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Capítulo 33 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: A CRISE DO SISTEMA COLONIAL 1. CAUSAS DA QUEDA DO ANTIGO REGIME (sistema econômico, político e social vigente na Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII) - Plano político: Absolutismo => Revolução Francesa - Plano econômico: Mercantilismo/Capitalismo Comercial =>Revolução Industrial - Plano social: Sociedade estamental com surgimento das camadas sociais => burguesia

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Capítulo 33 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO

BRASIL: A CRISE DO SISTEMA COLONIAL –

 

1. CAUSAS DA QUEDA DO ANTIGO REGIME (sistema

econômico, político e social vigente na Europa nos

séculos XVI, XVII e XVIII)

- Plano político: Absolutismo => Revolução Francesa

- Plano econômico: Mercantilismo/Capitalismo

Comercial =>Revolução Industrial

- Plano social: Sociedade estamental com surgimento

das camadas sociais => burguesia

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL => o

Capitalismo Industrial em larga escala não

admitia barreiras ao consumo (exemplo:

Monopólio Comercial e trabalho escravo).

DECLÍNIO COLONIAL => progressivo

enfraquecimento dos laços econômicos,

políticos e ideológicos que prendiam uma

colônia a sua metrópole.

O DECLÍNIO COLONIAL NO BRASIL=> Contradições do período colonial a partir do final do século XVIII (mineração)

a) Consumidores/monopólios metropolitanos => decorrência do monopólio comercial de Portugal sobre os produtos brasileiros (exemplo: Pacto colonial)

b) Classe dominante colonial e metrópole => queda nos preços dos produtos brasileiros no mercado europeu e aumento da estrutura administrativa portuguesa no Brasil (militar, judiciário e tributário): cobrança de impostos, punição e perda de privilégios políticos. 

REBELIÕES NATIVISTAS

Características:

- Forte sentimento nacionalista,

- Caráter regionalista

- Ausência de um projeto de separação política de

Portugal 

a)ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO => 1641- SP

Causa: tentativa de continuidade do comércio, realizado com

a Região do Prata, incrementado no período da União Ibérica

que corria o risco de ser proibido.

b) REVOLTA DE BECKMAN – 1684 – Maranhão

Causa: - Proibição do uso de escravos indígenas na

extração das drogas do sertão (guaraná, castanha) e a

necessidade de gasto com a compra de escravos

africanos e monopólio administrativo da Companhia do

Comércio do Maranhão, criada com o intuito de: 1.

administrar; 2. cobrar impostos e 3. “socorrer”os

produtores. Apenas cuidava dos itens 1 e 2

Não resta outra coisa senão cada um defender-se por si mesmo; duas coisas são necessárias: revogação dos monopólios e a expulsão dos jesuítas, a fim de se recuperar a mão livre no que diz respeito ao comércio e aos índios." Manuel Beckman (1684)

c) REVOLTA DOS EMBOABAS–

SP/MG–1708-1709

Causa: Choque entre os paulistas

que descobriram as regiões

auríferas e os novos

administradores exploradores das

mesmas 

Paulista típico da época. Pobre, desdentado, descalço, sujo, piolhento, feroz, armado até os dentes... mas sem perder a pose rsrsrsrs

d) REVOLTA DOS MASCATES – PE – 1710-1714Causa: disputa pela autonomia político-administrativa da Vila do Recife (comerciantes) que se desvinculou da dominação de Olinda (proprietários de terra)

 

e) A Revolta de Vila Rica em Minas Gerais - 1720

Causa: Reação dos mineradores contra a criação das Casas

de Fundição, pois com as mesmas seria mais difícil sonegar o

pagamento do quinto.

Capítulo 34 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO

BRASIL: A DESAGREGAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL /

OS MOVIMENTOS DE PRÉ-INDEPENDÊNCIA E AS

LIMITAÇÕES DO LIBERALISMO NO BRASIL

Influência: Independência dos EUA e o início da

Revolução Francesa

 

CAMADA MÉDIA BRASILEIRA: século XVIII => mais

culta, geralmente urbana, adotou a ideologia liberal e

iniciou o movimento de independência do Brasil

SENHORES RURAIS => Aceitam em parte alguns

princípios que norteavam o processo de independência

iniciado, entre eles destaca-se o fim do Monopólio

Comercial, mas eram contrários a implementação dos

ideais burgueses – Liberdade, Igualdade e Fraternidade -,

pois apoiavam-se no Monopólio da posse da terra e na

escravidão 

CONSEQÜÊNCIAS GERADAS PELAS DISPARIDADES

DE INTERESSES

A Classe Média iniciou processo de independência do

Brasil, norteada pelo modelo de liberalismo que defendia

os interesses de uma burguesia revolucionária européia,

portanto não servia integralmente para o Brasil, já que

não possuíamos burguesia.

AS REVOLTAS COLONIAIS => Visavam a emancipação da colônia, questionando o sistema colonial INCONFIDÊNCIA MINEIRA – MG – 1789-1792- Ponto inicial para novas lutas pela independência-      Movimento teórico que pretendia montar um processo revolucionário libertador.CAUSAS => aumento da tributação de impostos – aceleramento do endividamento dos pequenos e médios proprietários e comerciantes e a instituição da cobrança da Derrama.

CONJURAÇÃO BAIANA/REVOLTA DOS ALFAIATES –

BA – 1789

Com a decadência da agricultura canavieira os interesses de

Portugal são deslocados do nordeste para o centro do país,

devido a extração de minérios da região. A vida da maioria da

população baiana tornou-se miserável, agravada pela cobrança

de pesados impostos por Portugal.

Houve a participação das camadas populares e da elite,

apoiados nos ideais liberais. Enquanto para os primeiros, o

liberalismo se opunha aos privilégios e ao mandonismo da

elite, para os segundos ele se opunha aos monopólios e aos

privilégios da metrópole.

Destaque para a Maçonaria – Cavaleiros da Luz – que ao acatar

os princípios liberais, possibilitou a penetração destes no

cenário baiano.

A Conjuração Baiana não conseguiu atingir seus objetivos, mas podemos mostrar, através dela, que naquela época a população já buscava tornar-se uma sociedade justa e ter seus direitos de cidadãos.

REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA – PE – 1817CAUSAS => cobrança de pesados impostos, excessiva centralização política na capital do Reino Unido e empobrecimento da camada média.- Contou com a participação das camadas populares- PE, PB, AL e CE formaram o embrião do “primeiro governo nacional brasileiro” (por um período de aproximadamente 3 meses). Um governo revolucionário proclamou a República e elaborou uma lei orgânica de caráter liberal e razoavelmente democrática, que fracassou, principalmente devido a contradição entre as idéias liberais e revolucionárias da rebelião e a realidade socioeconômica do Brasil.

Capítulo 35 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA BRASILEIRO: o Período Joanino e a Regência de D.Pedro

 Período Napoleônico (1799-1815) => a Europa conviveu

com o Bloqueio Continental que visava o fechamento dos portos europeus à entrada dos produtos ingleses.

 Final de 1807 –Portugal era submetido a profunda pressão

diplomática pela Inglaterra (Lord Strangford); e ainda era pressionado militarmente pela França (General Junot)

Janeiro de 1808 – Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.

PERÍODO JOANINO (1808 – 1821)

1808 – ABERTURA DOS PORTOS ÀS NAÇÕES AMIGAS: fim do

Pacto Colonial que permitiu aos ingleses livre trânsito no Brasil.

1808 – CRIAÇÃO DA CASA DA MOEDA E DO BANCO DO

BRASIL: cunhar moedas e atender a necessidade de um banco

para transacioná-las.

1808 – FINAL DO ALVARÁ DE 1785: possibilidade adquirida de

serem criadas indústrias no Brasil com o objetivo de diminuir as

importações

1809 – INVASÃO DA GUIANA FRANCESA: Foi anexada ao

território brasileiro até 1815 (Congresso de Viena), após esta data

apenas uma parte da Guiana continuou incorporada ao nosso

território.

1810 – TRATADO DO COMÉRCIO E DA NAVEGAÇÃO: é o

marco oficial da entrada dos produtos ingleses no Brasil, foram

estabelecidas taxas alfandegárias sobre os produtos importados

pelo Brasil, a saber:

Nações Amigas => Taxa de 24%

Portugal => Taxa de 16%

Inglaterra => Taxa de 15%

1811/1817- A OCUPAÇÃO DO URUGUAI: Sucessivamente a

Banda Oriental foi alvo de invasões brasileiras, sob os pretextos

de se manter a ordem na fronteira com o Rio Grande do Sul e

defender os “sagrados direitos” da família real espanhola. A

incorporação da Banda ao território brasileiro foi efetivada em

1816. Em 1821, foi oficializado com a denominação de Província

Cisplatina.

1815 – ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO DE PORTUGAL E ALGARVES: elevação do “status” político do Brasil (Colônia, Vice-Reino e Reino Unido) para Portugal poder participar do Congresso de Viena (1815) com direito a voto.1820 – REVOLUÇÃO “LIBERAL” CONSTITUCIONALISTA DO PORTO (Portugal): Teve o objetivo de forçar a volta da Família Real a Portugal e acabar com os privilégios do Brasil (recolonização)1821 – RETORNO DA FAMÍLIA REAL A PORTUGAL

A REGÊNCIA DE D.PEDRO – abril/1821 a

setembro/1822

Existência de 2 partidos políticos

a)      Partido Português - PP: formado por comerciantes

que queriam restabelecer o monopólio comercial, parte dos

burocratas e militares.

b)      Partido Brasileiro – PB – defendia os interesses da

classe dominante agrária e alguns setores da camada média.

Frente à intenção de Portugal em recolonizar o Brasil era o

partido que mais pressionou D.Pedro em busca de autonomia.

Destaque para os irmãos Andrada – José Bonifácio e Martin

Francisco; Gonçalves Ledo, Jose Clemente Pereira, Januário

Barbosa, etc.

09/01/1822 – DIA DO FICO – Marco inicial dos acordos entre

a elite brasileira e o futuro imperador

Fevereiro/1822 – Estabelecido por D. Pedro o Decreto

Cumpra-se que determinava que as ordens provenientes de

Portugal só seriam acatadas após a autorização de D. Pedro.

Maio/1822 – D.Pedro aceitou o título de Defensor Perpétuo do

Brasil

09/1822 – Independência (ou emancipação?) do Brasil =>

Domínio da classe dominante, estrutura econômica permanece

igual => agrária, monocultura, latifundiária, escravista,

dependente do mercado externo (plantation).

A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA• América Espanhola• Colonização de exploração• 4 vice-reinos: Nova Espanha (México); Nova Granada, Peru

e Prata• Sistema de Porto Único (regulado pela Casa de

Contratação). • 1º Servilha; 2º Cádiz Vera Cruz (México);

Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia).

Como o principal produto colonial era a prata, a preocupação com o controle levou o Estado a regulamentar com rigidez os contatos comerciais entre a metrópole e a colônia. Esses contatos só poderiam ser feitos duas vezes ao ano. Os particulares só podiam comercializar com a colônia desde que se integrassem com seus navios às frotas oficiais.

ESTRUTURA SOCIAL Chapetones – espanhóis metropolitanos

Criollos – Filhos de espanhóis nascidos na América – Controlavam as atividades econômicas da colônia, não tinham acesso a cargos

administrativos. Nativos – muitos eram explorados através do trabalho compulsório – mita

e encomienda Escravos

CAUSAS DA INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA

Influência do Iluminismo• Independência dos EUA (1776)• Quebra do equilíbrio europeu com as Guerras

Napoleônicas => Fernando VII renunciou ao trono espanhol em favor de José Bonaparte => movimento de reação dos espanhóis, contrários ao domínio francês => forman-se as Juntas de Cádiz (Espanha) e as Juntas Provisórias Governamentais na América (controlados pelos criollos), praticamente a metrópole tinha desaparecido.

ANTECEDENTES DA INDEPENDÊNCIA

• 1780 – Peru – Rebelião liderada por Tupac Amaru, contestava a autoridade espanhola

• 1810/1814 – movimentos separatistas, com o apoio da Inglaterra, ganham força nos centros urbanos da América Espanhola;

• 1811 – Francisco Miranda declara a Venezuela independente, o movimento fracassou e seu líder é levado para a Espanha, onde morreu.

• 1815 – A derrota de Napoleão na Europa abriu caminho para a recolonização da América Espanhola (não esquecer o Congresso de Viena), porém já tinha sido iniciado o processo de independência na América => Líderes: Simón Bolivar e José de San Martin.

O processo de independência contava com o apoio da Inglaterra e dos EUA (Doutrina Monroe => América para os americanos)

San Martin – argentino, defendia o ideal de uma monarquia parlamentar

Simón Bolivar – venezuelano, republicano, defendia o ideal de uma América unida => “Uni-vos ou o caos vos devoráras”: o

bolivarismo. Em 1826, convocou o Congresso do Panamá, com o objetivo de concretizar a união latino-americano. Seu plano foi

frustrado, pois contrariava os interesses da Inglaterra, EUA e das elites locais (caudilhos => poder econômico, militar e político), fortalecidas pela participação na Guerra. Com isto, a América

Espanhola fragmentou-se.

PARAGUAI

Independente desde 1813 – liderado pelo criollo José Gaspar Francia – 1º presidente da República, praticamente não enfrentou resistência espanhola devido ao isolamento geográfico da região.

Logo após a independência, o Governo Central derrotou os latifundiários paraguaios que defendiam um regime político descentralizado. Tal questão abriu espaço para que Francia

“tomasse” as suas terras, transformando-as em Haciendas del Estado, que passaram a ser exploradas por camponeses, em

benefício próprio. Os sucessores de Francia – Carlos Antonio Lopes e Francisco

Solano Lopes, ampliaram as exportações agrícolas do país, através do Estado, e dirigiam os lucros para o processo de industrialização do

país => causa da Guerra do Paraguai

HAITI (colônia francesa)Cerca de 90% da população era composta por negros escravos

e a economia do país era baseada na exportação de café e açúcar.1791 – A metrópole (França) convivia com a Revolução

Francesa e a ameaça externa; 1793 - os jacobinos extinguiram a escravidão nas colônias; Inglaterra e Espanha cobiçavam tomar o poder na Ilha, para

conter o avanço inimigo, um ex-escravo Toussaint-Loverture, organizou e comandou um exército local

1801 – Toussaint, foi nomeado governador vitalício e promulgou uma constituição que definia o Haiti como um território francês,

porém com um governo próprio.A derrota dos Jacobinos na França e o avanço liberal, propagado

por Napoleão Bonaparte, levaram à tentativa de recolonização do Haiti (Toussaint, foi levado à França e morto), porém foram

impedidos por Dessalines => em 1804, o Haiti era o 2º país de proclamar a independência na América Espanhola.

Haiti => após a independência e nos dias atuais

MÉXICOA luta pela independência do país teve origem no meio rural,

acrescida pela intenção de acabar com a escravidão, a igualdade de direitos e o fim dos privilégios da elite.

Líderes: Miguel Hidalgo; Padre Morelos e Vicente Guerrero1821 – tentativa de recolonização do México, liderada pelo General

Itúrbirde. Posteriormente, o General se aliou a Guerrero, segundo um acordo conhecido como Plano Iguala: proclamação da independência,

igualdade de direitos entre criollos e espanhóis, supremacia da religião católica, respeito à propriedade e governo monárquico.

Itúbirde assume o governo como Agostín I, em 1822.Em 1824, Agostín I é deposto e a República é proclamada.

Guadalupe Victoria é o 1º presidente mexicano. 1846-1848 – O México travou uma guerra com os EUA e perde

vastos territórios1861 – O México sofreu uma intervenção francesa

1876-1910 – Governo de Porfírio Dias – Porfiriato – marcado pela ditadura política e a abertura do país ao capital estrangeiro =>

modernização da infra-estrutura econômica do país, com destaque para a exportação de produtos agrícolas (construção de ferrovias e a modernização dos portos); concentração fundiária (avanço dos

latifúndios em direção às terras comunitárias.

1910 – Revolução Mexicana – A camada média e os camponeses se rebelaram contra Porfírio, com destaque para os liberais, liderados

por Francisco Madero, defendiam eleições livres, voto secreto e a alternância de partidos no poder.

Com o início da luta, os camponeses assumem o controle do movimento, desejando uma Revolução (reforma agrária, hostilidade contra a Igreja e ao nacionalismo) e não apenas mudança política.

Eram liderados por Emiliano Zapata e Pancho Villa.Francisco Madero, eleito presidente em 1913, é assassinado.

Radicalização das posições; estabelecida uma ditadura militar pró-Estados Unidos, chefiada por Victoriano Huerta

Promulgação da Constituição de 1917 = redivisão da terra: aumento de pequenas propriedades que não afetou os interesses já estabelecidos e nada fez para restabelecer o regime de propriedade

comunitária.

* Brasil Império: o Primeiro Reinado (1822-1831)

• Não ocorrem mudanças significativas na estrutura sócio-econômica do país, já que não interessavam a classe dominante (proprietários de terra). Desta forma, foi mantida a estrutura

colonial de produção.

A CRISE ECONÔMICA: os produtos brasileiros “sofriam” concorrências, tais como:

• AÇÚCAR BRASILEIRO => Concorrência das Antilhas que forneciam o produto para o mercado inglês; Cuba supria a necessidade do mercado americano; o açúcar de beterraba e a produção das outras colônias abasteciam a Europa Continental;

• ALGODÃO => Concorrência dos EUA;• FUMO => Dificuldade em decorrência da

crise do tráfico negreiro;• COURO => Concorrência da Argentina.

EVOLUÇÃO POLÍTICA DO 1º REINADO

Resistência portuguesa à Independência do

Brasil: Províncias do Pará, Maranhão, Piauí,

Bahia e Cisplatina.

ATENÇÃO: Nesta época foi bastante

comum a contratação de mercenários

polacos, suíços e alemães para

“defenderem” o Brasil => Destaque para

Cochrane e Grenfeel.

O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA

O Brasil encontrou dificuldade para ter a sua

independência reconhecida, devido:

- Os países latinos temiam uma política

recolonizadora e expansionista;

- Com a legitimidade, imposta pelo Congresso de

Viena, os europeus estavam “impedidos” de

reconhecerem a independência brasileira

- Os ingleses, apesar de “tentados” em normalizar

as relações com o Brasil, não queriam entrar em

atrito com Portugal e nem com as outras potências;

EUA – primeiro país a reconhecer a independência do Brasil (1825) => Influência da Doutrina MonroeA dívida pública externa do Brasil independente começou a ser contraída logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia.

A MONARQUIA AUTORITÁRIAMaio/1823 => Convocação da Assembléia ConstituinteExistência de 02 partidos:Partido Brasileiro => Maioria na Constituinte, partidário de um regime liberal com maior poder para o Legislativo;Partido Português => Minoritário, dependente do Imperador, defendia um sistema com maior poder para o Executivo

- Apresentação do Projeto “Constituição da Mandioca” – votava quem tivesse renda proveniente da produção de mandioca – Não foi aceito pelo Imperador, pois limitava o seu poder.- Início dos choques entre o Imperador (autoritário e apoio demasiado aos portugueses) e os deputados constituintes.11/11/1823 – Noite da Agonia – Sessão de emergência dos constituintes12/11/1823 – Dissolução da Constituinte

CONSTITUIÇÃO DE 1824

Março de 1824 – É outorgada (imposta) a 1ª Constituição do Brasil, que estabelecia:- Monarquia Constitucional e hereditária;- Regime Unitário => Concentração do poder nas mãos do Imperador. As províncias não tinham autonomia política, administrativa e econômica;- Sistema de Padroado => União entre a Igreja e o Estado. “A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo”

”.

- Eleições Indiretas e Censitárias => eleitores de paróquia elegem os eleitores de província que elegem os deputados e senadores.- 04 poderes: a) Poder Moderador => Imperador; b) Poder Executivo -> Imperador e Ministros (nomeados pelo Imperador)c) Poder Legislativo => Câmara dos deputados e Senadod) Poder Judiciário => Supremo Tribunal da Justiça

DECLÍNIO DA POPULARIDADE DE D. PEDRO I

- Confederação do Equador- Sucessão do trono português (1826).- Guerra Cisplatina- Déficit orçamentário

ABDICAÇÃO DO IMPERADOR – 18311830 – A oposição ganha as eleições legislativas1831 – Noite das garrafadas1831 – Nomeação do Ministério dos Marqueses07/04/1831 – Abdicação de D.Pedro I

Capítulo 38 * Brasil Império: Período Regencial – (1831-1840Relembrando: 1º Império:- Modelo político autoritário;- Dependente economicamente do mercado externo;- Modelo agrário-exportador escravista;- Período de contestação e luta na busca de um regime político/econômico/administrativo que refletisse a independência que todo o Brasil pretendia.

07/04/1831 => Abdicação de D.Pedro I => Início do Período Regencial. Pela Constituição de 1824 (artigo 123) o Brasil passa a ser governado por regentes brasileiros.- Consolidação da “independência” do Brasil- Disputas entre os grupos políticos para a obtenção do controle do EstadoPARTIDOS POLÍTICOS NO PERÍODO REGENCIALPeríodo de 1831/1834a) Partido Restaurador (caramurus): ex-PP; direita conservadora, lutavam pelo retorno de D.Pedro I