebrado com esta instituição. Osrecursos destinam-se ao apoio a investimentos de empresas exportadoras e a projetos de infra-estrutura. Valeressaltar que a operação foi negociada em tempo recorde e sem a garantia do governo federal. Foi realizado odesembolso do valor total contratado, em três parcelas: a primeira em 16/12/2005, no valor de US$ 226,3 milhões; asegunda, no valor de US$ 167,3 milhões, em 31/03/2006; e a terceira, de US$ 106,4 milhões, em 13/06/2006.

Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

Foi assinado em 12 de agosto um convênio de Linha de Crédito Condicional que estabelece ascondições básicas para a contratação de até três empréstimos com essa instituição, no valor global de US$ 3 bilhões,a serem desembolsados no período de nove anos e destinados a financiar investimentos de micro, pequenas e médiasempresas.

A assinatura desse convênio foi seguida pela contratação do primeiro desses três empréstimos, em23 de setembro, na sede do BID, em Washington, no valor de US$ 1 bilhão. Foram realizados dois desembolsos doBID ao BNDES: o primeiro, de US$ 500 milhões, em 26/10/2005; e o segundo, de US$ 490 milhões, em09/06/2006.

Nordic Investment Bank – NIB

Em 09/11/2005, o BNDES e o Nordic Investment Bank - NIB celebraram contrato de empréstimo,no valor de até US$ 60 milhões, com a finalidade de apoiar projetos integrantes da carteira do BNDES e quecontemplam interesses brasileiros e nórdicos ou bálticos, conforme critérios de elegibilidade estabelecidos nocontrato. Os recursos desse programa foram desembolsados em uma única parcela, no valor de US$ 60 milhões, em24/02/2006.

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2. BANCO DO BRASIL S.A - BB

BRASIL PATRIMÔNIO CULTURALPreservação e Difusão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (BB)

A grade de programação dos Centros Culturais Banco do Brasil – CCBB expressa a grandecontribuição da Instituição para a ação de Preservação e Difusão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Em2006, foram realizados mais de 880 eventos nas áreas de artes plásticas, artes cênicas, cinema e vídeo, música,idéias e programa educativo, com investimento da ordem de R$ 19,9 milhões. No período, exposições como Arte deCuba, Anish Kapoor e Aleijadinho e Seu Tempo destacaram a qualidade dos empreendimentos patrocinados peloBanco do Brasil.

O Circuito Cultural, projeto itinerante que leva a cultura às praças onde não existem CentrosCulturais Banco do Brasil, realizou, durante o exercício, 139 eventos, possíveis a partir de investimentos deR$ 4,6 milhões. Em 2006, o projeto foi renovado, com o enquadramento das atividades culturais em dois segmentosdistintos: o Circuito Cultural, com duração de 15 dias, realizado em 4 etapas nas cidades de Belém, Belo Horizonte,Teresina e Curitiba; e o Circuito de Música e Teatro, com duração de 2 dias e apresentações realizadas em 11 etapas,em diferentes cidades do país.

Em 2007, os Centros Culturais manterão sua estratégia de continuar sendo um pólo de reflexão emcultura. Para o Circuito Cultural, a previsão é de que sejam realizadas 8 etapas de 15 dias de duração, em diferentescidades.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 578.053 65

fevereiro/06 1.071.356 97

março/06 1.578.666 71

abril/06 2.850.597 119

maio/06 2.865.626 90

junho/06 3.774.184 87

julho/06 1.839.238 119

agosto/06 3.566.705 131

setembro/06 2.177.704 109

outubro/06 3.248.579 131

novembro/06 4.295.698 216

dezembro/06 3.477.491 79

Total Realizado 31.323.897 1.314

Total Previsto Ano 35.000.000 480

Variação % 89,5 % 273,8 %Fonte: BB/Diretoria de Marketing e ComunicaçãoFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

O valor investido pelo Banco do Brasil em cultura no ano de 2006, R$ 31.323.897,00, representa89,50 % do montante inicialmente previsto, R$ 35.000.000,00. Tal diferença ocorreu por conta do cancelamento daetapa do Circuito Cultural de Goiânia (adiada para 2007 em virtude de sua data original coincidir com períodoeleitoral) e cancelamento da exposição Erótica, em Brasília, por iniciativa do Banco do Brasil.

Em relação ao número de eventos a serem realizados em 2006, houve um aumento de 273,75 %, ouseja, 480 eventos foram previstos e 1.314 foram efetivamente realizados. A diferença se deve ao fato de que cadaetapa do Circuito Cultural reúne diversos eventos (exposições, dança, teatro, música, programas educativos, etc.)que são contabilizados unitariamente. Além disso, o Circuito Cultural passou a alinhar sua estratégia de atuação aomodelo aplicado nos Centros Culturais, com eventos de diversas áreas e maior duração das etapas. Este fato gerouum aumento representativo no número de eventos realizados.

A atuação em marketing cultural promovida pelo Banco do Brasil está em sintonia com as propostassociais do governo federal de levar a arte a todas as regiões do país por meio do Circuito Cultural, e oferecer àsociedade em geral, notadamente no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, eventos culturais a preços acessíveis.

C - 509

Destaca-se também a contribuição dos projetos para o desenvolvimento da sociedade local emvirtude dos empregos gerados, do apoio dado aos artistas locais com o patrocínio aos seus projetos e o trabalhorealizado nas escolas da rede pública, onde é oferecido o Programa Educativo aos alunos.

AGRICULTURA FAMILIAR - PRONAFConcessão de Crédito para Agricultores Familiares – Programa Nacional de Agricultura Familiar –PRONAF/Fundo de Amparo ao Trabalhador - Fat

Treinamento de funcionários, simplificação do processo de crédito, participação nodesenvolvimento do programa de formação de ADR-Agentes de Desenvolvimento Rural, integração do Pronaf aoinvestimento social privado desenvolvido pelo Banco – DRS-Desenvolvimento Regional Sustentável e eventosinternos e externos para divulgação e operacionalização do Pronaf (eventos com entidades governamentais, órgãosde assistência técnica, sindicatos, associações e federações de classe). Houve superação das metas de volume físicoe financeiro.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 142.412.743 30.060

fevereiro/06 127.318.249 22.681

março/06 169.298.953 26.818

abril/06 151.314.920 21.769

maio/06 211.316.701 30.009

junho/06 284.164.441 41.092

julho/06 33.518.862 5.476

agosto/06 300.905.341 73.784

setembro/06 578.592.589 126.974

outubro/06 346.848.270 107.823

novembro/06 301.572.126 88.952

dezembro/06 421.784.249 89.707

Total Realizado 3.069.047.444 665.145

Total Previsto Ano 409.000.000 250.000

Variação % 750,4 % 266,1 %Fonte:BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGROFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

PORTE MICRO/MINI/PEQUENO COOPERATIVAS

SETOR R$ FÍSICO R$ FÍSICOSOMA

Agronegócio 3.068.909.614 665.142 137.830 3 3.069.047.444

Soma (R$) 3.068.909.614 665.142 137.830 3 3.069.047.444 Fonte: BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGRO

Desenvolvimento das atividades rurais dos mini e pequenos produtores, proporcionando oaumento da renda e a geração de empregos no campo. O programa é composto por linhas de crédito de custeio einvestimento, destinado a mini e pequenos produtores rurais, podendo os recursos ser utilizados de forma individualou coletiva. Além dos recursos do FAT, o Pronaf utiliza outras fontes, tais como: Fundo Constitucional do Centro-Oeste - FCO, Manual do Crédito Rural - MCR 6-2, Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé e TesouroNacional.

ABASTECIMENTO AGRO-ALIMENTARConcessão de Crédito Rural

Foram desenvolvidas ações de melhorias no processo de concessão do crédito rural,refinanciamento de dívidas dos produtores rurais, e tratamento diferenciado para produtores que adotam práticas depreservação ambiental (reserva legal e integração lavoura-pecuária) e técnicas de rastreabilidade. Os resultadosalcançados foram satisfatórios.

C - 510

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 297.525.602 5.771

fevereiro/06 306.740.539 6.714

março/06 597.716.289 12.837

abril/06 557.717.193 10.377

maio/06 718.621.103 27.175

junho/06 829.003.500 31.715

julho/06 244.247.798 14.089

agosto/06 633.479.119 13.332

setembro/06 1.259.173.172 25.286

outubro/06 1.808.654.680 39.577

novembro/06 1.313.390.279 24.582

dezembro/06 986.934.816 13.587

Total Realizado 9.553.204.090 225.042

Total Previsto Ano 8.434.460.529 208.722

Variação % 113,3 % 107,8 %Fonte: BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGROFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

DEMAIS PRODUTORES(*)

PEQUENOPRODUTOR (*)

MINI PRODUTOR(*)

COOPERATIVASPORTESETOR

R$ FÍSICO R$ FÍSICO R$ FÍSICO R$ FÍSICOSOMA (R$)

Agronegócio 8.392.765.853 159.594 471.065.808 63.596 21.248.140 1.534 668.124.289 318 9.553.204.090Soma (R$) 8.392.765.853 159.594 471.065.808 63.596 21.248.140 1.534 668.124.289 318 9.553.204.090(*) Porte ajustado ao conceito adotado pelo Banco, na agricultura empresarialFonte: BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGRO

Dentre os benefícios auferidos à sociedade estão: geração de emprego e renda; garantia deprodução de alimentos a preços acessíveis; contribuição para a Balança Comercial.

Negócios com Cooperativas

Tem por objeto a criação, adequação e divulgação de linhas de crédito que atendem cooperativasdo agronegócio. A maior disponibilidade de recursos, inclusive de recursos controlados, no ano de 2006, permitiu oatendimento integral das demandas de crédito apresentadas pelas cooperativas. Os destaques foram as linhas decrédito agroindustrial, com R$ 356 milhões aplicados, de aquisição de insumos, com R$ 316 milhões, de Fat GiroRural, com R$ 288 milhões e de custeio agropecuário, com R$ 263 milhões. As operações, embora contratadas comcooperativas, visam, principalmente, o atendimento de seus cooperados em suas necessidades de custeio,investimento e comercialização. Foram utilizados recursos do Manual de Crédito Rural (MCR 6-2), Manual doCrédito Rural (MCR 6-4), BNDES, Funcafé e FAT. É de se ressaltar a criação, no 2º semestre de 2006, de linha decrédito para capital de giro para cooperativas agropecuárias, lastreada com recursos do FAT.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 66.864.781 44

fevereiro/06 86.868.630 45

março/06 57.696.577 55

abril/06 118.817.396 48

maio/06 253.893.946 66

junho/06 132.537.967 109

julho/06 24.224.444 38

agosto/06 174.968.871 50

setembro/06 271.604.269 70

outubro/06 134.591.977 84

C - 511

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

novembro/06 164.713.830 91

dezembro/06 305.029.007 79

Total Realizado 1.791.811.697 779

Total Previsto Ano 1.200.000.000 10.000

Variação % 149,3 % 7,8%Fonte:BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGROFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Porte de dos beneficiários do crédito: PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

COOPERATIVASPORTESETOR R$ FÍSICO

SOMA

Agronegócio 1.791.811.697 779 1.791.811.697

SOMA (R$) 1.791.811.697 779 1.791.811.697

Fonte:BB/ Diretoria de Agronegócios/Sistema SIAGRO

O valor físico informado refere-se à quantidade de operações contratadas com cooperativas. Emanos anteriores essa informação se referia à quantidade estimada de cooperados beneficiados com as operações.Utilizando-se a metodologia de anos anteriores, em 2006 foram atendidos 14.932 produtores rurais cooperados. Oatendimento das necessidades creditícias dos produtores rurais, por intermédio de suas cooperativas, permite-lhesdesenvolver suas atividades agropecuárias, gerando riqueza para o segmento e maior disponibilidade de alimentospara a população.

Negócios Eletrônicos – Agronegócios-e

Diz respeito à atuação junto a rede de agências para incentivar o comércio eletrônico. As metasforam superadas como resultado de forte atuação da rede de agências no cumprimento de estratégia corporativa quepreviu o incentivo ao comércio eletrônico, com a liberação de financiamentos concomitantes.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 167.955.794 3.628

fevereiro/06 93.502.921 2.664

março/06 166.327.793 5.008

abril/06 159.762.619 4.700

maio/06 155.803.651 5.426

junho/06 111.179.236 4.808

julho/06 68.157.661 2.172

agosto/06 80.167.957 2.316

setembro/06 221.831.053 7.646

outubro/06 369.335.406 15.495

novembro/06 367.526.503 14.560

dezembro/06 236.497.436 7.443

Total Realizado 2.198.048.030 75.866

Total Previsto Ano 1.133.654.000 48.525

Variação % 193,9 % 156,3 %Fonte: BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema BEL/Diretoria deTecnologia/Sistema LEO763Financeiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Dentre os benefícios auferidos pela sociedade é a maior oportunidade para obtenção de preçosvantajosos na compra e venda de produtos agropecuários.

Comercialização de Produtos via mercado de Opções e Futuro – (BB Garantia de Preço)

O volume de contratos negociados em 2006 foi 85,8% superior ao previsto e o valor protegido foi78,1% do orçado. O benefício auferido pela sociedade é o de assegurar a renda dos produtores rurais até o montanteprotegido.

C - 512

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTALjaneiro/06 33.219.106 1.321

fevereiro/06 27.847.899 1.443

março/06 23.579.844 1.835

abril/06 20.943.705 1.370

maio/06 14.384.198 960

junho/06 15.161.850 1.113

julho/06 20.825.967 1.071

agosto/06 38.566.730 1.693

setembro/06 38.487.861 1.853

outubro/06 39.778.855 2.316

novembro/06 54.316.795 2.820

dezembro/06 28.731.591 1.316

Total Realizado 355.844.401 19.111

Total Previsto Ano 455.570.139 10.286

Variação % 78,1 % 185,8 %

Fonte: BB/Diretoria de Finanças/Gerência de Operações Financeiras eDiretoria de Mercado de CapitaisFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Operações com Cédula do Produtor Rural –CPR

Foram desenvolvidas ações de implementação de melhorias e simplificações no processooperacional, imprimindo maior agilidade no atendimento ao cliente e o refinanciamento de CPR das safras2004/2005 e 2005/2006, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT (Resolução CODEFAT 497),propiciando o reescalonamento de dívidas de produtores afetados por problemas de renda naquelas safras. Osproblemas enfrentados pelo agronegócio, em função de fatores adversos que implicaram na redução de renda dosprodutores rurais (aviltamento de preços, desvalorização cambial, maiores custos de produção, problemas climáticose pragas), impactaram diretamente as operações de CPR que ficaram abaixo do previsto do ano. A maiordisponibilização de recursos com taxas controladas também contribuíram para essa redução.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 309.557.053 4.759

fevereiro/06 227.721.777 3.597

março/06 297.760.964 4.791

abril/06 267.431.045 4.073

maio/06 291.887.821 4.293

junho/06 239.681.223 3.315

julho/06 129.033.323 1.952

agosto/06 122.005.583 1.865

setembro/06 146.290.385 1.845

outubro/06 134.570.621 1.887

novembro/06 155.068.273 2.196

dezembro/06 206.010.371 2.799

Total Realizado 2.527.018.439 37.372

Total Previsto Ano 3.967.500.000 57.329

Variação % 63,7 % 65,2 %Fonte: BB/Diretoria de Agronegócios/Sistema CDRFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

A CPR é um instrumento que vem sendo muito utilizado, principalmente por médios e grandesprodutores e cooperativas, para atender suas necessidades de crédito não atendidas pelo crédito rural tradicional(recursos controlados) os quais, em função do seu porte, necessitam de capital de giro adicional, com prazocompatível com o da realização de suas receitas, para a compra antecipada de insumos, complemento dasnecessidades de custeio e outras finalidades não previstas na regulamentação do crédito rural.

C - 513

DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO EXTERIORCapacitação para Empresários Exportadores

Priorização da iniciativa mediante inclusão de metas específicas no Acordo de Trabalho dasGerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (GECEX); desenvolvimento de ações de venda por parte dasGECEX, direcionadas a órgãos governamentais, associações de classe e instituições de ensino; disponibilização deinformações sobre o Treinamento na Central de Atendimento BB e no portal do Banco na internet; revisão eadequação dos módulos de treinamento às mudanças ocorridas nas operações de câmbio e comércio exteriorpromovidas pela MP 315, permitindo atender, em tempo recorde, a demanda do mercado por informaçõesatualizadas.

A superação da meta estabelecida de 5.809 empresários treinados se deu em função do grandeinteresse a respeito das mudanças implementadas pelo Governo Federal na regulamentação do câmbio e comércioexterior em 2006; e também devido à expansão do Programa de Geração de Negócios Internacionais (PGNI), queprevê a disponibilização de treinamento gratuito para os representantes das empresas que ingressam no programa.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 8.505 138fevereiro/06 27.672 449março/06 57.008 925abril/06 75.497 1.225maio/06 83.940 1.362junho/06 75.682 1.228julho/06 55.344 898agosto/06 90.843 1.474setembro/06 63.479 1.030outubro/06 51.584 837novembro/06 50.537 820dezembro/06 14.421 234

Total Realizado 654.512 10.620

Total Previsto Ano 358.000 5.809

Variação % 182,8% 182,8%

Fonte: BB/Diretoria de Comércio ExteriorFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Os treinamentos proporcionaram a disseminação da cultura exportadora, principalmente nascomunidades do interior do país, favorecendo a inclusão social e a melhoria dos níveis de emprego e renda.

Financiamento à Exportação

Foram desenvolvidas as seguintes ações: Lançamento do Projeto de Indução de Negócios deCâmbio e Comércio Exterior com o Pilar Varejo, no qual se redefiniu limites de crédito e taxas de juros paraempresas de pequeno porte, disponibilização de canais eletrônicos para contratação de operações: Adiantamentosobre Contratos de Câmbio - ACC e Adiantamento sobre Contratos de Câmbio ao exportador - ACE via Internetcom assinatura digital dos contratos de câmbio, solução exclusiva do Banco do Brasil, contratação de operações deACE com Seguro de Crédito à Exportação.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 1.974.013.520 2.315

fevereiro/06 1.591.208.124 2.237

março/06 2.621.796.664 3.035

abril/06 2.186.612.239 2.147

maio/06 2.406.996.529 3.015

C - 514

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

junho/06 1.686.703.888 2.139

julho/06 2.806.457.991 2.488

agosto/06 2.421.532.751 2.488

setembro/06 1.909.787.582 2.407

outubro/06 2.501.390.291 2.313

novembro/06 1.812.655.421 2.345

dezembro/06 2.278.851.002 2.274

Total Realizado 26.198.006.002 29.203

Total Previsto Ano 23.143.628.000 29.220

Variação % 113,2 % 99,9 %Fonte: BB/Diretoria de Comércio ExteriorFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Dentre os benefícios auferidos pela sociedade estão a disponibilidade de recursos na concessão deACC/ACE, que possibilita às empresas exportadoras financiar sua produção com aumento da competitividadeinternacional dos produtos brasileiros, bem como propicia o aquecimento da atividade econômica, mitigação deriscos nas vendas ao exterior por meio do Seguro de Crédito à Exportação e o aumento do acesso às linhas decrédito pelas empresas de pequeno porte a partir do Projeto Varejo, da disponibilização de canais alternativos para acontratação das operações de ACC/ACE.

DESENVOLVIMENTO DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTEFinanciamento a Micro e Pequenas Empresas (BB Investimento)

Manutenção de encargos financeiros competitivos, definição de parâmetros para utilização detaxas diferenciadas nas operações de BB Capital de Giro Mix Pasep e BB Giro Rápido, ampliação do prazo depagamento nas linhas de crédito BB Giro Rápido e BB Capital de Giro Mix Pasep, para 18 e 24 meses,respectivamente, lançamento da linha Fat Giro Setorial, possibilidade de liberação de recursos das operações deAntecipação de Crédito ao Lojista, pelo próprio cliente, através do Gerenciador Financeiro.

A superação do volume financeiro previsto para 2006, em 45,3%, teve como principais fatores apratica de taxas de juros competitivas, a simplificação na contratação do crédito, a disponibilização de vários canaispara liberação dos recursos e o investimento na qualificação dos funcionários envolvidos na negociação/venda dosprodutos de crédito do Banco.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 15.391.423.889 1.269.444

fevereiro/06 15.724.909.608 1.271.815

março/06 15.832.734.502 1.288.252

abril/06 16.011.380.361 1.294.656

maio/06 16.122.735.284 1.307.769

junho/06 16.422.638.144 1.323.973

julho/06 17.290.186.227 1.348.409

agosto/06 17.687.522.951 1.366.797

setembro/06 18.161.251.508 1.368.238

outubro/06 18.527.390.060 1.390.961

novembro/06 19.180.583.261 1.404.303

dezembro/06 19.677.497.631 1.421.436

Total Realizado 19.677.497.631 1.421.436

Total Previsto Ano 13.547.000.000 1.537.000

Variação % 145,3 % 92,5 %Fonte: BB/Diretoria de Micro e Pequenas EmpresasFinanceiro: saldo de operações (acumulado)Físico: total de operações contratadas (acumulado)

C - 515

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

MICRO / MINI / PEQUENOPORTESETOR R$ FÍSICO

SOMA (R$)

Indústria/Comércio/ Serviços 19.677.497.631 1.421.436 19.677.497.631

Soma (R$) 19.677.497.631 1.421.436 19.677.497.631Fonte: BB/Diretoria de Micro e Pequenas Empresas

As linhas de crédito que compõem a presente ação destinam-se ao suprimento das necessidades decapital de giro das micro e pequenas empresas. A facilidade do acesso ao crédito, cuja utilização dos recursos podeser feita por meio de canais alternativos – Internet (Gerenciador Financeiro), Terminais de Auto Atendimento(TAA), Central de Atendimento BB, bem como por meio das agências, proporciona mais agilidade na utilização docrédito, contribuindo para o fortalecimento das micro e pequenas empresas.

Comparado ao ano de 2005, para o segmento de Micro e Pequenas Empresas, foram aplicadosmais de R$ 4,2 bilhões na contratação de novas operações, crescimento de 27,4%, em relação a dezembro de 2005.Destaca-se o incremento de R$ 1,6 bilhão na linha BB Giro Rápido.

As linhas de crédito para capital de giro visam atender às necessidade financeiras de curto prazodas empresas, sendo a origem dos recursos:

• Linhas de crédito de Recebíveis: Desconto de Cheques e Desconto de Títulos - recursos de Conta Própria eAntecipação de Crédito ao Lojista – ACL - recursos do FAT e de Conta Própria - R$ 5.379.504.489,00 - saldode operações;

• Linha de crédito BB Giro Rápido : recursos do FAT e Conta Própria - R$ 11.090.276.620,00 - valor contratado;• Linha de crédito BB Giro Automático: recursos do FAT e Conta Própria - R$ 306.217.200,00 - valor

contratado;• Linhas de crédito Cheque Ouro Empresarial + BB Capital de Giro + Conta Garantida: recursos de Conta

Própria - R$ 1.297.346.630,00 - saldo de operações;• Linha de crédito FAT Giro Setorial : recurso do FAT - R$ 459.698.166,00 – saldo de operações;• Linha de crédito BB Giro Décimo Terceiro Salário: recursos do Pasep e Conta Própria - R$ 330.570.381,00 -

saldo de operações; e• Linha de crédito BB Capital de Giro Mix Pasep: recursos do Pasep e Conta Própria - R$ 813.884.145,00 - saldo

de operações.

DESENVOLVIMENTO DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTEFinanciamento a Micro e Pequenas Empresas (BB Capital de Giro)

Continuidade do Programa de Financiamentos de Investimentos auxiliando no direcionamentonegocial às empresas para linhas de financiamento de longo prazo; elevação do teto de financiamento do CartãoBNDES para R$ 250 mil e ações para estímulo ao uso da linha de financiamento do Cartão BNDES; ações deesforço negocial com objetivo de melhorar o desembolso das operações de investimento BNDES/Finame, voltadopara público alvo selecionado, com diferencial no fluxo operacional mais ágil e criação de ferramenta paramonitoramento de prazo de liberação de recursos; encontros com intervenientes do processo de contratação deoperações ao amparo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, proporcionando maioragilidade na liberação dos recursos. O resultado acumulado de 91,2% do orçamento projetado, ocorreu pela quedade desempenho no desembolso de investimento das linhas de crédito BNDES/Finame.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 1.214.798.523 18.310

fevereiro/06 1.224.119.909 18.617

março/06 1.226.305.984 19.216

abril/06 1.208.482.868 19.857

maio/06 1.226.447.770 20.446

junho/06 1.245.248.652 21.072

julho/06 1.242.398.839 21.371

agosto/06 1.241.702.482 22.570

setembro/06 1.250.476.883 23.364

C - 516

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

outubro/06 1.258.504.802 24.508

novembro/06 1.304.292.544 25.683

dezembro/06 1.356.859.542 26.898

Total Realizado 1.356.859.542 26.898

Total Previsto Ano 1.488.000.000 16.000

Variação % 91,2 % 168,1 %Fonte: BB/Diretoria de Micro e Pequenas EmpresasFinanceiro: saldo de operações (acumulado)Físico: total de operações contratadas (acumulado)

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

MICRO / MINI / PEQUENOPORTESETOR R$ FÍSICO

SOMA (R$)

Indústria/Comércio/ Serviços 1.356.859.542 26.898 1.356.859.542

soma (R$) 1.356.859.542 26.898 1.356.859.542 Fonte: BB/Diretoria de Micro e Pequenas Empresas

O crédito de longo prazo utilizado para investimento favorece a adequação do fluxo de caixa dasempresas no decorrer do período, contribui para a ampliação, manutenção do empreendimento e geração deemprego e renda de forma sustentável. A ação tem por finalidade financiar projetos de investimentos queproporcionem a ampliação e modernização do empreendimento, sendo a origem dos recursos:

• Linha de crédito BNDES: recurso do BNDES – R$ 147.858.828,00 saldo de operações;• Linha de crédito Finame: recurso do BNDES – R$ 155.439.266,00 saldo de operações;• Linha de crédito FCO: recurso FCO – R$ 718.589.493,00 saldo de operações;• Linha de crédito Cartão BNDES: recurso BNDES – R$ 121.306.441,00 saldo de operações; e• Linha de crédito Leasing: recurso de Conta Própria – R$ 213.665.514,00 saldo de operações.

AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS EINVESTIMENTOS DAS EMPRESAS ESTATAIS EM INFRA-ESTRUTURA DE APOIO

As ações de infra-estrutura operacional, em 2006, contaram com a realização de obras parainstalação, manutenção e modernização de agências e postos de atendimento físico e eletrônico.

No investimento em infra-estrutura de apoio foram desenvolvidas ações que visavam ampliaçãocontínua da capacidade de processamento de dados, atualização dos programas e sistemas de segurança etransmissão de dados e aumento da capacidade dos canais de atendimento ao público.

Dentre os fatores que contribuíram para o baixo atingimento dos objetivos propostos noOrçamento de Investimentos Fixos têm-se a aprovação tardia da Lei Orçamentária Anual – LOA pelo CongressoNacional e dos Créditos Suplementares do Orçamento de Investimento. Esse atraso motivou a reforma noplanejamento inicialmente proposto e também contribuiu para o atraso nas entregas de obras e equipamentos, devidoao prazo regulamentar da lei que rege as Licitações e Contratos da Administração Pública (Lei n.º 8666/93).

As ações desenvolvidas permitiram ao Banco a instalação de 768 novos pontos de atendimento aopúblico e atualização de parte do parque de equipamentos tecnológicos, cujo processo licitatório e contratação teriaocorrido em 2005 com a entrega dos bens em 2006.

As ações voltadas para a manutenção e adequação da infra-estrutura de apoio concentraram-se nosescritórios da Direção Geral e Órgãos Regionais com a realização de obras diversas. A atualização do parquetecnológico contou com aquisições diversas, tais como: CPU de grande porte, servidores, fitoteca paraamazenamento de dados, softwares e hardwares.

Ainda, as aquisições para atualização tecnológica nos pontos de atendimento bancários tiveramseus processos de licitação iniciados em 2006, com algumas frustrações quanto ao preço solicitado pelosfornecedores e prazos legais da lei acima citada, ocorrendo com isso a transferência desses projetos para 2007.

A instalação dos novos pontos de atendimento contribuiu para maior conforto e comodidade da

C - 517

população e cumprimento das instruções de órgão reguladores, quanto à adequabilidade para funcionamento eatuação com o público. Essas ações serviram, ainda, para promover uma maior aproximação da instituiçãofinanceira junto às áreas de produção e comércio, segurança aos clientes, funcionários e ao patrimônio do Banco doBrasil ou de terceiros. Funcionários e demais colaboradores do Banco foram beneficiados pela melhoria dasinstalações internas e modernização do parque tecnológico.

As obras em agências, postos de atendimento e demais dependências do Banco do Brasil servirampara impulsionar a utilização de mão-de-obra de construção civil, gerando empregos em vários pontos do país.

INVESTIMENTOS FIXOS DO BANCO DO BRASIL EM 2006

FINANCEIRO (R$) FÍSICODESCRIÇÃO DA AÇÃO

PROGRAMADO REALIZADO ATINGIDO PROGRAMADO REALIZADO ATINGIDOInstalação de Pontos deAtendimento Bancário

106.013.139 22.325.552 21,06 % 506 768 192,96 %

Modernização de de Pontos deAtendimentos Bancário

46.928.321 12.810.705 27,30 % 398 38 7,51 %

Manutenção da Infra-Estruturade Atendimento

407.852.169 158.788.481 38,93 %

Instalação de Bens Imóveis 13.900.000 8.175.101 58,81 %

Manutenção de Bens Imóveis 108.633.190 53.540.405 49,29 %Manutenção e Adequação deBens Móveis, Veículos,Máquinas e Equipamentos

58.014.784 8.842.061 15,24 %

Manutenção e Adequação deAtivos de Informática,Informação eTeleprocessamento

434.169.037 177.677.641 40,92 %

Fonte: BB/Sistema ORF e Diretoria de LogísticaFinanceiro: total de imobilizações (acumulado) / Físico: total de pontos de atendimento instalados e modernizados (acumulado)

COMPETITIVIDADE DAS CADEIAS PRODUTIVASFinanciamento de Longo Prazo para Cadeias Produtivas do País

Financiamento de projetos de investimento, máquinas e equipamentos, com recursos do BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo Constitucional para Financiamento doCentro Oeste (FCO) e da Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME), para implantação, ampliação,recuperação e modernização de ativos nos setores de indústria, comércio e prestação de serviços. O desvio emrelação ao orçado refere-se à contratação de operações pontuais de grande vulto, de clientes tradicionais, nãoesperadas.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 54.953.826 409

fevereiro/06 91.240.921 411

março/06 120.332.488 498

abril/06 158.619.029 462

maio/06 148.041.263 553

junho/06 255.811.697 590

julho/06 130.186.600 546

agosto/06 133.262.963 572

setembro/06 103.447.750 525

outubro/06 134.770.622 564

novembro/06 398.001.561 659

dezembro/06 397.311.568 836

Total Realizado 2.125.980.289 6.625

Total Previsto Ano 1.295.000.000 2.390

Variação % 164,2 % 277,2 %Fonte: BB/Sistema XER e COP.Financeiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

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PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITOGRANDE MÉDIO MICRO / MINI / PEQUENOPORTE

SETOR R$ FÍSICO R$ FÍSICO R$ FÍSICOSOMA (R$)

Indústria/ Comércio/ Serviços 1.474.553.823 1.192 421.274.250 1.150 230.152.216 4.283 2.125.980.289

Soma (R$) 1.474.553.823 1.192 421.274.250 1.150 230.152.216 4.283 2.125.980.289 Fonte: BB/Sistema XER e COP.

Os benefícios auferidos pela sociedade foram o apoio e desenvolvimento de diversos segmentos,gerando empregos para a sociedade, os valores financeiros referem-se aos valores contratados, ou seja, valoresnominais dos contratos realizados entre o Banco e o cliente.

BANCO PARA TODOSConcessão de Crédito à População de Baixa Renda e Informal (BB)

O Banco Popular tem como missão promover a inclusão bancária e democratizar o acesso aocrédito, ofertando-o, de forma simples e sem burocracia, aos brasileiros de menor renda, não inseridos no sistemafinanceiro. Atuando prioritariamente junto aos trabalhadores do setor informal, oferece, além do crédito, outrosprodutos e serviços bancários, como a conta corrente simplificada, seguro de vida, recebimento de títulos econvênios e pagamento de benefícios do INSS.

Foram concedidos R$ 149 milhões ao longo do ano, realizados em mais de um milhão deoperações de crédito de uso livre. Os empréstimos têm seu risco avaliado com base em metodologia de análise decrédito especialmente desenvolvida para o perfil de menor renda, estando os valores liberados na faixa de R$ 50,00a R$ 600,00.

Além do crédito de uso livre, o Banco Popular vem ampliando sua participação no ProgramaNacional de Microcrédito Produtivo Orientado – PNMPO, por meio de diversas parcerias com OSCIPs(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) em todo o País, concedendo empréstimos de até R$ 5.000,00.

O ano de 2006 serviu para o Banco Popular ampliar o conhecimento do segmento e fortalecer orelacionamento com seus clientes, desenvolvendo metodologia de análise de risco mais adequada às característicasda clientela, o que permitirá a ampliação do crédito em níveis de riscos compatíveis com a atividade bancária.

Encerrou o exercício com uma base de 1,3 milhão de clientes, atendidos em mais de 1.300municípios em todo o país, consolidando seu trabalho de inclusão bancária do segmento de menor renda dasociedade brasileira.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 15.133.735 127.284

fevereiro/06 12.566.360 98.979

março/06 15.579.993 118.675

abril/06 12.165.893 87.280

maio/06 13.651.043 93.493

junho/06 12.248.894 78.122

julho/06 12.570.870 78.896

agosto/06 12.403.965 76.343

setembro/06 10.423.988 61.521

outubro/06 10.701.269 61.368

novembro/06 10.943.332 60.983

dezembro/06 10.721.720 57.357

Total Realizado 149.111.062 1.000.301

Total Previsto Ano 185.067.460 810.134

Variação % 80,6 % 123,5 %

Fonte: BB/Sistema EPBFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

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PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

MICRO / MINI / PEQUENOPORTESETOR R$ FÍSICO

SOMA (R$)

Pessoa física 149.111.062 1.000.301 149.111.062

SOMA (R$) 149.111.062 1.000.301 149.111.062 Fonte: BB/Sistema DEB e EPB

O Banco Popular já concedeu mais de R$ 328 milhões em crédito desde o início de suasoperações, sendo R$ 149,11 milhões somente em 2006. À democratização do crédito, soma-se a facilidade de acessopor meio de uma rede de estabelecimentos comerciais, que garantem proximidade, abrangência e identidade noatendimento ao cliente.

Conta Corrente Simplificada (BB)

A conta corrente simplificada é a porta de entrada do cliente do Banco Popular do Brasil. Parahabilitar-se ao crédito ou qualquer outro produto, é necessário possuir uma conta simplificada, que é uma contabancária de depósito à vista movimentada exclusivamente por meio de cartão magnético. Para abri-la, o cliente levaCPF e documento de identidade, não sendo obrigatória comprovação de renda ou residência nem depósito inicial. Olimite máximo de movimentação mensal é de R$ 1 mil, e os correntistas não podem manter conta corrente emqualquer outra instituição financeira.

A conta corrente simplificada permite ao cliente realizar quatro saques, quatro depósitos e emitirquatro extratos mensais sem cobrança de tarifa, sendo também isenta de CPMF. Após 90 dias de abertura emovimentação da conta, o cliente pode candidatar-se ao crédito.

Em 2006, o Banco Popular prosseguiu sua estratégia de qualificação da carteira de clientes, tendosido abertas 244,3 mil contas simplificadas. Deste total 239,6 mil contas cumpriram todas as etapas do processo deregularização e foram liberadas para movimentação.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO (R$) FÍSICO (milhar)MÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 38,438

fevereiro/06 26,013

março/06 32,244

abril/06 19,480

maio/06 23,510

junho/06 16,568

julho/06 18,270

agosto/06 18,840

setembro/06 16,847

outubro/06 13,075

novembro/06 12,955

dezembro/06 8,105

Total Realizado 244,345

Total Previsto Ano 818,000

Variação % 29,9 %Fonte: BB/Sistema DEB e EPBFinanceiro: não aplicável nesta Ação / Físico: quantidade de contas abertas

Atualmente, 1,3 milhões de brasileiros são clientes do Banco Popular, tendo acesso a produtos eserviços bancários de forma simples e rápida, com destaque para o microcrédito. Está em curso a implantação docartão de débito, o que permitirá a realização de transações de aquisições de bens e serviços em estabelecimentosconveniados em todo o País, dando portabilidade aos cartões de movimentação bancária utilizados atualmente pelosclientes.

Crédito a Microempreendedor de Baixa Renda

A estratégia de expansão da concessão de crédito, dentro do Programa Nacional de MicrocréditoProdutivo Orientado – PNMPO, vem ocorrendo por intermédio de parceria com OSCIP (Organização da Sociedade

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Civil de Interesse Público), que ficam responsáveis por identificar a necessidade, utilização e acompanhamento docrédito concedido, além de integrarem a rede de atendimento do Banco Popular. Atualmente, o Banco Popular jáconta com 10 OSCIP parceiras em diversas regiões do País.

A ampliação da atuação também vem acontecendo junto a segmentos produtivos específicos, aexemplo da recente parceria com o Banco do Brasil junto a cadeias de valor, colaborando com uma política degeração de novos mercados com desenvolvimento regional sustentável - DRS. O Crédito Popular Empreendedoratende a parcela informal de trabalhadores dessas cadeias, identificadas dentro da estratégia negocial do Banco doBrasil, de apoio a atividades produtivas locais, com empréstimos de até R$ 5.000,00 e juros de 1,6% ao mês.

Em 2006, a linha de crédito, direcionada para o microcrédito produtivo orientado e concedida emparceria com as OSCIP, resultou na liberação de R$ 662,32 mil, por meio de 637 contratos, com valor máximo deconcessão de R$ 5.000,00.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO(R$)

FÍSICOMÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 30.927 38

fevereiro/06 89.945 105

março/06 79.177 83

abril/06 42.896 45

maio/06 30.527 33

junho/06 51.589 46

julho/06 60.145 63

agosto/06 74.044 70

setembro/06 32.448 30

outubro/06 48.720 35

novembro/06 44.362 31

dezembro/06 77.539 58

Total Realizado 662.319 637

Total Previsto Ano 662.319 637

Variação % 100,0% 100,0%Fonte: BB/Sistema EPBFinanceiro: Valor Contratado / Físico: Operações Contratadas

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

MICRO / MINI / PEQUENOPORTESETOR R$ FÍSICO

SOMA (R$)

Pessoa física 662.319 637 662.319

SOMA (R$) 662.319 637 662.319 Fonte: BB/Sistema EPB

O total de recursos destinados aos parceiros foi de R$ 1,1 milhão em 2006, sendo R$ 662 mildestinados especificamente para os programas de microcrédito produtivo e microcrédito produtivo orientado,correspondendo a 63 % do montante total aprovado. O Banco Popular também tem negociado a ampliação da atuaçãodo microcrédito produtivo junto a cooperativas.

DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA ORGÂNICA – PRÓ-ORGÂNICAFinanciamento para produção sem uso de Agrotóxicos – Agricultura Orgânica

Revisão do Programa no âmbito do BB – aprovado plano de trabalho para a revitalização doprograma BB Agricultura Orgânica, com as seguintes medidas:

a) capacitação: elaboração de apresentações visando o treinamento dos funcionários da rede e participação emeventos regionais; elaboração de material de comunicação específico (folder); participação e patrocínio deeventos de porte nacional e internacional, tais como BioFach America Latina e Brazil BioFair;

b) operacional: geração de dados para prospecção de clientes; realizada demanda à Diretoria de Crédito, visandoidentificar as operações contratadas com o segmento a partir de sistema corporativo gerenciado por aqueladiretoria; confecção de planilhas de custos específicas; regularização cadastral de clientes;

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c) normativo: ajustes nos normativos, que possibilitaram o credenciamento de mais duas certificadoras,totalizando 13; inclusão de orientações no normativo de diretrizes orçamentárias, para a contratação deoperações no âmbito do programa; alteração do nome do programa para BB Produção Orgânica, visando daramplo entendimento de que o Banco financia a produção de alimentos orgânicos advindos da agricultura epecuária.

Em decorrência de limitações tecnológicas, o volume de recursos aplicados no período de junho adezembro ainda não foram disponibilizados pelo sistema de informações gerenciais do Banco.

RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS UTILIZADOS NA AÇÃO

FINANCEIRO(R$)

FÍSICO (milhar)MÊS/ANO

BR TOTAL

janeiro/06 336.941 13

fevereiro/06 513.710 16

março/06 1.060.108 17

abril/06 289.820 16

maio/06 36.322 5

junho/06 0 0

julho/06 0 0

agosto/06 0 0

setembro/06 0 0

outubro/06 0 0

Novembro/06 0 0

Dezembro/06 0 0

Total Realizado 2.236.901 67

Total Previsto Ano 9.700.000 300

Variação % 23,1 % 22,3 %Fonte:BB/Diretoria de CréditoFinanceiro: valor contratado / Físico: operações contratadas

Foram utilizadas como base as operações contratadas com linhas de crédito do Agronegócio. Nocampo referente ao micro/mini/pequeno, foram consideradas as operações amparadas no Programa de Fortalecimentoda Agricultura Familiar – Pronaf e as demais operações foram alocadas no porte médio. Em decorrência delimitações tecnológicas, foram considerados apenas os recursos aplicados no período de janeiro a maio/2006.

PORTE E RAMO DE ATIVIDADE DOS BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO

MÉDIO MICRO / MINI /PEQUENO

COOPERATIVASPORTESETOR R$ FISICO R$ FISICO R$ FISICO

SOMA (R$)

Agronegócio 1.986.331 44 212.355 22 38.215 1 2.236.901

Soma (R$) 1.986.331 44 212.355 22 38.215 1 2.236.901 Fonte: BB/Sistema MCI/Diretoria de Crédito.

Por meio da disponibilização de crédito permite o aumento da produção de alimentos de melhorqualidade com a redução de uso de agrotóxicos e o incentivo a atividade benéfica ao meio ambiente estimulando aconservação do solo e da água.

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3. BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. - BNB

Criado em 19 de julho de 1952, o Banco do Nordeste do Brasil S.A. - BNB é uma instituiçãofinanceira múltipla federal que opera como Banco de Desenvolvimento Regional, constituindo-se em um agente detransformação sócio-econômica, tratando a questão regional e suas especificidades, em sintonia com as questõesnacionais e internacionais.

Sua sede encontra-se na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, e sua área de atuação é a regiãonordeste do Brasil e o norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, abrangendo 1.985 municípios de 11estados brasileiros. Utilizando abordagens de intervenção, estruturas funcionais e parcerias que viabilizam suapresença nos municípios de sua área de atuação, o Banco possui 180 agências e conta com 5.161 funcionários,incluindo 200 agentes de desenvolvimento e 208 técnicos de campo, funcionários qualificados para conhecerprofundamente a realidade local, de forma a apoiar a estruturação de projetos produtivos, seja articulando com acomunidade e parceiros institucionais a solução de pontos críticos ou prestando assistência técnica aos projetosfinanciados.

O Banco do Nordeste apresentou, em novembro de 2006, saldos de ativos administrados de R$27.453 milhões; Patrimônio Líquido de R$ 1.534.949 mil e Operações de Crédito no valor de R$ 19.584 milhões.Seu Índice de Basiléia foi de 19,91%, para um percentual mínimo exigido de 11%, o que demonstra posiçãofavorável sob a ótica de análise de risco bancário.

Em consonância com as políticas do governo federal, o Banco do Nordeste atua continuada eestrategicamente nas atribuições que lhe cabem, destacando-se: a) Gestão do Fundo Constitucional deFinanciamento do Nordeste – FNE; b) Gestão do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste –Prodetur/Ne; c) Gestão do Programa CrediAmigo, maior programa de microcrédito da América do Sul; d) AgenteRegional do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf; e) Operacionalização de outrasfontes de recursos; f) Desenvolvimento Territorial; g) Incentivo às exportações e a internacionalização das empresasnordestinas; h) Geração de emprego e renda e o financiamento das pequenas e médias empresas do Nordeste pormeio de repasse de recursos externos para aplicação por outras instituições de crédito.

Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)

O BNB é responsável pela gestão e aplicação dos recursos do Fundo Constitucional deFinanciamento do Nordeste (FNE), como parte de seu papel de agente financiador do setor produtivo e da infra-estrutura socioeconômica regional.

O FNE tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região, por meiodo financiamento a projetos privados dos setores agropecuário, agroindustrial, industrial, de comércio, serviços einfra-estrutura, com observância às questões ambientais, tratamento preferencial aos empreendimentos de pequenoporte e disponibilização de recursos para financiamentos do semi-árido.

Anualmente é formulada a programação do FNE, contemplando seus programas, prioridades eprojeções de aplicações, observando prioridades emanadas do Ministério da Integração Nacional e formulações aolongo do processo participativo que envolve todas as unidades operadoras do Banco e parceiros públicos e privadosnos estados.

Para o financiamento da atividade econômica regional, o montante anual de financiamentos comrecursos do FNE tem sido sucessivamente ampliado, passando de R$ 1,019 em 2003 para R$ 3,208 bi em 2004, R$4,173 bilhões em 2005 e, em 2006, atingindo R$ 4,588 bi. A meta para o ano de 2007 é de R$ 4,6 bi, significandoum crescimento de 15% em relação ao exercício de 2006, contando neste ano com a liberação de montantedestinado ao setor de infra-estrutura, antes limitado a 10% do total anual, a partir da atualização da legislação doFundo.

A seguir, quadros demonstrativos das aplicações do FNE, no exercício de 2006:

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DEMONSTRATIVO DOS EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS (VALORES CONTRATADOS), EM 2006,COM RECURSOS DO FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE - FNE,

POR REGIÃO, UNIDADE DA FEDERAÇÃO E SETOR DE ATIVIDADE(Valores em R$ mil)

Região/EstadoSetorRural

SetorAgroindustrial

SetorIndustrial/turismo

SetorInfra-Estrutura

SetorComercial/Serviços

Total

Região Nordeste

ALAGOAS 144.450,5 33.747,3 22.239,4 0,0 24.061,8 224.499,0

BAHIA 540.104,0 8.871,0 504.881,5 243.000,0 192.629,8 1.489.486,3CEARÁ 269.121,1 5.328,8 83.845,7 147.000,0 81.393,5 586.689,1

MARANHÃO 375.959,2 5.572,5 15.736,2 0,0 66.385,4 463.653,3

PARAÍBA 135.301,1 4.708,4 131.729,8 0,0 38.068,2 309.807,5PERNAMBUCO 234.996,7 10.252,7 197.241,1 0,0 90.427,0 532.917,5

PIAUÍ 190.320,1 1.441,3 5.674,9 0,0 60.063,4 257.499,7

R. G. DO NORTE 128.575,2 6.249,1 26.334,0 35.000,0 77.059,1 273.217,4SERGIPE 127.379,9 34.232,0 30.441,3 0,0 29.274,2 221.327,4

Total Região Nordeste 2.146.207,8 110.403,1 1.018.123,9 425.000,0 659.362,4 4.359.097,2

Região SudesteESPÍRITO SANTO 33.958,0 12.028,6 10.921,5 0,0 4.302,2 61.210,3

MINAS GERAIS 141.539,3 332,2 3.685,9 0,0 22.317,4 167.874,8

Total Região Sudeste 175.497,3 12.360,8 14.607,4 0,0 26.619,6 229.085,1Total Banco doNordeste do Brasil

2.321.705,1 122.763,9 1.032.731,3 425.000,0 685.982,0 4.588.182,3

Fonte: Banco do Nordeste do Brasil - Ambiente de Controladoria.

DEMONSTRATIVO DOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS (VALORES CONTRATADOS) ÀS MICRO,PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS/PRODUTORES (1), EM 2006, COM RECURSOS DO FUNDO CONSTITUCIONAL DE

FINANCIAMENTO DO NORDESTE – FNE, POR REGIÃO, UNIDADE DA FEDERAÇÃO E SETOR DE ATIVIDADE(Valores em R$ mil)

Região/Estado Setor RuralSetor

AgroindustrialSetor

Industrial/TurismoSetor

Infra-EstruturaSetor

Comercial/ServiçosTotal

Região Nordeste

ALAGOAS 77.816,5 2.366,1 7.526,1 0 16.512,6 104.221,2

BAHIA 334.193,5 2.227,5 202.030,4 0 80.084,3 618.535,6

CEARÁ 223.509,2 2.416,4 48.204,4 0 66.708,0 340.838,1MARANHÃO 295.670,1 1.143,6 8.239,6 0 49.531,2 354.584,5

PARAÍBA 118.121,1 189,4 16.464,9 0 25.588,8 160.364,2

PERNAMBUCO 191.075,5 4.483,5 27.728,1 0 33.260,2 256.547,2PIAUÍ 136.706,8 184,0 5.515,4 0 30.702,6 173.108,8

R. G. DO NORTE 110.443,5 6.249,1 18.559,2 0 57.522,1 192.774,0

SERGIPE 103.642,2 34.232,0 17.035,8 0 17.214,7 172.124,7Total Região Nordeste 1.591.178,4 53.491,6 351.303,9 0,0 377.124,5 2.373.098,4

Região Sudeste

ESPÍRITO SANTO 21.553,4 0 5.632,8 0 4.302,2 31.488,4MINAS GERAIS 118.177,5 332,2 3.686,0 0 20.581,3 142.776,9

Total Região Sudeste 139.730,9 332,2 9.318,7 0,0 24.883,5 174.265,3Total Banco doNordeste do Brasil 1.730.909,3 53.823,8 360.622,6 0,0 402.007,9 2.547.363,7

Fonte: Banco do Nordeste do Brasil – Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

(1) FNE – PORTE DOS BENEFICIÁRIOSPRODUTORES RURAIS

Porte do Produtor Renda Agropecuária Bruta Anual (*) - R$ 1,00

MINI Até 80.000

PEQUENO Acima de 80.000 até 160.000

MÉDIO Acima de 160.000 até 1.000.000

GRANDE Acima de 1.000.000(*) Renda agropecuária bruta anual, considerada a média projetada para um período de 12 anos, respeitado ovalor máximo de endividamento definido operacionalmente pelo Banco, além de outras considerações.

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EMPRESAS – INDUSTRIAL, AGROINDUSTRIAL, INFRA-ESTRUTURA E COMÉRCIO / SERVIÇOS

Porte da Empresa Receita Operacional Líquida Anual (**) - R$ 1,00

MICRO Até 433.755,14

PEQUENA Acima de 433.755,14 até 2.133.222,00

MÉDIA Acima de 2.133.222,00 até 35.000.000,00

GRANDE Acima de 35.000.000,00 (**) Baseada na previsão de rendas com a utilização plena da capacidade de produção projetada.

Políticas de Financiamento – Novas Fontes de Recursos

Em consonância com a estratégia e visando à ampliação de recursos, para financiamento dasatividades econômicas da Região, o Banco do Nordeste inicia 2007 operando com novos fundos que irão atender,especialmente, as demandas de infra-estrutura regional: Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), Fundo daMarinha Mercante (FMM) e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e, criação do Programa de Financiamento daAmpliação e Modernização da Frota Pesqueira Nacional.

• Programa para Operacionalização do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FDNE – criado pela MedidaProvisória nº 2.156-5/2001 e regulamentado pelo decreto nº 4.253/2002 (posteriormente alterado pelo decreto nº5.592/2005). O FDNE tem por finalidade assegurar recursos para a realização de investimentos na área de atuaçãoda Agência de Desenvolvimento do Nordeste - Adene (gestora do fundo) contemplando empreendimentos dosdiferentes segmentos econômicos rurais, urbanos e de infra-estrutura na promoção do desenvolvimento da região. OFundo já conta com um volume anual de recursos de cerca de R$ 1 bilhão, que deverá viabilizar empreendimentosconsiderados prioritários para a Região, a exemplo da Transnordestina, cujos projetos já se encontram em análisepelo corpo técnico do Banco.

• Programa de Financiamento à Infra-Estrutura com Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FATInfra-Estrutura, instituído pela Resolução Codefat nº 438, de 2 de junho de 2005 que tem por finalidade apoiar,financeiramente, projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização da infra-estrutura econômica dopaís, especificamente dos setores de energia, telecomunicações, saneamento, transporte urbano e logística. O BNBparticipou de todas as etapas de negociação com o Conselho Deliberativo do FAT – Codefat, captando recursos naordem de R$ 97,0 mi. A estratégia é diversificar a utilização de recursos para atender clientes de maior porte nossetores mais dinâmicos da economia.

• Programa de Apoio à Marinha Mercante e à Indústria de Construção e Reparação Naval – Promercante –destinado, principalmente, ao financiamento de empresas brasileiras de navegação e visa dotar a armação brasileirados meios necessários para o escoamento rentável de bens industriais e agrícolas, contribuindo para o aumento doProduto Interno Bruto – PIB do país, bem como para a geração de emprego e renda. Os recursos do FMM,administrados pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante– CDFMM, são aplicados no apoio e desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção ereparação naval. O Banco do Nordeste atuará como agente financeiro do FMM. Os recursos totais disponíveischegam a R$ 3 bilhões e serão repassados aos bancos habilitados de acordo com a demanda por investimentos.

• Profrota – Programa de Financiamento da Ampliação e Modernização da Frota Pesqueira Nacional – oprograma será executado na Região pelo BNB e contará prioritariamente com recursos do FNE, embora possatambém operar com o Fundo da Marinha Mercante (FMM). O BNB também atua como membro do Grupo GestorMultidisciplinar, criado para acompanhar a execução do Profrota. O grupo é coordenado pela Secretaria Especial deAqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR). Implantado ao final de 2006, o Programa tem comoobjetivo financiar a aquisição, construção, reforma ou modernização de 520 embarcações destinadas à pescaoceânica, sendo 208 somente no Nordeste, até 2008, com recursos totais na ordem de R$ 300,0 mi por ano. Aprevisão, para o Nordeste, é de investimentos anuais da ordem de R$ 120 milhões, até o momento, 10 projetos parao Nordeste já foram habilitados pela Secretaria, gerando uma demanda de cerca de R$ 32 milhões, refletindo ocompromisso do fortalecimento da atividade pesqueira.

O Banco é o órgão gestor do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE, eanualmente, responsável pela coordenação do processo que envolve a elaboração da programação do FNE,aplicando pesquisas relativas aos programas do Fundo, bem como organizando encontros estaduais num processointerativo, envolvendo o Ministério da Integração Nacional, os Governos Estaduais e Municipais e os representantesdos setores produtivos organizados da Região Nordeste, objetivando a elaboração de projeção da distribuição dosrecursos do FNE nos vários estados/setores da área de atuação do Banco. A partir do ano de 2006 foi destinada

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atenção especial à região semi-árida, contemplando a confecção de mapas com a nova delimitação do semi-árido,bem como a realização de seminário em todos os estados sobre as potencialidades naquela sub-região. Com oobjetivo de subsidiar a definição das políticas de financiamento das diversas atividades/cadeias produtivas apoiadaspelo Banco, foram realizadas videoconferências sobre referidas atividades/cadeias, envolvendo o corpo técnico egerencial da Direção Geral e das Unidades do Banco.

Em relação à Política Ambiental, existe atualização contínua com o intuito de adequar a política definanciamento às diretrizes determinadas pelo Governo Federal através do Ministério do Meio Ambiente, e pelosGovernos Estaduais, em relação à política ambiental local. No tocante à Difusão Tecnológica, foram formatadosdois programas de difusão tecnológica voltados para o fortalecimento da caprinovinocultura e da pequenaagricultura irrigada. O principal objetivo dos programas é a elaboração de uma estratégia de transferência detecnologia, sustentável e adequada à realidade, no caso da agricultura irrigada, aos mini e pequenos produtoresrurais e, no caso da caprinovinocultura, aos mini, pequenos e médios produtores rurais.

A atualização das políticas de financiamento requer a participação de funcionários do Banco emcâmaras setoriais e técnicas junto a Ministérios como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca-SEAP, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior-MDIC, Ministério da Integração-MI, Ministério do Turismo, dentre outros. Destaque-se, ainda, que aparticipação em câmaras setoriais e técnicas, reuniões de trabalho e projetos conjuntos constitui papel de articulaçãoe representação institucional do Banco e da Região com o governo federal.

Desenvolvimento Territorial

No ano de 2006 houve atualização da Política de Desenvolvimento Territorial do BNB e doPrograma Agentes de Desenvolvimento, contemplando a instituição de Prioridades Regionais pela Direção Geral ePrioridades Estaduais adequadas por cada Superintendência, em relação aos setores econômicos e atividadesapoiados pelo Banco, a redefinição da área de atuação territorial e do foco de ação dos Agentes deDesenvolvimento, passando a apoiar Grupos Produtivos.

Tendo como premissas básicas as prioridades citadas anteriormente, as SuperintendênciasEstaduais juntamente com as agências do Banco formataram a Carteira de Projetos Territoriais. Como exemplos deprojetos priorizados pelos estados:

• Programa Nacional de Produção de Biodiesel – PNPB – Adesão do BNB através de Parceria envolvendoPetrobrás, Empresa Brasil Biodiesel Comércio e Indústria de Óleos Vegetais Ltda, Ministério do DesenvolvimentoAgrário – MDA, Governo Estadual, Confederação dos Trabalhadores na Agricultura – Contag, objetivando ofomento à produção de mamona para fins de biodiesel. Cooperação técnica firmada ao final do exercício de 2006.

• Projeto Piloto Integrado Produção e Habitação Rural – Elaboração e viabilização em parceria com MDA, Caixa,Funtepe, Fetape e UPE. Foram identificados 11 assentamentos em PE que tiveram o Crédito Fundiário do BNBaprovado e contratado. Esses assentamentos foram selecionados para obtenção de recursos não reembolsáveis daCaixa para construção das moradias, totalizando 128 famílias no projeto piloto. O primeiro contrato foi assinado e asconstruções das moradias foram iniciadas em dezembro.

Integra também a Política de Desenvolvimento Territorial do BNB o apoio à execução de políticaspúblicas. Em 2006, a Área de Políticas integrou a equipe de coordenação de eventos especiais, que podemos citarcomo exemplo o Dia da Agricultura Familiar – coordenação e realização de 50 eventos especiais de AgriculturaFamiliar, distribuídos em todos os estados da área de atuação do BNB, onde foram divulgados os resultados doPronaf, com realização de contratos, palestras, estande de documentação de trabalhadoras rurais, instalação doprograma Arca das Letras, atrações culturais e demais atividades relacionadas ao público da agricultura familiar.Esses eventos foram realizados em parceria com Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e, no BNB, com oAmbiente de Gerenciamento do Pronaf, Crédito Fundiário e Agentes de Desenvolvimento.

Microfinanças e Projetos Especiais

Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – Prodetur NE/II

O Contrato de Empréstimo 1392/OC-BR foi assinado em 27/09/2002. Todavia, como oProdetur/NE II trouxe na sua concepção conceitos não usualmente utilizados na administração pública, os dois anosseguintes à contratação foram marcados pelo esforço dos submutuários em atender às condições para adesão ao

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Programa, atuando no sentido de instalar Conselhos de Turismo em cada Pólo, elaborar os respectivos Planos deDesenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), validá-los junto aos Conselhos, encaminhá-los aoBanco para análise e elaborar os respectivos projetos objetos de financiamento.

No exercício de 2003, o BNB providenciou o cumprimento de todas as condições prévias aoprimeiro desembolso de recursos do financiamento, conforme consta do referido Contrato de Empréstimo. Em19/01/2004, depois de cumpridas essas condições, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, por meio doexpediente CBR nº 197/2004, declarou o Contrato de Empréstimo 1392/OC-BR elegível para desembolso.

Em 16/03/2004, foi formalizado o Primeiro Aditivo Contratual, inserindo flexibilizações emalgumas cláusulas consideradas restritivas à execução do Programa e, na mesma data, foi assinado o primeirocontrato de subempréstimo com o estado do Rio Grande do Norte e no final daquele mesmo ano, foi celebrado oprimeiro contrato de subempréstimo com o estado da Bahia. No ano de 2005 foram celebrados dois contratos com oestado do Ceará.

No primeiro semestre de 2006 concluiu-se o processo de subcontratação do financiamento,mediante a assinatura de contratos, neste ano, com os estados de Pernambuco, Bahia (3º contrato), Minas Gerais ePiauí. O quadro a seguir reflete a situação do Programa no que tange as subcontratações:

ANO CONTR.FINANCIAM.(US$ milhões)

CONTRAP.(US$ milhões)

TOTAL(US$ milhões)

2004 RN 21,3 17,7 39,0

2004 BA 10,0 6,6 16,6

2005 CE 21,9 25,5 47,42005 CE 38,1 14,5 52,6

2006 BA 14,0 25,4 39,4

2006 PE 75,0 50,0 125,02006 MG 27,5 29,1 56,6

2006 BA 15,0 18,6 33,6

2006 PI 15,0 10,9 25,9Total contratado 237,8 198,3 436,1

Quanto aos aspectos financeiros, os desembolsos de recursos pelo BNB aos submutuárioscomeçaram em agosto de 2005 e até a presente data foram efetuadas liberações para os estados do Ceará, Bahia eRio Grande do Norte, conforme demonstrado a seguir, totalizando cerca de US$ 13 milhões.

DESEMBOLSOS EFETUADOS(Valores em US$)

SUBMUTUÁRIO CONTRATADO DESEMBOLSADO

RIO GRANDE DO NORTE 21.300.000,00 3.386.415,98

BAHIA 39.000.000,00 7.231.785,77

CEARÁ 60.000.000,00 2.312.505,77

TOTAL 120.300.000,00 12.930.707,52

Os demais estados submutuários não iniciaram a execução das suas ações com recursos dofinanciamento, entretanto já registram avanços na execução de alguns projetos com recursos da União, através doMinistério do Turismo, que compõem a contrapartida local. Segundo informações do MTur, já foram aportados aoPrograma cerca de US$ 30 milhões, que estão sendo gradativamente reconhecidas pelo BNB e computadas noPrograma. O saldo atual do Programa para efeito de desembolso é de US$ 224,9 milhões e deverá ser aplicado até27/09/2009, dado que em maio de 2006 foi autorizada pela Comissão de Financiamentos Externos – Cofiex aprorrogação por dois anos do prazo de desembolso dos recursos, que originalmente tinha como data limite27/09/2007.

Microcrédito

O Banco do Nordeste do Brasil S/A opera no segmento de microcrédito produtivo orientado desde1998, com uma área especializada e com marca própria – Programa de Microcrédito do Banco do Nordeste -

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Crediamigo. Tornou-se, assim, o primeiro banco público de primeiro piso do Brasil a ter um modelo de atuaçãovoltado para o microcrédito.

O crédito atende empreendedores proprietários de micronegócios formais ou informais, comfinanciamentos para capital de giro e investimento fixo, com a finalidade de gerar um maior volume de receitas oumelhorar as condições de vida da família.

O Crediamigo oferece oportunidades e facilidades que diferenciam seus empréstimos dos demaisoferecidos pelo setor financeiro formal, como os grupos solidários em substituição às garantias tradicionais, e oatendimento personalizado realizado por assessores no local de trabalho dos empreendedores. Os assessores sãotreinados para efetuar o levantamento sócio-econômico do negócio, definir as necessidades de crédito e capacidadede pagamento, bem como para prestar orientação educativa sobre o planejamento do negócio.

Os empreendedores clientes do Crediamigo também têm acesso a curso de capacitação gerencialministrado em sala de aula, e a curso de educação básica que atende também familiares e pessoas que apóiam oempreendimento quando em situação de analfabetismo funcional.

Desempenho Operacional e Financeiro

O volume de empréstimos realizados no ano de 2006 foi da ordem de R$ 639,6 milhões. Essevalor representa um crescimento de 16,67 % em relação ao ano anterior, quando foram emprestados R$ 548,2milhões. Os empréstimos acumulados de 1998 a novembro de 2006 são da ordem de R$ 2,72 bilhões, querepresentam 3,17 milhões de operações. Com esse desempenho o Crediamigo consolida-se como o maior programade microcrédito produtivo orientado do Brasil.

EMPRÉSTIMOS DESEMBOLSADOS EMPRÉSTIMOS DESEMBOLSADOS (R$ MILHÕES) (QUANTIDADE)

296,7346,8

392,5440,9

548,2

639,6

2001 2002 2003 2004 2005 2006

250.119

359.216

434.810

507.807

595.742

690.415

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: Banco do Nordeste / Ambiente de Microfinanças

A capacidade operacional vem apresentando um crescimento contínuo de clientes beneficiadoscom operações de crédito por dia, alcançando uma média de 2.773 clientes por dia em 2006. A média de clientesbeneficiados por dia em 2005 foi de 2.257 clientes, o que significa um crescimento de 22,87% na média decontratações diárias. Em 2006 o Crediamigo alcançou o número de 235.729 clientes ativos, o que representa umcrescimento de 20,65 % em relação ao ano anterior. Além disso, o Programa obteve um crescimento de 25,22% desua Carteira Ativa.

Agricultura Familiar e Reforma Agrária

Agricultura Familiar

O Banco do Nordeste do Brasil, instituição voltada para o desenvolvimento regional, destaca-se naoperacionalização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf em sua área de

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atuação. No ano de 2006, foram aplicados R$ 1.479,05 milhões, contratando 675.189 operações, nos diversosgrupos e linhas do Pronaf, conforme o quadro:

DEMONSTRATIVO DOS FINANCIAMENTOS DO SETOR RURAL,CONCEDIDOS EM 2006, NO ÂMBITO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR –

PRONAF, POR REGIÃO E UNIDADE DA FEDERAÇÃO(VALORES EM R$ MIL)

Região/Estado Quantidade

Valor

Região Nordeste

ALAGOAS 37.248 70.833,8

BAHIA 112.343 267.406,1

CEARÁ 99.667 206.799,9

MARANHÃO 87.018 249.316,9

PARAÍBA 46.709 104.709,3

PERNAMBUCO 78.621 165.190,9

PIAUÍ 67.789 132.980,7

R. G. DO NORTE 40.505 99.521,0

SERGIPE 37.159 72.921,6

Total Região Nordeste 607.059 1.369.680,3Região Sudeste

ESPÍRITO SANTO 2.347 9.134,7

MINAS GERAIS 65.783 100.240,4

Total Região Sudeste 68.130 109.375,1

Total Banco do Nordeste do Brasil 675.189 1.479.055,3 Fonte: Banco do Nordeste do Brasil

Desse valor total, ressalta-se que R$ 591,6 milhões foram aplicados no Pronaf Grupo B, cujopúblico-alvo são agricultores familiares com renda bruta anual familiar de até R$ 3.000,00, e R$ 214,9 milhõesforam contratados no âmbito do Pronaf Grupo A, que se destina a agricultores familiares assentados da reformaagrária.

Com a finalidade de expandir o atendimento aos agricultores familiares, mediante a concessão demicrocrédito produtivo e orientado no âmbito do Pronaf B, o BNB criou o programa de microcrédito ruralAgroamigo, tendo sido implantado em 170 agências do Banco, atuando, no final de 2006, em 722 municípios,objetivando especificamente:

• Garantir maior agilidade no processo de concessão do crédito;• Realizar o atendimento aos agricultores familiares com serviços de microfinanças;• Ampliar o grau de proximidade com clientes da área rural; e• Viabilizar maior capacidade operacional para o Banco e melhor acompanhamento do crédito.

Desde o início da operacionalização do Agroamigo já foram contratadas 156.530 operações, nomontante de R$ 168.003,7 mil.

Crédito Fundiário

O Banco do Nordeste do Brasil atua como agente financeiro do Programa Nacional de CréditoFundiário (PNCF), criado pelo Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com oobjetivo de contribuir para a redução da pobreza rural mediante o aumento da renda dos trabalhadores rurais, tendopor finalidade financiar a compra de terras por trabalhadores rurais não-proprietários, preferencialmente osassalariados, parceiros, posseiros e arrendatários, e também agricultores proprietários de imóveis rurais com áreainferior ao módulo fiscal do município.

O Banco operacionaliza os seguintes programas de crédito que fazem parte do Programa Nacionalde Crédito Fundiário (PNCF):

a) Programa de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural, que é composto de dois subprojetos:

• Subprojeto de Aquisição de Terra – SAT: financia, com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, deforma reembolsável, a aquisição da propriedade rural com as benfeitorias existentes, diretamente às associações

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dos agricultores. No ano de 2006, o Banco contratou 341 operações no montante R$ 39,8 milhões, atendendo a6.209 famílias; e

• Subprojeto de Investimentos Complementares – SIC: esse subprojeto financia, de forma não-reembolsável, comrecursos do Banco Mundial, os investimentos comunitários complementares (produtivos, infra-estrutura esociais) para os imóveis adquiridos com o SAT. Em 2006, o Banco contratou 277 operações do SIC com asassociações dos agricultores familiares, envolvendo R$ 49,9 milhões.

b) Programa de Crédito Fundiário – Consolidação da Agricultura Familiar (CAF), financia, com recursos do Fundode Terras e da Reforma Agrária, de forma reembolsável, a aquisição da propriedade rural com as benfeitoriasexistentes bem como investimentos em infra-estrutura básica e produtiva, diretamente às associações dosagricultores. No ano de 2006, o Banco contratou 134 operações no montante de R$ 15,1 milhões, atendendo a461 famílias.

Apoio à Política de Comércio Exterior

No processo de retomada da atuação na área comercial de curto prazo é cada vez maior aquantidade de agências que vêm realizando operações de câmbio. Em 2005, 40 agências compunham a carteira decâmbio do Banco, o ano de 2006 finalizou com um total de 54 agências, muitas das quais jamais haviam realizadosequer um negócio da espécie.

A carteira de câmbio atingiu, em 31/12/2006, um saldo contábil de R$ 233,9 milhões. Fatotambém relevante é que, somada a movimentação de todos os negócios de câmbio realizados durante o ano de 2006,compreendendo operações de crédito, serviços de câmbio pronto, interbancário e arbitragens, o volume ultrapassa acifra de R$ 1,72 bilhão, representando 2.007 contratações.

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4. BANCO DA AMAZÔNIA - BASA

O desempenho apresentado pelo Banco da Amazônia no exercício de 2006 esteve pautado nocompromisso estratégico da instituição com o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica, buscando inserirsua economia nos mercados nacional e internacional mediante incorporação de novas tecnologias de produçãoassentadas nos princípios de valorização do meio ambiente, incentivo as atividades inovadoras que conciliem odesenvolvimento econômico com as preocupações ambientais e sociais, disponibilizando recursos para amodernização e competitividade, sobretudo para o segmento da agricultura de base familiar, apoiandofinanceiramente o desenvolvimento científico regional, por meio de projetos de diversas instituições de ensino epesquisa estabelecidas na região, e por meio de ações de fomento balizadas em políticas integradas com outrasinstituições, visando o fortalecimento e a ampliação das alianças institucionais.

Essa forma de atuar do BASA é pautada no reconhecimento de que o processo de desenvolvimentointegrado e sustentável de uma região com as características da Amazônia passa, necessariamente, pela incorporaçãode mecanismos da gestão compartilhada, baseados na integração, cooperação e co-responsabilidade entre os atorespartícipes do processo de desenvolvimento, pois esta se ajusta ao ambiente regional, já que no lugar da forma deatuação convencional das instituições, com a execução de ações isoladas que se sobrepõem ou deixam lacunas,coloca-se em prática a integração e focalização de ações, de maneira sinérgica e complementar, potencializando osresultados a serem alcançados. Assim, o Banco da Amazônia, juntamente com vários atores representativos dasociedade regional, implantou, em cada estado da Região Amazônica, Núcleos de Gestão Compartilhada que estãoarticulando as ações necessárias para o desenvolvimento de iniciativas que colaborem com o desenvolvimentosustentável da Amazônia.

Durante o exercício de 2006, o Banco da Amazônia continuou o processo de identificação daspotencialidades econômicas em nível local, visando à estruturação e fortalecimento dos arranjos produtivosprioritários para a região, viabilizando a formatação de projetos que valorizem o uso racional de matérias-primaslocais e que, ao mesmo tempo, contribuam para o aumento do valor agregado regional. Buscou também implantarnovas oportunidades de negócios voltadas para os segmentos sustentáveis, consolidando sua presença comoinstituição indutora do desenvolvimento regional. Essas iniciativas estiveram focadas no propósito de compatibilizaras ações creditícias do Banco da Amazônia à consecução de três mega objetivos do governo federal, constantes noPPA 2004-2007: inclusão social e redução das desigualdades sociais; crescimento com geração de trabalho,emprego e renda, ambientalmente sustentável e redutor das desigualdades regionais; e promoção e expansão dacidadania e fortalecimento da democracia.

Quanto à capilaridade, o Banco da Amazônia tem utilizado o critério de maximização da expansãoda cobertura regional, atuando em conjunto com as demais instituições financeiras oficiais, de modo a transferir paraa comunidade os benefícios da ampliação do seu atendimento. Nos últimos quatro anos, O Banco da Amazôniaexpandiu em mais de 50% a sua capilaridade, passando de 101 pontos de atendimentos ao final de 2002 para 155unidades, ano final de 2006. Quando comparado com o exercício de 2005, o incremento foi de 26%, quando a redeera constituída por 123 unidades.

O Banco da Amazônia incentiva a realização de pesquisas científicas de novas tecnologiasvoltadas ao desenvolvimento econômico sustentável e à conservação da biodiversidade regional. Executados poragentes regionais, tais pesquisas são um importante instrumento de informação para o planejamento e orientação dasdecisões sobre investimentos do setor produtivo. Por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Pesquisasna Amazônia, foram firmadas parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), comuniversidades e institutos de pesquisa da região, visando a execução de pesquisas de desenvolvimento sustentávelem áreas como: agricultura sem queima, recursos florestais, biodiesel, estudo de bioplástico de mandioca e manejode rios, entre outros temas de interesse do desenvolvimento científico e tecnológico da Amazônia. No período de2004 a 2006, foram apoiados 63 projetos de pesquisa, envolvendo recursos da ordem de R$ 4,5 milhões.

Destaque para a pesquisa de produção de óleo a partir de espécies nativas da Amazônia, apoiadapelo Banco da Amazônia, onde cerca de 300 famílias estão deixando a agricultura de subsistência para se aprimorarna produção do biodiesel. Já foram implantados na Região do Baixo Tocantins, no Pará, sede do projeto piloto daRede de Biodiesel na Amazônia, quatro versões do Projeto Dendê, beneficiando 182 famílias, sendo que a quintaversão do projeto deve incluir mais 100 famílias. As comunidades envolvidas no trabalho querem fomentar aprodução e uso do biodiesel, realizar pesquisas com oleaginosas, buscar financiamentos para aquisição deequipamentos necessários à extração de óleo e criar cooperativas de crédito que possam fortalecer suas famílias.

C - 531

Dessa forma, o Banco da Amazônia passa a incorporar o biodiesel para fomentar projetos de desenvolvimentosustentável na Região.

Para facilitar a ampliação de mercados aos produtos regionais, o Banco da Amazônia criou a suaárea internacional, em maio de 2005. Desde então, vem estabelecendo contatos com técnicos do Japan Bank forInternational Cooperation (JBIC), visando buscar recursos internacionais destinados a reforçar o portfólio das linhasoperacionais dos seus programas de financiamento, abrindo perspectivas para a inserção de investimentosestrangeiros nos arranjos produtivos regionais. Durante o exercício de 2006, o Banco da Amazônia procurouestruturar sua área internacional a fim de capacitá-la para, nos anos seguintes, dar seqüência a outras iniciativasinternacionais.

A política de crédito do Banco da Amazônia também leva em consideração a condição natural daregião em incorporar no seu processo de desenvolvimento um novo padrão de utilização de suas fontes de riquezas,baseado no incentivo às atividades inovadoras que estejam alinhadas aos princípios norteadores da sustentabilidadeeconômica e ambiental. Com base nesta premissa, instituiu o Prêmio Banco da Amazônia de EmpreendedorismoConsciente, com os projetos vencedores sendo premiados em agosto de 2006, cuja concepção está assentada em umnovo conceito, denominando ecossistemas de negócios, tendo por objetivo ampliar a consciência da sociedade sobreo modelo de desenvolvimento praticado na Amazônia e incentivar o maior número de pessoas a investirem suacriatividade na concepção de soluções viáveis e concretas para um desenvolvimento econômico e social com zero dedegradação de seus ecossistemas.

Finalmente, o Banco da Amazônia vem realizando estudos dos setores produtivos que contam comseu apoio financeiro, objetivando a identificação de áreas potenciais e de oportunidades de investimentos, a partirdos estados que apresentam menores índices de aplicação de recursos. Esses estudos contemplam análises deconjuntura do mercado, da dinâmica das mudanças estruturais em curso e das oportunidades de negócios que podemsurgir no curto e longo prazo, configurando-se em importante instrumento para apoiar as decisões do Banco noatendimento das demandas por crédito. Em 2006 foram elaborados os seguintes estudos: Estudo Setorial da Pecuáriade Corte; Estudo Setorial do Café; Estudo Setorial de Grãos (Arroz, Milho e Soja); Estudo Setorial da Pecuária deLeite; e Estudo Setorial da Pesca.

PROGRAMA AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL

Financiamento de Projetos de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia.

A atuação creditícia dar-se por meio do Programa de Financiamento ao Turismo Sustentável –FNO -Turismo que tem por objetivo contribuir para o crescimento do turismo regional desenvolvido em basessustentáveis, financiando todos os bens e serviços necessários à implantação, ampliação e modernização deempreendimentos turísticos.

Os beneficiários dessa ação são as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive firmasindividuais, organizadas segundo as leis brasileiras e que tenham sede no país, independente da nacionalidade de seucapital e a nacionalidade, domicílio e residência das pessoas que exercem o seu controle; associações e cooperativasde produção, legalmente constituídas e em atividade há mais de seis meses, com pelo menos, 70% do quadro socialcomposto de micro e pequenas empresas.

Principais contribuições ao cumprimento do programa do governo:

• Democratização do crédito, promovendo inclusão social por meio da geração de emprego e renda;• Apoio ao aumento da riqueza e da demanda regional, com ampliação da base tributária, por meio da

diversificação da estrutura produtiva;• Promoção do desenvolvimento regional equilibrado, reduzindo desigualdades sociais, através da integração

intra e inter-regional; e• Integração da economia regional aos mercados.

Durante o exercício de 2006, os financiamentos realizados pelo Programa FNO-Turismo, nos seteestados da Região Norte, somaram R$ 5,1 milhões, contemplando três empreendimentos financiados.

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RESULTADOS FÍSICOS E FINANCEIROS DO PROGRAMA FNO-TURISMO EM 2006

PROGRAMADO EFETIVADO

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

52 25.920.440,00 3 5.130.635,00

Fonte: Banco da Amazônia

Embora o Banco da Amazônia, em parceria com o Ministério do Turismo e governos estaduais,procure iniciativas para dinamizar o turismo na região, a aplicação de recursos em empreendimentos nesse setorpoderia ser incrementada, tendo em vista as dificuldades da infra-estrutura física básica e urbana instalada noterritório e falta de divulgação dos produtos turísticos regionais, bem como a pouca articulação para odesenvolvimento turístico regional entre os agentes e a ausência de estudos de mercado que possibilite investir nosetor com mais segurança. Assim, uma atuação mais efetiva de competência de agentes públicos e privados em nívelestadual e municipal, nos locais que apresentem potencial turístico, propiciaria uma alavancagem no investimentono setor, o que por sua vez concorreria para a melhoria do desempenho da aplicação creditícia no mesmo.

PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF)

Concessão de Crédito para Agricultores Familiares.

O Pronaf visa fortalecer a Agricultura Familiar, promovendo sua inserção competitiva nosmercados de produtos e fatores. A partir da linha de financiamento do Banco da Amazônia, é prestado apoiofinanceiro ao desenvolvimento das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante empregodireto da força de trabalho do produtor rural e de sua família.

São beneficiários dessa ação os agricultores familiares e trabalhadores rurais, inclusiveremanescentes de quilombos e indígenas, enquadrados nas categorias e condições definidas no MCR-10, mediantedeclaração de aptidão ao programa, contemplando também, de acordo com a renda e a caracterização da mão-de-obra utilizada: pescadores artesanais; extrativistas que se dediquem à exploração extrativista vegetal ecologicamentesustentável; silvicultores que cultivam florestas nativas ou exóticas e promovam o manejo sustentável daquelesambientes; e aqüicultores.

Principais contribuições ao cumprimento do programa do governo:

• Democratização do crédito, promovendo inclusão social por meio da geração de emprego e renda;• Apoio ao aumento da riqueza e da demanda regional, com ampliação da base tributária pela diversificação da

estrutura produtiva;• Promoção do desenvolvimento regional equilibrado, reduzindo desigualdades sociais mediante integração intra

e inter-regional;• Viabilização das condições para exploração das vocações regionais em bases sustentáveis e para a utilização da

mão-de-obra familiar; e• Integração da economia regional aos mercados.

Por meio do Pronaf, o Banco da Amazônia auxilia o governo federal na execução da política dereforma agrária com financiamento de atividades produtivas na Região Amazônica, desenvolvidas em áreas decolonização. Com esses recursos, o BASA financiou, em 2006, cerca de 33 mil operações, no total de R$ 275milhões, gerando, aproximadamente, 134 mil ocupações de mão-de-obra na região, conforme demonstrado noquadro a seguir:

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RESULTADOS FÍSICOS E FINANCEIROS DO PRONAF EM 2006

PROGRAMADO EFETIVADO

FONTE DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) 18.637 169.593.736,00 26.581 267.933.916,00

Orçamento da União 11.642 49.155.000,00 6.706 7.308.773,00

Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) 5.495 50.000.000,00 0 0,00

TOTAL 35.774 268.748.736,00 33.287 275.242.689,00 Fonte: Banco da Amazônia

Como se verifica, a maior demanda pelos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento doNorte (FNO) pode ser explicada, sobretudo, pela maior atratividade dos encargos praticados nos financiamentosdessa fonte frente às outras (FAT e Orçamento da União), influenciando, sobremaneira, o desempenho destas.

Além do apoio do crédito direto, a agricultura familiar regional também passa a ter o apoio doBanco da Amazônia para a prestação do serviço de assistência técnica, disponibilizando recursos do seu próprioorçamento para fortalecer e melhorar o desempenho dos órgãos estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural -ATER junto aos mini e pequenos produtores rurais da Região Norte. Para a safra 2005/2006, o Banco da Amazôniadisponibilizou R$ 3,0 milhões. Trata-se de uma parceria pioneira com o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) que visa eliminar um problema que há muitos anos aflige o pequeno produtor rural da região: a falta deapoio técnico para o cultivo e a comercialização da safra. Com isso, o BASA espera melhorar os resultados de suapolítica de crédito e proporcionar maior retorno financeiro para a agricultura familiar, que se constitui numimportante segmento da economia rural amazônica.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DE ESPAÇOS-SUBREGIONAIS (PROMESO)

Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional na Amazônia.

Tem por finalidade apoiar, com recursos não reembolsáveis (renúncia fiscal), a elaboração eexecução de projetos de pesquisa (custeio) voltados aos aspectos tecnológicos, econômicos, sociais e ambientais dasatividades produtivas prioritárias para o desenvolvimento da Amazônia.

Podem pleitear colaboração financeira ao programa de pesquisa do Banco da Amazônia, para arealização de pesquisas científicas, as universidades, os institutos de pesquisa e outras entidades que, técnica elegalmente habilitadas, satisfaçam os requisitos exigidos.

Principais contribuições ao cumprimento do programa do governo

• Desenvolvimento e adaptação de novas tecnologias;• Identificação de novas oportunidades de investimento;• Ampliação do estoque de conhecimento voltado ao desenvolvimento sustentável da Amazônia;• Desenvolvimento de estudos e pesquisas aplicadas, promovendo a exploração sustentável das vocações e

potencialidades regionais;• Contribuição à manutenção e ao fortalecimento da comunidade científica regional; e• Difusão das questões amazônicas.

Durante o exercício de 2006, o Banco da Amazônia financiou 17 novos projetos de pesquisa,totalizando R$ 1.697.414,80, conforme a seguir:

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RESULTADOS FÍSICOS E FINANCEIROS DO PROMESO EM 2006

PROGRAMADO EFETIVADO

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

90 5.000.000,00 17 1.697.414,80

Fonte: Banco da Amazônia

No apoio à pesquisa científica e tecnológica, o Banco da Amazônia procura fazer convergiriniciativas que priorizem as vocações socioeconômicas regionais, sempre tendo em vista a preservação da identidadecultural da sociedade amazônica. Assim, foram concluídas pesquisas, publicados trabalhos e celebradas parceriaspara proporcionar apoio ao processo decisório de novos investimentos, que passaram a ser ferramentas de suporteimportantes para planejar o desenvolvimento sustentável.

Por outro lado, a deficiência de infra-estrutura na área de ciência e tecnologia na Amazônia, comofalta de laboratórios, centros de excelência e pequeno número de pesquisadores, refletem na quantidade e qualidadedos projetos apresentados, dificultando a aplicação dos recursos em sua totalidade.

PROGRAMA BANCO PARA TODOS

Conta Simplificada

Para atender esta ação, o Banco da Amazônia criou a Conta Sinal Verde, que é um conjunto decontas simplificadas destinado exclusivamente às pessoas físicas, individualmente, com o objetivo de proporcionaracesso às facilidades bancárias e creditícias de forma mais ágil e simplificada.

São beneficiários dessa ação todas as pessoas físicas que não possuem conta corrente ou poupançaem qualquer banco. O Banco da Amazônia oferece três opções diferenciadas de atendimento: A conta AmazôniaJovem, para estudantes de nível médio, técnico e superior; a conta Amazônia Cidadão, para aposentados epensionistas; e a conta Amazônia Fácil, para autônomos, profissionais liberais, funcionários públicos, donas de casa,microempreendedores da economia informal, dentre outros. O beneficiário pode consultar saldo e extrato, efetuardepósitos e saques e pagar contas, por meio de cartão magnético; fazer compras em lojas credenciadas da rede 24horas; e obter empréstimo na linha do microcrédito junto ao banco. A abertura dessa conta é totalmente gratuita esem burocracia.

Principais contribuições ao cumprimento do programa do governo:

Disponibilização de serviços bancários a 30.230 pessoas de baixa renda e microempreendedoresformais e informais, permitindo acesso facilitado a serviços financeiros (conta corrente, poupança, seguros ecréditos) e inclusão social.

Em 2006 foram abertas 3.545 novas contas simplificadas no Banco da Amazônia, atingindo o totalde 30.230 contas abertas desde 2003, ano de criação do programa. Atualmente, existem 27.496 contas simplificadasativas, sendo 11.592 (42,1%) de pensionistas e aposentados; 326 (1,2%) de universitários e jovens; e 15.578 (56,7%)de profissionais liberais, autônomos, donas de casa e outros. Não há previsão de execução financeira para esta ação.

RESULTADOS FÍSICOS DA CONTA SINAL VERDE EM 2006

PROGRAMADO EFETIVADO

DADOS FÍSICOS DADOS FÍSICOS

34.362 3.545

Fonte: Banco da Amazônia

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Concessão de Crédito à População de Baixa Renda.

Para executar esta ação, o Banco da Amazônia criou uma modalidade de empréstimo chamadaAmazônia Microcrédito, destinado à população de baixa renda, aposentados e pensionistas, microempreendedoresda economia informal e microempresários, com a finalidade de suprir as necessidades de crédito de curto prazo, cujataxa efetiva de juros é de 2% ao mês. Os empréstimos não têm destinação específica.

São beneficiários dessa ação pessoas físicas detentoras de conta simplificada, titulares de contacorrente ou de poupança que, em conjunto com as demais aplicações financeiras do Banco da Amazônia, nãoapresentem saldo médio mensal superior a R$ 1.000,00 e que tenham renda de até dois salários mínimos;microempreendedores (autônomos, donas de casa, profissionais liberais, etc.) que possuem empreendimento denatureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, que atuam no mercado informal; aposentados epensionistas do INSS, que recebam até dois salários mínimos de aposentadoria ou pensão pelo Banco da Amazônia;e microempresas, desde que o valor da operação para essa linha somado ao saldo de outras operações de crédito quetenha em qualquer instituição financeira não ultrapasse R$ 10.000,00.

Principais contribuições ao cumprimento do Programa do Governo

Liberação de microcrédito a 44.599 pessoas e microempreendedores formais e informais, no valortotal de R$ 24, 9 milhões, permitindo geração de trabalho e renda e inclusão social.

Durante o exercício de 2006, o Banco da Amazônia financiou 9.280 operações nessa linha decrédito, concedendo empréstimos que totalizaram R$ 5.379.845,00, com valor médio de R$ 579,70 por beneficiário.De 2003 a 2006, emprestou R$ 24.924.058,86 para 44.599 operações de microcrédito.

RESULTADOS FÍSICOS E FINANCEIROS DO AMAZÔNIA MICROCRÉDITO EM 2006

PROGRAMADO EFETIVADO

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

DADOSFÍSICOS

DADOSFINANCEIROS (R$)

19.961 14.717.210,00 9.280 5.379.845,00

Fonte: Banco da Amazônia

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5. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

A Caixa Econômica Federal - Caixa encerra mais um exercício destacando-se pelo desempenhoeconômico-financeiro, pela execução das políticas sociais do governo federal e apoio à administração pública e peloconjunto das suas ações de responsabilidade social.

Em 2006, em consonância com as diretrizes e os objetivos do governo federal, a Caixa mantevecomo prioritária a área habitacional, incentivando e estimulando a concessão de financiamentos em operações decrédito voltadas para o atendimento à população de baixa renda, para reduzir o déficit habitacional e asdesigualdades sociais e regionais e, ainda, gerar novos empregos. Só nessa área, a Caixa alcançou o volume de R$14,17 bilhões contratados, o maior volume contratado na história da empresa.

A Caixa tem uma forte atuação em prol do desenvolvimento sustentável por meio de seus produtose serviços, fomentando habitação, saneamento ambiental, infra-estrutura e eficiência ambiental, funcionando comoindutor do comportamento sócio-ambiental responsável de seus clientes e parceiros.

REALIZAÇÕES SOCIAIS

Ações de Inclusão Bancária

Por meio da conta Caixa Fácil, milhares de brasileiros são incluídos no sistema bancário. No anoforam abertas 952.270 contas, alcançando a marca de 4,7 milhões de brasileiros beneficiados. Do total de transaçõesrealizadas pelos clientes, 87% foram efetuadas em canais alternativos, tais como: auto-atendimento, lotéricos,correspondentes bancários e compras com cartão de débito, sendo esse último responsável por 21% das transações.

TRANSFERÊNCIA DE RENDA

Programa Bolsa Família

Em 2006, a Caixa realizou 189,5 milhões de pagamentos de benefícios dos programas detransferência de renda e serviços delegados do governo federal. O volume de recursos envolvidos totalizou R$ 22,1bilhões, representando incremento de 20,8% em relação a 2005.

Nos programas de transferência de renda, representados pelo Bolsa Família, ProgramasRemanescentes (Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio-Gás), PETI, Agente Jovem,Auxílio-Aluno, Garantia Safra, De Volta Para Casa, ProJovem, Bolsa Atleta, Escola de Fábrica e EmergencialContra Seca, em 2006, a Caixa efetuou o pagamento de 141,2 milhões de benefícios, em todos os municípiosbrasileiros, no total de R$ 7,5 bilhões.

Por meio do programa Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo, aCaixa efetuou o pagamento de 113,9 milhões de benefícios, no montante de R$ 7,12 bilhões, incremento de 41,1% e34,3%, respectivamente, em relação a 2005, cumprindo a meta estipulada pelo governo federal de 11,1 milhões defamílias beneficiadas.

O crescimento do Bolsa Família é, também, decorrente da migração de famílias dos programasremanescentes e da inclusão de novas famílias devido ao incentivo às prefeituras para atualização do Cadastro Únicoe pela inserção das famílias com renda per capita de até 1,5 salário mínimo residentes no município.

Com o objetivo de otimizar a gestão de recursos públicos, foram mantidos 13 convênios/contratosde integração do Bolsa Família com programas estaduais e municipais, gerando complemento de benefício para99,11 mil famílias, no montante de R$ 44,8 milhões. Em 2006, também foram firmados mais dois novosconvênios/contratos de integração do Bolsa Família com os municípios de São Paulo - SP e Nova Lima - MG.

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Cadastramento Único

A Caixa, por intermédio do Cadastro Único, viabilizou o cadastramento das famílias pobresbrasileiras pelas prefeituras, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,possibilitando a gestão e aplicação das políticas definidas pelo governo federal. Para dar condições e promover amelhor qualificação cadastral, a Caixa capacitou todos os municípios brasileiros para operacionalização doaplicativo.

No exercício, a Caixa atuou com foco na qualificação do Cadastro Único, processando e gerindocerca de 90 milhões de registros de inclusão e alterações cadastrais enviados pelas prefeituras no período de janeiroa maio de 2006. Foram cadastradas 3.100.628 famílias na base do Cadastro Único. Até dezembro de 2006encontravam-se cadastradas 18.831.771 famílias, abrangendo um total de 68.154.827 pessoas.

Em 2006 foram gerados 4,41 milhões de Cartões do Cidadão, destinados a beneficiários deprogramas sociais, que permite a realização de saques e a emissão de extratos nos canais de atendimento por meiode senha pessoal.

Além disso, houve um incremento no volume de cartões do Bolsa Família, atribuído aocumprimento da meta do programa, e substituição de 6,3 milhões de cartões dos beneficiários dos programasremanescentes migrados para o Bolsa Família. No total foram emitidos 9,43 milhões de cartões.

FUNDOS E PROGRAMAS

Serviços Delegados

Foram pagos R$ 14,5 bilhões na prestação de serviços delegados pelo governo federal (Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e o PIS Quotas e Rendimentos), distribuindo mais de 47,2 milhões de benefícios,como apresentado a seguir:

Valores em R$ mil / Quantidades em Unidades2005 2006

PROGRAMASQtde Valor Qtde Valor

Abono Salarial 8.112.853 2.352.491 9.389.931 3.193.377

PIS Rendimentos 14.446.600 503.599 14.335.199 551.845

PIS Quotas 564.571 479.482 526.629 481.203

Seguro-Desemprego 22.223.782 8.532.277 23.675.466 10.322.847

Total 45.347.806 11.867.850 47.927.225 14.549.272Fonte: Caixa

Foram identificados cerca de 30,5 milhões de trabalhadores com direito aos rendimentos do PIS e,aproximadamente, 9,8 milhões de trabalhadores com direito a receber o Abono Salarial no período de julho de 2006a junho de 2007. Do total de trabalhadores identificados, 87,7% já receberam o benefício Abono Salarial e 42,9%receberam os rendimentos do PIS.

A Caixa, em 2006, pagou o Abono Salarial a 9,39 milhões de trabalhadores com direito aobenefício, montante de R$ 3,19 bilhões, representando o incremento de 35,7% no total de recursos distribuídos emrelação a 2005. Foram pagos 14,33 milhões de rendimentos de benefícios do Programa de Integração Social (PIS),totalizando R$ 561,85 milhões, que representa um aumento de 9,6% no montante de recursos repassados aosbeneficiários. Com relação às quotas do PIS, a Caixa pagou cerca de 526,63 mil benefícios, com o dispêndio de R$481,20 milhões.

No que tange ao Seguro-Desemprego, foram pagas 23,67 milhões de parcelas, distribuindo aossegurados, aproximadamente, R$ 10,32 bilhões.

Em 2006, a Caixa efetuou cerca de 3,4 milhões de atendimentos relacionados à emissão de CPF.

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Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH

O Seguro Habitacional do SFH é um dos instrumentos de proteção aos recursos aplicados na áreahabitacional, pois sua apólice garante as operações de habitação contratadas no âmbito do SFH, nas situações demorte ou invalidez permanente do mutuário e/ou danos físicos nos imóveis. Em 2006, a arrecadação de prêmios foide R$ 382,57 milhões. O volume de sinistros pagos foi de R$ 366,50 milhões, o que equivale ao atendimento deaproximadamente 21 mil famílias que tiveram seus imóveis reformados ou quitados.

Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS

Como instrumento de política social do governo, o FCVS subsidia os contratos de financiamentohabitacional e, por conseguinte, os mutuários do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), assumindo o desequilíbriodos financiamentos habitacionais eventualmente ocasionados pelo descasamento entre os reajustes das prestações edos saldos devedores durante a vigência dos contratos, bem como os descontos concedidos nas liquidaçõesantecipadas e transferências. Em 2006, 36.247 contratos, cujos mutuários liquidaram os seus financiamentosutilizando-se da prerrogativa da Lei nº 10.150/2000, foram habilitados ao FCVS, com 100% de desconto no saldodevedor, beneficiando um total aproximado de 136.289 pessoas.

Financiamento Estudantil – FIES

O Programa de Financiamento Estudantil (FIES) é destinado ao financiamento da graduação emensino superior de estudantes que, estando regularmente matriculados em instituições não gratuitas, não tenhamcondições de arcar com os custos de sua formação. Por meio do FIES, o governo federal atende uma dasprerrogativas básicas para o desenvolvimento de qualquer nação, a qualificação educacional, resultando em cidadãospreparados para entrar no mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Foram realizadas 279,52 mil operações de aditamento, totalizando R$ 584,46 milhões. Osaditamentos são as renovações semestrais dos contratos do FIES, obrigatórias para a manutenção do financiamento.Considerando-se os contratos já liquidados, o FIES encerrou 2006 beneficiando 377,66 mil estudantes.

Fundo de Garantia de Tempo de Serviço - FGTS

A Caixa, na qualidade de agente operador do FGTS, registrou, em 2006, o montante de R$ 36,51bilhões de arrecadação de contribuições ao fundo, por meio de 44,56 milhões de guias. Em relação ao ano anterior, ovalor arrecadado apresentou crescimento nominal de 13,2%. Foram realizados 23,96 milhões de pagamentos nasdiversas modalidades de saques, totalizando R$ 29,7 bilhões. Em comparação a 2005, esses números apresentaram-se superiores em 18,2% e 14,4%, respectivamente. Como operador do FGTS, foi classificada entre as três melhoresempresas na categoria de empresas públicas e sociedade de economia mista, sendo premiada com a Faixa Prata doPrêmio Nacional da Gestão Pública.

CRÉDITO

Microcrédito

A Caixa, que tem vocação para o atendimento às camadas menos favorecidas da população e paraatuação no mercado bancário de varejo, iniciou sua estratégia de ação no segmento de microfinanças em 2003,voltada à orientação para a produção. No Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), são mantidas parcerias com 11OSCIPs para beneficiar os empreendedores que atuam na informalidade e que vivem à margem das operaçõesbancárias por falta de condição de manter conta em instituição de crédito. Em 2006, a Caixa realizou, por meiodessas parcerias, 1.747 operações no MPO, liberando R$ 3.097.569,00 aos empreendedores.

Já para fomentar o consumo e a geração de renda para a população carente, lançou em outubro de2006 uma nova modalidade de empréstimo para atender ao público de trabalhadores informais e de baixa renda. Estamodalidade se destina a pessoas que possuem a conta Caixa Fácil, com valor inicial de empréstimo de R$ 200,00,podendo chegar a R$ 600,00. O pagamento é parcelado em até 12 meses, podendo ser através de carnê ou débitodireto na conta, conforme solicitação do cliente. Em 2006, foram realizadas 1.146.856 operações na modalidade, novalor total de R$ 168,6 milhões.

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Outra linha de microcrédito não produtivo é o Micropenhor. No ano, foram realizadas 1.880.056operações com garantia em jóias, chegando ao valor de R$ 468,5 milhões emprestados.

Crédito Pessoa Física

No momento em que os principais indicadores econômicos confirmam o retorno do Brasil à rotado crescimento, a Caixa tem papel fundamental na oferta e expansão do crédito e, neste desafio, vem reduzindoresponsavelmente as taxas de juro de todas as suas linhas de crédito à pessoa física. Encerrou o ano de 2006 com acarteira de crédito comercial a pessoas físicas no valor de R$ 8,6 bilhões, representando 4,5% de participação dessemercado altamente competitivo.

Destaque-se a evolução dos produtos de crédito consignado, financiamento de material deconstrução – recursos Caixa e Cheque Especial PF, que juntos somaram R$ 7,4 bilhões, representando 77,2% dosaldo gerador de receitas da carteira global de crédito comercial a pessoa física, excetuando-se os cartões de crédito.

O Construcard Caixa, financiamento destinado à aquisição de materiais para construção, reforma eampliação do imóvel por meio de cartão específico, nos mais de 42 mil estabelecimentos comerciais credenciados àCaixa, atingiu, em 2006, a marca de 87.553 contratos, chegando perto de R$ 1,5 bilhão de saldo em carteira. Só noano foram firmados 32.206 contratos, com valor total de R$ 545,2 milhões.

O Cheque Especial PF, no período de 2005 a 2006, apresentou a evolução de 15,6%, saindo de1.663.478 para 1.924.459 contratos, ampliando o volume de aplicação de R$ 504 para R$ 663 bilhões, variação de31,5%.

O Crédito Direto Caixa - CDC, linha de crédito pré-provada para operações parceladas, apresentouincremento na ordem de 23,5% em saldo gerador de receitas quando comparado ao exercício anterior. A pré-aprovação de limite de crédito é uma das formas de automatização do produto, que faz dessa alternativa uma daslinhas de crédito mais procuradas e atrativas para os clientes.

Em 2006 foi lançada a linha de crédito para custeio de cursos MBA/Pós-Graduação, voltada paracursos "lato ou stricto sensu". Essa modalidade de crédito veio beneficiar um público carente, incentivando o seucrescimento profissional, dando-lhes a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e aumentar suacompetitividade no mercado.

Na operação de Antecipação da Restituição de Imposto de Renda PF atingiu-se a marca de 25.504operações contratadas, montante de R$ 38 milhões, e na operação de Antecipação de 13º Salário foram contratadas9.901 operações, totalizando R$ 10,5 milhões.

O Penhor Caixa, caracterizado pela praticidade e taxas acessíveis, aplicou R$ 4,57 bilhões em2006, em um total de 8,2 milhões de contratos. Com a remodelagem do processo de leilão de jóias, foram vendidos29.610 lotes a 1.603 compradores, totalizando uma receita de R$ 23 milhões.

Crédito Pessoa Jurídica

No ano de 2006, as operações de crédito comercial a pessoa jurídica totalizaram R$ 22,8 bilhõesem aplicação, acréscimo de 38,8% em relação a 2005. O saldo das operações com pessoa jurídica evolui 16,5 % em2006, totalizando R$ 6,62 bilhões, contra R$ 5,59 bilhões em 2005.

Dentre alguns programas específicos para micros e pequenas empresas, as linhas de créditovoltadas ao Programa Nacional de Turismo apresentaram crescimento de 20,08% em relação a 2005, totalizandoR$ 817 milhões em 2006.

Destacam-se, também, as operações de Capital de Giro (Desconto, Cheque Empresa Caixa, GIM eConta Garantida) que representam 77,6% do volume total aplicado em crédito para pessoa jurídica. Apenas em 2006foram firmados 47.736 contratos, no valor total de R$ 1,15 bilhão.

Na linha de investimento, cujo total aplicado no ano foi de R$ 1,2 bilhão, o Proger, linha decrédito instituída pelo Ministério do Trabalho para empreendimentos que visem a geração de emprego e renda,atingiu o saldo acumulado de R$ 1,54 bilhão em 2006, representando um crescimento de 142% em comparação a2005 (se minha interpretação estiver correta, sugiro colocar também o valor relativo ao Proger no ano de 2006, e não

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apenas o saldo até 2006). No produto Caixa-Investimento foram firmados, em 2006, 23.905 novos contratos, novalor de R$ 1,04 bilhão. As operações com recursos do BNDES atingiram o saldo total de R$ 327 milhões, sendoque 74,43% dos recursos aplicados foram destinados à micro, pequena e média Empresa.

Com 97,1% dos recursos concedidos em 2006 para micros e pequenas empresas, continua acontribuir com a atual política governamental na expansão e acesso ao crédito, reforçada pela aprovação da nova leidas micros e pequenas empresas, beneficiando o crescimento econômico de forma sustentável para os próximosanos.

PRODUTOS BANCÁRIOS

Poupança

A Poupança da Caixa encerrou 2006 com 31,5 milhões de contas. Nesse período, o saldo dacarteira alcançou o patamar de R$ 59,81 bilhões, representando 12,79% de aumento em relação ao ano de 2005, umaparticipação de mercado da ordem de 32,8%.

Certificado de Depósito Bancário – CDB/RDB

O CDB/RDB alcançou volume de R$ 14,1 bilhões, um crescimento de 11% em relação ao saldo de2005. A participação de mercado da Caixa manteve-se em 6%, mesmo percentual de 2005.

Prestação de Serviços Bancários

Na prestação de serviços bancários, a Caixa oferece à sociedade serviços sob diversasmodalidades. Em 2006, foram realizadas 1,01 bilhão de transações, envolvendo R$ 200 bilhões, em créditos desalário, cobrança bancária, arrecadações de contribuição sindical, tributos, guia de previdência social e deconcessionárias, pagamento de benefícios do INSS, entre outras, representando 13% de crescimento em relação à2005.

Previdência para Estados e Municípios

A Caixa, em consonância com a política do governo federal de promover ajuste sustentável dascontas públicas e de gestão eficiente de recursos, prestou, no segmento de previdência para estados e municípios,consultoria na estruturação ou reestruturação de regimes próprios com o objetivo de assegurar sua solvência nolongo prazo. Em 2006 firmou 158 contratos de consultoria na reestruturação das previdências de 4 estados e 154municípios, contribuindo para garantir o pagamento de benefícios previdenciários a 422 mil segurados, entreservidores ativos, inativos e pensionistas.

Seguros, Capitalização, Previdência Privada e Consórcio Imobiliário

Foram comercializados, em 2006, 3,07 milhões de produtos, representando faturamento de R$3,56 bilhões. O destaque foi o Consórcio Imobiliário, com crescimento de 7,01% na quantidade de quotas vendidas.Esse resultado elevou a participação da Caixa Consórcios para 2º lugar no mercado.

Quantidade em unidades/Valores em R$ mil2005 2006

PRODUTOSQUANTIDADE VALOR Quantidade Valor

Previdência Privada (*) 507.572 997.501 550.134 926.391

Capitalização 4.047.533 298.821 1.294.877 267.390

Seguros 1.595.772 179.772 1.184.246 261.942

Consórcio Imobiliário 37.530 1.861.612 40.161 2.074.936

Consórcio Auto (**) - - 982 25.719

TOTAL 6.188.407 3.337.706 3.070.400 3.556.379(*) A quantidade em Previdência Privada refere-se ao estoque, o valor ao fluxo financeiro(**) Comercializado a partir de Janeiro de 2006.Fonte: CAIXA

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Cartões de Crédito e Débito

A Caixa encerrou 2006 com 3,15 milhões de cartões de crédito, representando o crescimento de24% em relação à 2005. Foram realizadas 70,42 milhões de transações, totalizando R$ 5,64 bilhões. Em comparaçãocom 2005, a quantidade de transações e o volume financeiro movimentado foram 15,8% e 25,3% superiores,respectivamente.

Em 2006, a base de cartões de débito da Caixa, bandeiras MasterCard Maestro e VISA Electron,totalizou 38,47 milhões de cartões, um crescimento de 2,0% em relação à base existente em 2005. As transações e ovolume financeiro movimentado cresceram 32,9% e 37,2%, respectivamente. Mantendo a posição da Caixa comomaior emissor mundial da bandeira MasterCard Maestro. Fechou o ano credenciando mais 14.500 estabelecimentoscomerciais ao sistema Visanet e 19.000 ao sistema Redecard, atingindo a marca de 210 mil domicílios bancários.

A Caixa encerrou o ano também com 6.145 cartões BNDES comercializados e com a melhor taxade ativação entre os emissores do produto, 24,2% dos cartões emitidos sendo utilizados.

Prestação de Serviços de Administração de Créditos Imobiliários

Na qualidade de prestadora de serviços, administra os contratos de créditos imobiliários cedidos àEmpresa Gestora de Ativos (Engea) e, também, dos credores: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),Fundo Garantidor de Créditos (FGC), Banco Central do Brasil, Cia. Hidroelétrica do São Francisco, InstitutoNacional do Seguro Social, Secretaria de Patrimônio da União, além dos contratos dos imóveis funcionais deórgãos/autarquias do governo federal e contratos da própria Caixa oriundos de carteiras cedidas e adquiridas, cujasatividades contemplam a manutenção, cobrança, recuperação de créditos e realização de FCVS, englobando asmodalidades de liquidação, renegociação de dívidas e transferências de devedores. As atividades de realização doFCVS abrangem também os créditos próprios da Caixa cujos contratos prevêem a cobertura de saldo residual peloFCVS.

Em 2006, foram arrecadados e repassados aos credores R$ 1,97 bilhão, relativos a 462.387contratos, gerando uma receita em tarifas pela prestação de serviços de R$ 294,6 milhões. Dos créditos habilitados,em 2006 foram validados 59.087 no valor de R$ 2,9 bilhões, sendo que em 2005 foram validados 54.845 no valor deR$ 1,9 bilhão.

O crédito homologado junto ao FCVS possibilita ao agente financeiro liberar a garantia hipotecáriado crédito, por intermédio da emissão e entrega ao mutuário do ofício de quitação. A emissão da baixa de hipoteca érealizada após minuciosa depuração dos contratos. Em 2006 foram liberadas 123.157 hipotecas para financiamentosimobiliários, 53% acima do quantitativo de 2005 que foi de 80.474 baixas de gravame hipotecário. O acréscimo éjustificado pela inclusão de emissões de baixas de hipoteca para contratos sem FCVS. A liberação de hipotecaperante milhares de famílias representa o cumprimento do papel social da Caixa ao conceder crédito imobiliário.

DESENVOLVIMENTO URBANO

Habitação

A Caixa distribuiu, no decorrer do exercício de 2006, orçamentos e metas relativas aos diversosprogramas implementados com recursos do FGTS, Programa de Arrendamento Residencial (PAR), Caixa/SBPE eFundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)- Habitação, sendo que, do valor total contratado no segmento imobiliário,que inclui também o repasse de recursos do Orçamento da União para habitação, no valor total de R$ 14,17 bilhões,53,0% foram originários da fonte FGTS, 27,7% de recursos próprios da Caixa/SBPE e os restantes 19,3% às demaisfontes: FAT, PAR, FDS e OGU/Habitação.

Na evolução comparada do total das contratações habitacionais de 2005, R$ 8,90 bilhões,verificou-se em 2006 um crescimento de 59,30%, R$ 14,17 bilhões. Relativamente ao número de unidades, aevolução no mesmo período foi 435.135 unidades para 601.026 unidades, crescimento de 38,10%.

Por intermédio dos programas habitacionais implementados com recursos do FGTS, destinados afamílias com renda de até R$ 4.900,00 - com prioridade para a faixa de renda de até cinco salários mínimos, a qual écontemplada com subsídio habitacional, foram atendidas, pela Caixa, 360.377 famílias, das quais 85% integrantes

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dessa faixa de renda. Como decorrência de tais investimentos, foram beneficiadas aproximadamente 1,6 milhão depessoas e gerados cerca de 719 mil novos empregos diretos e indiretos, em todo o território nacional.

Por intermédio do PAR, cuja faixa de renda de atuação é até seis salários mínimos, foramcontratadas, em 2006, operações de aquisição de empreendimentos no valor de R$ 1,27 bilhão, crescimento de24,7% em relação a 2005.

No quadro a seguir é apresentado resumo das contratações habitacionais, por fonte de recursos, noâmbito de todos os programas conduzidos pela Caixa.

Valores em R$ mil / Quantidades em Unidades

ORIGEM RECURSOS/PROGRAMA

VALORESCONTRATADOS

UNIDADESHABITACIONAIS

POPULAÇÃOBENEFICIADA

EMPREGOSGERADOS

FGTS e Subsídios(1) 7.517.308 360.378 1.595.780 718.616

FAT 50.016 4.941 19.764 4.754

FAR/Arrendamento Residencial 1.270.471 40.247 160.988 122.980

Caixa(2) 3.922.726 85.869 343.476 373.903

FDS 96.536 4.413 17.652 9.203

Repasses OGU(3) 992.656 99.234 841.751 112.121

Consórcio Caixa 329.754 5.944 23.776 31.433

TOTAL 14.179.467 601.026 3.003.187 1.373.010Notas: (1) Inclui PSH e Pró-Moradia; (2) Inclui Construcard; (3) Relativos à Habitação (FNHIS).Fonte: Caixa

Já para apoiar o desenvolvimento e fortalecimento da indústria da construção civil, a Caixa firmou,em 2006, 1.663 contratos para capital de giro com antecipação de recebíveis, no valor total de R$ 583,6 milhões..

Saneamento e Infra-estrutura

A atuação da Caixa foi direcionada no sentido do aproveitamento do limite global de R$ 2,54bilhões autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em novembro de 2005, no âmbito da política decontingenciamento de crédito ao setor público, para contratação de operações com entidades públicas estaduais emunicipais, da administração direta e indireta.

Merece destaque, em 2006, a participação do agente financeiro Caixa no limite autorizado de R$2,20 bilhões destinados ao financiamento de ações de saneamento ambiental, dos quais a Caixa formalizou omontante de contratações de R$ 1,06 bilhão em operações com recursos do FGTS.

Juntam-se àquele montante as contratações no valor de R$ 357 milhões em saneamento e infra-estrutura com empresas privadas, e as demandas apresentadas por tomadores do setor público, que, valendo-se deseus Programas de Ajuste Fiscal firmados com a União, obtiveram autorização de endividamento para a contrataçãode R$ 208 milhões relativos ao financiamento de ações de Infra-estrutura habitacional, de R$ 57 milhões para infra-estrutura de transportes coletivos urbanos e de R$ 3,4 milhões na melhoria da mobilidade urbana, tendo sidoassinadas no conjunto, no ano de 2006, 169 operações de crédito, no valor total de R$ 1,68 bilhão.

Repasses e Transferências de Recursos – Orçamento da União

Foram contratadas 12.168 operações, um acréscimo de 31,7% sobre os números do exercícioanterior. Essas operações atingiram o valor de R$ 3,86 bilhões, superando em 84,5% o valor contratado em 2005,gerando 634.724 empregos. Relativamente aos desembolsos à conta de contratos de repasse assinados, foramefetuadas liberações no período no valor de R$ 1,90 bilhão, com acréscimo de 92,9% em relação a 2005.

APOIO À GESTÃO PÚBLICA

Em 2006 foi desenvolvida e implantada a nova versão do Sistema de InformaçõesSocioeconômicas dos Municípios Brasileiros (Simbrasil), culminando com evento de lançamento da versão 3.0. Osdados desta nova versão do Simbrasil são visualizados em três dimensões: Brasil, estado e município e, dentrodessas dimensões, são demonstradas informações fiscais, econômicas, demográficas, educacionais, urbanas, sociais,

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rede de atendimento Caixa e seus produtos, meio ambiente, serviços e resultados, dentre outras, além davisualização de alguns dos dados por meio de mapas.

A Caixa vem, desde o ano de 2001, por força de convênio celebrado com a Secretaria do TesouroNacional/MF, realizando a coleta de dados contábeis dos entes da Federação – estados, DF e municípios, porintermédio do SISTN. Registrou-se, em 2006, a homologação ou a entrega, relativa ao exercício de 2005, de 96,60%dos balanços patrimonial e orçamentário dos municípios e 100,00% dos balanços relativos aos estados e DF.Também foram registrados o recebimento dos dados do Relatório de Gestão Fiscal de 56,13% dos municípios e de100,00% dos estados e, em relação ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, esses percentuais ficaram,respectivamente, em 59,69% e 100,00%.

O Programa Nacional de Apoio à Modernização da Gestão e do Planejamento dos Estados e doDistrito Federal (Pnage) é um programa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que faz parte daagenda da eficiência do governo federal. Construído por meio de uma parceria entre o Ministério, o ConselhoNacional de Secretários de Administração (Consad), o Fórum Nacional de Secretários de Planejamento e o BancoInteramericano de Desenvolvimento (BID) tem o propósito de apoiar a modernização das administrações públicasestaduais a partir de uma visão transversal e integrada do ciclo de gestão pública.

O Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal eMunicípios Brasileiros (Promoex) é um programa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) quetem como objetivos a modernização e o fortalecimento institucional do sistema de controle externo no âmbito dosestados, Distrito Federal e municípios.

Outra ação importante, que a Caixa realiza em parceria com o IBGE, é a distribuição de boletinscom os índices da Construção Civil. Esse material é básico para a atribuição de preços das obras públicas, emconsonância com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Em 2006 foram emitidos 34.750 boletins, com valor total de R$1,26 milhão.

OUTRAS REALIZAÇÕES

Caixa Hospitais

A Caixa contribui para suprir as necessidades imediatas de capital de giro dos hospitaisfilantrópicos, por meio da operação de crédito denominada Caixa Hospitais. Em 2006 foram realizadas 366operações, totalizando R$ 368,3 milhões. Comparando-se com o resultado de 2005, verifica-se crescimento de 9%.

Incentivo a Inovação e Replicação de Tecnologias em Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

A Caixa contribui para o cumprimento dos compromissos da Agenda Habitat em 2006, divulgandoamplamente experiências bem sucedidas e sustentáveis de gestão local, com impacto tangível e visível na melhoriada qualidade de vida das pessoas. Ao tornar públicas essas informações, possibilita que órgãos públicos federais,empresas privadas, universidades e organizações não governamentais, se apropriem das lições aprendidas para aprodução de novos projetos capazes de transformar as realidades locais.

No âmbito do Programa Melhores Práticas, promoveu oficinas de replicação de projetos com foconas temáticas: Desenvolvimento Local, Habitação de Interesse Social, Gestão de Recursos Hídricos e GestãoUrbana. O objetivo foi disseminar o conhecimento sobre as melhores práticas premiadas pela Caixa e inspirarparceiros a adotarem as soluções para problemas semelhantes.

Em junho, a Caixa participou do III Fórum Mundial Urbano, em Vancouver/Canadá, ondeapresentou resultados obtidos com o programa e as experiências voltadas para habitação de interesse social, nosprojetos “Melhores Práticas” premiados.

Programa "Farmácia Popular do Brasil"

A Caixa deu início em abril de 2006, a abertura das primeiras contas correntes para transferênciados valores aos estabelecimentos credenciados no programa, que busca ampliar o acesso da população de baixarenda aos medicamentos considerados essenciais.

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O programa nasceu para garantir compras de medicamentos sem interrupção no tratamento porfalta de recursos. O “Farmácia Popular do Brasil” contribui para reduzir o impacto no orçamento familiar causadopela compra de remédios e, também, busca diminuir os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com as internaçõesque são provocadas pelo abandono do tratamento.

O programa prevê a subvenção do preço de um grupo de 12 medicamentos usados no tratamentoda hipertensão e diabetes. Com essa medida, o governo federal vai permitir o atendimento de cerca de 3,5 milhõesde novos pacientes, número estimado de pessoas que fazem o tratamento na rede privada. Em 2006 foi recebido, emcontas abertas na Caixa, o montante de R$ 2,9 milhões.

LOTERIAS

Em 2006, os produtos que compõem o portifólio das Loterias Caixa, arrecadaram o montante deR$ 4,23 bilhões. Desse total, R$ 2 bilhões (47,21% da arrecadação, incluindo o imposto de renda) foram repassadosao governo federal e a entidades não-governamentais, para aplicação em programas na área da educação, cultura,esporte, segurança, entre outros, conforme quadro a seguir:

Valores em R$ mil

Destinação 2005 2006Ministério do Esporte 184.715 178.533

Clubes de Futebol 7.222 6.842

Comitê Olímpico Brasileiro - COB 70.873 68.817

Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB 12.507 12.144

Fundo de Investimento do Estudante Superior (FIES)* 308.861 298.841

Fundo Nacional da Cultura - FNC 125.070 121.441

Fundo Penitenciário Nacional - Funpen 131.084 127.230

Seguridade Social 742.748 720.356

Testes Especiais (APAE, Cruz Vermelha) 270 693

Imposto de Renda 505.996 463.411

CPMF 1.287 1.277

Total do Repasse 2.090.634 1.999.585

Prêmio Líquido 1.449.967 1.382.341

Acumulado para Prêmios (18.198) 37.077

Despesas de Custeio e Manutenção 840.345 815.663

Arrecadação Total 4.362.748 4.234.666* Incluindo os prêmios prescritos repassados ao FIESFonte: Caixa

Cabe ressaltar que, em 2006, finalizou-se a migração para o novo modelo tecnológico e logísticodo canal lotérico, tendo desenvolvido seu próprio sistema de processamento, assumindo ainda toda a integração dosdemais processos (captação, transmissão de dados, produção de volantes e bobinas e distribuição de volantes,bobinas e bilhetes) que suportam a operacionalização dos canais de distribuição, o que lhe proporcionou a assunçãode toda a inteligência e a efetiva gestão do negócio loterias.

CANAIS DE ATENDIMENTO

Rede Física

A rede de atendimento, presente em todos os municípios brasileiros e no exterior, atingiu 19.042unidades em 31.12.2006, onde foram realizadas 4,60 bilhões de transações bancárias, assim distribuídas:

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REDE FÍSICA – TIPO DE UNIDADEQUANTIDADE DE

UNIDADES

QUANTIDADE DETRANSAÇÕESBANCÁRIAS

(EM MILHÕES)

Agência 1.981 467,18

Posto de Atendimento Bancário – PAB 461 20,38

Posto de Atendimento Avançado – PAA 1 -

Posto de Atendimento Eletrônico - PAE 964 65,69

Correspondentes Bancários - Casas Lotéricas 8.873 3.106,46

Correspondentes Bancários - Demais 4.382 69,93

Salas de Auto-Atendimento 2.380 879,00

Total 19.042 4.608,64Fonte: Caixa

No ano foram abertos 107 novos postos de atendimento, investimento de R$ 35,7 milhões, sendoaplicado para a manutenção dessa infra-estrutura de atendimento R$ 292,6 milhões.

Canal Internet

O portal da Caixa (http://www.caixa.gov.br) recebeu em 2006, mensalmente, a média de 1,8milhão de visitantes únicos, por meio dos quais se verificaram 568,7 milhões de visitas às suas páginas. O Portal doFGTS teve mais de 229 milhões de consulta a saldo, extrato e alteração de endereço, entre outros serviços. O BancoEletrônico - Internet Banking Caixa totalizou 4,4 milhões de contas cadastradas, com 215 milhões de transações. Arede de telemarketing realizou 118,29 milhões de atendimentos à sociedade brasileira, sendo 27,08 milhões delesrelativos aos programas sociais do governo federal.

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Política Ambiental

Em consonância com as diretrizes de responsabilidade social da empresa, a Caixa implementou aPolítica Ambiental Corporativa para orientar negócios e processos internos, integrando as questões ambientais àspráticas de gestão, atividades e decisões empresariais, atuando com o princípio da responsabilidade sócio-ambiental.

A experiência e o posicionamento ambiental da Caixa motivaram o desenvolvimento e a atraçãode novos negócios, como o Fundo de Compensação Ambiental, solução inovadora para viabilizar a gestão financeirae a execução de forma ágil e transparente dos recursos da compensação ambiental, que é hoje o principal mecanismofinanceiro para investir nas unidades de conservação.

Em 2006, desenvolveu instrumentos e procedimentos para prevenção e gerenciamento de riscosambientais em terrenos com perigo de contaminação que são objeto de propostas para empreendimentoshabitacionais.

Destaca-se ainda, a realização do curso “Responsabilidade Ambiental nos Negócios” pelaUniversidade Caixa, que já capacitou 1.146 empregados que estarão mais bem preparados para o desempenho desuas atividades.

Caixa Fome Zero

O Projeto Caixa Fome Zero, criado em 2003, reúne os esforços da instituição para participar daluta do governo e da sociedade no combate à fome e à pobreza, de forma a garantir aos brasileiros o pleno exercícioda cidadania e de seus direitos.

A Caixa foi à primeira instituição a receber a Certificação de Empresa Parceira do Programa FomeZero, por suas ações de iniciativa própria e aquelas desenvolvidas em conjunto com o Ministério deDesenvolvimento Social (MDS).

As iniciativas do Projeto Caixa Fome Zero abrangem sete frentes de atuação:

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• Apoio ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza;• Garantia à documentação civil básica para população de baixa renda;• Garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes;• Apoio a salas de leitura e bibliotecas;• Assistência social;• Realização de Seminário Caixa Nós Podemos,• Ações de inclusão social e geração de trabalho e renda para comunidades com menor IDH.

Outra iniciativa realizada pela Caixa foi o lançamento, em março de 2003, do fundo deinvestimento do Fundo Caixa FI Fome Zero, do qual 50% da taxa de administração é doada ao Fundo de Combate eErradicação da Pobreza. No ano de 2006 foram repassados R$ 447,9 mil ao Fundo, sendo que desse total, 56,82%foram doados pela Caixa por meio da comercialização do Caixa FI Fome Zero.

Há três anos a Caixa promove a ação institucional “Semana da Mulher” em comemoração ao DiaInternacional da Mulher, emitindo CPF gratuito, com o intuito de garantir à população feminina de menor poderaquisitivo o acesso às políticas públicas do governo federal no âmbito do Programa Fome Zero, como o ProgramaBolsa Família, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), inclusão bancária emicrocrédito. Em 2006, 239 mil mulheres foram beneficiadas com esta ação, registrando uma diminuição de 24%em relação à demanda do ano anterior. Esse comportamento é previsto, considerando que o público alvo da ação vaidiminuindo à medida que há melhoria nos índices da população de baixa renda com acesso à documentação civilbásica.

Outra ação desenvolvida é a parceira no Programa Nacional de Documentação da TrabalhadoraRural (PNDTR), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária (INCRA), pela qual a Caixa promove a emissão gratuita de CPF para as mulheresda zona rural.

Em junho de 2006, foi realizada a primeira edição da campanha “Aquecendo Corações”, com afinalidade de arrecadar agasalhos para as famílias de baixa renda. Foram arrecadadas 30 mil peças de roupas,cobertores, calçados, beneficiando 100 entidades e 9.690 pessoas carentes. A campanha mobilizou 437 voluntáriosem 52 municípios de 17 estados.

Neste ano, a campanha “Transforme Este Natal Você Também” beneficiou famílias e criançascarentes atendidas pelo Projeto Caixa ODM, com distribuição de 46.868 itens, entre brinquedos, alimentos,vestuário, material escolar, calçados e outros, em 33 municípios de 16 estados.

A Caixa, como empresa integrante do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade,signatária do Pacto Global, promove, desde 2004, o Seminário Caixa Nós Podemos, em comemoração a SemanaNacional pela Cidadania e Solidariedade. Essa iniciativa tem por objetivo mobilizar governos e sociedade paracumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), definidos pela Organização das NaçõesUnidas (ONU).

A Caixa desenvolve o Projeto Caixa ODM, como empresa de responsabilidade social que buscafomentar o desenvolvimento local e regional sustentável. Essa estratégia institucional tem abrangência nacional etem como objetivo promover o desenvolvimento de projetos sociais de inclusão e geração de trabalho e renda emmunicípios com menor IDH-M, comunidades de catadores de material reciclável, quilombolas, indígenas ecomunidades de baixa renda.

Patrocínios Esportivos

Em 2006, ressalta-se a renovação do contrato com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)no valor de R$ 9 milhões, pelo período de janeiro a dezembro de 2006. O atletismo agrega valores sociaisimportantes aos princípios que dão sustentação à imagem corporativa da Caixa, fortalecendo sua atuação sócio-cultural, como fomentadora de cidadania e principal executora das políticas sociais do governo federal, uma vez queo esporte e o atletismo em particular, por seu inegável apelo popular, são importantes fatores de recuperação parajovens em situação de risco.

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Patrimônio Cultural

Visando apoiar o governo federal na preservação e difusão do patrimônio histórico, artístico ecultural brasileiro, a Caixa apoiou, em 2006, a realização de 483 eventos, com o aporte de R$ 22,5 milhões. Outraação que a Caixa realiza é a criação de conjuntos culturais próprios, por todo o país. Em 2006, foi inaugurada umanova unidade no Rio de Janeiro (RJ) e já se encontra em estágio avançado a unidade de Recife (PE) e Fortaleza(CE).

Programa de Racionalização de Gastos e Eliminação de Desperdícios (Proged)

Criado para proporcionar permanente adequação do nível de gastos administrativos da Caixa à suareal capacidade de geração de receitas operacionais, o Proged teve como meta, para 2006, possibilitar aracionalização de gastos e a eliminação de desperdícios no montante de R$ 200 milhões. Obteve-se no ano umaeconomia de R$ 512 milhões com ações e projetos desenvolvidos no âmbito do programa, o que corresponde a256,49% da meta estipulada para o período. Desde sua criação, o Proged já registrou economia de R$ 1,74 bilhão.