capítulo 7 (fisicoquimica) parte ii
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Energia Interna - U Energia interna – U: mede as “reservas de energia” do
sistema. É a soma de todas as contribuições de energia
cinética e potencial de todos os átomos, íons e moléculas que
formam o sistema. É a energia total do sistema.
Não é necessário conhecer a quantidade de energia interna
que o sistema possui, apenas as suas variações.
Está relacionada com a massa, a natureza da substância, seu
estado de agregação, as condições externas, energias de
interação, rotação, vibração, translação.
(U1) (U2) U1-2 = U2 – U1
Independente do caminho U1-2 tem sempre o mesmo valor: U
é função de estado do sistema
1
Energia e o Primeiro Princípio da TD
Sistema fechado submetido a transformação A-B-A (Processo Cíclico)
(A) (B)
Calor e trabalho: Diferenciais não exatas:
ciclo
ciclo
ww
d
d Em geral, diferentes de zero!!!!
Portanto são funções do caminho!!!!
2
Em qualquer transformação cíclica envolvendo uma propriedade do
sistema:
0d y
O 1º Princípio da TD: “ A energia interna de um sistema
isolado é constante.”
(impossibilidade da construção de um “moto-contínuo de
primeira espécie”) “
1º Princípio da Termodinâmica:
Se um sistema é sujeito a qualquer transformação cíclica,
o trabalho produzido nas vizinhanças é igual ao calor
extraído das vizinhanças.
3
0)dd( wqciclociclo qw qw dd
Propriedade do estado:
Energia Interna
0)( dUwdqd
Se o processo não é cíclico:
)8(
dqdd2
1
2
1
2
1
wqU
wU
)7(wdqddU
4
Propriedades da Variável Energia (U)
U é uma variável de estado;
Depende somente do estado inicial e do estado final;
dU é uma diferencial exata;
dq e dw são diferenciais não exatas, a soma entre dq e dw é
uma diferencial exata: dq + dw = dU
Em outras palavras, q e w dependem do caminho, mas a soma q
+ w = ΔU não depende do caminho envolvido na mudança de
estado.
Θ Energia é uma variável EXTENSIVA.
Θ Portanto, energia/mol é uma variável INTENSIVA.
ΔQ e ΔW não têm significado algum.
Vivenciamos o 1º da TD no dia-a-dia:
Ex.: tomar um sorvete, queimar a pele com vapor. 5
Exercícios
1- Um motor elétrico produz 15 kJ de energia, em cada segundo, na
forma de trabalho mecânico, e perde 2 kJ de calor para o ambiente,
também por segundo. Qual a variação da energia interna do motor?
2- Um gás absorve 300 cal de calor ao se expandir, a pressão
constante igual a 2 atm, de 10 para 20 L. Qual a variação da energia
interna do gás ?
3- Um mol de argônio a 22°C se expande isotermicamente de 22,4L
até 44,8L das seguintes formas: (a) uma transformação reversível;
(b) uma transformação a pext. cte e igual a pressão final. (c) Contra
pext. nula. Calcular o trabalho, o calor e a variação da energia em
cada transformação. 6
Variações de U correlacionadas com variações nas
propriedades do sistema
Mudança de estado do Sistema Mudanças nas propriedades do
sistema
É bastante útil relacionar U com propriedades do sistema que
sejam facilmente mensuráveis
Sistemas fechados, massa constante.
U = f( T, V, p) Como T, V e p são relacionadas por uma
equação, podemos escolher quaisquer 2
variáveis pois a terceira é dependente.
w e q: permite calcular U a partir de efeitos na vizinhança
7
)4(.d
)7(wd qd dU
dVpw ext
Equações:
Como U é função de estado e U = F(T, V), podemos escrever:
)9( dU dVV
UdT
T
U
TV
Variação de U
com T a V cte
Variação de U
com V a T cte
Igualando (7) e (9) e substituindo (4)
)10( dVp -qd ext dVV
UdT
T
U
TV
8
9
dTT
U
V
dU
Para uma transformação a V cte:
dU qd V
De (9)
Então:
V
V
T
U
dT
dTT
U
qd
qd
V
V
Fáceis de medir
Como medir qv (mesmo que medir Uv)
CALORÍMETRO ADIABÁTICO A VOLUME CTE
(11)
De (7)
sistema do ra temperatuda aumento
cte V a vizda extraídocalor
qd V
VT
U
dT
10
Transformação à volume cte, realizada em um recipiente adiabático:
qv(sistema) = - qv(vizinhança) = U(sistema)
sistema
vizinhança
Calorímetro
+
água
termômetro agitador
Fronteira
diatérmica
Fronteira adiabática
Se T da viz. aumenta então T sistema diminui.
qv T
11
Então: qv(calorímetro) = C (calorímetro) . T(calorímetro)
qv(cal) = Ccal . Tcal
Onde Ccal é a capacidade calorífica do calorímetro. Este valor é
determinado experimentalmente para cada calorímetro (calibração)
medindo-se o valor de Tcal de um processo que tenha qv conhecido.
Com o valor de Ccal pode-se então determinar qv para qq processo,
pois:
qv(sistema) = - qv(vizinhança) = U(sistema)
qv(sistema) = - Ccal . Tcal = U(sistema)
Retornando a eq. (11):
V
V
CT
U
dT
qd V n
CC V
V Extensiva
Extensiva (11.1)
12
Pode-se escrever para o sistema: dqv = Cv dT = dU (12)
Integrando:
Para Cv cte no intervalo de T utilizado:
Ainda de (11): dqv = Cv dT Então:
dTCU2
1v
T
T
U = Cv.T
dTC2
1v
T
TVq
Para Cv cte no intervalo de T
utilizado:
qv = Cv.T
qv = U Então qv é função de estado!!!!!!!!!!!
)13(C dU V dVV
UdT
T
Reescrevendo a eq. (8):
13
Se calor escoa a partir das vizinhanças, q > 0 e ΔU > 0, ou seja,
a energia do sistema aumenta.
Se calor escoa para as vizinhanças, q < 0 e ΔU < 0, ou seja, a
energia do sistema diminui.
ΔT > 0 ΔU > 0 ou ΔT < 0 ΔU < 0, Pois Cv é sempre positivo.
1- Calcular ΔU e Qv para a transformação de 1,5 mol de He de 25ºC
para 45ºC, a volume constante. Para He, Cv=(3/2)R.
2- A companhia de cereais ABC está desenvolvendo um novo tipo
de cereal para competir com um produto rival da companhia X.
Compare o conteúdo energético dos dois cereais e verifique se o
cereal da companhia ABC possui menos calorias. Você queima 1g
de amostra de cada cereal em um calorímetro de capacidade
calorífica 600 J/°C. Quando o cereal X é queimado a temperatura
aumenta de 300.2 K para 309.0 K. Quando o cereal ABC é
queimado a temperatura aumenta de 299.0 para 307.5K Qual é a
quantidade de calor liberado por cada amostra? Uma porção de
cada cereal possui 30g.
Medida de - Experiência de Joule
TV
U
A gás pA=p
B vácuo pB=0 Equilíbrio térmico
com a água
Abre a torneira
A pA= p1 (p1<pA)
B pB= p2
Equilíbrio térmico com a água
* Não houve variação de T na água
14
Expansão livre pext.= 0 0. dVpwd ext
O 1º princípio: dU =dq
Como a temperatura da água não variou dq= 0
dU= 0
A eq.(8) torna-se: dV
V
UdT
T
U
TV
0
Como o sistema e água estavam em equilíbrio: dT=0
dVV
U
T
0
15
Como dV 0, para que a igualdade anterior seja satisfeita:
0
TV
U
U = U (T)
A equação acima expressa a lei de Joule (válida para gases ideais)
Para gases reais o valor é diferente de zero (muito pequeno).
Mudanças de estado a pressão constante
Ex: expansão de um gás contra uma pext.=p
2
1
2
1
2
1
p
p
qddU:Integrando
pdV- qd dU
dVp
16
U2-U1= qp- p(V2-V1), rearranjando:
(U2 + pV2)- (U1+ pV1)= qp (14)
Como p=p1 e p2= p, a eq. (14) pode ser reescrita como:
(U2 + p2V2)- (U1+ p2V1)= qp (15)
p e V são funções de estado
A função: U + pV é uma combinação de variáveis de estado, portanto
U + pV= H (16)
H é a entalpia do sistema (propriedade do estado) 17
A eq. (15) pode ser reescrita como:
H= qp (17)
Ou, para variações infinitesimais: qd dH p
Para calcular U a pressão constante a eq. (14) pode ser reescrita
como:
U + pV= qp= H (18)
Como H é função de estado pode-se avaliar como H varia com a T e p
)19( dH dpp
HdT
T
H
Tp
18
Para transformações a p=constante dp=0
)20( dH dTT
H
p
A pressão constante: qd dH p
p
p
p T
H
dT
qddT
T
H
)17( qd p
A relação entre q e T mostrada na equação acima é Cp, a capacidade
calorífica a pressão constante
)21( qd p
p
p
CT
H
dT
19
Com o valor da eq. (21) a eq. (19) pode ser reescrita como:
)22(C dH dpp
HdT
T
p
Para qualquer transformação a p= constante, a eq. (22) assume a forma:
)23(C dH dTp
Ou para uma mudança finita de T1 a T2: )24(C H
2
1
dTp
Se Cp for constante num dado intervalo de temperatura a eq. (24)
assume a forma:
)25(C H Tp
20
Relação entre Cp e Cv
Inicialmente, calcula-se o calor extraído a pressão constante usando
a eq. (10):
dVV
UpdTC
ctep
dVV
UdT
T
U
T
V
ext
TV
p
.
ext
qd
dVp -qd
Dividindo por dT:
)26(
qd p
pT
Vp
pT
V
T
V
V
UpCC
T
V
V
UpC
dT
21
)26(pT
VpT
V
V
UpCC
Cp> CV
O excesso de Cp relativamente a CV:
pT
Vp
Trabalho produzido por unidade
de aumento de T a p=cte
pT T
V
V
U
Energia necessária para separar as moléculas
22