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CAIXAGEST – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Av. João XXI, 63- 2º Piso 1000-300 Lisboa Telefone: 21 790 5457 Fax: 21 795 02 26 Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 502.454.563 Capital Social realizado 9.300.000 Euros CAIXAGEST – TÉCNICAS DE GESTÃO DE FUNDOS, S.A. Relatório e Contas 2011

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Número único de Pessoa Colectiva e Matrícula Comercial 502.454.563 � Capital Social realizado 9.300.000 Euros

CAIXAGEST – TÉCNICAS DE GESTÃO DE FUNDOS, S.A.

Relatório e Contas 2011

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 2

ÍNDICE

ÓRGÃOS SOCIAIS E AUDITORES ........................................................................................ 3

ESTRUTURA ACCIONISTA.................................................................................................... 3

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO........................................................................................ 4

MERCADO DE CAPITAIS ....................................................................................................... 8

MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS ...................................................... 12

ACTIVIDADE DA CAIXAGEST.............................................................................................. 13

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 16

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 16

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS ................................... 18

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE .................................................................... 43

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO.................................................................... 64

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 3

ÓRGÃOS SOCIAIS E AUDITORES

Assembleia Geral

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

Conselho de Administração

Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Órgão de Fiscalização (Fiscal único)

Efectivo Oliveira Rego & Associados - S.R.O.C. - representada pelo

Dr. Manuel de Oliveira Rego

Suplente Dr.ª Paula Cristina Guerreiro Ganhão de Oliveira Rego

Comissão de Vencimentos

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia da Silva

ESTRUTURA ACCIONISTA

A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., através da sua participada Caixa Gestão de Activos, SGPS, S.A. é detentora da totalidade do capital social da CAIXAGEST – Técnicas de Gestão de Fundos S.A..

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 4

RELATÓRIO DA GESTÃO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Em 2011 a economia mundial voltou a expandir-se, embora o crescimento económico tenha registado um abrandamento no segundo semestre do ano. Depois de uma primeira metade em que a actividade económica registou um ritmo de crescimento forte, em particular nos países emergentes, o segundo semestre foi caracterizado por uma crescente preocupação com o abrandamento da economia.

Ao contrário do ano anterior, a deterioração dos indicadores económicos em muitas regiões do globo levou a que as estimativas de crescimento para 2011, por parte de instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OCDE, entre outras, fossem sucessivamente revistas em baixa. No World Economic Outlook de Setembro de 2011, o FMI estimava um crescimento para a economia mundial em 2011 de 4.0%, percentagem inferior aos 4.4% previstos no relatório de Abril. O FMI alertou ainda, no final de 2011, para o aumento de diversos riscos, nomeadamente de natureza orçamental e financeira.

Taxas (em %)

PIB Inflação Desemprego 2010 2011 2010 2011 2010 2011

União Europeia (a) 2,0 1,6 2,1 3,1 9,7 9,7 Área do Euro 1,9 1,5 1,6 2,7 10,1 10,0 Alemanha 3,6 3,0 2,2 2,7 7,1 6,1 França 1,5 1,6 1,7 2,3 9,8 9,8 Reino Unido 1,8 0,7 3,3 4,5 7,8 7,9 Espanha -0,1 0,7 2,0 3,1 20,1 20,9 Itália 1,5 0,5 1,6 2,9 8,4 8,1

EUA 3,0 1,5 1,6 3,0 9,6 9,0

Japão 4,0 -0,5 -0,7 -0,4 5,1 4,9

Rússia 4,0 4,3 6,9 8,9 7,5 7,3

China 10,4 9,2 3,3 5,4 4,1 4,0

Índia 10,1 7,8 12,0 10,6 n.d. n.d.

Brasil 7,5 3,8 5,0 6,6 6,7 6,7

O ano de 2011 ficou marcado pelo agravamento da crise da dívida soberana na Europa. Numa primeira fase acentuaram-se as preocupações com a situação da Grécia, devido aos receios de uma reestruturação da dívida helénica, e estes propagaram-se à situação das finanças públicas de outros estados da periferia europeia. Durante este período, Portugal recorreu aos mecanismos de ajuda conjunta da União Europeia (UE) e do FMI.

Na segunda metade de 2011 assistiu-se a um agravamento do contágio da crise a Espanha e a Itália, enquanto economias denominadas do centro, como a França, a Bélgica, a Áustria ou mesmo a Holanda e a Finlândia, até aqui não afectadas, sofreram também os impactos desta crise.

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Assistiu-se, em consequência do agravamento da crise da dívida soberana, a um novo aumento da aversão ao risco por parte de diversos participantes nos mercados financeiros, sobretudo durante o segundo semestre. Tal traduziu-se, por um lado, numa nova fase de alargamento dos spreads das obrigações de governo, agora não só de economias periféricas. Por outro lado, o mesmo se verificou nas obrigações de empresas, a par de uma mais acentuada redução de novas emissões de dívida privada em mercado, sendo o sector financeiro o mais penalizado. Neste, o alargamento dos spreads foi particularmente visível, chegando a atingir o valor mais elevado de sempre, superior inclusive ao verificado no seguimento da falência do banco norte-americano Lehman Brothers.

A crise da dívida soberana fez-se sentir também nos EUA. Obrigados a subir o limite da dívida pública numa altura em que aumentava a dificuldade de financiamento dos Estados soberanos, os EUA viram a agência de notação de risco S&P reduzir o rating atribuído à dívida pública de AAA para AA+ em Agosto.

Os responsáveis governamentais e os bancos centrais implementaram medidas em 2011 para estabilizar os mercados financeiros e impulsionar a actividade económica.

Na Área Euro, após o BCE ter decretado, por duas vezes, o aumento da taxa directora no primeiro semestre, elevando-a aos 1.50% em Julho, o banco central fez regressar aquela taxa ao nível mínimo de 1.00% no final do ano, com a crise da dívida a intensificar-se e o crescimento a abrandar.

Assistiu-se ao contínuo reforço das medidas não convencionais de política monetária, desde o regresso à compra de obrigações de dívida pública em mercado secundário, à reabertura do programa de compra de obrigações hipotecárias e à reintrodução dos leilões de cedência ilimitada de liquidez por prazos a 6 e 12 meses. Já no final do ano o BCE anunciaria ainda a realização de dois leilões de cedência de liquidez a 3 anos.

Em termos da actuação dos Governos no seio da União Europeia no sentido de debelar os efeitos da crise da dívida, 2011 foi marcado pela realização de diversas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo, e de Ministros das Finanças, das quais resultaram compromissos no sentido de flexibilizar e aumentar o poder de intervenção dos mecanismos de estabilização financeira, como seja o de adquirir títulos de dívida soberana em mercado e financiar a recapitalização de instituições financeiras, bem como de reforçar a coordenação das políticas económicas e a de fiscalização orçamental.

Fora da Área Euro, a actuação dos restantes principais bancos centrais passou igualmente pela tomada de decisões para estabilizar os mercados financeiros, as quais se traduziram no aumento da dimensão dos programas de compra de activos. O Banco Central do Japão, o Banco Central de Inglaterra e a Reserva Federal mantiveram inalteradas as taxas de referência em níveis mínimos.

No que diz respeito ao crescimento económico, 2011 foi marcado por um diferente desempenho entre as duas maiores economias. Enquanto os EUA revelaram um início de ano fraco e uma aceleração ao longo dos últimos meses, devido sobretudo à retoma do consumo e do investimento, na Área Euro (AE) passou-se o contrário, com os indicadores de confiança a encerrarem o ano em zona recessiva.

De acordo com o FMI, o crescimento na Área Euro em 2011 terá ascendido a 1.5%, ligeiramente inferior aos 1.9% do ano anterior. Esta expansão assentou primordialmente no desempenho da procura doméstica.

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Pela negativa, sublinhe-se o desempenho das economias periféricas da Europa, sobretudo Portugal e Grécia, que terão sido os únicos Estados Membros a averbar crescimentos negativos. Pela positiva, voltou destacar-se a Alemanha com um crescimento de 2.7%, num ano em que o mercado de trabalho continuou em evidência. Em Dezembro, a taxa de desemprego germânica atingiu os 6.8%, o nível mais baixo desde a reunificação. Na Área Euro, pelo contrário, o desemprego voltou a aumentar em 2011, tendo a taxa de desemprego atingido, no final do mesmo, os 10.3%, o nível mais elevado desde a Primavera de 1998.

O nível de inflação na Área Euro, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou em 2011 uma taxa de variação média de 2.7%, acima dos 1.6% de 2010, devido maioritariamente ao aumento dos preços energéticos.

O bloco asiático registou, novamente, um desempenho positivo, apesar dos impactos negativos resultantes da catástrofe natural ocorrida no início de 2011 no Japão e consequente crise de risco nuclear, que levaram a que aquela economia permanecesse em contracção durante toda a primeira metade de 2011. Ainda relativamente à Ásia, os indicadores económicos da China mantiveram-se robustos, sobretudo os respeitantes à actividade doméstica, apesar de terem também evidenciado algum abrandamento.

Destaque ainda para o desempenho da actividade económica brasileira, cujo crescimento económico arrefeceu substancialmente durante a segunda metade de 2011, tendo estagnado no 3º trimestre. O Banco Central do Brasil destacou-se no bloco emergente, ao decretar, por três vezes, durante o 2º semestre, reduções da taxa directora, decisão decorrente do impacto negativo que espera que as turbulências internacionais possam ter sobre a economia brasileira. No final do ano o governo brasileiro anunciou um pacote de estímulo ao consumo destinado a acelerar a actividade económica e a garantir um crescimento de 5% em 2012.

Em Portugal, 2011 marcou o início do processo de ajustamento da economia, caracterizado por uma redução do défice orçamental, bem como por uma forte desalavancagem do sector privado, incluindo do sector bancário.

A actividade económica nos primeiros três trimestres de 2011 decresceu -1.1%, se comparada com o mesmo período de 2010, salientando-se o facto de ter registado variações em cadeia negativas nos três períodos já conhecidos. Este desempenho resultou do contributo negativo do consumo privado, do consumo público e da forte queda do investimento, apesar do bom comportamento das exportações líquidas.

Sublinhe-se o contributo positivo do comércio externo. Por um lado as exportações apresentaram um crescimento de 7.8% e, por outro, as importações diminuíram 2.8%. Este comportamento esteve associado ao aumento da procura vinda do exterior, apesar do abrandamento da economia mundial, tendo-se observado um aumento das novas encomendas provindas do exterior, em termos homólogos, de 22.9% no período em causa. Por seu lado, a redução das importações deveu-se, sobretudo, à queda da procura interna.

Quer o consumo privado, com um decréscimo de 3.0%, quer o consumo público, que contraiu 2.5%, contribuíram para o fraco desempenho económico durante o período em causa. Os desafios de redução do défice orçamental e a consequente aprovação e implementação de medidas de austeridade enquadradas no Programa de Apoio Económico e Financeiro a Portugal induziram um contributo negativo destas componentes para o crescimento económico, tendo se observado um agravamento da confiança dos consumidores ao longo de todo o ano.

Por outro lado, registou-se uma redução de 9.8% da Formação Bruta de Capital Fixo, em parte

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consequência do nível de actividade económica e das perspectivas para a procura interna, bem como do decréscimo do investimento público. A contracção foi mais evidente no investimento sobretudo em Bens de equipamento e em construção.

INDICADORES DA ECONOMIA PORTUGUESA (em %)

2009 2010 2011 * PIB (Taxas de variação real) -2,9 1,4 -1,9

Consumo privado -2,2 2,3 -3,5 Consumo público 4,7 1,3 -5,2 FBCF -8,6 -4,9 -10,6 Exportações -10,9 8,8 6,7 Importações -10,0 5,1 -4,5

Taxa de Inflação (IHPC) -0,8 1,4 3,7 Rácios Taxa de desemprego 9,5 10,8 12,5 Défice do SPA (em % do PIB) -10,1 -9,8 -5,9 Dívida Pública (em % do PIB) 83,0 93,3 100,3 INE

(*) Orçamento de Estado para 2012 - Outubro de 2011

Quanto à inflação, o IHPC português registou, nos primeiros 11 meses de 2011, uma taxa de variação média de 3.7%, consequência, sobretudo, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indirectos, designadamente, o IVA, ficando 1 ponto percentual acima do da Área Euro.

A taxa de desemprego subiu nos primeiros três trimestres de 2011 face ao período homólogo. No terceiro trimestre, esta cifrou-se em 12.5%, sendo a população desempregada de 689,6 mil indivíduos, o que representa um aumento de 24,1% face ao mesmo período de 2010.

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MERCADO DE CAPITAIS

Mercado Obrigacionista

O mercado obrigacionista em 2011 foi dominado, à semelhança de 2010, pela crise soberana europeia. Ao longo do primeiro semestre do ano, a crise manteve-se focalizada nos países denominados por ultra-periféricos (Grécia, Irlanda e Portugal); no entanto a deterioração das condições financeiras nos países periféricos acabou por contagiar Itália e Espanha.

Deste modo, assistiu-se a um alargamento generalizado dos spreads, em particular nos governos, o que culminou num efeito de contágio ao sector financeiro.

A natureza mais sistémica da crise soberana, aliada a um ciclo de divulgação de dados económicos negativos, contribuiu para o forte movimento de aversão ao risco, o que se traduziu em novos mínimos nas taxas alemãs e americanas, com quedas, no cômputo anual, de 113p.b. e 141p.b., respectivamente, no prazo com maturidade a 10 anos.

O Banco Central Europeu, que durante o primeiro semestre procedeu a duas subidas de 25p.b. da taxa de referência, perante a evidência do perfil ascendente da inflação, com a inversão das expectativas de crescimento económico e o adensar da crise da dívida soberana, acabou por reverter estes movimentos, fixando a taxa de referência em 1.00% no final de 2011. Paralelamente às descidas de taxas directoras, foram adoptadas políticas monetárias de índole não convencional, designadamente a criação de uma linha de financiamento a 3 anos, com alocação ilimitada, de modo a garantir a liquidez no sistema financeiro.

Taxas de Juro das Obrigações a 10 anos

2010 2011

EUA 3.29% 1.88%

Reino Unido 3.40% 1.98%

Japão 1.13% 0.99%

Alemanha 2.96% 1.83%

França 3.36% 3.15%

Espanha 5.45% 5.09%

Itália 4.82% 7.11%

Irlanda 8.87% 8.43%

Grécia 12.47% 34.96%

Valores no final do ano

Adicionalmente, o abrandamento económico global e a expansão da crise da dívida financeira, conduziram à adopção de medidas expansionistas por parte dos principais Bancos Centrais, com intervenção directa em mercado por parte do Banco Central Europeu, Reserva Federal Americana e Banco de Inglaterra.

Por outro lado, o cenário de abrandamento económico global, associado ao nível de endividamento

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excessivo, contribuiu para a redução da qualidade creditícia, percepcionada pelas agências de rating, de Portugal e Irlanda para High Yield, mantendo um número elevado de países europeus em revisão, para possível futuro downgrade. De forma análoga, os EUA perderam, pela primeira vez, o estatuto de AAA, sendo actualmente considerados AA por uma agência de rating.

Neste sentido, a crescente preocupação com os níveis sustentáveis da dívida levou o mercado a focar-se em países com elevado risco de refinanciamento, nomeadamente Itália, Espanha e mesmo França, o que conduziu os spreads face à Alemanha a atingir máximos históricos, de 670p.b., 500p.b. e 180p.b., respectivamente, no prazo de 5 anos.

O sector financeiro, com forte dependência do mercado de capitais, registou um alargamento muito significativo, em particular nos países periféricos, assim como emitentes com maior exposição a dívida soberana. No sector de empresas não financeiras, o risco de refinanciamento foi menor, dada a situação de liquidez mais elevada, o que contribuiu para um alargamento significativamente inferior.

Mercado Accionista

Os principais mercados accionistas mantiveram, nos primeiros meses do ano de 2011, a tendência ascendente evidenciada durante o segundo semestre do ano de 2010, em função dos maiores níveis de optimismo no que se refere às expectativas de crescimento económico global. Nos meses que se seguiram, a performance dos mercados accionistas foi afectada por um conjunto de choques, de natureza endógena e exógena, que inverteram a tendência até então patenteada.

Principais Índices Bolsistas

2010 2011

Índice Variação (%)

Índice Variação (%)

Dow Jones (Nova Iorque) 11577 +11% 12218 +6%

Nasdaq (Nova Iorque) 2652 +17% 2605 -2%

FTSE (Londres) 5900 +9% 5572 -6%

NIKKEI (Tóquio) 10229 -3% 8455 -17%

CAC (Paris) 3805 -3% 3160 -17%

DAX (Frankfurt) 6914 +16% 5898 -15%

IBEX (Madrid) 9859 -17% 8566 -13%

PSI-20 (Lisboa) 7588 -10% 5494 -28%

Valores no final do ano

A ocorrência do desastre natural no Japão, no mês de Março, e a respectiva afectação das cadeias de distribuição de recursos produtivos, a par da turbulência política vivida nos países do Médio Oriente ao longo do primeiro semestre do ano, que culminou num choque de oferta de recursos energéticos como o petróleo e originou um aumento significativo do preço da matéria-prima,

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contribuíram, de forma peremptória, para a afectação dos índices de confiança dos agentes económicos. Adicionalmente, o ano de 2011 foi ainda marcado pela deterioração das principais economias mundiais e respectivas expectativas de crescimento económico, assim como pela crise da dívida soberana, eventos que viriam a afirmar-se como determinantes para a performance da classe nos restantes meses do ano, despoletando uma vaga de aversão ao risco que culminou numa correcção nos principais mercados accionistas.

Efectivamente, a evolução dos factores referidos ao longo do ano, designadamente a deterioração contínua das condições económicas no bloco europeu, e uma recuperação significativa destas nos últimos meses do ano nos EUA, assim como a incorporação de maiores prémios de risco, na sequência da crise da dívida soberana europeia, determinou a performance diferenciada entre os mercados accionistas no cômputo anual. Assim, nos EUA, observou-se uma variação nula do índice S&P500, uma valorização de 6% do índice Dow Jones e uma desvalorização de 2% do índice Nasdaq. Por outro lado, o índice agregado europeu Eurostoxx 600 obteve uma desvalorização de 17% em 2011, com destaques pela negativa para os índices accionistas de Grécia (FTSE/ASE), Portugal (PSI-20) e Itália (FTSE/MIB), a registarem perdas de 60%, 28% e 25%, respectivamente. Na Ásia, o Nikkei registou uma perda de 17%.

Em 2011, o desempenho dos mercados accionistas emergentes esteve entre os mais penalizados pelo fenómeno de aversão ao risco dos investidores, averbando desvalorizações em média superiores às observadas nas praças accionistas de mercados desenvolvidos. Assim, o índice da Morgan Stanley para os mercados emergentes registou uma queda de 20%, entre os quais foram visíveis variações de -25% do índice accionista da Índia (Sensex), de -22% do índice da China (Shangai) e perdas de 18% do índice brasileiro (Bovespa).

Perspectivas

O fraco desempenho da economia europeia ao longo do segundo semestre de 2011 conduziu a fortes revisões em baixa das expectativas de crescimento económico, fazendo actualmente parte do consenso a convicção de que a Europa irá atravessar um período de estagnação económica em 2012. Por sua vez, após um ciclo de divulgação de dados económicos fracos ao longo dos segundo e terceiro trimestres de 2011, que causaram fortes revisões em baixa das expectativas de crescimento económico nos EUA, a reversão observada nas métricas macroeconómicas ao longo do último trimestre do ano permitiu uma ascensão das expectativas para 2012, facto que deverá constituir algum suporte para as classes de risco oriundas desta região.

No que respeita à actuação dos Bancos Centrais, ao longo do ano de 2012, a Reserva Federal Americana deverá manter as operações de intervenção previstas para o mercado de dívida, com maturidade no final do primeiro semestre de 2012, mantendo as taxas directoras em níveis mínimos históricos. Por sua vez, será expectável que o Banco Central Europeu mantenha as medidas de cedência de liquidez extraordinárias a bancos comerciais, com vista à reposição da estabilidade do sistema financeiro europeu, assim como do programa de compras de dívida soberana europeia. Adicionalmente, em função da contracção das expectativas de inflação e crescimento real para a Zona Euro para 2012, e da evolução da crise da dívida soberana, o BCE deverá manter uma política monetária acomodatícia, convencional e não convencional.

No actual ambiente macroeconómico, os mercados de obrigações deverão registar comportamentos distintos. As yields americanas poderão denunciar um comportamento ascendente, em função da

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melhoria dos fundamentais económicos observada no último trimestre de 2011, apesar da possibilidade de prevalência do sentimento de aversão ao risco vigente no mercado e da manutenção de taxas directoras até 2013. Inversamente, existe potencial para diminuições adicionais das taxas alemãs, na sequência das fracas expectativas económicas em 2012, possibilidade de adopção de políticas monetárias mais acomodatícias pelo ECB e do sentimento de refúgio associado à crise da dívida soberana. Quanto aos mercados periféricos europeus, deverão continuar a evidenciar uma dinâmica de elevada volatilidade, em especial no primeiro semestre de 2012.

Em termos de obrigações de risco de crédito, o sector de empresas deverá permanecer susceptível à elevada volatilidade implícita no mercado e forte correlação com a evolução da crise da dívida soberana, não sendo expectável, como tal, um forte estreitamento de spreads, a partir dos níveis actuais, num horizonte de curto prazo. Ainda assim, a classe deverá continuar a beneficiar de uma rendibilidade potencial atractiva face às obrigações do tesouro de referência. No que respeita ao segmento das obrigações financeiras, o respectivo potencial poderá ser menor, dada a exposição ao risco de países periféricos europeus, necessidades de recapitalização e os maiores níveis de regulação a que serão sujeitas.

No que respeita aos mercados accionistas, num cenário de manutenção da actual divergência de expectativas de crescimento económico entre EUA e Europa e de incertezas relativamente à evolução da crise da dívida soberana, será expectável a permanência de uma performance diferenciada da classe entre os dois blocos, favorável aos EUA, à semelhança do observado nos anos de 2010 e 2011. É expectável que se mantenha o actual regime de forte volatilidade de mercado, numa conjuntura de elevados índices de aversão ao risco.

Assim, em 2012, a performance das classes de activos deverá permanecer fortemente correlacionada com a evolução da crise da dívida soberana europeia e o cenário macroeconómico vivenciado, que com grande grau de probabilidade será mais frágil na Zona Euro, apesar dos níveis de valorização atractivos apresentados pelas diferentes classes. Consequentemente, poderá existir potencial no estabelecimento de estratégias diferenciadoras de índices norte-americanos e europeus, sendo expectável uma performance atractiva das classes de risco num cenário de recuperação dos índices de aversão ao risco dos agentes económicos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 12

MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

No final de 2011, o valor dos activos geridos pelas sociedades gestoras portuguesas situava-se em 10.835 Milhões de Euros (M€), o que correspondeu a um decréscimo de 3.384 M€ (24%).

Os Fundos de Tesouraria perderam 1.056 M€ (47%) por deslocação dos clientes bancários para Depósitos a Prazo; os Fundos de Capital Garantido diminuíram 628 M€ (30%) devido à liquidação de 17 fundos, cujo termo do período de actividade previsto nos seus regulamentos chegou ao fim; os Fundos Flexíveis diminuíram 625 M€ (33%) e os Fundos de Acções, no seu conjunto, perderam 523 M€ (34%) devido essencialmente aos resgates e à desvalorização dos títulos em carteira. De assinalar também a perda de 220 M€ (17%) nos fundos PPR.

Os Fundos Especiais de Investimento e os Fundos de Capital Assegurado são actualmente as categorias com maior dimensão no mercado português, detendo activos no valor de 4.487M€, o que corresponde a 41% do mercado de fundos mobiliários.

MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

0 M€

5.000 M€

10.000 M€

15.000 M€

20.000 M€

25.000 M€

30.000 M€

2007 2008 2009 2010 2011

Tesouraria Obrigações Mistos e F.Fundos

Flexíveis Acções Nacionais Acções Internacionais

PPR Capital Assegurado Fundos Especiais

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2011 foram constituídos 50 novos fundos, maioritariamente Fundos Especiais de Investimento, e foram liquidados 35 fundos, principalmente Fundos de Capital Assegurado, elevando para 299, o número de fundos mobiliários portugueses em actividade.

No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras portuguesas concentravam 83% do mercado, situando-se a quota de mercado da Caixagest em 23% e mantendo a liderança do mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 13

ACTIVIDADE DA CAIXAGEST

EVOLUÇÃO COMERCIAL

Fundos de Investimento Mobiliário

O enquadramento económico desfavorável do país e da Europa em 2011, que culminou com o resgate financeiro de Portugal, maior aversão ao risco por parte dos clientes e menor liquidez no mercado nacional, contribuiu para o agravamento de uma tendência negativa no mercado nacional de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM).

A tendência de incremento da competição do pricing praticado, ao longo do ano, nas instituições bancárias portuguesas, conduziu a um aumento generalizado das remunerações dos depósitos tradicionais, conduzindo a uma menor procura por produtos alternativos de investimento por parte dos clientes de retalho.

Face a este cenário, o paradigma do comportamento dos clientes de retalho alterou-se com a procura crescente de depósitos a prazo, com maturidades até um ano, associado a uma quebra acentuada da procura por produtos com risco diferenciado. Acompanhando a tendência do mercado, o montante gerido pela Caixagest baixou de 3 282 milhões de euros para 2 490 milhões de euros, mantendo a quota de mercado em 23%.

A estratégia comercial da Fundimo em 2011, junto dos canais de distribuição, assentou na consolidação da política de transmissão de conhecimentos e comunicação:

Em Maio de 2011, realizou-se um questionário junto da rede comercial para avaliar a sua opinião sobre o nível da qualidade do serviço que a Caixagest presta à Rede Comercial da Caixa, e a maioria dos inquiridos manifestou uma opinião muito favorável relativamente ao serviço de Consultoria.

Apostou-se na literacia financeira da rede comercial, com o desenvolvimento e participação em cursos de formação, promovidos por iniciativa da Caixagest, transversal a todas as funções de enquadramento da rede de retalho. A consolidação da personalização do acompanhamento da rede contribuiu para um fortalecimento da proximidade, da confiança e da criação de oportunidades ganhadoras.

Reforçou-se a promoção de iniciativas de fomento da comunicação, internas e externas ao Grupo Caixa, com contributo relevante para o aumento dos níveis de notoriedade da empresa e para a recolha de informação de suporte ao contínuo desenvolvimento e oferta de soluções inovadoras e fortemente competitivas.

Decorrendo desta estratégia e em estreita interligação com as Direcções Comerciais e de Marketing da Caixa, foram constituídos três novos fundos especiais de investimento (FEI) fechados, que captaram um montante global de 98,5 milhões de euros:

Caixagest Valor BRIC 2015

Caixa Rendimento Fixo 2015

Caixagest Rendimento Corporate 2014.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 14

Destaca-se ainda, durante o ano de 2011, o término de seis Fundos Especiais de Investimento:

Fundo Mês de

Liquidação Valorização bruta

acumulada Duração

Caixagest Multiactivos 2011 Agosto 13,81% 6 anos

Caixagest Maxiselecção Agosto 6,00% 5 anos

Caixagest Rendimento Mais Junho 10,00% 5 anos

Caixagest Memories Julho 12,37% 5 anos

Caixagest Valor Plus Abril 6,00% 4 anos

Caixagest Rendimento Crescente 2011 Março 8,25% 5 anos

Em Fevereiro de 2011, e na sequência de uma política de simplificação da oferta, procedeu-se à fusão por incorporação de alguns Fundos da Caixagest:

Os fundos Caixagest Rendimento e Caixagest Moeda foram incorporados no Fundo Caixagest Obrigações Mais Mensal (anteriormente designado por Caixagest Renda Mensal);

O fundo Caixagest Curto Prazo foi incorporado no Caixagest Activos Curto Prazo (anteriormente designado por Caixagest Tesouraria).

No final do ano, a Caixagest geria uma carteira de 48 fundos de investimento mobiliário amplamente diversificada por vários mercados financeiros internacionais e adaptada aos diversos segmentos de investidores.

Gestão de Patrimónios

O reconhecimento, por parte dos clientes, do acréscimo de valor com a diversidade de soluções de investimento disponíveis e adaptadas às suas necessidades, permitiu um crescimento da taxa de penetração deste serviço junto dos clientes de retalho. A área de aconselhamento registou um incremento significativo de clientes que compensou largamente a saída de clientes do serviço de gestão discricionária

No segmento de clientes Institucionais, registou-se um aumento do número da carteira das carteiras dos Fundos Reserva, mas que não foi suficiente para compensar a desvalorização, nas quais pesam significativamente as Obrigações e outros activos, cujo valor destes activos foi negativamente afectado pela crise do mercado de crédito.

Os mesmos factores que influenciaram a diminuição da procura de Fundos de Investimentos, terão também afectado a constituição de seguros de capitalização, tendo-se registado uma diminuição de activos das seguradoras do grupo CGD, sob gestão da Caixagest.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 15

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

O ano de 2011 ficou marcado pela diminuição das comissões da Caixagest para o valor de 20,1 M€, menos 11% do que no ano anterior.

Os encargos com serviços e comissões registaram também um decréscimo para 11,8 M€, devido à diminuição das comissões de comercialização pagas ao banco comercializador. Os custos de funcionamento no valor de 7,0 M€ foram, em cumprimento das directrizes do accionista, 17% inferiores aos do ano anterior.

Durante o ano, a Caixa Geral de Depósitos recebeu em resultado directo desta actividade, 1,6 M€ de comissões de depositário, 8,9 M€ de comissões de comercialização e 0,4 M€ de comissões de subscrição e resgate.

SOCIEDADE GESTORA

(Milhares de Euros)

2010 2011 Variação

Activo líquido 32 761 31 313 - 4%

Capitais próprios 27 106 27 155 0%

Distribuição de dividendos e reservas 6 595 1 053 - 84%

Resultado líquido 1 053 1 108 + 5%

Capital social 9 300 9 300

% GRUPO CGD 100,0% 100,0%

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO

A Caixagest considera fundamental que os Fundos e as Carteiras que administra possuam um sistema de controlo interno e de gestão de riscos adequado e eficaz que assegure:

o efectivo cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que se encontra sujeita;

um desempenho eficiente e rentável da actividade através de uma utilização eficaz dos activos e recursos e que assegure a estabilidade financeira da instituição;

que a gestão dos activos é efectuada de forma diligente, sã e prudente tendo sempre como base os interesses dos clientes institucionais e particulares.

Neste sentido, a Caixagest tem vindo nos últimos anos a fomentar uma cultura e um ambiente de controlo fortalecendo a função de Compliance e a função de gestão de riscos, nomeadamente, através da implementação do projecto de Risco Operacional e Controlo Interno (ROCI) e do Plano de Continuidade de Negócio (PCN):

No projecto ROCI continuaram a desenvolver-se os mecanismos de controlo interno e de gestão de risco operacional já existentes na sociedade tendo-se procedido a uma avaliação dos processos de gestão de risco e controlo interno já implementados, nomeadamente através de uma execução de testes aos controlos existentes;

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 16

No projecto PCN terminou-se a implementação do plano de continuidade operacional e de recuperação tecnológica.

Ainda no âmbito da gestão de risco, o Conselho de Administração pretende estabelecer formalmente uma função de gestão de riscos para as carteiras geridas, tendo já solicitado às estruturas centrais da Caixa Geral de Depósitos a subcontratação deste serviço.

Também já foi solicitado às estruturas centrais da Caixa Geral de Depósitos a subcontratação da função de auditoria interna, um dos pilares do sistema de controlo interno da Caixagest.

Para melhorar o acompanhamento dos assuntos operacionais, existe o Comité de Risco Operacional e Suporte ao Negócio (CROSN), que se reuniu 10 vezes. Também o Comité de Avaliação de Activos, que trata de aspectos ligados à avaliação dos activos das carteiras dos Fundos, reuniu 6 vezes.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

O Resultado Líquido do Exercício de 2011 da Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos S.A., foi de 1.108.519,85 Euros (um milhão, cento e oito mil, quinhentos e dezanove euros, e oitenta e cinco cêntimos), para o qual o Conselho de Administração, nos termos da alínea 5 f) do art.º 66º do Código das Sociedades Comerciais, propõe que seja submetido à Assembleia-Geral para que a mesma delibere sobre a sua aplicação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o seu relatório, o Conselho de Administração considera ser seu dever exprimir o reconhecimento às seguintes entidades, pela contribuição que prestaram à actividade da Sociedade no decorrer do ano:

Às entidades de supervisão pela disponibilidade e atenção manifestadas em todos os contactos havidos;

Aos órgãos de fiscalização - Fiscal Único da Sociedade Gestora e Revisor Oficial de Contas dos Fundos e aos membros da Mesa da Assembleia Geral, pelo acompanhamento e colaboração prestados;

Aos intermediários dos vários mercados, pelo bom relacionamento mantido;

À rede de distribuição da Caixa Geral de Depósitos, pelo apoio dado à comercialização;

A todos os clientes dos Fundos e carteiras geridos pela Sociedade pela confiança manifestada;

Aos colaboradores da empresa, pela grande dedicação e profissionalismo, que foram factores decisivos para os resultados alcançados.

Lisboa, 23 de Fevereiro de 2012

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 17

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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João Eduardo de Noronha Gamito Faria

Presidente

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Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal

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Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 18

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 19

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2011 2010 Juros e rendimentos similares 13 561.028 333.292 Juros e encargos similares 13 (350) (324) Margem financeira 560.678 332.968 Rendimentos de serviços e comissões 14 20.147.287 22.403.103 Encargos com serviços e comissões 14 (11.842.258) (12.561.245) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 5 (142) (28.341) Resultados de reavaliação cambial 1 1 Outros resultados de exploração 15 (366.814) (252.007) Produto bancário 8.498.752 9.894.479 Custos com o pessoal 16 (3.721.877) (4.646.595) Gastos gerais administrativos 18 (2.983.236) (3.605.752) Amortizações do exercício 7 (285.967) (206.479) Resultado antes de impostos 1.507.672 1.435.653 Impostos correntes 8 (399.152) (382.802) Resultado líquido do exercício 1.108.520 1.052.851

Receitas e despesas não reconhecidas no resultado do exercício: Variações na reserva de justo valor de investimentos disponíveis para venda, líquida de impostos (6.533) (39.224)

Rendimento integral do exercício 1.101.987 1.013.627

Número médio de acções ordinárias emitidas 1.860.000 1.860.000 Resultado líquido por acção 0,60 0,57 Número médio de acções ordinárias emitidas 1.860.000 1.860.000 Resultado integral por acção 0,59 0,54

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 20

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

2010Activo Activo Activo

ACTIVO Notas bruto Amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2011

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 320 - 320 520 Passivos por impostos correntes 8 107.606Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 2.613.609 - 2.613.609 1.713.958 Outros passivos 10 4.050.550Activos financeiros disponíveis para venda 5 39.076 - 39.076 42.193 Total do passivo 4.158.156Aplicações em instituições de crédito 6 19.024.542 - 19.024.542 19.028.263Activos tangíveis 7 733.783 (604.090) 129.693 168.033 Capital 11 9.300.000Activos intangíveis 7 1.855.400 (1.160.487) 694.913 761.815 Prémios de emissão 11 195.192Activos por impostos correntes 8 - - - 3.182 Reserva de justo valor 12 (8.615)Activos por impostos diferidos 8 3.106 - 3.106 751 Outras reservas e resultados transitados 12 16.559.805Outros activos 9 8.807.799 - 8.807.799 11.042.732 Resultado líquido do exercício 12 1.108.520

Total do capital próprio 27.154.902 Total do activo 33.077.635 (1.764.577) 31.313.058 32.761.447 Total do passivo e do capital próprio 31.313.058

CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

Activos geridos:. Fundos de investimento mobiliário 19 2.490.072.582 3.282.553.048. Carteiras sob gestão 19 16.671.348.244 18.569.786.501Sistema de Indemnização aos Investidores 20 66.197 74.217

2011

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

CapitalPrémios de

emissãoReserva de justo valor Reservas legais Reservas livres

Outras reservas

Resultados transitados Outros

Total de outras reservas e resultados transitados

Resultado do exercício

Total do Capital próprio

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 9.300.000 195.192 37.142 9.300.000 11.763.097 496.709 - (1) 21.559.805 1.595.447 32.687.586

Distribuição do resultado do exercício anterior:

. Distribuição de dividendos (Nota 12) - - - - - - - - - (1.595.447) (1.595.447)

Distribuição de resultados transitados (Nota 12) - - - - (5.000.000) - - - (5.000.000) - (5.000.000)

Rendimento integral do exercício:

. Reserva de justo valor (Notas 5 e 8) - - (53.366) - - - - - - - (53.366)

. Efeito fiscal (Nota 8) - - 14.142 - - - - - - - 14.142

. Resultado líquido do exercício de 2010 - - - - - - - - - 1.052.851 1.052.851

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 9.300.000 195.192 (2.082) 9.300.000 6.763.097 496.709 - (1) 16.559.805 1.052.851 27.105.766

Distribuição do resultado do exercício anterior:. Distribuição de dividendos (Nota 12) - - - - - - - - - (1.052.851) (1.052.851)

Rendimento integral do exercício:

. Reserva de justo valor (Notas 5 e 8) - - (8.888) - - - - - - - (8.888)

. Efeito fiscal (Nota 8) - - 2.355 - - - - - - - 2.355

. Resultado líquido do exercício de 2011 - - - - - - - - - 1.108.520 1.108.520

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 9.300.000 195.192 (8.615) 9.300.000 6.763.097 496.709 - (1) 16.559.805 1.108.520 27.154.902

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 21

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

2011 2010 ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de fundos de investimento 17.092.588 22.162.069 Recebimentos de clientes de gestão discricionária 6.923.700 5.781.413 Pagamentos de comissões de comercialização e depositário (11.953.550) (12.993.615) Pagamentos a fornecedores (4.309.046) (4.095.552) Pagamentos ao pessoal (3.485.935) (4.354.981) Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (2.530.331) (1.834.891) Fluxos gerados pelas operações 1.737.426 4.664.443 Pagamento do imposto sobre o rendimento (289.452) (551.623) Fluxos das actividades operacionais 1.447.974 4.112.820 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Juros e rendimentos similares 564.240 208.461 Alienação de activos financeiros disponíveis para venda 99.000.000 76.098.925 Pagamentos respeitantes a: Aplicações em instituições de crédito - (2.000.000) Aquisição de activos financeiros disponíveis para venda (99.005.738) (71.544.425) Aquisição de activos tangíveis e intangíveis (48.338) (224.305) Fluxos das actividades de investimento 510.164 2.538.656 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Pagamentos respeitantes a: Juros e custos similares (411) (1.622) Amortização de contratos de locação financeira (5.425) (11.332) Dividendos pagos (1.052.851) (6.595.447) Fluxos das actividades de financiamento (1.058.687) (6.608.401)

Variação de caixa e seus equivalentes 899.451 43.075

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.714.478 1.671.403 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.613.929 1.714.478

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 22

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (adiante igualmente designada por “Sociedade” ou “Caixagest”), foi constituída por escritura pública de 6 de Novembro de 1990. A Sociedade tem por objecto social a administração, gestão e representação de fundos de investimento mobiliário, abertos ou fechados, e de fundos de capital de risco, a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as correspondentes a fundos de pensões, bem assim como a consultoria de investimento relativa a estes activos. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os fundos de investimento mobiliário, bem como as carteiras de activos sob gestão, encontram-se detalhados na Nota 19.

Conforme indicado na Nota 11, a Sociedade é detida integralmente pela Caixa - Gestão de Activos, SGPS, S.A., uma empresa inserida no Grupo CGD. Consequentemente, a gestão da Caixagest é influenciada por decisões do Grupo a que pertence. Os principais saldos e transacções com empresas do Grupo CGD encontram-se detalhados na Nota 21.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da Caixagest foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não existem excepções com impacto significativo nas demonstrações financeiras da Sociedade entre as NCA e as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia.

As demonstrações financeiras da Sociedade relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011

não foram ainda objecto de aprovação pela Assembleia-geral, tendo contudo sido aprovadas pelo Conselho de Administração em 23 de Fevereiro de 2012. Contudo, o Conselho de Administração da Caixagest admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:

a) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção dos instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo de aquisição. Os ganhos ou perdas resultantes de alterações no justo valor são registados directamente em capitais próprios, na rubrica “Reserva de justo valor”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 23

Os juros corridos de obrigações e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal dos títulos (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

b) Comissões Comissão de gestão A comissão de gestão, de acordo com o Decreto-Lei nº 252/03, de 17 de Outubro, corresponde à

remuneração da Sociedade pela gestão do património dos Fundos de investimento mobiliário. Na generalidade dos Fundos, esta comissão é calculada diariamente por aplicação de uma taxa definida nos respectivos regulamentos de gestão, sobre o património ilíquido dos Fundos, sendo registada na rubrica de “Rendimentos de serviços e comissões” da demonstração dos resultados (Nota 14).

Comissão de comercialização Pela função de comercialização das unidades de participação dos Fundos, a Caixa Geral de

Depósitos, S.A. (CGD) cobra à Sociedade uma comissão de comercialização equivalente a 55% ou a 67% da comissão de gestão cobrada por esta aos Fundos, dependendo da data de constituição e natureza do Fundo.

Para os Fundos Fechados constituídos até 31 de Dezembro de 2004, a CGD cobrou à

Sociedade uma comissão de comercialização única que incidiu sobre o valor de cada Fundo na data da sua constituição. Essa comissão encontra-se a ser reconhecida como custo na demonstração dos resultados, de forma linear, ao longo do prazo de duração de cada Fundo.

Para alguns Fundos Especiais de Investimento comercializados no exercício de 2008, no âmbito

da campanha “Caixa Poupa & Ganha”, a CGD cobrou à Sociedade uma comissão de comercialização única, a qual se encontra a ser reconhecida como custo na demonstração dos resultados, de forma linear, desde a data de subscrição de tais Fundos até à data de liquidação dos mesmos.

Adicionalmente, a Sociedade administra, gere e representa, fundos de investimento mobiliário

comercializados pelos CTT - Correios de Portugal, S.A. (CTT). Por esta função, os CTT debitam à Sociedade uma comissão de comercialização equivalente a 45% da comissão de gestão cobrada por esta.

Estas comissões são registadas na rubrica “Encargos com serviços e comissões” da

demonstração dos resultados (Nota 14). Comissão de gestão discricionária de carteiras Esta comissão é cobrada trimestral ou anualmente aos clientes pela gestão discricionária e

individualizada das suas carteiras. Esta comissão é calculada sobre o valor das carteiras de activos geridas no final de cada mês ou sobre o respectivo valor médio apurado diariamente, sendo registada na rubrica de “Rendimentos de serviços e comissões” da demonstração dos resultados (Nota 14). Nos termos dos contratos celebrados, a Caixagest não garante rendimentos mínimos nas carteiras sob gestão.

Comissão de aconselhamento Como remuneração pela sua actividade de prestação de serviços de consultoria em matéria de

investimentos, a Sociedade cobra mensalmente aos seus clientes comissões calculadas sobre o valor médio trimestral dos activos relativamente aos quais presta estes serviços, apurados com base no seu valor no final de cada mês. Estas comissões são registadas na rubrica “Rendimentos de serviços e comissões” da demonstração dos resultados (Nota 14).

Comissão de performance Como remuneração pela sua actividade de gestão discricionária de carteiras, a Sociedade cobra

adicionalmente um prémio de desempenho. Este prémio é calculado numa base anual e corresponde a uma percentagem do diferencial entre o retorno anual da carteira e o retorno de

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 24

um padrão de rentabilidade definido contratualmente, aplicada ao valor médio da carteira, apurado considerando todas as valorizações da carteira no ano civil.

c) Activos tangíveis e património artístico

Nos termos da Norma IAS 16 – “Activos fixos tangíveis”, os activos tangíveis utilizados pela Caixagest para o desenvolvimento da sua actividade são registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”.

As amortizações são calculadas e registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que corresponde aos seguintes anos de vida útil estimada:

Anos de vida útil Mobiliário e material 8 Equipamento informático 4 Máquinas e ferramentas 5 Equipamentos de transmissão 8 a 10

O património artístico da Sociedade encontra-se registado ao custo de aquisição não sendo objecto de amortização.

d) Activos intangíveis Esta rubrica compreende custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de

software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixagest. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas em custos numa base sistemática ao longo da vida útil estimada

dos activos, a qual corresponde a um período entre os 3 e 6 anos. As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que

são incorridas. e) Benefícios pós-emprego dos colaboradores A Caixagest assumiu o compromisso de conceder aos seus colaboradores provenientes da

ex-Investil, complementos de pensões de reforma e sobrevivência. Este complemento é função do tempo de serviço prestado e do seu salário pensionável nos últimos dez anos, com um máximo de 85% do mesmo. Adicionalmente, todos os colaboradores da Caixagest, incluindo os provenientes da ex-Investil, estão inscritos no Regime Geral de Segurança Social.

As responsabilidades com complementos de pensões são registadas de acordo com os

princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – “Benefícios dos Empregados”. O activo ou passivo reflectido em balanço corresponde à diferença entre o valor actual das

responsabilidades e o justo valor dos activos do fundo de pensões, caso aplicável, ajustada pelos ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor total das responsabilidades é determinado numa base anual por actuários especializados, utilizando o método “Projected Unit Credit” e pressupostos actuariais considerados adequados (Nota 17). A taxa de desconto utilizada na actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que irão ser pagas as responsabilidades, e com prazos de vencimento similares aos prazos médios de liquidação dessas responsabilidades.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 25

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano anterior (Notas 9 e 10). Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, o referido excesso deverá ser reconhecido em resultados pelo período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano de complemento de pensões.

O custo do exercício com pensões de reforma, incluindo o custo dos serviços correntes e o custo

dos juros, deduzido do rendimento esperado dos activos do fundo, é reflectido pelo seu valor líquido na rubrica de “Custos com o pessoal” (Nota 16).

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral

pelo Fundo de Pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados do pessoal no activo.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o nível de cobertura das responsabilidades com

complementos de pensões de reforma e sobrevivência correspondia a 96,56% e 100,64%, respectivamente (Nota 17).

f) Impostos A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas (IRC) a uma taxa de 25% nos exercícios de 2010 e 2011. A partir de 1 de Janeiro de 2007, os municípios podem deliberar uma derrama anual até ao limite

máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Esta disposição implica que a taxa fiscal utilizada nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2011 no cálculo de impostos fosse de 26,5%.

Com a publicação da Lei nº 12 – A/2010, de 30 de Junho, foi introduzida a derrama estadual, a

qual deve ser paga por todos os sujeitos passivos que apurem, a partir de 2010, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a 2.000.000 Euros. A derrama estadual corresponderá a 2,5% da parte do lucro tributável superior ao referido limite.

Na sequência da publicação da Lei 55 – A/2010, de 31 de Dezembro – Lei do Orçamento do Estado para 2011, os encargos suportados com viaturas ligeiras de passageiros passaram a estar sujeitos a tributação autónoma a diferentes taxas, consoante o respectivo custo de aquisição das viaturas a que os mesmos respeitam. Assim, todas as despesas suportadas com veículos cujo custo de aquisição seja igual ou inferior ao limite legal (montantes fixados pela Portaria n.º 467/2010, de 7 de Julho) são tributadas autonomamente à taxa de 10%. Por outro lado, aos encargos suportados com viaturas ligeiras de passageiros cujo valor de aquisição exceda o referido limite fiscal será aplicada uma taxa de tributação de 20%. No que respeita às despesas de representação, as mesmas são tributadas autonomamente à taxa de 10%.

Adicionalmente, a referida Lei do Orçamento do Estado para 2011 veio introduzir um agravamento das taxas anteriormente referidas (bem como de todas as taxas de tributação autónoma) para os sujeitos passivos que apresentem prejuízos fiscais no período de tributação a que respeitam os respectivos encargos.

Até 31 de Dezembro de 2010, as despesas de representação e os encargos relacionados com

viaturas ligeiras de passageiros eram tributados autonomamente em IRC à taxa de 10% de acordo com a publicação da Lei nº 55-B/2004, de 30 de Dezembro.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do

resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 26

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças

temporárias tributáveis, enquanto que os activos por impostos diferidos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem

em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do

exercício, na medida em que as transacções que os originaram sejam reflectidas igualmente nos resultados do exercício. Quando as transacções que originam os impostos diferidos são registadas directamente em capitais próprios (reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda), estes são igualmente reflectidos em capitais próprios, não afectando o resultado do exercício.

g) Locação financeira Os activos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as

correspondentes responsabilidades, são reconhecidos no começo do prazo da locação pelo seu justo valor, no activo e no passivo, respectivamente.

As amortizações são registadas nos termos previstos na Norma IAS 16 – “Activos fixos

tangíveis”, sendo as rendas relativas a contratos de locação financeira desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são registados como custos financeiros.

h) Especialização de exercícios A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização

de exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

i) Caixa e seus equivalentes Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Sociedade considera como

“Caixa e seus equivalentes” o total dos saldos das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

j) Activos sob gestão As políticas contabilísticas associadas aos activos sob gestão são como seguem:

i) As compras de títulos e de direitos de subscrição são registadas, na data da transacção, pelo seu valor efectivo de aquisição, com excepção das compras de títulos e direitos de subscrição em mercados estrangeiros, as quais apenas são registadas no dia útil seguinte.

ii) Os títulos em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, ou presumível de mercado,

de acordo com as seguintes regras:

i) Os valores mobiliários admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado e com transacções efectuadas nos últimos 15 dias, são valorizados à cotação de fecho, se a sessão tiver encerrado antes das 17 horas de Lisboa, ou à cotação verificada nessa hora se a sessão se encontrar em funcionamento e tiver decorrido mais de metade da sessão. As cotações são fornecidas pelas entidades gestoras do mercado onde os valores se encontram admitidos à cotação e captadas através da Reuters e da Bloomberg;

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 27

ii) Se os valores mobiliários forem cotados em mais de uma bolsa, será considerado o preço praticado no mercado que apresenta maior liquidez, frequência e regularidade de transacções;

iii) Para efeitos da valorização dos valores mobiliários cotados sem transacções nos

últimos 15 dias e para os não cotados, a Sociedade Gestora utiliza o “bid” do contribuidor “CBBT” divulgado pela Bloomberg. Na sua falta, a Sociedade Gestora definiu um conjunto de contribuidores que considera credíveis e que divulgam preços através de meios especializados, nomeadamente a Bloomberg; neste processo, em cada data de valorização é seleccionada a média das ofertas de compra “bid” divulgadas pelos contribuidores de entre a poule de contribuidores pré-seleccionados, excluindo as ofertas que se afastam do preço médio em mais de um desvio padrão;

iv) Na impossibilidade de aplicação do referido na alínea anterior, a Sociedade Gestora

recorre a outros contribuidores externos, privilegiando sempre aqueles que estejam relacionados com a emissão do produto, ou seja, aquele contribuidor que tenha sido líder da emissão no mercado primário ou tenha participado na colocação da emissão. Caso não esteja disponível nenhum contribuidor com estas características, é usado o preço fornecido pela entidade estruturadora do produto;

v) Caso não seja possível aplicar o referido na alínea anterior, a Sociedade Gestora

recorre a modelos de avaliação internos ou elaborados por entidade independente e especializada;

vi) Os valores mobiliários em processo de admissão a um mercado regulamentado, são

valorizados tendo por base os preços de mercado de valores mobiliários da mesma espécie, emitidos pela mesma entidade e admitidos à cotação, introduzindo-se um desconto que reflicta as características de fungibilidade, frequência e liquidez entre as emissões;

vii) As unidades de participação são valorizadas ao último valor conhecido e divulgado

pela respectiva entidade gestora ou, se aplicável, ao último preço do mercado onde se encontrarem admitidas à negociação. O critério adoptado terá em conta o preço considerado mais representativo, em função designadamente da quantidade, frequência e regularidade das transacções; e

viii) Os outros valores representativos de dívida, incluindo papel comercial, certificados de

depósito e depósitos bancários emitidos por prazos inferiores a um ano, na falta de preços de mercado, são valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.

k) Sistema de Indemnização aos Investidores

Este sistema garante a cobertura dos montantes devidos aos investidores por um intermediário financeiro que não tenha capacidade financeira para restituir ou reembolsar esses mesmos montantes. O montante das contribuições para o Sistema de Indemnização aos Investidores não desembolsadas encontra-se registada em rubricas “Extrapatrimoniais” como um compromisso irrevogável de desembolso obrigatório em qualquer momento quando solicitado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 28

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Na aplicação das políticas contabilísticas supra descritas, é necessária a realização de estimativas e a adopção de pressupostos por parte do Conselho de Administração da Sociedade. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade correspondem à selecção dos pressupostos utilizados no cálculo das responsabilidades com benefícios pós-emprego dos trabalhadores, na determinação dos impostos sobre lucros e no desfecho do processo legal intentado contra a Sociedade (Nota 25).

As responsabilidades com benefícios pós-emprego dos trabalhadores são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efectuadas.

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Sociedade com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva, originando a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Sociedade sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais. O desfecho do processo legal interposto contra a Sociedade foi estimado tendo por base a opinião dos advogados e assessores jurídicos da mesma, a qual no entanto é susceptível de ser questionada.

4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo desta rubrica correspondia a depósitos à ordem expressos em Euros domiciliados na Caixa Geral de Depósitos, S.A., os quais eram remunerados às taxas anuais brutas de 0,82% e 0,61%, respectivamente (Nota 21).

5. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

Valormédio de Valor de Custo de Reserva de Valor de Juro a Valor de

Quantidade aquisição mercado aquisição Prémio justo valor mercado receber balanço(Nota 8)

Títulos de dívida pública:. OT 4,375% 06/2014 50.000 100,32% 75,79% 50.160 (546) (11.721) 37.893 1.183 39.076

Valormédio de Valor de Custo de Reserva de Valor de Juro a Valor de

Quantidade aquisição mercado aquisição Prémio justo valor mercado receber balanço(Nota 8)

Títulos de dívida pública:. OT 4,375% 06/2014 42.500 104,53% 96,91% 44.425 (407) (2.833) 41.185 1.008 42.193

2011

2010

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o prémio na aquisição dos títulos reconhecido

na demonstração dos resultados ascendeu a um custo de 142 Euros e 28.341 Euros, respectivamente.

Os activos financeiros disponíveis para venda correspondem a obrigações do tesouro aceites pelo Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) como sendo passíveis de serem dados em penhor no âmbito da actividade de gestão de carteiras. O penhor das obrigações é reflectido em rubricas “Extrapatrimoniais”. Esta carteira é ajustada consoante as necessidades de reforço do penhor decorrentes do nível de responsabilidades perante terceiros, conforme regras determinadas pelo próprio SII.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 29

6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo desta rubrica apresenta o seguinte detalhe: 2011 2010 Depósitos a prazo 19.000.000 19.000.000 Juros a receber 24.542 28.263 --------------- --------------- 19.024.542 19.028.263 ======== ========

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os depósitos a prazo encontravam-se domiciliados na CGD e venciam juros à taxa anual bruta de 3,1% e 2,25%, respectivamente. Nas mesmas datas, os depósitos a prazo apresentavam vencimento no primeiro trimestre de 2012 e 2011, respectivamente (Nota 21).

7. ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido nas rubricas de

activos tangíveis e intangíveis foi o seguinte:

Valor Amortizações Abates Amortizações Valorbruto acumuladas Adições líquidos Outros do exercício líquido

Activos tangíveis:

Mobiliário e material 380.038 (296.383) 634 (86) - (19.244) 64.959Equipamento informático 570 (305) 703 - - (655) 313Máquinas e ferramentas 20.259 (18.861) - - (1) (401) 996Equipamento de transmissão 310.945 (241.618) - - - (11.509) 57.818Equipamento de segurança 1.192 (1.192) - - - - -Outros 160 (160) - - - - -Activos tangíveis em locação financeira . Equipamento 34.831 (21.443) 1.164 - - (8.945) 5.607

747.995 (579.962) 2.501 (86) (1) (40.754) 129.693Activos intangíveis:

Software 1.677.090 (915.275) 178.312 - (1) (245.213) 694.913

2.425.085 (1.495.237) 180.813 (86) (2) (285.967) 824.606

Valor Amortizações Abates Amortizações Valorbruto acumuladas Adições líquidos Outros do exercício líquido

Activos tangíveis:

Mobiliário e material 372.444 (277.536) 7.594 - - (18.847) 83.655Equipamento informático 570 (163) - - - (142) 265Máquinas e ferramentas 20.259 (18.396) - - - (465) 1.398Equipamento de transmissão 310.945 (230.109) - - - (11.509) 69.327Equipamento de segurança 1.192 (1.192) - - - - -Outros 160 (127) - - - (33) -Activos tangíveis em locação financeira . Equipamento 66.831 (39.075) - (4.267) - (10.101) 13.388

772.401 (566.598) 7.594 (4.267) - (41.097) 168.033Activos intangíveis:

Software 1.402.465 (749.893) 274.625 - - (165.382) 761.815

2.174.866 (1.316.491) 282.219 (4.267) - (206.479) 929.848

2011

Saldos em 31.12.10

2010

Saldos em 31.12.09

As adições de activos intangíveis ocorridas durante os exercícios de 2011 e 2010 incluem os montantes de,

aproximadamente, 149.000 Euros e 184.000 Euros, respectivamente, associados ao projecto de integração “Charles River”, o qual corresponde a uma aplicação informática de Front-office de investimentos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 30

Os saldos relacionados com contratos de locação financeira reflectidos nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram os seguintes:

2011 2010 Activos tangíveis – Equipamento: . Valor bruto 35.995 34.831 . Amortizações acumuladas ( 30.388 ) ( 21.443 ) ---------- ---------- 5.607 13.388 ==== ===== Outros passivos (Nota 10): . Até um ano 18.301 22.279 ===== ===== 8. ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto corrente, relativa aos exercícios findos em

31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser demonstrada como se segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Lucro considerado para apuramento de imposto 1.507.672 1.435.653

Imposto apurado com base na taxa de imposto normal 26,50% 399.533 26,50% 380.448Benefícios fiscais por criação líquida de postos de trabalho -0,84% (12.595) -0,87% (12.557)Tributação autónoma 1,38% 20.732 1,47% 21.141Outros, líquido -0,12% (1.763) -0,68% (9.709)

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 26,92% 405.907 26,42% 379.323

2011 2010

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica da demonstração dos resultados

“Impostos correntes”, encontra-se deduzida do excesso e acrescida da insuficiência de estimativa de imposto dos exercícios de 2010 e 2009, nos montantes de 6.755 Euros e 3.479 Euros, respectivamente.

Os activos e passivos por impostos correntes sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são

como se seguem: 2011 2010 Activos / (Passivos) por impostos correntes: . Estimativa de imposto corrente do exercício ( 405.907 ) ( 379.323 ) . Pagamentos por conta 298.301 378.235 ----------- ---------- Imposto sobre o rendimento a receber / (pagar) ( 107.606 ) ( 1.088 ) ====== =====

Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Activos por impostos correntes” respeita ao montante do

pagamento por conta de derrama estadual relativa ao exercício de 2010. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais podem ser objecto de revisão por parte da

Administração Fiscal durante um período de quatro anos. Em virtude desta regra, as declarações fiscais da Sociedade respeitantes aos exercícios de 2008 a 2011 poderão vir a ser revistas. Na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que qualquer correcção ou liquidação adicional, relativamente aos exercícios acima referidos, seja significativa para as demonstrações financeiras anexas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 31

Os activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 decorrem do registo ao justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda e foram apurados como segue:

2011 2010 Activos por impostos diferidos: . Reserva de justo valor negativa (Nota 5) 11.721 2.833 . Taxa de imposto 26,5% 26,5% -------- -------- 3.106 751 ==== === 9. OUTROS ACTIVOS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2011 2010 Comissões de gestão a receber dos Fundos mobiliários 3.817.877 6.250.315 Comissões de gestão discricionária de carteiras 2.672.395 2.772.245 Comissões de aconselhamento: . Serviços Sociais da CGD - 50.311 . Carlos Manuel Reis - 21.683 . Instituto de Seguros de Portugal - 10.500 . Outros 20.714 90.003 Despesas com encargos diferidos: . Comissões de comercialização 196.066 334.261 . Seguros 132.132 32.879 . Despesas com informações 100.098 9.595 . Despesas informáticas 28.259 99.204 . Outras - 11.607 Restituição de imposto retido 1.299.422 1.161.449 CGD – DGR 214.564 10.799 IVA a recuperar 150.489 27.924 Património artístico 45.049 45.049 (Insuficiência)/ Excesso de cobertura do fundo de pensões (Nota 17) ( 26.433 ) 4.831 Outros 157.167 110.077 -------------- --------------- 8.807.799 11.042.732 ======== ========

A rubrica “Comissões de gestão discricionária de carteiras” corresponde às comissões debitadas pela actividade de gestão de carteiras de investimento de clientes.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Despesas com encargos diferidos - Comissões de comercialização” inclui as comissões de comercialização dos Fundos Fechados constituídos até 31 de Dezembro de 2004. Adicionalmente, esta rubrica inclui para alguns Fundos Especiais de Investimento comercializados no exercício de 2008, no âmbito da campanha “Caixa Poupa & Ganha”, as comissões de comercialização debitadas pela CGD (Nota 2.2.b)).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de “Restituição de imposto retido” corresponde ao montante

de IRC que foi devolvido pela Sociedade a entidades isentas de retenção, as quais procederam ao resgate de unidades de participação de fundos geridos pela Caixagest. Este montante será regularizado através da compensação que a Sociedade irá efectuar até ao final do mês de Abril do ano seguinte, aquando do pagamento por conta dos Fundos do imposto relativo aos rendimentos por estes obtidos fora do território português.

O saldo da rubrica “CGD – DGR”, corresponde à facturação à CGD pela utilização dos terminais da

Reuters e Bloomberg durante o período compreendido entre Setembro de 2010 e Dezembro de 2011.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da rubrica “Outros” inclui 53.689 Euros e 38.003 Euros, respectivamente, relativos à cedência de pessoal à CGD e à Fundimo. Inclui ainda, 67.653 Euros e 68.904 Euros, respectivamente, relativos à concessão de empréstimos a empregados da Sociedade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 32

10. OUTROS PASSIVOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2011

2010 Encargos com férias e subsídio de férias 670.661 643.556 Prémios a pagar 50.000 242.999 Encargos a pagar no exercício seguinte: . WestLB Asset Management 61.145 89.790 . Auditoria e Certificação Legal das Contas 45.391 61.400 . Dresdner 44.333 55.000 . CDC Gestion – EUA 37.671 32.821 . Caixa Geral de Depósitos – Gastos comuns - 8.674 . Outras 40.002 160.106 Desvios actuariais: . Dentro do corredor (Nota 17) 76.864 76.399 . Fora do corredor (Nota 17) 6.076 19.164 Fornecedores de imobilizado em locação financeira (Notas 7 e 21) 18.301 22.279 Outros fornecedores 488.307 258.049 Credores diversos: . Comissão de comercialização a pagar à CGD (Nota 2.2. b)) 1.569.520 3.214.084 . Comissão de depósito a pagar 775.465 557.274 . Outros - 2.490 Outras exigibilidades: . Retenção de impostos 63.650 95.177 . Segurança social 73.878 76.575 . Imposto de mais-valias 833 22.258 . IVA a pagar - 10.909 . Contribuições para Fundos de Pensões (Nota 17) - 10.420 . Outras 28.453 ( 4.831 ) ------------- ------------- 4.050.550 5.654.593 ======== ========

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de “Prémios a pagar” refere-se à provisão constituída para fazer face às remunerações adicionais a pagar em 2012 e 2011, respectivamente, mas relativas ao desempenho dos colaboradores no ano anterior. Durante o exercício de 2011, a Sociedade liquidou prémios por conta do exercício de 2010 no montante de 38.650 Euros, tendo posteriormente, no seguimento das políticas de contenção salarial emanadas pelo seu accionista indirecto (Estado Português), procedido à anulação da provisão constituída no montante de 204.349 Euros por contrapartida da rubrica “Custos com o pessoal”. Adicionalmente, a Caixagest constituiu uma provisão para “Prémios a pagar” por conta do exercício de 2011 no montante de 50.000 Euros (Nota 16).

Os montantes a pagar às entidades designadas por “WestLB Asset Management”, “Dresdner” e “CDC Gestion – EUA”, estão relacionados com os serviços de acompanhamento/gestão que estas entidades prestam à Sociedade, nomeadamente nos fundos de investimento que detêm uma carteira de títulos de empresas de mercados emergentes, asiáticas e norte americanas, respectivamente (Nota 14).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da rubrica “Outros fornecedores” inclui um montante de 222.514 Euros e 138.956 Euros, respectivamente, a pagar à CGD, o qual engloba a comissão de comercialização do produto “Poupa & Ganha” e outros serviços prestados. Em 31 de Dezembro de 2011, inclui ainda 55.228 Euros relativos à indemnização a pagar ao Sistema de Indeminização aos Investidores (Nota 15), no âmbito do processo do Banco Privado Português, S.A., a qual foi liquidada durante o mês de Janeiro de 2012.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da rubrica “Comissão de depósito a pagar” corresponde à comissão a pagar aos bancos depositários relativamente ao segundo semestre de 2011 e 2010, respectivamente, sendo que, a CGD actua como banco depositário da maioria das carteiras sob gestão discricionária de patrimónios da Sociedade.

A rubrica “Outras exigibilidades - Imposto de mais-valias” refere-se ao imposto retido aos participantes no resgate de unidades de participação do Fundo Caixagest PPA – Fundo de Poupança em Acções, o qual é pago pela Sociedade até ao dia 20 do mês seguinte.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 33

11. CAPITAL SUBSCRITO E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital social da Sociedade encontrava-se representado por

1.860.000 acções com um valor nominal de cinco Euros cada, integralmente subscritas e realizadas, sendo detidas integralmente pela Caixa – Gestão de Activos, SGPS, S.A..

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os

prémios de emissão não podem ser utilizados para efeitos de distribuição de dividendos nem para aquisição de acções próprias.

12. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS E RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas rubricas têm a seguinte composição: 2011 2010 Outras reservas e resultados transitados: . Reservas legais 9.300.000 9.300.000 . Reservas livres 6.763.097 6.763.097 . Outras reservas 496.709 496.709 . Outros ( 1 ) ( 1 ) --------------- --------------- 16.559.805 16.559.805 Reserva de justo valor ( 8.615 ) ( 2.082 ) Resultado líquido do exercício 1.108.520 1.052.851 -------------- --------------- 17.659.710 17.610.574 ======== ========

Reserva legal

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Sociedade constitui um fundo de reserva legal até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Dividendos

Nas reuniões de Assembleia Geral realizadas nos dias 29 de Abril de 2011 e 31 de Março de 2010, foi deliberada a distribuição de dividendos nos montantes de 1.052.851 Euros e 1.595.447 Euros, respectivamente. Adicionalmente, na reunião de Assembleia Geral realizada no dia 31 de Março de 2010 foi deliberada a distribuição ao accionista único do montante de 5.000.000 Euros de reservas livres.

13. JUROS E RENDIMENTOS/ENCARGOS SIMILARES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas rubricas têm a seguinte composição: 2011 2010 Juros e rendimentos similares: Juros de aplicações em instituições de crédito (Nota 21) 534.068 221.233 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 21) 24.052 13.089 Juros de activos financeiros disponíveis para venda 1.992 98.443 Outros juros e rendimentos similares 376 527 ----------- ----------- 561.028 333.292 ====== ====== Juros e encargos similares: Juros de activos tangíveis em regime de locação financeira (Nota 21) 350 324 === ===

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 34

14. RENDIMENTOS/ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas rubricas têm a seguinte composição: Proveitos

2011 2010

Comissão de gestãoCaixagest Activos Curto Prazo 1.375.426 1.350.895

Caixagest Acções EUA 1.104.825 1.185.502

Caixa Fundo Monetário 993.590 1.411.524

Caixagest Obrigações Mais Mensal 938.779 850.559

Caixagest Acções Emergentes 831.037 1.164.843

Caixagest Imobiliário Internacional 737.196 700.599

Caixagest Acções Portugal 709.417 934.173

Caixagest Acções Europa 635.670 751.084

Caixagest Acções Oriente 548.943 528.648

Caixagest Energias Renováveis 398.880 499.216

Caixagest Estratégias Alternativas 388.058 395.998

Caixa Fundo Rendimento Fixo VI 361.800 350.460

Caixagest Private Equity 341.572 254.498

Caixagest Matérias Primas 328.110 322.324

Caixa Fundo Rendimento Fixo V 314.598 309.872

Caixagest PPA 303.689 491.628

Caixagest Infraestruturas 281.286 247.882

Caixagest Multi-Activos 2011 263.342 444.001

Caixagest Acções Japão 250.665 205.088

Caixagest Obrigações Longo Prazo 246.105 309.002

Caixa Fundo Rendimento Fixo IV 238.100 236.114

Caixagest Obrigações Mais 235.922 302.285

Caixa Fundo Rendimento Fixo I 230.001 230.001

Caixa Fundo Rendimento Fixo II 230.001 230.001

Caixagest Oportunidades 218.453 163.805

Caixa Fundo Rendimento Fixo III 196.851 196.851

Caixagest Estratégia Dinâmica 181.227 195.885

Caixagest Maximizer Plus 137.700 137.700

Caixagest Rendimento Fixo 2015 113.014 -

Caixagest Global Markets 112.790 101.064

Caixa Fundo Capitalização 111.680 99.665

Caixagest Estratégia Equilibrada 90.841 103.456

Caixagest Estratégia Arrojada 87.746 97.232

Caixagest Premium Plus 81.001 81.001

Caixagest Super Premium 78.300 78.300

Caixagest Rendimento 70.405 1.343.103

Caixagest Super Memory 68.308 68.514

Caixagest Liquidez 60.129 42.288

Caixagest Valor Bric 2015 50.615 -

Caixagest Curto Prazo 49.004 534.854

Caixagest Super Premium II 42.931 42.931

Caixagest Moeda 39.931 503.565

Caixagest Índices Mundiais 39.600 10.090

Caixagest Selecção Especial 36.099 36.099

Postal Acções 31.057 38.910

Caixagest Rendimento Nacional 21.999 21.999

Caixagest Memories 21.475 15.001

Postal Capitalização 16.426 24.126

Caixagest Rendimento Crescente 2011 16.124 29.999

Caixagest Mix Emergentes 13.700 6.636

Caixagest Valor Premium 9.001 9.001

Caixagest Valor Plus 6.524 12.001

Caixagest Valor Duplo 6.350 13.973

Caixagest Rendimento Oriente 6.001 6.001

Postal Tesouraria 5.135 14.539

Caixagest Rendimento Corportate 2014 3.699 -

Caixagest Maxi Selecção 2.070 960

Caixagest Sprinter II 2.014 (12.772)

Caixa Selecção Emergentes 7 -

Caixagest Maxipremium 2010 - 195.753

Caixagest Multi-Activos - Capital Garantido - 181.534

Caixagest Optimizer - Capital Garantido - 79.725

Caixagest Sprinter - (65.724)

Comissão de performanceCaixa Fundo Monetário 324.888 354.070

Caixagest Liquidez 20.043 -

14.660.150 18.468.332

Comissão de gestão discricionária 5.081.045 3.405.988

Comissão de aconselhamento discricionário de carteiras 375.123 438.116

Comissões de performance 30.969 90.667

5.487.137 3.934.771

20.147.287 22.403.103

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 35

Custos

Durante os exercícios de 2011 e 2010, a Sociedade, em conjunto com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e com algumas das entidades seguradoras que integram o Grupo CGD, decidiram proceder a correcções nas comissões de gestão discricionária de carteiras a receber de entidades seguradoras e nas comissões de comercialização e de depósito a pagar à CGD relativas aos exercícios de 2010 e 2009. Como consequência destas correcções, a Sociedade registou nas demonstrações de resultados dos exercícios de 2011 e 2010 uma diminuição de proveitos (comissões de gestão discricionária) e uma diminuição de custos (comissões de comercialização e de depositário) de, aproximadamente, 735.000 Euros e 517.000 Euros, respectivamente, no exercício de 2011 e de 1.742.000 Euros e 1.948.000 Euros, respectivamente, no exercício de 2010. Desta forma, a comparabilidade das demonstrações financeiras anexas encontra-se influenciada pelas correcções acima descritas. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade Gestora não procedeu ao registo da comissão de gestão de performance a receber do Fundo Caixagest – Private Equity no montante de, aproximadamente, 781.000 Euros e 752.000 Euros, respectivamente. De acordo com a deliberação do Conselho de Administração da Sociedade, esta comissão só será exigida quando o valor da unidade de participação do Fundo atingir um nível de rentabilidade positiva. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Comissões por operações realizadas por terceiros” corresponde, essencialmente, à comissão cobrada pela CGD como banco depositário das carteiras de patrimónios sob gestão da Sociedade.

15. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição (débitos/(créditos)):

2011 2010 Rendas de locação operacional: . Equipamento de transporte 160.980 153.457 . Equipamento informático 23.504 24.462 . Outro equipamento informático 58.124 38.020 Quotizações e donativos 89.921 88.572 Contribuição para o Sistema de Indeminização aos Investidores (Nota 10) 55.228 5.000 Multas e outras penalidades legais 63 268 Prestação de serviços de fornecimento de preços 3.710 ( 54.793 ) Ganhos actuariais reconhecidos acima do corredor (Nota 17) ( 380 ) ( 1.127 ) Outros ( 24.336 ) ( 1.852 ) ----------- ----------- 366.814 252.007

====== ======

2011 2010 Comissão de comercialização

. Caixa Geral de Depósitos 8.890.586 9.778.950

. CTT - Correios de Portugal 22.121 34.032

. Outros 1.352 1.183

8.914.059 9.814.165

Comissões por operações realizadas por terceiros 1.613.118 1.171.793

Comissões de acompanhamento/gestão (Nota 10) 661.217 754.459

Taxa de supervisão: . Carteiras de patrimónios sob gestão 240.000 240.000

. Outros 406.837 550.794

Outras 7.067 30.034

2.928.199 2.747.080

11.842.258 12.561.245

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 36

Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Prestação de serviços de fornecimento de preços” corresponde ao serviço prestado pela Sociedade de selecção, apuramento e fornecimento dos preços de activos financeiros à CGD (Nota 21).

16. CUSTOS COM O PESSOAL Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição: 2011 2010 Salários e vencimentos: . Remunerações dos órgãos de gestão (Nota 21) 441.392 674.485 . Remunerações dos empregados 2.894.668 3.111.728 -------------- --------------

3.336.060 3.786.213 Encargos sociais obrigatórios 701.874 733.040 Encargos sociais facultativos 111.636 154.928 Prémios a pagar (Nota 10) (143.819 ) 104.025 Custos com pensões de reforma e sobrevivência (Nota 17): . Plano de benefícios definidos 42.021 40.057 . Plano de contribuição definida 45.426 47.917 Cedência de pessoal (375.636 ) ( 225.668 ) Outros custos com o pessoal 4.316 6.083 -------------- ------------- 3.721.877 4.646.595

======== ======= A diminuição verificada no exercício de 2011 na rubrica de “Custos com o pessoal” está relacionada com as

saídas de um Administrador e de um empregado em Maio de 2011 e Dezembro de 2010, respectivamente, e com a aplicação das políticas de contenção salarial emanadas pelo accionista indirecto da Sociedade (Estado Português).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o número de efectivos ao serviço da Sociedade era de 81,

respectivamente. 17. RESPONSABILIDADES COM PENSÕES Conforme indicado em maior detalhe na Nota 2.2. e), a Caixagest assumiu o compromisso de atribuir

complementos de pensões de reforma e sobrevivência aos seus colaboradores provenientes da ex-Investil. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, existe um reformado.

Para determinação das responsabilidades por serviços passados dos empregados no activo, com

referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foi efectuado um estudo actuarial pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., considerando os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

2011 2010 Pressupostos financeiros: Taxa de crescimento das pensões 1,25% 1,5% Taxa de crescimento salarial futura 2% 2% Indexante de Apoios Sociais – Decreto-Lei nº 187/07 419,22 419,22 Taxa Técnica Actuarial (desconto) 5,50% 5,25% Taxa de revalorização dos salários para a Segurança Social . Decreto-Lei nº 35/02 2% 2% . Decreto-Lei nº 329/93 2% 2%

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 37

2011 2010 Pressupostos demográficos: Tábua de mortalidade: . Homens TV 73/77 TV 73/77 . Mulheres TV 88/90 TV 88/90 Idade de reforma antecipada 55 55 Idade de reforma 65 65 Método actuarial Projected Unit Credit

Caracterização da população: Activos Nº de participantes com reforma aos 65 anos 2 2 Nº de participantes com reforma aos 55 anos (Decreto-Lei nº 9/99) 8 8 Idade média (anos) 46 46 Antiguidade média (anos) 18 18 Salário médio anual (Euros) 43.358 43.076 Folha anual de salários (Euros) 433.581 430.765 Beneficiários Número de pessoas 1 1 Idade média (anos) 61 60 Pensão média anual (Euros) 960 960 Pensões totais anuais (Euros) 12.479 12.479

Adicionalmente, foram ainda considerados os seguintes pressupostos:

(i) Consideraram-se as regras de flexibilização da idade de reforma conforme o Decreto-Lei nº 187/2007;

(ii) No cálculo da pensão da Segurança Social, tomou-se como crescimento salarial para a carreira

contributiva passada, o Índice de Preços do Consumidor sem habitação, acrescido de meio ponto percentual, por não se encontrar disponível informação sobre os salários referentes a esse período;

(iii) Para efeito da revalorização de salários futuros, utilizados no cálculo das remunerações de

referência, estimou-se o Índice de Preços do Consumidor sem habitação, em 2%;

(iv) Por indicação da Sociedade, assumiu-se que 30% dos participantes com direito à reforma antecipada reformar-se-ão aos 55 anos e os restantes 70% aos 65 anos;

(v) Para o cálculo das pensões de sobrevivência diferida, foi assumido que 80% dos participantes são

casados, sendo os cônjuges três anos mais novos;

(vi) Foi estabelecido que a pensão de orfandade seria atribuída aos filhos até aos 24 anos de idade, se o trabalhador estiver na situação de reforma por velhice à data do falecimento.

As responsabilidades por pensões em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, calculadas de acordo com os pressupostos acima indicados, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

2011 2010

Responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo: . Saldos iniciais 759.155 633.131 . Custo do serviço corrente 33.192 38.442 . Custo do juro 39.541 34.822 . Pagamento de pensões de reforma (12.002 ) - . (Ganhos) / Perdas actuariais por desvios entre os pressupostos e os valores efectivamente verificados 5.991 58.324 . (Ganhos) / Perdas actuariais por alteração de pressupostos ( 57.238 ) ( 5.564 ) ----------- ----------- Saldos finais 768.639 759.155 ====== ======

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 38

Valor patrimonial das unidades de participação afectas ao Plano de Pensões “Caixa Reforma Activa”: . Saldos iniciais 763.986 649.648 . Contribuição anual 23.000 118.418 . Rendimento esperado dos activos do Fundo 30.712 33.207 . Pagamento de pensões de reforma ( 12.002 ) - . Ganhos / (Perdas) financeiros ( 63.490 ) ( 37.287 ) ----------- ----------- Saldos finais 742.206 763.986 ----------- ----------- (Insuficiência) / Excesso de cobertura do fundo de pensões (Nota 9) (26.433 ) 4.831 ====== ====== Grau de cobertura do Fundo 96,56% 100,64% ====== ======

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as perdas actuariais líquidas por desvios entre os pressupostos e os valores efectivamente verificados deveram-se, essencialmente, aos ganhos actuariais obtidos pelo crescimento salarial abaixo do previsto, bem como pelos valores reais verificados para o IPC e para o factor de sustentabilidade no ano de 2011 e 2010 e as perdas actuariais resultantes da mortalidade esperada. Em 31 de Dezembro de 2010, as perdas actuariais resultaram ainda da passagem à reforma de um participante.

Para efeitos do apuramento dos ganhos e perdas actuariais reconhecidos e não reconhecidos, os valores obtidos a partir da aplicação do método do corredor são os seguintes:

2011 2010 . Ganhos actuariais não reconhecidos no final do exercício anterior (Nota 10) 95.563 186.737 . Ganhos / (Perdas) actuariais no exercício 51.247 ( 52.760 ) . Ganhos / (Perdas) financeiras no exercício ( 63.490 ) ( 37.287 ) . Perdas / (Ganhos) actuariais reconhecidos acima do corredor (Nota 15) ( 380 ) ( 1.127 ) --------- ---------- 82.940 95.563 ===== ======

A média esperada de vida de trabalho dos empregados no activo até à idade de reforma ascendeu em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a 17 anos e 18 anos, respectivamente.

Os custos com pensões relativos ao plano de benefícios definidos supra descrito, com referência aos

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem ser detalhados como segue (Nota 16):

2011 2010 Custo do serviço corrente 33.192 38.442 Custo do juro 39.541 34.822 Rendimento esperado dos activos do Fundo (30.712 ) ( 33.207 ) --------- --------- 42.021 40.057 ===== =====

Adicionalmente, em 2002 a Sociedade subscreveu um plano de pensões que se consubstancia num plano de contribuição definida, independente da Segurança Social, tendo como objectivo garantir o pagamento de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez, bem como de pensões de sobrevivência imediata. Este benefício para os colaboradores/participantes da Sociedade traduz-se numa pensão resultante da aquisição de um seguro de renda vitalícia imediata, à data da reforma e com o saldo então existente na sua conta individual.

Este plano abrange os colaboradores da Sociedade (excluindo os provenientes da ex – Investil) que se encontravam em funções à data de celebração do contrato e os ex-colaboradores que tenham completado, em data posterior, um mínimo de dez anos consecutivos ao serviço da Sociedade, contados a partir da data da respectiva admissão. A idade normal de reforma coincide com a data em que o participante adquire o direito a uma pensão da segurança social por velhice.

A remuneração definitiva para o apuramento das contribuições é composta pelo vencimento base, acrescido dos subsídios de isenção de horário de trabalho e de disponibilidade e de outras remunerações auferidas a título regular. Como tempo de serviço é considerado o número de anos completos e consecutivos ao serviço da Sociedade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 39

O financiamento do plano de pensões encontra-se a cargo da Sociedade, através da contribuição inicial e das contribuições trimestrais. A contribuição trimestral a favor de cada participante é calculada da seguinte forma: 2% * remuneração mensal * 3

A Sociedade poderá ainda, sempre que o entender, efectuar contribuições extraordinárias.

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade reconheceu como custo os seguintes montantes (Nota 16):

2011 2010 Contribuição trimestral: . Primeiro a terceiro trimestre 31.987 37.497 . Quarto trimestre 13.439 10.420 --------- --------- 45.426 47.917 ===== ======

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as contribuições foram investidas em unidades de participação do Fundo Caixa Reforma Valor, do Fundo Caixa Reforma Activa e do Fundo Caixa Reforma Prudente, com o seguinte detalhe:

Número de unidades de participação Valor de mercado

2011 2010 2011 2010

Fundo Caixa Reforma Valor 57.762 50.451 268.484 243.342 Fundo Caixa Reforma Activa 21.122 18.928 225.022 210.818 Fundo Caixa Reforma Prudente 1.286 723 7.020 3.848 --------- --------- ----------- ----------- 80.170 70.102 500.526 458.008 ===== ===== ====== ====== 18. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011 2010

Fornecimentos de terceiros 32.389 34.613 Serviços de terceiros: . Pessoal cedido pela CGD 296.192 321.209 . Rendas e alugueres 279.638 282.778 . Comunicação e despesas de expedição 91.449 61.635 . Formação de pessoal 42.729 75.199 . Publicidade 34.166 47.485 . Deslocações e estadas 31.808 82.534 . Conservação e reparação de equipamento 3.000 3.793 . Seguros 486 981 . Serviços especializados: - Informações 1.023.578 1.592.100 - Informática 637.375 475.218 - Outros 211.915 307.219 . Outros serviços de terceiros 188.024 223.554 Comparticipação nos custos do edifício 110.477 97.434 -------------- -------------- 2.983.236 3.605.752 ======== ======== Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Pessoal cedido pela CGD” corresponde aos custos com a

cedência de pessoal da Caixa Geral de Depósitos, S.A. que se encontram a colaborar com a Caixagest. 19. ACTIVOS GERIDOS Os Fundos geridos e administrados pela Sociedade consistem em fundos abertos de investimento

mobiliário constituídos por prazo indeterminado e por fundos especiais de investimento, uns constituídos por prazo fixo e outros por prazo indeterminado. Os Fundos foram autorizados pelas respectivas Portarias do Ministro das Finanças e por deliberações do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Adicionalmente, conforme referido na Nota Introdutória, a Sociedade administra carteiras pertencentes a terceiros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 40

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os principais dados financeiros relativos aos Fundos de investimento mobiliário geridos pela Sociedade podem ser resumidos como segue:

2010Número de

Total do Capital do unidades de Capital doactivo líquido Fundo participação Fundo

Fundos Abertos:

a) Liquidez e AforroCaixagest Obrigações Mais Mensal 224.081.118 222.944.782 62.011.302 120.600.035Fundo de Tesouraria Caixagest Activos Curto Prazo 154.595.306 154.050.558 15.233.815 152.296.776Caixagest Liquidez 26.520.204 26.464.565 5.158.259 23.050.407Fundo de Tesouraria Caixagest Moeda (b) - - - 131.610.648Caixagest Rendimento (b) - - - 106.299.166Fundo de Tesouraria Caixagest Curto Prazo (a) - - - 44.606.741

b) OptimizaçãoCaixagest Estratégia Dinâmica 56.885.457 56.778.985 9.639.132 63.203.130Caixagest Estratégia Equilibrada 10.323.500 10.288.086 1.818.297 13.223.177Caixagest Estratégia Arrojada 5.629.417 5.611.440 1.268.700 7.710.557

c) CapitalizaçãoCaixagest Obrigações Mais 25.340.885 24.788.008 5.291.728 45.451.036Caixagest Obrigações Longo Prazo 18.525.439 18.228.163 1.969.104 26.329.310

d) Valor AcrescentadoCaixagest Acções EUA 45.574.289 44.403.920 12.778.525 60.363.741Caixagest Acções Emergentes 31.511.632 31.327.849 4.468.348 48.716.355Caixagest Acções Portugal 30.696.891 29.375.235 3.224.015 44.976.942Caixagest Acções Oriente 21.971.616 21.372.268 3.560.702 32.287.715Caixagest Acções Europa 21.482.071 21.299.306 3.420.857 35.875.039Caixagest Acções Japão 11.291.316 11.184.268 5.591.321 16.072.490Caixagest PPA 10.368.782 9.971.241 1.167.143 19.557.062

e) Especial de InvestimentoCaixagest Fundo Monetário 323.898.729 323.092.782 60.656.202 377.625.108Caixagest Imobiliário Internacional 261.789.212 251.173.138 76.285.932 242.860.853Caixagest Fundo Rendimento Fixo VI 100.753.411 100.685.839 24.000.000 105.443.418Caixagest Private Equity 103.312.778 99.302.780 22.484.132 93.192.062Caixagest Rendimento Nacional 96.764.364 96.585.159 20.000.000 85.612.805Caixagest Fundo Rendimento Fixo 94.716.114 94.478.941 20.000.000 93.477.337Caixagest Fundo Rendimento Fixo II 93.853.412 93.641.685 20.000.000 93.079.245Caixagest Infraestruturas 77.131.608 76.630.751 18.518.724 82.792.557Caixagest Fundo Rendimento Fixo IV 76.331.711 76.192.066 17.000.000 77.332.985Caixagest Fundo Rendimento Fixo V 62.088.364 61.949.730 14.000.000 63.560.240Caixagest Fundo Rendimento Fixo III 59.184.644 59.021.179 12.700.000 58.875.289Caixa Rendimento Fixo 2015 56.874.896 56.705.375 15.000.000 -Caixagest Maximizer Plus 49.862.589 49.237.066 10.200.000 50.127.458Caixagest Global Markets 45.564.436 45.443.761 11.600.000 49.708.529Caixagest Valor Premium 41.179.528 41.081.884 9.000.000 41.536.422Caixagest Oportunidades 31.008.989 30.977.768 6.813.820 18.736.812Caixagest Energias Renováveis 28.882.627 28.527.389 5.152.725 37.458.087Caixagest Rendimento Oriente 27.291.354 27.229.448 6.000.000 24.136.026Caixagest Estratégias Alternativas 26.409.535 26.331.885 6.535.027 29.671.998Caixagest Premium Plus 24.755.501 24.420.678 6.000.000 23.992.689Caixagest Super Premium 23.633.769 23.317.229 5.800.000 24.515.606Caixagest Matérias Primas 20.464.433 20.356.468 4.019.122 23.171.659Caixagest Selecção Especial 18.788.236 18.625.702 3.800.000 18.197.481Caixagest Memories - - - 73.090.280Caixagest Valor BRIC 2015 14.493.987 14.434.568 4.200.000 -Caixagest Índices Mundiais 13.494.034 13.482.033 3.000.000 14.481.299Caixagest Super Premium II 13.154.449 12.988.983 3.180.000 13.698.588Caixagest Fundo Capitalização 7.998.702 7.976.067 1.491.561 28.686.521Caixagest Mix Emergentes 6.615.524 6.607.940 2.000.000 7.523.478Caixagest Rendimento Corporate 2014 2.494.326 2.490.223 500.000 -Caixagest Rendimento Mais - - - 199.190.504Caixagest Valor Plus - - - 61.649.679Caixagest Super Memory 15.100.382 15.080.629 4.000.000 18.359.696Caixagest Maxi Selecção - - - 10.432.566

f) Fundos PostalPostal Capitalização 1.859.342 1.847.645 145.095 2.259.382Postal Acções 1.470.876 1.461.640 189.438 1.952.623Postal Tesouraria 587.084 582.842 59.684 775.195

2.516.606.869 2.490.049.947 550.932.708 3.139.434.804Fundos Fechados:

Caixagest Rendimento Crescente 2011 - - - 99.849.305Caixagest Multi-Activos 2011 - - - 43.268.939

- - - 143.118.2442.516.606.869 2.490.049.947 550.932.708 3.282.553.048

(a) Este fundo fo i fundido no Fundo de Tesouraria Caixagest Activos Curto Prazo.

(b) Estes fundos foram fundidos no Fundo Caixagest Obrigações M ais M ensal.

2011

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 41

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade presta serviços de administração e gestão de carteiras a 120 clientes e 129 clientes, respectivamente, sendo o total de activos geridos detalhados como segue:

2011 2010

Gestão de carteira da Fidelidade – Mundial 9.276.667.176 11.968.246.805Fundo especial da Portugal Telecom 1.660.379.442 -Gestão de carteira da Império Bonança 1.538.518.659 1.796.022.771Fundo de Pensões CGD 1.435.669.524 1.424.864.147Fundo especial da CGD 1.383.176.055 1.973.106.139Fundo especial da Marconi 334.634.582 -Fundo de reserva NAV 133.494.649 190.347.749Fundo de reserva Pensões Gere 120.902.467 127.711.840Fundo de reserva ANA 87.498.994 128.056.896Fundo de reserva INCM 74.377.021 108.392.149Gestão de carteira da Via Directa 67.605.209 69.789.558Fundo de Pensões do Pessoal da Império Bonança 63.561.253 63.218.773Fundo de reserva CGA 61.026.159 88.293.149Fundo de Pensões Fidelidade 52.887.347 57.213.328Fundo de Pensões da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa 51.729.820 56.843.282Fundo de Pensões Caixa Reforma Activa 44.142.295 57.144.628Fundo de Pensões Caixa Reforma Prudente 40.907.819 40.314.156Fundo de reserva Macau 8.402.916 28.040.991Fundo de reserva BNU 1.940.787 28.216.240Fundo de Pensões Finibanco - 85.585.307Fundo de reserva CTT - 16.907.226Outros clientes 233.826.070 261.471.367

16.671.348.244 18.569.786.501

20. SISTEMA DE INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES A Sociedade detém na rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” obrigações do tesouro aceites

pelo SII passíveis de serem dadas em penhor no âmbito dos activos sob gestão. Conforme referido na Nota 2. k), este sistema garante a cobertura dos montantes devidos aos investidores por um intermediário financeiro que não tenha capacidade financeira para restituir ou reembolsar esses mesmos montantes. Esta carteira é ajustada consoante as necessidades de reforço do penhor decorrentes do nível de responsabilidades perante terceiros (Nota 19), conforme regras determinadas pelo próprio SII.

21. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os principais saldos do balanço e os resultados gerados pela

Sociedade em transacções efectuadas com entidades do Grupo CGD foram os seguintes:

CGD Fidelidade- Império Outras entidadesCGD Pensões -Mundial Bonança Caixa LF Grupo CGD Total

Activo:Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 4) 2.613.609 - - - - - 2.613.609Aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 19.024.542 - - - - - 19.024.542Outros activos (Nota 9): 1.610.349 95.142 (477.169) (67.438) - 43.978 1.204.862

23.248.500 95.142 (477.169) (67.438) - 43.978 22.843.013

Passivo :Outros passivos (Nota 10) 2.567.499 8.767 - - 18.301 11.147 2.605.714

2.567.499 8.767 - - 18.301 11.147 2.605.714

Custos e perdas:Juros e encargos similares (Nota 13) - - - - 350 - 350Comissões (Nota 14) 10.503.020 - - - - - 10.503.020Gastos gerais administrativos (Nota 18) 679.230 69.579 - 44.377 - 84.460 877.646Outros resultados de exploração (Nota 15) 11.090 - - - - - 11.090

Proveitos e ganhos:Juros e rendimentos similares (Nota 13) (558.120) - - - - - (558.120)Comissões (Nota 14) - (397.348) (1.138.348) (169.523) - 16.587 (1.688.632)

10.635.220 (327.769) (1.138.348) (125.146) 350 101.047 9.145.354

2011

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 42

CGD Fidelidade- Império Outras entidadesCGD Pensões -Mundial Bonança Caixa LF Grupo CGD Total

Activo:Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 4) 1.713.958 - - - - - 1.713.958Aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 19.028.263 - - - - - 19.028.263Outros activos (Nota 9) 1.953.558 50.000 47.308 12.500 - 20.076 2.083.441

22.695.779 50.000 47.308 12.500 - 20.076 22.825.662

Passivo :Outros passivos (Nota 10) 3.910.314 9.204 - - 22.279 11.030 3.952.827

3.910.314 9.204 - - 22.279 11.030 3.952.827

Custos e perdas:Juros e encargos similares (Nota 13) - - - - 324 - 324Comissões (Nota 14) 10.934.360 - - - - - 10.934.360Gastos gerais administrativos (Nota 18) 691.204 69.738 16.888 - - 87.997 865.827

Proveitos e ganhos:Juros e rendimentos similares (Nota 13) (234.322) - - - - - (234.322)Comissões (Nota 14) - (200.000) (189.230) (50.000) - (19.000) (458.230)Outros resultados de exploração (Nota 15) (54.793) - - - - - (54.793)

11.336.449 (130.262) (172.342) (50.000) 324 68.997 11.053.166

2010

Órgãos de gestão

As remunerações atribuídas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 aos órgãos de administração ascenderam a 441.392 Euros e 674.485 Euros, respectivamente (Nota 16).

22. PROVEITOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

Todos os proveitos gerados pela actividade da Sociedade resultaram de operações realizadas em Portugal. 23. CONSOLIDAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as demonstrações financeiras da Sociedade são incluídas nas contas consolidadas da Caixa Geral de Depósitos, S.A., as quais se encontram disponíveis na sua sede social, na Av. João XXI, 63 – 1000-300 Lisboa.

24. JUSTO VALOR E RISCOS FINANCEIROS

Justo valor Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Conselho de Administração da Sociedade entende que o justo

valor dos instrumentos financeiros activos e passivos registados ao custo amortizado não difere significativamente do seu justo valor.

Risco de crédito

A Sociedade considera que, face à sua actividade, não se encontra exposta ao risco de crédito. De referir que os activos da Sociedade correspondem, essencialmente, a disponibilidades e aplicações na CGD, obrigações do tesouro, bem como a comissões de gestão a receber dos Fundos mobiliários que gere.

Risco de taxa de juro, de liquidez e de mercado

A Sociedade considera que, face à sua actividade, não se encontra exposta ao risco de taxa de juro, de liquidez e de mercado. De referir que a Sociedade aplica os seus excedentes de tesouraria em aplicações financeiras domiciliadas na CGD e em obrigações do tesouro. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Sociedade não tinha contraído financiamentos.

25. CONTINGÊNCIAS

A Sociedade foi alvo, durante o exercício de 2010 e em Janeiro de 2011, de dois processos de natureza legal que, se decididos desfavoravelmente, poderiam resultar em responsabilidades que se situavam entre os 1.275.000 Euros e os 3.750.000 Euros. Em Janeiro de 2012, o processo instaurado durante o exercício de 2010 foi julgado, tendo a Caixagest sido absolvida. Desta forma, em 31 de Dezembro de 2011, e relativamente ao processo instaurado em Janeiro de 2011, a Caixagest encontra-se ainda exposta a responsabilidades que se podem situar entre os 25.000 Euros e os 2.500.000 Euros. O Conselho de Administração discorda do teor de tal processo, não tendo registado qualquer provisão nas demonstrações financeiras anexas para fazer face ao eventual desfecho desfavorável do mesmo. Adicionalmente, a Sociedade procedeu à impugnação judicial desse processo. Essa impugnação encontra-se em curso à data actual sendo o seu desfecho incerto.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 43

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 44

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

A Caixagest, adiante designada por Sociedade, cumpre todas as recomendações sobre o bom governo apresentadas na resolução do conselho de ministros nº 49/2007, conforme se descreve no presente Relatório sobre o Governo da Sociedade.

ORIENTAÇÕES DE GESTÃO, MISSÃO, OBJECTIVOS E POLÍTICAS DA INSTITUIÇÃO

Orientações de Gestão

As orientações de gestão definidas pelo accionista são as seguintes:

Consolidação do crescimento rentável, através da captação de produtos de valor acrescentado, da obtenção de uma posição de liderança de mercado e da aposta na qualidade das soluções financeiras apresentadas;

Aumento do contributo para o Grupo, através do aumento do comissionamento, e do controlo dos custos de funcionamento;

Crescer com riscos controlados, através de um modelo de gestão assente na minoração de riscos. Implementação do projecto ROCI (para controlo e monitorização do risco operacional e controlo interno), investimento em tecnologias de informação que permitam melhorar a capacidade de gestão e controlo de risco dos investimentos, e captação de talentos em recursos humanos em áreas consideradas prioritárias.

Missão, Objectivos e Políticas

A missão da Sociedade é ser reconhecida pelos clientes (internos e externos), como a sua primeira escolha de fornecedor de serviços e produtos para a reforma. Tendo por base esta missão, o objectivo é a concretização das aspirações financeiras dos clientes, proporcionando-lhes performance de investimento com valor acrescentado, face aos seus requisitos de rendibilidade e risco, de forma consistente ao longo do tempo. Para tal a Sociedade tenta captar as melhores pessoas no mercado de trabalho e proporcionar aos seus colaboradores os meios e ferramentas que permitam a excelência nas suas funções. A Sociedade e os seus colaboradores desenvolvem a sua actividade e funções no respeito por elevados princípios éticos e deontológicos, orientando a sua prática pelos valores definidos no Código de Conduta, documento que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional observados na, e pela, empresa no exercício da sua actividade, sempre sob orientações advogadas pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A estratégia só terá sucesso se as actividades da empresa forem desenvolvidas em estreita cooperação com a CGD, que acumula papéis de accionista, cliente e comercializador dos serviços e produtos da Sociedade.

Os objectivos estratégicos da Sociedade assentam grande parte do seu esforço na:

Reformulação da oferta dos seus produtos e serviços, ajustando-a às necessidades dos clientes e à conjuntura registada nos mercados financeiros;

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 45

Adequação das propostas de valor na gestão de investimentos à oferta de produtos e serviços apresentados aos seus clientes;

Dotação de ferramentas de informação e tecnologia, de gestão e controlo do risco necessárias na execução da actividade.

Com estes objectivos a Sociedade pretende manter a liderança, em montante sob gestão em fundos de investimento, para tal tem reformulado a sua oferta, procurando também desta forma concretizar as aspirações financeiras dos clientes. No entanto, a envolvente é adversa: a deterioração do enquadramento macro-económico em Portugal, o comportamento desfavorável dos mercados de capitais, o aumento da concorrência no sector, o recurso ao cross-selling por parte dos concorrentes e dentro dos canais de comercialização utilizados pela sociedade gestora e as alterações no enquadramento regulamentar dos fundos de investimento, dificultam a concretização dos objectivos definidos e atrasam a implementação da visão estratégica da Sociedade nos próximos anos.

Plano de Actividades

A Sociedade desenvolve anualmente um processo de planeamento para as diversas áreas de negócio, de forma integrada com a estrutura de planeamento do grupo CGD, realizando uma reunião entre o Conselho de Administração e os quadros onde é apresentado o plano de actividades anual face aos objectivos previamente traçados.

Para acompanhar a execução do plano de actividade e orçamento aprovados, encontra-se implementado um sistema de informação de gestão, composto por um vasto conjunto de relatórios periódicos sobre as diversas áreas de actividade, produzido internamente pela Área de Orçamento e Controlo de Gestão da Caixa - Gestão de Activos SGPS e pela Direcção de Controlo e Planeamento da Caixa Geral de Depósitos.

Anualmente, o Relatório e Contas apresenta uma avaliação da actividade desenvolvida pela sociedade.

PRINCÍPIOS GERAIS DE ACTUAÇÃO

Toda a actividade da Sociedade é norteada pelo cumprimento rigoroso das normas legais, regulamentares, éticas, deontológicas e boas práticas, existindo um sistema de controlo interno para acompanhar o grau de observância respectivo.

Neste contexto, a Sociedade adopta um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de prevenção do branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral.

Regulamentos Internos e Externos

A actividade da Sociedade está sujeita a todas as normas legais relativas às sociedades anónimas, designadamente ao Código das Sociedades Comerciais e às consagradas nos seus Estatutos.

A sociedade está igualmente sujeita aos princípios de bom governo das empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), cujo regime jurídico consta do DL n.º 558/99, de 17 de Dezembro,

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 46

republicado pelo DL n.º 300/2007, de 23 de Agosto.

De um modo geral, à Sociedade aplica-se a legislação europeia e nacional relativa à sua actividade, salientando-se no direito interno, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro, na sua actual redacção, o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei nº 486/99 de 13 de Novembro, na sua actual redacção e todas as disposições regulamentares emitidas pelo Banco de Portugal, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e pelo Instituto de Seguros de Portugal.

No âmbito da sua actividade de gestão de fundos mobiliários, é de realçar ainda o Decreto Lei n.º 71/2010, de 18 de Junho que institui o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo.

Destaca-se, também, a aplicação à sociedade da lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, e do Regulamento EU n.º 1781/2006, que estabelecem medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Código de Conduta

A sociedade dispõe de um Código de Conduta que está disponível para consulta, na sua sede, na Avenida João XXI, 63, 2º, Lisboa.

O Código de Conduta pretende garantir como princípio geral que todos os colaboradores, no exercício das suas funções, observam os mais elevados padrões de integridade e de honestidade, actuando sempre de uma forma competente, diligente e profissional, cumprindo com todas as disposições legais e regulamentares inerentes às actividades de intermediação financeira, com todas as normas éticas e deontológicas de conduta, previstas na lei.

Para minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses este regulamento impõem que os colaboradores tenham sempre formulada e actualizada, perante o Conselho de Administração, uma declaração onde constem as situações susceptíveis de gerar conflitos de interesses.

Todas as operações de aquisição ou alienação de valores mobiliários efectuadas pelos colaboradores são alvo de restrições impostas por este Código e, mensalmente, todos os colaboradores comunicam por escrito as operações realizadas por conta própria.

Normas de Natureza Fiscal

No que se refere ao cumprimento da legislação e regulamentação em vigor de normas de natureza fiscal, a Direcção Administrativa e Financeira e a Direcção de Backoffice Imobiliário asseguram o cumprimento das mesmas ao nível da Sociedade e dos Fundos.

Normas de prevenção de branqueamento de capitais

Para efeitos da prevenção de operações relacionadas com branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e crimes contra o mercado, a Sociedade actua em estrita colaboração com a CGD, já que os activos por si geridos são comercializados e depositados nessa instituição financeira.

A CGD dispõe de um adequado normativo interno, do qual constam todos os deveres consagrados no ordenamento jurídico vigente, bem como as medidas e procedimentos internos destinados ao

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 47

cumprimento dos aludidos deveres, de que se destacam ferramentas informáticas para detecção de situações susceptíveis de configurarem branqueamento de capitais, de que a corrupção é crime subjacente.

Não obstante este facto, a Sociedade tem presente todos os deveres impostos pela Lei n.º 25/2008 de 5 de Junho. A formação dos colaboradores sobre a temática da prevenção do branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo constitui um aspecto crucial em toda a temática da prevenção.

O responsável pela coordenação dos procedimentos de controlo interno em matéria de branqueamento de capitais, bem como pela centralização da informação e respectiva comunicação às autoridades competentes é a Direcção de Supervisão e Controlo, em estrita colaboração com o Gabinete de Apoio à função de Compliance da CGD.

A Sociedade não identificou no corrente ano quaisquer operações suspeitas de relacionamento do crime de branqueamento de capitais, não tendo sido realizada qualquer comunicação às entidades competentes.

Normas de concorrência e de protecção do consumidor

As práticas concorrenciais da Sociedade obedecem a princípios éticos de actuação que não põem em causa as linhas de acção da sã concorrência das Instituições que operam no sistema financeiro.

O processo de criação, aprovação e lançamento de Produtos e Serviços obedece a procedimentos que procuram acautelar o cumprimento da legislação vigente e da estratégia de negócio e a satisfação das necessidades dos Clientes.

Normas de natureza ambiental

A Sociedade encontra-se inserida num grupo económico em que o Ambiente assume uma importância fulcral na Estratégia de Sustentabilidade, que se consubstancia nas mais diversas áreas da sua actividade a nível externo e interno.

Normas de natureza ambiental

A Sociedade encontra-se inserida num grupo económico em que o Ambiente assume uma importância fulcral na Estratégia de Sustentabilidade, que se consubstancia nas mais diversas áreas da sua actividade a nível externo e interno.

Neste âmbito na CGD há a destacar o Programa Caixa Carbono Zero 2010, lançado em 2007. Assente em cinco vectores de actuação, este Programa concretiza a estratégia climática da CGD. Uma estratégia que passa tanto pela acção interna – assumindo a responsabilidade pela quantificação, redução e compensação das emissões próprias – como pela actuação no mercado e na esfera social, contribuindo para a edificação de uma economia de baixo carbono. Estes vectores são transversais a todo o grupo Caixa, englobando acções que ambicionam diminuir o impacte ambiental decorrente quer dos seus impactos directos, quer dos indirectos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 48

Normas de índole laboral

A sociedade pauta as suas relações laborais por critérios de grande rigor e elevados padrões éticos, cultivando um diálogo esclarecedor e construtivo com os seus colaboradores e dando cumprimento à legislação laboral, ao Acordo Colectivo de Trabalho das Empresas do Grupo CGD e às diversas Ordens de Serviço. A sociedade mantém disponível um domínio na intranet onde podem ser consultadas as Ordens de Serviço em vigor.

Igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres

O efectivo das empresas que integram a Caixa Gestão de Activos apresentou em 2011 uma distribuição equitativa por sexos (49% feminino e 51% masculino). O processo de recrutamento e selecção respeita integralmente o princípio da igualdade de oportunidades, sendo a selecção feita de acordo com o ajustamento às necessidades do currículo e perfil de competências de cada candidato.

Conciliação da vida pessoal, familiar e profissional

A Sociedade tem procurado implementar um conjunto de medidas de apoio à conciliação do trabalho e da família, destacando-se as seguintes:

Adequação e flexibilidade de horários e condições de trabalho;

Adequação das colocações às condições físicas e psicológicas dos trabalhadores, equipando os postos de trabalho de acordo com as necessidades específicas apresentadas por alguns colaboradores;

Assistência à família na doença sem perda de vencimento, para além do período previsto legalmente, quando a análise do acompanhamento da situação assim o justifique;

Atribuição de subsídios aos filhos dos colaboradores (infantil e de estudo);

Concessão de crédito para necessidades relevantes de ordem material e social dos seus colaboradores.

Apoio nas Colónias de férias para os filhos dos colaboradores

Valorização profissional dos colaboradores

O acesso à formação é feito de uma forma generalizada pela globalidade dos colaboradores, sendo estes incentivados à formação permanente e contínua ao longo da sua vida profissional.

Em 2011 registaram-se nas empresas participadas da Caixa Gestão de Activos, 34 participações em acções de formação específicas para a actividade de negócio e 13 presenças em Conferências e Seminários no País e no Estrangeiro.

Os colaboradores que pretendam frequentar cursos de formação, considerados de importância para o desempenho da sua função, também podem requerer a comparticipação nos custos de formação. Neste âmbito, em 2011 foram apoiados 15 colaboradores na frequência de mestrados, pós-graduações e cursos de alta especialização.

Salienta-se ainda que, como forma de promover o acesso às novas tecnologias, a Sociedade oferece aos seus colaboradores condições especiais para a aquisição de equipamento informático pessoal.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 49

TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS

Transacções relevantes com entidades relacionadas

São consideradas entidades relacionadas, todas as empresas controladas pelo Grupo CGD. Das transacções com empresas do Grupo destaca-se como sendo a mais relevante, as realizadas com a CGD.

Em 31 de Dezembro de 2011, as demonstrações financeiras incluem os seguintes saldos e transacções com a CGD: Valores em milhares de euros

Activos

Disponibilidades em instituições de crédito 2.614

Aplicações em instituições de crédito 19.024

Proveitos

Juros e rendimentos similares 558

Custos

Comissões 10.503

Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de serviços

A Sociedade possui procedimentos transparentes relativos à aquisição de bens e serviços, pautados pela adopção de critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia.

Os procedimentos adoptados são os seguintes:

Consultas ao mercado – em regra, são consultados três fornecedores por produto;

Selecção de fornecedores – com base na análise comparativa das propostas apresentadas;

Autorização de despesas – de acordo com as competências delegadas;

Contratos com fornecedores de bens/prestadores de serviços – de forma escrita com troca de correspondência ou contrato formal.

Utilização sempre que possível, da plataforma electrónica de compras do grupo CGD.

Universo de transacções que não tenha ocorrido em condições de mercado

As contratações sem consulta ao mercado são habitualmente realizadas com empresas do Grupo CGD, respeitando as práticas de mercado e o interesse mútuo:

Seguros: com a Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, SA;

Locação operacional de viaturas: com a Locarent – Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, SA.

Fornecedores que representam mais de 5% dos Fornecimentos e Serviços Terceiros

Os fornecedores que representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos em 2011 foram os seguintes: CGD (29%), Bloomberg (17%), Reuters (8%), Longo Prazo (8%) e Charles River (5%).

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 50

MODELO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

Modelo de Governo

A Sociedade integra um conjunto de empresas que dispõem de uma estrutura organizativa integrada, que assegura um adequado nível de funcionamento e define responsabilidades e hierarquias, sendo composta por Direcções funcionais na dependência directa da Comissão Executiva (órgão de estrutura de nível de enquadramento mais elevado).

Organograma do Modelo de Governo da Sociedade

Esquematicamente o organigrama funcional é o seguinte:

Direcção de Investim entos

Directos

Direcção de Back

offi ce Imobiliário

Direcção Administrativa e

Financeira

Orçam ento e Controlo de

Ges tão

Direcção de Inform ação e de

Tecnologia

Direcção de Recursos

Hum anos e Meios

Direcção de Soluções de

Inves timentos e

Inst itucionais

Direcção de Supervisão e

Controlo

Direcção de N egócios e

Inovação

Controlo de Risco e Anál ise de Perform ance

Assembleia Geral

Com issão de Vencim entos

F iscal Ú nico

Conselho de Administração

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 51

Gestão de Activos Mobiliários

Direcção de Investimentos Directos (DID)

É responsável pela gestão dos investimentos directos em tesouraria, taxa de juro, crédito, acções e alocação de activos. A DID é composta por 19 elementos e tem como responsável o Dr. João Marques.

Direcção de Soluções de Investimentos e Institucionais (DSI)

É responsável pela gestão de investimentos indirectos, de outsourcing (escolha e acompanhamento de gestores externos), alternativos, gestão de carteiras de patrimónios e gestão de carteiras de investidores institucionais, designadamente carteiras de seguros e fundos de pensões. A DSI é composta por 12 elementos, tendo como responsáveis a Drª Cristina Brízido e o Dr. Pedro Frada.

Funções Integradas

Direcção de Supervisão e Controlo (DSC)

É responsável pela gestão do risco de compliance e pela Gestão de Risco Operacional e Controlo Interno. É completamente independente das restantes áreas funcionais, não estando envolvida em qualquer actividade de gestão, valorização e liquidação. A Direcção de Supervisão e Controlo é composta por 5 elementos, tem como responsável a Dra. Paula Geada.

Direcção de Negócios e Inovação (DNI)

Desenvolve as actividades comerciais e de marketing, em estrita colaboração com a CGD. Assegura a ligação à Rede Comercial da CGD, incluindo formação no lançamento de campanhas comerciais. A Direcção de Negócios e Inovação é composta por 11 elementos, sendo o responsável o Dr. Paulo Ferreira.

Direcção Administrativa e Financeira (DAF)

Desenvolve as actividades necessárias ao apuramento do valor das unidades de participação (UP) dos fundos e do valor dos patrimónios geridos. Processa todas as transacções mobiliárias e garante a existência de informação de gestão sobre as carteiras dos fundos e dos clientes da gestão discricionária. Realiza os processamentos necessários a garantir que as demonstrações financeiras de cada fundo e Sociedade espelhem, de forma correcta, a sua actividade. Esta direcção é composta por 22 elementos e tem como responsável o Dr. José Pedro Rodrigues.

Direcção de Backoffice Imobiliário (DBI)

Exerce funções transversais às estruturas de front office da gestão imobiliária, efectuando o registo e acompanhamento das operações imobiliárias, incluindo o cálculo do valor das unidades de participação. Esta direcção é composta por 10 elementos e tem como responsável o Sr. José João Froes.

Direcção de Informação e de Tecnologia (DIT)

É responsável pela gestão da informação, dos sistemas e da infra-estrutura tecnológica, em estrita colaboração com a Sogrupo SI da CGD. A Direcção de Informação e de Tecnologia é composta por 6 elementos e tem como responsável o Eng. António Nogueira.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 52

Direcção de Recursos Humanos e Meios (DRH)

É responsável por dirigir e coordenar as políticas e processos administrativos, respeitantes aos recursos humanos, bem como das áreas de logística e suporte à actividade. A Direcção de Recursos Humanos e Meios é composta por 4 elementos e reportando directamente à administradora do pelouro, Drª Marta Magalhães.

Orçamento e Controlo de Gestão

Unidade responsável pela função de Auditoria Interna e pela elaboração do Orçamento e respectivo Controlo, sendo assegurada pelo Dr. Filipe Reinaldo.

Controlo de Risco e Análise de Performance

Unidade responsável pelo Controlo de Risco e Análise de Performance das carteiras sob gestão, é composta por 4 elementos e tendo como responsável a Dr.ª Patrícia Vieira.

Informação Sobre os Órgãos Sociais - triénio 2011/2013

A Mesa da Assembleia-Geral é composta pelos seguintes membros:

Presidente Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Secretário Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

A composição do Conselho de Administração para o mandato actual (triénio 2011/2013) é a seguinte:

Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito Faria

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

O Fiscal Único é a Oliveira Rego & Associados - S.R.O.C., representada pelo Dr. Manuel de Oliveira Rego e pela suplente a Drª. Paula Cristina Guerreiro Ganhão de Oliveira Rego.

A composição da Comissão de Vencimentos é a seguinte:

Membro Dr. Henrique Pereira Melo

Membro Dr. Vitor José Lilaia Da Silva

Informação sobre os membros do Conselho de Administração

João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Primeira designação para o cargo de presidente do Conselho de Administração em 7/2/2008. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 53

Presidente da Comissão Executiva (C.E.O.) da Caixa Gestão de Activos (desde 2001) e em consequência, presidente do Conselho de Administração da Caixagest, da Fundimo, SGFII e da CGD Pensões, SGFP.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Seguros (2008-2011). Administrador (C.F.O) da área seguradora do Grupo Fidelidade Mundial (2000-2008) e da Império Bonança (2005-2008). Membro do Conselho de Administração da Mundial-Confiança (desde 1995). Membro do Conselho de Administração da IPE Capital. Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (1989-1994). Membro do Conselho de Administração da Fundição de Oeiras (1986-1989)

Data de nascimento: 21 de Fevereiro de 1955.

Fernando Manuel Domingos Maximiano

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 13/12/2003. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso de “Global Asset Allocation” no International Center for Monetary and Banking Studies em Geneve. Curso de “Financial Risk Management” no Instituto de Gestão Bancária. Cursos de “Negotial Strategies” e de “Marketing Strategies” na Universidade Nova de Lisboa. Programa de Alta Direcção de Empresas no Instituto de Estudios Superiores de la Empresa da Universidade de Navarra.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Activos (desde 2008), da Caixagest, Técnicas de Gestão de Fundos (desde 2000).

Director-Geral da Caixagest (1994-2000). Chefe de Investimento em Obrigações de Taxa Fixa da Caixagest (1993-1994). Gestor de Fundos na Caixagest (1990-1993) e na UAP - Union des Assurance de Paris (1989-1990).

Data de Nascimento: 25 de Dezembro de 1960

Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Primeira designação para o cargo de membro do Conselho de Administração em 28/3/2002. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Pós-Graduado em Mercados e Activos Financeiros pelo Centro de Investigação de Mercados e Activos Financeiros do ISCTE.

Membro do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Activos, Caixagest, da CGD Pensões (desde 2002) e Fundimo (desde 2009). Director de Gestão de Activos do Barclays Bank, em Lisboa. Membro do Conselho de Administração da Mello Activos Financeiros, SGFIM e da Mello Activos Financeiros SGP. Director de Investimento da AF Investimentos, SGFIM. Director de Investimento da Tottafundos, SGFIM. Director de Research da Caixagest. Analista Financeiro, Gestor de Fundos de Acções e Subdirector da Área de Investimento, na Gestifundo, SGFIM.

Data de Nascimento: 20 de Maio de 1965

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 54

Número de reuniões do Conselho de Administração

O número de reuniões dos órgãos de administração durante o exercício de 2011 foi o seguinte:

Conselho de Administração: 6 reuniões

Comissão Executiva: 25 reuniões

Informação sobre os membros dos restantes Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Primeira designação para o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia-Geral em 31/3/2005. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa. Pós-graduado em Direito e Gestão de Empresas pela Nova Fórum da Universidade Nova de Lisboa.

Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, Caixa Imobiliário, Caixanet, Caixatec, Fundimo, Gestinsua, Imocaixa, Locarent, Sanjimo e Vale do Lobo. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Participações, Gerbanca, Parbanca, Sogrupo IV GI, TF Turismo e Yunit Serviços. Secretário da Mesa da Assembleia-Geral do Banco Comercial Atlântico, da Caixa BI, Cares, Cares RH, CGD Pensões, Sogrupo CSP e da Sogrupo SI. Membro do Conselho de Administração do Banco Comercial e de Investimentos e do Banco Caixa Geral Totta Angola. Membro da Comissão de Vencimentos da Cares, Imocaixa, Multicare, Sogrupo CSP, Sogrupo IV GI e TF Turismo. Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1980). Exerce advocacia em regime de profissão liberal (deste 1981).

Data de nascimento: 28 de Janeiro de 1952

Drª Maria Amélia Vieira de F.Carvalho de Figueiredo

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-Geral em 29/4/2011. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciada em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, da Caixagest e da Fundimo (desde 2011). Secretário da Mesa da Assembleia-geral da Gerbanca (desde 2012), da Caixa Seguros e Saúde e da HPP - Hospitais Privados de Portugal (desde 2011), da HPP-ACE (desde 2010), da Caixa Participações e da Parbanca (desde 2009). Colaboradora da Caixa Geral de Depósitos (desde 1987).

Data de nascimento: 30 de Julho de 1955

Dr. Ruben Filipe Carriço Pascoal

Primeira designação para o cargo de secretário da Mesa da Assembleia-geral em 29/4/2011. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 55

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas e Mestre em Finanças pelo ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

Secretário da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Gestão de Activos, da Caixagest e da Fundimo (desde 2011). Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 2004).

Data de nascimento: 13 de Outubro de 1979

Incompatibilidades dos membros do Conselho de Administração

Não existem incompatibilidades entre o exercício dos cargos de administração na sociedade e os demais cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração, decorrentes da integração em empresas do Sector Empresarial do Estado ou de quaisquer outras normas. Os membros do Conselho de Administração cumprem todas as disposições legais relativas à comunicação dos cargos exercidos em acumulação.

Avaliação de desempenho dos gestores executivos

Considerando a forma como foi conduzida a administração da sociedade, o accionista propôs na última Assembleia-geral, um voto de confiança no Conselho de Administração e em cada um dos seus membros, para que prossigam os seus mandatos.

Incompatibilidades dos Membros do Conselho Fiscal

Os membros do Conselho Fiscal não se encontram abrangidos pelas incompatibilidades do artigo 414-A do Código das Sociedades Comerciais (CSC), e a maioria dos seus membros são independentes, de acordo com a recomendação constante da carta circular do Banco de Portugal nº 24/2009/DSB e do artº 414 nºs 5 e 6 do CSC

Revisor Oficial de Contas

Dr. Manuel de Oliveira Rego

Primeira designação para o cargo de Fiscal Único em 28/3/2002. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Finanças no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Revisor Oficial de Contas desde 1980.

Auditoria Externa

Deloitte & Associados, SROC, SA, representada por Eduardo Manuel Fonseca Moura.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 56

Meios de salvaguarda da independência dos auditores

A auditoria anual às contas da Caixagest é efectuada por entidade independente externa, a Deloitte & Associados, SROC, SA, que tem como interlocutores privilegiados o Conselho Fiscal e a Direcção de Contabilidade e Consolidação de Informação Financeira, sendo que, de acordo com o estipulado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, a selecção e contratação do auditor externo são da responsabilidade do Conselho Fiscal, que assegura as suas condições de independência.

Comissões Especializadas - Comissão de Vencimentos

A Comissão de Vencimentos nomeada pela Assembleia-Geral para fixar as remunerações dos membros do Conselho de Administração da Caixagest tem a seguinte composição:

Henrique Pereira Melo

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 1/6/2006. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Clássica de Lisboa.

Vice-Presidente do Conselho de Administração da CGD Pensões e Membro do Conselho de Administração da Sogrupo CSP, Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa - Banco de Investimento, da Caixa - Gestão de Activos, da Caixa Capital, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial, da Fundimo, da Império Bonança e da Sogrupo SI, do Banco Caixa Geral Totta Angola, do Banco Nacional de Investimento (Moçambique).Colaborador da Caixa Geral de Depósitos desde 1977.

Data de nascimento: 23 de Outubro de 1946

Victor José Lilaia da Silva

Primeira designação para o cargo de membro da Comissão de Vencimentos em 28/3/2002. O mandato actual diz respeito ao triénio 2011/2013.

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa. Curso Avançado de Gestão Bancária no Instituto de Formação Bancária.

Administrador executivo do Banco Caixa Geral Totta de Angola. Membro do Conselho de Administração da Caixa Participações SGPS, da Caixa Geral de Depósitos - Subsidiária Offshore de Macau, da Gerbanca SGPS, da Parbanca SGPS e da Parcaixa SGPS. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Carlton Life Residências e Serviços, da HPP - Hospitais Privados de Portugal, da HPP ACE, da HPP Algarve, da HPP Boavista, da HPP Lusíadas, da HPP Saúde Parcerias Cascais, da HPP Viseu, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI e da Sogrupo IV GI. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Caixa Seguros e Saúde SGPS. Presidente do Conselho Fiscal da Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest. Presidente da Comissão de Vencimentos da Esegur e da Locarent. Vogal da Comissão de Vencimentos do Banco Interatlântico, do Banco Nacional Ultramarino, da Caixa Banco de Investimento, da Caixa Gestão de Activos, da Caixa Imobiliário, da Caixa Capital, da Caixa Desenvolvimento, da Caixa Leasing e Factoring, da Caixa Seguros e Saúde, da Caixagest, da Caixatec, da CGD Pensões, da Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, da Fundimo, da HPP Hospitais Privados de Portugal, da Imocaixa, da Margueira, da Multicare, da Sogrupo CSP, da Sogrupo SI, da Sogrupo IV GI e da Vale do Lobo - Resort Turístico de Luxo.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 57

Colaborador da Caixa Geral de Depósitos (desde 1979).

Data de nascimento: 23 de Agosto de 1955

Prevenção de conflitos de interesses

A organização e gestão das actividades de intermediação financeira são realizadas por forma a que não ocorram conflitos de interesses entre os diferentes clientes abrangidos e as Direcções estão estruturadas de modo a garantir uma adequada segregação de funções de decisão, execução, registo e controlo dos investimentos realizados.

Para minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses com membros do Conselho de Administração (CA) e os colaboradores, estão estabelecidas as seguintes normas:

Preenchimento de uma declaração individual, em que constem as situações susceptíveis de gerar conflitos de interesses que possam surgir devido a vínculos económicos.

Interdição de uso directo ou indirecto das informações obtidas através da Sociedade, em seu próprio benefício, nem a facilitá-la a quaisquer clientes ou terceiros. Estão ainda sujeitos ao segredo profissional e ao regime jurídico aplicável à informação privilegiada, as informações conhecidas por força do exercício da actividade de intermediação financeira.

Observância, em todas as suas actuações, do cumprimento das exigências éticas, morais e deontológicas e contribuição para o bom funcionamento e transparência dos mercados.

Adicionalmente, estão também estipulados critérios de resolução de potenciais conflitos de interesses com clientes, salvaguardando a prevalência dos interesses dos clientes e o respeito pelos princípios de equidade e de transparência.

REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Política Remuneratória

A Comissão de Vencimentos, em cumprimento do mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral, e tendo em consideração os objectivos definidos, delibera o valor das remunerações fixas dos Administradores com pelouros, sendo os custos suportados pelas empresas da Caixa Gestão de Activos.

Os Administradores não auferiram qualquer tipo de remuneração ou compensação de despesas, através da Sociedade holding, Caixa Gestão de Activos.

Remunerações dos membros do Conselho de Administração

Os Administradores com pelouros atribuídos receberam em 2011, as remunerações e compensações de despesas constantes do quadro seguinte:

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 58

Unid: €

Presidente Caixagest

Administrador Caixagest

Administrador Caixagest

João Eduardo

Noronha Gamito Faria

Fernando Manuel

Domingos Maximiano

Luís Miguel Saraiva Martins

TOTAL

1. Remuneração

1.1. Remuneração base Anual/ Fixa 58.958,33 154.000,00 154.000,00 366.958,33

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 2.947,92 7.700,00 7.700,00 18.347,92

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 5.601,04 14.630,00 14.630,00 34.861,04 1.4. Remuneração Anual Efectiva (1.1. - 1.2. - 1.3.)

56.619,64 131.670,00 131.670,00 319.959,64

1.5. Senha de presença - - -

1.6. Acumulação de funções de gestão (1) - - -

1.7. Remuneração variável - - -

1.8. IHT - - -

1.9. Outras - - -

2. Outras regalias e compensações

2.1. Plafond Anual em comunicações móveis 1.440,00 1.440,00 2.880,00 2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis

1.440,00 313,65 1.753,65

2.3. Subsídio de refeição 558,00 2.763,90 2.741,70 6.063,60

2.4. Encargos com deslocações 529,50 810,25 1.339,75

2.5. Subsídio de estudo 458,90 365,60 824,50

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Regime de Protecção Social 16.380,39 14.297,08 30.382,98 61.060,45

3.2. Seguros de Saúde 1.751,24 0,00 1.751,24

3.3. Seguros de Vida 341,88 1.388,59 0,00 1.730,47

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais 4,58 130,00 0,00 134,58

3.5. Plano de Pensões 2.437,11 0,00 2.437,11

4. Parque automóvel

4.1. Marca Mercedes Benz Mercedes Benz

4.2 Modelo E 250CDI BE E250CDI BE

4.3. Modalidade de Utilização Renting Renting

4.4. Ano Início 2010 2010

4.5. Ano Termo 2014 2014

4.6. Valor das renda anual da viatura de serviço 8.298,80 12.553,88 20.852,68

4.7. Valor do Combustível gasto com viatura - -

4.8. Plafond anual de combustível atribuído - -

4.9 Outros: Via verde 589,29 359,05 948,34

5. Informações Adicionais

5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem n n n

5.2. Remuneração anual pelo lugar de origem - - -

5.3 Regime de Protecção social Seg.Social Seg.Social CGA

(1) - O Presidente da Comissão Executiva desempenhou funções de administrador do grupo CGD, na empresa Caixa Seguros e Saúde, até 6 de Outubro, tendo auferido nessas funções o montante de 133.194€ de Remunerações Fixas, não recebendo qualquer Remuneração Variável, e sendo os encargos com o regime de previdência suportados por aquela empresa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 59

Prémios de Gestão

Nos termos do artº 24º da Lei 55-A/2010 e em cumprimento do Despacho de 25 de Março de 2010 do Ministro do Estado e das Finanças, comunicado através do Ofício circular nº 2590, de 26 de Março de 2010, não foram distribuídos prémios de gestão aos membros dos orgãos de gestão em 2010 e 2011.

Remuneração do Revisor Oficial de Contas e do Auditor Externo

Nos exercícios de 2010 e 2011, os custos relativos à remuneração dos serviços de auditoria externa foram, respectivamente, 21.532 euros e 20.700 euros, excluindo impostos, e o custo de elaboração do Relatório de Salvaguarda de Activos foi de, respectivamente, 25.000 euros e 22.500 euros, excluindo impostos.

O Fiscal Único não foi remunerado pelas suas funções de fiscalização.

O custo anual dos serviços de revisão oficial de contas da Sociedade e de elaboração do Relatório de Controlo Interno foi de 25.000 euros, excluindo impostos, em ambos os exercícios.

SISTEMA DE CONTROLO

Sistema de Controlo Interno

Anualmente, a Caixagest elabora um relatório sobre o Sistema de Controlo Interno que é entregue ao Banco de Portugal e à CMVM onde se evidencia o cumprimento da legislação e regulamentação, as deficiências que a Sociedade apresenta e as medidas que está a desenvolver com vista as eliminar e que inclui capítulos relativos ao branqueamento de capitais e às reclamações de clientes.

Semestralmente, é também apresentado ao órgão de administração e ao órgão de fiscalização, o Relatório de Compliance, onde são identificados os incumprimentos verificados nas sociedades gestoras de fundos e as medidas adoptadas para corrigir eventuais deficiências. Este documento é preparado pela Direcção de Supervisão e Controlo, direcção responsável pela função compliance.

Sistema de Controlo de Protecção dos Investimentos

Complementarmente ao Sistema de Controlo Interno (referido anteriormente), os clientes particulares que têm contrato de gestão de carteiras estão abrangidos pelo Sistema de Indemnização aos Investidores, pessoa colectiva de direito público, criada pelo Decreto Lei n.º 222/99, de 22 de Junho, com o objectivo de proteger os pequenos investidores e que funciona junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Sistema de Controlo de Salvaguarda de Títulos

No exercício da actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem, a Caixagest assegura uma distinção clara entre os bens pertencentes ao seu património e os bens pertencentes ao património de cada cliente. Para tal adopta procedimentos e medidas que permitem, a todo o

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 60

momento e em todos os actos praticados, o cumprimento desta distinção, em conformidade com o disposto no Código de Valores Mobiliários sobre a salvaguarda dos bens dos clientes.

A Caixagest ciente destes procedimentos, entende todo o trabalho realizado nesta matéria como uma das peças do sistema de controlo interno da Sociedade.

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE

Representante para as Relações com o Mercado

A Caixagest, enquanto emitente de instrumentos financeiros, tem nomeado um Representante para as Relações com o Mercado, cujo contacto é o seguinte:

Dr. Fernando Maximiano, Vogal do Conselho de Administração da entidade gestora.

Endereço: Av. João XXI, 63 – 2º 1000-300 Lisboa Telefone: 21 790 5457 Fax: 21 790 5765

E-mail: [email protected]

Divulgação de informação relevante

No exercício do cumprimento integral do dever de divulgação pública de informação relevante, a Caixagest, durante o ano 2011, remeteu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 154 comunicações que se encontram disponíveis no site da CMVM:

Data Informação

02-11-2011 Informação sobre o resultado da oferta do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST RENDIMENTO CORPORATE 2014

26-10-2011 Informação em resultado de erro no cálculo do valor da unidade de participação (15 comunicações).

20-10-2011 Informação sobre os Relatórios e Contas relativos ao primeiro semestre de 2011 de 15 Fundos Mobiliários geridos pela CAIXAGEST SA, se encontrarem à disposição do público nas agências da CGD e na internet nos sites: www.cmvm.pt e www.caixagest.pt (15 comunicações).

30-08-2011 Informação sobre os Relatórios e Contas relativos ao primeiro semestre de 2011 de 32 Fundos Mobiliários geridos pela CAIXAGEST SA, se encontrarem à disposição do público nas agências da CGD e na internet nos sites: www.cmvm.pt e www.caixagest.pt (32 comunicações).

22-08-2011 Informação da divulgação de erros ocorridos na determinação do valor das unidades de participação Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Harmonizado CAIXAGEST ACÇÕES PORTUGAL e CAIXAGEST PPA (2 comunicações).

16-08-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto Caixagest MAXi SELECÇÃO, fundo em liquidação, gerido por esta sociedade referente a 08 de Agosto de 2011, se encontra à disposição do público.

16-08-2011 Informação que o Relatório e Contas do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MAXI SELECÇÃO relativo ao 1º semestre de 2011 se encontra à disposição do público nas agências da Caixa Geral de Depósitos e na internet em www.caixagest.pt e www.cmvm.pt.

16-08-2011 Informação que o valor final de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MAXI SELECÇÃO por Unidade de Participação é de 5.2412 Euros, tendo sido efectuado o pagamento do mesmo aos participantes no dia 16 de Agosto de 2011.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 61

10-08-2011 Informação da diferença no valor da unidade de participação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MAXI SELECÇÃO, em resultado de erro no cálculo do valor da unidade de participação do dis 8 de Agosto de 2011.

08-08-2011 Informação que o Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MAXI SELECÇÃO, liquidará antecipadamente no dia 08 de Agosto de 2011.

04-08-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do o Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST MULTI-ACTIVOS 2011 (em liquidação), gerido por esta sociedade referente a 1 de Agosto de 2011, se encontra à disposição do público

04-08-2011 Informação que o Relatório e Contas do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST MULTI-ACTIVOS 2011 relativo ao 1º semestre de 2011 se encontra à disposição do público.

04-08-2011 Informação que o valor final de liquidação do o Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST MULTI-ACTIVOS 2011 por Unidade de Participação é de 5.5297 Euros, tendo sido efectuado o pagamento do mesmo aos participantes no dia 4 de Agosto de 2011.

01-08-2011 Informação que o Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST MULTI-ACTIVOS 2011 liquida no dia 1 de Agosto de 2011, conforme previsto no Prospecto Completo do Fundo. O pagamento aos participantes será no dia 4 de Agosto de 2011.

18-07-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MEMORIES, fundo em liquidação, gerido por esta sociedade referente a 11 de Julho de 2011, se encontra à disposição do público.

18-07-2011 Informação que o Relatório e Contas do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MEMORIES relativo ao 1º semestre de 2011 se encontra à disposição do público nas agências da Caixa Geral de Depósitos e na internet em www.caixagest.pt e www.cmvm.pt.

18-07-2011 Informação que o valor final de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MEMORIES por Unidade de Participação é de 5,0245 Euros, tendo sido efectuado o pagamento do mesmo aos participantes no dia 18 de Julho de 2011.

13-07-2011 Informação o Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MEMORIES, liquidou no dia 11 de Julho de 2011, conforme previsto no Prospecto Completo do Fundo, por motivo de ter terminado o prazo para o qual foi constituído. O pagamento aos participantes será no dia 18 de Julho de 2011 (o prazo de pagamento é de cinco dias úteis após a liquidação, conforme previsto no Prospecto Completo do Fundo).

12-07-2011 Informação a divulgação de erros ocorridos na determinação do valor das unidades de participação Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST INFRAESTRUTURAS.

11-07-2011 Informação que o Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST MEMORIES, liquida no dia 11 de Julho de 2011.

20-06-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST RENDIMENTO MAIS (em liquidação), gerido por esta sociedade referente a 13 de Junho de 2010, se encontra à disposição do público.

20-06-2011 Informação que o valor final de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto Caixagest RENDIMENTO MAIS, por Unidade de Participação é de 5.0019 Euros.

09-06-2011 Informação sobre a liquidação antecipada do Fundo Especial de Investimento Aberto Caixagest RENDIMENTO MAIS.

06-05-2011 Informação Informamos que o valor final de liquidação do o Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST VALOR PLUS por Unidade de Participação é de 5,2352 Euros, tendo sido efectuado o pagamento do mesmo aos participantes no dia 06 de Maio de 2011.

06-05-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST VALOR PLUS (em liquidação), se encontra à disposição do público.

29-04-2011 Informação que o Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST VALOR PLUS, liquida no dia 29 de Abril de 2011.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 62

13-04-2011 IInformação que procedeu a correcção do Valor da UP do Fundo CAIXAGEST ESTRATÉGIA ARROJADA e do Fundo CAIXAGEST ESTRATÉGIA DINÂMICA (2 comunicações).

04-04-2011 IInformação sobre o resultado da Oferta Pública de Distribuição de 15.000.000 Unidades de Participação do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXA RENDIMENTO FIXO 2015.

31-03-2011 Informação sobre os Relatórios e Contas relativos a 2010 de todos os Fundos Mobiliários geridos pela CAIXAGEST SA se encontrarem à disposição do público nas agências da CGD e na internet nos sites: www.cmvm.pt e www.caixagest.pt (53 comunicações).

25-03-2011 Rectificação do valor do Rendimento Ilíquido e do valor do Imposto Retido da distribuição dos rendimentos do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST IMOBILIÁRIO INTERNACIONAL.

24-03-2011 Informação aos participantes do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST IMOBILIÁRIO INTERNACIONAL, que no dia 24 de Março de 2011, o Fundo procederá à distribuição dos rendimentos.

22-03-2011 Informação que o valor final de liquidação do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST RENDIMENTO CRESCENTE 2011 por Unidade de Participação é de 5,0008 Euros

22-03-2011 Informação que o Relatório e Contas de liquidação do Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXAGEST RENDIMENTO CRESCENTE 2011 (em liquidação), se encontra à disposição do público.

25-03-2011 Informação que o Relatório e Contas do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST RENDIMENTO CRESCENTE 2011, gerido por esta sociedade referente a 2010, se encontra à disposição do público.

15-03-2011 Informação que o Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST RENDIMENTO CRESCENTE 2011, liquida no dia 15 de Março de 2011.

01-03-2011 Informação que no dia 1 de Março de 2011 foi apurado o resultado da Oferta Pública de Distribuição de 7.000.000 Unidades de Participação do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST VALOR BRIC 2015, a qual decorreu entre os dias 2 de Fevereiro de 2011 e o dia 28 de Fevereiro de 2011, ocorrendo a liquidação financeira no dia 1 de Março de 2011, data em que o Fundo foi constituído.

07-02-2011 Informação que se procedeu à fusão por incorporação do fundo CAIXAGEST MOEDA - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria e do fundo CAIXAGEST RENDIMENTO - Fundo de Obrigações de Taxa Variável, no fundo CAIXAGEST OBRIGAÇÕES MAIS MENSAL - Fundo de Obrigações de Taxa Variável (anteriormente denominado Caixagest Renda Mensal), no dia 7 de Fevereiro de 2011.

07-02-2011 Informação que se procedeu à fusão por incorporação do fundo CAIXAGEST CURTO PRAZO - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria no fundo CAIXAGEST ACTIVOS CURTO PRAZO - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria (anteriormente denominado Caixagest Tesouraria), no dia 7 de Fevereiro de 2011.

02-02-2011 Anúncio de Lançamento de Oferta Pública de Distribuição do Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST VALOR BRIC 2015 e informação sobre o Regulamento de Gestão e sobre o Prospecto de oferta pública de distribuição deste Fundo (3 comunicações).

04-01-2011 Informação sobre a fusão por incorporação do fundo CAIXAGEST MOEDA - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria e do fundo CAIXAGEST RENDIMENTO - Fundo de Obrigações de Taxa Variável, no fundo CAIXAGEST OBRIGAÇÕES MAIS MENSAL - Fundo de Obrigações de Taxa Variável (anteriormente denominado Caixagest Renda Mensal).

04-01-2011 Informação sobre a fusão por incorporação do fundo CAIXAGEST CURTO PRAZO - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria no fundo CAIXAGEST ACTIVOS CURTO PRAZO - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria (anteriormente denominado Caixagest Tesouraria ).

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 63

Divulgação de informação sobre o Governo da Sociedade

O presente Relatório de Bom Governo, que constitui um capítulo autónomo do presente Relatório e Contas, visa cumprir a Recomendação de incluir no Relatório de Gestão um ponto relativo ao governo da sociedade.

ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL

Sustentabilidade económica, social e ambiental

A Sociedade faz parte do Grupo CGD que, pela sua visão estratégica, ambiciona estar na primeira linha do Desenvolvimento Sustentável.

A oferta de produtos financeiros inovadores também evidencia a integração dos aspectos ambientais de uma forma transversal, nomeadamente através do Fundo Especial de Investimento Caixagest Energias Renováveis, o primeiro fundo temático português de investimento socialmente responsável (iniciado em Outubro de 2005) com notação máxima de cinco estrelas atribuída pela Morningstar.

NOMEAÇÃO DO PROVEDOR DO CLIENTE

Provedor do cliente

As sociedades gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário não estão obrigadas à nomeação de um Provedor do cliente.

O relacionamento com os clientes é na quase totalidade efectuado através da rede comercial da CGD pelo que, regra geral, todas as reclamações são atendidas e resolvidas ao nível da Estrutura Central da CGD. As reclamações dos clientes constituem um meio privilegiado para melhorar o nível de serviço da Sociedade, quer na resolução das situações apresentadas, quer na definição de procedimentos mais adequados em situações futuras.

Nos casos em que as reclamações são directamente dirigidas à Sociedade Gestora são adoptados os seguintes procedimentos de forma a garantir a sua pronta e justa apreciação:

Todas as reclamação são encaminhadas para a Direcção Negócio e Inovação e para a Direcção de Supervisão e Controlo, que, não estando afectas a execução das operações, as apreciam imparcialmente, procedendo à sua resposta.

É estabelecido um prazo máximo de dez dias úteis para resposta ao cliente.

Os processos de reclamação, os resultados da apreciação, bem como todos os elementos identificativos da mesma são conservados por um prazo mínimo de cinco anos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2011 64

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

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