cancro europeu das pomáceas resultados de pesquisa · um pouco de histórico ... •09 de novembro...
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Cancro europeu das pomáceas
Resultados de pesquisa
Silvio André Meirelles Alves
II Semana de Cursos Integrados em CFO – 2015
Um pouco de histórico ...
• 09 de Novembro de 2011 – primeira reunião com o ministério, realizada no Lazzeri, Vacaria-RS
• 27/02/12 – Primeiros resultados positivos de amostras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Treinamentos
Levantamentos
Pesquisa
• 10-11/05/12 – Treinamento dos RTs em Vacaria
• 4-6/06/12 – 1ª Reunião de elaboração de IN em São José-SC
• 30/07/12 – recebido por e-mail a confirmação da doença no Estado do Paraná
• 08-10/10/12 – 2ª Reunião de elaboração de IN em Porto Alegre
• 16/10/12 – Seminário Internacional sobre o cancro europeu das pomáceas, Vacaria
• 13/11/12 - 3ª Reunião de elaboração de IN em Vacaria
O projeto
• Novembro de 2012 a abril de 2015
• Equipe
Instituição Responsáveis por experimentos
Embrapa Uva e Vinho Silvio A. M. Alves, Fábio R. Cavalcanti, Ana B. C. Czermainski,
Joélsio J. Lazzarotto, Alexandre Hoffmann
Proterra Rosa M. V. Sanhueza
UCS Murilo C. Santos
Udesc Amauri Bogo
UFPR Larissa May de Mio
Organização do projeto
Assuntos Responsáveis
Avaliação de métodos de controle químico e cultural (6 atividades)
Rosa, Amauri, Murilo
Caracterização dos isolados de Nectria galligena (2 atividades)
Fábio
Avaliação do progresso temporal e gradiente de dispersão da doença (6 atividades)
Silvio, Régis, Larissa
Avaliação de modelos de previsão da doença e função de dano (2 atividades)
Ana, Silvio
Transferência de tecnologia (2 atividades) Alexandre, Joelsio
Ambiente e doença
Quais as condições meteorológicas que favorecem a doença?
No Brasil nós temos essas condições?
Beresford & Kim (2011)
USA, estado de Washington Irlanda do Norte
Beresford & Kim (2011)
Ho
ras
diá
rias
co
m T
emp
en
tre
11
e 1
6 o
C
Frequência de dias com chuva (%)
Resultados
2009 2011 2010 2012
São
Jo
aqu
im
Vac
aria
Frequência de dias com chuva (%)
Ho
ras
diá
rias
co
m T
emp
en
tre
11
e 1
6 o
C
Alto risco Baixo
risco
Inoculação mensal
Existe um período do ano em que há maior risco ao desenvolvimento da doença?
Inoculação mensal
Trimestre Mês Orgão
1
Set - Gema
Out - Flor
Nov Folha Raleio
2
Dez Folha
Jan Folha
Fev Folha Colheita
3
Mar Folha
Abr Folha
Mai Folha
4
Jun Poda
Jul Poda
Ago Poda
Inoculação mensal
Resultados
Mês Ferimento Sintomas (%)
Gala Fuji
Set - Gema 0 0
Out - Pétala 0 0
Nov Folha Raleio 0 0 0 0
Dez Folha 15 22
Jan Folha 0 0
Fev Folha Colheita 92 100 91 -
Mar Folha Colheita 55 - 65 99
Abr Folha 99 98
Mai Folha 93 88
Jun Poda EV1 EV
Jul Poda EV EV
Ago Poda EV EV
Inoculação mensal
Sintomas em ramos inoculados na cicatriz da folha no dia 07/12/2013
Período latente
Quanto tempo leva para um esporo produzir novos esporos?
Resultados
Sintomas em ramos inoculados na cicatriz da folha no dia 17/02/2014
0
20
40
60
80
100
0 45 79Ram
os
com
sin
tom
as (
%)
Dias após a inoculação
Evolução de sintomas
Gala
Fuji
Resultados
y = 2,10x - 85,53R² = 0,94Y50= 64,42
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100
Esp
oru
laçã
o (%
)
Tempo (dias após inoculação)
Período latente na cultivar Gala
y = 1,43x - 9,21R² = 0,71Y50= 41,21
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100
Esp
oru
laçã
o (%
)
Tempo (dias após inoculação)
Período latente na cultivar Fuji
Capacidade de disseminação
Qual a distância de disseminação dos esporos?
Qual a disponibilidade de inóculo (conídio e ascósporo) ao longo do ano?
Gradiente de disseminação
• Área relativamente isolada
• Fonte de inóculo
• Área de disseminação - 11 linhas a cada 5 m
Capacidade de disseminação
0
2
4
6
8
10
0 2 4 6 8 10
Inci
dê
nci
a (
em
8 p
lan
tas)
Distância (m)
soma dos cancros
plantas
12
34
56
78
910
10
11
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20
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00
01
1
30
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00
00
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41
00
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1
51
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11
01
01
1
60
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00
00
1
70
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1
80
00
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00
0
91
10
00
10
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1
101
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11
1
111
01
11
00
10
1
120
01
01
00
10
1
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00
00
11
11
1
140
00
00
01
01
1
150
01
10
10
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1
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11
0
170
00
11
10
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1
180
01
01
10
11
0
190
00
11
01
01
0
201
01
11
10
11
1
211
00
00
11
00
0
221
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00
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0
231
01
11
11
10
1
241
01
01
11
10
1
251
11
11
11
00
0
261
11
11
11
00
0
271
11
10
11
11
0
281
11
00
01
01
1
291
11
01
00
11
0
301
01
10
10
00
0
Incidência = 57,0%
Disponibilidade de inóculo
• Coleta de água da chuva
• Quantificação de esporos
0
20
40
60
80
100
120
140
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
Co
níd
ios/
mL
Chuva
Conídios/mL
Figura 1. Monitoramento da concentração de conídios coletados na água
de chuva a partir de cancros de Neonectria ditissima, no período de julho
de 2013 a fevereiro de 2014, em Vacaria-RS.
Formação de peritécios
Quais as condições ambientais necessárias para a formação de peritécios?
Temperatura e produção de conídios e peritécios
Coleta de ramos com cancro
Armazenamento 5, 10, 15, 20 e 25ºC
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
co
níd
ios
po
r ra
mo
Temperatura ºC
Produção de conídios na coleta
Temperatura e produção de conídios e peritécios
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
co
níd
ios
po
r ra
mo
Temperatura ºC
Produção de conídios na coleta
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
co
níd
ios
po
r ra
mo
Temperatura ºC
Produção de conídios 14 dias após
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
co
níd
ios
po
r ra
mo
Temperatura ºC
Produção de conídios 21 dias após
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
co
níd
ios
po
r ra
mo
Temperatura ºC
Produção de conídios 29 dias após
Temperatura e produção de conídios e peritécios
0
20
40
60
80
100
120
140
5 10 15 20 25
Mé
dia
de
pe
rité
cio
s p
or
ram
o
Temperatura ºC
Produção de peritécios 26 dias após
Temperatura e produção de conídios e peritécios
Função de dano
Como a doença interfere na produção?
Função de dano
Diminuição de ramos produtivos
Longevidade do pomar
Importância econômica
Função de dano
Variáveis medidas:
- Altura da planta
- Número de frutos no pegamento
- Número de frutos na colheita
- Peso de frutos na colheita
- Atributos da qualidade
- Diâmetro do tronco
- Diâmetro dos ramos faltantes
- Diâmetro dos ramos com cancro
Função de dano
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
0 5 10 15 20 25
Fru
tos
com
po
dri
dão
(%
)
Ramos com cancro por planta
Cenário Incidência Vida útil Mão de obra Pulverizações Produção
1 0 20 0 0 0%
2 Baixa 20 10 d/h 5 0%
3 Alta 20 15 d/h 5 -10%
4 Alta 12 0 0 -15%
Cenário Incidência Vida útil Mão de obra Pulverizações Produção
1 0 20 0 0 0%
2 Baixa 20 10 d/h 5 0%
3 Alta 20 15 d/h 5 -10%
4 Alta 12 0 0 -15%
Considerações finais
• As condições climáticas das regiões produtoras são muito favoráveis ao desenvolvimento do cancro europeu
• Ramos podados com cancro nunca devem ser deixados no pomar
• Os conídios estão presentes durante todo o ano
Considerações finais
• A dispersão dos conídios se dá a curtas distâncias
• Os prejuízos causados pela doença pode inviabilizar financeiramente a produção
• Categorização das áreas quanto a incidência
Estação Experimental de Fruticultura Temperada
Rod.BR 285, km 115, Vacaria-RS
Obrigado pela sua atenção
Obrigado ao MAPA pelo
financiamento do projeto