capÍtulo 19: termodinÂmica quÍmica nomes: nºs: curso: pablo antunes17115 - eel paulo...
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CAPÍTULO 19: CAPÍTULO 19: TERMODINÂMICA QUÍMICATERMODINÂMICA QUÍMICA
Nomes: Nºs: Curso:Nomes: Nºs: Curso:Pablo AntunesPablo Antunes 17115 17115 - EEL- EELPaulo MarcosPaulo Marcos 1711717117 - EEL- EELPedro ViniciusPedro Vinicius 16979 16979 - ECA- ECA
22/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 22
SumárioSumário
Processos espontâneosProcessos espontâneos Entropia e a segunda lei da termodinâmicaEntropia e a segunda lei da termodinâmica Interpretação molecular da entropiaInterpretação molecular da entropia Variações de entropia nas reações Variações de entropia nas reações
químicasquímicas Energia livre de GibbsEnergia livre de Gibbs Energia livre e temperaturaEnergia livre e temperatura Energia livre e constante de equilíbrioEnergia livre e constante de equilíbrio
33/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 33
1ª Lei da Termodinâmica1ª Lei da Termodinâmica
+W-W
+Q-Q
Meio: fornecer ou receber energia
wqE
44/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 44
II) Espontaneidade de um processo) Espontaneidade de um processo
Reação espontânea é aquela que prossegue Reação espontânea é aquela que prossegue por si mesma. por si mesma.
Tem um sentido definido no qual ela acontece. Tem um sentido definido no qual ela acontece. Característica: transformação inversa é sempre Característica: transformação inversa é sempre
acompanhada de uma absorção de energia útil acompanhada de uma absorção de energia útil das vizinhanças do sistema.das vizinhanças do sistema.
O processo inverso não é espontâneo, mesmo O processo inverso não é espontâneo, mesmo que a energia seja conservada.que a energia seja conservada.
55/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 55
Fatores que influenciam a Fatores que influenciam a espontaneidade de uma reação espontaneidade de uma reação
Entalpia (os processos nos quais a variação de Entalpia (os processos nos quais a variação de entalpia no sistema diminui – processos entalpia no sistema diminui – processos exotérmicos – tendem a ser espontâneos);exotérmicos – tendem a ser espontâneos);
Temperatura;Temperatura;
Desordem do sistema (entropia);Desordem do sistema (entropia);
Dúvida: Dúvida: Catalisador influencia a espontaneidade de uma Catalisador influencia a espontaneidade de uma reação?reação?
66/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 66
A espontaneidade de um processo pode depender da temperatura. A T > 0ºC o gelo funde-se espontaneamente em água líquida. A T< 0ºC o processo inverso, da água se congelar é espontâneo. A T = 0 ºC os dois estados estão em equilíbrio e nenhuma conversão ocorre espontaneamente.
77/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 77
Processos reversíveis e Processos reversíveis e irreversíveisirreversíveis
Em um processo reversível, como a fusão do gelo e o congelamento da água a 0ºC, o sistema pode voltar e ir para frente entre os estados ao longo do mesmo caminho.
Em um processo irreversível, o sistema não pode retornar ao estado inicial ao longo do mesmo caminho.
Qualquer processo espontâneo é irreversível nas mesmas condições de energia.
88/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 88
IIII) Entropia e a Segunda Lei da ) Entropia e a Segunda Lei da TermodinâmicaTermodinâmica
A expansão de um gás ideal em um espaço evacuado é espontânea. Em (a) o frasco B comporta um gás ideal a 1 atm de pressão e o frasco A está evacuado. Em (b) a torneira conectando os dois frascos foi aberta. O gás ideal expande-se para ocupar ambos os frascos, A e B, à pressão de 0,5 atm. O processo inverso não é espontâneo.
99/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 99
Possíveis localizações de duas moléculas de gás envolvidas na expansão. (a) Antes da torneira ser aberta, ambas as moléculas estão no frasco da direita. (b) Após a torneira ser aberta, existem quatro arranjos das duas moléculas entre os dois frascos. Apenas um dos quatro arranjos corresponde a ambas as moléculas que estão no frasco da direita. O maior número de arranjos possíveis corresponde a uma maior desordem do sistema.
1010/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1010
Entropia Entropia éé definida de modo que, quanto definida de modo que, quanto maior a desordem em um sistema, maior maior a desordem em um sistema, maior a entropia. a entropia.
Um Um aumento de entropiaaumento de entropia, durante uma , durante uma transformação no estado de um sistema, transformação no estado de um sistema, significa que no estado final o sistema é significa que no estado final o sistema é mais desorganizado mais desorganizado que no estado inicial.que no estado inicial.
1111/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1111
Relacionando a entropia à transferência de Relacionando a entropia à transferência de calorcalor
A variação na entropia (A variação na entropia (S) está relacionada S) está relacionada ao calor transferido durante o processo.ao calor transferido durante o processo.
A entropia é uma função de estado. A entropia é uma função de estado.
T
revqSsis qrev - calor trocado pelo sistema
T – temperatura absoluta em Kelvin
Como qrev e T são ambos independentes do caminho da reação e S é uma função de estado, a equação acima aplica-se a qualquer processo isotérmico entre os estados, não apenas aqueles que são reversíveis.
1212/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1212
Cálculo da variação de entropia da expansãoCálculo da variação de entropia da expansão
Expansão de um gás:Expansão de um gás:
Mas: Mas: E = 0 (processo isotérmico)E = 0 (processo isotérmico)
Logo:Logo:
Então:Então:
1
2
lnV
VnRTrev
revrevqE
revrevq
1
1
2
2ln
ln
V
VnR
TVV
nRT
TT
qS
revrev
1313/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1313
2ª Lei da Termodinâmica2ª Lei da Termodinâmica A maneira pela qual a entropia controla a A maneira pela qual a entropia controla a
espontaneidade dos processos é determinada pela espontaneidade dos processos é determinada pela segunda lei da termodinâmica.segunda lei da termodinâmica.
Devemos considerar tanto a variação na entropia do Devemos considerar tanto a variação na entropia do sistema quanto a variação na entropia da vizinhança sistema quanto a variação na entropia da vizinhança (ou meio). A variação total na entropia, chamada (ou meio). A variação total na entropia, chamada variação da entropia do universovariação da entropia do universo, é:, é:
vizsisuni SSS
1414/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1414
0 vizsisuni SSS
0 vizsisuni SSSProcesso Irreversível:
Processo Reversível:
Um sistema isolado é o que não troca energia ou matéria com sua vizinhança. Para um sistema isolado, a segunda lei exige que Ssis
seja zero para um processo reversível e maior que zero para um processo irreversível.
1515/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1515
IIIIII) Interpretação molecular da entropia) Interpretação molecular da entropia
As variações de entropia em um sistema químico estão associadas com o aumento no número de maneiras que as partículas do sistema podem ser arranjadas no espaço. As moléculas podem variar seus arranjos movimentando-se de diferentes maneiras.
Exemplos de movimentos vibracionais e rotacionais, ilustrados para a molécula de água. Os movimentos vibracionais envolvem deslocamentos periódicos dos átomos uns em relação aos outros. Os movimentos rotacionais envolvem giro da molécula em torno de um eixo.
1616/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1616
Entropia e temperaturaEntropia e temperatura
A terceira lei da termodinâmica afirma que a entropia de um sólido cristalino puro a 0 K é zero. No zero absoluto todas as unidades da rede estão em seus sítios, destituídas de movimento térmico. Conforme a temperatura aumenta, os átomos ou moléculas ganham energia e exibem movimento crescente.
1717/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1717
Entropia e os estados da matériaEntropia e os estados da matéria
SSsólidosólido < S < Slíquidolíquido< S< Sgasosogasoso
Em geral, espera-se que a entropia aumente Em geral, espera-se que a entropia aumente para processos nos quais:para processos nos quais:
1.1. Os líquidos ou as soluções sejam formados a Os líquidos ou as soluções sejam formados a partir de sólidos.partir de sólidos.
2.2. Os gases sejam formados a partir de sólidos Os gases sejam formados a partir de sólidos ou líquidos.ou líquidos.
3.3. O número de moléculas de gás aumente O número de moléculas de gás aumente durante a reação química. durante a reação química.
1818/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1818
Entropia, desordem e Ludwig Entropia, desordem e Ludwig BoltzmannBoltzmann
WKS lnS – entropia
K – constante de Boltzmann
W – número de arranjos possíveis no sistema
0N
RK 1,38 x 10-23 J/K
R - constante dos gases (8,314 J/molK)
N0 - constante de Avogadro (6,02 x 1023 mol-1)
1919/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 1919
IV)IV) Variações de entropia nas Variações de entropia nas reações químicasreações químicas
A terceira lei permite determinar valores de entropia para substâncias a diferentes temperaturas. Sob condições-padrão a entropia de um mol de uma substância é chamada entropia molar padrão, denominada Sº. A partir de valores tabelados de Sº, podemos calcular a variação de entropia para qualquer processo sob condições-padrão.
2020/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2020
Cálculo da variação de entropiaCálculo da variação de entropia
)(º)(ºº reagentesmSprodutosnSS Os coeficientes n e m são os coeficientes na equação química.
Exemplo: Calcule Sº para a síntese de amônia a 298K.
N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)
Cálculo:
Sº = 2 x Sº(NH3) – [Sº(N2) + 3 x Sº(H2)]
Substituindo os valores apropriados de Sº da Tabela 19.2, obtém-se:
Sº = - 198,4 J/K
O valor é negativo pois existe menor quantidade de matéria de gás no produto do que nos reagentes.
2121/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2121
Variações de entropia na vizinhançaVariações de entropia na vizinhança
Devemos admitir que a vizinhança serve basicamente como grande fonte de calor (ou escoadouro de calor) de temperatura constante. A variação na entropia da vizinhança dependerá de quanto calor for absorvido ou fornecido pelo sistema. Para um processo isotérmico, a variação de entropia da vizinhança é dada por:
T
qS
sisviz
Para uma reação que ocorre à pressão constante, qsis é simplesmente a variação da entalpia para a reação, H.
2222/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2222
V) Energia livre de GibbsV) Energia livre de Gibbs
A A energia livre de Gibbs, G,energia livre de Gibbs, G, é uma função é uma função de estado termodinâmica que combina as de estado termodinâmica que combina as duas funções de estado, entalpia e duas funções de estado, entalpia e entropia: entropia: G = H – TSG = H – TS. Para processos que Para processos que ocorrem à temperatura constante,ocorrem à temperatura constante,
STHG
2323/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2323
Para ver como a função G se relaciona com a espontaneidade da Para ver como a função G se relaciona com a espontaneidade da reação, lembre-se:reação, lembre-se:
sissisuni STHST Multiplicando ambos os lados por (-T), obtemos:
T
HSSSS
sissisvizsisuni
1. Se G é negativo, a reação é espontânea no sentido direto.
2. Se G é zero, a reação está em equilíbrio.
3. Se G é positivo, a reação no sentido direto é não espontânea; deve-se fornecer trabalho a partir da vizinhança para fazer com que ela ocorra. Entretanto, a reação inversa será espontânea.
2424/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2424
Variações de energia livre padrãoVariações de energia livre padrãoAs energias livres padrão de formação são úteis no cálculo da variação da energia livre padrão para processos químicos.
)()( reagentesfprodutosf GmGnG
O valor de G°, para um elemento puro, em seu estado-padrão, é zero.
2525/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2525
A variação na energia livre para um processo, G, é igual ao trabalho máximo útil que pode ser realizado pelo sistema em sua vizinhança em um processo espontâneo, ocorrendo a temperatura e pressão constante:
Trabalho útilTrabalho útil
Gmáx Essa relação explica porque o G é chamado de energia livre. É a parte da variação da energia de um processo espontâneo que está livre para realizar trabalho útil. O restante da energia entra no ambiente como calor.
2626/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2626
Energia livre e quociente de reaçãoEnergia livre e quociente de reação
2727/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2727
VI) VI) Energia livre e temperaturaEnergia livre e temperaturaOs valores de H e S geralmente não variam muito com a temperatura. Em decorrência, a dependência de G é governada principalmente pelo valor de T na expressão G = H – TS. O termo de entropia –TS tem maior efeito na dependência de G com a temperatura; consequentemente também na espontaneidade do processo.
H S -TS G = H - TS Características da reação Exemplo
- + - Sempre negativoEspontânea a todas as
temperaturas2O3(g) 3O2(g)
+ - + Sempre positivoNão espontânea a todas as T;
reação inversa sempre espontânea3O2(g) 2O3(g)
- - + Negativo a baixas TPositivo a altas T
Espontânea a baixa T;torna-se não espontânea a altas T
H2O(l) H2O(s)
+ + - Positivo a baixas T;Negativo a altas T
Não espontânea a baixas T;torna-se espontânea a altas T
H2O(s) H2O(l)
2828/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2828
VII) VII) Energia livre e constante de Energia livre e constante de equilíbrioequilíbrio
Para qualquer processo químico, a relação geral entre variação da energia livre padrão, G°, e a variação da energia livre sob quaisquer outras condições, G, é dada pela seguinte expressão:
QRTGG lnNessa equação, R é a constante ideal dos gases; T é a temperatura absoluta; e Q é o quociente de reação que corresponde à mistura da reação de interesse. Recorde-se que a expressão para Q é idêntica à expressão da constante de equilíbrio, exceto que os reagentes e produtos não precisam estar necessariamente no equilíbrio.
2929/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 2929
G° e a Constante de Equilíbrio G° e a Constante de Equilíbrio KKeqeqNo equilíbrio G = 0. Além disso, o quociente da reação é igual à constante de equilíbrio Keq quando o sistema estiver no equilíbrio. Portanto:
eq
eq
KRTG
KRTG
QRTGG
ln
ln0
ln
3030/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 3030
Pode-se notar que, se G° for negativo, então ln Keq deve ser positivo. Um valor positivo par ln Keq significa que Keq > 1. Dessa forma, quanto mais negativo G°, maior a constante de equilíbrio, Keq. Inversamente, se G° for positivo, então ln Keq será negativo, o que significa Keq < 1. Para resumir:
1K:0G
1K:0G
1K:0G
eq
eq
eq
3131/31/31 Prof. Élcio Barrak Prof. Élcio Barrak 3131
Referências bibliográficasReferências bibliográficas
CERED – Centro de Recursos Educacionais. Objetivo (Sistema de CERED – Centro de Recursos Educacionais. Objetivo (Sistema de Métodos de Aprendizagem) – Físico-Química I – pág 64-69.Métodos de Aprendizagem) – Físico-Química I – pág 64-69.
BROWN, Theodore L. - JR., H. Eugene Lemay - BURSTEN, Bruce BROWN, Theodore L. - JR., H. Eugene Lemay - BURSTEN, Bruce E. Química: Ciência Central. Editora LTC, Rio de Janeiro, Brasil, E. Química: Ciência Central. Editora LTC, Rio de Janeiro, Brasil, 1999. Capítulo 19, pág. 446 – 467.1999. Capítulo 19, pág. 446 – 467.