cap.4 - campos eletrostaticos

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CAMPOS ELETROSTÁTICOS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução. 2. Lei de Coulomb e intensidade de campo. 3. Campos elétricos de distribuições contínuas de carga. 4. Densidade de fluxo elétrico. Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira 4. Densidade de fluxo elétrico. 5. Lei de Gauss (1ª equação de Maxwell). 6. Potencial escalar elétrico. 7. Relação entre o campo e o potencial escalar elétricos (2ª equação de Maxwell). 8. O dipolo elétrico 9. Linhas de fluxo elétrico. 10. Densidade de energia em campos eletrostáticos.

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Page 1: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

CAMPOS ELETROSTÁTICOS

- TÓPICOS DAS AULAS -

1. Introdução.

2. Lei de Coulomb e intensidade de campo.

3. Campos elétricos de distribuições contínuas de carga.

4. Densidade de fluxo elétrico.

Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira

4. Densidade de fluxo elétrico.

5. Lei de Gauss (1ª equação de Maxwell).

6. Potencial escalar elétrico.

7. Relação entre o campo e o potencial escalar elétricos (2ª equação de Maxwell).

8. O dipolo elétrico

9. Linhas de fluxo elétrico.

10. Densidade de energia em campos eletrostáticos.

Page 2: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Introdução

Breve histórico do Eletromagnetismo

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Page 3: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Nosso foco de estudo

Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira

Page 4: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

E1

Disciplinas de

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E2

Disciplinas deEletromagnetismo

Page 5: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Lei de Coulomb e intensidade de campo

• A lei de Coulomb é uma lei experimental e trata da força queuma carga pontual exerce sobre outra carga pontual.

• Geralmente, as cargas são medidas em Coulomb (C), sendo acarga de um elétron igual a -1,6 x 10-19 C.

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• A lei de Coulomb estabelece que a força (F) entre duas cargaspontuais (Q1 e Q2)

– Está ao longo da linha que une as cargas.

– É diretamente proporcional ao produto das cargas Q1 e Q2.

– É inversamente proporcional ao quadrado da distância (R)entre elas.

Page 6: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Matematicamente, temos que

onde k é a constante de proporcionalidade.

2

21

R

QQkF =

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onde k é a constante de proporcionalidade.

• Em unidades do SI, as cargas são dadas em Coulomb, adistância em metro e a força em Newton, de modo que

04

1

πε=k

Page 7: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• A constante ε0 é chamada de permissividade do espaço livre etem o seguinte valor aproximado

• Dessa forma,

F/m10x85,8 12

0

−≅ε

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• Dessa forma,

m/F10x94

1 9

0

≈=πε

k

Page 8: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Desse modo,

• Se as cargas estão localizadas em pontos, cujos vetores posição

2

21

04

1

R

QQF

πε=

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• Se as cargas estão localizadas em pontos, cujos vetores posiçãosão r1 e r2, temos que

122

12

21

0

124

1Râ

R

QQF

πε=

Page 9: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Considerando a figura 1, temos que

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Figura 1

3

12

12

0

2112

4 →→

→→

=

rr

rrQQ

Fπε

Page 10: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• É importante perceber que

– A força F21, sobre a carga Q1 devido à carga Q2, é dada por–F12.

– Cargas de mesmo sinal se repelem, enquanto que cargas desinal contrário se atraem.

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– Q1 e Q2 devem ser estáticas.

– Os sinais das cargas devem ser levados em consideração naexpressão da força.

Page 11: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Se tivermos mais do que duas cargas pontuais, podemos usar oprincípio da superposição para determinar a força sobre umadeterminada carga, dessa forma

→→

=n kk rrQ

QF

3πε

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onde rk indica o vetor posição referente à k-ésima carga noespaço e r indica o vetor posição referente à carga onde se quercalcular a força.

∑=

→→

=k

krr

F1

3

04πε

Page 12: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• O vetor campo elétrico (E) é dado pela força por unidade de cargaimersa nesse campo elétrico.

• Dessa forma,

FE

→→

=

Q

r r’

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onde o campo elétrico é medido em Newton por Coulomb, ou emVolt por metro.

Q

FE =

Origem

r r’

Figura 2

Page 13: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Campos eletrostáticos de distribuições contínuas de carga

• Além de cargas pontuais, podemos ter distribuições contínuas decarga ao longo de uma linha, sobre uma superfície, ou em umvolume, conforme ilustrado na figura 3.

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Figura 3

Page 14: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• É usual denotar a densidade de cargas como: linear (ρL em C/m),superficial (ρS em C/m2) e volumétrica (ρv em C/m3).

• O elemento de carga (dQ) e a carga total (Q), associados a taisdistribuições, são obtidos da seguinte forma

∫=→=L

dlQdldQ LL ρρ Linha de cargas

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=→=

=→=

v

S

L

dvQdvdQ

dSQdSdQ

vv

SS

ρρ

ρρ Superfície de cargas

Volume de cargas

Page 15: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• A intensidade de campo elétrico, devido a uma dessasdistribuições, pode ser obtida a partir da soma das contribuiçõeselementares de campo, devido a cada um dos pontos de cargaque constituem a distribuição, dessa forma

∫=→

L

âdlR

E R2

0

L '4πε

ρLinha de cargas

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=

=

v

S

âdvR

E

âdSR

E

R2

0

v

R2

0

S

'4

'4

πε

ρ

πε

ρSuperfície de cargas

Volume de cargas

Page 16: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• As coordenadas-linha são usadas para denotar a localização doponto-fonte.

• As demais se referem à localização do ponto de interesse, ouseja, ponto no qual E vai ser calculado.

∫=→

L

âdlR

E R2

0

L '4πε

ρLinha de cargas

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=

=

v

S

L

âdvR

E

âdSR

E

R

R2

0

v

R2

0

S

0

'4

'4

4

πε

ρ

πε

ρ

πε

Superfície de cargas

Volume de cargas

Page 17: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercício

1. Considerando uma linha de cargas com densidade uniforme ρL,ilustrada na figura 4, determine o vetor campo elétrico no pontoP (x, y, z).

z

zb

PR

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x

yo

za

zb

r

Figura 4

Page 18: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercício

2. Considerando uma lâmina infinita de cargas, no plano xy, comdensidade uniforme ρS, ilustrada na figura 5, determine acontribuição da superfície para o campo elétrico no pontoP (0, 0, h).

zP

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Figura 5

x

yo

P

R

Page 19: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Densidade de fluxo elétrico

• A intensidade de campo elétrico depende do meio no qual estáimersa a carga fonte do campo.

• Supondo um campo vetorial D, independente do meio, e definidocomo

→→

= ED ε

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definiremos o fluxo elétrico (Ψ) em termos de D da seguinteforma

→→

= ED 0ε

∫→→

⋅=ΨS

SdD

Page 20: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Em unidades do SI, uma linha de fluxo elétrico se inicia em umacarga de 1 C e termina em uma carga de -1 C. Dessa forma, ofluxo elétrico é medido em Coulomb.

• O campo vetorial D é denominado de densidade de fluxo elétricoe é medido em Coulomb por metro ao quadrado.

• Por razões históricas, a densidade de fluxo elétrico é também

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• Por razões históricas, a densidade de fluxo elétrico é tambémdenominada de deslocamento elétrico.

Page 21: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Lei de Gauss (1ª equação de Maxwell)

• A lei de Gauss constitui-se em uma das leis fundamentais doEletromagnetismo.

• Ela estabelece que o fluxo elétrico total (Ψ), através de qualquersuperfície fechada, é igual à carga total encerrada por essasuperfície.

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superfície.

• Dessa maneira,

encQ=Ψ

Page 22: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Ou seja,

• Obtendo-se que

∫∫∫ ==⋅=Ψ=Ψ→→

vS

dvQSdDd venc ρ

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• Obtendo-se que

∫∫ =⋅=→→

vS

dvSdDQ vρ 1ª equação de Maxwell(forma integral)

Page 23: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Aplicando o teorema da divergente à 1ª equação de Maxwell naforma integral, obtemos

• Deve-se observar que

vρ=⋅∇→→

D1ª equação de Maxwell

(forma diferencial)

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• Deve-se observar que

– A lei de Gauss se apresenta como uma maneira mais simplesde se determinar E ou D, para distribuições simétricas decarga, tais como: uma carga pontual, uma linha infinita decargas, uma superfície infinita de cargas e uma distribuiçãoesférica de cargas, por exemplo.

Page 24: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– Uma distribuição contínua de cargas tem simetria caso ocampo vetorial possua uma componente, ou seja, dependa deapenas uma direção.

– Dessa forma, possuirá:

• simetria retangular se tiver apenas componente na direçãoâx (ou ây, ou âz),

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âx (ou ây, ou âz),

• simetria cilíndrica, no caso de componente na direção âρ, e

• simetria esférica quando tiver componente apenas nadireção âr.

Page 25: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– IMPORTANTE:

• Não podemos utilizar a lei de Gauss para determinar E ouD quando a distribuição de cargas não for simétrica.

• Nesse caso, devemos recorrer à lei de Coulomb paradeterminar E ou D.

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Page 26: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Aplicação da lei de Gauss

– O método de aplicar a lei de Gauss, para determinar o campoelétrico, começa pela verificação da existência de simetria.

– Uma vez identificada a existência de simetria, construímosuma superfície matematicamente fechada (conhecida comosuperfície gaussiana).

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superfície gaussiana).

– Essa superfície é escolhida de forma que o vetor D sejanormal, ou tangencial, à superfície gaussiana.

• Quando D for normal à superfície

• Quando D for tangencial à superfície 0=⋅

=⋅→→

→→

SdD

DdSSdD

Page 27: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– Dessa forma, devemos escolher uma superfície que sejacompatível com a simetria exibida pela distribuição de cargas.

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Page 28: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercícios

3. Determinar D no ponto P, localizado no espaço, supondo umacarga pontual Q localizada na origem.

4. Determinar D no ponto P, localizado no espaço, supondo umalinha infinita de cargas uniformemente distribuída, ao longo doeixo z, dada por ρ (C/m).

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eixo z, dada por ρL (C/m).

5. Determinar D no ponto P, localizado no espaço, supondo umalâmina infinita, localizada no plano z=0, com distribuiçãouniforme de cargas dada por ρS (C/m²).

6. Determinar D no ponto P, localizado no espaço, considerandouma esfera de raio a com uma distribuição uniforme de cargasdada por ρv (C/m3).

Page 29: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Potencial escalar elétrico

• Suponha que queiramos movimentar uma carga pontual Q, deum ponto A para um ponto B, em um campo elétrico externo E.

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Figura 6

Page 30: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• A partir da lei de Coulomb, conclui-se que a força sobre Q é dadapor F=QE.

• Dessa forma, o trabalho realizado para provocar umdeslocamento dl na carga é dado por

→→→→

⋅−=⋅−= ldEQldFdW

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onde o sinal negativo indica que o trabalho é realizado por umagente externo.

⋅−=⋅−= ldEQldFdW

Page 31: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Dessa maneira, o trabalho total realizado, ou a energia potencialnecessária, para movimentar Q de A para B é

∫→→

⋅−=B

A

ldEQW

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• Dividindo-se W por Q resulta no valor da energia potencial porunidade de carga.

• Essa quantidade, denotada por VAB, é conhecida por diferença depotencial entre os pontos A e B.

Page 32: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Dessa forma,

• Observe que:

∫→→

⋅−==B

A

ldEQ

WVAB

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– Ao determinar VAB, A é o ponto inicial e B é o ponto final.

– Se VAB for negativo, existe uma perda de energia potencial aomovimentarmos Q de A até B.

• Isso significa que o trabalho é feito pelo campo elétrico.

Page 33: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– Entretanto, se VAB for positivo, existe um ganho de energiapotencial no movimento.

• Isso significa que um agente externo é responsável poresse trabalho.

– VAB é independente da trajetória realizada.

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– VAB é medido em Joules por Coulomb, ou mais comumenteem Volt.

Page 34: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• O potencial em qualquer ponto é a diferença de potencial entreesse ponto e um ponto escolhido no qual o potencial é arbitradocomo zero.

• Em outras palavras, considerando potencial zero no infinito, opotencial a uma distância r da carga pontual é o trabalhorealizado, por unidade de carga, devido a um agente externo,para se deslocar uma carga-teste do infinito até esse ponto.

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• Dessa forma,

∫∞

→→

⋅−=r

ldEV

Figura 7

Page 35: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Determinação da expressão do potencial escalar elétrico

– Considerando o campo E devido a uma carga pontual, temosque

3

0

r2

0 44 →

→→

==

r

rQâ

r

QE

πεπε

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– Dessa forma,

00r

( )∫∫ ⋅−=⋅−=→→ B

A

B

A

ââr

drQldEV rr2

0

AB4πε

Page 36: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

AB

AB0

AB

0

2

0

AB

11

4

1

44

VVrr

QV

r

Q

r

drQV

B

A

B

A

−=

−=

=−= ∫

πε

πεπε

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– Considerando o potencial escalar elétrico no infinito igual azero, ou seja, VA=0, temos que

AB04 rr πε

r

QrV

1

4)(

0πε=

Page 37: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– Se a carga Q não estiver localizada na origem, mas em umponto cujo vetor posição seja r’, o potencial em r se torna

→→

=

'

1

4)(

0 rr

QrV

πε

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– Para n cargas pontuais, o potencial em r é dado por

∑=

→→

=

n

kk

k

rr

QrV

104

1

πε

Page 38: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

– Para distribuições contínuas de carga, o potencial em r podeser escrito como

→→

=

L

r

dl

rr

r

rV

'1

'

'

'

4

1

S

L

0

ρ

ρ

πεLinha de cargas

Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira

→→

→→

=

=

v

S

dv

rr

r

rV

dS

rr

r

rV

'

'

'

4

1

'

'

'

4

1

v

0

S

0

ρ

πε

ρ

πεSuperfície de cargas

Volume de cargas

Page 39: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercício

7. Duas cargas pontuais -4 µC e 5 µC estão localizadas em(2, -1, 3) e em (0, 4, -2), respectivamente. Determine o potencialescalar elétrico em (1, 0, 1), considerando potencial escalarelétrico igual a zero no infinito.

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Page 40: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Relação entre o campo e o potencial escalar elétricos

• A diferença de potencial entre dois pontos A e B independe datrajetória percorrida, ou seja,

• Dessa forma,

ABBABAAB 0 VVVV −=⇔=+

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• Dessa forma,

• Fisicamente, isso implica dizer que não é realizado trabalho aose movimentar uma carga, ao longo de uma trajetória fechada,no interior de um campo eletrostático.

• O campo eletrostático é um campo conservativo.

∫ =⋅→→

0dlE

Page 41: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Aplicando o teorema de Stokes, temos

0=⋅

×∇=⋅

→→→→→

∫∫ dSEdlE

2ª equação de Maxwell

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0

0

=×∇

=⋅

×∇

→→

→→→

E

dSE Forma integral

Forma diferencial

Page 42: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Partindo-se da definição de potencial escalar elétrico,

temos que

dzz

Vdy

y

Vdx

x

VdV

dzEdyEdxEdlEdV zyx

∂+

∂+

∂=

−−−=⋅−=→→

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• O sinal negativo mostra que a direção do campo elétrico é opostaà direção de crescimento do potencial escalar elétrico.

• A orientação do campo elétrico é do maior para o menorpotencial.

VE→→

∇−=

Page 43: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercícios

8. Dado o potencial,

a) Determine a densidade de fluxo elétrico em (2, π/2, 0).

b) Calcule o trabalho realizado ao se movimentar uma carga de10 µC do ponto A(1, 30º, 120º) até o ponto B(4, 90º, 60º).

φθ cossen10

2r

V =

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10 µC do ponto A(1, 30º, 120º) até o ponto B(4, 90º, 60º).

9. Dado,

determine o trabalho realizado ao movimentar uma carga de

-2 µC do ponto (0, 5, 0) até o ponto (2, -1, 0), usando a trajetória:

a) (0, 5, 0) → (2, 5, 0) → (2, -1, 0)

b) y = 5 – 3x

( ) yx

23 xââyxE ++=→

Page 44: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

O dipolo elétrico

• Dipolo elétrico: duas cargas pontuais, de igual magnitude esinais opostos, separadas por uma pequena distância.

z

P(r,θ,φ)r1

+Q

S(d/2,0,0)

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x

yo

r2

r

d

+Q

-Q

T(d/2,π,0)Figura 8

Page 45: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• O potencial no ponto P é dado por

onde

QQ −+ += VVV

+ =1Q

V

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→−

→+

−=

=

20

Q

10

Q

1

4

4

r

QV

r

V

πε

πε

Page 46: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Em coordenadas esféricas, a distância entre dois pontos é dadapor

com isso

( )1221212121

2

2

2

1

2 cossensen2coscos2 φφθθθθ −−−+= rrrrrrd

θcos4

222

1

2

1 rdd

rdr −+==→

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• Portanto,

θcos4

4

222

2

2

2 rdd

rdr ++==→

++−

−+=

−−2

1

2

2

2

1

2

2

0

cos4

11cos

4

11

4θθ

πεrd

d

rrd

d

rr

QV

Page 47: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Fazendo

temos que

±=

± urd

d

rθcos

4

1 2

2

( ) 11

1±− −

≈+u

u

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• Considerando

( )2

11 2

±−

±

−≈+

uu

1<<±u

Page 48: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

temos

• Considerando que

θπε

cos1

4 2

0

dr

QV =

z

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→→

= dQp

x

yo

+Q

-Q

pd

Representa o momento dipolo, orientado de –Q a +Q

Figura 9

Page 49: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

temos

e

3

0

2

0

r

44 →

→→→

⋅=

⋅=

r

rp

r

âpV

πεπε

Dipolo elétrico com centrolocalizado na origem

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e

3

0 '4

'

→→

→→→

−⋅

=

rr

rrp

V

πε

Dipolo elétrico com centrolocalizado no ponto r’

Page 50: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• O campo elétrico devido a um dipolo com centro localizado naorigem é dado por

( )θr3

0

cos21

4âsenâ

r

pVE θθ

πε+=∇−=

→→

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Page 51: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercícios

10.Dois dipolos com momentos de dipolo (0, 0, -5) nC.m e(0, 0, 9) nC.m estão localizados nos pontos (0, 0, -2) e (0, 0, 3),respectivamente. Determine o potencial na origem.

11.Um dipolo elétrico de (0, 0, 100) pC.m está localizado na origem.

Escola Politécnica de Pernambuco - Notas de aula de Eletromagnetismo 1 – Prof. Helder A. Pereira

11.Um dipolo elétrico de (0, 0, 100) pC.m está localizado na origem.Determine o potencial escalar elétrico e o vetor campo elétriconos pontos:

a) (0, 0, 10).

b) (1, π/3, π /2).

Page 52: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Linhas de fluxo elétrico

• É uma trajetória, ou linha imaginária, desenhada de tal modoque sua orientação, em qualquer ponto, é a mesma do campoelétrico nesse ponto.

• Qualquer superfície na qual o potencial elétrico seja o mesmo emtoda a sua extensão é conhecida como superfície equipotencial.

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toda a sua extensão é conhecida como superfície equipotencial.

• A interseção de uma superfície equipotencial e um plano resultaem uma trajetória, ou linha, conhecida como linha equipotencial.

• Nenhum trabalho é realizado ao movimentar uma carga de umponto a outro ao longo de uma linha, ou superfície,equipotencial.

Page 53: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• As linhas de força, linhas de fluxo, ou ainda direção do campoelétrico, são sempre normais às superfícies equipotenciais.

Linhas de fluxo Linhas equipotenciais

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Figura 10

Page 54: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Densidade de energia em campos eletrostáticos

• Para determinar a energia armazenada por um arranjo decargas, precisamos, em primeiro lugar, determinar a quantidadede trabalho necessária para reunir essas cargas em uma região.

• Suponhamos que se posicionem três cargas pontuais Q1, Q2 e Q3

em uma região do espaço inicialmente vazia.

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em uma região do espaço inicialmente vazia.

P1

P2

P3

Q1

Q2

Q3

Figura 11

Page 55: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Não há necessidade de se realizar trabalho para transferir Q1 doinfinito até P1, porque o espaço inicialmente está livre de cargase não há campo elétrico presente, portanto

• O trabalho realizado para transferir Q2, do infinito até P2, é igualao produto de Q2 pelo potencial V21 em P2, devido a Q1, ou seja,

01E == WW

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ao produto de Q2 pelo potencial V21 em P2, devido a Q1, ou seja,

• De modo similar, o trabalho realizado para posicionar Q3 em P3 édado por

2122E VQWW ==

( )323133E VVQWW +==

Page 56: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Dessa forma, o trabalho total realizado para posicionar as trêscargas é igual a

• Se as cargas forem posicionadas na ordem reversa,

( )32313212321E 0 VVQVQWWWW +++=++=

( )0 VVQVQWWWW +++=++=

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• Dessa forma, temos que

onde V1, V2 e V3, são os potenciais totais em P1, P2 e P3.

( )13121232123E 0 VVQVQWWWW +++=++=

( )332211E2

1VQVQVQW ++=

Page 57: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• A energia também pode ser determinada para diferentesdistribuições de carga, por exemplo:

1. Para n cargas pontuais

2. Para uma linha de cargas

∑=

=n

k

kkVQW1

E2

1

∫= VdlW1

ρ

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2. Para uma linha de cargas

3. Para uma superfície de cargas

4. Para um volume de cargas

∫= VdSW SE2

∫= VdlW LE2

∫= VdvW vE2

Page 58: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

• Considerando que

e que

fazendo-se algumas considerações matemáticas, temos que

→→

⋅∇= Dvρ

∇⋅+

⋅∇=

⋅∇

→→→→→→

BAABAB

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onde

∫∫→→→

=⋅= dvEdvEDW

2

0E2

1

2

2

0EE2

1

2

1 →→→

=⋅== EEDWdv

dw ε

Representa a densidade de energia eletrostática, medida em J/m³

Page 59: Cap.4 - Campos Eletrostaticos

Exercícios

12. Três cargas pontuais -1 nC, 4 nC e 3 nC estão localizadas em(0, 0, 0), (0, 0, 1) e (1, 0, 0), respectivamente. Determine aenergia interna do sistema.

13. Se V = x – y + xy + 2z V, determine o vetor campo elétrico em

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13. Se V = x – y + xy + 2z V, determine o vetor campo elétrico em(1, 2, 3) e a energia eletrostática armazenada em um cubo delado 2 m, centrado na origem.