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C A P Í T U L O HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS NA ÁFRICA E NA ÁSIA 32

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CAPÍT

ULO

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS NA ÁFRICA E NA ÁSIA

32

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Condições que impulsionaram a lutaanticolonial

Fatores externos Fatores internos

n Após a Segunda Guerra, a Europa, enfraquecida economicamente, perdeu o protagonismo global.

n Consolidou-se o sentimento nacional nas colônias.

n Os Estados Unidos e a União Soviética, que emergiram como superpotências, apoiaram a descolonização por enxergar uma oportunidade de ampliar suas áreas de influência.

n As elites locais frustraram--se com a marginalização em empregos subalternos.

n Percebeu-se a desvantagem da colônia em relação à metrópole na exploração colonial.

Exigiam postos

políticos.

Guerra Fria

A conquista de autonomia política pelos países na África e na Ásia foi acompanhada de crises e problemas sociais herdados da época colonial.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Contradições coloniais e anticolonialismo

n A descolonização deve ser compreendida com base em uma série de fatores cumulativos, relacionados não apenas à conjuntura internacional da Guerra Fria, mas principalmente à dinâmica interna das colônias.

n Primeira Guerra Mundial: as colônias forneceram soldados e mantimentos aos Aliados, mas não receberam as contrapartidas prometidas pelos colonizadores.

n Período entreguerras: fortaleceu-se nas colônias o nacionalismo, que se somou à frustração pelas promessas não cumpridas e pelo aumento da exploração colonial por conta da crise de 1929. Resultado: movimentos de independência.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Resistência ao colonizador

n Movimentos que antecederam a descolonização.

África Setentrional: entre o final do século XIX e o começo do século XX, ocorreram revoltas movidas por sentimentos nacionalistas e por ideias religiosas no Sudão, no Egito e na Somália.

Senegal: ocorreu a rebelião de Mamadou Lamine (1898-1901). Islâmicos voltaram-se contra o domínio europeu.

Índia: foi fundado, em 1885, o Partido do Congresso Indiano (PCI), que lideraria o processo de independência no século XX.

Ásia: com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, eclodiam movimentos pela emancipação em países dominados pelos japoneses, como a Indochina e a Coreia.

Durante a Guerra Fria, China, Vietnã e Coreia opuseram-se ao capitalismo.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Pan-africanismo e movimento da negritude

1900Primeira

Conferência Pan-Africana, em Londres.

1919Primeiro Congresso

Pan-Africano, em Paris: defesa da emancipação

gradual das colônias e da ampliação

dos direitos civis dos negros

estadunidenses e conclamação dos afrodescendentes para imigrar para

a África.

1934Fundação da revista O Estudante Negro

e lançamento do conceito de negritude, em

Paris, por Léopold Senghor, Aimé Césaire e Léon

Damas, que buscavam traduzir

os valores culturais da África negra.

1945V Congresso

Pan-Africano, em Manchester:

repúdio ao sistema colonial europeu

e propostas concretas para

a independência política dos países

africanos.

Movimento criticado por ignorar o caráter multicultural

das sociedades africanas.

Aproximação entre as elites africanas

e as massas populares em prol da emancipação.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Processos de independência política na África

Pan-africanismo

Nacionalismo

Lutas por emancipação

colonial.

n Em algumas colônias, como Gana, a transição ocorreu de forma pacífica, conduzida pelas elites locais; porém, em outras, como a Argélia, a independência foi conquistada por meio de movimentos organizados que foram reprimidos com violência pelos colonizadores, desencadeando guerras.

0°EQUADOR

20° L

1936-1955

1956-1957

1958-1960

1961-1970

1971-1976

1977-1990

Territórios dependentes

Territórios não colonizados

Is. Canárias

I. Madeira

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOÍNDICO

MAR MEDITERRÂNEO

MA

R VERMELH

O

TUNÍSIA

ARGÉLIALÍBIA

EGITO

MAURITÂNIA

NÍGER

SUDÃO

MALI

CHADE

NIGÉRIAETIÓPIA

CAMARÕES

SOMÁLIA

QUÊNIA

ZAIRE

TANZÂNIA

MAURÍCIO

SEYCHELLES

COMORES

ANGOLA

MOÇAMBIQUE MADAGASCAR

NAMÍBIA

ÁFRICADO SUL

EUROPA

MARROCOS

SENEGAL

CABOVERDE

BURKINAFASSO

GÂMBIA

DJIBUTIGUINÉ

BENIN

CABINDA

SERRA LEOA

GUINÉ-BISSAU

LIBÉRIA

COSTADO

MARFIMGANA

TOGO

REP. CENTRO -AFRICANA

UGANDAGUINÉ

EQUATORIAL

SÃO TOMÉE PRÍNCIPE

GABÃORUANDABURUNDI

ZÂMBIAMALAWI

ZIMBÁBUE

BOTSUANA

SUAZILÂNDIA

LESOTO

ÁSIA

CONGO

SAARAOCIDENTAL

Independência política na África

Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 219.

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710 km

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PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Gana

n 1957: Kwame Nkrumah proclamou a independência de Gana. Defendia a unidade política e econômica da África contra as potências imperialistas.

n Outros movimentos foram desencadeados nas colônias francesas e belgas. Os novos países, em geral, alinharam-se ao bloco capitalista ou ao

socialista.n Os planos de fundação dos Estados Unidos da África não se concretizaram.

Argélia

n Entre outubro e novembro de 1954, jovens da Frente de Libertação Nacional (FLN) se levantaram contra a dominação francesa. Foram reprimidos pelo governo francês, que reforçou seu exército na colônia.

n Somaram-se oito anos de conflitos marcados por divisões entre argelinos e franceses, com diferentes propósitos. Saldo de 1 milhão de argelinos mortos e êxodo de cerca de 900 mil colonos.

n 1962: o Acordo de Evian estabeleceu um cessar-fogo e um referendo. A maioria dos argelinos votou pela independência, e o país foi emancipado.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Fim do Império Português na África

n Em abril de 1974, a Revolução dos Cravos derrubou o regime de Salazar, abrindo caminho para a independência das colônias portuguesas.

Guiné-BissauO Partido Africano

pela Independência da Guiné e Cabo Verde

(PAIGC), liderado por Amílcar Cabral, iniciou

uma guerra contra os colonizadores no

começo dos anos 1960. Em 1973, após o assassinato de Cabral,

o PAIGC proclamou a independência da

colônia.

AngolaEm 1961, três grupos lutaram pela emancipação do país: o

Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), ligado ao bloco

soviético, a Frente Nacional de Libertação de Angola

(FNLA), ligada aos Estados Unidos, e a União Nacional pela Independência Total de Angola (Unita), ligada inicialmente à

China e depois à África do Sul. Após a independência, o MPLA e a Unita iniciaram uma sangrenta

guerra civil pelo controle do país, que durou até 2002.

MoçambiqueA Frente de Libertação de

Moçambique (Frelimo), de orientação comunista,

liderou a luta armada a partir de 1964. Com a

conquista da independência em 1974, teve início uma

guerra civil entre a Frelimo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo),

que durou até 1992, quando os grupos assinaram um

acordo de paz.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

1948Descendentes de colonos britânicos e holandeses,

conhecidos como africânderes, estabeleceram o apartheid

(separação).

1984Diante de uma revolta

popular, o governo racista da África do Sul decretou a lei marcial

contra os negros.

A comunidade internacional e

a ONU reagiram à medida, e a lei

marcial foi revogada.

1991Foi

decretado o fim do

apartheid.

1994Nelson

Mandela foi eleito

presidente da África do Sul.

1950O Congresso Nacional Africano (CNA) reagiu

ao apartheid.

1962Nelson Mandela, líder

do CNA, foi preso e condenado à prisão

perpétua.

África do Sul e o regime do apartheid

Os não brancos (em sua maioria negros) foram impedidos de participar da vida política, de possuir terras, e foram obrigados a viver separados dos brancos.

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Segundo dados divulgados pela ONU, em 2013 havia no Brasil cerca de 5.200 refugiados, de oitenta nacionalidades diferentes, reconhecidos pelo governo.

Fronteiras do continente africano n As potências imperialistas, ao realizar a partilha da África, ignoraram a

diversidade cultural, linguística, religiosa e geográfica do continente. Grupos étnicos foram separados por fronteiras e grupos rivais passaram a conviver em um mesmo território.

n O grande número de regimes ditatoriais estabelecidos na África pós- -independência esteve relacionado às disputas envolvendo atores locais, antigas potências imperialistas e os protagonistas da Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética), que estimularam conflitos no continente para aumentar suas áreas de influência. Exemplo: genocídio em Ruanda.

n As violentas guerras civis que se seguiram à independência de algumas colônias geraram um fluxo migratório interno e externo, que teve efeitos em muitos lugares do mundo. Nova diáspora africana.

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PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Fronteiras do continente africano

Ceuta (ESP)

Melilla(ESP)

Tanger

Casablanca

SafiMarrakech

Fez

El Aaiún

AtarNouadhibou

Fdérik

KayesKaolack

Kaédi

Thiès

Kindia

Bo

Kankan

Buchanan

BuakéKumasi

Bobo Dioulasso

TombouctouGao

Kano

Garoua MoundouOgbomoshoIbadã

LagosPorto

Harcourt Douala

Bata

Agadez

ZinderMaradi

Tamanrasset

OrãConstantina

Batna

Annaba

Susa

Ghardaia

Bechar

SfaxGabes

Misurata Bengasi

El Beida

Alexandria

El Giza Suez

Port Said

Asiut

Assuã

Porto Sudão

Atbara

Omdurman

El ObeidNyala

KassalaWad Medani

Abéché

Sabha

Sarh

Bambari

Pointe-NoireMatadiCabinda

(Angola)

Porto Gentil

MalakalWau

Gondar

Dese

Dire Dawa BerberaHargeisa

Merca

MombasaTanga

NakuruKisumu

Mwanza

MbaleKisangani

Bukavu

Kananga

Mbuji-Mayi

Kalemie

LobitoBenguela

Huambo

Lubango

Zanzibar

Toamasina

Fianarantsoa

Lubumbashi

KitweNdola

Bulauaio

SeroweFrancistown

Beira

Quelimane

Blantyre Nampula

JohanesburgoSoweto

Port Elizabeth

Durban

East London

Walvis Bay

Ondangua

L. Vitória

EUROPA

ÁSIA

EGITO(PARTE ASIÁTICA)

MAR

ESTR. DEGIBRALTAR

MEDITERRÂNEO

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOÍNDICO

MA

R VERM

ELHO

Golfo de Áden

EQUADOR

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

TRÓPICO DE CÂNCER

0º 30º

Is. Canárias(ESP)

I. Reunião(FRA)

I. Socotra(IEM)

I. Ascensão(RUN)

I. Sta. Helena(RUN)

Is. da Madeira(POR)

I. Mayotte(FRA)

SENEGAL

GÂMBIA

GUINÉCOSTA DOMARFIM G

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NÍGER

ARGÉLIA

EGITO

ERITREIACHADE

LÍBIA

CONGOGABÃO

REPÚBLICACENTRO-AFRICANA

SUDÃO

SUDÃODO SUL ETIÓPIA

DJIBUTI

SEYCHELLES

QUÊNIAUGANDA

REPÚBLICADEMOCRÁTICA

DO CONGO

ANGOLA

TANZÂNIA

COMORES

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MAURÍCIO

SUAZILÂNDIA

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ÁFRICADO SUL

MAURITÂNIA

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BURKINAFASSO

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RUANDA

SAARAOCIDENTAL

CABOVERDE

GUINÉ EQUATORIAL

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

MA

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TUNÍSIA

GUINÉ--BISSAU

SERRA LEOA PortoNovo

Rabat

Nuakchott

PraiaDacar

BanjulBissau

ConacriFreetown

MonróviaAcra

Uagadugu

Bamaco Niamei

Argel Túnis

TrípoliCairo

AsmaraCartum

Ndjamena

Juba

Adis-Abeba

Djibuti

Yamoussoukro

Abuja

Lom

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Malabo

São Tomé

IaundêBangui

Libreville

BrazzavilleKinshasa

Mogadíscio

Vitória

Campala

Kigali

Bujumbura

LuandaDodoma

Moroni

Lusaka LilongueHarare

Port Louis

Antananarivo

MaputoPretória

Cidade do Cabo

Maseru

Mbabane

Nairóbi

El Aaiún

GITOGGGGGGGÁ

Windhoek

Bloemfontein

ZIMBÁBUE

Gaborone

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

TRÓPICO DE CÂNCER

EQUADOR

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SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

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Bérbere

Mouro BambaraTuaregue Bedja

TibuHauças

Fulbe

FulbeFulbe Mossi

Hauças

Hauças

Krou

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IorubaIbo

EweNuere

GallaAchanti Banda

Bedja

Fang Kikongo

TutsiHutu

Suaíli

KikuyuSo

mali

PigmeuPigmeu

TongaKhoisan

BosquímanoHerero

Ovambo

Hotentote

Zulu

Africânder

Mal

gaxe

Malinque

Am

hara

Línguas europeias(africânder, inglês,francês, português etc.)

Semita

Camita

Sudanês

Banto

Malaio-polinésia

Línguas

África: fronteiras políticas África: línguas e etnias

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Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2010. p. 81.

Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2010. p. 83.

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PARTE 3 CAPÍTULO 32 Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia

Independências na ÁsiaÍndia

Em meados do século XIX, a Índia tornou-

-se colônia britânica. Com

a imposição dos produtos

industrializados britânicos, a

produção têxtil indiana entrou

em colapso.

A revolta contra a dominação

britânica levou à formação

do Partido do Congresso Indiano (PCI), controlado pela elite hindu.

Em 1906, foi criada a Liga

Muçulmana, que defendia a divisão

da Península Indiana em dois

Estados: um islâmico e outro

hindu.

Após a Primeira Guerra Mundial, Mahatma

Gandhi emergiu como referência do movimento

anticolonial, defendendo a

resistência não violenta ao colonizador

(satyagraha): greves, boicotes, jejuns, não pagamento de impostos e

substituição de tecidos britânicos por indianos.

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Marcha do Sal e independência

1930: Marcha do Sal.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha se enfraqueceu e a Índia conquistou a independência

(1947).

Configurou-se uma divisão

político- -religiosa após a independência:

Índia, de maioria hindu, e Paquistão, de

maioria islâmica.

Desde então, iniciaram-se disputas

entre Índia e Paquistão pela região da

Caxemira (também reivindicada pela

China).

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Índia independente

n Durante a Guerra Fria, a Índia aproximou-se da União Soviética, da qual recebeu importantes investimentos.

n A partir dos anos 1980, com a globalização, a Índia passou a receber capitais de diversos países. Era mercado consumidor e fonte de mão de obra barata e de reservas naturais.

n A partir de então, o país obteve um crescimento acelerado. Formação de cientistas e de mão de obra altamente especializada.

n Apesar do desenvolvimento tecnológico, o país vive uma situação de extrema desigualdade social, assim como de violência contras as mulheres e as crianças.

violência no país.

De acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Registros de Crimes da Índia, em 2012, em cada intervalo de

21 minutos, uma mulher era estuprada no país.

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A Holanda, apoiada por Estados Unidos e Grã-Bretanha, tentou

restabelecer o controle do território.

Independência da Indonésia

n Atualmente, o país é a maior economia do Sudeste Asiático e uma das maiores do mundo (décima, em 2014), e comporta a maior população mundial de muçulmanos (mais de 200 milhões, a maioria sunita).

n Na Indonésia, há também a presença das culturas hindu e chinesa.

No século XVII, a Companhia

das Índias Orientais holandesa

estabeleceu um núcleo

comercial na Indonésia,

interessada na negociação de

especiarias.

Em 1942, o Japão, que já cobiçava os recursos naturais

da região do Pacífico desde sua

industrialização no século XIX,

invadiu a Indonésia e ocupou suas refinarias de

petróleo.

Em 1945, com a fragilidade

do Japão após a explosão das

bombas atômicas em Hiroshima e

Nagasaki, líderes nacionalistas

proclamaram a independência da

Indonésia.Após quatro anos

de combates, a Holanda reconheceu a independência da

Indonésia.