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    Notas de aulaGA033 Levantamentos Topogrficos II

    Prof. Lus Augusto Koenig Veiga

    2007

    Setembro 2007

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    Sumrio

    1 Introduo..................................................................................................................................................... 32 Clculo de volume de prismas e slidos ....................................................................................................... 3

    2.1. Volume de Prismas.................................................................................................................................. 32.2. Princpio de Cavalieri .............................................................................................................................. 42.3. Volume de Slidos .................................................................................................................................. 5

    3 Clculo de volume em topografia............................................................................................................... 113.1. Mtodo das Alturas Ponderadas ............................................................................................................ 113.2. Mtodo das Sees Transversais ........................................................................................................... 303.3. Superfcies Eqidistantes....................................................................................................................... 353.4. Terraplenagem para Plataformas........................................................................................................... 39

    4 - Bibliografia ................................................................................................................................................. 52

    Lista de Figuras

    Figura 1 Prisma. .............................................................................................................................................. 3Figura 2 Primas retos....................................................................................................................................... 4Figura 3 Princpio de Cavalieri........................................................................................................................ 4Figura 4 Bonaventura Cavalieri....................................................................................................................... 5Figura 5 Volume de uma pirmide de base regular. ........................................................................................ 5Figura 6 Volume de diferentes slidos. ........................................................................................................... 6Figura 7 Equipamentos.................................................................................................................................. 10Figura 8 Slido regular de base quadrada...................................................................................................... 11Figura 9 Volume pelo mtodo das alturas ponderadas. ................................................................................. 12Figura 10 Pesos atribudos a cada um dos vrtices da malha. ....................................................................... 13

    Figura 11 Determinao da malha no terreno................................................................................................ 14Figura 12 Cota de passagem.......................................................................................................................... 17Figura 13 Malha Triangular regular. ............................................................................................................. 20Figura 14 Slido triangular............................................................................................................................ 20Figura 15 malha triangular irregular.............................................................................................................. 21Figura 16 Clculo da rea de um tringulo qualquer..................................................................................... 21Figura 17 Determinao da cota de escavao. ............................................................................................. 27Figura 18 Sees paralelas. ........................................................................................................................... 30Figura 19 Sees de corte e aterro. ................................................................................................................ 30Figura 20 Nomenclatura das sees transversais........................................................................................... 31Figura 21 Perfis transversais. ........................................................................................................................ 33Figura 22 Malha de pontos ............................................................................................................................ 39Figura 23 Vista em perspectiva da malha...................................................................................................... 40Figura 24 Perfil A do terreno. .................................................................................................................... 41Figura 25 Interpolao................................................................................................................................... 41Figura 26 Perfil seo A. ............................................................................................................................... 42Figura 27 Perfil seo B. ............................................................................................................................... 43Figura 28 Perfil seo C. ............................................................................................................................... 43Figura 29 Perfil seo D. ............................................................................................................................... 44Figura 30 Representao esquemtica da hiptese 1..................................................................................... 45Figura 31 Representao esquemtica da hiptese 2..................................................................................... 46Figura 32 Posicionamento do plano na hiptese 03. ..................................................................................... 47Figura 33 Representao em perspectiva do plano da hiptese 03. ............................................................... 48Figura 34 Perfil transversal do plano inclinado. ............................................................................................ 48Figura 35 Interpolao do ponto P para o plano inclinado. ........................................................................... 49Figura 36 Esquema do plano inclinado de 1%. ............................................................................................. 50

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    1 Introduo

    Em muitos trabalhos de engenharia necessrio calcular volumes, como por exemplo, em umaestrada, calcular os volumes de corte e aterro para a construo da mesma, calcular o volume de guaarmazenado em um reservatrio, e assim por diante. Normalmente estes volumes so determinados a partir dedados de levantamentos topogrficos, como as curvas de nvel, sees transversais ou malha de pontos comcotas conhecidas. Segundo IRVINE (1990, p. 183), os trabalhos de movimentao de terra podem serdivididos em duas categorias:

    - faixas longas e estreitas, como o caso de rodovias e ferrovias.- grandes reas, como reservatrios.

    No caso do clculo de volumes, para o primeiro caso normalmente so utilizados os mtodosbaseados em sees transversais, no segundo caso trabalha-se com malhas de pontos ou contorno (volumes

    calculados atravs das curvas de nvel). Neste trabalho ser visto como fazer os clculos para ambos os casos.Inicialmente so feitas consideraes gerais sobre o clculo de volume de prismas e slidos e algunsexemplos de aplicao na engenharia e depois alguns mtodos empregados para clculo de volumes emtopografia.

    Este um trabalho introdutrio, desta forma pedimos aos leitores que nos encaminhem sugestes ecorrees ao texto para que futuramente possamos melhorar o mesmo.

    2 Clculo de volume de prismas e slidos

    2.1. Volume de Prismas

    Alguns dos clculos que sero vistos estaro baseados no conceito de volumes de prisma.Considerando dois planos e paralelos, um polgono Pcontido num deles e uma reta r concorrente com osdois. Chamamos de prisma reunio de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no polgono Peno outro plano (FERNANDEZ; YOUSSEF, 1991, p.280). A distncia entre as bases denominada altura ( h )do prisma.

    Figura 1 Prisma.

    r

    PE

    A

    D

    C

    BPE

    A

    D

    C

    B

    PE

    A

    D

    C

    B

    h

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    Os primas podem ser retos, quando as arestas laterais so perpendiculares s bases, ou casocontrrio, oblquos. O volume de um prisma ser igual ao produto da rea da base pela sua altura.

    V = Sb . h

    Figura 2 Primas retos

    Exerccio 01 Qual o volume de um cubo de lado 5m?

    2.2. Princpio de Cavalieri

    Sejam A e B dois slidos. Se qualquer plano horizontal secciona A e B segundo figuras planas comreas iguais, ento o volume de A igual ao de B (figura 3) (LIMA, 1975, p. 50).

    Figura 3 Princpio de Cavalieri (Adaptada de LIMA, 1975, p.50).

    A B

    A B

    V = Sb . hV = a2. aV = a3V = 5 3

    V = 125 m3a

    a

    a

    h h

    r

    Volume do Cilindro = . r2. hVolume Paraleleppedo = l . c . h

    l

    c

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    Figura 4 Bonaventura Cavalieri.

    2.3. Volume de Slidos

    At aqui foi visto como calcular o volume de prismas. Vejamos como calcular o volume de outros

    slidos. Cabe aqui uma considerao: em diversos trabalhos comum denominarem os slidos de prismas,porm pela definio apresentada anteriormente, um slido ser classificado como prisma se suas bases foremparalelas e iguais e seus lados forem paralelogramos.

    Somente como ilustrao ser apresentado como calcular o volume de alguns slidos, iniciando comuma pirmide. Seu volume a tera parte do volume de um prisma regular de mesma base que a pirmidedada.

    Figura 5 Volume de uma pirmide de base regular.

    h

    h

    h

    h

    h

    Sb

    Sb

    Sb

    dd

    d d

    d

    hSb3

    1V =

    BonaventuraCavalieri (1598-

    1647), Matemticoitaliano queformulou os

    princpios para oclculo de volumesde slidos.Adaptada de IMSS(2002).

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    Figura 6 Volume de diferentes slidos1.

    1As duas primeiras frmulas foram retiradas de CHURCH (1981) e as demais de BEZERRA (1970).

    h3

    h1

    h2

    Volume de um tronco de prisma triangular

    Ap = rea da base projetada

    ++=

    3

    h3h 2h13

    ApV

    H

    h

    A1

    A2

    Volume de um tronco de pirmide

    ( )A2A1A2A13hV ++=

    Volume de um tronco de prisma triangular

    Ap = rea da base projetada

    ++=

    3

    h3h 2h1ApV

    h3

    h1

    h2

    he

    V= r2he

    Volume de um tronco decilindro de revoluo

    Volume de um cone

    h

    R

    3hR2V

    =

    Volume de um tronco de cone

    ( )Rrr2R23

    hV ++

    =

    h

    R

    r

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    Exerccio 02 Calcular o volume de concreto necessrio para a construo de uma marco para fins de

    monumentao. As dimenses so dadas na figura.

    determinando a altura do marco

    60x = 20x + 80040x = 800x = 20 cm

    Volume do marco = VA VB

    VA volume da pirmide maior

    VB volume da pirmide menor

    Volume do marco = VA VBVolume do marco = 0,072 0,00266

    Volume do marco = 0,0693 m3

    Aplicando diretamente a frmula para clculo de volume de tronco de pirmides mostrada anteriormente,chega-se a um volume de 0,00693 m3.

    m3072,060,060,0 23

    1h ASbA3

    1VA ===

    m300266,020,020,0 23

    1h BSbB3

    1VB ===

    x

    20

    40x

    60=

    +

    x

    40 cm20 cm

    60 cm

    60 cm

    h = 40 cm

    20 cm Os marcos epilares soprotegidos por lei,sua destruio,alm de ser umgrande prejuzo

    para a nao,constitui crime

    punvel por lei.

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    Exerccio 03 - Uma vala foi aberta para a passagem de uma tubulao, conforme mostra a figura abaixo.Pede-se para calcular o volume de escavao efetuado. Para efeitos de clculo, tanto o terreno quanto a base

    da escavao so planos.

    2

    3

    1,5 m

    1,0 m

    3,0 m

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    Exerccio 04 Deseja-se construir uma rampa com inclinao de 10%, conforme o exemplo dado. Sabendoque a cota de incio da rampa de 34,55m (ponto mais baixo), que o terreno est nivelado na cota 36,73m eque a rampa dever ter largura de 7m, calcular o volume de material a ser retirado do terreno.

    34 55m

    36,73m

    7,00 m

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    Para termos noo dos volumes calculados, vamos ver alguns exemplos de capacidade de carga deequipamentos empregados em trabalhos de movimentao de terra. Logicamente que a capacidadevolumtrica de cada equipamento varivel de acordo com o tipo e estado do material a ser transportado.

    Figura 7 Equipamentos.

    Caminho Caamba,com dois eixos:

    capacidade de 9 m3

    Caminho Caamba,com um eixo:

    capacidade de 6 m3

    P Carregadeira:capacidade coroada de

    1,91 m3

    Caminho articulado:

    22 m3

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    3 Clculo de volume em topografia

    3.1. Mtodo das alturas ponderadas

    Este mtodo baseia-se na decomposio de um slido cujo volume deseja-se calcular em slidosmenores, mais fceis de calcular o volume. Estes slidos so normalmente de base quadrada ou triangular.Sua utilizao tpica em escavaes, podendo no entanto tambm ser aplicado a volume de barragens eoutras obras de engenharia.

    Para realizar o clculo do volume vamos fazer a seguinte considerao: imaginemos um slido debase quadrada e rea igual a Q e arestas verticais com alturas Z1, Z2, Z3e Z4. O volume deste slido ser dadopelo produto da rea da base pela mdia das alturas das arestas, conforme mostra a equao abaixo.

    V = Q . (Z1+ Z2+ Z3+ Z4)/4

    Figura 8 Slido regular de base quadrada

    Na prtica o terreno dividido em uma malha regular e cada ponto desta malha tem a sua cotacalculada por algum mtodo de nivelamento. Ento definida a cota de escavao, ou seja a cota em que oterreno dever ficar aps a retirada do material. A partir destas informaes possvel calcular as alturas dosslidos para o clculo do volume. O exemplo a seguir ilustra esta questo.

    Vamos imaginar que queremos calcular o volume de corte de um terreno hipottico de 10x10m,cujas cotas dos cantos so dadas (figura 9-a). Num primeiro momento queremos calcular o volume de cortenecessrio para deixar o terreno plano na cota 85m e depois 84m.

    No primeiro caso vamos ter que calcular o volume de um slido, conforme mostra a figura 9-b.Observe que para o ponto A o slido ter uma aresta igual a 2m, resultado da diferena entre a cota do pontoA no terreno (87m) e a cota do plano em que vai ficar o terreno (85m). Para os demais pontos o raciocnio omesmo para a determinao das alturas das arestas do slido. Para o primeiro caso (figura 9-b) o volume deescavao ser de 225m3e para o segundo (figura 9-c) de 325m3.

    rea Q

    Z1

    Z3

    Z4

    Z2

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    Figura 9 Volume pelo mtodo das alturas ponderadas.

    Para uma malha de pontos podemos calcular o volume de cada clula da malha e depois somar todosos volumes, conforme mostra o prximo exerccio. A partir deste vamos deduzir uma frmula geral para oclculo pelo mtodos das alturas ponderadas.

    Exerccio 05 Para a malha quadrada abaixo, de lado igual a L, calcular o volume de corte. So dadas asalturas de cada um dos slidos..

    Q = L.L

    A B C

    D E F

    HG

    P1 P2

    P3

    3m

    3m

    1m

    2m

    Plano de Cota85m

    87,0 m

    86,0 m

    88,0

    88,0 m

    b)

    A B

    C D

    4m

    4 m

    2m

    3m

    Plano deCota 84m

    87,0 m

    86,0 m

    88,0 m88,0 m

    A

    B

    C

    D

    c)

    88,0 m

    88,0 m

    87,0 m

    86,0 m 10,0 m

    A B

    C D

    a)

    10,0 m

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    VP1= Q. (A + B + D + E)/4

    VP2= Q. (B + C + E + F)/4VP3= Q. (E + F + G + H)/4

    Volume Total = VP1+ VP2+ VP3

    Volume Total = [Q. (A + B + D + E)/4] + [Q. (B + C + E + F)/4] + [Q. (E + F + G + H)/4]

    Volume Total = Q/4 . (A + B + D + E + B + C + E + F + E + F + G + H)

    Volume Total = Q/4 . (A + 2B + C + D + 3E + 2F + G + H)

    Volume Total = Q/4 . (A + C + D + G + H + 2B + 2F + 3E)

    Esta ltima equao seria o resultado do exerccio. Notar que os pontos que entram somente noclculo de um slido recebem peso 1 (ponto A por exemplo), pontos que entram no clculo do volume de doisslidos peso 2 (pontos B e F) e finalmente, para pontos utilizados no clculo do volume de 3 slidos peso 3(ponto E). A partir desta deduo possvel chegar a uma frmula geral para o clculo do volume atravs domtodo das alturas ponderadas:

    Onde os pesos 1, 2, 3 e 4 correspondem:

    1 pontos localizados nos cantos da malha2 pontos localizados nas bordas da malha3 pontos localizados em cantos reversos da malha4 pontos localizados no interior da malha

    A figura abaixo mostra os pesos que cada tipo de vrtice recebe, conforme visto anteriormente.

    Figura 10 Pesos atribudos a cada um dos vrtices da malha.

    1 2 2

    1 3 4

    21

    1

    2

    1

    ( )D44D33D22D14Q

    V +++=

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    Para a determinao da malha no terreno procederemos da seguinte forma: a primeira etapa aquadriculao do terreno (figura 11-a). Esta etapa pode ser realizada somente a trena ou com auxlio de uminstrumento como um teodolito ou estao total. No exemplo da figura 11 os pontos da malha foram

    materializados por piquetes. Depois faz-se a determinao das cotas ou altitudes dos pontos, atravs de algummtodo de nivelamento (figura 11-b). Finalmente aps a escavao teremos o terreno na forma requerida peloprojeto (figura 11-c).

    Figura 11 Determinao da malha no terreno.

    a)

    b)

    c)

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    Exerccio 06 Calcular o volume de corte para a malha dada abaixo. A cota de escavao 100m e o lado damalha quadrada mede 20 m. So dadas as cotas, em metros, de cada um dos vrtices da malha.

    Q = 20 . 20 = 400 m2

    Somatria dos pontos com peso 1 :

    109,2 100 = 9,2107,0 100 = 7,0105,0 100 = 5,0103,2 100 = 3,2101,4 100 = 1.4

    1 = 9,2 + 7,0 + 5,0 + 3,2 + 1,4 = 25,8

    Somatria dos pontos com peso 2 :

    107,1 100 = 7,1103,3 100 = 3,3

    2 = 7,1 + 3,3 = 10,4

    Somatria dos pontos com peso 3 :

    105,0 100 = 5,0

    3 = 5,0

    Volume = 400/4 . ( 25,8 + 2. 10,4 + 3. 5)

    Volume = 6160,0 m3

    109,2 107,1 105,0

    107,0 105,0 103,3

    101,4103,2

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    Exerccio 07 Calcular o volume de corte para a malha dada abaixo. A cota de escavao 47 m e o lado damalha quadrada mede 20 m. So dadas as cotas, em metros, de cada um dos vrtices da malha.

    Resposta : Volume = 2500 m3

    46,1 47,4 48,4

    47,8 50,1 47,7

    47,350,1

    47,2

    46,1

    44,849,5

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    Em alguns casos pode ser necessrio que o volume de corte seja igual ao volume de aterro. Imaginemos quecalculamos para o slido formado pelas cotas A, B, C e D (figura 12) o volume de corte para umadeterminada cota de escavao. Agora queremos calcular qual seria a cota para a qual o volume de corte seja

    igual ao volume de aterro (esta cota tem um nome especfico: cota de passagem Cp). Neste caso o volumedo slido ABCD tem que ser igual ao volume final do paralelogramo formado. Assim, como a rea da base eo volume so os mesmos para ambos os casos, o que vai mudar cota de escavao.

    Figura 12 Cota de passagem

    Ento para uma cota de escavao Co encontramos um volume Vo. Agora queremos calcular umvalor de cota de passagem (Cp) para qual o volume de corte compensaria o volume de aterro.

    Vo = S . h

    onde S = rea da base

    h = Vo / S

    Este valor de h est referenciado ao plano de cota Co, ento o valor final da cota de passagem ser:

    Cp = Co + h

    Cp = Co + Vo/S

    Vamos ento verificar esta frmula. Para o exerccio 06, utilizando uma cota de escavao de 100 mo volume final de escavao seria 6160 m3. Lembrando que o espaamento da malha de 20 m e que reatotal da mesma de 1200 m2(20m . 20m . 3 ), vamos calcular a cota de passagem para este caso.

    Cp = 100 + (6160 / 1200)Cp = 105,13 m

    Isto significa que realizando o clculo do volume para esta cota de escavao, o volume final deverser igual a zero. Fazendo os clculos chegamos a um volume de 4 m3. A diferena em relao a zero

    proveniente da questo do arredondamento no clculo do valor da cota de passagemOutra forma de calcular a cota de passagem fazendo uma mdia ponderada dos valores das cotas

    dos pontos da malha, onde o peso de cada cota segue o mesmo raciocnio dos pesos mostrados anteriormente,

    A

    B

    C

    D

    Corte

    h

    Aterro

    Plano da cotade escavao

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    ou seja, pontos do canto da malha, peso 1, pontos das bordas da malha peso 2 e assim por diante. Vejamos oclculo para o mesmo exerccio 06.

    Cota Peso Cota x Peso109,2 1 109,2107,1 2 214,2105,0 1 105,0107,0 1 107,0105,0 3 315,0103,3 2 206,6103,2 1 103,2101,4 1 101,4

    12 1261,6

    Cota de passagem = Cota. Peso / Pesos

    Cota de Passagem = 105,13 m

    que o mesmo valor calculado pela frmula anteriormente.

    Exerccio 08 Calcular a cota de passagem para o exemplo dado no exerccio 07.

    Resposta : Cota de passagem = 48,04 m

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    Exerccio 09 Calcular a cota final para a plataforma horizontal com volume de corte e aterro iguais.Calcular tambm o nmero de viagens de caminho com 8m3 por viagem, necessrios caso seja imposta acota final igual a 3,5 m. As cotas dos pontos esto em metros. (Adaptado de Borges, 1995, p. 83)

    Cota Peso Cota x Peso2,2 1 2,25,4 1 5,40,8 1 0,86,2 1 6,21,0 1 1,04,4 1 4,43,8 2 7,62,2 2 4,42,0 3 6,04,0 3 12,0 16 50

    Cota de passagem = Cota. Peso / Pesos

    Cota de Passagem = 3,125 m

    Ento a altura final do plano horizontal para o qual o volume de corte e aterro so iguais de3,125m. Para deixarmos o terreno na cota 3,5m teremos que acrescentar material ao mesmo. O volume deaterro a ser feito ser dado pela diferena entre a cota imposta de menos a cota de passagem, vezes a rea doterreno.

    Volume de aterro = (3,5 3,125). (4. 20. 20) = 600m3

    Uma vez calculado o volume de aterro vamos ver o nmero de viagens de caminho para transportareste material.

    Nmero de viagens = 600m3/ 8m3= 75 viagens

    2,2 3,8 5,4

    0,8 2,0 4,0

    2,21,0

    6,2

    4,4

    20,0 m

    20,0 m

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    Podemos tambm, ao invs de utilizar uma malha quadrada, utilizar uma malha triangular paraefetuar o clculo do volume, conforme mostra a figura abaixo, aonde a rea total foi dividida em 8 tringulos.Como todos os tringulos possuem a mesma rea vamos chamar esta malha de malha triangular regular.

    Posteriormente veremos o porque desta classificao.

    Figura 13 Malha Triangular regular.

    O princpio de clculo ser o mesmo utilizado anteriormente, somente que agora vamos trabalharcom slidos triangulares (figura 14).

    Figura 14 Slido triangular.

    O volume ser dado por:

    No exemplo da figura 13 podemos notar que o ponto 4 utilizado no clculo do volume de trsslidos (P1, P2 e P5), o ponto 1 em um slido (P1), o ponto 5 em seis slidos (P2, P3, P4, P5, P6 e P7), etc.Ento podemos definir uma equao geral para o clculo de volumes em malhas triangulares regulares:

    1 2 3

    654

    7 8 9

    P1 P3

    P2 P4

    P5

    P6

    P7

    P8

    Z1Z3

    Z2

    Plano dereferncia

    ( )3

    Z3Z2Z1AV ++

    =

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    Onde:

    A rea plana do tringulo1 pontos que so vrtices de apenas um tringulo2 pontos que so vrtices de dois tringulos...n pontos que so vrtices de n tringulos

    Poderemos tambm trabalhar com malhas triangulares irregulares. Porm neste caso teremos quecalcular o volume de cada um dos slidos triangulares independentemente, pois as reas dos slidos serodiferentes.

    Figura 15 malha triangular irregular

    A rea de cada tringulo poder ser calculada pela frmula apresentada a seguir, entre outras.

    Figura 16 Clculo da rea de um tringulo qualquer.

    ( )Dnn...D33D22D13A

    V ++++=

    12

    3

    4

    56

    7

    8

    9

    ac

    bAC

    B ( ) ( ) ( )cpbpappArea =

    ( )2

    cbap

    ++=

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    Exerccio 10 Para a malha triangular regular dada, calcular o volume de corte para a cota 100m e a cota depassagem.

    rea do tringulo = (20m . 20m)/2 = 200 m2

    rea total da malha (S) = 200m2. 6 = 1200m2

    Ponto Cota (m) he = Cota Cota deEscavao

    Peso Peso. he

    1 109,2 9,2 1 9,22 107,1 7,1 3 21,33 105,0 5,0 2 10,04 107,0 7,0 2 14,05 105,0 5,0 4 20,06 103,3 3,3 3 9,97 103,2 3,2 2 6,48 101,4 1,4 1 1,4

    Somatrio = 92,2

    V = 6146,67 m3

    Cota de passagem:

    Cp = 105,12 m

    Tambm podemos calcular a cota de passagem pela mdia ponderada das cotas dos prismastriangulares. A ponderao uma funo do nmero de slidos triangulares que cada ponto entra no clculo.Cabe ressaltar que somente podemos utilizar esta forma de clculo porque todos os tringulos possuem amesma rea.

    3

    6

    8

    12

    54

    7

    20,0 m20,0 m

    ( )Dnn...D33D22D13A

    V ++++=

    2,92.3

    200V=

    S

    VoCoCp +=

    120067,6146100Cp +=

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    Ponto Cota (m) Peso Peso. Cota1 109,2 1 109,22 107,1 3 321,3

    3 105,0 2 210,04 107,0 2 214,05 105,0 4 420,06 103,3 3 309,97 103,2 2 206,48 101,4 1 101,4

    18 1892,2

    Cp = 105,12 m

    Exerccio 11 Para a malha triangular regular dada, calcular o volume de corte para a cota 40 m e a cota depassagem. As hipotenusas dos tringulos medem 14,14m.

    rea do tringulo = m2

    rea total da malha (S) = m2

    Ponto Cota (m) he = Cota Cota deEscavao

    Peso Peso. he

    1 41,32 42,53 43,24 42,75 43,06 44,27 43,98 44,79 45,0

    Somatrio =

    =

    Pesos

    PesoCotaCp

    18

    2,1892

    Cp=

    1 2 3

    654

    7 8 9

    P1 P3

    P2 P4

    P5

    P6

    P7

    P8

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    Exerccio 12 Para a malha triangular irregular dada, calcular o volume de corte para a cota 30 m e a cota depassagem. So dadas as reas de cada tringulo.

    rea total da malha (S) = 10 + 11 + 13 + 15 + 17 = 66 m2

    Ponto Cota (m) he = Cota Cota deEscavao

    1 32,7 2,72 31,3 1,3

    3 33,0 3,04 32,5 2,55 34,2 4,26 32,5 2,5

    Volume = 21,67 + 24,93 + 48,5 + 52,13 + 33,37 = 180,6 m3

    Cota de passagem:

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    10 m2

    13 m2

    15 m2

    17 m2

    11 m2

    ( )3

    Z3Z2Z1AV ++

    =

    ( ) m367,215,63

    105,23,17,2

    3

    10V124 ==++=

    ( ) m393,248,63

    115,20,33,1

    3

    11V234 ==++=

    ( ) m35,487,93152,45,20,3315V345 ==++=

    ( ) m313,522,93

    175,22,45,2

    3

    17V456 ==++=

    ( ) m337,337,73

    135,25,27,2

    3

    13V146 ==++=

    S

    VoCoCp +=

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    Cp = 32,736 m

    Vamos refazer o clculo do volume utilizando a cota de passagem como cota de escavao. Ovolume tem que ser igual a zero ou bem prximo de zero, neste ltimo caso por problemas dearredondamento.

    Ponto Cota (m) he = Cota Cota deEscavao

    1 32,7 -0.0362 31,3 -1.4363 33,0 0.2644 32,5 -0.2365 34,2 1.4646 32,5 -0.236

    V124 = -5,693 m3

    V234 = -5,162 m3

    V345 = 7,46 m3

    V456 = 5,621 m3

    V146 = -2,201 m3

    Volume = 0,03 m3, ou seja, bem prximo a zero!

    Neste caso, quando formos calcular a cota de passagem pelo processo da mdia ponderada, nopodemos utilizar como peso a quantidade de vezes que um mesmo ponto utilizado no clculo de diferentesslidos, isto porque a rea de cada tringulo diferente e isto interferiria nos clculos. Somente comocuriosidade, utilizando este processo a cota de passagem calculada para este exemplo seria 32,66m. Destaforma vamos utilizar como peso para o ponto a somatria das reas dos slidos nos quais o mesmo utilizado

    para o clculo do volume.

    Ponto Cota (m) Peso Peso. Cota1 32,7 10 + 13 = 23 752,12 31,3 10 + 11 = 21 657,33 33,0 11 + 15 = 26 858,04 32,5 10 + 11 + 15 + 17 + 13 = 66 2145,05 34,2 15 + 17 = 32 1094,46 32,5 17 + 13 = 30 975,0

    198 6481,8

    Cp = 32,736 m, conferindo com o clculo anterior!

    66

    6,18030Cp +=

    =

    Pesos

    PesoCotaCp

    198

    8,6481Cp=

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    Exerccio 13. Duas estaes (A e B) foram tomadas como base para a determinao das cotas de um conjuntode pontos que definem uma malha triangular. Os desnveis obtidos a partir de cada uma destas estaes sodados, bem como as reas de cada um dos tringulos. Calcular qual seria o volume acima do plano com cota

    5,8 m abaixo da estao A. (Adaptado de BANNISTER; BAKER, 1994, p. 172).

    Desnveis em relao ao ponto A

    Ponto Desnvel (m)1 -5,242 -4,933 -4,724 -5,035 -5,356 +0,24

    Desnveis em relao ao ponto B

    Ponto Desnvel (m)6 +0,627 -5,258 -5,31

    reas dos tringulos

    Tringulo rea (m2)A12 815,79

    A23 513,43A34 759,21A45 1097,35A56 478,02A16 367,55B16 548,00B56 697,70B57 1304,63B78 770,86B18 672,30

    A primeira etapa deste exerccio determinar as cotas dos pontos, para posterior clculo do volume.Porm vamos diretamente calcular a cota de escavao de cada um dos pontos. Sabemos que o plano dereferncia encontra-se a 5,8 m abaixo do ponto A, ento, para os desnveis obtidos a partir do ponto A, a cotade escavao ser dada por:

    hei= hAi+ 5,8 m

    1

    2

    3 4

    5

    6

    7

    8

    A

    B

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    Esta frmula pode ser facilmente deduzida a partir da figura abaixo.

    Figura 17 Determinao da cota de escavao.

    Conhecendo he para o ponto 6 podemos ento calcular as cotas de escavao para o ponto B e emconseqncia para os pontos 7 e 8.

    Ponto he - Cota deEscavao (m)

    1 0,562 0,873 1,084 0,775 0,456 6,047 0,178 0,11

    Prisma rea (m2) Z1 (m) Z2 (m) Z3 (m) mdia (m)(Z1+Z2+Z3)/3

    Volume (m3)

    A12 815,79 0,56 0,87 5,80 2,41 1966,05A23 513,43 0,87 1,08 5,80 2,58 1326,36A34 759,21 1,08 0,77 5,80 2,55 1935,99A45 1097,35 0,77 0,45 5,80 2,34 2567,80A56 478,02 0,45 6,04 5,80 4,10 1958,29A16 367,55 6,04 0,56 5,80 4,13 1519,21B16 548,00 0,56 6,04 5,42 4,01 2195,65B56 697,70 6,04 0,45 5,42 3,97 2769,87

    B57 1304,63 0,45 0,17 5,42 2,01 2626,66B78 770,86 0,17 0,11 5,42 1,90 1464,63B18 672,30 0,11 0,56 5,42 2,03 1364,77

    Volume Total = 21695,27 m3

    Ponto A

    Ponto 6

    Plano de cota5,8m abaixodo ponto A

    5,8 m

    + 0,24 m

    he parao ponto 6

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    Exerccio 14 - Calcular o volume de corte para a cota 32,0m para a malha irregular dada.

    Ponto Cota (m) Cota he (m)A 33,7 1,7B 34,2 2,2C 35,1 3,1D 33,9 1,9E 34,5 2,5F 36,0 4,0G 34,3 2,3H 35,2 3,2I 36,1 4,1J 36,7 4,7

    Inicialmente devem ser calculadas as reas das figuras para depois calcular os volumes. Neste pontocabe fazer uma observao. Existe um trapzio formado pelos pontos EFIJ. Podemos calcular o volume deuma slido trapezoidal, ou dividir a figura em dois slidos triangulares. Porm os volumes queencontraremos no sero iguais nos dois casos, como pode ser visto nos clculos abaixo. Se o terreno noapresentar uma declividade constante, a diviso do trapzio em dois tringulos nos dar um valor maiscondizente com a realidade. Desta forma, neste exerccio vamos fazer esta diviso.

    rea do trapzio EFIJ = 135 m2rea do tringulo EIJ = 60 m2rea do tringulo EFJ = 75 m2

    Volume do prisma trapezoidal = 135. 3,825 = 516,375 m3Volume do prisma triangular T1 = 60 . 3,767 = 226,02 m3

    10 m10 m 8 m

    7 m

    10 m

    15 m

    A

    F

    C

    D E

    B

    G H I J

    Ponto Cota (m)A 33,7B 34,2C 35,1D 33,9E 34,5F 36,0G 34,3H 35,2I 36,1J 36,7

    10 m

    8 m

    15 m

    I J

    E F 10 m

    8 m

    15 m

    I J

    E F

    T2

    T1

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    Volume do prisma triangular T2 = 75 . 3,733 = 279,975 m3

    T1 + T2 = 505,995 m3

    Figura rea (m2) Cota mdia (m) Volume (m3)ABDE 70 2,075 145,25ACEF 70 2,950 206,5GHD 75 2,467 185,025DEHI 150 2,925 438,75EIJ 60 3,767 226,02EFJ 75 3,733 279,975

    Volume Total = 1481,52

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    3.2. Mtodo das Sees Transversais

    A aplicao desta frmula supe sees planas paralelas entre si, espaadas de uma distncia d

    (figura 18). O volume ser dado por:

    Figura 18 Sees paralelas.

    Esta frmula largamente empregada em estradas e ferrovias, nos clculos de corte e aterro. Parauma mesma seo poderemos ter reas de corte e aterro, que posteriormente significaro volumes de corte eaterro. A figura 19 ilustra esta questo.

    Figura 19 Sees de corte e aterro.

    +=

    2A2A1dVolume

    A2

    A1

    d

    Perfil doterreno

    Perfilprojetado

    Corte

    Aterro

    Ac2

    Ac1

    Aa2

    Aa1

    +=

    2

    Ac2Ac1dVcorte

    +=

    2

    Aa2Aa1dVaterro

    d = distncia entreas sees

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    O mais complicado e demorado deste mtodo o clculo das reas das sees transversais. A

    aplicao da frmula em si muito simples. Antes de partirmos para um exemplo de clculo, vejamos a

    nomenclatura utilizada nas sees transversais a serem calculadas no prximo exerccio, as quais soapresentadas na figura 20.

    Figura 20 Nomenclatura das sees transversais.

    Corte

    eixo

    terreno: cota

    greide: cota

    plataforma

    off-setvarivel

    off-setvarivel

    off-set: distncia/cota

    bordo: distncia/cota

    eixoAterro

    terreno: cota

    greide: cotabordo: distncia/cota

    off-set: distncia/cota

    plataforma

    off-setvarivel

    off-setvarivel

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    Exerccio 15 Dada a nota de servio de terraplanagem, calcular o volume de corte e aterro. Este exerccioesta baseado em dados retirados de um projeto verdadeiro de uma rodovia no interior o Estado do Paran.Para fins prticos, vamos trabalhar somente com algumas estacas do projeto. A distncia entre as estacas de

    20m.

    NOTA DE SERVIO DE TERRAPLENAGEMESQUERDA EIXO DIREITA

    OFF-SET BORDO COTA BORDO OFF-SETVERMELHAEST. COTA DIST. COTA DIST TERRENO GREIDE

    ATERRO CORTEDIST. COTA DIST. COTA

    647 627.98 5.50 627.98 5.50 627.81 628.14 0.33 5.50 627.98 5.50 627.98648 627.99 5.60 627.89 5.50 627.78 628.05 0.32 5.50 627.59 5.70 627.76649 622.99 5.60 627.81 5.50 627.90 627.97 0.28 5.50 627.81 5.70 628.01650 627.74 5.50 627.74 5.50 627.75 627.90 0.15 5.50 627.74 5.90 628.14

    651 628.19 6.00 627.49 5.50 627.96 627.85 0.11 5.50 627.79 6.10 628.29652 627.53 5.70 627.66 5.50 627.84 627.82 0.02 5.50 627.66 6.10 628.26653 628.74 6.60 627.64 5.50 627.81 627.80 0.01 5.50 627.64 6.10 628.24

    A primeira etapa o desenho (figura 21) e clculo das reas das sees transversais. Originalmenteno projeto as plataformas apresentam uma inclinao de 3%. Com estes dados possvel desenhar, utilizandoum programa como o AutoCAD por exemplo, cada uma das sees. Neste caso podemos tambm obterfacilmente via CAD as reas das sees transversais. Este foi o processo utilizado para a obteno dos valoresa serem empregados neste exerccio. Cabe salientar que para os perfis elaborados, a escala vertical 10 vezesmaior que a horizontal para enfatizar os desnveis.

    A partir dos perfis mostrados na figura 21, calculou-se para cada estaca, a rea de corte e de aterro, asquais so resumidas na tabela abaixo.

    Estaca Corte (m2) Aterro (m2)647 - 2.7500648 - 2.2275649 1.4573 0.014650 0.8947 0.5527651 4.1085 -652 2.3660 -653 5.2650 -

    Uma estrada nem sempre uma linha reta e na maioria das vezes existem curvas no seu traado.Quando vamos calcular o volume de corte e aterro, no caso especfico de curvas, iremos trabalhar com seestransversais que no so paralelas. Existe uma forma de correo a ser aplicada nestes casos. Ao leitor queinteressar, o assunto detalhado em BORGES (1994).

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    Figura 21 Perfis transversais.

    2 2

    Cota

    Cota Cota

    Cota

    2 2 2 2

    CotaCota

    Cota

    2 2

    2

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    Vamos utilizar a planilha para clculo de volumes por sees transversais para determinar os volumes decorte e de aterro. Uma cpia desta planilha fornecida no anexo 1.

    Clculo do volume de Corte

    reas (m2)Sees

    rea rea Total Mdia da rea

    Distncia entre assees (m)

    Volume (m3)

    647 00 0 20 0

    648 01.4573 0.7286 20 14.572

    649 1.4573

    2.3520 1.176 20 23.52650 0.8947

    5.0032 2.5016 20 50.032651 4.1085

    6.4745 3.2372 20 64.744652 2.3660

    7.6310 3.8155 20 76.31653 5.2650

    Volume Total 229.178

    Clculo do volume de Aterro

    reas (m2)Sees

    rea rea Total Mdia da rea

    Distncia entre assees (m)

    Volume (m3)

    647 2.754.9775 2.4887 20 49.774

    648 2.22752.2415 1.1207 20 22.414

    649 0.014

    0.5667 0.2833 20 5.667650 0.55270.5527 0.2763 20 5.527

    651 00 0 20 0

    652 00 0 20 0

    653 0Volume Total 83,114

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    3.3. Superfcies Eqidistantes

    Alguns autores ainda apresentam uma metodologia de clculo chamada de Superfcies Eqidistantes,que na realidade segue o mesmo princpio do clculo do mtodo das sees transversais, porm agora aoinvs de trabalharmos com sees verticais, utilizaremos sees horizontais. A frmula para clculo aseguinte:

    onde n o nmero de sees.

    Um exemplo de aplicao o clculo de volume dgua em reservatrios de barragens, onde assuperfcies paralelas so representadas pelas curvas de nvel. Vamos verificar a frmula com o exerccioabaixo.

    Exerccio 16 Calcular para as curvas de nvel dadas abaixo, o volume definido entre as curvas 5 e 15m.

    O valor de d ser a eqidistncia entre as curvas de nvel.

    confirmando a frmula apresentada!

    +++++= 2

    AnA 1n...A3A22

    A1dVolume

    +=

    2

    S2S1dV 10/5

    +

    = 2

    S3S2

    dV 15/10

    V 15/10V 10/5Vt +=

    ++

    +=

    2

    S3S22

    S2S1dVt

    ++=

    2

    S3S2 2S1dVt

    ++=

    2

    S3S2

    2

    S1dVt

    5

    10

    15S3

    S2

    S1

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    Exerccio 17 -Foi projetada uma represa entre os pontos A e B, indicados no mapa abaixo. Sabendo que a cotade inundao ser 112m, calcular o volume de gua a ser represada pela barragem. As unidades do mapaesto em metros.

    A primeira etapa marcar a posio da barragen sobre o mapa. Sabendo-se que a cota de inundao 112m, ento tudo que estiver compreendido entre a curva de nvel de cota 112m e abaixo desta cota serinundado. Para calcular o volume de inundao temos que determinar qual a rea que cada curva de nveldefine em relao a barragem.

    400.00 600.00 800.00 1000.00 1200.00 1400.00 1600.00 1800.00 2000.00

    1800.00

    2000.00

    2200.00

    2400.00

    2600.00

    Rio a ser represado

    A B

    Barragem

    rea

    Curva de nvel(112m)

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    Esta rea pode ser determinada com planmetro ou utilizando-se algum programa CAD. A figura a

    seguir mostra a posio da barragem e a rea a ser inundada.

    Os valores das reas, determinados via programa CAD, so mostrados na tabela abaixo.

    reasCurva rea (m2)112 243808,7110 174185,7108 117934,1106 76370,9104 42836,1102 16650,9100 1697,0

    Aplicando-se o mtodo das sees transversais, onde o espaamento entre cada seo neste caso aeqidistncia entre as curvas de nvel (2 m), teremos:

    4 00. 00 6 00. 00 8 00. 00 10 00. 00 12 00. 00 14 00. 00 16 00. 00 18 00. 00 20 00. 00

    1800.00

    2000.00

    2200.00

    2400.00

    2600.00

    ++++++=

    2

    A100A102A104A106A108A1102

    A112.eV

    ++++++=

    2

    0,16979,166501,428369,763701,1179347,174185

    2

    7,243808.2V

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    V = 1101461,1 m3

    A figura a seguir representa em 3D a rea a ser represada.

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    3.4. Terraplenagem para plataformas

    Esta ser uma aplicao do mtodo das sees transversais na rea de terraplenagem. RICARDO;CATALANI (1977) definem a terraplenagem ou movimentos de terra, como o conjunto de operaesnecessrias para remover a terra, dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que h falta,tendo em vista um determinado projeto a ser executado. Diversos trabalhos de engenharia necessitam dautilizao da terraplenagem, como a construo de rodovias, aeroportos, fbricas, ou mesmo a construo deuma residncia. Como esta operao envolve a movimentao de terra, necessrio que conheamos ovolume de terra a ser trabalhado.

    Neste item estaremos abordando uma forma de clculo do volume de material a ser movimentadopara a construo de plataformas horizontais e inclinadas. Logicamente que para calcular este volume teremosque conhecer previamente o terreno, ou seja, ter um levantamento topogrfico do mesmo. Nos exemplos quese seguem o terreno foi quadriculado e as cotas dos pontos da malha foram determinadas por um mtodo denivelamento qualquer, cuja preciso deve ser compatvel com as necessidades do usurio. O espaamentoentre os pontos da malha depender das caractersticas do terreno. Terrenos acidentados requerem uma malha

    com espaamento menor.De acordo com BORGES (1994, p.66), o projeto de terraplenagem poder solicitar da topografia oplanejamento para uma das quatro hipteses:

    1 plano horizontal, sem a imposio de uma cota final2 plano final horizontal com a imposio de uma cota final3 plano inclinado sem a imposio da altura em que este plano deva estar.4 plano inclinado impondo uma determinada altura para o mesmo, atravs da escolha da cota de

    um determinado ponto.

    Vamos mostrar um exemplo de clculo. Este exemplo estar baseado nos dados apresentados porBORGES (1994 p.67). Inicialmente dada uma malha de pontos com as suas respectivas cotas. Oespaamento da malha de 20 m.

    Figura 22 Malha de pontos

    36,3

    36,4

    34,8

    34,9

    33,5

    33,6

    36,6 35,5 34,4

    37,2 36,3 35,8

    30,8

    32,1

    32,9

    33,9

    32,2

    32,3

    33,5

    35,1

    A

    B

    C

    D

    1 2 3 4 5

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    Figura 23 Vista em perspectiva da malha.

    Hiptese 01

    Neste caso a topografia poder escolher uma altura do plano final. Assim vamos escolher uma alturaem que o volume de corte seja igual ao volume de aterro, compensando a movimentao de terra. A primeiracoisa a fazer determinar a cota de passagem para a malha dada, que pode ser determinada conforme vistoanteriormente, atravs do clculo da mdia ponderada das cotas da malha. Os clculos so apresentados aseguir.

    Ponto Cota Peso Peso x Cota

    A1 36.3 1 36.3A2 34.8 2 69.6A3 33.5 2 67.0A4 32.2 2 64.4A5 30.8 1 30.8B1 36.4 2 72.8B2 34.9 4 139.6B3 33.6 4 134.4B4 32.3 4 129.2B5 32.1 2 64.2C1 36.6 2 73.2C2 35.5 4 142.0C3 34.4 4 137.6

    C4 33.5 4 134.0C5 32.9 2 65.8D1 37.2 1 37.2D2 36.3 2 72.6D3 35.8 2 71.6D4 35.1 2 70.2D5 33.9 1 33.9

    48 1646.4

    A1

    A2

    A3

    A4

    A5

    B1

    B2

    B3

    B4

    B5

    C1

    C2

    C3

    C4

    C5

    D1

    D2

    D3

    D4

    D5

    =

    Pesos

    PesoCotaCp

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    Cp = 34,3 mEnto se utilizarmos um plano de referncia com cota 34,3 m, o volume de corte ser igual ao

    volume de aterro. Passamos ento para o clculo do volume de corte e aterro. Utilizaremos o mtodo dassees transversais. Sero trabalhadas as sees A, B, C e D. O primeiro passo construir o perfil da seoque iremos trabalhar. Neste perfil devem constar o perfil do terreno e a indicao do plano final em que oterreno ficar aps a terraplenagem. Todas as medidas estaro representadas em metros.

    Figura 24 Perfil A do terreno.

    Teremos ento que calcular as reas de corte e aterro para a seo acima. Por exemplo, paracalcularmos a rea de aterro total para a seo apresentada basta somarmos as reas do tringulo PMS,trapzio MNRS e trapzio NOQR. No nos esqueamos que a abertura da malha de 20 m, ou seja, adistncia entre os pontos MN de 20m e assim por diante. Porm teremos que calcular por interpolao adistncia PM, para podermos calcular a rea do tringulo PMS.

    Figura 25 Interpolao.

    Se em vinte metros (distncia TM) o terreno sobe 1,3 m (desnvel SU), em X metros (distnciaMP) o terreno sobre 0,8 m (desnvel MS). Basta resolver por regra de trs.

    48

    40,1646Cp=

    Perfil do terrenoPlano horizontalde cota 34,3 m

    34.3 34.3 34.3 34.3 34.336.3 34.8 33.5 32.2 30.8

    P0,8

    2,13,5

    0,52,0

    Cota doterreno

    Cota doplano

    Diferena entre acota do plano edo perfil

    M N O

    Q

    R

    S

    U

    T

    0,8 m

    0,5 m P M

    S

    U

    T

    X

    20 m

    0,8mXm

    1,3m20m

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    X = 12,31 m

    A representao final do perfil da seo A mostrada a seguir.

    Figura 26 Perfil seo A.

    Clculo da rea de aterro da seo A ( SAA ):

    SAA= 89,9240 m2

    Clculo da rea de corte da seo A ( SCA ):

    SCA= 26,9225 m2

    Para todas as outras sees vamos fazer o mesmo procedimento. No vamos apresentar os clculos,

    os quais podem ser facilmente verificados pelos alunos, mas to somente as sees e os resultados.

    3,1

    8,020X

    =

    Perfil do terrenoPlano horizontalde cota 34,3 m

    34.3 34.3 34.3 34.3 34.336.3 34.8 33.5 32.2 30.8

    0,8

    2,1

    0,52,0 P

    3,5

    12,317,69

    ( ) ( )

    2

    1,25,320

    2

    8,01,220

    2

    8,031,12SAA

    ++

    ++

    =

    ( )2

    5,069,7

    2

    5,00,220SCA

    +

    +=

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    Figura 27 Perfil seo B.

    rea de aterro da seo B ( SAB ):

    SAB= 72,7695 m2

    rea de corte da seo B ( SCB ):

    SCB= 29,769 m2

    Figura 28 Perfil seo C.

    rea de aterro da seo C ( SAC ): SAC= 29,1120 m2

    rea de corte da seo C ( SCC ):SCC= 48,1110 m

    2

    0,72,0

    0,62,1

    P

    2,2

    10,779,23

    34.3 34.3 34.3 34.3 34.336.4 34.9 33.6 32.3 32.1

    0,1 0,81,2

    2,3P

    1,4

    17,782,22

    34.3 34.3 34.3 34.3 34.336.6 35.5 34.4 33.5 32.9

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    Figura 29 Perfil seo D.

    rea de aterro da seo D ( SAD ):SAD= 1,3340 m

    2rea de corte da seo D ( SCD ):

    SCD= 112,332 m2

    Tendo todas as reas de corte e aterro calculadas podemos ento calcular o volume final de corte eaterro. Comearemos pelo volume de aterro. O valor de d na frmula a distncia entre duas seesconsecutivas.

    VAterro = 2950,210 m3

    O volume de corte ser dado por:

    Vcorte = 2950,145 m3

    Como era de se esperar o volume de corte e de aterro foram praticamente iguais. A diferena de0,065 m3encontrada deve-se a questes de arredondamento e na prtica seria insignificante.

    1,5 0,82,02,9

    P0,4

    6,6713,33

    34.3 34.3 34.3 34.3 34.337.2 36.3 35.8 35.1 33.9

    +++=

    2

    SADSACSAB2

    SAAdVAterro

    +++=

    2

    334,1112,297695,72

    2

    9240,8920VAterro

    +++=

    2

    332,112111,48769,29

    2

    9225,2620VCorte

    +++=

    2

    SCDSCCSCB2

    SCAdVCorte

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    A figura seguir representa graficamente o que foi feito. Primeiro tnhamos o terreno natural (figura 30-a).

    Foi ento calculada a cota de passagem. Na figura 30-b est representada a curva com valor da cota depassagem. Calculamos ento um volume de corte (figura 30-c) e um de aterro (figura 30-d) para esta cota.Aps realizados os trabalhos de terraplenagem o terreno ficaria plano (figura 30-e), estando na cota 34,3m.

    Figura 30 Representao esquemtica da hiptese 1.

    (a)(b)

    (c) (d)

    (e)

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    Hiptese 02

    O projeto de terraplenagem define um plano horizontal com uma cota dada qualquer. Os clculos sofeitos da mesma forma que no exemplo anterior, somente que agora o plano vai estar numa cota prdeterminada. Supondo que para o terreno do exemplo anterior o projeto solicite um plano horizontal na cota34,0 m. De antemo, em funo dos dados do exemplo anterior, podemos calcular a diferena entre o volumede corte e aterro para este caso. Temos nosso terreno plano na cota 34,3 m. Se queremos ento deix-lo nacota 34,0 m significa que teremos que rebaixar o terreno 0,30m. Como a rea do terreno conhecida (60 x80m), podemos ento calcular o volume de material que dever ser retirado. Basta multiplicar a rea doterreno pela altura de rebaixamento.

    Volume = 0.30m . 4800 m2

    Volume = 1440 m3

    Ento quando fizermos os clculo para este exemplo veremos que a diferena entre os volumes decorte e aterro ser de 1440 m3. Fazendo os clculos encontramos um volume de corte igual a 3730,265 m3eum volume de aterro de 2290,210 m3. A diferena entre os dois de 1440,055 m3, bem prxima do calculado.A figura a seguir ilustra este raciocnio.

    Figura 31 Representao esquemtica da hiptese 2.

    Plano de cota34,3 m

    Plano de cota34,0 m

    Terreno na cota34,0 m

    A = 4800 m2V = 1140 m3

    0,30 m

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    Hiptese 03

    O projeto solicita um plano inclinado na direo 1-5, com inclinao de 1%, sem determinar a alturado plano. Vamos ento posicionar o plano inclinado de forma que a altura do mesmo, na linha mdia doterreno, seja igual altura do plano que foi calculado para a hiptese 01. Desta forma teremos tambm para o

    plano inclinado, volumes de corte e aterro iguais.

    Figura 32 Posicionamento do plano na hiptese 03.

    A

    B

    C

    D

    1 2 3 4 5

    Nesta linha o plano tercota igual cota de

    passagem calculada para oterreno = 34,30m

    inclinao de 1%

    34,30 m

    1 2 3 54

    Corte

    Aterro

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    Figura 33 Representao em perspectiva do plano da hiptese 03.

    Determinada a posio do plano necessitamos calcular as demais cotas dos pontos do planoinclinado, para depois podermos desenhar os perfis transversais e calcular as reas de corte e aterro. O planoter uma inclinao de 1%, ou seja, para cada 100m o terreno sobe ou desce 1m. Em 20 m (tamanho daabertura da malha) o terreno ento vai variar a sua cota em 0,20m. Como conhecemos a cota da linha 3(34,30m), para calcular a cota das demais linhas basta somar ou diminuir 0,20m, conforme o sentido deinclinao do plano. Uma vez que a inclinao se d no sentido X da malha, todos os pontos localizados nalinha 1 tero a mesma cota, sendo o mesmo vlido para as linhas 2, 3, 4 e 5.

    Figura 34 Perfil transversal do plano inclinado.

    Calculadas as cotas dos pontos do plano inclinado podemos esquematizar os perfis, conforme vistona hiptese 01 e calcular as reas de corte e aterro. Ser apresentado a seguir como realizar a interpolao do

    ponto P (interseo entre o plano inclinado e o terreno).

    A

    1%

    Linha de cota34,30m

    1

    D

    C

    B

    2

    3

    4

    5

    34,30 m

    1 2

    34,10 m

    3

    33,90 m

    5

    34,50 m

    34,70 m

    4

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    Figura 35 Interpolao do ponto P para o plano inclinado.

    Nesta interpolao no podermos obter o valor de x1 e x2 diretamente. Teremos que efetuar osclculos por partes. Iniciaremos determinando o valor de x1. Sabemos que em 100m o terreno sobe 1m, entoem x1 metros o terreno subir hp metros. Como no conhecemos este valor teremos uma primeira equaoem funo de x1 e hp.

    x1 = hp . 100 (1)

    Podemos escrever uma outra equao em funo de x1. Sabe-se que do ponto S at o ponto U(distantes 20m) o terreno sobe 1,3 m, ento em x1 metros o terreno subir 0,8m + hp.

    (2)

    Agora podemos igualar as equaes (1) e (2) e obteremos o valor de hp:

    130.hp = 16 + 20.hp

    hp1x

    1m0m10

    ( )3,1

    hp8,0201x

    +=

    hpm8,01x

    m3,1m20

    +

    3,1

    hp.20161x

    +=

    3,1

    hp.2016100.hp

    +=

    1,3 m0,8 m

    P

    M

    S

    U

    T

    x1

    20 m

    x2

    hp

    0,8 m

    0,5 m

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    hp = 0,145454hp =0,145 m

    Uma vez obtido o valor de hp, podemos substitu-lo tanto na equao (1) como na (2) para obter ovalor de x1. O valor de x2 ser igual ao valor da abertura da malha (20 m) menos o valor de x1.

    x1 = hp.100

    x1 = 14,55 m

    x2 = 20 x1

    x2 = 5,45 m

    No vamos detalhar o procedimento de clculo, o qual pode ser encontrado em BORGES (1994),uma vez que segue o mesmo princpio exposto na hiptese 01. A figura seguir representa graficamente o que

    foi feito.

    Figura 36 Esquema do plano inclinado de 1%.

    A hiptese 04 tambm segue a mesma linha de raciocnio apresentada, somente que agora serimposta uma cota de um ponto para o plano inclinado. BORGES (1994) apresenta um exemplo para este caso,com uma plano tendo uma inclinao de 2% em uma direo e 1% na outra.

    Plano Inclinadode 1%

    Corte

    Aterro

    Linha de interseo entre oplano e o terreno. No temcota constante

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    Adicionalmente a estas sees poderiam ser introduzidos taludes de corte e aterro. O procedimentode clculo do volume transcorreria da mesma forma, somente que agora teramos que levar em consideraoestes elementos.

    Empolamento: pode ser definido como o aumento do volume sofrido por um material ao ser removido do seuestado natural. geralmente expresso como a percentagem do aumento de volume sofrido em relao aovolume original (aumento do ndice de vazios) (GARCIA; PIEDADE 1984). O coeficiente de empolamentoda terra comum seca de 25%, ou seja, um metro cbico de terra seca no estado natural, ocupar apsescavada um espao de 1,25 m3no estado solto. A tabela abaixo apresenta alguns valores de coeficiente deempolamento.

    Tabela 1 Coeficientes de empolamento*Material Empolamento (%)

    argila 40terra comum seca 25terra comum molhada 25calcrio 67areia, molhada, compacta 12areia, seca, solta 12

    * adaptada de GARCIA; PIEDADE (1984).

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    4 - Bibliografia

    BANNISTER, A.; BAKER, R. Solving problems in Surveying. 2 ed. Longman Scientific & Technical,London, 1994.

    BEZERRA, M. J. Curso de Matemtica. 25 ed. Companhia Editora Nacional, So Paulo, 1970. 629 p.

    BORGES, A. C. Topografia aplicada Engenharia Civil. v. 2. Editora Edgard Blucher. So Paulo, 1994.232p.

    BORGES, A. C. Topografia aplicada Engenharia Civil. v. 1. Editora Edgard Blucher. So Paulo, 1977.187p.

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