capítulo 8 instrumentos de política comercial · de paul r. krugman e maurice obstfeld ... uma...
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Capítulo 8
Instrumentos de política comercial
Preparado por Iordanis Petsas
Material de apoio para
Economia internacional: teoria e política, 6ª edição
de Paul R. Krugman e Maurice Obstfeld
8-2© 2005 Pearson Education
Introdução
Análise das tarifas
Custos e benefícios das tarifas
Outros instrumentos de política comercial
Efeitos da política comercial: um resumo
Resumo
Apêndice I: Análise de tarifas no equilíbrio geral
Apêndice II: Tarifas e cotas de importação na
presença do monopólio
Organização do capítulo
8-3© 2005 Pearson Education
Introdução
Este capítulo concentra-se nas seguintes perguntas:
• Quais são os efeitos dos vários instrumentos de política
comercial?
– Quem se beneficia e quem perde com esses instrumentos de política
comercial?
• Quais são os custos e os benefícios da proteção?
– Os benefícios vão superar os custos?
• Qual deveria ser a política comercial das nações?
– Por exemplo, os Estados Unidos deveriam utilizar uma tarifa ou
uma cota de importação para proteger sua indústria automobilística
da concorrência japonesa e sul-coreana?
8-4© 2005 Pearson Education
Classificação dos instrumentos de política comercial
Introdução
Instrumentos de política comercial
Contração do comércio Expansão do comércio
Tarifa
Taxa de
exportação
Cota de importação
Restrição Voluntária à
Exportação (RVE)
Subsídio à
importação
Subsídio à
exportação
Expansão
Voluntária das
importações
(EVI)
Preço Quantidade Preço Quantidade
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Análise das tarifas
As tarifas podem ser classificadas como:
• Tarifas específicas
– São cobradas como um valor fixo para cada unidade importada do bem
– Exemplo: Uma tarifa específica de US$10 sobre cada bicicleta importada com um preço internacional de US$100 significa que as autoridades cobram o valor fixo de US$10.
• Tarifas ad valorem
– São cobradas como uma fração do valor dos bens importados
– Exemplo: Uma tarifa ad valorem de 20% sobre bicicletas gera um pagamento de US$20 sobre cada bicicleta importada a US$100.
8-6© 2005 Pearson Education
• Uma tarifa composta é uma combinação de uma tarifa ad
valorem e de uma tarifa específica.
• Os governos modernos preferem proteger as indústrias
domésticas por meio de uma variedade de barreiras não
tarifárias, como:
– Cotas de importação
– Limitam a quantidade de importações.
– Restrições à exportação
– Limitam a quantidade de exportações.
Análise das tarifas
8-7© 2005 Pearson Education
Oferta, demanda e comércio com uma única indústria
• Suponha a existência de dois países (o Local e o Estrangeiro).
• Os dois países consomem e produzem trigo, que pode ser
transportado sem custo entre os países.
• Em ambos os países, o trigo é uma indústria competitiva.
• Suponha que, na ausência de comércio, o trigo custe mais no Local
do que no Estrangeiro.
– Com isso, os exportadores comecem a transportar trigo do
Estrangeiro para o Local.
– A exportação de trigo aumenta seu preço no Estrangeiro e o diminui no
Local, até que a diferença entre os preços tenha sido eliminada.
Análise das tarifas
8-8© 2005 Pearson Education
Para determinar o preço mundial (Pw) e a quantidade comercializada (Qw), definem-se duas curvas:
• A curva de demanda por importações do Local
– Mostra a quantidade máxima de produtos importados que o Local gostaria de consumir a cada faixa de preço do bem importado.
– Isto é, o excesso do que os consumidores do Local demandam sobre o que os produtores do Local ofertam: DM = D(P) – O(P)
• A curva de oferta de exportações do Estrangeiro
– Mostra a quantidade máxima de produtos exportados que o Estrangeiro gostaria de fornecer ao resto do mundo a cada faixa de preço.
– Isto é, o excesso do que os produtores do Estrangeiro ofertam sobre o que os consumidores do Estrangeiro demandam: OX = O*(P*) –D*(P*)
Análise das tarifas
8-9© 2005 Pearson Education
Quantidade, Q
Preço, PPreço, P
Quantidade, Q
DM
D
O
APA
P 2
P 1
O2 D2 D2 – O2
2
O1 D1 D1 – O1
1
Figura 8-1: Derivando a curva de demanda por importações do Local
Análise das tarifas
8-10© 2005 Pearson Education
Propriedades da curva de demanda por
importações:
• Intercepta o eixo vertical dos preços de economia
fechada do país importador.
• É negativamente inclinada.
• É menos inclinada do que a curva de demanda
doméstica no país importador.
Análise das tarifas
8-11© 2005 Pearson Education
Figura 8-2: Derivando a curva de oferta de exportações do Estrangeiro
Análise das tarifas
P 2
P *A
D*
O*
P 1
OX
Preço, P Preço, P
Quantidade, Q Quantidade, QO*2 – D*2O*2D*2 D*1 O*1 O*1 – D*1
8-12© 2005 Pearson Education
Propriedades da curva de oferta de exportações:
• Intercepta o eixo vertical dos preços de economia
fechada do país exportador.
• É positivamente inclinada.
• É menos inclinada que a curva doméstica de
suprimento no país exportador.
Análise das tarifas
8-13© 2005 Pearson Education
Figura 8-3: Equilíbrio mundial
OX
Preço, P
Quantidade, Q
DM
PW
QW
1
Análise das tarifas
8-14© 2005 Pearson Education
Definições úteis:
• Os termos de troca são o preço relativo do bem exportável expresso em unidades do bem importável.
• Um país pequeno é um país incapaz de afetar seus termos de comércio, independentemente de quanto ele comercia com o resto do mundo.
A estrutura analítica será baseada em alguma das seguintes condições:
• Dois países grandes que comerciam um com o outro.
• Um país pequeno que estabelece comércio com o resto do mundo.
Análise das tarifas
8-15© 2005 Pearson Education
Efeitos de uma tarifa
• Considere que dois países grandes mantenham
comércio entre si.
• Suponha que o Local imponha uma taxa de US$2
sobre cada tonelada de trigo importada.
– Os exportadores não estarão dispostos a transportar o
trigo, a não ser que a diferença de preços entre os dois
mercados seja de pelo menos US$2.
• A Figura 8-4 ilustra os efeitos de uma tarifa específica
de US$t por unidade de trigo.
Análise das tarifas
8-16© 2005 Pearson Education
Análise das tarifas
Figura 8-4: Efeitos de uma tarifa
DM
OX
PT
D*
O*
D
O
PW
2
QT
1
QW
P*T 3
t
Preço, P
Quantidade, Q
Preço, P
Quantidade, Q
Preço, P
Quantidade, Q
Home market World market Foreign marketMercado do Local Mercado mundial Mercado do Estrangeiro
8-17© 2005 Pearson Education
• Na ausência de tarifa, o preço do trigo (Pw) seria igual tanto
no Local como no Estrangeiro.
• Com a tarifa, o preço do trigo aumenta para PT no Local e cai
para P*T (= PT – t) no Estrangeiro, até que a diferença de
preços seja US$t.
– No Local: os produtores ofertam mais e os consumidores
demandam menos devido ao preço mais alto, de modo que
menos importações são demandadas.
– No Estrangeiro: os produtores oferecem menos e os clientes
demandam mais devido ao preço mais baixo, de modo que uma
quantidade menor de produtos exportados é oferecida.
– Portanto, o volume de trigo comercializado diminui, devido à
imposição da tarifas.
Análise das tarifas
8-18© 2005 Pearson Education
• O aumento no preço no Local é menor do que o
montante da tarifa, pois parte desta se reflete em
um declínio do preço das exportações do
Estrangeiro.
– Se o Local é um país pequeno e impõe uma tarifa, os
preços das exportações do Estrangeiro não são
afetados e o preço doméstico no Local (o país
importador) aumenta na proporção total da tarifa.
Análise das tarifas
8-19© 2005 Pearson Education
Figura 8-5: Uma tarifa em um país pequeno
Importações antes da tarifa
OPreço, P
Quantidade, Q
D
PW + t
PW
Importações após a tarifa
O1 D1D2O2
Análise das tarifas
8-20© 2005 Pearson Education
Como quantificar a proteção
• Ao analisar a política comercial na prática, é
importante saber quanta proteção uma tarifa ou
outra política comercial realmente fornece.
– Pode-se expressar o montante de proteção como
uma porcentagem do preço que prevaleceria com o
livre comércio .
– Há dois problemas neste método de mensuração:
» No caso do país grande, a tarifa ajudará a baixar o preço das
exportações estrangeiras.
» As tarifas podem ter efeitos muito diferentes em estágios
diferentes de produção de um bem.
Análise das tarifas
8-21© 2005 Pearson Education
Taxa de proteção efetiva
• É preciso considerar os efeitos das tarifas sobre o preço final de um bem e os efeitos das tarifas sobre os custos dos insumos usados na produção.
– A proteção real proporcionada por uma tarifa não será igual à taxa da tarifa se bens intermediários importados forem usados na produção do bem protegido.
– Exemplo: Um avião europeu vendido a US$50 milhões custa US$60 milhões para ser produzido. Metade do preço de compra da aeronave representa o custo de componentes comprados de outros países. Um subsídio de US$10 milhões do governo europeu reduz o custo do valor agregado aos compradores do avião de US$30 para US$20 milhões. Portanto, a taxa de proteção efetiva é (30–20)/20 = 50%.
Análise das tarifas
8-22© 2005 Pearson Education
Custos e benefícios das tarifas
Uma tarifa eleva o preço de um produto no país importador e diminui o preço desse bem no país exportador.
Em decorrência dessas mudanças de preços:
• Os consumidores perdem no país importador e ganham no país exportador.
• Os produtores ganham no país importador e perdem no país exportador.
• O governo que impõe a tarifa ganha receita.
Para comparar tais custos e benefícios, é necessário definir o excedente do consumidor e o do produtor.
8-23© 2005 Pearson Education
Excedente do consumidor e excedente do produtor
• O excedente do consumidor
– Representa a quantia que o consumidor ganha em uma
compra, a qual equivale à diferença entre o preço que ele
efetivamente paga e o preço que estaria disposto a pagar.
– Pode ser derivado da curva de demanda do mercado.
– Graficamente, é igual à área sob a curva de demanda e
acima do preço.
– Exemplo: Suponha que uma pessoa está disposta a pagar
US$20 por cartela de pílulas, mas o preço é de apenas
US$5. Assim, o excedente do consumidor ganho pela
compra de uma cartela de pílulas é US$15.
Custos e benefícios das tarifas
8-24© 2005 Pearson Education
Figura 8-6: Derivando o excedente do consumidor a partir
da curva de demanda
Custos e benefícios das tarifas
8
US$ 12
9
US$ 10
10
US$ 9
11
D
Preço, P
Quantidade, Q
8-25© 2005 Pearson Education
Figura 8-7: Geometria do excedente do consumidor
Custos e benefícios das tarifas
a
b
P 1
P 2
D
Preço, P
Quantidade, QQ2Q1
8-26© 2005 Pearson Education
• O excedente do produtor
– Mede a quantidade que o produtor ganha em uma venda
pela diferença entre o preço que ele efetivamente recebe
e o preço a que estaria disposto a vender.
– Pode ser derivado da curva de oferta do mercado.
– Graficamente, é igual à área acima da curva de oferta e
abaixo do preço.
– Exemplo: Um produtor que está disposto a vender um
bem por US$2 mas que recebe US$5 por ele ganha um
excedente do produtor de US$3.
Custos e benefícios das tarifas
8-27© 2005 Pearson Education
Figura 8-8: Geometria do excedente do produtor
Custos e benefícios das tarifas
d
c
P 2
P 1
O
Preço, P
Quantidade, QQ2Q1
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Custos e benefícios das tarifas
Como quantificar custos e benefícios
• É possível adicionar excedente do consumidor e do produtor?
– Podemos (algebricamente) adicionar os excedentes do consumidor e do produtor porque qualquer mudança no preço afeta cada indivíduo de duas maneiras:
– como consumidor;
– como trabalhador.
– Consideramos que, na margem, US$ 1 de ganho ou de perda para qualquer grupo tem o mesmo valor para a sociedade.
8-29© 2005 Pearson Education
Figura 8-9: Custos e benefícios das tarifas para o país importador
Custos e benefícios das tarifas
PT
PW
P*T
bc
d
e
D
a
= perda do consumidor (a + b + c + d)
= ganho do produtor (a)
= ganho da receita do governo (c + e)
QT
D2O2
S
O1 D1
Preço, P
Quantidade, Q
8-30© 2005 Pearson Education
• As áreas dos triângulos b e d medem a perda para a
nação como um todo (perda de eficiência) e a área do
retângulo e mede um ganho proporcional (ganho dos
termos de troca).
– A perda de eficiência surge porque uma tarifa distorce
os incentivos para consumir e produzir.
– Produtores e consumidores agem como se as importações
fossem mais caras do que realmente são.
– O triângulo b é a perda pela distorção da produção e o
triângulo d é a perda pela distorção do consumo .
– O ganho dos termos de troca surge porque uma tarifa
diminui os preços das exportações estrangeiras.
Custos e benefícios das tarifas
8-31© 2005 Pearson Education
• Se o ganho dos termos de troca é maior do que a perda
de eficiência, a tarifa aumenta o bem-estar do país
importador.
– No caso de um país pequeno, a tarifa reduz o bem-estar
do país importador.
Custos e benefícios das tarifas
8-32© 2005 Pearson Education
Figura 8-10: Efeitos líquidos das tarifas sobre o bem-estar
PT
PW
P *T
b d
e
D
= perda de eficiência (b + d)
= ganho dos termos de troca (e)
Importações
OPreço, P
Quantidade, Q
Custos e benefícios das tarifas
8-33© 2005 Pearson Education
Subsídios à exportação: teoria
• Subsídio à exportação
– Pagamento a uma firma ou indivíduo que envia um bem
para o exterior
– Quando o governo oferece subsídios à exportação, os
exportadores exportam o bem até o ponto em que o preço
doméstico excede o preço estrangeiro pelo montante do
subsídio.
– Pode ser específico ou ad valorem.
Outros instrumentos de
política comercial
8-34© 2005 Pearson Education
Figura 8-11: Efeitos dos subsídios à exportação
ba
PS
PW
P*S
Preço, P
Quantidade, QExportações
gfe
Subsídio dc
= ganho do produtor (a + b + c)
= perda do consumidor (a + b)
= custo do subsídio governamental
(b + c + d + e + f + g)
D
O
Outros instrumentos de
política comercial
8-35© 2005 Pearson Education
• Um subsídio à exportação aumenta os preços no país
exportador, enquanto os reduz no país importador.
• Além disso, e contrariamente à tarifa, o subsídio à
exportação piora os termos de troca.
• Um subsídio à exportação gera, sem dúvida, custos
que excedem seus benefícios.
Outros instrumentos de
política comercial
8-36© 2005 Pearson Education
Figura 8-12: Programa Agrícola Comum (PAC) da União Européia
Preço, P
Quantidade, Q
O
D
Preço da UE sem
importações
Preço mundial
= custo do subsídio
governamental
Preço mínimo
Exportações
Outros instrumentos de
política comercial
8-37© 2005 Pearson Education
Cotas de importação: teoria
• Uma cota de importação é uma restrição direta sobre a quantidade de algum bem que pode ser importado .
– Exemplo: Os Estados unidos têm uma cota sobre as importações de queijo.
• Geralmente faz-se cumprir a restrição pela emissão de licenças a alguns grupos de indivíduos ou empresas.
– Exemplo: As únicas firmas que podem importar o queijo são determinadas companhias de comércio.
• Em alguns casos (ex.: açúcar e vestuário), o direito de vender nos Estados Unidos é dado diretamente aos governos dos países exportadores.
Outros instrumentos de
política comercial
8-38© 2005 Pearson Education
• Uma cota de importação sempre eleva o preço
doméstico do bem importado .
• Os detentores de licenças podem comprar importações
e revendê-las a um preço mais alto no mercado
doméstico.
– Os lucros recebidos pelos detentores de licenças de
importação são conhecidos como rendas das cotas.
Outros instrumentos de
política comercial
8-39© 2005 Pearson Education
• Análise do bem-estar relativo a cotas de importação versus o relativo a tarifas
– A diferença entre cota e tarifas é que, se impõe uma cota, o governo não recebe nenhuma receita.
– Ao avaliar os custos e os benefícios de uma cota de importação, é fundamental que se determine quem recebe as rendas.
– Quando os direitos de vender no mercado doméstico são concedidos aos governos dos países exportadores, como ocorre com freqüência, a transferência de rendas para o exterior torna os custos de uma cota substancialmente mais altos que os de uma tarifa equivalente.
Outros instrumentos de
política comercial
8-40© 2005 Pearson Education
Figura 8-13: Efeitos da cota de importação norte-americana sobre o açúcar
Outros instrumentos de
política comercial
Preço mundial, US$ 280b c d
Demanda
a
8,456,32
Oferta
5,14 9,26
Preço, em US$/toneladas
Quantidade de açúcar
em milhões de toneladasCota de importação:
2,13 milhões de toneladas
= perda do consumidor
(a + b + c + d)
= ganho do produtor (a)
= rendas das cotas (c)
Preço no mercado
norte-americano, US$ 466
8-41© 2005 Pearson Education
Restrições voluntárias à exportação
• Uma restrição voluntária à exportação (RVE) é uma
cota sobre o comércio imposta pelo país exportador.
– Também é conhecida como acordo de restrição
voluntária (ARV).
• As RVEs em geral são impostas a pedido do
importador, com a concordância do exportador, a fim
de evitar outras restrições comerciais.
Outros instrumentos de
política comercial
8-42© 2005 Pearson Education
• Uma RVE equivale a uma cota de importação, na qual as
licenças são atribuídas aos governos estrangeiros, e tem,
portanto, um custo muito alto para o país importador.
• Para o país importador, uma RVE traz sempre um prejuízo maior
do que uma tarifa que limita as importações ao mesmo montante.
– O que teria sido receita em uma tarifa se torna renda recebida por
estrangeiros na RVE.
– Exemplo: Cerca de dois terços do custo ao consumidor das três
principais restrições voluntárias à exportação dos Estados Unidos, em
têxteis e vestuário, aço e automóveis, devem-se às rendas recebidas
por estrangeiros.
• Uma RVE resulta em perdas para o país importador.
Outros instrumentos de
política comercial
8-43© 2005 Pearson Education
Necessidade de conteúdo local
• Uma necessidade de conteúdo local é uma
regulamentação que requer que determinada fração de
um bem seja produzida domesticamente.
– Essa fração pode ser especificada em unidades físicas ou
em termos de valor.
• As leis de conteúdo local foram amplamente utilizadas
pelos países em desenvolvimento que tentavam mudar
sua base manufatureira de montagem para bens
intermediários.
Outros instrumentos de
política comercial
8-44© 2005 Pearson Education
• Uma necessidade de conteúdo local não produz nem receita para
o governo nem rendas das cotas.
– Em vez disso, a diferença entre os preços de importações e os bens
domésticos tem, na realidade, sua média considerada no preço final
e é repassada aos consumidores .
– Exemplo: Suponha que as montadoras de automóveis sejam
obrigadas a usar 50% de peças nacionais. O custo das peças
importadas é US$ 6.000 e o custo das mesmas peças,
domesticamente, é US$ 10.000. Assim, o custo médio de autopeças é
US$ 8000 (0,5 x US$ 6.000 + 0,5 x $10.000).
• As empresas podem satisfazer sua necessidade de conteúdo local
exportando, e não utilizando peças nacionais.
Outros instrumentos de
política comercial
8-45© 2005 Pearson Education
Outros instrumentos de política comercial
• Subsídios de crédito à exportação
– Uma forma de um empréstimo subsidiado ao comprador de produtos exportados.
– Têm o mesmo efeito dos subsídios normais à exportação.
• Aquisição nacional de bens
– Nas compras realizadas pelo governo (ou por firmas fortemente reguladas), os bens produzidos domesticamente podem ser privilegiados, mesmo quando custam mais que as importações.
• Barreiras burocráticas
– Às vezes os governos impõem obstáculos substanciais baseadas em procedimentos sanitários, de segurança e alfandegários.
Outros instrumentos de
política comercial
8-46© 2005 Pearson Education
Efeitos da política comercial:
um resumo
Tabela 8-1: Efeitos das principais políticas comerciais
8-47© 2005 Pearson Education
Resumo
Uma tarifa coloca uma cunha entre os preços estrangeiro e
doméstico, elevando o preço doméstico menos que a alíquota da
tarifa (exceto no caso do país ‘pequeno’).
• No caso do país pequeno, uma tarifa se reflete totalmente nos
preços domésticos.
Os custos e benefícios de uma tarifa ou de outra política
comercial podem ser quantificados por meio dos conceitos de
excedente do consumidor e excedente do produtor.
• Os produtores domésticos de um bem ganham.
• Os consumidores domésticos perdem.
• Há um ganho na receita do governo.
8-48© 2005 Pearson Education
Resumo
O efeito líquido de uma tarifa sobre o bem-estar
nacional pode ser separado em duas partes:
• Perda de eficiência (consumo e produção).
• Ganho nos termos de troca (nulo no caso de um país
pequeno).
Um subsídio à exportação leva a perdas de eficiência
semelhantes às geradas pela tarifa; além disso,
provoca a deterioração dos termos de troca.
Com cotas de importação e restrições voluntárias à
exportação, o governo do país importador não obtém
nenhuma receita.
8-49© 2005 Pearson Education
Figura 8AI-1: Equilíbrio de livre comércio para um país pequeno
Apêndice I: Análise de tarifas
no equilíbrio geral
declividade = – P*M / P
*A
Produção e consumo
de manufaturas, QM, DM
Produção e consumo
de alimentos, QA, DA
D1
Q1
8-50© 2005 Pearson Education
Figura 8AI-2: Uma tarifa em um país pequeno
Apêndice I: Análise de tarifas
no equilíbrio geral
QA, DA
QM, DM
Q2
D2
declividade = – P*M / P
*A (1 + t)
8-51© 2005 Pearson Education
Figura 8AI-3: Efeito de uma tarifa sobre os termos de troca
Apêndice I: Análise de tarifas
no equilíbrio geral
A
M 1
declividade = (P*M / P
*A)1
1
declividade = (P*M / P
*A)2
M 2
2
3
Exportações de manufaturas do Local, QM – DM
Importações de manufaturas do Estrangeiro, D*M – Q*
M
Importações de alimentos do Local, DA – QA
Exportações de alimentos do Estrangeiro, Q*A – D*
A
O
8-52© 2005 Pearson Education
Apêndice II: Tarifas e cotas de
importação na presença do monopólio
Figura 8AII-1: Um monopolista no livre comércio
D
Preço, P
Quantidade, Q
PW
PMCMg
RMg
DlQMQl
8-53© 2005 Pearson Education
Apêndice II: Tarifas e cotas de
importação na presença do monopólio
Figura 8AII-2: Um monopolista protegido por uma tarifa
D
Preço, P
Quantidade, Q
PW
PMCMg
RMg
DlQMQl DtQt
PW + t
8-54© 2005 Pearson Education
Apêndice II: Tarifas e cotas de
importação na presença do monopólio
Figura 8AII-3: Um monopolista protegido por uma cota de importação
Preço, P
Quantidade, Q
PW
Pq
CMg
RMgq
DqD
8-55© 2005 Pearson Education
Apêndice II: Tarifas e cotas de
importação na presença do monopólio
Figura 8AII-4: Comparação entre tarifa e cota
Preço, P
Quantidade, Q
PW
Pq
PW + t
CMg
RMgq
DqD
QtQq