170 anos da emancipaÇÃo de vacaria: …

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CONCURSO MAIS PRENDADA PRENDA DO 33º RODEIO CRIOULO INTERNACIONAL DE VACARIA 170 ANOS DA EMANCIPAÇÃO DE VACARIA: DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE Vacaria/RS 01 de Fevereiro de 2020

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CONCURSO MAIS PRENDADA PRENDA DO 33º RODEIO CRIOULO INTERNACIONAL DE VACARIA

170 ANOS DA EMANCIPAÇÃO DE VACARIA: DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE

Vacaria/RS

01 de Fevereiro de 2020

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LENARA VALENTE DA SILVA 1ª Prenda do “35” CTG Gestão 2019-2020

170 ANOS DA EMANCIPAÇÃO DE VACARIA: DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE

Pesquisa de embasamento para a mostra folclórica

apresentada à comissão avaliadora do Concurso Mais

Prendada Prenda do 33º Rodeio Crioulo Internacional de

Vacaria.

Vacaria/RS

01 de Fevereiro de 2020

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AGRADECIMENTO

Agradeço, em primeira instância, ao meu Pai e Deus Soberano, por confiar a mim

capacidades e oportunidades de muito aprendizado, crescimento e intervenção na manutenção da

promoção da Paz, especialmente através da responsabilidade social como Prenda.

Registro também o agradecimento especial a minha família, com quem compartilhei cada

detalhe encontrado para esta pesquisa; aos amigos que indicaram fontes de pesquisa e aos que

contribuíram com depoimentos de suas vivências no município de Vacaria.

É uma honra e motivo de imensa alegria poder representar minha entidade mãe de cunho

tradicionalista, o Pioneiro “35” Centro de Tradições Gaúchas, além do Departamento de Tradições

Gaúchas do Grêmio Estudantil Júlio de Castilhos, cernes de indubitável importância no processo de

alicerce para a consubstanciação do Movimento Tradicionalista Gaúcho organizado. Por isso sou

grata aos nossos conterrâneos tradicionalistas que outrora tiveram a iniciativa de fundar entidades

para servirem de elo entre as gerações. Agradeço pelo incentivo do “35” CTG e da Fundação de

Apoio ao Colégio Júlio de Castilhos, desde que manifestei engajamento com pesquisas em anos

anteriores.

Em concomitância, deixo meu agradecimento ao CTG Porteira do Rio Grande por

proporcionar mais essa experiência de novos aprendizados com a realização dos Rodeios.

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DEDICATÓRIA

Dedico o presente resgate do município de Vacaria

como homenagem aos seus 170 anos de emancipação. Que os

legados de Vacaria fortaleçam nossa memória e

responsabilidade social.

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APRESENTAÇÃO

A presente pesquisa visa embasar a mostra folclórica de tema livre apresentada à comissão

avaliadora durante as provas do Concurso Mais Prendada Prenda do 33º Rodeio Crioulo Internacional

de Vacaria. A temática escolhida intitula-se “170 anos da emancipação de Vacaria: desenvolvimento

e sustentabilidade”, uma homenagem alusiva à comemoração de 2020.

A abordagem inclui desde os marcos prolegômenos de Vacaria, evidenciando sua

importância histórica. O desenvolvimento traz as características e os avanços no crescimento das

atividades locais. Com esse resgate, há uma tentativa de avaliar a atualidade, atentando para

destaques que influenciaram a sociedade em geral.

A pesquisa também busca analisar a importância da utilização de técnicas sustentáveis e

como essas podem ser propagadas. Anseio esse, fomentado após a aprovação do tema anual do

Movimento Tradicionalista Gaúcho para 2020: "MTG, Sustentabilidade e as Novas Gerações:

desenvolvimento e sustentabilidade". Esse recorte, portanto, coaduna com a proposta de uma

mostra folclórica.

Palavras-chave

Rio Grande do Sul, Vacaria, HIstória, Desenvolvimento, Sustentabilidade

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MENSAGEM

“Cavaleiros andantes, não paramos

no intangível do século que passa...

Vamos além, ao bronze das vigílias,

para insculpir nas horas andarilhas

flamas e vôos imortais da raça!”

~ Rodeio do Tempo, de José Hilário Retamozo

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

DADOS GERAIS 10

A HISTÓRIA PRIMITIVA À EMANCIPAÇÃO 11

Os habitantes nativos: índios 11

Introdução do gado e a formação de vacarias 11

Tropeirismo e abertura dos primeiros caminhos 12

DESENVOLVIMENTO 13

Ocupação 13

Marcos e definições de Vacaria 13

Rodovias 13

Atividades econômicas 14

Militâncias 14

Educação 15

Estação Rodoviária 15

TRADICIONALISMO GAÚCHO 18

Contexto das motivações e nascedouro das conjecturas 18

Tradicionalismo em Vacaria 19

ATRATIVOS 20

Neve 20

Monumentos 20

Fazenda do Socorro 20

Parque de Exposições Nicanor Kramer da Luz 20

Parque das Cachoeiras 20

Igrejas 21

Estádio Municipal Francisco Guerra 21

Biblioteca Pública Municipal Theobaldo Paim Borges 21

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Museu Municipal de Vacaria 21

Morro Agudo 21

Atelier Livre ASVAAL 22

Centro Cultural Marcos Palombini (Casa do Povo) 22

Academias ao ar livre 22

Praças e Parques 22

Ginásios 22

PROPOSTA DE RESGATE 23

Sustentabilidade 23

PESQUISA DE CAMPO 25

Entrevista 1 25

Entrevista 2 25

Entrevista 3 26

Entrevista 4 27

CONSIDERAÇÕES FINAIS 28

CONCLUSÃO 29

ANEXOS 30

FONTES DE REFERÊNCIAS 31

Livros 31

Websites 31

Notícias 32

Documentários 32

Trabalhos 32

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INTRODUÇÃO

Embora Vacaria complete 170 anos de emancipação em 2020, seus registros são mais

antigos. Até o século XVIII, a região era habitada pelos índios.

Após a introdução e diáspora do gado no solo gaúcho, Vacaria tornou-se um importante local

de exploração e paradouro. Essa movimentação abriu os principais caminhos que hoje possibilitam

transitar pelo território brasileiro e ir aos nossos países vizinhos, evidenciando a importância para a

integração e economia do sul do Brasil.

Entre idas e vindas pelo solo vacariense, a ocupação habitacional foi crescendo. A partir

dessa ocupação, foram surgindo escolas, batalhões e outras demandas da população.

Vacaria passou por diversas modificações e desanexos até chegar à formação atual, inclusive

após sua emancipação.

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DADOS GERAIS

Vacaria integra o nordeste gaúcho, nos chamados “Campos de Cima da Serra” ou, ainda, na

“Vacaria dos Pinhais”. O território do município ocupa uma área de 2.124,58 km² e abriga uma

população estimada em 66 mil habitantes.

A cidade de Vacaria está localizada nas coordenadas geográficas latitude sul 29°32'30'' e

longitude oeste 50°54'51'', com altitude de 962m. Tem como limites Lages/SC (o mais distante, a

105km) ao norte, Monte Alegre dos Campos (o menos distante, a 28km) ao sul, Bom Jesus (59km) ao

leste e Esmeralda (68km), Muitos Capões (35km) e Campestre da Serra (40km) ao oeste.

Até a capital de todos os gaúchos, Porto Alegre, são 240km. Entre Vacaria e Brasília são

1787km. São Paulo dista 890km.

Observação: a distância é calculada tendo como referência a frente das prefeituras de cada

cidade.

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A HISTÓRIA PRIMITIVA À EMANCIPAÇÃO

Os habitantes nativos: índios Os registros mais antigos sobre a habitação humana no Rio Grande do Sul remontam há mais

de 12.000 (doze mil) anos (Lazzarotto, 1986). Exploradores e colonizadores que adentraram nessas

terras encontraram três tribos indígenas: os Gês, os Guaranis e os Pampeanos.

A região dos Campos de Cima da Serra era habitada pelos Gês já no século II a. C. Os

principais subgrupos dos Gês eram os Guaianas, Pinarés, Ibiraiaras, gualachos, Coroados, Botocudos,

Xocléns e Caaguás. Eram xucros e nômades, não passando mais de dois anos no mesmo local.

A principal refeição dos Gês era o pinhão das araucárias (pinhais), que era complementada

com alimentos provenientes da caça, da pesca e da coleta. Suas casas eram feitas de palha, mas no

inverno abriam casas subterrâneas para habitação.

Poucos Gês chegaram aos nossos tempos, pois foram dizimados, seja pela peste dos

exploradores bandeirantes por volta de 1610, seja pela incorporação pelas Missões ou até mesmo

pela migração. Os últimos vestígios dos Gês na Vacaria dos Pinhais são de 1798. Hoje temos reservas

indígenas no Rio Grande do Sul administradas pela FUNAI, nas quais os índios passaram a ser

chamados de kaingangues desde 1882.

Introdução do gado e a formação de vacarias Em meados do século XVII, ocorria a ação de catequização pelos padres jesuítas com o

projeto das Reduções na região do Rio da Prata e de Guaíra (Argentina). A mesma chegou ao Rio

Grande do Sul pela travessia do Rio Uruguai em 1626, na atual região missioneira. Essa região era

habitada pelos Guaranis, que passaram a resistir e retomar seus hábitos indígenas caso as Reduções

não fornecessem alimento. Após investir na agricultura, o projeto passou à experiência da pecuária.

Foi então que o Padre Cristóvão de Mendonça e Orelhano conduziu o processo de introdução do

gado (procedente de Corrientes) no Rio Grande do Sul, em 1634. O gado também foi utilizado na

agricultura e no transporte. A ordenança do jesuíta responsável pelas Reduções, Padre Romero,

indica que em 20 de Janeiro de 1635 estaria formada a primeira Vacaria, na Redução de São Miguel.

Portanto, Vacaria foi a alcunha utilizada pelos missionários para fazer referência às estâncias grandes

que criavam gado.

Os combates entre portugueses e espanhóis e os ataques às Reduções ocasionaram a

diáspora do gado. Com o ataque dos bandeirantes, os índios enviaram o gado para as proximidades

do Rio Jacuí (hoje a Campanha Gaúcha). O ambiente era propício para a reprodução do rebanho, que

passou a ser chamado de chimarrão, formando a Vacaria do Mar.

Boa parte do gado atravessou o rio Jacuí e se espalhou principalmente pelo nordeste gaúcho,

formando a Vacaria dos Pinhais em 1697. Em 1739 a Vacaria do Mar estava extinta.

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Tropeirismo e abertura dos primeiros caminhos A fartura de gado solto na Vacaria do Mar ganhou fama e exploradores passaram a negociar

o gado. Abatiam para retirar couro e sebo ou levavam tropas para vender na Feira de Sorocaba em

São Paulo. Boa parte dessas tropas alimentavam os escravos das minas de Minas Gerais ou serviam

para o transporte de carga.

Em 1713 já havia no território do atual município de Vacaria cerca de oitenta mil reses

(fêmeas em idade de dar cria). Em 1718 os portugueses tentaram levar parte do gado, mas foram

repelidos pelos índios.

Sertanistas de Laguna e Sorocaba foram atraídos e passaram a penetrar nessas terras em

1726 para buscar os animais. Abriram o chamado “Caminho do Sul” ou “Caminho do Gado”.

Em 1729 ocorreu a primeira incursão/visita dos portugueses paulistas na região. Foi aberto o

caminho que ligou Curitiba a Laguna, chegando até o Morro dos Conventos. Assim, Francisco de

Souza e Faria, chegou pelos penhascos da Serra da Pedra (Aparados). Surgia então uma rota de

Viamão até São Paulo, conhecida por “Caminho de Sorocaba”. Passava por Vacaria para a travessia

do Rio Pelotas no Passo de Santa Vitória, seguia para Lages, Curitibanos, Campo Largo e São José dos

Pinhais. Esse fato configurou à localidade a alcunha em português “Vacaria dos Pinhais”.

Em 1738, Cristóvão Pereira de Abreu, o principal tropeiro da história gaúcha, fez o trajeto do

Caminho de Sorocaba em viagem de inspeção e relatou suas observações sobre o lugar. Surgiram

assim as primeiras tentativas de povoar o local.

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DESENVOLVIMENTO

Ocupação A ação dos tropeiros com a abertura de caminhos possibilitou que, em 1740, os primeiros

habitantes não índios chegassem à região - segundo o cronista pesquisador do Planalto, Dr. Manoel

Duarte, uma “grande corrente de população” -. Apesar da existência desses posseiros instalados sem

autorização do governo no chamado distrito da Serra (com ranchos inteiramente de couro), em 1752

foram concedidas as quatro primeiras sesmarias (entre eles, o Sargento-Mor Francisco de Souza e

Faria, o Capitão Pedro da Silva Chaves e o Coronel Cristóvão Pereira de Abreu).

Desde o início a ocupação foi violenta devido à resistência daqueles que outrora estavam

ocupando as terras. 1779, houve violenta escaramuça entre índios e portugueses dali (por isso

muitos emigraram). Ficaram José de Campos Baudenburgo, Manoel Rodrigues de Jesus, Inácio

Fernandes dos Reis e Antonio Manoel, ancestrais do povo planaltense, aos quais se juntaram, no fim

do século XVIII, Manoel de Souza Duarte e Antônio Borges vieira.

Marcos e definições de Vacaria Em 1750, a imagem de madeira de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Oliveira foi

encontrada por um camponês. No mesmo lugar em que foi encontrada, foi erguida para ela uma

capela de barro, coberta por capim, onde paulistas, lagunenses e portugueses passavam para seus

momentos de orações.

Sendo portanto Vacaria um ponto estratégico, o vice-rei oficializou em 21 de Março de 1761

a criação da primeira capela curada/votiva, a Capela de Nossa Senhora da Oliveira, inaugurada nove

meses depois (21 de Dezembro). O primeiro vigário foi Duarte Ferreira Roriz chegado em 1769.

Em 20 de Dezembro de 1768, a freguesia passou a integrar Santo Antônio da Patrulha. Sua

emancipação data de 22 de Outubro de 1850, quando, pela Lei Provincial número 158,

desmembrou-se de Santo Antônio da Patrulha e foi elevada à categoria de vila. Em 10 de Setembro

de 1851 foi instalada oficialmente, com a primeira Câmara de Vereadores. Foi anexada à Comarca de

Porto Alegre pela Lei 337, de 16 de Janeiro de 1857, quando a sede passou para Lagoa Vermelha. No

mesmo ano, foi extinguida pela Lei 391, voltando para Santo Antônio da Patrulha junto com Lagoa

Vermelha. A Lei 1018 de 12 de Abril de 1876 passou Vacaria e Lagoa Vermelha à jurisdição de Passo

Fundo. Com a Lei 1115, de 1º de Abril de 1878, a sede retorna para Vacaria. Em 07 de Maio do

mesmo ano, a Lei 1141 desanexa Vacaria de Passo Fundo, tornando-se comarca. Somente em 21 de

Novembro de 1936, pela Lei 6332, Vacaria é transformada em município/cidade.

Rodovias Getúlio Vargas estimulou as realizações e a mentalidade rodoviária no Brasil, fruto da política

adotada em 1932 para ligar o país. Com o acervo do Departamento Autônomo de Estradas de

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Rodagem - DAER, é possível observar que os engenheiros brasileiros transplantaram a ideia norte

americana de terrenos atravessados pelas rodovias, inspirados pelo Estado do Texas. Adotaram a

definição orográfica dividida em três tipos de terrenos: planos, ondulados e montanhosos.

Os estudos orográficos para implantação da malha rodoviária do Plano Nacional de Estradas

iniciaram entre 1933 e 1934 pelos engenheiros do Batalhão de Sapadores do Exército Brasileiro. Na

região de Vacaria, apontaram a existência dos terrenos montanhosos e dos ondulados. Na época, a

rodovia que seria construída chamava-se BR-2 (atual BR-116). Também passa por Vacaria a ERS-285.

Atividades econômicas Foi o aumento populacional que redimensionou o desenvolvimento de Vacaria. Assim,

muitos estabelecimentos começaram a surgir no território, ainda mais com as rodovias

implementadas. Por volta de 1940, a abundância de pinhais atraiu a instalação e exploração

econômica de engenhos de madeira.

A fruticultura é a principal atividade econômica do município. Uma expedição francesa em

Vacaria constatou que a região era propícia para a produção de maçã. Esse fato contribuiu para que

Vacaria suprisse suas necessidades de postos de trabalho. Mas seu histórico de mão de obra

excedente permanece até hoje, pois muitas vezes são estrangeiros que vêm trabalhar. Vacaria tem

destaque estadual e nacional na produção de maçã.

A segunda atividade econômica da cidade é a produção de grãos. Outras atividades do

município são o ecoturismo, a pecuária e a produção de pequenos frutos e flores. Entre as produções

de Vacaria, está o mirtilo. Esse pequeno fruto tem em sua composição propriedades benéficas para o

cérebro e o combate ao câncer. A cidade promove em Dezembro a Feira de Pequenos Frutos,

Artesanato e Mel, onde o mirtilo é uma das principais atrações. Além disso, já temos no Estado a

produção de erva mate composta por mirtilo, promovendo a conscientização.

Entre as empresas que movem o município, estão a Trans Cavalinho, internacional que

iniciou suas atividades com transporte químico em Vacaria há 20 anos; a Agropecuária Schio,

produtora de maçã e sucos, localizada na BR-285, Km 124; A Schio Cereais, produtora de cereais e

grãos, na BR-116; a Chapada Grãos, produtora de cereais na ERS-285, Km 134; o Moinho Vacaria,

produtor de farinha, na Rua Dr. Flores, 800 – Centro; a Rasip, de maçã, na BR-116, Km 133; a Lazzeri,

produtora de plantas de vaso e mudas de flores, na ERS-285, Km 127,5; a Rar, de queijos e vinhos, na

BR-116, Km 133; a Herco-sul, de rações, na Estrada Nery Bernardi, 665; a Refriar, de climatizadores,

na BR 116, Km 40,5; a Rodoplast, de peças para caminhões, na BR 116, Km 33; e a Biosul, de

fertilizantes.

Militâncias O primeiro Regimento de vacarianos foi composto por 160 integrantes, que foram lutar em

Rio Pardo na Guerra dos Sete Povos das Missões em 02 de Novembro de 1754. Na Guerra dos

Farrapos, Vacaria chegou a ser acampamento do Major Cândido Alano, chefe do exército imperial,

em 31 de Outubro de 1837.

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Segundo a memória popular registrada no livro Lembranças de Vacaria, a presença militar

em Vacaria teve destaque em dois momentos: a primeira em 1937 e a segunda em 1950. O atual

local do Campo da Aviação foi a instalação do Batalhão em 1937. A chegada do quartel em 1950

trouxe mudanças para Vacaria, como as bancas de frutas e verduras, os centros espíritas e novas

uniões e relações sociais, que por sua vez alteraram também a fisionomia e os serviços da cidade. Em

1967 o quartel foi transferido para Carazinho, deixando uma crise social e o desemprego.

Educação Em 04 de Maio de 1903 foi fundado o primeiro estabelecimento de ensino, o Colégio São

José, pela Madre Joana Vitória. Tinha como colaboradoras as Irmãs Albina, Ana Teresa e Teodora. Foi

igualado às escolas complementares do Estado em 06 de Janeiro de 1931, quando passou a

denominar-se Escola Complementar São José. O Curso Complementar visava preparar aptidões para

lecionar no ensino primário.

Em 09 de Maio de 1922 iniciaram as aulas do Grupo Escolar de Vacaria. Teve como primeira

diretora Andréa Ceci de Sá Brito. OS professores eram Vitória Quintella da Silva Ly, Bernardina

Rodrigues Padilha, José Fernandes de Oliveira e Reinaldo Tochetto. Ganhou prédio novo em 1936, e

as aulas iniciaram em 01 de Março.

O Instituto São Francisco foi fundado em 1934, dirigido pela Sociedade Sul Brasileira de

Educação e Ensino (Rede dos Irmãos Maristas). Mantinha um curso comercial, um curso

propedêutico de três anos e um curso técnico de guarda-livros de dois anos, além de um curso

ginasial e um curso primário de quatro anos. Em Fevereiro de 1940 foi oficializado e nomeado

Inspetor Federal o Dr. Lívio da Silveira Santos. O Colégio São José e o Instituto São Francisco, que

eram religiosos, ofereciam internato (turno integral).

Eram raras as cidades gaúchas com escolas de ensino médio na década de 1950, por isso

muitos vacarienses iam estudar em cidades como Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e São Leopoldo.

Ensino superior só havia na capital, por isso muitos que iam não voltavam; outros não aguentavam

ficar longe de casa ou não conseguiam bancar a estadia e acabavam desistindo.

Atualmente o município conta com quarenta e quatro escolas do nível infantil ao médio registradas na Secretaria da Educação. Já as instituições de ensino superior presentes no município são oito. As primeiras a chegarem foram o Campus da UCS, em 1993 e a UERGS, em 2002.

Estação Rodoviária A necessidade de deslocamento das pessoas ocasionou o surgimento e a evolução dos meios

de transporte. A invenção da roda possibilitou a locomoção tanto individual quanto coletiva. Até os

dias de hoje o modal terrestre é a principal forma de se deslocar.

Em 24 de Dezembro de 1917, chegou o primeiro automóvel em Vacaria, com Manoel Júlio de

Oliveira e Rodolfo Braghiroli. Em 1925 os automóveis rodavam pelo Brasil a 30km/h. Embora os

automóveis ainda fossem raridade, Vacaria já contava inclusive com o serviço de companhias de

ônibus. A principal era a Companhia Expresso Bressan Transportes, propriedade de Nazareno

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Bressan, que também contemplava as cidades de Bom Jesus, Antônio Prado e Caxias do Sul. Outras

companhias de transporte eram a empresa Ismaniotto Grazziotin, de Caxias do Sul, que operava

entre Lajes, Vacaria e Porto Alegre, e a Reunidas da Serra, de propriedade da família Castelli. Esses

ônibus eram abertos nas laterais, feitos por uma metade de ferro e outra de madeira.

Em Vacaria, assim como na maioria das cidades do interior, faltava organização no transporte

coletivo. As viagens de uma cidade para outra levavam um dia inteiro. Os automóveis eram lentos e

ainda enfrentavam o solo irregular, com certas regiões intransitáveis. Os passageiros inscreviam-se

para serem buscados, cada um em sua casa, sendo que muitos desses inscritos eram surpreendidos

pelos faróis ou pelas buzinas enquanto ainda dormiam, atrasando o processo de embarque. As malas

eram buscadas dentro das casas e havia sempre um ou outro passageiro que recusava-se a realizar o

pagamento depois de embarcar. Enfim, não havia garantia. As encomendas que seriam transportadas

acabavam empilhadas na garagem, já que não havia um espaço para elas.

O Cine Guarany (extinto), de propriedade de Vespasiano Júlio Veppo, que atraía inclusive

moradores de outras cidades, teve grande importância na implementação do sistema rodoviário

durante seu auge na época. Em 1936, Vespasiano Júlio Veppo e Júlio Castilhos de Azevedo trocaram

as primeiras ideias sobre centralizar o serviço de venda de passagens, embarque e desembarque. A

estratégia foi aproveitar o verso dos ingressos de cinema como bilhete de passagem para as viagens

de ônibus, contendo local, data e horário de partida e de chegada.

Em 1939 conseguiram licença do DAER, inaugurando em 19 de Abril a primeira Estação

Rodoviária do Brasil, que apesar de não estar mais no mesmo lugar, em 2019 completou 80 anos de

funcionamento. A inauguração da estação contou com um recurso que atraiu ainda mais gente: o

café colonial preparado pela esposa de Veppo, Valdomira Borges Veppo que por sua vez atraiu novas

possibilidades de serviços oferecidos no complexo.

Após a ideia “quebra-galho”, outras estações surgiram pelo Brasil, formando uma rede que

aprimorou o transporte coletivo intermunicipal. Depois da experiência em Vacaria, Veppo também

implementou uma rodoviária em Caxias e em Porto Alegre. Atualmente, a família Veppo é

responsável apenas pela rodoviária da capital.

As concessões para atendimento nas estações rodoviárias duram vinte anos e ocorrem por

Concorrência Pública. Esse sistema vigora desde 1953. No ano de 1972, o Boletim Informativo do

DAER registrou que a rede gaúcha de transporte coletivo intermunicipal contava com 244 estações.

Na época eram classificadas em quatro categorias, de acordo com a renda média mensal. A

fiscalização era repartida em quinze zonas sob jurisdição das Residências de Conservação do DAER.

Na obra No tempo das estações: a história das estações rodoviárias do Rio Grande do Sul,

encontramos um depoimento de Jarbas Lima (vereador de Vacaria em 1960) sobre a importância das

estações rodoviárias. Destacou a necessidade de maior atenção ao papel e à influência das estações

no desenvolvimento comunitário, por servir como escola de solidariedade humana e aprendizado ou

civilidade social, como instrumento de iniciação e integração urbana - completando a organização

social -, como abrigo ou como ponto de encontro. Comentou ainda sobre o complexo reunir

singeleza e humanismo com modernidade, conforto e tecnologia, sendo obra do homem. Desta

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forma, tanto no interior quanto na capital, as estações configuraram-se como zona neutra,

promovendo um ambiente propício para a paz e o calor humano, de igualdade e certa proteção.

Os indicadores do DAER no início de 2020 apontaram que são 1682 linhas regulares ativas,

com 20 mil ônibus em circulação, estimando 50 milhões de passageiros ao ano em 1,5 milhão de

viagens que somam 190 milhões de quilômetros percorridos. Também registrou que o atendimento

é realizado por 221 estações rodoviárias ativas, o que aponta que muitas foram desativadas.

Atualmente, a maior rodoviária do mundo é a de Tel Aviv (Israel) e a mais movimentada é a de Nova York (Estados Unidos).

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TRADICIONALISMO GAÚCHO ORGANIZADO

Contexto das motivações e nascedouro das conjecturas

Com o Estado Novo criado por Getúlio Vargas, a Constituição estabelecida em 1937 impõe a

unificação cultural da nação. Institui a perda do poder regional e estadual, com apenas a bandeira, o

hino, as armas e o escudo nacional no país. O samba é legitimado como representação musical e

identidade cultural do país. Depois de impor uma postura de unidade nacional e de centralização, o

governo permite que essa nacionalidade seja enxovalhada pela influência dos Estados Unidos

resultante da Segunda Guerra Mundial, facilitando acordos comerciais.

A padronização cultural american way of life da década de 40 negligencia ainda mais as

manifestações culturais regionais, influenciando hábitos e costumes de milhões de brasileiros,

principalmente através do rádio. Entre 1946 e 1947, o Brasil, em plena fragilidade cultural, é

inundado de produtos norte-americanos.

A queda da Ditadura Vargas possibilita que a imprensa atue livremente e os intelectuais

voltem a divulgar a diversidade cultural brasileira.

Com o estado de esquecimento da cultura do Rio Grande do Sul, em 1947, é fundado o DTG

no Julinho, para preservar e valorizar as tradições. O DTG, liderado por Paixão Côrtes, promove uma

guarda, com jovens pilchados e a cavalo, para acompanhar o translado dos restos mortais do General

David Canabarro, no dia 05 de Setembro. No dia 07 retiraram uma centelha do fogo simbólico da pira

da pátria e levaram para o saguão do Julinho, criando a Chama Crioula e realizando a primeira Ronda

Gaúcha.

Os Festejos Farroupilhas, originados da Ronda Gaúcha criada pelo DTG do Julinho, são os

mais significativos do Estado, organizados pelo MTG, BM, Prefeituras e Órgãos de Cultura, Educação

e Turismo do governo. Ocorrem em Setembro, com grandes desfiles, acampamentos e atividades

culturais, artísticas e campeiras, em homenagem a Rev. Farroupilha, sintetizando a preservação e

valorização da história e da cultura gaúcha. A chama Crioula é o símbolo autêntico da tradição

gaúcha, representando o facho, que nunca apagou nos corações, o compromisso de manter acesa a

chama de procurar despertar valores positivos do ser humano e servir nossos irmanados, a

conservação do acesso aos ideais de justiça e liberdade; o símbolo de uma cultura própria fértil.

Em 24 de Abril o “35” CTG foi fundado. O “35” nasceu da continuidade dos impulsos e

propósitos de 1947 - jovens que amavam a cultura gaúcha e visavam combater a negligência imposta

pelas culturas externas -. Foi o modelo que resgatou os valores tradicionais, com a representação e

materialização de um galpão, obtendo grande influência. A corrente filosófica desse modelo se

propagou rapidamente, formando o Movimento Tradicionalista Gaúcho.

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Tradicionalismo em Vacaria

Getúlio Marcantonio participou - convidado por Barbosa Lessa - do primeiro Congresso

Tradicionalista, realizado em 1954 em Santa Maria. Nas férias universitárias de Julho de 1955, Getúlio

voltou a sua terra, Vacaria, decidido a fundar uma entidade de cunho tradicionalista.

Sugeriu a Otelo Jaques - na época diretor da antiga rádio Difusora - a ideia de realização de

uma programação tradicionalista durante um mês. Concomitantemente a outros sete amigos (Osmar

Rodrigues, Francisco Bróglio, Jorge Azambuja dos Santos, João Kuze, Percy Guerreiro, José Bressan e

Nilo Barcelos), lançou o programa A Voz da Querência. A iniciativa abriu espaço para receber diversos

artistas - músicos, cantores, declamadores e trovadores -, viabilizando o enaltecimento da música e

da cultura gaúcha, além de atrair novos adeptos para o futuro CTG.

Apesar da repercussão do programa de rádio, estiveram apenas os mesmos sete amigos com

Getúlio na assembleia para tentativa de fundação da primeira entidade de cunho tradicionalista de

Vacaria. Ele então adotou a estratégia de desafiar cada um dos amigos a integrar mais três pessoas

ao grupo.

Em nova assembleia convocada, foram reunidos mais de 60 tradicionalistas na casa de João

Duarte, no entorno da Praça Daltro FIlho. Foi nesse dia, 23 de Julho de 1955, que enfim o CTG

Porteira do Rio Grande foi fundado.

O nome foi escolhido por meio de concurso. A proposta vencedora teve autoria da

professora Jurema de Oliveira Terra, fazendo acepção à hospitalidade. O lema, “Palanque do

passado, esteio do futuro”, foi sugestão de Getúlio.

A comemoração foi realizada no Clube do Comércio, com baile animado por Chiquinho

Guazzelli e pelo Conjunto Tropeiros da Tradição. Outras presenças de destaque foram Barbosa Lessa

e Cyro Ferreira, Barbosa Lessa, Sadi Scalante (Diário de Notícias) e Antonio Fagundes (Jornal A Hora).

O Rodeio Internacional de Vacaria começou como comemoração do terceiro aniversário do

CTG, a nível intermunicipal em 06 de Abril de 1958. Nessa primeira edição, ocorreram provas de Tiro

de Laço, doma (gineteada) e apresentações folclóricas, que contaram com a participação do CTG

Alexandre Pato (Lagoa Vermelha) e CTG Presilha do Rio Grande (Bom Jesus). O fandango, à noite,

outra vez contou com a animação de Chiquinho Guazzelli, além da presença de delegações de outras

cidades.

O Rodeio também é conhecido por “Copa do Mundo dos Rodeios”, pois sua magnitude

engloba provas campeiras (como gineteadas e torneios de laço), concursos artísticos e culturais

(como as modalidades individuais e os grupos de danças), fandangos e shows. Ocorre no Parque

Nicanor Kramer da Luz, nos anos pares, entre o final de Janeiro e Fevereiro. Na edição de 2020 serão

nove dias.

Na época do rodeio, são erguidos muitos piquetes no espaço para acampamento em meio à

paisagem de araucárias. A programação oficial inicia com um desfile temático pela cidade.

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ATRATIVOS

Neve Neve – São 109km entre Vacaria e São José dos Ausentes, local de maior altitude do Estado e,

consequentemente, com o registro das menores temperaturas. É em São José dos Ausentes que está

o Pico Monte Negro, que chega a 1398m de altitude.

Apesar de não ser a cidade de maior altitude nem a mais fria do Rio Grande do Sul, Vacaria

teve destaque há alguns anos atrás a nível nacional. Foram registrados 10cm de acúmulo de neve no

município durante o inverno de 2013, recorde no país.

Monumentos Nas proximidades da divisa com Santa Catarina, há monumentos simbolizando a

hospitalidade vacariense e gaúcha. A Cuia e a Chaleira foram construídas primeiro, recebendo,

tempos depois, a companhia da Porteira do Rio Grande. O Portal do Rio Grande teve suas ruínas

antigas, na entrada ao nordeste do município, revitalizadas pela prefeitura. O Ginete homenageia o

Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, que é a maior festa tradicionalista da América Latina.

Fazenda do Socorro Foi construída no século XVIII. É uma das mais antigas fazendas gaúchas. Teve grande

importância econômica para o Estado no contexto do tropeirismo. Abriga uma capela em

homenagem a Nossa Senhora do Socorro.

Parque de Exposições Nicanor Kramer da Luz Conhecido por Parque dos Rodeios, sedia o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. Sua

infraestrutura é aproveitada ao máximo para comportar o evento magno da cidade. Inclui a Concha

Acústica Algemiro Trindade Vieira (Lagoa das Tradições), que é aproveitada para apresentações,

shows e outras manifestações culturais; o Circão de Lona, onde ocorrem os bailes à noite com

animação de vários ícones da música gaúcha; a Cancha da Ferradura, que é palco das provas

campeiras.

Parque das Cachoeiras O parque oferece um excelente ambiente para ecoturismo, de contato com a natureza. Sua

infraestrutura inclui quedas d’água, trilhas, possibilidade de acomodação em cabanas rústicas e,

principalmente, adere técnicas sustentáveis que merecem propagação. É mantido pela família

Tormenta, com diferentes opções de pacotes para aproveitamento de visitas e estadias.

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Igrejas A primeira igreja de Vacaria surgiu a partir da capela construída a Nossa Senhora da Oliveira

em 1750. Em 14 de Janeiro de 1900 foi lançada a pedra fundamental para a construção da Catedral

Nossa Senhora da Oliveira. Foi projetada em 1912 por Jean Louis Bernaz, o Frei Efrem de Bellevaux,

no mesmo estilo da Catedral de Notre Dame, de Paris (recentemente consumida pelo fogo). Seu

material é alvenaria e pedra basalto (conhecida por pedra moura). Em seu interior há colunas

cilíndricas, capiteis artísticos, abóbada suntuosa com medalhões (representando as ladainhas da

padroeira).

No livro Lembranças de Vacaria, todos os entrevistados partilhavam a mesma perspectiva

sobre os ritos de passagem e as práticas religiosas, unânime no catolicismo romano, configurando

mais um ato social externo do que de fé.

Quanto à presença dos missionários evangélicos, sabe-se que em 1924 chegaram suecos da

congregação Assembleia de Deus ao Rio Grande do Sul, alcançando Vacaria em 1946. Em 14 de

Novembro de 1951 ocorreu o primeiro culto no município, em uma residência, sendo a primeira

igreja da congregação instalada em 1953.

São mais de vinte igrejas para ir no município.

Estádio Municipal Francisco Guerra Foi construído há mais de 60 anos, na Avenida Moreira Paz, para a prática de futebol.

Biblioteca Pública Municipal Theobaldo Paim Borges Oferece à sociedade um acervo de aproximadamente 12 mil livros, destacando-se como uma

das principais bibliotecas públicas dos Campos de Cima da Serra, com os mais variados gêneros.

Conta com um grupo de leitura que se reúne toda a última quarta-feira do mês.

Museu Municipal de Vacaria A instituição foi inaugurada em 1996 e oferece um acervo de 600 peças que registram a

realidade de habitantes antigos. Entre elas há o marco missioneiro de pedra polida de 1692

(considerado um dos monumentos mais antigos do Rio Grande do Sul) e uma roca de tear alemã do

século XVIII.

Morro Agudo

É o ponto mais elevado de Vacaria, alcançando 1005 metros acima do nível do mar. Fica no

acesso para Bom Jesus, às margens da BR 285. Permitia que os índios e os tropeiros vissem quando

estranhos se aproximavam.

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Atelier Livre ASVAAL Atualmente, o espaço da Associação Vacariense Atelier Livre é aproveitado por mais de cem

alunos para formações (como oficinas e cursos de desenho, fotografia e pintura), difusão artística,

exposições, produções e o projeto social Pandorga. Oferece à comunidade uma biblioteca com

acervo especializado em arte.

Centro Cultural Marcos Palombini (Casa do Povo) É o único projeto do arquiteto Oscar Niemeyer no Rio Grande do Sul. Foi construído em 1988

e revitalizado em 2010. Sua reinauguração ocorreu em 2012, passando a ser utilizado para a

realização de eventos em geral. Seu auditório com palco centralizado é ótimo para manifestações

artísticas.

Academias ao ar livre São espaços destinados à prática de atividade física, viabilizando o acesso a uma vida

saudável às comunidades, principalmente à terceira idade. Os bairros contemplados são: Bairro

Glória, Bairro Cristal, Bairro Jardim América, Bairro Franciosi, Bairro Monte Claro, Bairro Jardim dos

Pampas, Bairro Borges, Bairro Santa Terezinha, Bairro Vista Alegre e Bairro São José.

Praças e Parques São mais de vinte opções de praças e parques para curtir em Vacaria. São eles: a Praça Daltro

Filho (central), o Parque Poliesportivo Darci Barbosa (Parque da Via Férrea 1 e 2), Altos da Glória,

Vitória (2), Cohab, Franciosi, Monte Claro, Santana, Barcelos, Borges, Jardim dos Pampas, Santa

Terezinha, Lomba Chata, Cristal, Cristina, Pracinha do Dalva (Fátima), Jardim América (2), Praça da

Bíblia, Praça João Possapp, Pista de Skate (bairro Cristal).

A praça mais antiga é a Daltro Filho, pois sabemos de sua importância como praça central. Os

vilarejos costumavam iniciar com uma praça central rodeada dos principais estabelecimentos sociais,

como uma igreja.

Um destaque recente foi a reinauguração da Praça Luiz Alfredo Horn no dia 18 de Dezembro

de 2019. A praça passou por processo de revitalização para melhor atender a sociedade.

Ginásios São espaços destinados a práticas esportivas, podendo ser utilizados também para eventos

em geral. Vacaria dispõe de seis ginásios esportivos municipais, são eles: Oscar Leonardeli (DMD),

Ginásio do Bairro Vitória, Ginásio do Bairro Franciosi, Ginásio do Bairro Monte Claro, Ginásio do

Bairro Mauá e Ginásio José Arlan Correia Oliboni (Centro Educacional Dom Orlando Dotti).

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PROPOSTA DE RESGATE

Sustentabilidade A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento norteia a sustentabilidade

como atendimento das necessidades do presente sem comprometer que as gerações futuras

também supram-se. O estudo paralelo dos registros de tempos remotos com aspectos do tempo

presente permite conhecer e compartilhar propostas de intervenção para melhoria da qualidade de

vida, conscientizando cada vez mais a sociedade sobre a importância da sustentabilidade como fator

de redução do impacto no meio ambiente.

A apresentação da proposição de tema anual do MTG aprovada no 68º Congresso

Tradicionalista, realizado em Lajeado entre 10 e 12 de Janeiro de 2020, apontou que a

sustentabilidade possui três pilares: social, meio ambiente e econômico. Os proponentes ainda

compartilharam com os congressistas várias ideias de ações para os três pilares. No âmbito social,

foram sugeridas doações de alimentos, roupas, materiais escolares, produtos de higiene, brinquedos,

órgãos e sangue; campanhas de conscientização e combate do câncer, da depressão, do suicídio, do

tabagismo e das drogas; inclusões por meio de visitas interativas em asilos, creches, hospitais e

orfanatos e promoções de concursos e grupos de dança nas Associações de Pais e Amigos dos

Excepcionais (APAEs). Já na esfera econômica, houveram ideias de realizar brechós, oficinas de

artesanato reciclável, hortas, atenção e valorização do homem do campo e da agricultura,

conscientização do consumo, descarte e reciclagem. E para o meio ambiente, foram citadas

campanhas de seleção do lixo, lixeiras nas ruas, incentivo ao hábito de mutirão para coleta de lixo,

preservação de rios, lagos e praias, plantio de árvores e trabalhar os símbolos ecológicos.

Nos depoimentos do livro Lembranças de Vacaria, encontramos a descrição de um cotidiano

em que usava-se a chamada latrina ou patente, em um espaço externo das moradias. Os

excrementos eram acumulados em um recipiente próprio e recolhidos por um caminhão, que

despejava os dejetos longe.

Em um documentário da RBS sobre o Parque das Cachoeiras, foi divulgada uma ideia deveras

interessante para aproveitamento do material defecado como adubo no plantio de árvores. O

banheiro seco do parque, também chamado de casa de força, fomentava a estratégia de conter o

odor após cada utilização com um punhado de feno por cima. Uma vez por semana o recipiente era

removido e encaminhado para compostagem.

As entrevistas serviram de ferramenta para compreender melhor o processo de

compostagem. No caso do composto orgânico baseado em fezes e urina, misturas como feno, palha

e folhas secas ajudam a reter o líquido e impedir a liberação de chorume. A ação de microorganismos

na compostagem leva entre noventa e cento e vinte dias para concluir a fermentação necessária, que

deve passar de 90℃ (inclusive para eliminar patógenos). Outros complementos, como minhocas e

restos de alimentos, ajudam a acelerar o processo. É recomendado remexer ou cobrir continuamente

o composto, pois as partes mais externas sofrem menor ação.

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O Fórum Agenda 21 Vacaria apresenta um acompanhamento excelente das mobilizações que

promovem práticas sustentáveis e consequentes melhorias para a sociedade vacariense. As ações

envolvem a Secretaria Municipal de Agricultura, de Educação e Saúde, o Conselho Municipal de

Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), a EMATER/RS ASCAR, o Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia, enfim, a comunidade em geral. A cidade comemora em junho a Semana

Municipal do Meio Ambiente e ainda conta com o Programa Permanente de Educação Ambiental de

Vacaria (PROPEVA). As campanhas de coleta e descarte correto atingem sucesso no município, com

destaque para lâmpadas, sacolas e óleo.

Ainda não é de conhecimento geral o fato de a devolução de embalagens e resíduos ser uma

obrigação do consumidor. De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e a

Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a Lei 12.305 de 2010 garante que o comerciante tem a

responsabilidade social de encaminhar os resíduos para descontaminação.

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PESQUISA DE CAMPO

Entrevista 1

Ronaldo Zílio Baseggio passou em concurso e foi trabalhar no Fórum de Vacaria em 26 de

Agosto de 2013. Contou que foi para lá bem na época do destaque do acúmulo de neve. Perguntei

como era o comportamento da temperatura no restante do ano e ele respondeu que mudava

durante o dia, podendo iniciar com 15℃ e terminar com 5℃.

Em sua experiência como oficial de justiça, esteve em diferentes lugares de Vacaria, sempre

registrando tudo. Me mostrou seus álbuns com fotos da neve, do rodeio, da ferrovia, das estradas

com córregos em dias chuvosos, do boiadeiro tocando a boiada no meio da estrada, da paisagem,

entre tantas outras vivências por lá.

Em seguida questionei sobre o funcionamento da Maria Fumaça e ele contou que foi usada

para trajeto como teste. Eu também quis saber sobre a atividade da linha ferroviária e ele me disse

que transporta cargas.

Outra curiosidade foi sobre o aeroporto, e ele falou que o mesmo era bem ativo em 1950-60

para transporte de passageiros, depois foi fechado. O aeroporto de Cargas teve investimentos que

deixaram a pista pronta, mas não está em funcionamento.

Perguntei ainda sobre a colheita da maçã e ele comentou que a época é de dezembro à

março. Complementou que vem muita gente de fora para trabalhar na colheita. Eu ainda quis saber

se havia uma festa específica da maçã e ele me disse que não, mas que a venda gerava grande

movimento, assim como o rodeio.

Sugeriu que eu pesquisasse sobre o Parque das Cachoeiras, da família Tormenta Goulart e

sobre a Feira de Pequenos Frutos, Artesanato e Mel. Contou que os pequenos frutos, como o mirtilo,

a amora (de arbusto) e a framboesa são mais cultivados em Monte Alegre dos Campos, na divisa do

Rio das Antas e em Campestre da Serra.

Entrevista 2

Juliane da Cruz Carvalho tem 25 anos e é advogada. Atualmente é a 3ª Prenda do Estado do

Rio Grande do Sul (gestão 2019-2020). Ela foi a Mais Prendada de Vacaria em 2016, na 31ª edição. Já

havia conversado com ela a respeito do Rodeio e do concurso de Mais Prendada em 2018. Agora em

2020, ela me passou mais detalhes.

Pedi a ela que me contasse um pouquinho de sua experiência de preparação e como anfitriã

do Rodeio. Ela relatou que foi uma experiência bem diferente, pois além do concurso há a

importância representativa. Haviam muitas pessoas pedindo para registrar fotos e participava de

eventos mais restritos para os quais a Mais Prendada era convidada. Somando as visitas pelo

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acampamento e os compromissos oficiais, configurava-se em algo bem intenso. Falou que a atuação

vai além dos dias do Rodeio, estendendo-se ao apoio na organização e divulgação da edição seguinte.

Compartilhou o material sobre a história da cidade, do CTG e do Rodeio e esclareceu algumas

dúvidas sobre o concurso. Antes das provas, é realizado um desfile temático com as candidatas pela

cidade, semelhante aos desfiles dos dias 07 e 20 de Setembro.

Depois de registrar seu relato, foi minha vez de contar a ela como estava o encaminhamento

da pesquisa. Compartilhei minha ideia geral e os pontos que chamaram mais minha atenção.

Inclusive, comentei sobre a relação com o tema anual do MTG aprovado no Congresso em Lajeado,

que aborda a Sustentabilidade. A temática fomentou minha animação e empenho com a pesquisa.

Entrevista 3

Maira Cristina Martini nasceu em 29 de Outubro de 1990, em Boqueirão do Leão. Vive em

Estrela e é engenheira ambiental. Contribuiu com o aproveitamento de sua experiência em

biotecnologia com verme e compostagem.

Seu depoimento iniciou a partir dos meus questionamentos. Minhas dúvidas envolviam as

formas e o tempo de preparo de um composto orgânico. Ela esclareceu que a compostagem não era

feita somente de restos de alimentos e excrementos, além de haver necessidade de fermentação

antes de utilizar o composto. Também falou sobre as alternativas para acelerar o processo de

fermentação.

Explicou que um composto orgânico natural (com palha seca e os restos orgânicos) leva em

torno de 120 dias para fermentar, dependendo do tamanho do fragmento. O processo é acelerado

com os microorganismos quando o material é triturado ou cortado em partes. Já com as minhocas, o

processo leva 40 dias para deixar o composto pronto, pois elas alimentam-se e excretam, além de

agregar nutrientes.

Contou sobre as pesquisas de enriquecimento de solo em proporções diferentes. Citou o

exemplo do plantio de morango em solo comum, com uma adubação química e outra orgânica. No

experimento, a parte orgânica apresentou resultados bem interessantes com os benefícios para o

meio ambiente.

Disse ainda, que a compostagem precisa de uma impermeabilização, devendo passar de

90℃ no processo de fermentação para eliminar os patógenos, que são os coliformes não benéficos

para ingestão. Dessa forma, uma possível diarreia não influenciaria o composto.

Compartilhou que nas maleiras de compostagens, a exemplo dos campos horizontais

cobertos com palhas secas, a orientação é envolver as extremidades, pois só a parte interna, do

meio, chega à temperatura ideal.

Ressaltou que no período médio de 3 a 4 meses, o composto pronto estará com cheiro de

terra de mato e consistência líquida, sem odor desagradável.

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Como os alimentos retém muita umidade, recomendou colocar palhas, capins ou folhas

secas para absorção, de forma que não seja gerado chorume.

Concluiu com a ideia dos minhocários domésticos, que são caixas nas quais é possível colocar

uma abertura embaixo, com uma espécie de torneira por onde sairá o líquido pronto para usar em

plantas.

Entrevista 4

Leandro é formado em Gestão Ambiental e atuou como agente administrativo da Secretaria

do Meio Ambiente - SEMA, acompanhando vistorias em Tramandaí. Atualmente trabalha na

Secretaria de Agricultura.

A entrevista começou abordando o conhecimento sobre o banheiro seco. Ele informou

outras alcunhas pelas quais podemos fazer referência à técnica, tais como sanitário compostável e

fossa seca. Explicou que essa ideia de sanitário fecha o ciclo de nutrientes e transforma as fezes em

composto orgânico, sem exalar odores nem contaminar o solo ou a água, de forma prática e segura.

O princípio básico é o uso do calor do sol para elevar a temperatura interna do ambiente de depósito

dos dejetos. Assim, qualquer patógeno nocivo à saúde é eliminado, originando a reutilização do

composto como adubo.

Complementou que esse funcionamento convencional é um sistema alternativo de

saneamento, que não requer água, além de produzir potenciais insumos para fertilização de

plantações e agroflorestas. Vê como uma tecnologia social e potencial solução para a realidade

fechada em que vivemos, podendo ser a resposta para aprimorar a performance ambiental da

moradia e dos espaços públicos. Um dos principais problemas no saneamento público é o

lançamento de esgoto em mares e rios.

Fez uma observação de que não usa terra preta nem minhocas. A serragem sobre as

excreções é suficiente para transformar o material em humus, que é o adubo natural.

Contou que há diversas possibilidades de modelos de construção e são adaptáveis para

suprir cada situação ou necessidade, ressaltando também a facilidade na construção e no manuseio.

Pode-se utilizar baldes, bombonas e bason.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa abordou algumas ideias que podem auxiliar na inspiração para novos projetos. É

esse tipo de iniciativa que promove a conscientização social e consequente transformação benéfica

para o meio ambiente e condições de vida.

A propagação da técnica do banheiro seco pode representar muitos ganhos: desde a redução

dos impactos da poluição no meio ambiente, até à mobilização e integração social. Evidencia-se

assim, a importância das trocas de experiências e ações coletivas.

A pesquisa configura-se portanto, em uma viável forma de auxílio ao suprimento de

necessidades essenciais do Estado, coadunando com o norteamento da Carta de Princípios do

Movimento Tradicionalista Gaúcho.

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CONCLUSÃO

Mais do que servir de base para a Mostra Folclórica, a presente pesquisa serviu de meio para

ampliar os conhecimentos e aprendizados que considero essenciais para estar apta a participar do

concurso de Mais Prendada do 33º Rodeio Crioulo Internacional De Vacaria. Os assuntos coadunam

com os estudos para a prova escrita, com a preparação para a prova oral e, além das avaliações, com

a capacitação para o atendimento ao público em geral.

É inebriante poder ser instrumento de captação e transmissão cultural, honrando a

responsabilidade social como Prenda. Com muita estima estive empenhada nesse resgate. Fica o

anseio por conhecer pessoalmente a cidade de Vacaria, somar novos aprendizados e experiências à

bagagem cultural e compartilhar.

Está lançada uma sementinha a ser nutrida, para que a presente pesquisa venha a ser

complementada ou até mesmo corrigida. É através da contribuição coletiva que ela poderá ser

aprimorada.

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ANEXOS

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FONTES DE REFERÊNCIAS

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Trabalhos DELUCHI, Rafaele Zulian. Requalificação da pista e Implantação do Terminal de Carga do Aeroporto de Vacaria/RS. Centro Universitário UNIFACVEST. Curso De Arquitetura E Urbanismo. Trabalho De Conclusão De Curso. Orientador: Prof. Arq. Me. Fernando Calvetti. Lages (SC), Novembro de 2018.

OLIVEIRA, Lucas. MTG, Sustentabilidade e as Novas Gerações. Proposições de tema anual para o MTG 2020. 68º Congresso Tradicionalista Gaúcho. Lajeado, 2020. Disponível em: https://www.mtgrs.ubtg.com.br/documentos/17/20200110110642_7924.pdf