cadernos de saÚde bucal da ses sp

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Prefeitura do Municpio de So Paulo Secretaria Municipal da Sade Coordenao de Desenvolvimento de Programas e Polticas de Sade - CODEPPS

CADERNOS DE SADE BUCAL DA SES SP

Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de semiologia

adotado pela rea Tcnica de Sade Bucal para subsidiar as aes de sade bucal na rede municipal de sade. Gesto 2005-2008

dezembro de 2005

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GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SADE CENTRO TCNICO DE SADE BUCAL

CADERNOS DE SADE BUCAL

Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de semiologia

Dezembro de 2004

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Apresentao A ateno integral sade, objetivo do Sistema nico de Sade, inicia-se pela organizao do processo de trabalho na rede bsica de sade e soma-se aes em outros nveis assistenciais, compondo o cuidado sade (CECLIO e MERHY 2003). a rede bsica de sade, portanto, a grande responsvel pelo cuidado em sade e cuidado significa vnculo, responsabilizao e solicitude na relao equipe de sade com os indivduos, famlias, comunidades; significa compreender as pessoas em seu contexto social, econmico e cultural; significa acolh-las em suas necessidades com relao ao sistema de sade. As proposies no mbito da ateno bsica devem ser norteadas pelo entendimento da dupla dimenso do processo sade-doena, que exige no apenas solues voltadas para o indivduo mas tambm intervenes de carter coletivo, orientadas por critrios de prevalncia, incidncia, magnitude e possibilidade de resposta.(DAB/SES-SP 2002). E este nvel de ateno necessita esgotar os limites de suas possibilidades, na propedutica e na clnica, dando uma resposta eficaz s pessoas sob sua responsabilidade, num processo de trabalho multiprofissional e interdisciplinar. Esse nvel de deve, assim, ser orientado para o cidado e sua autonomia, para a famlia e a comunidade e ser qualificado no sentido de tambm prover cuidados contnuos para os pacientes portadores de patologias crnicas e portadores de necessidades especiais (CARTA DE SERGIPE 2003). neste contexto que se inserem a ao de sade bucal. E preciso compreender que ter sade bucal significa no apenas ter dentes e gengivas sadias. Significa tambm estar livre de dores crnicas e outras doenas e agravos que acometem o aparelho estomatogntico. Implica na possibilidade de uma pessoa exercer plenamente funes como mastigao, deglutio e fonao, exercitar a auto-estima e relacionar-se socialmente sem inibio ou constrangimento, o que contribuir para sua sade geral. No se pode separar sade bucal da sade geral, que est diretamente relacionada com qualidade de vida. (PETERSEN 2003; NARVAI 2003, SES-SP2004). E igualmente relevante reconhecer que sade bucal parte integrante e inseparvel da sade geral do indivduo e est relacionada com as condies de vida (saneamento, alimentao, moradia, trabalho, educao, renda, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra), com o acesso informao e aos servios de sade (1a e 2a Conferncias Nacionais de Sade Bucal ,1986 e 1993). A 3a Conferncia Nacional de Sade Bucal (2004), alm de destacar que as condies de sade bucal podem mostrar sinais significativos de excluso social, teve como objetivo identificar os principais problemas e buscar meios e recursos para superlos nos diversos nveis de atuao do SUS. E, nunca demais lembrar, ter sade bucal um direito de cidadania, assegurado pela Constituio de 1988, direito que deve ser efetivado mediante polticas pblicas que assegurem sua promoo, proteo e recuperao, significando tambm o acesso universal e igualitrio s aes e servios de sade. O sujeito da ateno bsica em sade bucal o cirurgio-dentista clnico geral, que, assim, deve estar apto a atuar tanto na assistncia, desenvolvida na Unidade de Sade, como em aes coletivas e intersetoriais, sempre com o conhecimento do perfil epidemiolgico da populao sob sua responsabilidade. As aes desenvolvidas na ateno bsica em sade bucal passam por um processo de evoluo desde a implantao do SUS, tanto no que diz respeito ao pblico alvo contemplado quanto na sua complexidade. Isto implica na incorporao e desenvolvimento

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de tecnologias que visem organizar os sistemas de referncia e contra-referncia proporcionado o atendimento integral do indivduo, tendo como meta efetivar os preceitos constitucionais j citados. Na sade bucal cada vez mais se faz necessrio ampliar o conjunto de aes desenvolvidas pelo cirurgio-dentista clnico geral no sentido de se obter maior qualidade e resolutividade. Para tal, faz-se necessrio instrumentaliz-lo em relao a tcnicas e procedimentos especializados que possam ser realizados na ateno bsica, estabelecendo limites de atuao profissional e condies de encaminhamento. Com esse objetivo, o Centro Tcnico de Sade Bucal da Secretaria de Estado da Sade de So Paulo, reuniu um grupo de trabalho constitudo de profissionais da rede estadual de sade, com experincia em diferentes especialidades e tambm com experincia na rede bsica de sade, para a construo de um conjunto de recomendaes, com embasamento cientfico, que pudessem ser discutidas por profissionais representando municpios no mbito das 24 Direes Regionais de Sade do Estado de So Paulo (DIR), incorporando as suas contribuies e experincias. Foi um processo longo, porm cuidadoso, iniciado em fevereiro de 2003, que teve, como etapas, o estabelecimento de estratgias de trabalho, com a definio da estrutura dos cadernos; a reviso de literatura e elaborao de documentos para discusso inicial, o planejamento e a realizao de oficinas com representantes de municpios e Faculdades de Odontologia das 24 Direes Regionais de Sade (DIR), incorporao das sugestes e formatao e reviso final. O trabalho foi finalizado com a constituio de sete Cadernos de Sade Bucal, denominados: Qualidade e resolutividade na ateno bsica: Recomendaes para atendimento pacientes com necessidades especiais Recomendaes sobre cirurgia ambulatorial Recomendaes sobre endodontia Recomendaes sobre periodontia Recomendaes sobre semiologia Recomendaes sobre odontopediatria e ortodontia preventiva Recomendaes sobre biossegurana . Cada Caderno tem caractersticas especificas de acordo com a complexidade da especialidade contemplada e certamente cumprir o objetivo, j enunciado anteriormente o de subsidiar o cirurgio-dentista da rede bsica no esgotamento de suas possibilidades propeduticas e clnicas, auxiliando-nos tambm no que e como referenciar aos nveis mais especializados. com muita satisfao, pois, que colocamos disposio de todos os profissionais, e no apenas para os do SUS, esses sete Cadernos de Sade Bucal. Agradecemos, nesta oportunidade, aos que participaram da elaborao deste trabalho, com a dedicao de seu precioso tempo e conhecimento, cuja recompensa a possibilidade de dividir seus saberes de forma solidria e democrtica, contribuindo para a melhoria da ateno sade bucal da comunidade usuria do SUS. So Paulo, dezembro de 2004. Tania Izabel Bighetti ForniAssessora de Sade Bucal

Maria da Candelria SoaresDiretora do Centro Tcnico de Sade Bucal

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Geraldo Alckmin Governador do Estado de So Paulo Luis Roberto Barradas Barata Secretrio da Sade Centro Tcnico de Sade Bucal Maria da Candelria Soares - Diretora Assessores Vladen Vieira Tania Izabel Bighetti Forni Angela Maria Spadari DAmelio Doralice Severo da Cruz Ana Flvia Pagliusi Gennari Julie Silvia Martins Maria Eglucia Maia Brando GRUPO DE TRABALHO Coordenao Executiva: Tania Izabel Bighetti Forni Participantes: Hiroko H. Nishiyama (DIR I) Alice M. N. Fugita (Visconde de Itana) Claudio Massami Suzuki (Visconde de Itana) Dolores M. S. Russo (Amaral Gurgel) Fabiana N. Silva (PAM Lapa) La Mrcia C. F. Alahmar (Visconde de Itana) Maria Cristina de Carvalho (NRS 4) Marco Antonio T. Martins (CS I Pinheiros) Myriam Rossi (Amaral Gurgel)

Jorge Ferreira de Arajo (Hospital das Clnicas) Rita de Cassia B. Vilarim (PAM Lapa) Doralice Severo da Cruz Teixeira (CRI) Angela Maria Spadari DAmelio (CTSBucal}

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Colaboradores Azzo Widman (SES-SP Hospital das Clnicas) Carlos Alberto Machado (SES-SP Centro de Referncia de Hipertenso) Carlos Bonilha (SES-SP CSI Vila Maria) Cibele Paiola (DIR I PAM Lapa) Edison Jos Boccardio (SES- SP - Hospital Emlio Ribas) Iara Oliveira Pais de Camargo (DIR I PAM Lapa) Inaldi Marlia Fernandes Bispo (SMS-SP UBS Jardim So Paulo) Fernanda Lcia de Campos (SMS-SP COGEST Sade Bucal) Julia Futaki (Clnica particular) Luis Alberto Valente Junior (FM-USP Hospital das Clnicas Diviso de Odontologia) Marina de Ftima Rossi de Monteiro Piva (SES- SP - Hospital Emlio Ribas) Marisa Santiago S. Boreni (SES-SP Clnica Amaral Gurgel) Pedro Orville Megale (DIR I PAM Lapa) Regina Auxiliadora de Amorim Marques (SMS-SP CSSub-prefeitura Butant) Slvio Carlos Coelho de Abreu (SMS-SP PSF Santa Marcelina) Representantes das Direes Regionais de Sade DIR I: Hiroko H. Nishiyama Mylene Cristina Pauletto; Maureen Ohara; Tania Mendona; Maria Aparecida Custodio Ferreira; Teresa Cristina de Abreu DIR II: Elisa Ferraz de Alvarenga Maria Inez Arantes Azevedo B. Lippi; Sheila Ruegger Fabiano (Ribeiro Pires) DIR III: Viviane Armindo P. de Miranda Nelson Nakazone (Guarulhos); Egle Lucy Guimares (Itaquaquecetuba) DIR IV: Rosele Alves de Arajo Mrcia Macedo; Vtor Eugnio Aoki; Srgio Paulo Barbosa; Marinez Macedo (Francisco Morato) DIR V: Renato Maurcio da Cruz Olga Maria D. Pires (Embu das Artes); Jos Alberto Tarifa Nogueira (Embu das Artes); Amlia Mendes N. Guermandi (Embu das Artes); Nilva T. Kitani (Embu das Artes) DIR VI: Lcia Maria Alves de Lima Milton Zampieri Jnior (Araatuba); lida Cristina Botazzo Delbem Fornazari (Araatuba); Liliane Passanezi Almeida Louzada (FO-Araatuba); Cntia Megid Barbieri (FO-Araatuba) DIR VII: Jos Carlos Amanta Gema Maria Pagliarini Pizani (Araraquara) DIR VIII: Cleuber Landre DIR IX: Helda Maria Lucarelli Alex Tadeu Martins (Faculdade de Odontologia de Barretos); Juliemy Aparecida de Camargo Schuoteguazza (Faculdade de Odontologia de Barretos); Tadeu Martins (Faculdade de Odontologia de Barretos), DIR X: Elaine Aparecida Casarin Maria Rbia Ayub Vaca (Borebi); Maria Ins Pereira Bernardes (Agudos) DIR XI: Ana Paula Machado; Arnaldo Porto

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DIR XII: Nadja Moscoso Abdalla Rosimary de Ftima Val (Campinas); Paulo Camargo Moraes (Cosmpolis); Daniel Guimares Pedro Rocha; (Paulnia) Maurcio Saurin (Sumar); Zuleica Meluza dos Santos (Vinhedo); Aparecida Incio de Oliveira (Paulnia) DIR XIII: Cludio Jos Abraho DIR XIV: Suzel Marlene Longhi Nunes Oliveira DIR XV: Simone Renn Junqueira; Roberta Molina DIR XVI: Diana Tsuyako Sjikura Rosa Maria Outeiro Pinto Moreira DIR XVII: Severino Florncio Carlos Augusto Garcia de Alencar (Pariquera-au e Sete Barras); Ricardo Adilson Soares (Miracatu e Juqui); Marcos Aurlio Maeyama (Iguape e Juqui); Francisco de Paula Spagnuolo Neto (Pedro de Toledo); Ana Cristina Messaggi Gomes Vendramini (Jacupiranga); Cristianne Aparecida Costa Haraki (Pariquera-au) DIR XVIII: Vera Lcia Morando Simi DIR XIX: Aparecida Soares Franco DIR XX: Airton Dias Paschoal; Suely Elizabeth L. Moreira DIR XXI: Vera Lcia de Carvalho Pirk Ana Antonieta P. Valias (So Jos dos Campos); Marinaldo Guilhermino (So Jos dos Campos); Maria Aparecida Oliveira Melo (So Jos dos Campos); Guilherme Ungari (So Jos dos Campos); Elias Ceclio Neto (So Sebastio); Jefferson Klink (So Sebastio) DIR XXII: Jlio Csar P. Gomes Gisele Rocco Pereira (So Jos do Rio Preto); Sandra Regina Loureno Gomes (So Jos do Rio Preto) DIR XXIII: Wilson Gonalves; Maria do Carmo B. Gonalves DIR XXIV: Maristela Luzia Flvio Augusto Claro (Taubat); Fbio Ribeiro Ito (Trememb); Lilian Barbosa Moassab (Taubat)

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CADERNOS DE SADE BUCAL 1. Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes para atendimento de pacientes com necessidades especiaisclassificao dos pacientes segundo tipo de deficincia; descrio (definio, etiologia, caractersticas, sinais e sintomas) das alteraes mais relevantes por sistema classificao de tratamentos odontolgicos por grupos de procedimentos (I, II, III, IV, V, VI), dos menos invasivos para os mais invasivos, o que vai estabelecer o limite de atuao entre clnico geral e especialista e condies de encaminhamento; aspectos que devem ser obtidos a partir da avaliao mdica e que devem ser considerados na avaliao odontolgica; classificao de risco e grupos de tratamentos indicados para cada categoria,; medicamentos mais utilizados e suas indicaes; relao de instrumental necessrio para o atendimento; bibliografia recomendada.

2. Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de cirurgia ambulatorialaspectos a serem observados na consulta inicial e no pr-operatrio cirrgico cuja descrio est detalhada nas Recomendaes para atendimento de pacientes com necessidades especiais, sinais e sintomas de interesse na regio de pescoo e cabea; aspectos a serem considerados no exame fsico e exames complementares mais utilizados; fluxo dos pacientes e plano de tratamento detalhando as condutas do clnico geral nos grupos de intervenes emergenciais odontolgicas, intervenes emergenciais mdicas e exodontias simples; aspectos relacionados a dor orofacial; condutas a serem tomadas em situaes de complicaes trans e ps-operatrias; relao de instrumental necessrio para o atendimento;

3.-

Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de endodontiaindicaes de endodontia; recursos utilizados no diagnstico das alteraes pulpares nas diferentes fases de evoluo; condutas conservadoras que devem ser adotadas pelo clnico geral; condutas radicais indicadas para o especialista, com interface com o clnico geral em relao a pulpectomia, drenagem via transdental e extradental (intra e extrabucal); condutas de urgncia em funo de observaes na anamnese, no exame fsico e nos exames complementares; descrio dos passos de cada procedimento; medicamentos mais utilizados e suas indicaes; relao de instrumental necessrio para o atendimento; bibliografia recomendada.

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4. Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de periodontiaaspectos relacionados ao controle da placa bacteriana; descrio do ndice utilizado para a avaliao periodontal, estabelecendo o limite de atuao entre clnico geral e especialista; descrio e funes das sondas periodontais mais utilizadas; caractersticas de sade e de doena do tecido gengival a serem identificadas no exame clnico; classificao e descrio das doenas periodontais; consideraes sobre tabagismo e seu papel na evoluo das doenas periodontais; descrio dos tratamentos a serem realizados pelo clnico geral e pelo especialista e suas interfaces; condutas de urgncia em periodontia, medicamentos mais utilizados e suas indicaes; relao de instrumental necessrio para o atendimento; bibliografia recomendada.

5. Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de semiologiaaspectos relacionados ao exame clnico, anamnese e ao exame fsico; caractersticas dos exames complementares necessrios ao diagnstico de alteraes; descrio das leses fundamentais; grupos de leses, tipos de alteraes, caractersticas clnicas, tipo de diagnstico e tratamento; condutas e encaminhamentos diante de situaes de urgncias e emergncias, medicamentos mais utilizados e suas indicaes; relao de instrumental necessrio para o atendimento; bibliografia recomendada.

-

6. Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de odontopediatria e ortodontia preventivaaspectos relacionados ao exame clnico como posio do beb para exame e situaes de normalidade e alteraes importantes em relao ao exame fsico geral, extra e intra-bucal e ocluso; descrio de manifestaes bucais de doenas virticas, bacterianas e fngicas, bem como de aspectos relacionados respirao bucal; seqncia de erupo dentria e risco de crie dentria; para cada tipo de alterao descrita, o tratamento recomendado e o profissional indicado para sua execuo e as interfaces de atuao; descrio detalhada dos procedimentos a serem realizados pelo clnico geral; condutas e encaminhamentos diante de situaes de urgncias e emergncias; medicamentos mais utilizados e suas indicaes; relao de instrumental necessrio para o atendimento; bibliografia recomendada.

7 - Qualidade e resolutividade na ateno bsica recomendaes de biosseguranaabordagem resumida das medidas de precauo universal a ser considerada na prtica odontolgica, reportando-se s portarias e resolues relacionadas;

-

bibliografia recomendada.

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Qualidade e resolutividade na ateno bsica: recomendaes de semiologiaResponsveisMarco Antonio T. Martins Claudio Massami Suzuki

SumrioConsideraes iniciais.............................................................................. 10 Consulta inicial......................................................................................... 13 Condutas................................................................................................... 14 Urgncia e emergncia............................................................................. 19 Medicaes indicadas............................................................................... 20 Instrumental necessrio............................................................................ 24 Bibliografia recomendada......................................................................... 26

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SEMIOLOGIAConsideraes iniciais1. Exame clnico: importante realizar de forma criteriosa o preenchimento da ficha clnica 2. Anamnese: - subdividida em identificao, queixa principal, histria da doena atual, histria mdica, antecedentes familiares e hbitos - deve ser realizada de maneira descontrada e de forma a criar vnculo entre paciente/profissional - importante: deve ser realizada em ambiente tranqilo com um dilogo em voz baixa e o profissional portando apenas ficha e caneta nas mos 3. Exame fsico: - deve respeitar todas as manobras de biossegurana - importante: avaliar todas as estruturas anatmicas intra e extra-bucais, que no sejam apenas dente e tecidos de suporte, o que fundamental para a identificao de eventuais agravos sade - diagnstico e consequentemente o tratamento adequado das leses bucais s ocorre mediante um exame clnico minucioso - identificadas as leses importante descrever com a maior riqueza possvel de detalhes Caractersticas dos mtodos de exame mais utilizadosMtodos de exame Caractersticas

Inspeo

Palpao

Deve-se observar leso fundamental, nmero de leses, tamanho, localizao, bordas, colorao e aspecto superficial Normalmente bidigital, permite a obteno de informaes quanto consistncia, sensibilidade, aderncia em relao aos tecidos adjacentes e mobilidade

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Leses fundamentaisLeses Caractersticas

Perda total do epitlio com exposio do tecido conjuntivo subjacente Dolorida e em geral pode apresentar sangramento lcera Maioria dos casos: acompanhada de halo eritematoso ao redor, recoberto por pseudomembrana e com exsudato na poro mais central Perda parcial do epitlio sem exposio do tecido conjuntivo (superficial) Eroso No deixa cicatrizes Mancha ou Alterao de colorao (branca, vermelha, azul, marrom e negra) da pele ou mcula mucosa sem elevao ou depresso Ligeira elevao com cerca de 1 a 2 mm emergindo da superfcie da mucosa. Placa Maior em extenso que em profundidade Ppula Crescimento slido menor que 5mm Ndulo Crescimento slido circunscrito maior que 5 mm Crescimento exoftico (circunscrito) com contedo lquido no seu interior Vescula menor que 5mm Crescimento exoftico (circunscrito) com contedo lquido no seu interior Bolha maior que 5 mm Obs. Cabe ressaltar que a leso fundamental no o diagnstico e sim a caracterstica clnica por meio da qual a doena est se manifestando. Alm disso, vrias leses com origem e comportamento distintos podem se apresentar com a mesma leso fundamental.

Seqncia da descrio de uma alterao

Localizao Leso fundamental Dados da inspeo Dados da palpao Obs: Qualquer profissional da rea da sade mesmo sem ter visto o caso teria uma noo das caractersticas clnicas da alterao descrita no exemplo a seguir: Em borda direita de lngua nota-se leso ulcerada, nica, colorao levemente esbranquiada, bordas elevadas, recoberta por uma pseudo-membrana acinzentada, medindo aproximadamente 2,0 x 1,0 cm em seus maiores dimetros, de consistncia duraelstica, no dolorida a palpao e fixa em relao aos tecidos adjacentes.

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Exames complementaresTipo Caractersticas

Exame de clulas raspadas da superfcie de uma leso com um instrumento, colocado e fixado em uma lmina com objetivo de obteno de diagnstico Indicaes: presena de leses extensas ou mltiplas para proservao Citologia de paciente(s) sem oportunidade cirrgica (ex.: candidase e infeces esfoliativa virais) Obs.: Nas leses malignas a citologia esfoliativa pode indicar malignidade (exame inespecfico), necessitando um exame mais especfico (bipsia) para confirmao do diagnstico. Remoo controlada e deliberada de tecido de um organismo vivo para anlise microscpica Indicaes: todas as situaes clnicas nas quais a confirmao ou o Bipsia diagnstico de uma leso seja necessrio para o seu tratamento, ou seja, quando a avaliao clnica no apoia o diagnstico definitivo, se achados sugerirem neoplasia maligna e quando o curso clnico da leso for incoerente com o diagnstico inicial Indicaes: quando h suspeita de envolvimento de tecidos Radiogrfico mineralizados (ossos, dentes e clculos) Obs1: A lmina da citologia esfoliativa deve ser fixada em lcool 90% + ter 10% ou lcool etlico 95%, acondicionado em frasco apropriado de modo que as lminas no se encostem umas nas outras para no lesar o material. Todo material removido com bipsia deve ser fixado em formol a 10% e acondicionado em frasco de boca larga e com volume de soluo de 10x o tamanho da pea. Este material deve ser identificado e o profissional deve preencher a solicitao do exame antomo-patolgico e enviar o material para anlise. Obs2: Quando um diagnstico clnico definitivo puder ser obtido (ex.: herpes, candidase e aftas) torna-se contra-indicada a bipsia. Obs3: Cuidados devem ser tomados nas leses negras e vasculares. Obs4 Segue em anexo a ficha modelo de solicitao de exame antomo-patolgico.

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Consulta inicialExame clnico Anamnese Exame fsico geral Exame fsico intra-bucal Exame fsico extra-bucal

Passos na presena de alteraes bucais 1. Descrever as leses (como anteriormente explicado) 2. Formular as hipteses de diagnstico 3. Realizar exame(s) complementar(es) 4. Estabelecer o diagnstico final 5. Quando possvel realizar o tratamento 6. Encaminhar quando necessrio 7. Reavaliar/proservar

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CondutasGrupo das leses Tipo Caractersticas clnicas Diagnstico Tratamento

Hiperqueratose focal irritativa Grnulos de Fordyce (alterao tecidual dentro do padro de normalidade)

Mancha branca, homognea, localizada ou generalizada, associada ao agente agressor Mltiplas ppulas amareladas/esbranquiadas, irregulares e freqentes em mucosas labiais e jugais. Mais freqente em mulheres acima dos 30 anos, estrias brancas no destacveis, bem delimitada, mltiplas, simtricas e freqente em mucosa jugal bilateral, gengiva e lngua

Clnico

Remoo do trauma Sem necessidade de tratamento

Clnico

B R A N C A S

Lquen plano reticular

Clnico + exame antomopatolgico

Acompanhamento clnico

Leucoplasia

Queilite actnica

Clnico + exame Mais freqente em homens antomode 50-70 anos, placa ou patolgico mancha branca + normalmente associada ao orientao tabaco quanto ao risco de malignizao Clnico + Idosos de pele clara exame apresentando lbio inferior antomocom descamao, fino, patolgico atrfico com manchas + brancas por vezes orientao entremeados com reas quanto ao risco vermelhas e associado de exposio solar. malignizao

Acompanhamento clnico + bipsias peridicas + remoo cirrgica

Acompanhamento clnico + bipsias peridicas + remoo cirrgica (dependendo das caractersticas clnicas e histopatolgicas)

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(continuao)

Grupo das leses

Tipo

Caractersticas clnicas

Diagnstico

Tratamento

B R A N C A S

Papiloma

Ndulo vegetante de colorao branca e superfcie verrucosa Placas brancas destacveis a raspagem

Clnico + exame antomopatolgico Clnico ou citolgico

Remoo cirrgica

Candidase pseudomembranosa

Orientao de higiene bucal e tratamento com antifngico tpico

V E R M E L H A S

Manchas avermelhadas, associada com a m adaptao de Candidase atrfica prteses e higiene crnica precria, assintomtica e mais freqente em palato duro Mancha ou placa vermelho escurecida, bem delimitada, mais frequente em palato duro e mole que no desaparece a compresso Mancha ou ppulas, nica ou mltipla, bem delimitada e freqente em recmnascidos e idosos Leso ulcerada ocorrendo qualquer regio anatmica bucal com as formas e tamanhos variados

Clnico

Tratamento com antifngico tpico

Clnico + exame antomopatolgico

Acompanhamento clnico + bipsias peridicas + remoo cirrgica Acompanhamento clnico e esclerose (sugere encaminhamento para especialistas) Identificao e remoo do trauma + acompanhar a reparao da leso

Eritroplasia

Clnico + vitropresso

VERMELHA/ AZULADA

Hemangioma

LCERAS

lcera traumtica

Clnico

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(continuao)

Grupo das leses

Tipo

Caractersticas clnicas

Diagnstico

Tratamento

Sfilis L C E R A S

Leses ulceradas de base clara, indolor, sem histria anterior

Clnico + exame antomopatolgico + sorologia (VDRL ou FTA-ABS) Clnico

Encaminhamento ao infectologista

Estomatite aftosa recorrente

Mltiplas ulceraes, doloridas, recorrentes, com ciclo de 7 a 14 dias

Corticoterapia tpica + laser terapia Cirrgico + radioterpico + quimioterpico Antifngico + restabelecimento da dimenso vertical Sintomtico (suporte para controle dos sintomas) Antiviral tpico + laserterapia Remoo cirrgica da leso e das glndulas salivares menores sob a leso Remoo cirrgica da leso

lcera indolor, sangrante, de bordas elevadas e Carcinoma endurecidas, mais freqente espinocelular em lbio inferior, lngua e saolho bucal, podendo ocorrer em qualquer regio anatmica LCERAS/ FISSURA Queilite angular Leso em comissura labial, associada infeco fngica e perda de dimenso vertical Crianas de 6 meses a 5 anos com mltiplas leses orais. Perda de apetite, linfadenopatia, dor e febre Mltiplas vesculas, dolorosas que se rompem e coalecem e reparam entre 7 a 14 dias Freqente em mucosa de lbio inferior, nica com saliva em seu interior Localizada em soalho bucal, nica, consistncia fibroelstica e com saliva em seu interior

Clnico + exame antomopatolgico

Clnico

LCERAS/ BOLHAS VESCULA/ BOLHAS

Gengivoestomatite herptica Herpes

Clnico

Clnico Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico

B O L H A S

Mucocele

Rnula

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(continuao)

Grupo das leses

Tipo

Caractersticas clnicas

Diagnstico

Tratamento

Hiperplasia fibrosa inflamatria

nico ou mltiplos ndulos vegetantes associados a traumatismos crnicos principalmente causados por prteses mal adaptadas nico ou mltiplos ndulos vegetantes, de superfcie papilar, associados rea chapevel de prteses desadaptadas ou com cmara de vcuo Leso nica, borrachide, indolor, freqente em mucosa jugal

Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico

Remoo do trauma e cirrgica da leso

Hiperplasia papilar inflamatria

Remoo do trauma e cirrgica da leso

Fibroma N D U L O S

Remoo do trauma e cirrgica da leso Remoo da leso e do agente traumtico local (curetagem do leito sseo remanescente) Remoo da leso e do agente traumtico local (considerao do fator gestao)

Ndulo sssil ou pediculado, Granuloma avermelhado/roxo, indolor, piognico tamanho variado, nico e mais freqentes na gengiva, lngua, crianas, adultos jovens do sexo feminino. Ndulo sssil ou pediculado, Granuloma avermelhado/roxo, indolor, gravdico tamanho variado, nico e mais freqentes na gengiva de pacientes gestantes Ndulo sssil ou pediculado, avermelhado/roxo, indolor, tamanho variado, nico e Leso exclusivo de rebordo perifrica de gengival, mais freqente no clulas sexo feminino, mandbula e gigantes pico entre 5a e 6a dcada de vida Rx reabsoro em forma de taa

Clnico + exame antomopatolgico

Remoo da leso e do agente traumtico local (curetagem do leito sseo remanescente)

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(continuao)

Grupo das leses

Tipo

Caractersticas clnicas

Diagnstico

Tratamento

N D U L O S

L E S E S S S E A S

Ndulo sssil ou pediculado, vermelhado/rosa, indolor, tamanho variado, nico e Fibroma exclusivo de rebordo ossificante perifrico gengival (interpapilar), mais freqente no sexo feminino, adolescentes e adultos jovens (10-19 anos) e regio anterior de maxila Leses nodulares vegetantes ou submucosas, de tamanho Neoplasias e consistncia variado, benignas de normalmente nica e no tecido mole aderida as estruturas adjacentes Leso nodular submucosa (clculo salivar) de Sialolitase consistncia dura, mais freqente no ducto da glndula submandibular e de consistncia dura. Cistos, Leses com aspecto tumores e radiogrfico variado leses sseas (radiolcida, radiopaca e do complexo mista) e sintomtico nas maxilodimenses maiores. mandibular Processo inflamatrio e infeccioso no ossso. Sinais clnicos de inflamao, fstulas, drenagem de Osteomielite secreo purulenta, sem ou com alterao ssea (radiotransparncia maldelimitada ou circunscrita e com seqestros)

Clnico + exame antomopatolgico Clnico + exame antomopatolgico Clnico + radiogrfico Clnico + exame antomopatolgico

Remoo da leso + curetagem do leito sseo remanescente

Exciso cirrgica da leso

Ordenhamento da glndula + remoo cirrgica Exrese da leso (sugere encaminhamento para especialistas)

Clnico + cultura e antibiograma

Antibioticoterapia + drenagem + remoo do tecido sseo necrosado

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Urgncia e emergnciaEmergncias Condutas Encaminhamentos

Hemorragia

Compresso com gaze por 15 minutos Manobras de hemostasia (uso de fibrina, esmagamento sseo, pinamento de vaso ou tecido) Sutura: com retalhos tensionais sobre o local cirrgico e inoculao de fibrina embebida com trombina sobre alvolos resistentes a manobras de hemostasia. Persistncia do sangramento: encaminhamento para nvel hospitalar (para manobras mais radicais como aplicaes de reposio plaquetrias, crioprecipitados, vitamina K e at a ligadura da cartida) Junto aos sinais/sintomas que a leso pode causar, se associa os sinais clnicos de infeco como: febre, drenagem de secreo purulenta, calor, rubor, dor e edema

Cirurgia e traumatologia buco maxilo facial (nvel hospitalar)

Quadros de leses associados a infeco

Dor

Dor intensa que inibe at a prpria mastigao, a fala, o ato de assoar o nariz, sorrir ou mesmo tocar a face

Prescrio de antibitico, antiinflamatrios, analgsicos e encaminhamento ao especialista Prescrio de analgsicos e encaminhamento ao especialista para determinar a origem da dor

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Medicaes indicadasDroga Princpio ativo Nomes comerciais Posologia

Amoxacilina 500mg Clindamicina 300mg Cefalexina 500mg Ampicilina 500mg Eritromicina 500mg Metronidazol 250mg Tetraciclina 500mg A N T I I N F L A M A T R I O S

Amoxil Dalacin C Keflex Binotal Pantomicina, Ilosone Flagyl Tetrex

1 cap. 8/8 h, por 7-10 dias 1 cap. 6/6 h, por 7-10 dias 1 cap. 6/6 h, por 7-10 dias 1 comp. 8/8 h, por 7-10 dias 1 comp. 6/6 h, por 7-10 dias 1 comp. 8/8 h, por 7-10 dias 1 cap. 6/6 h, por 7-10 dias

A N T I B I T I C O S

Diclofenaco potssico 50mg Diclofenaco sdico 50mg Meloxicam 15mg Nimesulide 100mg

Cataflan Voltaren Movatec

1 comp. 8/8 h, por 3-5 dias 1 comp. 8/8 h, por 3-5 dias 1 comp. 24/24h, por 3-5 dias 1 comp. 12/12h, por 3-5 dias

Scaflam

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(continuao)

Droga

Princpio ativo

Nomes comerciais

Posologia

A N A L G S I C O S

Lisador Dipirona sdica Anador Novalgina

1 comp. 6/6 h, enquanto tiver dor ou 35 gtas 6/6 h, enquanto tiver dor

Paracetamol 750mg Acetonido de triancinolona 1 mg Pomada Acetato de Betametasona 2 mg Nistatina suspenso oral

Tylenol

1 comp. 6/6h, enquanto tiver dor Aplicar sobre a leso de 3-5 x ao dia Bochechar 10 ml, por 1 min, 3x ao dia Bochechar 10 ml, por 5 min, 3x ao dia Aplicar sobre a leso, 4x ao dia e deixar agir por 5 min.

Omcilon-A em Orabase Celestone Elixir soluo

CORTICOSTERIDES

Micostatin Daktarin gel

ANTIFNGICOS Miconazol 20 mg

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Protocolo de encaminhamento para especialistaCabe ao cirurgio-dentista generalista (clnico geral) a seleo dos casos que sero encaminhados ao especialista. De maneira geral os clnicos ficam responsveis pelos diagnstico e tratamentos das leses com diagnstico exclusivamente clnico, como: herpes recorrente, gengivo estomatite herptica primria, estomatite aftosa recorrente, candidase e queilite angular. Caso o servio tenha capacitado os clnicos, as demais leses devem ser diagnosticadas e podem ser tratadas. Obs: Qualquer dvida solicite a opinio de um especialista. Solicite exames complementares sabendo interpretar o resultado.

Contra-refernciaDeve ser referenciada aps os procedimentos serem realizados pelo centro de referncia devidamente anotados na ficha de referncia/contra-referncia com identificao do profissional, diagnstico e tratamento realizado/proposto.

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SECRETARIA DE SADE DO ESTADO DE SO PAULOANEXO - 1

Ficha de Solicitao de Exame Complementar Anatomia-patolgicaDADOS DO PACIENTENome: R.G.: Idade: Nmero do Pronturio: Sexo: [M][F]

ETNIA: [ ]BRANCO [ ]NEGRO [ ]PARDO [ ]AMARELO [ ]OUTRA PROFISSO:

DADOS DO PROFISSIONALNOME: Instituio: ENDEREO: TELEFONE: ( DURAO: LOCALIZAO: TIPO: COR: CONSISTNCIA: SINTOMATOLOGIA: ASPECTOS [ ]NDULO/TUMOR/PLACA [ ]VESCULA/BOLHA [ ]LCERA, MCULA [ ] ERITEMATOSA [ ]NEGRA [ ]BRANCA [ ]AMARELA [ ]OUTRAS [ ]FLCIDA [ ]BORRACHIDE [ ] FIBROSA [ ] DURA [ ]ASSINTOMTICA [ ]DOLOROSA [ ]OUTRAS [ ]RADIOGRFICOS: [ ]RADIOLCIDO [ ]RADIOPACO [ ]MISTO ) TAMANHO (mm):

DADOS CLNICOS

HIPTESES DE DIAGNSTICO:

DADOS OPERACIONAISData do exame: / /20 [ ] Bipsia Excisional [ ] CITOLGICO/ASPIRAO

Tipo de exame: [ ]Bipsia Incisional

[ ]CITOLGICO/ESFREGAO FIXADOR:

[ ]Formol [ ]lcool [ ]lcool/ter [ ]Outros

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Instrumental necessrioInstrumental Afastador - Farabeuf Afastador - Mead Afastador - Senn Mueller Afastador - Minnesota Afastador de Volkmann Alveoltomo - Luer curvo Alveoltomo - Luer reto Cabo de bisturi - n 3 Cabo para espelho Caixa para instrumental - c/furos 42x28x12cm Cuba redonda - aco inox 10x6cm Descolador de peristeo - Freer Descolador de peristeo - Molt Esfigmomanmetro Esptula - n 36 Estetoscpio Glicosmetro Lima para osso - Seldin n 11 Lima para osso - Seldin n 12 Pina Adson - com dente 12 cm Pina Adson - sem dente 12 cm Pina Allis - 15 cm - reta Pina Anatmica - 16 cm Pina Backaus - 8 cm Pina Backaus - 13 cm Pina Collin - 24 cm Pina dente de rato - 12 cm - curva Pina dente de rato - 12 cm - reta Pina para disseco - 12 cm Pina para disseco - 14 cm Pina - Halstead mosquito - 12 cm - curva Pina - Halstead mosquito - 12 cm - reta Pina Kelly -14 cm - curva Pina Kelly -14 cm - reta Pina - Pean - 14 cm Pina sacabocado - 17 cm Ponta para sugador - metlico Porta agulha Mayo-Hegar -14 cm Classe 6514 6514 6521 6514 6521 6514 6514 6514 6513 6514 6521 6514 6514 6526 6514 6526 6506 6514 6514 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6521 6514 6514 6521 6521 6514 6521 6513 6521 Siafsico 14496-7 14491-6 23117-7 101731-4 12988-7 5311-2 5310-4 158691-2 5039-3 50778-4 143023-8 161366-9 161365-0 53850-7 5015-5 35132-6 50822-5 61693-1 5081-4 12110-0 41865-0 12098-7 12097-9 103071-0 12109-6 12111-8 164072-0 23113-4 70258-7 23364-1 66362-0 66907-5 23327-7 23328-5 161161-5 108184-5 119224-8 23367-6 BEC

S S

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Instrumental necessrioInstrumental Seringa de vidro - bico Luer - 5 ml Seringa de vidro - bico Luer - 10 ml Seringa de vidro - bico Luer - 20 ml Seringa para anestesia - Carpule com refluxo Sindesmtomo Tesoura cirurgica ris - curva 12 cm Tesoura cirurgica ris - reta 12 cm Tesoura cirurgica Metzenbaum - 15 cm curva Tesoura cirurgica Metzenbaum - 17 cm curva Tesoura cirurgica Metzenbaum - 15 cm reta Tesoura cirurgica Metzenbaum - 17 cm reta Classe 6526 6526 6526 6514 6514 6521 6521 6521 6521 6521 6521 Siafsico 101546-0 101547-8 101548-6 160799-5 14487-8 43034-0 43036-6 30544-8 161345-6 56593-8 161347-2 BEC

S

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Bibliografia recomendada1. Allegra F, Gennari PU. As doenas da mucosa bucal. So Paulo: Santos; 2000. 2. Cawson RA, Binnie WH, Eveson JW. Atlas colorido de enfermidades da boca. Correlaes clnicas e patolgicas. 2a ed. So Paulo: Artes Mdicas; 1997. 3. Coleman GC, Nelson JF. Princpios de diagnstico bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. 4. Lamey PJ, Lewis MA. Manual clnico de medicina oral. So Paulo: Santos; 2000. 5. Litle JW, Falace DA. Dental management of the medically compromised patient, 5a ed. St. Louis: Mosby; 1997. 6. Mugayar LR. Pacientes portadores de necessidades especiais. Manual de odontologia e sade bucal. So Paulo: Pancast; 2000. 7. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia oral & maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. 8. Pindborg JJ. Cncer e pr-cncer bucal. So Paulo: Panamericana; 1981. 9. Ravel R. Laboratrio clnico: aplicaes clnicas dos achados laboratoriais. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997. 10. Regezi J, Sciubba JJ. Patologia bucal. Correlaes clinicopatolgicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. 11. Scully C, Flint SR, Porter SR. Atlas colorido de doenas da boca. Rio de Janeiro: Revinter; 1997. 12. Shafer WG, Hine MK, Levy BM. Tratado de patologia bucal. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1987. 13. Silverman Jr S. Oral cancer The american cancer society. 4a ed. USA: NCI; 1998. 14. Silverman Jr S, Eversole LR, Truelove EL. Essentials of oral medicine. Londres: BC Decker Inc.; 2001. 15. Sonis ST, Fazio RC, Fang L. Princpios e prtica de medicina oral. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. 16. Tommasi AF. Diagnstico em patologia bucal. So Paulo: Pancast; 1998. 17. Topazian RG, Galbery MH. Infeces maxilo-faciais e orais. So Paulo: Santos; 1999. 18. Wannamacher O, Ferreira MB. Farmacologia clnica para dentistas. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. 19. Wood NK. Review of diagnosis, oral medicine, radiology and treatment planning. St. Louis: Mosby,;1993. 20. Zegarelli EV. Diagnstico das doenas da boca e dos maxilares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1981.