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CADERNO MARISTA ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO PARA O ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

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  • CADERNOMARISTAENEM

    EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    PARA

    O

    REA DE LINGUAGENS,CDIGOS E SUAS

    TECNOLOGIAS

  • DIRETORIADiretor-Presidente: Ir. Jos Wagner Rodrigues da CruzDiretor-Secretrio: Ir. Claudiano TiecherDiretor-Tesoureiro: Ir. Dlcio Afonso Balestrin

    SECRETRIO EXECUTIVOIr. Valdcer Civa Fachi

    REA DE MISSOCoordenador: Ir. Jos de Assis Elias de BritoAssessores: Mrcia Maria Silva Procpio, Leila Regina Paiva de Souza, Joo Carlos de PaulaAnalista: Deysiane Farias Pontes

    COMISSO DE EDUCAO BSICA Brbara PimpoCludia Laureth FaquinoteFlvio Antonio SandiIr. Gilberto Zimmermann CostaIr. Iranilson Correia de Lima Ir. Jos de Assis Elias de BritoJaqueline de JesusJoo Carlos PuglisiMaria Waleska Cruz Mrcia Maria Silva ProcpioIr. Paulinho VogelSilmara Sapiense Vespasiano

    EQUIPE DE ELABORAOAnete Schuenke SchmittDeysiane Farias PontesFlvio Antonio Sandi

    Gustavo Borges de SousaIr. Jos de Assis Elias de BritoIsabel Cristina Michelan AzevedoJaqueline de JesusJos Eduardo de Almeida LopesJuliana PereiraMaria Ireneuda de Souza Nogueira Maria Waleska CruzMrcia Maria Silva ProcpioVanessa Ingegneri

    REVISO TCNICADeysiane Farias PontesMrcia Maria Silva Procpio

    REVISO GRAMATICALEdipucrs

    CAPACoordenao de Marketing e Inteligncia de Mercado Provncia Marista Brasil Centro-Norte.

    PRODUO EDITORIALEdipucrs

    COLABORAOAnalista de Inteligncia Competitiva Unio Marista do Brasil: Gustavo Lima Ferreira.Analista de Comunicao e Marketing UnioMarista do Brasil: Marjoire Castilho.

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    U58c Unio Marista do BrasilCaderno Marista para o Enem (Exame Nacional do Ensino

    Mdio) : rea de linguagens, cdigos e suas tecnologias / UnioMarista do Brasil. Porto Alegre : UMB, 2013.

    143 p.

    ISBN 978-85-397-0323-4

    1. Linguagem e Lnguas Ensino Mdio. 2. Exame Nacionaldo Ensino Mdio Brasil. 3. Cincia e Tecnologia. 4. Educao Brasil. I. Ttulo.

    CDD 373.81

    Ficha Catalogrfica elaborada pelo Setor de Tratamento da Informao da BC-PUCRS

  • SUMRIO

    APRESENTAO .............................................................................. 4

    MARISTAS NO BRASIL E NO MUNDO: VOC FAZ PARTE DESSA FAMLIA .................................................................... 5

    EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO (ENEM) ............................................................... 8

    ANLISE DAS COMPETNCIAS DA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................ 10

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LNGUA PORTUGUESA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS .................. 15

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................ 16

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LITERATURA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ............................... 18

    O COMPONENTE CURRICULAR DE ARTE NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................ 19

    O COMPONENTE CURRICULAR DE EDUCAO FSICA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS .................. 19

    CADERNO DE EXERCCIOS ................................................................ 20

    ANEXO 1 CARACTERSTICAS DA REDAO NO ENEM ......................... 132

    GABARITO ..................................................................................... 137

    REFERNCIAS ................................................................................ 140

    ANOTAES ........................................................................... 141

  • 4 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    APRESENTAO

    Estimado(a) educando(a),

    O material que tem em mos foi elaborado pensando em voc e em sua preparao para a realizao do Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM), porta de entrada para as me-lhores e mais conceituadas universidades e outras instituies de Ensino Superior, pblicas ou privadas, de nosso pas.

    Nesta publicao, nos dedicaremos aos componentes curriculares da matriz de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, composta por Lngua Portuguesa, Lngua estran-geira (Ingls ou Espanhol), Literatura e Arte, Educao Fsica, Tecnologias da Informao e Comunicao. Com este material, voc compreender melhor como so as provas, o que exigido, as instituies que o adotam, as competncias e as habilidades avaliadas, como so realizados os clculos das notas, alm de outras informaes que podem contribuir para um timo desempenho nesse exame.

    Orientamos que voc dedique ateno especial ao domnio das linguagens (textos, quadrinhos, mapas, equaes, grficos, tabelas e outros), investigao, contextualizao dos fenmenos e mantenha-se constantemente atento aos grandes temas da atualidade.

    Bom estudo e sucesso no Exame Nacional do Ensino Mdio!

  • 5CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    MARISTAS NO BRASIL E NO MUNDO: VOC FAZ PARTE DESSA FAMLIA

    Nesta seo, voc encontrar informaes importantes sobre o Instituto Marista e sobre a nossa presena no Brasil, dos quais voc participa e aos quais dedicamos nossos esforos para oferecer-lhe um servio de excelncia educacional.

    Brasil Marista

    So Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista, escolheu a Educao como misso. Ns, maristas, seguimos o seu exemplo h quase 200 anos, em todos os con-tinentes, sob a gide e a inspirao de Maria, a Boa Me.

    Somos cerca de 76 mil pessoas: irmos, leigos(as) e colaboradores(as), em 79 pases, atendendo a mais de 654 mil crianas e jovens.

    No Brasil, estamos presentes em 23 estados e no Distrito Federal, organizados em quatro unidades administrativas: as Provncias Maristas do Rio Grande do Sul, Brasil Centro-Norte e Brasil Centro-Sul, agora comunicada como Grupo Marista, e o Distrito Marista da Amaznia.

    So 98 cidades brasileiras, mais de 29 mil irmos, leigos(as), colaboradores(as) e cerca de 350 mil pessoas beneficiadas.

    Grupo Marista

    Distrito Maristada Amaznia

    Provncia Marista doRio Grande do Sul

    Provncia Marista Brasil Centro-Norte

  • 6 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    reas de Atuao

    O Brasil Marista conta com milhares de pessoas que diariamente vivenciam e disse-minam importantes valores humanos e cristos. Faz parte do jeito marista a busca cons-tante por excelncia.

    A evangelizao tem papel integrador e est presente em todas as aes maristas de forma transversal, perpassando nossas iniciativas, na animao vocacional de Irmos e nas atividades pastorais com crianas e jovens por todo o Brasil. Com a misso de evangelizar, ou seja, vivenciar e disseminar tais valores, os maristas mantm iniciativas em quatro reas: educao, solidariedade, sade e comunicao. So frentes de atuao que se consti-tuem em campos de aplicao e multiplicao da Misso Marista. Seja nos colgios, nos universitrios, nas escolas gratuitas, nos centros sociais, nos hospitais, nas editoras, seja nas emissoras de rdio e TV, tudo o que realizado busca a excelncia, a valorizao de colabo-radores, Leigos, Irmos e uma efetiva contribuio social e cultural s comunidades em que se fazem presentes. Bons valores, com excelncia. Nossa misso proporcionar essa combi-nao nica para a construo de um mundo melhor.

    Na rea de Educao, o Brasil Marista promove o dilogo entre as cincias, as socieda-des e as culturas, sob uma perspectiva crist da realidade. Dessa forma, permite entender as necessidades humanas e sociais contemporneas, question-las, traar caminhos e modos de enfrentar os problemas do cotidiano. O jeito de educar fundamenta-se em uma formao integral. Investe na reflexo, no protagonismo social e na valorizao do ser humano.

    Presena Marista na Educao Superior

    O papel das universidades e faculdades que fazem parte do Brasil Marista de ofertar sociedade, por meio do ensino, pesquisa e extenso, cidados profissionalmente capa-citados que sejam comprometidos com o desenvolvimento econmico e social do pas e possuam como valor a tica fundamentada no cristianismo e nos princpios maristas.

    Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUCPR): atende a mais de 35 mil alunos, oferecendo 63 cursos de Graduao, 14 programas de Ps-Graduao e mais de 250 cursos de Ps-Graduao , distribudos em cinco .

    Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS): possui cerca de 30 mil alunos, mais de 146 mil diplomados, 66 opes de cursos de Graduao, 24 de Mestrado, 21 de Doutorado e mais de 100 Especializaes.

    Faculdade Marista Recife: oferece quatro cursos de Graduao Sistemas para Internet, Direito, Gesto de Recursos Humanos e Administrao e cursos de Ps-Graduao.

    Faculdade Catlica do Cear: oferece quatro cursos de Graduao: Design de Moda, Publicidade e Propaganda, Educao Fsica Bacharelado e Educao Fsica Licenciatura.

    Universidade Catlica de Braslia (incluindo o Centro Universitrio do Leste de Minas e a Faculdade Catlica do Tocantins): parceria educacional com outras congregaes religiosas Provncia Lassalista de Porto Alegre, Provncia So Jos

  • 7CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    da Congregao dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, Inspetoria So Joo Bosco, Inspetoria Madre Mazzarello e Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano (MG).

    Centro Universitrio Catlica de Santa Catarina: com em Joinville e Jaragu do Sul, oferece 27 cursos de Graduao e 19 cursos de Especializao.

    Unio Marista do Brasil (UMBRASIL)

    A Unio Marista do Brasil (UMBRASIL), criada em 2005 e sediada em Braslia (DF), a associao das Provncias e de suas Mantenedoras que representam o universo do Brasil Marista. uma organizao jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, que, baseada nos princpios e valores cristos, representa, articula e potencializa a presena e ao ma-ristas no Brasil.

    A UMBRASIL tambm participa efetivamente do monitoramento das polticas pbli-cas, por meio da representatividade em conselhos e fruns nas reas do direito da criana e do adolescente, da educao, da assistncia social, da juventude, da economia solidria e outras de sua atuao, na busca por transformaes significativas e duradouras para as infncias e juventudes.

    AbrangnciaConsiderando as reas de atuao do Brasil Marista e a ao de seus protagonistas, a

    UMBRASIL

    promove e fomenta aes nas reas da assistncia social, da educao, do ensino, da pesquisa, da cultura, do meio ambiente, da sade, da comunicao social, da formao humana, da promoo e da proteo dos direitos humanos das infn-cias, adolescncias e juventudes, em mbito nacional e internacional, por meio da articulao para o monitoramento da Conveno sobre os Direitos da Criana da Organizao das Naes Unidas (ONU);

    potencializa a unio e a articulao de suas Associadas;

    representa legal e oficialmente suas Associadas, junto aos poderes constitudos da nao, aos rgos pblicos e s organizaes privadas nacionais e internacionais;

    contribui para a formao de lideranas a servio da Misso Marista;

    incide politicamente nas diversas instncias, em articulao com a Sociedade Civil e com o Poder Pblico.

    A UMBRASIL acredita que, pela educao, evangelizao, promoo e garantia dos direitos, possvel transformar a realidade, sendo fiel misso herdada de So Marcelino Champagnat na formao de bons cristos e virtuosos cidados.

  • 8 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO (ENEM)

    O ENEM foi criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), sob a superviso do Ministrio da Educao (MEC), em 1998, para avaliar o desempenho dos jovens ao trmino da escolaridade bsica. Aplicado anualmente aos estudantes concluintes e aos egressos do Ensino Mdio, desde a primeira edio, o exame organizado a partir de uma Matriz de Referncia, baseada em competncias e habilidades.

    Em 2009, o ENEM foi reformulado, visando democratizao das oportunidades de concorrncia s vagas federais de Ensino Superior e reestruturao dos currculos do Ensino Mdio. A Matriz constitui tambm referncia para as anlises de desempenho, pois orienta a avaliao dos graus de desenvolvimento das habilidades pelos estudantes avalia-dos, alm de dar uma viso ampla do perfil que se deseja selecionar para as etapas seguintes de estudo.

    As provas do ENEM so avaliaes compostas por uma parte objetiva e uma redao, pois os organizadores do exame assumem o pressuposto de que os conhecimentos adqui-ridos ao longo da escolarizao deveriam possibilitar ao jovem: o domnio das diferentes formas de linguagens, a compreenso dos fenmenos, a capacidade de enfrentamento de problemas, a construo de argumentao consistente e a elaborao de propostas de in-terveno responsveis e bem fundamentadas. Esses so os eixos cognitivos bsicos que tm como inteno habilitar todos a enfrentarem melhor o mundo que os cerca, com todas as suas responsabilidades e seus desafios.

    A partir da edio de 2009, a prova assumiu um novo formato. Passou de 63 para 180 questes, agrupadas em quatro reas de conhecimento: Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias; Matemtica e suas Tecnologias; Cincias da Natureza e suas Tecnologias; e Cincias Humanas e suas Tecnologias.

    No primeiro dia de prova, so realizadas as provas de Cincias da Natureza e suas Tecnologias e Cincias Humanas e suas Tecnologias, compostas de 45 questes objetivas, em cada uma delas, com durao total de 4 horas e 30 minutos. No segundo, so realiza-das as provas de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, Matemtica e suas Tecnologias, tambm compostas por 45 questes objetivas cada e uma redao, com durao total de 5 horas e 30 minutos.

    Baseadas na Matriz do ENEM, as questes que compem as provas so chamadas de itens e esto fundamentadas na interdisciplinaridade e contextualizao dos conhecimen-tos, o que possibilita superar a mera reproduo de contedos isolados. Para cada uma das reas, organizou-se um conjunto de competncias que estabelecem as aes ou operaes que descrevem performances a serem avaliadas na prova. O desdobramento das compe-tncias em habilidades mais especficas resulta da associao de contedos gerais a cinco eixos cognitivos, totalizando assim 30 habilidades para cada uma das reas, totalizando 120 habilidades.

  • 9CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    A correo das provas objetivas gera quatro proficincias. Cada uma delas baseada nas respostas dadas aos 45 itens de cada prova. Nesse processo utilizado o modelo mate-mtico estatstico da Teoria da Resposta ao Item. So quatro escalas distintas, uma para cada rea do conhecimento. Assim, os resultados das provas de reas diferentes no so compa-rveis. O resultado da prova do ENEM traz cinco notas: uma para cada rea de conhecimento avaliada e a nota da redao. No existe uma mdia global de desempenho, e as mdias so apresentadas separadamente.

    A nota do ENEM em cada rea no representa a proporo de questes que o estu-dante acertou na prova. As situaes de avaliao so estruturadas de modo a verificar se o estudante capaz de ler e interpretar textos em diversas formas de linguagem, identifi-cando e selecionando informaes, inferindo contextos, propondo solues e intervenes lcidas e fundamentadas numa vida tica e produtiva, visando ao bem-estar coletivo e exi-gindo uma base slida em domnios-chave.

    Como o desenvolvimento de competncias um processo contnuo, busca-se esta-belecer graus de desenvolvimento no momento em que a avaliao feita. A partir da an-lise das provas, constri-se a escala de proficincia que estabelece os nveis de desenvolvi-mento que organizam os resultados dos participantes.

    Aps a divulgao dos resultados do ENEM, os participantes contam com uma certifi-cao que serve a diferentes finalidades:

    permite o acesso ao Ensino Superior (desde que obtenham a pontuao mnima de 400 pontos em cada uma das reas de conhecimento e de 500 na redao);

    serve como vantagem competitiva em programas governamentais de intercm-bio, como o Cincia sem Fronteiras;

    permite um destaque em processos de seleo de estagirios, que podem in-gressar no ProUni (Programa Universidade para Todos), o qual oferece bolsas de estudo para estudantes com renda familiar de at trs salrios-mnimos, uma vez que a nota do ENEM utilizada como critrio de seleo dos estudantes;

    obrigatrio para ingresso no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).

  • 10 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    ANLISE DAS COMPETNCIAS DA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    O enfoque da rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias justamente a competncia de comunicar-se, entendida como processo cognitivo e social. Por meio das linguagens, o homem constri sua prpria identidade e subjetividade, compreendendo e reelaborando o mundo em que vive. Refletir sobre as prticas sociais de utilizao das linguagens ao longo da histria e utiliz-las de maneira adequada aos contextos comuni-cativos uma das funes sociais da escola, que deve preparar o estudante para atuar na sociedade de maneira autnoma e crtica, sendo protagonistas na produo e na recepo de textos.

    A interligao entre os sujeitos, os saberes, os contextos comunicativos e as diversas formas de comunicao so fundamentais para a compreenso crtica da vida individual e coletiva, em correlao com os mais variados conhecimentos e fenmenos sociais. Alm de serem elementos fundamentais para a identidade individual, as linguagens, os cdigos e as suas tecnologias so base para a consolidao e a disseminao da identidade cultural de um povo ou de uma nao.

    As competncias da rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias so interdiscipli-nares e contextualizadas nos diversos textos que circulam na sociedade, de forma que voc deve se preparar lendo os mais variados textos e gneros textuais.

    Apresentamos, a seguir, as exigncias de cada competncia, para que estejam claras as intercomunicaes entre os componentes curriculares.

    Competncia 1

    Aplicar as tecnologias da comunicao e da informao na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

    Habilidades associadas: H1, H2, H3 e H4.

    Essa primeira competncia demonstra a importncia da relao entre as linguagens e os meios de comunicao e informao que, desde o surgimento da Internet, passam por um processo acelerado de transformao. As linguagens s se concretizam em textos, con-siderados, aqui, em sentido mais amplo e no apenas a lngua escrita ou falada.

    Assim, a Competncia 1 e suas respectivas habilidades apontam para a necessidade de se compreender as funes sociais dos gneros digitais, entendendo os impactos que provocam nas nossas atividades cognitivas, bem como nas nossas relaes interpessoais e at mesmo profissionais. Afinal, vrios gneros digitais fazem parte do nosso cotidiano, a exemplos dos , bate-papos, , , .

    A prova do ENEM aposta em questes com temticas bem atuais, por isso voc deve estar preparado para compreender o fenmeno das tecnologias da informao e comu-nicao e analisar diversos gneros digitais, no somente nas suas caractersticas estrutu-

  • 11CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    rais, mas tambm nos seus aspectos sociais. E, assim, construir argumentao e propostas de interveno para vrias questes possveis em torno das novas tecnologias, como, por exemplo: segurana e privacidade nas redes sociais; ; monitoramento virtual dos internautas pelos Estados democrticos; incluso digital; diferena entre acesso informao e acesso ao conhecimento; movimentos sociais e novas formas virtuais de interveno na sociedade; educao e novas tecnologias.

    Competncia 2

    Conhecer e usar lngua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso informao e a outras culturas e grupos sociais.

    Habilidades associadas: H5, H6, H7 e H8.

    Ao considerar que a lngua integra o sistema cultural de um povo e s adquire signifi-cado quando colocada em ao, ou seja, quando um sujeito passa a mobilizar conhecimen-tos e habilidades para expressar e entender enunciados em diferentes contextos, as provas do ENEM selecionam situaes nas quais os significados compartilhados entre as pessoas se manifestam em exemplos concretos de usos da linguagem.

    Nas lnguas estrangeiras modernas no diferente. Em um mundo cada vez mais glo-balizado e informatizado, conhecer e usar outras lnguas estrangeiras modernas, no caso do ENEM, o ingls e o espanhol, uma importante fonte de aquisio de novos saberes e interaes socioculturais. O aprendizado de lnguas estrangeiras modernas essencial para o mundo cientfico-acadmico e do trabalho. Logo, a Competncia 2 e as suas respectivas habilidades ampliam as possibilidades de acesso a informaes, s tecnologias, s culturas e s relaes interpessoais em vistas ao aprimoramento tcnico-cientfico e ao conhecimento da diversidade cultural e lingustica.

    Competncia 3

    Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a prpria vida, integradora social e formadora de identidade.

    Habilidades associadas: H9, H10 e H11.

    O conceito de linguagem corporal , comumente, relacionado ao componente de Educao Fsica e ao domnio das habilidades motoras. Porm, essa competncia amplia o conceito de linguagem corporal, pois os movimentos corporais passam a ser entendidos como signos corporais repletos de significados construdos socialmente. O ENEM espera que voc seja capaz reconhecer as diversas formas de expresso corporal como oriundas de grupos sociais, de necessidades cinestsicas e de interao social.

    Voc pode ter que demonstrar, ainda, a competncia de analisar criticamente as rela-es entre as linguagens corporais, entendidas como manifestaes formadoras de identi-dade, os seus respectivos contextos histrico-sociais e, at mesmo, a relao com os outros componentes curriculares exemplos: danas folclricas e identidades regionais; relao entre esporte, poder e poltica ao longo da histria; realizao de grandes eventos esporti-vos e violao de direitos humanos.

  • 12 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Competncia 4

    Compreender a arte como saber cultural e esttico gerador de significao e integrador da organizao do mundo e da prpria identidade.

    Habilidades associadas: H12, H13 e H14.

    Essa competncia estuda, predominantemente, as representaes simblicas e arts-ticas. As diversas formas de linguagens artsticas (teatro, cinema, dana, pintura, escultura, msica...) configuram-se como integrantes de um todo expressivo e no como formas isola-das de representaes da realidade.

    Assim, o conhecimento das produes artsticas e de sua relao, quando possvel, com os seus contextos histricos de produo permite tambm a identificao cultural de um povo. Ao se comparar, por exemplo, as linguagens artsticas orais, escritas e pictricas, pode-se formar um panorama sociocultural de uma determinada poca.

    Assim sendo, o estudante deve ter habilidade de reconhecer diferentes funes da arte em seu meio cultural; analisar diferentes produes artsticas como meio de explicar diferen-tes culturas e padres estticos de uma poca; e reconhecer a diversidade artstica dos grupos sociais e tnicos. Alm do deleite e da possibilidade de fruio de novos sentimentos propor-cionados pelo contato com manifestaes artsticas, o conhecimento das distintas linguagens artsticas podem desenvolver sensibilidade esttica e ajudar, ainda, na melhor compreenso de outras linguagens textuais e no textuais, a exemplo da publicidade e do marketing.

    Competncia 5

    Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, funo, or-ganizao e estrutura das manifestaes, de acordo com as condies de produo e recepo.

    Habilidades associadas: H15, H16 e H17.

    Essa competncia tem como foco o trabalho, abrangente, com o texto literrio e as relaes dialticas entre literatura e sociedade, por meio da identificao e da anlise est-tica da influncia dos fatores histricos, sociais e polticos na produo dos textos literrios. Ou seja, prope a compreenso de como os fatores externos (sociais) tornam-se internos (elementos textuais) e passam a compor a tessitura da obra literria.

    Ressalta-se que essa viso mais ampla do trabalho com a literatura foge da diviso das obras em meros perodos e escolas para memorizao de caractersticas estticas frag-mentadas e, muitas vezes, externas ao texto. Assim sendo, voc deve ser capaz de relacio-nar o texto literrio e seus respectivos aspectos textuais com o momento de sua produo, asconcepes artsticas, os valores sociais e humanos e o sistema literrio brasileiro (patri-mnio literrio nacional).

  • 13CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    Competncia 6

    Compreender e usar os sistemas simblicos das diferentes linguagens como meios de organizao cognitiva da realidade pela constituio de sig-nificados, expresso, comunicao e informao.

    Habilidades associadas: H18, H19 e H20.

    Essa competncia prope que o estudante seja capaz de analisar e interpretar os di-versos gneros e tipos textuais em circulao, fazer a progresso temtica e atribuir sentido ao que ler. Uma notcia de jornal, um poema, um quadro expressionista, uma cano em lngua estrangeira, um nmero de dana moderna so gneros especficos de textos em modalidades diversificadas de linguagens, os quais o estudante deve ser capaz de reconhe-cer, interpretar e utilizar, adequadamente e criticamente, nos contextos comunicativos.

    O trabalho com o gnero e o tipo textual no deve se limitar anlise das caractersti-cas gramaticais e estruturais, pois prope o estudo das caractersticas lingusticas com foco na funo social da linguagem e de situaes especficas de interlocuo.

    Competncia 7

    Confrontar opinies e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestaes especficas.

    Habilidades associadas: H21, H22, H23 e H24.

    Alm do trabalho com os gneros e tipos textuais j explicados na Competncia an-terior, o ENEM tambm prope a apropriao de outras habilidades, tais como: comparar argumentos e opinies diversas, identificar similaridades textuais e conceituais; reconhecer recursos verbais e no verbais, comparar e relacionar diferentes textos, temas, opinies e re-cursos lingusticos, reconhecer estratgias de argumentativas e outras, identificar produtor, receptor e contextos textuais etc.

    Assim, voc deve perceber que todo texto serve a um determinado propsito comu-nicativo. Atravs de uma receita, uma propaganda ou um artigo de opinio, por exemplo, esperado um determinado comportamento do interlocutor. Desse modo, cabe ao estudan-te inferir os objetivos que o produtor do texto espera alcanar em seu pblico-alvo a partir do uso de estruturas lingusticas e estratgias argumentativas especficas.

    Competncia 8

    Compreender e usar a Lngua Portuguesa como lngua materna, ge-radora de significao e integradora da organizao do mundo e da prpria identidade.

    Habilidades associadas: H25, H26 e H27.

    Essa competncia foca no trabalho para identificao e respeito com as variantes lin-gusticas sociais, regionais e de registro em seus contextos de uso, bem como a diferena entre a norma padro e as diferentes situaes de comunicao menos formais.

  • 14 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais, o estudante deve ter a conscincia de que nem tudo que se produz em termos de expresso e comunicao verbal passvel de anlise pelo instrumental fornecido pela gramtica normativa da lngua. E, ao mesmo tempo, deve dominar a norma padro para us-la nas situaes comunicativas adequadas.

    Assim, esperado que voc reconhea a lngua como heterognea e em constante pro-cesso de variao e mudana. Desse modo, o ENEM explora vrios fenmenos atuantes nesse processo, como o uso de arcasmo, de neologismos, de grias, de emprstimos, entre outros.

    Outra questo ligada a essa Competncia a relao entre a variedade lingustica e os diversos gneros textuais. Por exemplo, em um cordel ou na transcrio de uma conversa, voc poder ter que identificar as marcas de oralidade no texto escrito.

    Competncia 9

    Entender os princpios, a natureza, a funo e o impacto das tecnologias da comunicao e da informao na sua vida pessoal e social, no desenvolvi-mento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos cientficos, s lin-guagens que lhes do suporte, s demais tecnologias, aos processos de produ-o e aos problemas que se propem solucionar.

    Habilidades associadas: H28, H29 e H30.

    Essa ltima competncia tem uma estreita relao com a Competncia 1, pois refora a importncia da apropriao e da anlise crtica dos impactos das tecnologias da comu-nicao e da informao na vida e nas formas de interpretar o mundo. Enfatiza, assim, a necessidade de apropriao significativa de textos, conceitos, linguagens, estratgias cog-nitivas, para, a partir deles, ampliar a leitura do mundo e possibilitar a interveno crtica na sociedade.

    O estudante deve ter a habilidade de analisar, interpretar e elaborar diferentes formas grficas para se considerar um bom leitor nos novos tempos. Para tanto, recomenda-se o estudo de diferentes tipos e gneros textuais e digitais, que reorganizam a forma de repasse e produo de conhecimento na sociedade atual.

    As competncias supracitadas propem a compreenso das linguagens, dos cdigos e das tecnologias de comunicao e informao para resolver problemas reais, proporcionar a tomada correta de deciso, auxiliar na mudana de hbitos capazes de minimizar os pro-blemas existentes em nossa sociedade, analisar o contexto histrico e artstico que envolveu a criao literria, fazer entender o processo de atemporalidade e universalidade da lngua, bem como demarcar o uso do cdigo e de fatores que denotem patrimnio lingustico/artstico de um determinado grupo.

  • 15CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LNGUA PORTUGUESA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E

    SUAS TECNOLOGIAS

    O ensino de Lngua Portuguesa tem como enfoque possibilitar o desenvolvimento das aes de produo de linguagem em diferentes situaes de interao, proporcionando ao estudante a utilizao dos diversos gneros e tipos textuais em circulao pelos quais se do a produo, a recepo e a circulao de sentidos. Dessa forma, trata-se de um compo-nente curricular muito importante para o domnio das linguagens orais e escritas, a com-preenso dos fenmenos, o enfrentamento de situaes-problemas, a construo de argu-mentao e a elaborao proposta de interveno, conforme os eixos cognitivos do ENEM comuns a todas as reas de conhecimento.

    Voc deve compreender as dimenses do processo de produo e/ou recepo dos textos:

    lingustica: fonologia, morfologia, sintaxe e lxico;

    textual: gneros discursivos e tipos textuais (narrativos, argumentativos, exposi-tivos, descritivos, injuntivos, dialogais).

    sociopragmtica e discursiva: interlocutores, papis sociais, motivaes e in-tenes comunicativas, contextos comunicativos e momento social e histrico, modalidade usada (escrita ou falada), tecnologia implicada, etc.

    cognitivo-conceitual: conhecimento de mundo, conceitos e suas inter-relaes (objetos, seres, fatos, fenmenos, acontecimentos, etc.).

    Em relao aos itens de Lngua Portuguesa na prova do ENEM, observa-se a prepon-derncia de questes associadas interpretao de textos, e os contedos gramaticais so instrumentos que subsidiam a compreenso desses textos. Verifica-se, tambm, a grande recorrncia de questes intertextuais, que exigem a interpretao de charges, tirinhas, tre-chos de notcias, elementos grficos, anncios publicitrios, letras de msica, poemas, entre outros gneros, para formulao de resposta, muitas vezes, indutiva.

    A enfatiza a importncia do confronto de ideias por meio da intertextualidade. Quando se deseja saber os objetivos de seu produtor, na verdade, a questo deseja medir a capacidade interpretativa do estudante. E, tambm, quando se pede para analisar pro-cedimentos argumentativos utilizados, deseja-se saber o domnio dos recursos lingusticos persuasivos, bem como os conceitos relativos funo conativa da linguagem.

    Apontamos, a seguir, os outros contedos mais recorrentes associados ao componen-te Lngua Portuguesa:

    anlise de textos;

    variao lingustica;

    funes e figuras de linguagem;

  • 16 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    identificao dos gneros textuais;

    uso de conectivos;

    expresses idiomticas.

    A melhor forma de se preparar para o ENEM manter o amplo contato com os diver-sos tipos e gneros textuais: textos no verbais, editoriais, de artigos, literrios, poticos, musicais, assim como pinturas, grficos, infogrficos e resumos. Distribuo das questes de acordo com os blocos de conhecimentos:

    Grfico 1. Nmero de questes por bloco de conhecimentos.

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA NA REA DE LINGUAGENS,

    CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    O estudo da lngua estrangeira tem como primeiro objetivo viabilizar a comunicao entre indivduos que atuam em contextos distintos, permeados por cdigos lingusticos e experincias das mais diversas origens. O contato com um novo idioma deve proporcio-nar ao aprendiz uma nova forma de interpretar o mundo e propiciar, assim, interao com a diversidade cultural existente e capacitar seus interlocutores para que participem ativa-mente da construo de novos significados em seus discursos, promovendo a produo e o aumento do domnio discursivo da lngua-alvo. Portanto, aquele que conta com a lngua estrangeira para obter acesso s mais diversas fontes de informao insere-se na sociedade como um ser capaz de interpretar e compreender as realidades do mundo e, ento, de atuar.

    As lnguas estrangeiras modernas Espanhol e Ingls fazem parte da prova do ENEM desde 2010. O candidato, no ato da sua inscrio, deve optar por um dos dois idiomas.

    A prova procura verificar a capacidade de interpretar e extrair significados dos itens propostos, que se referem, basicamente, a questes cotidianas. Pretende-se avaliar a habi-lidade de compreenso de enunciados e anlise de diversos gneros textuais, fazendo do

  • 17CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    repertrio cultural de cada participante algo imprescindvel para o bom entendimento da avaliao de maneira geral.

    Nas questes propostas em lngua estrangeira, verifica-se a presena de gneros tex-tuais pertencentes a diversas esferas de circulao e, provavelmente, j conhecidos pelos participantes do exame. Identificam-se predominantemente gneros jornalsticos, embo-ra sejam frequentes alguns menos comuns em provas de mltipla escolha, como o caso de poesias e de letras de msicas. A presena de charges, cartuns, tiras, cartes-postais e propagandas estimula o sujeito a refletir acerca dos aspectos socioculturais implicados na linguagem, alm de analisar variadas construes lingusticas.

    Voc deve, ento, utilizar seus conhecimentos para demonstrar sua capacidade de as-sociar vocbulos e expresses, de reconhecer a importncia da produo cultural da lngua estrangeira, de relacionar os textos ao seu uso social, enfim, deve evidenciar a conscincia que possui quanto aplicao de estruturas lingusticas em diferentes situaes comuni-cativas. Dessa forma, fundamental estar atento aos enunciados e evite prender-se a tra-dues para a lngua materna. E, embora os textos propostos sejam obviamente em lngua estrangeira, as questes so sempre realizadas em portugus. Portanto, a interpretao a essncia do mtodo de avaliao aqui proposto, por isso voc precisar demonstrar enten-dimento do mundo em que vive e saber analisar os aspectos sociais, econmicos, tecnolgi-cos e polticos presentes na sociedade.

    Ingls

    Grfico 2. Nmero de questes de lngua estrangeira por tipo ou gnero textual.

    Espanhol

    Grfico 3. Nmero de questes de lngua estrangeira por tipo ou gnero textual.

  • 18 REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Grfico 4. Nmero de citaes nas provas do ENEM por autor brasileiro.

    O COMPONENTE CURRICULAR DE LITERATURA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    A literatura, em significado mais amplo, trata de criaes poticas, ficcionais, dramti-cas, considerada aqui como uma manifestao universal de todos os homens em todos os tempos, como nos ensina o Professor Antonio Candido em Direito literatura.

    Reconhece-se que o acesso experincia literria pode ofertar formao humana, emoo e sensibilidade, reflexo sobre a prpria vida, sobre o outro e sobre o mundo. O texto literrio transcende a realidade e pode levar o homem para um mundo ficcional com uma fora capaz de formar identidades culturais e de revelar realidades histrico-sociais, por meio das mltiplas leituras e da construo de vrios sentidos.

    Na prova de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias do ENEM, alm do conhecimen-to dos diversos gneros que compem o patrimnio literrio nacional e da anlise de suas caractersticas estticas, em inter-relao com as outras produes culturais, voc pode ser avaliado pela competncia de entender o fenmeno literrio tambm como possibilidade de objeto de estudo para investigao histrico-social, bem como por estabelecer dilogos (e sentidos) com os outros textos, gneros e conhecimentos em perspectiva interdisciplinar.

    As questes de Literatura no ENEM objetivam, em primeiro plano, a abordagem da Histria da Literatura, o entendimento dos estilos, a anlise formal e a interpretao dos tex-tos e o conhecimento das figuras de linguagens, com perspectiva comparativa e em inter--relao com as outras reas do conhecimento. Nota-se que as questes do ENEM tambm utilizam os textos literrios para avaliar a anlise gramatical e as funes da linguagem. muito importante, ainda, que voc entenda o dilogo entre a literatura e as artes plsticas.

    Percebe-se a predominncia de referncia aos textos e autores modernos, a exemplo de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Mrio de Andrade. O movimento lite-rrio modernista o que mais aparece nas questes, seguido pelos Anos 40/50, Romantismo, Anos 60/70 e Regionalismo de 30.

    1 Carlos Drummond de Andrade

    2 Machado de Assis

    3 Manuel Bandeira

    4 Mrio de Andrade

    5 Oswald de Andrade

    6 Ferreira Gullar

    7 Rubem Braga

    8 Graciliano Ramos

    9 Joo Cabral de Melo Neto

    10 Vinicius de Moraes

    11 Chico Buarque de Hollanda

    12 Monteiro Lobato

  • 19CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO

    O COMPONENTE CURRICULAR DE ARTE NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN), conhecer o carter criativo, contraditrio, pluridimensional, mltiplo e singular, a um s tempo da Arte fundamental para que o estudante do Ensino Mdio compreenda criticamente as manifestaes culturais, bem como a sua identidade individual e coletiva.

    A Arte tem como enfoque a linguagem artstica como produtora de sentidos. Esse obje-to pressupe a dimenso cultural e histrica que o localiza num espao/tempo das relaes interpessoais. Abrange saberes culturais e estticos, inseridos em prticas de produo e apreciao artsticas fundamentais para a formao do sujeito. Nesse sentido, a compre-enso dos sistemas de representao basilar para uma consistente interlocuo com os produtos da arte, possibilitando experincias de anlise e de crtica, leitura, interpretao e interveno no mundo de modo crtico e reflexivo.

    Quanto s questes de Arte na prova de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, o grande enfoque so os elementos das artes brasileiras, como a barroca e a relao da arte urbana com a poltica contempornea.

    Em similaridade com a literatura, as questes do componente Arte no ENEM costumam privilegiar o modernismo brasileiro, a exemplo de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Candido Portinari. Em seguida, vista tambm a presena forte da arte popular e/ou contempornea (grafites, animaes, letras de msicos contemporneos). Assim, as questes trazem imagens de obras, frases e textos para que voc demonstre sua capacidade crtica e visual, dominando, dessa forma, as mais diversas linguagens artsticas.

    O COMPONENTE CURRICULAR DE EDUCAO FSICA NA REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    O componente Educao Fsica foi includo na prova do ENEM desde 2009, corrobo-rando com o trabalho didtico-pedaggico mais amplo que a disciplina deve ter. Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN), essa disciplina deve trabalhar as atividades es-portivas, rtmicas e expressivas, o conhecimento sobre o corpo, a relao desses elementos com os outros componentes curriculares. Assim, os signos corporais passam a ser analisa-dos, tambm, enquanto produtores de cultura e identidades.

    Conforme a , as questes do ENEM que envolvem o componente curricular Educao Fsica denotam a importncia da linguagem corporal como forma de comunicao e leitura do mundo e das realidades histrico-sociais, em respeito s diversidades culturais.

    Alguns temas correlatos ao componente Educao Fsica que j figuraram questes do ENEM so: dana folclrica e identidade regional, esportes, ginstica laboral, malabarismo. Em resumo, o ENEM explora assuntos transversais para que voc demonstre a habilidade de ana-lisar criticamente as manifestaes e as implicaes da Cultura Corporal do Movimento para o exerccio da cidadania e como instrumento de comunicao e expresso da cultura.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 20

    CADERNO DE EXERCCIOS

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 21

    O Caderno de Exerccios foi organizado levando em considerao as competncias, as habilidades e os contedos relacionados a partir de uma anlise feita pelos organizadores desse material. Ressalta-se que foi um recurso didtico utilizado pelos educadores para que os estudantes possam construir a noo de como esses trs elementos esto integrados na Prova do ENEM.

    As questes aqui apresentadas foram oriundas de duas fontes: questes do ENEM (2009-2012) e Relatrio do INEP.

    Competncia de rea 1 Aplicar as tecnologias da comunicao e da informao na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

    H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterizao dos sistemas de comunicao.

    1 (ENEM, 2009)A partida

    Acordei pela madrugada. A princpio com tranquilidade, e logo com obstinao, quis novamente dormir. Intil, o sono esgotara-se. Com precauo, 4acendi um fsforo: passava das trs. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria s cinco. Veio-

    me ento o desejo de no passar mais 7nem uma hora naquela casa. Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor.

    Com receio de fazer barulho, dirigi-me cozinha, lavei o rosto, os dentes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. Calcei os sapatos, 13sentei-me um instante beira da cama. Minha av continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas pala-vras... Que me custava acord-la, 16dizer-lhe adeus?

    LINS, O. A partida. Seleo e prefcio de Sandra Nitrini. So Paulo: Global, 2003.

    No texto, o personagem narrador, na iminncia da partida, descreve a sua hesitao em separar-se da av. Esse sentimento contraditrio fica claramente expresso no trecho

    A. A princpio com tranquilidade, e logo com obstinao, quis novamente dormir

    B. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria s cinco

    C. Calcei os sapatos, sentei-me um instante beira da cama.

    D. Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e amor

    E. Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras...

    CADERNO DE EXERCCIOS

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 22

    2 (ENEM, 2009)Para o Mano Caetano1O que fazer do ouro de tolo

    Quando um doce bardo brada a toda brida,

    Em velas pandas, suas esquisitas rimas?4Geografia de verdades, Guanabaras postias

    Saudades banguelas, tropicais preguias?

    A boca cheia de dentes7De um implacvel sorriso

    Morre a cada instante

    Que devora a voz do morto, e com isso,10Ressuscita vampira, sem o menor aviso

    [...]

    E eu lobo-bolo? Lobo-bolo

    Tipo pra rimar com ouro de tolo?13Oh, Narciso Peixe Ornamental!

    outra vez*1

    Ou em banto baiano16Ou em portugus de Portugal

    Se quiser, at mesmo em americano

    De Natal

    [...]*1 (caoe de mim, importune-me).

    LOBO.Disponvel em: .

    Acesso em: 14 ago. 2009 [adaptado].

    Na letra da cano apresentada, o compositor Lobo explora vrios recursos da Lngua Portuguesa, a fim de conseguir efeitos estticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem

    A. Quando um doce bardo brada a toda brida (v. 2).

    B. Em velas pandas, suas esquisitas rimas? (v. 3).

    C. Que devora a voz do morto (v. 9).

    D. Lobo-bolo / Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12).

    E. outra vez (v. 14).

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 23

    H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comu-nicao e informao para resolver problemas sociais.

    1 (RELATRIO INEP) Jos Dias precisa sair de sua casa e chegar at o trabalho, conforme mostra o Quadro 1. Ele vai de nibus e pega trs linhas: 1) de sua casa at o terminal de inte-grao entre a zona norte e a zona central; 2) deste terminal at outro entre as zonas central e sul; 3) deste ltimo terminal at onde trabalha. Sabe-se que h uma correspondncia nu-mrica, nominal e cromtica das linhas que Jos toma, conforme o Quadro 2.

    QUADRO 1 QUADRO 2ZONA NORTE (CASA) Linha 100 Circular zona sul Linha Amarela

    ZONA CENTRAL Linha 101 Circular zona central Linha Vermelha

    ZONA SUL (TRABALHO) Linha 102 Circular zona norte Linha Azul

    Jos Dias dever, ento, tomar a seguinte sequncia de linhas de nibus, para ir de casa ao trabalho

    A. L. 102 Circular zona central L. Vermelha.

    B. L. Azul L. 101 Circular zona norte.

    C. Circular zona norte L. Vermelha L. 100.

    D. L. 100 Circular zona central L. Azul.

    E. L. Amarela L. 102 Circular zona sul.

    2 (ENEM, 2011)

    Disponvel em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 [adaptado].

    O anncio publicitrio est intimamente ligado ao iderio de consumo quando sua funo vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos lingusticos e extralingusticos para divulgar a atrao Noites do Terror, de um parque de diverses. O entendimento da propaganda requer do leitor

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 24

    A. a identificao com o pblico-alvo a que se destina o anncio.

    B. a avaliao da imagem como uma stira s atraes de terror.

    C. a ateno para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente.

    D. o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular.

    E. a percepo do sentido literal da expresso noites terror, equivalente expres-so noites .

    H3 Relacionar informaes geradas nos sistemas de comunicao e informa-o, considerando a funo social desses sistemas.

    1 (ENEM, 2009) O Portal Domnio Pblico, lanado em novembro de 2004, prope o compartilhamento de conhecimentos de forma equnime e gratuita, colocando disposi-o de todos os usurios da Internet, uma biblioteca virtual que dever constituir referncia para professores, alunos, pesquisadores e para a populao em geral.

    Esse portal constitui um ambiente virtual que permite a coleta, a integrao, a preser-vao e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso s obras literrias, artsticas e cientficas (na forma de textos, sons, imagens e vdeos), j em domnio pblico ou que tenham a sua divulgao devidamente autorizada.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Disponvel em: .

    Acesso em: 29 jul. 2009 [adaptado].

    Considerando a funo social das informaes geradas nos sistemas de comunicao e informao, o ambiente virtual descrito no texto exemplifica

    A. a dependncia das escolas pblicas quanto ao uso de sistemas de informao.

    B. a ampliao do grau de interao entre as pessoas, a partir de tecnologia convencional.

    C. a democratizao da informao, por meio da disponibilizao de contedo cul-tural e cientfico sociedade.

    D. a comercializao do acesso a diversas produes culturais nacionais e estrangei-ras via tecnologia da informao e da comunicao.

    E. a produo de repertrio cultural direcionado a acadmicos e educadores.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 25

    2 (ENEM, 2011)TEXTO I

    O Brasil sempre deu respostas rpidas atravs da solidariedade do seu povo. Mas a mesma fora que nos motiva a ajudar o prximo deveria tambm nos motivar a ter atitudes cidads. No podemos mais transferir a culpa para quem vtima ou at mesmo para a prpria natureza, como se essa seguisse a lgica humana. Sobram desculpas esfarrapadas e falta competncia da classe poltica.

    Cartas. 28 abr. 2010.

    TEXTO II

    No podemos negar ao povo sofrido todas as hipteses de previso dos desastres. Demagogos culpam os moradores; o governo e a prefeitura apelam para as pessoas sarem das reas de risco e agora dizem que ser compulsria a realocao. Ento temos a realocar o Brasil inteiro! Criemos um servio, similar ao SUS, com alocao obrigatria de recursos oramentrios com rede de atendimento preventivo, de que participariam arquitetos, en-genheiros, gelogos. Bem ou mal, esse SUS organizaria brigadas nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, poderia verificar as condies de acontecer epidemias. Seriam boas aes preventivas.

    Carta do Leitor. 28 abr. 2010 [adaptado].

    Os textos apresentados expressam opinies de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira. Os autores dos dois textos apontam para a

    A. necessidade de trabalho voluntrio contnuo para a resoluo das mazelas sociais.

    B. importncia de aes preventivas para evitar catstrofes, indevidamente atribu-das aos polticos.

    C. incapacidade poltica para agir de forma diligente na resoluo das mazelas sociais.

    D. urgncia de se criarem novos rgos pblicos com as mesmas caractersticas do SUS.

    E. impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das aes da natureza.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 26

    H4 Reconhecer posies crticas aos usos sociais que so feitos das lingua-gens e dos sistemas de comunicao e informao.

    1 (ENEM, 2009) Na parte superior do anncio, h um comentrio escrito mo que abor-da a questo das atividades lingusticas e sua relao com as modalidades oral e escrita da lngua. Esse comentrio deixa evidente uma posio crtica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessrio

    Veja, 7 maio 1997.

    A. implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurana no uso da lngua.

    B. conhecer gneros mais formais da modalidade oral para a obteno de clareza na comunicao oral e escrita.

    C. dominar as diferentes variedades do registro oral da lngua portuguesa para es-crever com adequao, eficincia e correo.

    D. empregar vocabulrio adequado e usar regras da norma padro da lngua em se tratando da modalidade escrita.

    E. utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padro da lngua para se expressar com alguma segurana e sucesso.

    2 (ENEM, 2011) A discusso sobre o fim do livro de papel com a chegada da mdia eletr-nica me lembra a discusso idntica sobre a obsolescncia do folheto de cordel. Os folhetos talvez no existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso acontea, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuaro sendo publicados e lidos em CD-ROM, em livro eletrnico, em chips qunticos, sei l o qu. O texto uma espcie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: pgina impressa, livro em Braille, folheto, , cpia manuscrita, arquivo PDF Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, no importa se ou , se ou .

    TAVARES, B.Disponvel em: .

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 27

    Ao refletir sobre a possvel extino do livro impresso e o surgimento de outros supor-tes em via eletrnica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que

    A. o cordel um dos gneros textuais, por exemplo, que ser extinto com o avano da tecnologia.

    B. o livro impresso permanecer como objeto cultural veiculador de impresses e de valores culturais.

    C. o surgimento da mdia eletrnica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.

    D. os textos continuaro vivos e passveis de reproduo em novas tecnologias, mesmo que os livros desapaream.

    E. os livros impressos desaparecero e, com eles, a possibilidade de se ler obras literrias dos mais diversos gneros.

    3 (ENEM, 2012) A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multipli-car em enormes propores tanto a massa das notcias que circulam quanto as ocasies de sermos solicitados por elas. Os profissionais tm tendncia a considerar essa inflao como automaticamente favorvel ao pblico, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem liberal do grande mercado em que cada um, dotado de luzes por definio iguais, pode fazer sua escolha em toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se abandonam a sua bulimia*, no so realmente nutridos por essa indigesta sopa de informaes e sua busca finaliza em frus-trao. Cada vez mais frequentemente, at, eles ressentem esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se refugiam na resistncia a toda ou qualquer informao.

    O verdadeiro problema das sociedades ps-industriais no a penria**, mas a abun-dncia. As sociedades modernas tm a sua disposio muito mais do que necessitam em objetos, informaes e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre uma oferta, no excessiva, mas incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma escolha muito mais rpida a absorver. Por isso os rgos de informao devem escolher, uma vez que o homem contemporneo apressado, estressado, desorientado busca uma li-nha diretriz, uma classificao mais clara, um condensado do que realmente importante.

    (*) fome excessiva, desejo descontrolado. (**) misria, pobreza.

    VOYENNE, B. Lisboa: Armand Colin, 1975 [adaptado].

    Com o uso das novas tecnologias, os domnios miditicos obtiveram um avano maior e uma presena mais atuante junto ao pblico, marcada ora pela quase simultaneidade das informaes, ora pelo uso abundante de imagens. A relao entre as necessidades da socie-dade moderna e a oferta de informao, segundo o texto, desarmnica, porque

    A. o jornalista seleciona as informaes mais importantes antes de public-las.

    B. o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 28

    C. o problema da sociedade moderna a abundncia de informaes e de liberda-de de escolha.

    D. a oferta incoerente com o tempo que as pessoas tm para digerir a quantidade de informao disponvel.

    E. a utilizao dos meios de informao acontece de maneira desorganizada e sem controle efetivo.

    Competncia de rea 2 Conhecer e usar lngua(s) estrangeira(s) moderna(s) como ins-trumento de acesso a informaes e a outras culturas e grupos sociais.

    H5 Associar vocbulos e expresses de um texto em LEM ao seu tema.

    OPO INGLS

    1 (ENEM, 2011) Going to university seems to reduce the risk of dying from coronary heart disease. An American study that involved 10 000 patients from around the world has found that people who leave school before the age of 16 are five times more likely to suffer a heart attack and die than university graduates.

    World Report News. Ano XIV, n 170. Editora Camelot, 2001.

    Em relao s pesquisas, a utilizao da expresso evidencia a inteno de informar que

    A. as doenas do corao atacam dez mil pacientes.

    B. as doenas do corao ocorrem na faixa dos dezesseis anos.

    C. as pesquisas sobre doenas so divulgadas no meio acadmico.

    D. jovens americanos so alertados dos riscos de doenas do corao.

    E. maior nvel de estudo reduz riscos de ataques do corao.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 29

    2 (ENEM, 2011)

    GLASBERGEN, R.Disponvel em: .

    Acesso em: 23 jul. 2010.

    Na fase escolar, prtica comum que os professores passem atividades extraclasse e marquem uma data para que as mesmas sejam entregues para correo. No caso da cena da charge, a professora ouve uma estudante apresentando argumentos para

    A. discutir sobre o contedo do seu trabalho j entregue.

    B. elogiar o tema proposto para o relatrio solicitado.

    C. sugerir temas para novas pesquisas e relatrios.

    D. reclamar do curto prazo para entrega do trabalho.

    E. convencer de que fez o relatrio solicitado.

    3 (ENEM, 2012) Quotes of the Day

    Friday, Sep. 02, 2011

    There probably was a shortage of not just respect and boundaries but also love. But you do need, when they cross the line and break the law, to be very tough.

    British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing that those involved in the recent riots in England need tough love as he vows to get to grips with the countrys problem families.

    Disponvel em: . Acesso em: 5 nov. 2011 [adaptado].

    A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto de 2011, as palavras de alerta de David Cameron tm como foco principal

    A. enfatizar a discriminao contra os jovens britnicos e suas famlias.

    B. criticar as aes agressivas demonstradas nos tumultos pelos jovens.

    C. estabelecer relao entre a falta de limites dos jovens e o excesso de amor.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 30

    D. reforar a ideia de que os jovens precisam de amor, mas tambm de firmeza.

    E. descrever o tipo de amor que gera problemas s famlias de jovens britnicos.

    4 (ENEM, 2012)

    Aproveitando-se de seu status social e da possvel influncia sobre seus fs, o famoso msico Jimi Hendrix associa, em seu texto, os termos , e para justificar sua opinio de que

    A. a paz tem o poder de aumentar o amor entre os homens.

    B. a amor pelo poder dever ser menor do que o poder do amor.

    C. o poder deve ser compartilhado entre aqueles que se amam.

    D. o amor pelo poder capaz de desunir cada vez mais as pessoas.

    E. a paz ser alcanada quando a busca pelo poder deixar de existir.

    5 (ENEM, 2010)The death of the PC

    The days of paying for costly software upgrades are numbered. The PC will soon be obsolete. And reports 70% of Americans are already using the technology that will replace

    it. Merrill Lynch calls it a $160 billion tsunami. Computing giants including IBM, Yahoo!, and Amazon are racing to be the first to cash in on this PC-killing revolution. Yet, two

    little-known companies have a huge head start. Get their names in a free report from The Motley Fool called, The Two Words Bill Gates Doesnt Want You to Hear

    Click here for instant access to this FREE report!

    BROUGHT TO YOU BY THE MOTLEY FOOL

    Disponvel em: . Acesso em: 21 jul. 2010.

    Ao optar por ler a reportagem completa sobre o assunto anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill Gates no quer que o leitor conhea e que se referem

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 31

    A. aos responsveis pela divulgao dessa informao na internet.

    B. s marcas mais importantes de microcomputadores do mercado.

    C. aos nomes dos americanos que inventaram a suposta tecnologia.

    D. aos da internet pelos quais o produto j pode ser conhecido.

    E. s empresas que levam vantagem para serem suas concorrentes.

    6 (ENEM, 2010)Crystal Ball

    Come see your life in my crystal glass

    Twenty-five cents is all you pay

    Let me look into your past Heres what you had for lunch today:

    Tuna salad and mashed potatoes,

    Collard greens pea soup and apple juice, Chocolate milk and lemon mousse.

    You admit Ive got told it all?

    Well, I know it, I confess,

    Not by looking, in my ball,

    But just by looking at your dress.

    SILVERSTEIN, S. New York: Harper Collins Publishers, 1996.

    A curiosidade a respeito do futuro pode exercer um fascnio peculiar sobre algumas pessoas, a ponto de coloc-las em situaes inusitadas. Na letra da msica , essa situao fica evidente quando revelado pessoa que ela

    A. recebeu uma boa notcia.

    B. ganhou um colar de pedras.

    C. se sujou durante o almoo.

    D. comprou vestidos novos.

    E. encontrou uma moeda

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 32

    7 (ENEM, 2010)

    Os aparelhos eletrnicos contam com um nmero cada vez maior de recursos. O au-tor do desenho detalha os diferentes acessrios e as caractersticas de um celular e, a julgar pela maneira como os descreve, ele

    A. prefere os aparelhos celulares com , mecanismo que se dobra, estando as teclas protegidas contra eventuais danos.

    B. apresenta uma opinio sarcstica com relao aos aparelhos celulares repletos de recursos adicionais.

    C. escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho das teclas, facilitando o manuseio.

    D. acredita que o uso de aparelhos telefnicos portteis seja essencial para que a comunicao se d a qualquer instante.

    E. julga essencial a presena de editores de textos nos celulares, pois ele pode con-cluir seus trabalhos pendentes fora do escritrio.

    OPO ESPANHOL

    1 (ENEM, 2012)

    QUINO.Disponvel em: .

    Acesso em: 27 fev. 2012.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 33

    A personagem Susanita, no ltimo quadro, inventa o vocbulo , utilizando um recur-so de formao de palavra existente na lngua espanhola. Na concepo da personagem, o sentido do vocbulo remete

    A. falta de feminilidade das mulheres que no se dedicam s tarefas domsticas.

    B. valorizao das mulheres que realizam todas as tarefas domsticas.

    C. inferioridade das mulheres que praticam as tarefas domsticas.

    D. relevncia social das mulheres que possuem empregados para realizar as tarefas domsticas.

    E. independncia das mulheres que no se prendem apenas s tarefas domsticas.

    2 (ENEM, 2011) Desmachupizar el turismo

    Es ya un lugar comn escuchar aquello de que hay que desmachupizar el turismo en Per y buscar visitantes en las dems atracciones (y son muchas) que tiene el pas, naturales y arqueolgicas, pero la ciudadela inca tiene un imn innegable. La Cmara Nacional de Turismo considera que Machu Picchu significa el 70% de los ingresos por turismo en Per, ya que cada turista que tiene como primer destino la ciudadela inca visita entre tres y cinco lugares ms (la ciudad de Cuzco, la de Arequipa, las lneas de Nazca, el Lago Titicaca y la selva) y dela en el pas un promedio de 2 200 dlares (unos 1 538 euros). Carlos Canales, pre-sidente de Canatur, seal que la ciudadela tiene capacidad para recibir ms visitantes que en la actualidad (un mximo de 3 000) con un sistema planificado de horarios y rutas, pero no quiso avanzar una cifra. Sin embargo, la Unesco ha advertido en varias ocasiones que el monumento se encuentra cercano al punto de saturacin y el Gobierno no debe emprender ninguna poltica de captacin de nuevos visitantes, algo con lo que coincide el viceministro Roca Rey.

    Disponvel em: . Acesso em: 21 jun. 2011.

    A reportagem do jornal espanhol mostra a preocupao diante de um problema no Peru, que pode ser resumido pelo vocbulo desmachupizar, referindo-se

    A. escassez de turistas no pas.

    B. ao difcil acesso ao lago Titicaca.

    C. destruio da arqueologia no pas.

    D. ao excesso de turistas na terra dos incas.

    E. falta de atrativos tursticos em Arequipa.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 34

    H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informaes, tecnologias e culturas.

    OPO INGLS

    1 (ENEM, 2011) Hows your mood?

    For an interesting attempt to measure cause and effect try Mappiness, a project run by the London School of Economics, which offers a phone app that prompts you to record your mood and situation. The Mappiness website says: Were particularly interested in how peoples happiness is affected by their local environment air pollution, noise, green spaces, and so on which the data from Mappiness will be absolutely great for investigating. Will it work? With enough people, it might. But there are other problems. Weve been using ha-ppiness and well-being interchangeably. Is that OK? The difference comes out in a sentiment like: We were happier during the war. But was our well-being also greater then?

    Disponvel em: . Acesso em: 27 jun. 2011 [adaptado].

    O projeto Mappiness, idealizado pela London School of Economics, ocupa-se do tema relacionado

    A. ao nvel de felicidade das pessoas em tempos de guerra.

    B. dificuldade de medir o nvel de felicidade das pessoas a partir de seu humor.

    C. ao nvel de felicidade das pessoas enquanto falam ao celular com seus familiares.

    D. relao entre o nvel de felicidade das pessoas e o ambiente no qual se encontram.

    E. influncia das imagens grafitadas pelas ruas no aumento do nvel de felicidade das pessoas.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 35

    2 (ENEM, 2011)War

    Until the philosophy which holds one race superior

    And another inferior

    Is finally and permanently discredited and abandoned,

    Everywhere is war Me say war.

    That until there is no longer

    First class and second class citizens of any nation,

    Until the color of a mans skin

    Is of no more significance than the color of his eyes

    Me say war.

    []

    And until the ignoble and unhappy regimes

    that hold our brothers in Angola, in Mozambique,

    South Africa, sub-human bondage have been toppled,

    Utterly destroyed

    Well, everywhere is war Me say war.

    War in the east, war in the west,

    War up north, war down south

    War war Rumors of war.

    And until that day, the African continent will not know peace.

    We, Africans, will fight we find it necessary

    And we know we shall win

    As we are confident in the victory.

    []

    MARLEY, B.Disponvel em: .

    Acesso em: 30 jun. 2011 [fragmento].

    Bob Marley foi um artista popular e atraiu muitos fs com suas canes. Ciente de sua influncia social, na msica , o cantor se utiliza de sua arte para alertar sobre

    A. a inrcia do continente africano diante das injustias sociais.

    B. a persistncia da guerra enquanto houver diferenas raciais e sociais.

    C. as acentuadas diferenas culturais entre os pases africanos.

    D. as discrepncias sociais entre moambicanos e angolanos como causa de conflitos.

    E. a fragilidade das diferenas raciais e sociais como justificativas para o incio de uma guerra.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 36

    3 (ENEM, 2010)The six-year molars

    The six-year molars are the first permanent teeth. They are the keystone of the den-tal arch. They are also extremely susceptible to decay. Parents have to understand that these teeth are very important. Over 25% of 6 to 7 year old children have beginning cavities in one of the molars. The early loss of one of these molars causes serious problems in childhood and adult life. It is never easy for parents to make kids take care of their teeth. Even so, pa-rents have to insist and never give up.

    Mdulo do Ensino Integrado: Fundamental, Mdio, profissional-DCL.

    O texto aborda uma temtica inerente ao processo de desenvolvimento do ser huma-no, a dentio. H informao quantificada na mensagem quando se diz que as cries dos dentes mencionados

    A. acontecem em mais de 25% das crianas entre seis e sete anos.

    B. ocorrem em menos de 25% das crianas entre seis e sete anos.

    C. surgem em uma pequena minoria das crianas.

    D. comeam em crianas acima dos 7 anos.

    E. podem levar dezenas de anos para ocorrer.

    4 (ENEM, 2010)The record industry

    The record industry is undoubtedly in crisis, with labels laying off employees in continu-ation. This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge. And yet its not all gloom and doom. Some labels are in fact thriving. Putumayo World Music, for example, is growing, thanks to its catalogue of ethnic compilation albums, featuring work by largely unknown artists from around the planet. Putumayo, which takes its name from a valley in Colombia, was founded in New York in 1993. It began life as an alternative clothing company, but soon decided to concentrate on music. Indeed its growth appears to have coincided with that of world music as a genre.

    Speak Up. Ano XXIII, n 275 [fragmento].

    A indstria passou por vrias mudanas no sculo XX, e, como consequncia, as em-presas enfrentaram crises. Entre as causas, o texto da revista aponta

    A. o baixo interesse dos jovens por alguns gneros musicais.

    B. o acesso a msicas, geralmente sem custo, pela Internet.

    C. a compilao de lbuns com diferentes estilos musicais.

    D. a ausncia de artistas populares entre as pessoas mais jovens.

    E. o aumento do nmero de cantores desconhecidos.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 37

    5 (ENEM, 2010)The weather man

    They say that the British love talking about the weather. For other nationalities this can be a banal and boring subject of conversation, something that people talk about

    when they have nothing else to say to each other. And yet the weather is a very im-portant part of our lives. That at least is the opinion of Barry Gromett, press officer for The Met Office. This is located in Exeter, a pretty cathedral city in the southwest of England. Here employees and computers supply weather forecasts for much of the world.

    Speak Up. Ano XXIII, n 275.

    Ao conversar sobre a previso do tempo, o texto mostra

    A. aborrecimento do cidado britnico ao falar sobre banalidades.

    B. a falta de ter o que falar em situaes de avaliao de lnguas.

    C. a importncia de se entender sobre meteorologia para falar ingls.

    D. as diferenas e as particularidades culturais no uso de uma lngua.

    E. o conflito entre diferentes ideias e opinies ao se comunicar em ingls.

    6 (ENEM, 2012)23 February 2012 Last update at 16:53 GMT

    BBC World Service

    J. K. Rowling to pen first novel for adults

    Author J. K. Rowling has announced plans to publish her first novel for adults, which will be very different from the Harry Potter books she is famous for. The book will be pub-lished worldwide although no date or title has yet been realesed. The freedom to explore new territory is a gift that Harrys success has brought me, Rowling said. All the Potter books were published by Bloomsbury, but Rowling has chosen a new publisher for her debut into adult fiction. Although Ive enjoyed writing it every bit as much, my next book will be very different to the Harry Potter series, which has been published so brilliantly by Bloomsbury and my other publishers around the world, she said, in a statement. Im delighted to have a second publishing home in Little, Brown, and a publishing team that will be a great partner in this new phase of my writing life.

    Disponvel em: . Acesso em: 24 fev. 2012 [adaptado].

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 38

    J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o bruxo Harry Potter e suas aven-turas, adaptados para o cinema. Esse texto, que aborda a trajetria da escritora britnica, tem por objetivo

    A. informar que a famosa srie Harry Potter ser adaptada para o pblico adulto.

    B. divulgar a publicao do romance por J. K. Rowling inteiramente para adultos.

    C. promover a nova editora que ir publicar os prximos livros de J. K. Rowling.

    D. informar que a autora de Harry Potter agora pretende escrever para adultos.

    E. anunciar um novo livro da srie Harry Potter publicado por editora diferente.

    7 (ENEM, 2010)Millenium goals

    Disponvel em: .Acesso em: 28 jul. 2010 [adaptado].

    Definidas pelos pases-membros da Organizao das Naes Unidas e por organi-zaes internacionais, as metas de desenvolvimento do milnio envolvem oito objetivos a serem alcanados at 2015. Apesar da diversidade cultural, esses objetivos, mostrados na imagem, so comuns ao mundo todo, sendo dois deles

    A. o combate AIDS e a melhoria do ensino universitrio.

    B. a reduo da mortalidade adulta e a criao de parcerias globais.

    C. a promoo da igualdade de gneros e a erradicao da pobreza.

    D. a parceria global para o desenvolvimento e a valorizao das crianas.

    E. a garantia da sustentabilidade ambiental e o combate ao trabalho infantil.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 39

    OPO ESPANHOL

    1 (ENEM, 2012) Excavarn plaza ceremonial del frontis norte de Huaca de la Luna

    Trujillo, feb. 25 (ANDINA)

    Tras limpiar los escombros del saqueo colonial y de las excavaciones de los ltimos aos en Huaca de la Luna, este ao se intervendr la plaza ceremonial del frontis norte, en donde se ubica la gran fachada del sitio arqueolgico ubicado en Trujillo, La Libertad, infor-maron hoy fuentes culturales. Despus de varias semanas de trabajo, el material fue sacado del sitio arqueolgico para poder apreciar mejor la extensin y forma del patio que, segn las investigaciones, sirvi hace unos 1500 como escenario de extraos rituales. El codirec-tor del Proyecto Arqueolgico Huacas del Sol y la Luna, Ricardo Morales Gamarra, sostuvo que con la zona limpia de escombros, los visitantes conocern la verdadera proporcin de la imponente fachada, tal y como la conocieron los moches. Por su parte, el arquelogo Santiago Uceda, tambin codirector del proyecto, dijo que las excavaciones se iniciarn este ao para determinar qu otros elementos componan dicha rea. Hace poco nos sorpren-di encontrar un altar semicircular escalonado. Era algo que no esperbamos. Por lo tanto, es difcil saber qu es lo que an est escondido en la zona que exploraremos, seal Uceda a la Agencia Andina. La Huaca de la Luna se localiza en el distrito trujillano de Moche. Es una pirmide de adobe adornada, en sus murales, con impresionantes imgenes mitolgicas, muchas de ellas en alto relieve.

    Disponvel em: . Acesso em: 23 fev. 2012 [adaptado].

    O texto apresenta informaes sobre um futuro trabalho de escavao de um stio arqueolgico peruano. Sua leitura permite inferir que

    A. a pirmide Huaca de la Luna foi construda durante o perodo colonial peruano.

    B. o stio arqueolgico contm um altar semicircular bastante deteriorado.

    C. a pirmide Huaca de la Luna foi construda com cermica.

    D. o stio arqueolgico possui um ptio que foi palco de rituais.

    E. o stio arqueolgico mantm escombros deixados pela civilizao moche.

    2 (ENEM, 2011) En Mxico se producen ms de 10 millones de m3 de basura mensual-mente, depositados en ms de 50 mil tiraderos de basura legales y clandestinos, que afectan de manera directa nuestra calidad de vida, pues nuestros recursos naturales son utilizados desproporcionalmente, como materias primas que luego desechamos y tiramos convirtin-dolos en materiales intiles y focos de infeccin. Todo aquello que compramos y consumi-mos tiene una relacin directa con lo que tiramos. Consumiendo racionalmente, evitando el derroche y usando slo lo indispensable, directamente colaboramos con el cuidado del ambiente. Si la basura se compone de varios desperdicios y si como desperdicios no fue-ron basura, si los separamos adecuadamente, podremos controlarlos y evitar posteriores

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 40

    problemas. Reciclar se traduce en importantes ahorros de energa, ahorro de agua potable, ahorro de materias primas, menor impacto en los ecosistemas y sus recursos naturales y ahorro de tiempo, dinero y esfuerzo. Es necesario saber para empezar a actuar

    Disponvel em: . Acesso em: 27 abr. 2010 [adaptado].

    A partir do que se afirma no ltimo pargrafo: Es necesario saber para empezar a actuar, pode-se constatar que o texto foi escrito com a inteno de

    A. informar o leitor a respeito da importncia da reciclagem para a conservao do meio ambiente.

    B. indicar os cuidados que se deve ter para no consumir alimentos que podem ser focos de infeco.

    C. denunciar o quanto o consumismo nocivo, pois o gerador dos dejetos produ-zidos no Mxico.

    D. ensinar como economizar tempo, dinheiro e esforo a partir dos 50 mil depsitos de lixo legalizados.

    E. alertar a populao mexicana para os perigos causados pelos consumidores de matria-prima reciclvel.

    Texto para as questes 3 e 4

    Bilingismo en la Educacin Media Continuidad, no continuismo

    Aun sin escuela e incluso a pesar de la escuela, paraguayos y paraguayas se estn co-municando en guaran. La comunidad paraguaya ha encontrado en la lengua guaran una funcionalidad real que asegura su reproduccin y continuidad. Esto, sin embargo, no basta. La inclusin de la lengua guaran en el proceso de educacin escolar fue sin duda un avance de la Reforma Educativa.

    Gracias precisamente a los programas escolares, aun en contextos urbanos, el bilin-gismo ha sido potenciado. Los guaran hablantes se han acercado con mayor fuerza a la adquisicin del castellano, y algunos castellanohablantes perdieron el miedo al guaran y superaron los prejuicios en contra de l. Dejar fuera de la Educacin Media al guaran sera echar por la borda tanto trabajo realizado, tanta esperanza acumulada.

    Cualquier intento de marginacin del guaran en la educacin paraguaya merece la ms viva y decidida protesta, pero esta postura tica no puede encubrir el continuismo de una for-ma de enseanza del guaran que ya ha causado demasiados estragos contra la lengua, contra la cultura y aun contra la lealtad que las paraguayas y paraguayos sienten por su querida len-gua. El guaran, lengua de comunicacin s y mil veces s; lengua de imposicin, no.

    MELI, B.Disponvel em:.

    Acesso em: 27 abr. 2010 [adaptado].

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 41

    3 (ENEM, 2010) No ltimo pargrafo do fragmento sobre o bilinguismo no Paraguai, o au-tor afirma que a lngua guarani, nas escolas, deve ser tratada como lngua de comunicao e no de imposio. Qual dos argumentos abaixo foi usado pelo autor para defender essa ideia?

    A. O guarani continua sendo usado pelos paraguaios, mesmo sem a escola e apesar dela.

    B. O ensino mdio no Paraguai, sem o guarani, desmereceria todo o trabalho reali-zado e as esperanas acumuladas.

    C. A lngua guarani encontrou uma funcionalidade real que assegura sua reprodu-o e continuidade, mas s isso no basta.

    D. A introduo do guarani nas escolas potencializou a difuso da lngua, mas necessrio que haja uma postura tica em seu ensino.

    E. O bilinguismo na maneira de ensinar o guarani tem causado estragos contra a lngua, a cultura e a lealdade dos paraguaios ao guarani.

    4 (ENEM, 2010) Em alguns pases bilngues, o uso de uma lngua pode se sobrepor outra, gerando uma mobilizao social em prol da valorizao da menos proeminente. De acordo com o texto, no caso do Paraguai, esse processo se deu pelo(a)

    A. falta de continuidade do ensino do guarani nos programas escolares.

    B. preconceito existente contra o guarani, principalmente nas escolas.

    C. esperana acumulada na reforma educativa da educao mdia.

    D. incluso e permanncia do ensino do guarani nas escolas.

    E. continusmo do ensino do castelhano nos centros urbanos.

    5 (ENEM, 2010)Los animales

    En la Unin Europea desde el 1 de octubre de 2004 el uso de un pasaporte es obliga-torio para los animales que viajan con su dueo en cualquier compaa.

    AVISO ESPECIAL: en Espaa los animales deben haber sido vacunados contra la rabia

    antes de su dueo solicitar la documentacin. Consultar a un veterinario.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 maio 2009 [adaptado].

    De acordo com as informaes sobre aeroportos e estaes ferrovirias na Europa, uma pessoa que more na Espanha e queira viajar para a Alemanha com o seu cachorro deve

    A. consultar as autoridades para verificar a possibilidade de viagem.

    B. ter um certificado especial tirado em outubro de 2004.

    C. tirar o passaporte do animal e logo vacin-lo.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 42

    D. vacinar o animal contra todas as doenas.

    E. vacinar o animal e depois solicitar o passaporte dele.

    6 (ENEM, 2011) El Gobierno de Brasil, por medio del Ministerio de la Cultura y del Instituto del Patrimonio Histrico y Artstico Nacional (IPHAN), da la bienvenida a los participantes de la 34a Sesin del Comit del Patrimonio Mundial, encuentro realizado por la Organizacin de las Naciones Unidas para la Educacin, la Ciencia y la Cultura (UNESCO). Respaldado por la Convencin del Patrimonio Mundial, de 1972, el Comit rene en su 34a sesin ms de 180 delegaciones nacionales para deliberar sobre las nuevas candidaturas y el estado de conser-vacin y de riesgo de los bienes ya declarados Patrimonio Mundial, con base en los anlisis del Consejo Internacional de Monumentos y Sitios (Icomos), del Centro Internacional para el Estudio de la Preservacin y la Restauracin del Patrimonio Cultural (ICCROM) y de la Unin Internacional para la Conservacin de la Naturaleza (IUCN).

    Disponvel em: . Acesso em: 28 jul. 2010.

    O Comit do Patrimnio Mundial rene-se regularmente para deliberar sobre aes que visem conservao e preservao do patrimnio mundial. Entre as tarefas atribudas s delegaes nacionais que participaram da 34 Sesso do Comit do Patrimnio Mundial, destaca-se a

    A. participao em reunies do Conselho Internacional de Monumentos e Stios.

    B. realizao da cerimnia de recepo da Conveno do Patrimnio Mundial.

    C. organizao das anlises feitas pelo Ministrio da Cultura brasileiro.

    D. discusso sobre o estado de conservao dos bens j declarados patrimnios mundiais.

    E. estruturao da prxima reunio do Comit do Patrimnio Mundial.

    7 (ENEM, 2012)

    Las Malvinas son nuestras

    S, las islas son nuestras. Esta afirmacin no se basa en sentimientos nacionalistas, sino en normas y principios del derecho internacional que, si bien pueden suscitar interpre-taciones en contrario por parte de los britnicos, tienen la fuerza suficiente para imponerse. Los britnicos optaron por sostener el derecho de autodeterminacin de los habitantes de las islas, invocando la resolucin 1514 de las Naciones Unidas, que acord a los pueblos coloniales el derecho de independizarse de los Estados colonialistas. Pero esta tesitura es tambin indefendible. La citada resolucin se aplica a los casos de pueblos sojuzgados por una potencia extranjera, que no es el caso de Malvinas, donde Gran Bretaa procedi a ex-pulsar a los argentinos que residan en las islas, reemplazndolos por sbditos de la corona que pasaron a ser kelpers y luego ciudadanos britnicos. Adems, segn surge de la misma

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 43

    resolucin, el principio de autodeterminacin no es de aplicacin cuando afecta la integri-dad territorial de un pas. Finalmente, en cuanto a qu hara la Argentina con los habitantes britnicos de las islas en caso de ser recuperadas, la respuesta se encuentra en la clusula transitoria primera de la Constitucin Nacional sancionada por la reforma de 1994, que im-pone respetar el modo de vida de los isleos, lo que adems significa respetar sus intereses.

    MENEM, E.Disponvel em: www.lanacion.com.ar.

    Acesso em: 18 fev. 2012 [adaptado].

    O texto apresenta uma opinio em relao disputa entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania sobre as Ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido em 1833. O autor dessa opinio apoia a reclamao argentina desse arquiplago, argumentando que

    A. a descolonizao das ilhas em disputa est contemplada na lei comum britnica.

    B. as Naes Unidas esto desacreditadas devido ambiguidade das suas solues.

    C. o princpio de autodeterminao carece de aplicabilidade no caso das Ilhas Malvinas.

    D. a populao inglesa compreende a reivindicao nacionalista da administrao argentina.

    E. os cidados de origem britnica assentados nas ilhas seriam repatriados para a Inglaterra.

    8 (ENEM, 2012) Obituario*

    Lo enterraron en el corazn de un bosque de pinos

    y sin embargo

    el atad de pino fue importado de Ohio;

    lo enterraron al borde de una mina de hierro

    y sin embargo

    los clavos de su atad y el hierro de la pala

    fueron importados de Pittsburg;

    lo enterraron junto al mejor pasto de ovejas del mundo

    y sin embargo

    la lanas de los festones del atad eran de California.

    Lo enterraron con un traje de New York,

    un par de zapatos de Boston,

    una camisa de Cincinnati

    y unos calcetines de Chicago.

  • REA DE LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS 44

    Guatemala no facilit nada al funeral,

    excepto el cadver.

    *Parfrasis de un famoso texto norteamericano.

    NOGUERAS, L. R. La Habana: Unea, 1977.

    O texto de Luis Rogelio Nogueras faz uma crtica

    A. dependncia de produtos estrangeiros por uma nao.

    B. ao comrcio desigual entre Guatemala e Estados Unidos.

    C. m qualidade das mercadorias guatemaltecas.

    D. s dificuldades para a realizao de um funeral.

    E. ausncia de recursos naturais na Guatemala.

    9 (ENEM, 2012) Nuestra comarca del mundo, que hoy llamamos Amrica Latina perfec-cion sus funciones. Este ya no es el reino de las maravillas donde la realidad derrotaba a la fbula y la imaginacin era humillada por los trofeos de la conquista, los yacimientos de oro y las montaas de plata. Pero la regin sigue trabajando de sirvienta. Es Amrica Latina, la regin de las venas abiertas. Desde el descubrimiento hasta nuestros das, todo se ha trasmutado siempre en capital europeo o, ms tarde, norteamericano, y como tal se ha acumulado y se acumula en los lejanos centros del poder. Todo: la tierra, sus frutos y sus profundidades ricas en minerales, los hombres y su capacidad de trabajo y de consumo, los recursos naturales y los recursos humanos. El modo de produccin y la estructura de clases de cada lugar han sido sucesivamente determinados, desde fuera, por su incorporacin al engranaje universal del capitalismo. Nuestra derrota estuvo siempre implcita en la victoria ajena; nuestra riqueza ha generado siempre nuestra pobreza para alimentar la prosperidad de otros: los imperios y sus caporales nativos.

    GALEANO, E. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Argentina, 2010 [adaptado].

    A partir da leitura do texto, infere-se que, ao longo da histria da Amrica Latina,

    A. suas relaes com as naes exploradoras sempre se caracterizaram por uma rede de dependncias.

    B. seus pases sempre foram explorados pelas mesmas naes desde o incio do processo de colonizao.

    C. sua sociedade sempre resistiu aceitao do capitalismo imposto pelo capital estrangeiro.

    D. suas riquezas sempre foram acumuladas longe dos centros de poder.

    E. suas riquezas nunca serviram ao enriquecimento das elites locais.

  • CADERNO MARISTA PARA O ENEM EXAME NACIONAL DO ENSINO MDIO 45

    10 (ENEM, 2010)

    El sistema que se ha estado utilizando es el de urna electrnica con teclado numrico para la emisin del voto. Tiene botones especiales de confirmacin e impresin de acta ini-cial con activacin por clave. La caja de balotas electrnicas es una computadora personal con un uso especfico que tiene las siguientes caractersticas: resistente, pequea en dimen-sin, liviana, con fuentes autnomas de energa y recursos de seguridad. La caracterstica ms destacable del sistema brasileo reside en que permite unificar el registro y verificacin de la identidad del elector, la emisin y el escrutinio de voto en una misma mquina.

    Disponvel em: . Acesso em: 12 abr. 2009 [adaptado].

    Pela observao da imagem e leitura do texto a respeito da votao eletrnica no Brasil, identifica-se como tema