campo magnÉtico e imantaÇÃo por induÇÃo e contato

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS PALMAS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Richardson Diego de Melo Pires ELETROMAGNETISMO II AULA PRÁTICA N°2 CAMPO MAGNÉTICO E IMANTAÇÃO POR INDUÇÃO E CONTATO

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Eletromagnetismo II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS PALMAS

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Richardson Diego de Melo Pires

ELETROMAGNETISMO II

AULA PRÁTICA N°2

CAMPO MAGNÉTICO E IMANTAÇÃO POR INDUÇÃO E CONTATO

Palmas - TO, 25 de Maio de 2015.

Richardson Diego de Melo Pires

ELETROMAGNETISMO II

AULA PRÁTICA N°2

CAMPO MAGNÉTICO E IMANTAÇÃO POR INDUÇÃO E CONTATO

Trabalho apresentado à disciplina

“Eletromagnetismo II”, 5º período.

Curso de Engenharia Elétrica da

Universidade Federal do Tocantins,

Centro de Engenharias Civil e Elétrica.

Professor Dr. Sérgio Ricardo

Gobira Lacerda.

Palmas - TO, 25 de Maio de 2015.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................4

OBJETIVOS....................................................................................................................8

MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................8

RESULTADOS................................................................................................................9

CONCLUSÃO................................................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................12

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INTRODUÇÃO

Os primeiros registros de campos magnéticos foram feitos pelos gregos quando

descobriram há quase 600 anos A.C. uma pedra que tinha a propriedade de atrair metais

Esta pedra, mais precisamente um mineral (magnetita), é formada basicamente por ferro

cuja fórmula é Fe3O4. Porém, relatos atribuem aos chineses à descoberta do efeito de

orientação natural dos ímãs. Atualmente são mais usados imãs artificiais, obtidos a

partir do processo de imantação. Uma das mais famosas aplicações deste efeito é a

bússola, que é constituída apenas de uma agulha imantada, apoiada pelo seu centro de

massa. Sempre apontando para o Norte Magnético.

Figura 1 - Limalhas de ferro sob ação de um campo magnético

Quando um imã é suspenso de forma que ele possa girar livremente uma de suas

extremidades apontará para o norte geográfico, que é o sul magnético do imã e a outra

apontara para o sul geográfico, que é o norte magnético. Tratando-se de um imã pode-se

concluir que os pólos de mesmo nome se repelem e nomes diferentes se atraem. Outro

fenômeno importante é o da inseparabilidade dos pólos de um imã, isso significa que se

cortamos um imã em duas partes, cada uma destas constitui um novo imã, que embora

menor, continua apresentando dois pólos (norte e sul).

A magnitude fundamental do campo magnético é a indução de campo,

representada habitualmente pelo símbolo B e dotada de caráter vetorial, já que depende

tanto de seu valor numérico como da direção e sentido de máxima variação do campo.

A detecção de um campo magnético em um meio é feita pela influência que exerce

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sobre uma bússola ou carga elétrica em movimento. Assim, pode-se definir a indução de

campo magnético como a força que este exerce perpendicularmente sobre uma carga

unitária de velocidade, também igual a um.

A expressão matemática desta relação, chamada de Lorentz, é F = qv x B onde a

unidade fundamental no sistema internacional é o tesla (T).

A física considera a existência de três tipos de material, segundo seu

comportamento em presença de campos magnéticos:

Materiais ferromagnéticos

Materiais ferromagnéticos são aquelas que, quando sujeitos a um campo

magnético, são facilmente atraídos. Exemplos: aço macio, níquel, cobalto. Existe um

conceito chamado ferromagnetismo, que é o ordenamento magnético de todos os

momentos magnéticos de uma amostra, na mesma direcção e sentido. O

ferromagnetismo é o resultado do acoplamento spin-órbita dos elétrons

desemparelhados que se alinham em regiões chamadas domínios magnéticos. Em geral,

as amostras tem magnetização nula porque os domínios são orientados aleatoriamente.

Materiais paramagnéticos

Aplicando-se um campo magnético num material ferromagnético, os domínios

se orientam no mesmo sentido e o material passa a ter uma magnetização não nula, com

a formação de um pólo norte e outro sul magnéticos. Mesmo retirando o campo externo,

o material ainda assim apresentará uma magnetização não nula.

Materiais diamagnéticos

A desmagnetização pode ser feita de várias formas, entre elas temos a

desmagnetização em campo alternado. A desmagnetização em campo alternado consiste

em expor o material magnetizado a um campo magnético alternado comparável a uma

senóide cuja magnitude decresce com o tempo.

Pode-se representar qualquer campo magnético, através linhas de campo

magnético, também conhecidas como linhas de indução magnética, essas linhas são

fechadas, saem do pólo norte em direção ao pólo sul e nunca se cruzam. Nos pólos a

concentração das linhas é maior e quanto maior a concentração de linhas, mais intenso

será o campo magnético numa dada região.

A força que atua sobre uma partícula que se move é sempre perpendicular ao

campo magnético e, portanto, é ortogonal a linha de campo magnético que passa pelo

ponto onde a partícula está. A direção da força depende da velocidade da partícula e do

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sinal da carga, de modo que apenas observar a direção de uma linha de campo

magnético não é o suficiente para a determinação da direção da força que atua sobre

uma partícula carregada arbitraria que se move. As linhas de campo magnético possuem

a mesma direção da agulha magnética de uma bussola colocada em cada ponto do

campo.

A Imantação é o processo de tornar um metal ferromagnético em um ímã

(alinhar os ímãs elementares do metal para adquirirem propriedades magnéticas), é o

mesmo que ocorre com a agulha das bússolas; para imantar é necessária a presença do

metal com o ímã durante certo período, pode também imantar com o auxílio de

passagem de corrente elétrica (os chamados de eletroímãs). Na Imantação existem

quatro processos diferentes para imantar:

Por indução magnética

Consiste em colocar um corpo a ser imantado nas proximidades de um ímã. Isto

é, o corpo sofrerá a ação do campo magnético do ímã e se imantará por indução.

Figura 2 - Imantando uma barra de ferro por indução.

Por contato

Une-se o corpo ao ímã.

Figura 3 - O prego se transforma num ímã, por indução.  As tachas também.

Por atrito

Uma barra de ferro atritada por um ímã, sempre no mesmo sentido, se imanta.

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Figura 4 - Com o atrito entre as duas ferramentas podem imantar uma delas

Por corrente elétrica continua

Enrolamos um condutor sobre uma barra de ferro, se o condutor for percorrido

por uma corrente contínua, a barra de ferro se torna um ímã.

Figura 5 - Imantação por corrente elétrica

OBJETIVOS

Reproduzir e verificar as linhas de campo magnético gerado por imãs, assim

como o fenômeno da imantação por condução e contato.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Folhas de Papel A4;

Bússola;

Um Imã Circular;

Um Bastão Circular de Ferro;

Uma Fita Crepe;

01 Placa de Acrílico;

Limalhas de Ferro;

Um Bastão Circular de Alumínio;

Quatro Imãs Retangulares.

O objeto de suma importância para as experiências foi à utilização da bússola,

pois através dela foram definidos os polos magnéticos dos imãs e os pólos da terra.

Durante a execução do experimento foi adotado que a ponta vermelha da bússola,

quando submetida ao campo magnético da Terra, apontasse na direção do norte

geográfico, equivalente ao sul do imã.

A primeira parte do experimento consistia em observar as linhas de indução

magnética através de três configurações. Para a primeira configuração utilizamos dois

imãs retangulares, através da bússola identificamos os polos desses imãs e os colocamos

com a configuração norte-norte (que poderia ser sul-sul, o resultado é o mesmo), para

uma fixação melhor, colocamos os imãs a uma distância suficientemente pequena para

observar as linhas de indução, e os fixamos com a fita crepe sobre a mesa. Sobre eles foi

colocada a placa de acrílico, e em cima desta foi colocada à folha A4. Depois disso

feito, jogamos a limalha de ferro em cima da folha A4. E então observamos as linhas de

campo magnético.

Para as outras duas configurações, repetimos o mesmo processo, somente a

configuração mudou para o segundo experimento, colocamos a configuração norte-sul,

ou seja, atração entre os imãs, e para o terceiro, juntou os dois imãs formando uma peça

só, e repetimos o processo.

Para a segunda parte do experimento, tínhamos que verificar as propriedades de

imantação do ferro e do alumínio, para isso, utilizamos duas técnicas: a de condução e

contato.

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Primeiramente escolhemos a barra de metal, então, para verificar se ela se

imantava, colocamos um pouco de limalha de ferro em cima do acrílico e aproximamos

a barra, verificando se a barra estava ou não magnetizada. Primeiro testamos a

condução, para isso aproximamos um imã permanente a extremidade dessa barra, mas

não encostamos, e verificamos o que aconteceu com a limalha. Depois testamos o

contato, que consiste em encostar o imã permanente na barra de ferro, e então

verificamos novamente o que acontecia com a limalha. E esse mesmo procedimento, foi

adotado com a barra de alumínio, aonde também observamos os resultados.

RESULTADOS

Após os procedimentos indicados acima, observamos os resultados visualmente,

que poderão ser acompanhados a seguir. Na primeira parte do experimento, pode ser

observado as linhas de campo das três configurações: norte-norte (imãs em repulsão);

norte-sul (imãs em atração); a junção dos dois imãs.

Figura 6 – Configuração norte-norte (imãs em repulsão).

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Figura 7 – Configuração norte-sul (imãs em atração).

Figura 8 –

Configuração junção dos dois imãs.

Já na segunda parte do experimento, que era sobre a imantação dos objetos. Os

resultados obtidos podem ser vistos logo abaixo.

Figura 9 - Bastão de Ferro – indução.

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Figura 10 - Bastão de Ferro – Contato.

Figura 11 - Bastão de Alumínio.

CONCLUSÃO

Ao analisarmos o comportamento da limalha de ferro quando próxima dos imãs,

notamos certo padrão. Esse padrão é o mesmo definido para o campo magnético do imã,

em que as linhas saem do pólo positivo e partem para o negativo sem se sobreporem.

Quando é utilizada uma combinação de imãs percebe-se que o padrão das linhas se

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comporta analogamente. Particularmente, ao aproximar pólos iguais as linhas divergem

e a distância média entre os imãs notavelmente não possui limalha, isso por que as

linhas saem com mesma direção e se anulam em certa posição.

Em proximidade a um campo magnético, a barra de ferro, se imantou de forma

que puxou um pouco de limalha para si. Podemos dizer que o ferro pode ser imantado

pela presença de um campo magnético. Já com a barra de ferro em contato com o imã, a

intensidade da imantação da barra aumentou um pouco, tendo vista que anteriormente,

ela havia puxado apenas um pouco de limalha, agora ela conseguiu puxar a limalha por

inteira. Ou seja, a barra de ferro é um material ferromagnético e o seu consequente

alinhamento na direção do campo magnético de um ímã, faz com que este objeto se

comporte como se fosse um ímã natural. Isso ocorre enquanto ele estiver na presença

deste campo magnético. Nesta condição, este objeto pode atrair outros objetos para si,

pois mesmo que momentaneamente, ele tem todas as características de um ímã.

No entanto, com a barra de alumínio podemos afirmar que não aconteceu nada

em nenhum dos processos, logo, podemos concluir que a mesma não pode ser imantada,

mesmo quando encostamos um imã permanente na barra, ela não consegue atrair a

limalha. Ou seja, a barra de alumínio é um material paramagnético, o seu alinhamento

na direção do campo magnético de um ímã é similar ao caso ferromagnético, porém de

intensidade aproximadamente 1000 vezes menor. Por isso também não é de fácil

observação. O resultado final é que o material paramagnético é muito fracamente

atraído pelo ímã natural mesmo em contato com ele.

Os experimentos ocorreram de forma satisfatória. Foi possível obter todos os

resultados necessários nesta prática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 3,

8ª Edição.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: Eletromagnetismo. 12. ed. São

Paulo: Pearson, 2009.

REITZ, J.R, MIFORD, F.J, CHRISTY, RW. Fundamentos da Teoria

Eletromagnética. Rio de Janeiro. Editora Campos, 1982.