caderno especial portugal 2020 - diário económico

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GUIA DAS PME ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 6220 DE 22 DE JULHO DE 2015 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Os programas que podem ajudar a sua empresa a crescer Tudo sobre o Portugal 2020 Guia para perceber os fundos estruturais Números Portugal já tem 5,25 mil milhões a concurso Empresas O que as leva a candidatar-se Apoios Bancos antecipam financiamentos Agenda Os concursos que mais interessam às PME PUB

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Page 1: Caderno Especial Portugal 2020 - Diário Económico

GUIA DAS PMEESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 6220 DE 22 DE JULHO DE 2015 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Os programasque podemajudar a suaempresa a crescer

◗ Tudo sobre o Portugal 2020Guia para perceberos fundos estruturais

◗ NúmerosPortugal já tem5,25 mil milhões a concurso

◗ EmpresasO que as levaa candidatar-se

◗ ApoiosBancos antecipamfinanciamentos

◗ AgendaOs concursos que maisinteressam às PME

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Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico III

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

São 5.250 milhões de eu-ros que já foram pos-tos a concurso noPortugal 2020, o

novo quadro comunitário deapoio, revelou ao Diário Eco-nómico o secretário de Estadodo Desenvolvimento Regio-nal, Manuel Castro Almeida.Em causa estão já 122 con-cursos, que abrangeram, so-bretudo, empresas e autar-quias, e que serão financia-dos pelos diversos ProgramasOperacionais.O novo quadro comunitáriosó está operacional desde oinício deste ano, apesar deser referente aos anos de2014-2020. O atraso no ar-ranque deve-se à complexi-dade das negociações comBruxelas. Portugal foi um dosprimeiros países a ver o seuAcordo de Parceria aprova-do, e posteriormente os di-versos Programas Operacionais, mas o di-nheiro só começa a fluir regulamente esteano. Os primeiros concursos ainda foramlançados em Dezembro do ano passado.O Portugal 2020 já envolveu seis mil em-presas, “sendo que mais de 50% não se ti-nha candidatado ao QREN”, revela CastroAlmeida. O interesse destas empresas re-presenta um investimento de 3,2 mil mi-lhões de euros, ou seja, demonstram a in-tenção de realizar investimentos nestemontante.Perante o interesse que as empresas têmdemonstrado nos fundos o Governo deci-diu aumentar a dotação dos dois concursosdo novo quadro comunitário de apoio, di-rigidos ao investimento produtivo e ao em-preendedorismo, lançados no final deMarço. “Uma situação que retrata umavontade das PME em investir em Portugal,o que é muito positivo”, disse o ministro daEconomia, António Pires de Lima, quandoavançou estes dados ao Económico. “Aomesmo tempo, 80% das empresas que secandidatam fazem-no pela primeira vez, oque quer dizer que também há muitas em-

presas novas, e isso também é umbom sinal”, completou o vice-

-primeiro-ministro, PauloPortas, acrescentando: “Fi-quei bastante impressionadocom os dados”.

Para garantir que não haverábons projectos desperdiça-dos, a dotação inicial vai seraumentada. Contudo, nãoexiste um valor fechado.Tudo vai depender da quali-dade e do mérito dos projec-tos apresentados. Ou seja, deacordo com as regras donovo quadro comunitário deapoio todas as candidaturassão avaliadas à luz dos objec-tivos definidos em cada con-curso, sendo-lhes atribuídauma nota de um a cinco -sendo cinco a nota máxima.Por outro lado, em breve asempresas vão poder voltar acontar com a ajuda do BancoEuropeu de Investimento

(BEI) para fazer face à contrapartida nacio-nal dos projectos que vão receber apoios deBruxelas. O Executivo já assinou um novoacordo quadro com o BEI para ajudar a exe-cutar os fundos no período 2014-2020 à se-melhança do que aconteceu com o quadrocomunitário anterior (o QREN), quando oBEI disponibilizou 1,5 mil milhões de euros.Agora a instituição com sede no Luxem-burgo está disponível para emprestar até750 milhões a Portugal. No âmbito do me-morando anterior foi possível criar, em2012, a linha Investe QREN, com uma do-tação de mil milhões de euros, que tinhapor objectivo ajudar as empresas a execu-tar os fundos. Ou seja, as que tinham pro-jectos com financiamento comunitário po-diam dirigir-se a um banco e pedir um cré-dito para fazer face à contrapartida nacio-nal ou obter alívios de tesouraria. A avalia-ção da atribuição do crédito estava do ladoda banca, o financiamento estava limitadoa quatro milhões de euros por projecto ehavia a obrigação de 10% do montanteglobal do projecto ser assegurado pelo pró-prio promotor. ■

PIRES DE LIMA

Ministro da Economia

“[Estes dados]reflectem uma

vontade das PMEinvestirem

em Portugal,sem paralelo, quer

seja ao nível dainovação produtiva,

seja doempreendedorismo.

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Novo quadrocomunitário já tem5,25 mil milhõesa concurso

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, já anunciou queexistem fundos europeus disponíveis para ajudar a limpar florestas.O primeiro concurso, no âmbito do Programa de DesenvolvimentoRural (PDR 2020), abriu a 11 de Junho. Neste Programa Operacionalestão contempladas várias medidas para a floresta “que se destinama ajudar as pessoas a fazer investimentos nas suas parcelas,em vários domínios da floresta: contra incêndios, limpezas e gestãode material combustível ou limpeza à volta das suas casas”,explicou a ministra numa entrevista à Antena 1.

>> HÁ FUNDOS PARA LIMPAR AS FLORESTAS

MÓNICA SILVARES

[email protected]

Page 4: Caderno Especial Portugal 2020 - Diário Económico

IV Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

Irina Marcelino e Mónica Silvares

P: Quem gere os fundos do Portu-gal 2020?R: A coordenação técnica dos Fun-dos Europeus Estruturais e de Inves-timento (FEEI) é assegurada pelaAgência para o Desenvolvimento eCoesão, IP (AD&C). Esta agência tempor missão coordenar a política dedesenvolvimento regional e assegu-rar a coordenação geral dos FundosEuropeus Estruturais e de Investi-mento (FEEI). A execução no terrenodos vários programas de desenvolvi-mento rural e programas operacionaistemáticos e regionais, é da responsa-bilidade das respectivas autoridadesde gestão.

P: Como se devem submeter aspropostas?R: As candidaturas devem ser sub-metidas através do Balcão 2020, umaárea do portal Portugal 2020 que per-mite o acesso aos programas opera-cionais financiados pelos FEEI, me-diante o preenchimento dos devidosformulários electrónicos. O registo ea autenticação no Balcão 2020 devemser efectuados pela entidade benefi-ciária antes de candidatar o seu pro-jecto, utilizando a sua senha fiscalatribuída pela Autoridade Tributária eAduaneira.

P: Quem analisa as candidaturas?R: As candidaturas são analisadas eseleccionadas pelas autoridades degestão dos respectivos programas, oupelos organismos competentes para oefeito por elas designados, de acordocom os critérios de elegibilidade e deselecção constantes da regulamenta-ção específica e dos avisos para apre-sentação de candidaturas, por con-curso ou por convite.

P: Quais são os critérios de avalia-ção do mérito do projecto?R: Em termos gerais, os critérios deselecção são estruturados numa ava-liação de mérito absoluto. Nos proce-dimentos concursais, além do méritoabsoluto da operação, os critérios de

selecção podem ainda ser estruturadosnuma avaliação de mérito relativo,que resulta da comparação do méritoda operação avaliada com o mérito dasdemais operações candidatas numafase de decisão, com hierarquizaçãofinal das candidaturas avaliadas. Oscritérios de selecção, bem como a suametodologia são aprovados pelos comi-tés de acompanhamento dos programasoperacionais (nos termos da alínea a) don.º 2 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º137/2014, de 12 de Setembro) e são ob-jecto de divulgação em sede dos avisosde abertura de concurso.

P: Se for do interior do país há maishipóteses de ser seleccionado?R: O Portugal 2020 e os seus pro-gramas operacionais assumem o ob-jectivo de reconhecer um tratamento

diferenciado aos territórios de baixadensidade através de três modalida-des: a abertura de concursos específi-cos, o critério de bonificação na apre-ciação de candidaturas e a majoraçãoda taxa de apoio. Neste quadro, foiaprovada uma lista a 1 de Julho de2015, através da classificação de 165municípios e 73 freguesias de baixadensidade, para efeitos de aplicaçãode medidas de diferenciação positiva(ver lista nas páginas seguintes). Noâmbito da abertura de concursos es-pecíficos, já se encontram abertosdois concursos no quadro do progra-ma operacional regional do Algarve edois no quadro do programa opera-cional regional do Norte, na tipologiade intervenção acções colectivas –qualificação e internacionalização –baixa densidade. No quadro da majo-

ração da taxa de apoio, a Portaria 57--A/2015 prevê a majoração “territó-rios de baixa densidade” em dez pon-tos percentuais. Para efeitos, de atri-buição desta majoração, os territóriosde baixa densidade são definidos noaviso para apresentação de candida-tura.

P: Que vantagens têm as Pequenase Médias Empresas (PME)?R: O Portugal 2020, em linha comos objectivos definidos na EstratégiaEuropa 2020, tem uma forte focaliza-ção dos apoios nas PME, no âmbito deactividades produtoras de bens e ser-viços transaccionáveis e internacio-nalizáveis. Estes apoios estão con-centrados, essencialmente, no âmbi-to do Domínio Temático Competiti-vidade e Internacionalização, sendo

Tudo sobre o Portugal 2020Sabia que se vier de um dos 164 concelhos de baixa densidade pode ter vantagens? E que as despesas relacionadas com asdespesas da candidatura não são elegíveis? Ou que mesmo sendo uma empresa em PER, é possível recorrer a fundos europeus?O Diário Económico perguntou e respondeu a estas dúvidas com a ajuda da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

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VI Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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»os Programas Operacionais financia-dores o Programa Operacional Temá-tico Competitividade e Internaciona-lização e os Programas OperacionaisRegionais do Continente.

P: Como e onde se pode comprovaro estatuto de PME?R: Para efeitos de comprovação doestatuto PME, as empresas devemobter ou actualizar a correspondentecertificação electrónica através do sí-tio do IAPMEI (www.iapmei.pt).

P: A PME pode fazer parte de umgrupo maior?R: O estatuto de PME é objecto decertificação concedida pelo IAPMEI.Para este efeito são consideradostanto os dados relativos à sua dimen-são e volume de negócios, quer osvalores que resultem do relaciona-mento relevante com outras entida-des e empresas, designadamentesuas parceiras ou associadas. No casode um grupo empresarial, serão con-siderados valores consolidados, deforma a proceder ao enquadramentodas empresas que o integrem nesteestatuto.

P: Quem paga aos consultores queajudam na candidatura?R: Por regra, as despesas com con-sultores para a elaboração da candi-datura não são elegí-veis.

P: Uma empresainovadora, queaposte sobretudo nomercado português,ainda tem hipótesesde recorrer ao Por-tugal 2020?R: No âmbito dosprojectos da Secção I“Inovação empresa-rial e empreendedo-rismo” da Portarian.º 57-A/2015, de 27de Fevereiro, é valo-rizado o contributorelevante para a in-ternacionalização eorientação transac-cionável da economiaportuguesa. Com efeito, no âmbitodos projectos da “Inovação Produti-va”, o mérito do projecto (MP) é de-terminado por quatro critérios, sendoo critério B “impacto do projecto nacompetitividade da empresa” (pon-derado com 20%) avaliado por dois

s u b c r i t é r i o s ,dos quais o pri-meiro é a “pro-pensão paramercados in-ternacionais”,avaliado poroutros dois in-dicadores: a in-tensidade das

exportações e a qualificação dos mer-cados internacionais. Assim, os pro-jectos que apostam essencialmenteno mercado nacional serão penaliza-dos face aos que demonstrem capaci-dade exportadora e presença interna-cional.

P: Uma empresa tem uma dívida àSegurança Social, mas está a pagar aprestações. Ainda pode recorrer aosfundos do Portugal 2020?R: Constitui critério de elegibilida-de aos apoios dos Fundos EuropeusEstruturais e de Investimento (FEEI)concedidos no âmbito do Portugal2020, que os beneficiários tenham asua situação tributária e contributivaregularizada perante a administraçãofiscal e a segurança social. Assim,desde que o respectivo serviço públi-co competente ateste que o contri-buinte em causa tenha a sua situaçãoregularizada, como acontece nos ca-sos em que o plano prestacional acor-

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aABRANTESAGUIAR DA BEIRAALANDROALALCÁCER DO SALALCOUTIMALFÂNDEGA DA FÉALIJÓALJEZURALJUSTRELALMEIDAALMODÔVARALTER DO CHÃOALVAIÂZEREALVITOANSIÃOARCOS DE VALDEVEZARGANILARMAMARAROUCAARRAIOLOSARRONCHESAVIS

bBAIÃOBARRANCOSBEJABELMONTEBORBABOTICASBRAGANÇA

cCABECEIRAS DE BASTOCAMPO MAIORCARRAZEDA DE ANSIÃESCARREGAL DO SALCASTANHEIRA DE PÊRACASTELO BRANCOCASTELO DE VIDECASTRO DAI RECASTRO MARIMCASTRO VERDECELORICO DA BEIRACELORICO DE BASTOCHAMUSCACHAVESCINFÃESCONSTÂNCIACORUCHECOVILHÃCRATOCUBA

eELVASESTREMOZÉVORA

fFAFEFERREIRA DO ALENTEJOFERREIRA DO ZÊZEREFIGUEIRA DE CASTELO RODRIGOFIGUEIRÓ DOS VINHOSFORNOS DE ALGODRESFREIXO DE ESPADA À CINTAFRONTEIRAFUNDÃO

gGAVIÃOGÓISGOUVEIAGRÂNDOLAGUARDA

iIDANHA-A-NOVA

lLAMEGOLOUSÃ

mMAÇÃOMACEDO DE CAVALEIROSMANGUALDEMANTEIGASMARVÃOMÊDAMELGAÇOMÉRTOLAMESÃO FRIOMIRANDA DO CORVOMIRANDA DO DOURO

Municípios de Baixa Densidade

Dicas

> Reunir atempadamente informação

financeira e administrativa relativa-

mente ao ano fiscal anterior ao da

submissão da candidatura, caso

esta seja submetida após Junho.

> Garantir uma autonomia financeira

de 15% ou 20%.

> Submeter uma candidatura só quan-

do a empresa já pretende investir.

> Ser cauteloso nas projecções finan-

ceiras para o ano pós-projecto.

> Apenas concorrer quando, à partida,

“já se pretendia investir indepen-

dentemente de ter ou não financia-

mento público”.

> Ser claro e estruturado na apresen-

tação, mas também “captar a aten-

ção de quem avalia as candidatu-

ras”.

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VIII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

dado é pontualmente cumprido, taldeclaração deve considerar-se bas-tante para os efeitos previstos na refe-rida norma legal.

P: Tenho um processo em tribunalcom um trabalhador que me acusade ter salários em atraso para comele, mas eu alego que não é verdade.Ainda posso concorrer aos fundos?R: A inexistência de salários ematraso constitui, em alguns dos domí-nios temáticos financiados pelosFEEI, um dos critérios de elegibilida-de dos beneficiários ou dos promoto-res. A verificação deste critério temlugar na fase de apresentação da can-didatura, revestindo natureza decla-rativa. A constatação, em fase poste-rior à aprovação da candidatura, dainexistência ou a perda deste ou dequaisquer outros requisitos de elegi-bilidade dos beneficiários ou dos pro-motores, pode determinar a reduçãoou a revogação do financiamento. As-sim, a pendência em tribunal de pro-cesso judicial com vista à condenaçãoao pagamento de quantias a título desalários em atraso, apenas compro-meterá o critério de elegibilidade dobeneficiário ou do promotor, casoseja proferida sentença que concluapela condenação daqueles, com o de-vido trânsito em julgado.

P: Qual é o portal que centralizatodas as candidaturas?R: Uma das áreas do Portal Portugal2020 (www.portugal2020.pt) é o Bal-cão 2020, o ponto de acesso para asubmissão de candidaturas para todasas entidades que pretendam candida-tar os seus projectos a financiamento.Apenas as candidaturas ao Fundo Eu-ropeu Agrícola de DesenvolvimentoRural (FEADER) e ao Fundo Europeupara os Assuntos Marítimos e as Pes-cas (FEAMP) podem ser igualmenteapresentadas no Balcão dos própriosProgramas. No caso do Programa deDesenvolvimento Rural (PDR), o bal-cão já se encontra disponível emwww.pdr-2020.pt.

P: A quem se deve dirigir as recla-mações?R: Além das modalidades existentesprevistas na legislação em vigor, no-meadamente a reclamação, o benefi-ciário pode ainda apresentar queixasao Curador do Beneficiário (José Soei-ro é o actual), uma das inovaçõesadoptadas para este período de pro-gramação de 2014 a 2020, que recebe

e aprecia as queixas apresentadas pe-los beneficiários. As queixas podemser apresentadas por carta ou porcorreio electrónico ou ainda atravésdo formulário, que deverá ficar bre-vemente disponível no Portal Portu-gal 2020, na área “Curador do Benefi-ciário”. O contacto com o curador,que é uma espécie de provedor, noentanto, só será possível depois deconseguir financiamento…

P: Se conseguir financiamento, te-nho de investir tudo dentro do prazoacordado? O que acontece se nãoconseguir?R: A duração máxima de execuçãodos projectos está normalmente fixa-da na regulamentação específica, de-vendo o calendário de execução físicae financeira aprovada da operação fi-gurar no termo de aceitação assinadopelo beneficiário. Contudo, quandoprevisto na regulamentação específi-ca, em casos devidamente justifica-dos os referidos prazos poderão serprorrogados, podendo haver lugar aredução do apoio. A não execução in-tegral da operação poderá determinara revogação do apoio.

P: Como posso complementar osfundos do Portugal 2020?R: Os fundos do Portugal 2020 po-

derão ser complementados com fun-dos provenientes, nomeadamente, deProgramas Quadro da Comissão Eu-ropeia e iniciativas comunitárias diri-gidas a sectores específicos. É o casode programas como o Horizonte2020. As empresas devem tambémdeve estar atentas a programas comoo Plano Juncker, que pode vir a injec-tar capital necessário ao desenvolvi-mento económico. De acordo comuma notícia de Junho, publicada peloDiário Económico, o Governo estarámesmo a estudar a extensão da linhaPME Crescimento em 250 milhõesatravés do Plano Juncker. Serão osbancos, em parceria com o Banco Eu-ropeu de Investimento, quem terá aresponsabilidade de pré-seleccionaros projectos das empresas a financiarno âmbito do apelidado Fundo Euro-peu para Investimentos Estratégicos.

P: Se conseguir um financiamento,posso concorrer a outro?R: Em termos genéricos poderá teruma candidatura aprovada e candi-datar-se a outra operação distinta.Contudo, nos que se refere ao domí-nio temático da competitividade e in-ternacionalização, existem condicio-nantes estabelecidas na Portaria n.º57-A/2015, de 27 de Fevereiro, queimporta acautelar.

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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Municípios de Baixa Densidade

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X Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

P: Se a minha empresa tiver nestemomento um projecto aprovado noâmbito do QREN, pode ter projectoaprovado no Portugal2020?R: Tratando-se de outro projecto deinvestimento a empresa pode ter oprojecto financiado no Portugal 2020,não obstante ter ainda a decorrer umoutro projecto, como outro investi-mento, no QREN.

P: A minha proposta é bastanteinovadora e não quero que me rou-bem a ideia. Como posso proteger aminha ideia?R: Estando em causa financiamen-tos públicos, a informação das candi-daturas é pública. Acresce que a le-gislação em vigor obriga à publicita-ção de todas as candidaturas aprova-das, no respeito pelo princípio datransparência. Ficam disponíveis in-formações como o nome do benefi-ciário, da operação e o seu resumo. Adata de início e prevista para o fim defuncionamento; as despesas elegíveistotais atribuídas à operação; a taxa decofinanciamento da União Europeiapor eixo prioritário; o código postalda operação, ou outro indicador ade-quado para determinar a localização;o país; o nome da categoria de inter-venção para a operação e a data da úl-

tima actualização da lista de opera-ções.

P: Posso registar-me no portalPortugal 2020 no último dia possí-vel para a candidatura?

R: Pode, mas não deve. Deve regis-tar-se atempadamente, no Balcão2020 (ver www.portugal2020.pt) enão deve deixar a candidatura para oúltimo dia. Previamente, o beneficiá-rio deve efectuar o registo e autenti-cação no portal, sendo que esta au-tenticação é efectuada exclusiva-mente para pessoas colectivas comregisto no Instituto de Registos e No-tariados com a utilização do Númerode Identificação Fiscal e da palavra--chave fornecida pela AutoridadeTributária e Aduaneira. Caso não te-nha alternativa a submeter no últimodia, submeta uma versão próxima dafinal no penúltimo dia.

Sobre o COMPETE:Algumas das questões mais frequen-tes sobre o COMPETE.

P: São elegíveis despesas com ela-boração da candidatura?R: Por regra, as despesas com con-sultores para a elaboração da candi-datura não são elegíveis. De acordocom a lista de Questões Frequentesdo Compete , “apenas se consideramelegíveis as despesas relacionadascom estudos de viabilidade, diagnós-

ticos estratégicos e planos de marke-ting associados ao projecto de inves-timento. Logo, as despesas com ela-boração da candidatura não são elegí-veis”.

P: O critério de elegibilidade dosprojectos referente a “demonstrarque se encontram asseguradas asfontes de financiamento” é relativoao capital próprio do promotor?R: Não. O requisito remete para aindicação no formulário de candida-tura da estrutura de financiamento doprojecto, ou seja, identificação dasfontes de financiamento que susten-tam o investimento proposto para oprojecto na sua globalidade. O finan-ciamento total deve corresponder aoinvestimento total apresentado. Naanálise da candidatura podem ser so-licitados esclarecimentos ou docu-mentos para comprovar que as fontesde financiamento estão asseguradas.

P: Uma empresa estrangeira podecandidatar-se ao sistema de incenti-vo?R: As empresas candidatas ao siste-ma de incentivo devem ter sede ououtro estabelecimento em territórionacional e nas regiões elegíveis.

P: Uma empresa com um ProcessoEspecial de Revitalização aprovadoou em curso pode ser beneficiária?R: O regulamento estipula comocritério de elegibilidade dos benefi-ciários e dos promotores “Não seruma empresa em dificuldade (…)”. Aexistência de um PER não é determi-nante para confirmar se uma empre-sa pode ou não ser beneficiária. Mastem de se verificar se a empresa seenquadra no conceito de “empresaem dificuldade”. Ou seja, que lheacontece um destes casos: no caso deexistir há três ou mais anos, mais demetade do seu capital social subscri-to desapareceu devido a perdas acu-muladas; sempre que a empresa forobjecto de um processo colectivo deinsolvência ou preencher, de acordocom o respectivo direito nacional, oscritérios para ser submetida a umprocesso colectivo de insolvência apedido dos seus credores; ou aindaque sempre que uma empresa tiverrecebido um auxílio de emergência eainda não tiver reembolsado o em-préstimo ou terminado a garantia, outiver recebido um auxílio à reestru-turação e ainda estiver sujeita a umplano de reestruturação. ■

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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“Aconselhamos os candidatos ao

Portugal 2020 a consultarem o INPI

para os esclarecimentos necessários

e, se for o caso, apresentarem o pedi-

do de protecção numa das modalida-

des [patentes, design marcas e logo-

tipos] antes de procederem à sua di-

vulgação, circunstância que poderá

vir a inviabilizar futuramente a referi-

da protecção por falta de novidade”,

considera fonte oficial do Instituto

Nacional de Propriedade Industrial

(INPI). A Propriedade Industrial tem

por objecto a protecção dos resulta-

dos da actividade inventiva em todos

os domínios tecnológicos através de

patentes e modelos de utilidade, da

configuração estética resultante da

actividade criativa das empresas e

dos designers, através do design e

dos sinais usados para distinguir pro-

dutos e empresas no mercado atra-

vés de marcas e logotipos. Para pro-

teger estes direitos os candidatos ao

Portugal 2020 devem assegurar a

protecção legal dos seus projectos.

Tipo de protecção essa que depende-

rá das ideias e produtos em concurso.

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XII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico XIII

Infografia:SusanaLopes|[email protected]

Portugal 2020A importância da Qualificação para as Empresas Portuguesas

O “Portugal 2020” é a melhor ajuda (não recorrente) que as empresas têm, hoje, em perspectiva para me-lhorar os seus níveis de competitivi-

dade e qualifi cação.

É comum indicar-se a Gestão e a Inovação como os principais focos de melhoria para as empresas Portuguesas.

A nova ISO 9001:2015 traz a oportunidade, através do seu modelo, de levar a que as empresas tenham que comunicar direccio-nalmente mais e melhor com as suas partes interessadas (PI) e deste diálogo é suposto obterem informação que permitirá melhorar a efi ciência na produção e terem processos de vigilância, cooperação e previsão tecnológica através dos seus fornecedores, Universidades e centros tecnológicos. Permitirá igualmente, deste diálogo com as suas PI, produtos de maior valor acrescentado percepcionado pelo mercado e clientes. Através da consulta aos seus colaboradores e consultores poderão au-mentar o seu nível de qualifi cação, bem como a adopção de processos LEAN.

A nova ISO 9001 traz também o conceito de pensamento baseado no risco. Com a introdução deste conceito, a implementa-ção desta norma permitirá que as empresas assegurem uma metodologia de análise de risco, quer para a selecção de fornecedores, na compra de matérias-primas e equipamen-tos, como na selecção e aceitação de novos projectos. A introdução formal da análise de risco permitirá ter decisões mais ponderadas e robustas. Neste sentido, a análise do con-texto que passa a obrigatório, não é alheio. Isto é, que diferenças e implicações têm para a minha empresa realizar um projecto

ou vender os meus produtos para uma nova geografi a: qualifi cação a jusante, prazos de pagamento, sistema de justiça, etc

Reconhecendo que estas linhas são demasia-do breves e deverão ser entendidas como um alerta, que será igualmente estendido à nova ISO 14001:2015. Para além do reforço do pa-pel da Liderança, consulta às partes interes-sadas e análise do contexto organizacional já presente na ISO 9001:2015. Assim, com a nova 14001, as empresas serão “obrigadas” a serem mais eco-efi cientes e hoje ao serem--no, são também economicamente mais efi -cientes. Com a adopção da nova ISO 14001, obter-se-à naturalmente:

1. Processos eco-efi cientes, com redução de consumos e desperdícios;

2. Criação de novos e melhores produtos: por exemplo seguindo regras de eco--design;

3. Revalorização de resíduos e sub-produtos.

O programa Portugal 2020 é, assim, uma ex-celente oportunidade para, se apostar na qua-lifi cação e certifi cação, e que esta incorpore elevados níveis de inovação e e eco-efi ciencia. Se quando fi zermos a avaliação do Portugal 2020, conseguirmos juntar outro 20, o do cumprimento do objectivo da competitividade da nossa economia, teremos um País renova-do e com um futuro (presente) promissor.

Ricardo Lopes Ferro

Director Executivo

Bureau Veritas Portugal

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PUBLIREPORTAGEM

Page 14: Caderno Especial Portugal 2020 - Diário Económico

XIV Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

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O sector têxtil é um dos que mais tem crescido nos últimos anos

nos mercados externos e pode sair beneficiado com o Portugal 2020

pelo seu apoio à internacionalização e às exportações.

O sector do comércio e serviços pode ter no Portugal

2020 uma oportunidade para inovar e crescer,

devido ao forte apoio do programa dá a estas áreas.EX

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GU IA DAS PME: PORTUGAL 2020

Confederações esperam impactoAs expectativas de quem representa as empresas é de que o Portugal 2020 potencie a capacidade produtiva e a

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

As confederações empresariais portuguesasmostram-se favoráveis ao Acordo de ParceriaPortugal 2020 e acreditam que o país pode ga-nhar com mais este programa que visa a coe-são entre os Estados europeus. No entanto,acusam o atraso no arranque do programa elacunas na intervenção ao nível do território.António Saraiva, presidente da Confederaçãoda Indústria Portuguesa (CIP), diz esperar queo programa “assegure uma utilização eficazdos fundos europeus, de modo a contribuirpara que Portugal retome o caminho de con-vergência”. Mas acredita que isso só seráefectivamente garantido se houver “uma cor-recção do quadro regulamentar no sentido deuma maior adequação à realidade das empre-sas”. Só assim se pode efectivar “o sucesso doPortugal 2020 como instrumento mobilizadorde projectos que potenciem a produtividade,internacionalização e a competitividade daeconomia e das empresas”.António Saraiva realça que ao proporcionarrecursos financeiros a projectos que respon-dam aos grandes desafios que se colocam às

empresas, o Portugal 2020 “contribuirá paraque estas possam aproveitar e potenciar asoportunidades que se lhes apresentam”. Enão tem dúvidas que vai ajudar as PME nacio-nais a aumentarem a sua capacidade de ofertacompetitiva de bens e serviços e a sua valori-zação, “criando mais riqueza e emprego”.Fala ainda do apoio na diversificação de mer-cados, no ganho de competências para ummaior sucesso no seu processo de internacio-nalização e no aumento das exportações. “Ainternacionalização só será possível comcompetitividade e competitividade requerinovação”, lembra.O dirigente da CIP refere ainda que o Portugal2020 vem reforçar as prioridades no apoio àsempresas e na melhoria da competitividade daeconomia e elogia o facto de protagonizar uma“deslocação de prioridades para a competiti-vidade da economia”, o que “representa umaevolução positiva na utilização dos fundos eu-ropeus em Portugal”. E justifica porquê: “Épreciso concentrar recursos, cada vez maisescassos, no que realmente importa: redi-

mensionamento, reforço da capacidade ex-portadora, recapitalização, competitividade,internacionalização, inovação e qualificação”.No que respeita à ligação entre empresas emeios científicos, o programa vem “estimularuma mais estreita ligação de modo a colocaras competências de que o país já dispõe aoserviço de estratégias de inovação das empre-sas que lhes permitam enfrentar mercadoscada vez mais exigentes com maior competi-tividade”, acredita António Saraiva.Apesar dos elogios, o presidente da CIP assu-me ao Diário Económico que este programaficou “aquém das expectativas da CIP” e diz--se preocupado com a regulamentação ac-tualmente existente que diz ser, “em muitosaspectos, desadequada e excessivamente res-tritiva”, podendo “conduzir ao desinteressedas empresas” e prejudicar a sua adesão aosinstrumentos que lhes são dirigidos”.Já João Vieira Lopes, presidente da Confede-ração do Comércio de Portugal (CCP), criticao arranque do Portugal 2020 que afirma “estálonge de ser satisfatório, verificando-se atra-

“O Portugal 2020veio reforçar

as prioridades noapoio às empresase na melhoria da

competitividade daeconomia, mas receioque a regulamentaçãoactual seja em muitos

casos desadequadae excessivamente

restritiva.

ANTÓNIO SARAIVA

Presidente da Confederação

da Indústria Portuguesa (CIP)

Page 15: Caderno Especial Portugal 2020 - Diário Económico

Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico XV

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positivocompetividade empresarial.

sos significativos nos próprios instrumentosfinanceiros”. Mas admite ser “um instrumen-to imprescindível de uma política visando orelançamento competitivo da economia, per-mitindo-lhe encetar uma nova fase de inves-timento e de inovação”.O responsável acredita no seu “papel rele-vante na melhoria das condições de financia-mento das empresas, visando o estímulo aoinvestimento produtivo”, e admite ter a ex-pectativa de que o Portugal 2020 possa “con-tribuir para aproximar Portugal da média eu-ropeia nos principais indicadores económicose sociais e contribuir para colocar a economiaa crescer e, dessa forma, melhorar a condiçãode vida dos portugueses”.O presidente da CCP antecipa, porém, a ne-cessidade de alterarem alguns aspectos desteprograma, para se poder concretizar os seusobjectivos. Um deles é colmatar a lacuna noque se refere às intervenções ao nível do ter-ritório. “Falta uma perspectiva integrada deintervenção no território, que inclua a di-mensão da intervenção”, comenta.

“É imprescindívelpara o relançamento

competitivoda economia.

JOÃO VIEIRA LOPES

Presidente da Confederação do

Comércio e Serviços de Portugal

“Os vários programasdo Portugal 2020podem beneficiar

as PME.

NUNO PAULO SANTOS

Confederação das Micro, Pequenas

e Médias Empresas

“[É] contributo decisivopara retomar

o investimentoe estabilizara economia.

REIS CAMPOS

Confederação Portuguesa

da Construção e Imobiliário

»

“Espero que reforce oinvestimento, promova

o crescimentoe melhore

a competitividade.

PAULO VAZ

Associação Têxtil e Vestuário

de Portugal

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XVI Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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O sector da construção está na expectativa em relação

aos fundos que promovem a reabilitação urbana.

O PDR 2020, programa operacional

de apoio aos agricultores inserido no âmbito do

quadro de apoios comunitários Portugal 2020,

prevê cerca de 4,2 mil milhões de euros em

apoios ao desenvolvimento rural.

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João Vieira Lopes tem ainda a expectativa queo número de empresas apoiadas do sector sejasuperior ao verificado no QREN, lembrandomesmo “o enorme potencial de crescimentogerador de emprego” do sector dos serviços,que “pode ser potenciado com instrumentosadequados”.Para o director executivo da ConfederaçãoPortuguesa das Micro, Pequenas e MédiasEmpresas (CPPME), Nuno Paulo Santos, oPortugal 2020 “chegou tardiamente”. Na suavisão, a importância deste programa merecia“uma maior divulgação”, e “um plano con-creto assente numa estratégia informativaque contemplasse todos os públicos alvo e po-tenciais beneficiários”.Adianta ter “expectativas baixas”, estando oseu aumento “dependente de alterações si-gnificativas do actual contexto socioeconó-mico”, lembrando que “a saúde das empresasnão se pode medir apenas pela competitivi-dade, mas também pela rentabilidade”.Nuno Paulo Santos prevê que os vários pro-gramas do Portugal 2020 “podem beneficiaras PME”, mas sublinha que o actual contextosocieconómico nacional “constitui um sérioentrave à obtenção de resultados aceitáveis”.Em sua opinião, “os actuais níveis de desem-prego, de carga fiscal, de baixos salários e deendividamento assumem-se como uma mis-tura inibidora do crescimento”, podendocomprometer os resultados que seriam ex-pectáveis com a aplicação da generalidade dasmedidas previstas.

Confederações eassociações sectoriaisestão a acompanhar deperto o desenvolvimentodos diversos programasdo Portugal 2020e a difundir toda ainformação relevanteentre as associadas. Nocaso da CIP esse papelpassa pela colaboraçãoe contratualizaçãode acções de promoçãode competitividadee internacionalização,de qualificação dotecido empresariale de desenvolvimentodo capital humano.A CCP promove acçõesde divulgação deinformação, o mesmoacontecendo com aCPPME, que, no futuro,planeia vir a informarde forma mais precisaos associados sobre asvertentes dos váriosprogramas do Portugal2020.

Acçõesde divulgação

Por sua vez, Reis Campos, presidente da Con-federação Portuguesa da Construção e do Imo-biliário (CPCI) defende que, independente-mente das condições económicas do país, esteprograma será sempre benéfico. “O Portugal2020 tem de dar um contributo decisivo para aretoma do investimento e para a estabilizaçãode toda a actividade económica”, afirma. Con-victo de que se trata “necessariamente de umaoportunidade que o nosso país não pode des-perdiçar”, o responsável considera que o mo-mento actual do país exige “políticas orienta-das para o crescimento económico”. Por tudoisto, e lembrando que o sector da construçãotem sido muito afectado pela crise, Reis Cam-pos admite que os benefícios deste programassão aguardados com “muita expectativa”.O presidente da CPCI lembra que o programavisa reforçar a competitividade da economiae das PME e que, apesar de não estar direccio-nado especificamente para o sector da cons-trução, este sector, pelo papel que desempe-nha na economia, “estará sempre no centroda concretização de muitos dos objectivos quesão assumidos”. Até porque, recorda, “entreas metas está a promoção do desenvolvimen-to sustentável, o reforço da coesão territorial,e a consolidação das exportações e interna-cionalização, que pode ser feita por via dareabilitação urbana”.O presidente da CPCI lembra ainda que fun-dos europeus como o Portugal 2020 “são ca-talisadores e mobilizadores do investimentoprivado e desempenham um papel relevante

ao disponibilizar financiamento para infra--estruturas que servem para potenciar asnossas vantagens comparativas naturais epara atrair mais investimento em domíniosestruturantes como a reabilitação urbana”.E se o sector da construção pode ser benefi-ciado, o do têxtil e vestuário pode crescerainda mais. Paulo Vaz, director-geral da As-sociação de Têxteis e Vestuário de Portugal(ATP) defende que “os programas de incenti-vos aportam recursos substanciais, indispen-sáveis para estimular o investimento das em-presas em áreas críticas à coesão económica esocial da União Europeia”. Um objectivo“ainda mais importante para países comoPortugal que tem ainda um grande ‘gap’ dedesenvolvimento face à média europeia”. Oresponsável não tem dúvidas de que o Portu-gal 2020 “inscreve-se em pleno nas necessi-dades que o país apresenta para ser apoiadano crescimento económico e do emprego,agora pela via do investimento”. Elogia o focona competitividade das PME e do país, frisan-do que “apostar na qualificação produtiva,com os ‘drives’ da inovação e da sustentabili-dade, na internacionalização e no capital hu-mano são, em tese, apostas correctas e ób-vias”. Mostra-se confiante que o Portugal2020 “cumpra com os objectivos: “Reforçar oinvestimento, promover o crescimento eco-nómico e social, melhorar a competitividadedo país e retomar a convergência com o des-envolvimento do espaço económico e políticoem que estamos integrados”. ■

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Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico XVII

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É a 11 de Agosto que serão conhecidos os projectos turísticos

aprovados no âmbito do Portugal 2020. Ao todo serão 170 milhões

de euros de financiamento.EX

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XVIII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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O que levaas empresas acandidatar-sePME frisam novo impulso à competitividadee revelam intenção de se candidatarem ao programa.RAQUEL CARVALHO

[email protected]

Empresas, contactadas pelo Diário Econó-mico, revelam expectativas altas quanto aoPortugal 2020 e assumem a candidaturapara voos mais altos no seu desenvolvi-mento empresarial. Saiba quem são.

TekeverVai ao encontro das expectativasO sucesso da tecnológica Tekever assentanum investimento contínuo em investiga-ção, inovação e internacionalização. Porisso, Ricardo Mendes, COO, diz que o Por-tugal 2020 “tem um bom alinhamento comestas exigências e vai ao encontro das nos-sas expectativas”.

MultilemDá mais força às empresas“O programa Portugal 2020 pretende aju-dar as empresas a investirem mais no seupróprio negócio, de forma a torná-lo maisinovador, eficaz e internacional. É umaóptima iniciativa que visa dar mais força àsempresas portuguesas”, diz Pedro Castro,CEO da Multilem, que quer candidatar-se .A oportunidade de concorrer surge numafase em que a empresa já é reconhecida anível nacional e começa a dar cartas inter-nacionalmente. “Agora os nossos objecti-vos são globais”, assume, acreditando queo programa pode ajudar a empresa “a criarimpacto e a ter capacidade de dar uma res-posta criativa e de qualidade”.

EndutexCandidatura em inovação produtiva“Este programa é muito positivo para asempresas e tecido industrial português”,

diz Vítor Abreu, presidente da Endutex,revelando que a empresa vai candidatar-se“na componente de inovação produtiva”.

OmniflowTem a intenção de se candidatarPara a Omniflow, o Portugal 2020 “repre-senta mais uma oportunidade para o des-envolvimento de novas aplicações e novosnegócios, pelo valor da inovação e do co-nhecimento que integra nas novas e inova-doras soluções de energia renovável queproduz em Portugal para o mundo”, dizAntónio Sousa Correia, administrador, as-sumindo uma potencial candidatura. Des-taca a importância deste programa no po-tenciar da actividade, na inovação de pro-dutos e processos e numa maior eficiênciana abordagem aos mercados externos, efrisa que permitir às empresas “estabele-cerem e concretizarem metas de cresci-mento e desenvolvimento, para ganhar umnovo futuro e sustentá-lo”.

IntrosysIncentivo para a internacionalizaçãoA Introsys está a ponderar candidatar-seao Portugal 2020, o quarto quadro comu-nitário a que concorre, desde 2007, sem-pre numa perspectiva de desenvolver “aárea de robótica móvel e de melhorar oprocesso interno de produção de sistemasde controlo, no âmbito da indústria”, fri-sa Luís Miguel Flores, ‘chief technologyofficer’.O responsável garante que a abrangênciado programa leva a empresa a pensar “‘forada caixa’ e a considerar candidaturas no

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âmbito de suporte à internacionalização,como estratégias de marketing, presençasem feiras ou certames”. Salienta ainda seruma “importante ferramenta para aumen-tar as exportações e diz considerar o siste-ma de vale, com incentivo de 15 mil euros,“um dos formatos mais interessantes paraa Introsys, que nos permite fazer frente aoportunidades pontuais de alterações deengenharia dos produtos e serviços”.

InoCrowdPrograma importante para a inovação“Para uma empresa como a InoCrowd,cujo objectivo é estimular e acelerar a ino-vação, todos os instrumentos financeirosque auxiliem as PME a inovarem são bem--vindos”, diz Soraya Gadit, CEO, que real-ça o seu impacto no aumento da competiti-vidade. A InoCrowd é uma empresa deinovação aberta que tem por objectivo fa-cilitar a ligação entre entidades do sistemacientífico mundial e empresas e organiza-ções que necessitam de inovar. Por isso,Soraya Gadit assume que o programa Por-tugal 2020 “é um instrumento financeiromuito importante para a InoCrowd já quepermite às empresas obter apoio financeiropara os seus investimentos em ‘crowd-sourcing’ e em inovação aberta”.

Cell2BCrucial para a competitividadeA Cell2B, através da sua subsidiáriaBoostPharma, num consórcio com outrasempresas e hospitais do Sistema Nacionalde Saúde, concorreu a um projecto de-monstrador Portugal 2020 “com o objecti-vo de validar na clínica, tecnologias daCell2B desenvolvidas ao abrigo do progra-ma QREN”, revela David Braga Malta,CEO, assumindo que este programa “é umaferramenta crucial para a competitivida-de”. Lembra que “o programa QREN, faceao modo como estava construído, limitavao financiamento de projectos de ID&T queincluíssem ensaios clínicos”, salientandoque o Portugal 2020 “veio corrigir esta la-cuna e permite-nos completar ensaios clí-nicos de fase I/II ao abrigo dos concursoscorrentes”, um factor “fundamental para avalidação das tecnologias e para a valoriza-ção das tecnologias das empresas ”.

José Maria da FonsecaPositivo por fomentar as exportaçõesAntónio Soares Franco, presidente da JoséMaria da Fonseca, classifica o Portugal2020 como “positivo por fomentar o cres-cimento das exportações e apostar nainovação, duas áreas nas quais o modelo

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Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico XIX PUB

Programa vai fomentar

exportações, dizem empresas.

de crescimento da economia do País de-verá assentar”, frisa. Na sua visão, o desa-fio do programa passa por “acrescentarvalor às empresas aumentando a compe-titividade”.

EdigmaCriação de uma nova dinâmica“O programa 2020 vai criar uma nova di-nâmica económica no país que certamentecriará mais crescimento, emprego e sus-tentabilidade”, diz Miguel Fonseca, CEO daEDIGMA, informando que a empresa iráconcorrer ao programa e “rentabilizar osinvestimentos no sentido de criar umanova dinâmica produtiva preparada paranovos volumes, ainda mais focados emcompetir agressivamente nos mercadosem que actuamos e em novas geografias”.O responsável esclarece que a empresa“vai investir em inovação e desenvolvi-mento para gerar novos produtos de valoracrescentado e de volume”, e frisa que oPortugal 2020 “é uma oportunidade que asempresas não podem deixar de aproveitarpara fomentarem novas dinâmicas inter-nas e de mercado, tornando-se mais com-petitivas e sendo apoiadas para o fazerem.”

BluepharmaApoio à investigação e inovaçãoO Portugal 2020 assume uma “abordagemestratégica ao desenvolvimento económi-co através do apoio à investigação e inova-ção”, garante Paulo Barrdas Rebelo, CEOda Bluepharma, que assenta a sua estraté-gia de desenvolvimento em “investir parainovar e inovar para internacionalizar”.Para a empresa, “a concretização da ini-ciativa da Europa de Crescimento Inteli-gente, Sustentável e Inclusivo através doPortugal 2020 potencia o projecto desen-volvido pela Bluepharma”, diz. ■

“O programa Portugal 2020é uma oportunidade que nãodeve ser desperdiçada pelasempresas”, disse Miguel Cruz,presidente do IAPMEI - Agênciapara a Competitividade eInovação, ao Diário Económico,enfatizando que este “é omomento para fazer crescero investimento”. Só assimse poderá “aumentar acapacidade diferenciadora ecompetitiva das empresas emmercado global”. Miguel Cruzfrisa a importância destefundo para “alargar a basede empresas com capacidadede inovação e exportadoras”,sublinhando que o Portugal2020 “tem uma prioridadeclara no apoio directo àsPME”. De frisar que o Portugal2020 permite um sistemade vales para apoio àinovação, empreendedorismoe internacionalização.As candidaturas aos valesPortugal 2020 encerrarama 15 de Junho. Foram 2.034as empresas candidatas,num valor de investimentode 37,5 milhões de euros.

IAPMEI“Portugal 2020não deve serdesperdiçado”

A AICEP Portugal Globaljá recebeu mais de 1.360candidaturas ao Portugal2020 nas tipologias InovaçãoProdutiva, InternacionalizaçãoPME e ValesInternacionalização.A informação foi avançadaao Económico por MiguelFrasquilho, presidente,que revelou terem sidoaprovados 40 projectosna área da internacionalização.O responsável defendeque o Portugal 2020 é uminstrumento “essencial paraincentivar e transformar ocrescimento da economia, quedeve ter nos bens e serviçostransaccionáveis o principalmotor para a criação deemprego e inclusão social” econgratula-se com o facto damaior parcela destes fundos sedestinar à competitividade dasPME. A procura das empresas“tem sido assinalável”,informa. O papel da AICEP tempassado pelo esclarecimentode dúvidas e pela preparaçãodas candidaturas para “facilitaro melhor enquadramentodos projectos”.

AICEP“Até à data járecebemos 1.360candidaturas”

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XX Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

OPINIÃOA

política regional da União Europeiavisa a redução das desigualdadeseconómicas, sociais e territoriais

existentes entre as diferentes regiõesda Europa.Apesar do contributo decisivo dos fundoseuropeus para o reforço das infraestruturase equipamentos públicos em áreas comoa saúde, a educação, as estradas, oabastecimento de água, a rede de esgotosou os equipamentos sociais, não seconseguiu, ao mesmo tempo, melhoraro nível de rendimento dos portugueses,de forma a aproximá-lo dos seuscongéneres europeus mais desenvolvidos.Pelo contrário, nos últimos 20 anoso rendimento médio dos portuguesesafastou-se ainda mais relativamenteà média europeia.O novo ciclo de programação 2014-2020pretende precisamente contrariaresta tendência, orientando os recursospara onde se encontram as principaisdebilidades da economia portuguesa.Depois de muito investimento em obrase equipamentos, é chegada a altura deaproveitar a capacitação do país operadaao longo dos últimos trinta anos e daras mãos às empresas, passando a apoiaro investimento privado. Acreditamos queo país está preparado para este novo ciclo.Esta mudança concretiza-se atravésda aposta decisiva na Competitividadee Internacionalização da economiaportuguesa, domínio que concentra maisde 40% das verbas do Portugal 2020.O desafio da alteração do perfil deespecialização produtiva e do aumento dasua competitividade está associado, nestenovo ciclo, a apoios fundamentalmentedirecionados para o investimentoempresarial em atividades transacionáveis,à promoção da intensidade exportadorae à presença em mercados internacionais,à investigação e desenvolvimentotecnológico e à formação empresarial.Manifestamente o esforço dacompetitividade da economia não poderáassentar em baixos salários.Estamos cientes da escassez de capitaispermanentes das nossas empresas. Paraisso foi criada a Instituição Financeirade Desenvolvimento (IFD) com o objetivode melhorar as condições de financiamentoda economia através da redução de custose aumento de prazos de financiamento àsempresas; aumento da liquidez disponívelna economia, numa perspectiva anti-cíclicae criação de novos instrumentos definanciamento (nos quais se inclueminstrumentos de capitalização dívidade médio e longo prazo).Consideramos que este enfoque

na competitividade e internacionalizaçãoda economia portuguesa é fundamentalpara retomar o processo de convergênciacom os nossos parceiros europeus maisdesenvolvidos. As pequenas e médiasempresas estão, assim, no centro doPortugal 2020. São elas que geram riquezae, por essa via, criam mais e melhoremprego. É por esta via que se irágarantir o desenvolvimento das regiõesportuguesas, com especial enfoquenos territórios da baixa densidade.Por outro lado, fomos sensíveisàs avaliações efetuadas aos ciclosde programação anteriores que,sistematicamente, apontavam a excessivaburocracia e complexidade no acesso aosfundos como um entrave à apresentaçãoe implementação eficaz de bons projetos.Foram, por isso, introduzidos no Portugal2020 um conjunto de elementosinovadores dos quais destacamos:• Concentração da regulamentaçãonacional em quatro regulamentosespecíficos relativos aos domíniostemáticos do Portugal 2020(Competitividade e Internacionalização,Sustentabilidade e Eficiência no uso deRecursos, Capital Humano e InclusãoSocial e Emprego) e um regulamentoque estabelece normas comuns sobreo Fundo Social Europeu. O númerode regulamentos específicos foi reduzidode cerca de 100 para apenas cinco,num grande esforço de simplificação;• Aprevisibilidade na abertura deconcursos permitindo que os interessadosconheçam o calendário dos concursoscom antecedência de 12 meses;• Criação de um portal comum, designado

Balcão Portugal 2020, que reúne todaa informação relevante sobre fundoseuropeus, disponibilizando uma portade entrada comum à formalizaçãode candidaturas e ao conhecimentodos seus resultados;• A instituição de um Curador dobeneficiário, que recebe e aprecia asqueixas de quem se sinta injustiçadomas não pretenda recorrer aos tribunais.Todos parecem estar de acordo coma aposta decisiva na competitividadee internacionalização da economiaportuguesa, com a necessidade de sermosseletivos e de concentrarmos os recursosem algumas (poucas) prioridades. Averdade é que na hora em que se percebeque o dinheiro não irá na mesma dimensãopara obras públicas, passamos a ouviralguns protestos.Mas o Portugal 2020 está no terreno,com 122 concursos já abertos e maisde 5.000 milhões de euros em concurso.Acreditamos convictamente que asescolhas que fizemos são as que melhorpreparam o país para um ciclo virtuosode crescimento inteligente, sustentávele inclusivo. Contamos com a dedicaçãoe com o trabalho de todos os atoresneste processo para, de facto, podermoschegar a 2020 com um país globalmentemais desenvolvido e com menoresdesigualdades entre as suas diferentesregiões. É esse o dever de cada geração:deixar aos filhos um país melhor do queaquele que recebemos dos nossos pais.É para isso e por isso que preparamoso Portugal 2020. ■

O autor escreve ao abrigo do novoacordo ortográfico

Reorientação dos fundos europeus

MANUEL CASTROALMEIDASecretário de Estado

do Desenvolvimento Regional

“Manifestamenteo esforçoda competitividadeda economianão poderá assentarem baixos salários.”

Apesar do contributo dos fundos europeus não se conseguiu

melhorar o nível de rendimento dos portugueses,

de forma a aproximá-lo dos seus congéneres europeus

mais desenvolvidos.

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XXII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

OPINIÃOO

crescimento económico nãoacontece por acaso: conquista-seatravés da melhoria da

competitividade. E a verdade é que asempresas e trabalhadores portuguesesconquistaram essa melhoria decompetitividade e conseguiram vencer osdiversos desafios que foram colocadospela conjuntura económica e financeira nosúltimos anos. São, por isso mesmo, umexemplo notável de triunfo e os verdadeiros“obreiros” da retoma económica.Não podemos, contudo, cair na tentaçãofácil de achar que tudo está feito. Apesarde Portugal ter hoje motivos para estarmais confiante, há ainda muitas empresasque se debatem com problemas ao níveldo financiamento, capitalização einvestimento. Uma coisa é certa: nesteconstante braço de ferro entreoportunidades e adversidades, o Governoescolhe estar do lado das empresas,apoiando o empreendedorismo, oinvestimento e as empresas exportadoras.Acompetitividade não pode ser vista comouma tarefa acabada, mas antes como umprocesso em que para nos mantermos naliderança temos que trabalhar e melhorartodos os dias.É neste contexto que o Acordo de Parceria2014-2020 adquire especial relevânciapara as empresas que querem agarrar odesafio da internacionalização, daqualificação, da inovação e doinvestimento. O novo ciclo de fundoscomunitários vai ter um enorme impactoem diversas áreas essenciais para acompetitividade das empresasportuguesas, em particular das PME,ajudando a melhorar e a tornar maiscompetitivos e produtivos os seus recursoshumanos, os seus produtos, os seusprocessos, os seus equipamentos, a sualogística, aumentando assim o valoracrescentado dos seus produtos e serviçose os factores distintivos dos mesmos queos tornem mais competitivos ao nívelmundial.Com esta orientação, focada no aumentoda competitividade e do investimentoprodutivo, disponibilizou um pacote de 1,5mil milhões de euros para PME, sendoque estão já no terreno e em fase decontratualização as primeiras operações dalinha PME Crescimento 2015 (com um totalde 361,192 milhões de euros de operaçõesenquadradas, correspondente a 5.091empresas), bem como da linha para apoioà revitalização empresarial e, muito embreve, também uma linha inteiramentenova, com uma dotação de 100 milhõesde euros, para a conversão de dívidaem capital ou dívida subordinada.

Ao nível do Portugal 2020 e dosinstrumentos de apoio às empresas,lançamos através de um único portal(www.portugal2020.pt) concursos e apoiospara empresas nas áreas dainternacionalização e qualificação (projetosconjuntos e individuais), da inovaçãoprodutiva, na inovação, ao nível doempreendedorismo, entre outros. Temosobtido uma procura muito significativa porparte das empresas: um investimentoapresentado de mais de 3,2 mil milhõesde euros, com cerca de 50% das empresasa concorrerem pela primeira vez aosregimes de incentivos. Penso que estesdois números traduzem bem a vontade edeterminação das empresas de investireme criarem emprego e de como o Portugal2020 conseguiu, através da suasimplificação e maior facilidade, trazerum grande número de empresas novasa beneficiarem destes apoios.O compromisso do Governo comas empresas passa ainda pela adoçãode medidas concretas, sendo de destacara continuidade da reforma do IRC, comuma nova descida da taxa em 2015 paraos 21%, e que continuará a beneficiarPortugal como destino incontornável deinvestimento estrangeiro. Por outro lado,o novo Código Fiscal do Investimentoestabelece um limite máximo ao créditofiscal até 25%, bem como diversasmajorações em função da geografia,da incorporação tecnológica eda qualidade do emprego criado.O conjunto de instrumentos de apoio

que estão neste momento disponíveispara as empresas constitui umaoportunidade que não pode serdesperdiçada. É nossa ambição quePortugal continue a melhorar a suaposição nos rankings internacionais decompetitividade. Julgo que nunca é demaisrelembrar o caminho que já foi feito: noÍndice de Competitividade Global do FórumEconómico Mundial, melhorámos 15posições e estamos em 36º lugar entre as144 economias analisadas; no relatórioDoing Business 2015, Portugal classifica--se em 25º lugar entre 189 países, sendoo país mais bem classificado ao nívelda Europa do Sul; e mais recentemente,Portugal foi destacado pelo 5º anoconsecutivo pela Gartner como um dospaíses desenvolvidos líderes para aprestação de serviços de base tecnológica.É minha convicção, e de todo o Governo,que é necessário um compromisso políticoimpermeável a ciclos eleitorais paracontinuar a implementar as reformasnecessárias para que Portugal possamelhorar a classificação em rankingsinternacionais de prestígio, com efeitosconcretos na economia e na vida dosportugueses.As empresas portuguesas têm todas ascondições necessárias para continuar acompetir nos próximos anos pela qualidadee pela excelência, a competir peloincremento de valor e pela inovação –a competir para o crescimento. ■

O autor escreve ao abrigo do novoacordo ortográfico

Melhorar a competitividade

PEDRO PEREIRAGONÇALVESSecretário de Estado da Inovação,

Investimento e Competitividade

“Não podemos cairna tentação de acharque tudo está feito.Apesar de Portugalter hoje motivos paraestar mais confiante,há muitas empresasque se debatem comproblemas ao níveldo financiamento,capitalizaçãoe investimento”.

Novo ciclo de fundos ajudará as PME

a melhorar e a tornar mais competitivos os seus recursos humanos,

produtos, processos, equipamentos e logística.

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XXIV Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

OPSpropõe uma políticadiferente, um plano para arecuperação económica e o

emprego, através da concentração deesforços de financiamento dasempresas, aumento do rendimento daspessoas e intervenção em setores comefeitos reprodutivos.Os fundos europeus são o principalmeio de investimento público disponívelnesta nova política. Propõe-se a suautilização para um ambicioso programade reabilitação urbana que inclua ahabitação social, um programa nacionalde recuperação do património histórico,um fundo de capitalização e um “FundoAzul” para o desenvolvimento daeconomia e investigação no mar. Mas oaproveitamento destes fundos passapor maior eficácia e capacidade deexecução face ao que tem sucedido.Para isso, é preciso acelerar aexecução dos fundos comunitários parafornecer soluções rápidas edesburocratizadas. Quem já concorreuaos primeiros financiamentos doPortugal 2020 sabe que há exigênciasburocráticas inaceitáveis. Éextraordinariamente complexo acederaos fundos europeus. Por isso, emsegundo lugar, é preciso tornar maisclaras e transparentes as suascondições e regras de utilização, algomuito importante para PME e ‘startups’.Depois, há outras oportunidades definanciamento comunitário além doPortugal 2020. É preciso criarcapacidade para aproveitar essesmeios pouco utilizados pelas empresase instituições. O PS propõe ainda queos conflitos relativos aos fundospossam ser julgados em centros dearbitragem, de forma mais rápida ebarata que nos tribunais. Mas umapolítica completa em matéria de fundosenvolve ainda algo que tem faltado:estar do lado certo da integraçãoeuropeia e capacidade para negociar,de forma proativa, novos mecanismosde financiamento e novos meiosinovadores para o apoio a reformasdecisivas para superar os bloqueios àcompetitividade das economiaseuropeias. ■

Emprego

JOÃO TIAGO SILVEIRADirector do Gabinete de Estudos do PS

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

Nospróximos sete anos Portugalvai ter ao seu dispor mais de 25mil milhões de euros para

prosseguir os objectivos de umcrescimento inteligente, sustentável einclusivo preconizado na EstratégiaEuropa2020. Quase um terço destevalor destina-se a apoiar a economiaportuguesa, reforçando acompetitividade e a internacionalizaçãodas PME ou apostando nodesenvolvimento e na formação docapital humano. Asua (boa) aplicaçãoconstitui um desafio exigente e,simultaneamente, crucial para o nossofuturo colectivo.Os próximos anos serão decisivos paraa economia portuguesa e o Portugal2020 assume-se como um dosprincipais instrumentos para a suarestruturação e modernização. Findo ociclo da infraestruturação básica, osfundos europeus centram agora o seufoco na inovação empresarial, naqualificação e internacionalização dasPME e na investigação e nodesenvolvimento tecnológico. Aprioridade será dada às empresas debens e serviços transaccionáveis,orientadas para a exportação, eenquadradas numa centena de áreas--alvo, do agroalimentar ao turismo, daeconomia do mar aos transportes.Portugal não pode perder estaoportunidade nem enjeitar este desafio.Os primeiros sinais e resultados sãoauspiciosos. O volume definanciamento candidatado para apoioà inovação, qualificação de recursoshumanos e internacionalização atingiuos 3100 milhões de euros. Ummontante três vezes superior à verbadisponibilidade e, facto ainda maisrelevante, mais de metade dasempresas candidatam-se aos fundosfazem-no pela primeira vez. A respostados empresários e das empresasportuguesas parece, pois, estar à alturado grande desafio que é o do reforçoda internacionalização, da inovação eda competitividade da economiaportuguesa. ■

Desafio

Os partidos com assento parlamentar – com excepção do Bloco de Esquerda,que não respondeu atempadamente, falam sobre o Portugal 2020 e as oportunidadestrazidas para as PME.

A opinião dos partidos

LUÍS LEITE RAMOSDeputado do PSD

Urge reforçar as apostas do QRENnas PME, devendo o Governoassumir um compromisso

quantitativo quanto ao valor percentualdo total de 21,4 mil milhões de euros defundos comunitários do QREN quedeve ter como promotores ebeneficiários directos as PME”. Esta éuma recomendação do PSD de 2010,aprovada com os votos do PCP. Houveoutras no mesmo sentido enquantoesteve na oposição. Mas chegado aogoverno, o PSD não ajustou o QRENàs suas teses, e tendo a faca e o queijona mão no novo quadro, dito Portugal2020, “esqueceu-se” dos seus bonspropósitos quando na “oposição”. Econseguiu votar contra um projecto doPCP que ia no sentido dos seusProjectos de Resolução. Como o PS (eo CDS), as boas soluções na oposiçãosão más no governo, e vice-versa!Depois, a “invenção” de um dito bancode fomento, em trabalho de parto hátrês anos, não augura nada de bompara as PME. Não se justifica a suautilidade. O seu papel de “intermediáriogrossista” dos fundos entre o Estado ea banca comercial, e esta, comointerlocutora das empresas, reforçarãoos critérios financeiros na avaliação dosprojectos. Teremos um novoestrangulamento burocrático--administrativo consumidor de fundos.Aliás, ainda não está em funções e já éum sorvedouro!Um quadro regulamentar que fazcrescer a governamentalização e acentralização, que afasta do acesso aonovo Quadro projectos para infra--estruturas de redes de serviçospúblicos essenciais e que reduz osincentivos a fundo perdido, limitará oimpacto na actividade e acesso dasPME.O Portugal 2020 não oferece nada àsexpectativas das micro, pequenas emédias empresas. Só a ruptura com asorientações e critérios que enformaramos últimos três QCAe o QREN, e quecontinuam em dose reforçada aenquadrar o Portugal 2020, poderápermitir uma regulamentação favorável.O que só poderá ter remédio após aspróximas eleições legislativas! ■

Esquecimento

AGOSTINHO LOPESComité Central do PCP

AsPME são a maioria do tecidoempresarial, e dentro delas apercentagem das microempresas

é elevada. Por isso, importa avaliar se,perante o novo quadro comunitárioPortugal 2020, a dimensão é umavantagem ou um inconveniente. Arealidade tende a dizer que é umavantagem: as PME são mais ágeis,mais adaptáveis aos processos demudança, mais resilientes, comoprovam indicadores como asexportações, e ambiciosas, comoprovam os mercados que são capazesde conquistar. Elas venceram melhor acrise. Creio por isso que serão elas quevão tirar melhor partido destes fundos.O Governo definiu bem as prioridades,aposta na qualidade do financiamento emenor aposta em investimentos eminfra-estruturas e maior nacompetitividade, internacionalização, naI&D. As PME dispõem de 25% dos 25,2mil milhões a receber.Esta nova abordagem assenta que nemuma luva nas características das PME,e afasta o “abutres” dos fundos. Talvezpor isso nas candidaturas já abertasmais de 50% das empresas concorrempela primeira vez. As PME foram asprimeiras a perceber a mudança,porque o programa lhes é muitofavorável: em média, os incentivos sãode 60% de valor global do investimento,que pode aumentar, aproveitando todoo tipo de majorações previstas,dimensão da empresa, mérito doprojecto etc.. Mas o que é feito àmedida das PME é o modelo degovernação: sem deixar de serexigente, tem autonomia financeira,ausência de ordenados em atraso e dedívidas ao fisco ou segurança social.Sendo exigente e rigoroso, significaque será mais justo. As PME são maisvulneráveis à burocracia: simplicidade,usando novas tecnologias; prazos maisexigentes de resposta; redução do nívelde informação (a que o Estado já tem);avaliação própria para as PME; e, porfim, o mais importante: contratos porobjectivos - quem não cumpre épenalizado, quem cumpre, premiado.Porque o importante não é o dinheiro,mas o resultado. ■

Ambição

HELDER AMARALDeputado do CDS-PP

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XXVI Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

BancosOs principais bancos nacionais

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

O Programa Portugal 2020 tem garanti-dos 25 mil milhões de euros para ajudaras empresas nacionais. Porém, ainda de-verá demorar algum tempo até o valorestar disponível. Para acelerar o processoe permitir às empresas avançar com osprojectos, logo após terem luz verde, osprincipais bancos nacionais estão aavançar com ofertas de financiamentogarantidas pelas verbas comunitárias,numa espécie de antecipação dos dinhei-ros europeus. Além disso, os bancos têmainda produtos complementares de fi-nanciamento, garantindo as necessida-des de capitais alheios dos projectos deinvestimento - ainda que aconselhe quea empresa tenha capitais próprios.Mas o empenho dos bancos neste progra-ma vai mais longe. Além de promoveremacções de divulgação sobre o Portugal2020, têm equipas especializadas queajudam os clientes com as candidaturas.Saiba o que pensam deste programas e osserviços e produtos que oferecem.

A oportunidade única para as empresasO Santander acredita que o Portugal2020 é “o principal mecanismo de apoioao investimento empresarial no período2014-2020, estando empenhado em co-laborar activamente para que o programatenha um papel central nesse apoio”.Fonte do Novo Banco frisa que este pro-grama “vem oferecer uma oportunidadeúnica às empresas, não só pelo forte en-foque no investimento estruturante, mastambém por não privilegiar sectores emespecífico, oferecendo um apoio maistransversal à economia nacional”.O banco liderado por Stock da Cunhaesclarece que em relação ao movimentode internacionalização da economia, oPortugal 2020 “aporta um conjunto deoportunidades ímpares”, e elogia o fac-to de não esquecer as PME que aindanão iniciaram o seu processo de inter-nacionalização. Destaca os “significati-vos” apoios financeiros e o facto de per-mitir “uma alavancagem no investi-mento das empresas, com partilha desoluções de financiamento entre a ban-ca e o Estado, numa abordagem concer-tada e conjunta”.Para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), oPortugal 2020 “é uma oportunidade ca-pital para alavancar o crescimento sus-tentado da economia e consolidar a es-Pa

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Os bancos podem ajudá-lo a avançarcom o seu projecto, antes mesmode receber as verbas comunitárias.Mas a aprovação já tem de estarconcretizada. A luz verde é dadapelo IAPMEI, instituto do Turismode Portugal ou AICEP, até 60 diasapós a candidatura. Depoisde recebido o aval, é só dirigir-seao banco e conhecer as suas opções.É necessário que a empresaapresente uma garantia bancáriade valor correspondente aomontante que se pretende antecipar.

>> A SABER

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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Quarta-feira 22 Julho 2015 Diário Económico XXVII

antecipam fundos do Portugal 2020revelam-se parceiros das empresas, ajudando-as nas candidaturas e apresentando várias soluções.

trutura económica e produtiva das em-presas”. O Millenniumbcp sublinha o in-centivo que dá ao investimento às em-presas e o Montepio diz não ter dúvidasde que o Portugal 2020 “é estratégicopara a economia nacional”.Já o BPI frisa que este programa “repre-senta uma oportunidade importantepara a concretização de projectos”.

O tipo de incentivos“O programa atribui importantes incen-tivos na forma reembolsável e não reem-bolsável e prémios de realização combase na superação dos objectivos previs-tos, que vêm permitir alavancar os pro-jectos de investimento que só os fundos,pela sua natureza, permitem”, destacafonte do Santander Totta. O banco con-sidera que os incentivos não reembolsá-

veis constituem um apoio relevante eprimordial às empresas, permitindo umamais fácil execução e rentabilização dosseus projectos.Na visão do Novo Banco, há um aspectode extrema importância associado aoPortugal 2020. Todas as empresas comprojectos competitivos poderão terapoio, sendo a sustentabilidade e a ino-vação factores privilegiados.Para o Millenniumbcp é importanterealçar a vantagem associada a soluçõesmistas de financiamento permitidaspelo programa, recorrendo a capitaisalheios, capitais próprios e incentivoscomunitários, o que reduz “a necessida-de da componente de capitais alheiosdos projectos e fomentam a sua susten-tabilidade”. Para o banco, esta combi-nação de fontes de financiamento per-

mite “assegurar uma melhor elegibili-dade, uma avaliação conjunta integradae uma relação de confiança para a exe-cução dos projectos.”.

A importância de ter projectos viáveisTodas as empresas e projectos viáveiseconómica e financeiramente poderãoacolher o financiamento necessário paraa implementação dos mesmos. No caso

do Santander Totta, não há constrangi-mentos de ‘funding’. Ou seja, não há li-mites pré-definidos para apoiar empre-sas. E o número das que têm vindo a pro-curar o banco é crescente. Ao longo doprimeiro semestre do ano, também têmsido muitas as empresas a procurar aCGD, que tem mais de mil milhões deeuros para apoiar empresas no âmbitodeste programa.

As soluções apresentadas pelos bancosNo âmbito da solução global de financia-mento, aconselhamento e acompanha-mento das candidaturas, a que denomi-nou Caixa 2020, a CGD já efectuou maisde 1.200 contactos para apoio a candida-turas. Destes, 160 já estão em fase decandidatura, dos quais 60 já foram sub-metidos a aprovação. O total destes pro-

Antecipação Os bancosestão a avançarcom o financiamentodos projectos aprovadosno âmbito do programaPortugal 2020. »

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Page 28: Caderno Especial Portugal 2020 - Diário Económico

XXVIII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

jectos corresponde a um total de 40 mi-lhões de euros, com um investimentomédio aproximado de 700 mil por pro-jecto. Cerca de 70% são na área de ino-vação, investigação e desenvolvimento.O Santander tem uma oferta abrangentede apoio aos projectos aprovados no âm-bito do Portugal 2020. Como a generali-dade dos bancos, um dos serviços pres-tados é o adiantamento dos incentivosaprovados, de forma a permitir umamais rápida implementação física dosprojectos.É ainda possível pedir um financiamentode médio prazo para complementar asfontes de financiamento, o que inclui alinha de crédito PME Crescimento 2015 ea linha BEI.O Santander, por seu turno, disponibili-za uma linha de garantias bancárias querpara adiantamento dos incentivos querpara contratação dos incentivos reem-bolsáveis aprovados.Uma das mais-valias é a oferta de umserviço especializado e gratuito, proto-colado com reconhecidas consultoras domercado que prestam informação àsempresas sobre as aberturas de concur-sos e procedem ao esclarecimento sobreo enquadramento dos projectos de in-vestimento e das condições de elegibili-dade no programa. O objectivo é agilizara apresentação das candidaturas.Com o mesmo objectivo, o Novo Bancotem equipas especializadas no terrenodentro e fora de Portugal para acompa-nhar os clientes com as candidaturas. Háuma acção concertada entre equipas degerentes de empresas, a recém-criadaUnidade de Apoio ao Investimento, quevisa promover e dinamizar os sistemasde incentivos e a Unidade InternacionalPremium, que dá um apoio especializadoaos processos de internacionalização e àsexportações.As soluções de investimento do NovoBanco são abrangentes. Vão desde Li-nhas de Curto Prazo intercalares aos re-cebimentos de fundos, garantias bancá-rias e linhas de médio prazo. Dispõe ain-da de soluções de capitalização das em-presas e mistas de crédito e capital.Da parte do Montepio, é vasta a lista deprodutos e serviços oferecidos no âmbitodo Portugal 2020. São eles o crédito commaturidades de curto, médio e longoprazo para antecipação do recebimento

dos apoios públicos e cobertura de ne-cessidades de financiamento do investi-mento a realizar. O banco dá ainda ga-rantias bancárias e emite declarações deintenção. Financia projectos e dispõe delinhas de crédito para fazer face a inves-timentos em práticas empresariais sus-tentáveis. Têm ainda uma rede comer-cial que presta o apoio necessário às em-presas na escolha das soluções de finan-ciamento e gestão de tesouraria maisadequadas.No que respeita ao Millenniumbcp, nafase de candidaturas, ajuda a fazer umadeclaração de análise de financiamentoou de intenção de financiamento. Na fasede execução de projectos, o banco podefinanciar capitais alheios, capitais inter-calares para a realização de despesas eprestar garantias bancárias para a ante-cipação dos incentivos aprovados.

Acções de divulgaçãoO Millenniumbcp realizou diversos‘roadshow’ entre Março e Junho desteano, ao longo do país com o objectivo deapresentar de forma prática o Portugal2020, convidando empresas e associa-ções de cada região. Assistiram às ses-sões mais de dois mil empresários e ges-tores de PME dos mais diversos sectores.O BPI quer ser o parceiro das empresasno terreno, pelo que tem equipas espe-cializadas de apoio, várias soluções deinvestimento, estando também muitoactivo na dinamização de acções de di-vulgação e informação relativa aos pro-gramas em curso.O banco tem organizado seminários edisponibilizado informação na empresae no site, dando a conhecer os apoiosdisponíveis e partilhando as melhorespráticas para se aceder aos fundos.O apoio que dá às empresas é bastanteabrangente, mas fonte do BPI destaca aajuda na estruturação do financiamentodos projectos, através da análise de riscoque efectua. O objectivo é claro: “Apoiara definição dos parâmetros da estruturafinanceira e consolidar a análise de via-bilidade dos projectos”, explica.Como parceiro das PME, o banco é umpilar importante na “tomada de deci-são”, tendo, para tal, “estruturado solu-ções que permitam concretizar a realiza-ção de investimentos, sem interrupções,a partir da apresentação da candidatu-ra”. O BPI dispõe ainda de soluções es-pecíficas no âmbito do Portugal 2020,que se juntam às já existentes formas definanciamento como a linha PME Cresci-mento 2015. São eles produtos de cober-tura de risco de negócio internacional,empréstimos intercalares para adianta-mento de fundos e emissão de garantiasbancárias para adiantamento de fundosou restituição de subsídio reembolsávelapós encerramento do investimento. ■

CGD O bancodisponibiliza mais demil milhões de eurospara apoiar empresas.Já realizou 1.200contactos e 160 estãoem fase de candidatura.

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GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

O dinheiro para financiar projectos pode estar nos fundos

europeus mas também em financiamentos

como a Linha PNME Crescimento .

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XXX Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

Portugal tem seis mesespara executar os 5%do QREN que faltamSegundo os dados da Comissão Europeia, Portugal executou94,7% do anterior quadro comunitário. Melhor só a Estónia.

MÓNICA SILVARES

[email protected]

Estónia, Portugal e Suécia, em‘ex-aequo’, e Lituânia. Esta é aconstituição do pódio dos paí-ses que melhor executaram asverbas do anterior quadro co-munitário de apoio (2007--20013).À medida que as facturas dasdespesas elegíveis vão sendovalidadas e pagas, a ‘pole posi-tion’ vai mudando de semanapara semana, mas Portugalestá quase sempre entre os trêsprimeiros, revelam os dadosda Comissão Europeia que fazum acompanhamento dinâmi-co dos níveis de execução dosfundos comunitários.“Liderámos a execução dosfundos europeus”, frisou Poia-res Maduro, numa audição no Parlamento.Apesar de reconhecer que ainda há trabalho afazer, o ministro do Desenvolvimento Regio-nal lembrou que “entre executar muito eexecutar bem, preferimos executar bem”.Este ano “será o maior ano de sempre na exe-cução de fundos europeus desde a adesão dePortugal à União Europeia”, garantiu, numaentrevista ao Económico, o secretário de Es-tado do Desenvolvimento Regional, CastroAlmeida. Em causa está terminar a execuçãodo QREN (dois anos após o fim do quadro) e oinício do novo, o Portugal 2020. “Em 2015vamos investir um pouco mais de quatro milmilhões de euros de fundos europeus”, pre-cisa.Para uma análise mais fina dos dados, é ne-cessário recorrer ao boletim informativo doQuadro de Referência Estratégico Nacional(QREN), que ainda só disponibiliza os dadosdo primeiro trimestre. Nos três primeirosmeses do ano, a taxa de execução estava em90%, o que representa a execução de 19 milmilhões de euros, correspondendo a um in-vestimento total de cerca de 28 mil milhõesde euros.Por outro lado, a despesa validada no pri-meiro trimestre caiu face aos três meses an-teriores – 670 milhões e 897 milhões de eu-

ros, respectivamente – e é infe-rior à média trimestral do anopassado (743 milhões de euros).Agora que os 21 mil milhões deeuros já estão a acabar é possí-vel perceber que a maior partedo dinheiro foi alocado naaposta na formação (PotencialHumano), nomeadamente aqualificação de jovens (28% doFundo Social Europeu) e nas in-fra-estruturas da rede escolar(24%). Já as empresas, que ab-sorvem 26% dos total dos fun-dos executados no QREN, háuma grande concentração maárea da inovação e renovaçãodo modelo empresarial.Até ao final de Março foramapoiadas quase 14 mil empresas

em ajudas directas ao investimento que per-mitiram mobilizar um volume de investi-mento total superior a 11 mil milhões de eu-ros. Destas cerca de 5.500 já concluíram osprojectos apoiados, estando por isso em posi-ção para aceder ao novo quadro. Na avaliaçãodestes indicadores, a Agência para o Desen-volvimento e Coesão, agora dirigida por An-tónio Dieb, ressalva que os mecanismos deengenharia financeira assumiram “particularimportância no âmbito das medidas de com-bate à crise económica e financeira” e que háuma “ maior dificuldade” de execução ao ní-vel das empresas, por comparação com a áreade Potencial Humano, apoiada sobretudoatravés do Fundo Social Europeu.A ligação ferroviária Sines-Elvas, a exten-são da rede de Metro do Porto e as interven-ções na CRIL-Buraca/Pontinha, na Autoes-trada Transmontana e no Túnel do Marãosão algumas das obras que justificam que aárea relativa à valorização do territórioconte uma taxa de execução de 28%. Istoapesar de o Túnel do Marão ter contadotambém para uma redução do fundo com-prometido (67 milhões de euros), ou seja,dinheiro que estava reservado para esteprojecto, mas que acabou por ser usadopara outras finalidades. ■Pa

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13.841empresas

Até ao final do primeirotrimestre foram apoiadasmais de 13 mil empresas,com um investimento totalprevisto de onze mil milhões.

EMPRESAS

136.874candidaturas

Até ao final do primeirotrimestre foramapresentadas 136 milcandidaturas, mas só foramaprovadas 67 mil.

CANDIDATURAS

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, fez da execução

do PRODER a 100% um acontecimento político

para o Governo, já que atingiu “um valor histórico”.

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XXXII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

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Com o financiamento do QREN, a Genibet

conseguiu evoluir no estudo de terapias

inovadoras para numerosas doenças.

Genibet aumenta unidades deprodução para terapias avançadasAtravés do FEDER, empresa conseguiu aumentar investigação na área celular e de genética.

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

“Sem recorrermos ao fundo europeu nãotínhamos conseguido crescer”, admiteTeresa Alves, CEO da Genibet Biophar-maceuticals, que recebeu 750 mil eurosatravés do Fundo Europeu de Desenvol-vimento Regional (FEDER), um dos fun-dos estruturais do Quadro de ReferênciaEstratégico Nacional (QREN).Criada em 2006, a Genibet tinha, em2010, quando se candidatou ao fundo,apenas cinco colaboradores. “Agora tri-plicamos a facturação e o número de tra-balhadores”, esclarece a responsável quejustifica o recurso ao apoio comunitáriocom “a crescente procura pelos serviçosque prestamos”.Com sede em Oeiras, a Genibet dedica--se ao fabrico de produtos biofarmacêu-ticos para terceiros, enquanto Organiza-ção de Fabricação por Contrato (CMO).Nessa qualidade, proporciona serviçoscompletos de desenvolvimento e produ-ção de fármacos, que incluem a pré-for-mulação, desenvolvimento de formula-

ção, estudos de estabilidade, testes clíni-cos, entre outros.Eram muitas as solicitações para queproduzisse produtos biofarmacêuticospara serem usados em ensaios clínicos defase I e II em vários projectos de investi-gação e desenvolvimento nacionais e eu-ropeus, “mas não tínhamos capacidadeprodutiva e recursos humanos suficien-tes”, diz Teresa Alves.Assim, e empresa decidiu candidatar-seao FEDER, na vertente Competitividade,Inovação e Conhecimento. O objectivoera claro: desenvolver novas unidades

produtivas no âmbito das terapias avan-çadas (celular e genética) que, no essen-cial, se traduzem na produção de novosprodutos e terapias. Além de passar deuma para quatro unidades de produção,todas no concelho de Oeiras, conseguiuantecipar-se aos concorrentes e entrarnum nicho de mercado muito importan-te, uma ambição já antiga.O dinheiro injectado na empresa permi-tiu-lhe “evoluir no estudo de terapiasavançadas que trazem esperança em nu-merosas doenças para as quais não há te-rapêuticas, ou há muito limitadas”, ex-plica, adiantando ainda que este é umsegmento de mercado “muito inovador ecom um potencial de crescimento muitogrande”. Em paralelo, este projecto co-loca Portugal como “‘player’ competiti-vo na investigação, concepção, desen-volvimento, fabrico e comercializaçãode produtos e serviços associados à saú-de”, garante Teresa Alves.A CEO da Genibet disse ainda ao Diário

Económico “que todo o processo de can-didatura correu muito bem”. A empresaconcorreu ao FEDER no final de 2010 esendo a primeira a fazê-lo, detectou umafalha na plataforma. “Fomos nós que de-tectamos o problema e alertamos para oproblema que foi de imediato resolvido”,lembrou.Apenas foi necessário demonstrar “ca-pacidade de inovação e viabilidade eco-nómica do projecto” e, em oito meses,viu o projecto aprovado pelo Infarmed erecebeu a aprovação financeira. O custototal foi de um milhão de euros, sendo acomparticipação comunitária um poucosuperior a 750 mil euros. Parte do valor jáestá a ser reembolsado, visto nem tudoter sido comparticipado a fundo perdido.E se até agora, a Genibet trabalhava emexclusivo para o mercado internacional,com a Europa e os EUA a serem os prin-cipais países, Teresa Alves assegura quecomeçaram a trabalhar com o primeirocliente português. ■

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

ComparticipaçãoAtravés dos 750mil euros de apoioscomunitários,a Genibet aumentoua capacidade produtiva.

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XXXIV Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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OEcorkhotel é amigo do ambiente: revestido de cortiça,

aposta na geotermia, reaproveita águas para regas

e tem um sistema fotovoltaico.

Um ‘resort’ diferente que mereceufinanciamento comunitárioO Ecorkhotel, Évora, Suites & SPA recebeu um apoio de 3,6 milhões de euros através do QREN.

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

Um ‘resort’ de quatro estrelas diferente,amigo do ambiente e que se enquadrassena paisagem plana do Alentejo. É este oconceito inovador que está no centro dacriação do Ecorkhotel, Évora, Suites &SPA. Usar a cortiça como material para orevestimento do edifício principal, nãoestava no projecto original, mas foi este omaterial que acabou por ser o eleito, já asobras de construção, iniciadas em Abrilde 2011, tinham começado.Miguel Fonseca, administrador da Ta-pada da Mata, Investimentos Hoteleiros

e Turísticos, Lda., proprietária do ‘re-sort’, explicou ao Diário Económico queo projecto surgiu em 2006, ano em quedeu entrada na Câmara Municipal deÉvora. Só em 2009 é que surgiu o aval, eem 2010 a empresa candidatou-se, noâmbito do Quadro de Referência Estra-tégico Nacional (QREN), ao fundo es-trutural FEDER, no valor de 4,9 mi-lhões. A comparticipação comunitáriafoi de 3,6 milhões de euros, com os res-tantes 1,3 milhões a serem investimentopróprio. Porém, devido a algumas alte-rações de última hora ao projecto ini-cial, o custo total da obra ascendeu a 7,5milhões de euros, pelo que a empresaprecisou de recorrer ainda a um em-préstimo bancário no valor de 2,5 mi-lhões de euros.O administrador da Tapada da Mata, In-vestimentos Hoteleiros e Turísticos,proprietária do Ecorkhotel, Évora, Sui-tes & Spa explica que o dinheiro comu-nitário, aprovado em Maio de 2010, foi

“entregue de forma faseada, à medidaque as obras iam decorrendo, e median-te a apresentação de facturas”. Dos 3,6milhões, “perto de 2,2 milhões podemser a fundo perdido”, revela, factor quesó será conhecido em 2017, prazo paracomeçar a ter que devolver o dinheiro.Miguel Fonseca critica algum excesso deburocracia, que apenas foi atenuado pelofacto da empresa ter contratado umaconsultora para tratar de toda a docu-mentação e candidatura. Esclarece te-rem sido muitos os papéis a entregar eque ainda hoje a empresa tem que pres-tar contas ao QREN e ao Turismo de Por-tugal. Reconhece, no entanto, a impor-tância do apoio comunitário para a reali-zação do projecto e destaca o facto de serprivilegiado o factor inovação, que“pode mesmo aumentar a percentagemda comparticipação”. No caso doEcorkhotel esse foi mesmo um dos pon-tos em cima da mesa na hora de atribuir ofundo. É que o hotel “aposta na geoter-

mia, faz aproveitamentos de águas pararega e tem um sistema de solar térmico esolar fotovoltaico”, explica.Inaugurado em Maio de 2013, o ‘resort’está situado em plena planície alenteja-na, sendo constituído por um edifíciocentral e circundado por várias unidadesde alojamento, construídas em pisos tér-reos. Este era mesmo um dos conceitosiniciais. “No Alentejo, faz sentido ter‘resorts’ planos e que sejam construídosao longo das extensas planícies”, expli-ca, sublinhando que um dos pólos deatracção é o facto de ser circundado porvegetação, onde se destacam sobreiros eoliveiras centenárias.Com 56 suites, o hotel tem vindo a cres-cer desde que foi inaugurado. “Só nosprimeiros seis meses do ano, atingimosuma facturação superior à obtida em2014 em 110 mil euros”, diz. Um cresci-mento de 20%. A perspectiva é que afacturação atinja os 1,4 milhões de eurosem 2015, mais 400 mil que em 2014. ■

Inovação Um dosfactores que pesouna a hora de aprovara comparticipaçãocomunitária foia inovação associadaao projecto.

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XXXVI Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

Foi já, por mais de uma vez,que num primeiro contacto comalgumas entidades ouvi a frase

título deste artigo… Bem, paraalguém como eu que acredita, comocertos economistas defendem, queatravés de incentivos podemosdirecionar investimento e que, acimade tudo, os programas estruturaisvigentes na Europa almejam umacoesão económica e social, é óbvioque não poderei concordar com aaversão numa candidatura a fundosdisponibilizados pela União Europeia.Dado isto, tento entender o porquêde uma aversão aos fundosestruturais e, maioritariamente,conclui-se que a questão fulcralé a carga burocrática que todoo processo envolve.Esta questão é incontornável,mas devemos entender que aorecorremos a algum tipo de apoiofinanceiro devemos justificar osnossos investimentos, bem comoestar dispostos à sua monitorizaçãoe avaliação de resultados. Em últimainstância, digamos que é um malnecessário, mas caso uma entidade

não esteja disposta a passarpor tal processo pode sempreoptar por não se candidatar.Face a esta temática, que se mostrapremente em algumas organizaçõescom as quais nos cruzamosentendemos que as necessidadese problemas dos nossos clientese parceiros, devem ser as nossas,bem como que cada um se deveespecializar naquilo que fazrelativamente melhor que os outros,focando-se no seu ‘core business’.Neste sentido, a Baker Tilly procura,sem existir soluções padronizadas,apoiar os seus clientes em todo oprocesso inerente à obtenção,gestão e avaliação dos fundosestruturais.Para que os promotores se possammanter focados no seu negócio, aBaker Tilly apoia desde a fase inicialde avaliação das necessidades deuma organização, o enquadramentonos programas disponíveis,passando pela candidatura,acompanhamento e avaliaçãodo resultado final.O Portugal 2020 é um mecanismoimportante na alavancagemnecessária para se expandiremnegócios e empresas, e como parceiro ideal acreditamosque o processo se simplifica e seatingem os resultados esperadosno seu negócio. ■

“Eu até sou contra os subsídios,mas já que eles existem...”

JOÃO ARANHAPartner Baker Tilly

Ao recorrer a fundos,as empresas devem estardispostas à monitorizaçãoe avaliação de resultados.

OPortugal 2020 proporciona boasoportunidades para as empresasque procuram reforçar

a sua competitividade nos mercadosinternacionais. Tendo em conta oelevado nível de exigência imposto àsempresas de maior dimensão, que limitaem muito o seu acesso ao Programa,as PME podem aspirar a uma maiorfatia dos incentivos dirigidos àsempresas. Esta vantagem deve noentanto ser sopesada com o eventualimpacto negativo na capacidade deatração de projetos de investimentoestruturantes, que teriam normalmenteefeitos de arrastamento significativosem empresas de menor dimensão.As boas notícias para as PME passamessencialmente pelos incentivos que lhesão especificamente dirigidos, tais comoa Qualificação e Internacionalizaçãodas PMEs, Inovação Produtiva PMEe Empreendedorismo Qualificado eCriativo. Também os Núcleos de I&Dinseridos na tipologia de investimentoInvestigação e DesenvolvimentoTecnológico e os Vales são orientadospara PMEs. Regra geral, as condiçõesoferecidas às PMEs são melhores do

que as condições gerais, com algunsdos apoios a terem natureza nãoreembolsável e com taxas de incentivoque podem começar nos 45% e aque acrescem majorações específicaspara este escalão de empresas.Estas condições estão a resultar numnúmero muito elevado de candidaturas,que nem sempre se baseiam numexercício sério de avaliação daelegibilidade dos projetos, do seupotencial de aprovação e dos custosescondidos no processo de preparaçãoe acompanhamento das candidaturas.Prevendo-se uma taxa de seletividadede projetos elevada, admite-se quemuitas PME verão defraudadas as suasexpetativas e gorados os seus planosde crescimento, com os custos apesarem mais nas empresas comestruturas mais leves e recursosmais limitados.Este cenário torna especialmenteimportante que as empresas, qualquerque seja a sua dimensão, avaliem deforma cuidada quais são os custos e asoportunidades reais dos incentivos doPortugal 2020. Afinal, quanto maior aimportância do projeto para a empresa,melhores devem ser os parceirosa envolver e maior deve sero compromisso destes como resultado final do processo. ■

Os autores escrevem ao abrigo do novoacordo ortográfico

Portugal 2020 e as PME:só oportunidades?

FRANCISCO HAMILTON PEREIRASenior Manager, EY

Muitas PME verãodefraudadas as suasexpectativas e gorados osseus planos de investimento.

OPINIÃO

OPortugal 2020 trata-se de umAcordo de Parceria entre Portugale a Comissão Europeia que reúne

a atuação dos cinco Fundos EuropeusEstruturais e de Investimento - FEDER,Fundo de Coesão, FSE, FEADER eFEAMP - no qual se definem os princípiosde programação que consagram a políticade desenvolvimento económico, social eterritorial para promover Portugal até 2020.Os princípios de programação estãoalinhados com o Crescimento Inteligente,Sustentável e Inclusivo, prosseguindo aEstratégia da Europa 2020. O Portugal2020 sucede o anterior Quadro deReferência Estratégica Nacional (QREN),que esteve em vigor até 2013.Estão disponíveis para Portugal até 202025 mil milhões de Euros em FundosComunitários, que serão atribuídos a 16programas operacionais, temáticos eregionais, sendo que o programa com

maior dotação é o da “Competitividadee Internacionalização”, 4,4 mil milhõesde euros, destinados às empresas. Serãofinanciados projetos na área da inovação,Investigação e DesenvolvimentoTecnológico até 75% e projetosde Qualificação e Internacionalizaçãodas PME’s até 45% não reembolsável(“fundo perdido”).Foi desenvolvida uma plataformaeletrónica (Balcão 2020), simplificando oprocesso de entrega e acompanhamentodas candidaturas pelas empresas, sendouma inovação em relação ao anteriorQuadro. Adicionalmente, está já disponíveluma calendarização de todos osconcursos que irão abrir até 2016 nosdiversos programas temáticos existindoainda na regulamentação umaresponsabilização da decisão daaprovação pelas entidades competentes,sendo para as empresas uma mais-valia

nas suas decisões de investimento.Previamente à formalização dacandidatura dever-se-á fazer-se umaanálise estruturada da estratégia e definiro plano de investimentos, por formaa enquadrar nas diferentes tipologiasde apoio. Além do habitual processo decandidatura, do qual é parte integrante oplano estratégico, o plano de marketing e oplano de viabilidade económico-financeira,o Portugal 2020 traz uma novidadeno que respeita ao acompanhamento dosprojetos: uma orientação muito concretapara resultados, que são inclusivecontratualizados e monitorizados.O Grupo Moneris, através da sua linhade serviço de Apoios e Incentivos reúneas valências técnicas necessáriaspara o apoio em todo este processo,desde o momento da definição daestratégia até ao momento da aferiçãodo cumprimento de resultados. ■

Uma oportunidade de investimento para as empresas

STÉPHANIE PINTODirectora Comercial, Apoios

e Incentivos do grupo Moneris

O Portugal 2020traz uma orientaçãomuito concretapara resultados, quesão contratualizadose monitorizados.

OPINIÃO OPINIÃO

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XXXVIII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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Competitividadee Internacionalização

POCI - Programa Operacionalda Competitividadee Internacionalização

✦ Sistema de ApoioAcções colectivas“Internacionalização”Data de início: 03-07-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 orientações e ajuda à submissão decandidaturasAVISO POCI-52-2015-02

NORTE - ProgramaOperacional Regional do Norte

✦ Sistema de Apoioà Investigação científicatecnológica “ProjectosEstruturados de I&D&I”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . Orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. Orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]. Orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]. Orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [4]AVISO NORTE-45-2015-02

✦ Sistema de Apoio às AcçõesColectivas “Transferênciade Conhecimento Científicoe Tecnológico”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . Orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]AVISO NORTE-46-2015-03

✦ Sistema de Apoio às AcçõesColectivas “Promoçãodo Espírito Empresarial”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]AVISO NORTE-51-2015-04

✦ Sistema de Apoioàs Acções Colectivas“Internacionalização”Data de início: 01-07-2015

Data de encerramento: 06-08-2015 . orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]AVISO NORTE-52-2015-05

✦ Sistema de Apoio às AcçõesColectivas para Territóriosde Baixa Densidade“Internacionalização”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]AVISO NORTE-52-2015-07

✦ Sistema de Apoio às AcçõesColectivas - “Qualificação”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]AVISO NORTE-53-2015-06

✦ Sistema de Apoio às AcçõesColectivas para Territóriosde Baixa Densidade“Qualificação”Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 06-08-2015 . orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [1]. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [2]

. orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturas [3]AVISO NORTE-53-2015-08

ALENTEJO 2020 - ProgramaOperacional Regionaldo Alentejo

✦ Sistema de Apoio a Acçõescolectivas - Transferênciade Conhecimento Científicoe TecnológicoData de início: 03-07-2015| Data de encerramento: 14-08-2015 AVISO ALT20-46-2015-05

✦ Sistema de apoio a Acçõescolectivas - Promoçãodo espírito empresarialData de início: 03-07-2015ata de encerramento: 14-08-2015 AVISO ALT20-51-2015-04

✦ Sistema de Apoio a Acçõescolectivas -InternacionalizaçãoData de início: 03-07-2015 Data de encerramento: 14-08-2015 AVISO ALT20-52-2015-02

✦ Sistema de Apoio a Acçõescolectivas - QualificaçãoData de início: 03-07-2015 Data de encerramento: 1 4-08-2015 AVISO ALT20-53-2015-03

ALG - Programa OperacionalRegional do Algarve

✦ Sistema de apoio a Acçõescolectivas -InternacionalizaçãoData de início: 01-07-2015

Data de encerramento: 31-08-2015 AVISO ALG-52-2015-01

✦ Sistema de apoio a Acçõescolectivas -Internacionalização(Baixa Densidade)Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO ALG-52-2015-02

✦ Sistema de apoio a Acçõescolectivas - Qualificação(Baixa Densidade)Data de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO ALG-53-2015-03

ACORES - ProgramaOperacional Regionaldos Açores

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Aumentara produção científicade qualidade e orientada paraa especialização inteligenteData de início: 16-07-2015 Data de encerramento: 13-09-2015 AVISO ACORES-45-2015-25

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Promover oempreendedorismo qualificadoe criativo, enquanto potencialde inovação e regeneração dostecidos económicos sectoriaise regionais - Acções colectivasData de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 30-06-2017 · orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturasAVISO ACORES-51-2015-21

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Reforçara capacitação empresarialdas empresas regionaispara a competitividade -Acções colectivasData de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 30-06-2017 orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturasAVISO ACORES-53-2015-22

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Reduziros custos de contexto atravésdo reforço da disponibilidadee fomento da utilizaçãoe serviços em rededa administração públicae melhorar a eficiênciada administraçãoData de início: 22-06-2015

Os avisos mais recentesOrganizados por domínio temático e programas

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XL Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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DA Data de encerramento: 31-12-2018

AVISO ACORES-50-2015-16

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Reforçara capacitação empresarialvisando a aberturadas empresas regionaisaos mercados exteriores- Acções colectivasData de início: 22-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 · orientações e Ajuda à Submissão deCandidaturasAVISO ACORES-52-2015-17

✦ Convite para Apresentaçãode Candidaturas - Aumentaros fluxos e os movimentosde mercadorias e passageiros,utilizando o sistema aéreoe marítimoData de início: 23-03-2015Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO ACORES-57-2015-15

✦ Convite para Apresentaçãode Candidaturas - Aumentara eficiência e a segurançana mobilidade terrestre demercadorias e de passageirosData de início: 23-03-2015Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO ACORES-56-2015-14

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Sistemade Incentivos para aCompetitividade Empresarial –Empreendedorismo Qualificadoe Criativo nos AçoresData de início: 09-02-2015Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO ACORES-51-2015-04

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Sistemade Incentivos paraa Competitividade Empresarial– Qualificação e Inovaçãonos AçoresData de início: 09-02-2015 Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO ACORES-53-2015-05

✦ Concurso para Apresentaçãode Candidaturas - Sistemade Incentivos para aCompetitividade Empresarial –Desenvolvimento Local eFomento da Base Económicade Exportação nos AçoresData de início: 09-02-2015 Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO ACORES-54-2015-06

MADEIRA 14-20 - ProgramaOperacional Regionalda Madeira

✦ VALORIZAR 2020 - Sistemade Incentivos à Valorizaçãoe Qualificação Empresarial daRegião Autónoma da MadeiraData de início: 13-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2020

AVISO M1420-53-2015-20

✦ Equipamentose infraestruturas científicasde Interesse EstratégicoData de início: 04-06-2015Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-45-2015-03

✦ Investigação científicae desenvolvimento tecnológicoData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-45-2015-04

✦ Disseminação de resultadosno âmbito da participaçãoem Projectos de I&Dfinanciados pela EUData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-45-2015-05

✦ Digitalizaçãoe disponibilização de serviçosonlineData de início: 04-06-2015|Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-50-2015-06

✦ Disponibilização de serviçoselectrónicos, em pontos únicos,para atendimento e/oucomunicação internaData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-50-2015-07

✦ Projectos integrados quereduzam os custos de contextoe encargos administrativos acidadãos e agentes económicosData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-50-2015-08

✦ Acções colectivas deestímulo ao empreendedorismoData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-51-2015-09

✦ Acções colectivas dedemonstração, sensibilizaçãoe difusão de boas práticaspara o empreendedorismoData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018AVISO M1420-51-2015-10

✦ Acções colectivasde estímulo àinternacionalizaçãoData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-52-2015-11

✦ Acções colectivasde disseminaçãode boas práticaspara a Qualificação e Inovaçãodas PMEData de início: 04-06-2015 Data de encerramento: 31-12-2018 AVISO M1420-53-2015-13

✦ Empreender 2020 - Sistemade Incentivos aoEmpreendedorismo da RegiãoAutónoma da MadeiraData de início: 13-05-2015 Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO M1420-51-2015-02

✦ Internacionalizar 2020 -Sistema de Incentivos àInternacionalização dasEmpresas da Região Autónomada MadeiraData de início: 27-03-2015 Data de encerramento: 31-12-2020 AVISO M1420-52-2015-01

PDR20 - Programade Desenvolvimento Ruraldo Continente

✦ Operação 3.2.2- PequenosInvestimentos na ExploraçãoAgrícolaData de início: 06-07-2015 Data de encerramento: 31-07-2015 AVISO PDR20-82-2015-02

✦ Operação 3.2.1 -Investimentos na ExploraçãoAgrícolaData de início: 06-07-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO PDR20-82-2015-05

✦ Operação 3.3.2 -Pequenos Investimentosna Transformaçãoe Comercializaçãode Produtos AgrícolasData de início: 06-07-2015 Data de encerramento: 31-07-2015 AVISO PDR20-83-2015-02

✦ Operação 3.3.1 -Investimentos naTransformação eComercializaçãoData de início: 06-07-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO PDR20-83-2015-03

✦ Acções de InformaçãoData de início: 26-06-2015 Data de encerramento: 31-08-2015 AVISO PDR20-79-2015-01

✦ Acção 3.1 - JovensAgricultoresData de início: 01-05-2015 Data de encerramento: 31-10-2015 AVISO PDR20-81-2015-02

✦ Operação 3.2.1 -Investimentosna Exploração Agrícola -Jovens AgricultoresData de início: 01-05-2015 Data de encerramento: 31-10-2015 AVISO PDR20-82-2015-04

SAICT - Sistema de Apoioà Investigação Científicae Tecnológica

✦ Convite para Apresentaçãode Candidaturas - Sistema deApoio à Investigação Científicae Tecnológica (SAICT)Data de início: 30-06-2015Data de encerramento: 31-07-2015 AVISO SAICT-45-2015-02

✦ Convite paraApresentação de Candidaturas- Sistema de Apoio àInvestigação Científica eTecnológica (SAICT) -Programas Integradosde IC&DT- Individuaise em CopromoçãoData de início: 12-06-2015 Data de encerramento: 31-07-2015 AVISO SAICT-45-2015-01

SI - Sistema de Incentivos

✦ Sistema de Incentivos"EmpreendedorismoQualificado e Criativo"Data de início: 14-07-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-51-2015-21

✦ Sistema de Incentivos"EmpreendedorismoQualificado e Criativo" -Territóriosde Baixa DensidadeData de início: 14-07-2015Data de encerramento: 30-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-51-2015-24

✦ Sistema de Incentivos"Internacionalização das PME"- Projectos localizados emterritórios de Baixa DensidadeData de início: 1 4-07-2015 Data de encerramento: 18-09-2015 .Orientações/AjudaàsubmissãodecandidaturasAVISO SI-52-2015-22Pa

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XLII Diário Económico Quarta-feira 22 Julho 2015

GUIA DAS PME: PORTUGAL 2020

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DA ✦ Aviso N.º 23/SI/2015 -

Sistema de Incentivos"Qualificação das PME" -Projectos localizados emterritóriosde Baixa DensidadeData de início: 14-07-2015 Data de encerramento: 18-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-53-2015-23

✦ Aviso N.º 25/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Inovação Produtiva" -Projectos localizados emterritóriosde Baixa DensidadeData de início: 14-07-2015Data de encerramento: 30-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-53-2015-25

✦ Protecção de Direitos daPropriedade Industrial -Projectos IndividuaisData de início: 03-07-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturas [1]. Orientações/Ajuda à submissão decandidaturas [2]AVISO SI-47-2015-17

✦ Aviso nº 19/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Internacionalizaçãodas PME"Data de início: 02-07-2015Data de encerramento: 18-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-52-2015-19

✦ Aviso nº 18/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Qualificação PME"Data de início: 02-07-2015Data de encerramento: 18-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-53-2015-18

✦ Aviso nº 20/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Inovação Produtiva"Data de início: 02-07-2015Data de encerramento: 30-09-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-53-2015-20

✦ Aviso N.º 16/SI/2015 -Sistema de Incentivosà Investigaçãoe DesenvolvimentoTecnológico - ProjectosIndividuaisData de início: 01-07-2015 Data de encerramento: 31-08-2015 ·. Orientações/Ajuda à submissão decandidaturas [1]. Orientações/Ajuda à submissão decandidaturas [2]AVISO SI-47-2015-16 [1]AVISO SI-47-2015-16 [2]

✦ Aviso N.º 15/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Qualificação das PME" - ValeInovaçãoData de início: 15-05-2015Data de encerramento: 31-03-2016 AVISO SI-53-2015-15

✦ Aviso N.º 12/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Investigação eDesenvolvimento Tecnológico"- Vale I&DData de início :15-05-2015 Data de encerramento: 31-03-2016 AVISO SI-47-2015-12

✦ Aviso N.º 13/SI/2015-Sistema de Incentivos"EmpreendedorismoQualificado e Criativo" - ValeEmpreendedorismoData de início: 15-05-2015 Data de encerramento: 31-03-2016 AVISO SI-51-2015-13

✦ Aviso N.º14/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Internacionalização PME" -Vale InternacionalizaçãoData de início: 15-05-2015 Data de encerramento: 31-03-2016 AVISO SI-52-2015-14

✦ Aviso N.º 11/SI/2015 -Internacionalização de I&D -Projectos IndividuaisData de início: 28-04-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO SI-46-2015-11

✦ Aviso N.º 07/SI/2015 -Sistema de Incentivos àInvestigação eDesenvolvimento Tecnológico -Projectos em RegimeContratual de Investimento(Projectos em co-promoção)Data de início: 30-03-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 . Orientações/Ajuda à submissão decandidaturasAVISO SI-47-2015-07

✦ Aviso N.º 02/SI/2015 -Sistema de Incentivos àInvestigação eDesenvolvimento Tecnológico -

Projectos em RegimeContratual de InvestimentoData de início: 17-03-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO SI-47-2015-02

✦ Aviso N.º 01/SI/2015 -Sistema de Incentivos"Inovação Produtiva" -Projectos em RegimeContratual de InvestimentoData de início: 17-03-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO SI-49-2015-01

Estratégias

SI - Sistema de Incentivos

✦ Pedido de acreditação deentidades para a prestação deserviços no âmbito dosProjectos simplificados – Vales.Data de início: 07-05-2015 Data de encerramento: 31-12-2015 AVISO SI-99-2015-12

Assistência Técnica

POCI - Programa Operacionalda Competitividadee Internacionalização

✦ Convite à Apresentação deCandidatura ao Eixo IV -Assistência Técnica doCOMPETE 2020 - IAPMEIData de início: 1 7-07-2015 Data de encerramento: 21-08-2015 ·AVISO POCI-77-2015-01

✦ Convite à Apresentação deCandidatura ao Eixo IV -Assistência Técnica doCOMPETE 2020 - AICEPData de início: 17-07-2015 Data de encerramento: 21-08-2015 ·AVISO POCI-77-2015-02

✦ Convite à Apresentação deCandidatura ao Eixo IV -

Assistência Técnica doCOMPETE 2020 - ANIData de início: 17-07-2015 Data de encerramento: 20-08-2015 ·AVISO POCI-77-2015-03

✦ Convite à Apresentaçãode Candidatura ao Eixo IV -Assistência Técnicado COMPETE 2020 - Turismode PortugalData de início: 17-07-2015 Data de encerramento: 21-08-2015 ·AVISO POCI-77-2015-04

Inclusão sociale emprego

POISE - ProgramaOperacional da Inclusão Sociale Emprego

✦ Estágios Internacionaisde Jovens Quadros - INOVContactoData de início: 30-06-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-20-2015-11

✦ Vida Activa IEJData de início: 30-06-2015|Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-20-2015-14

✦ Vida Activapara desempregadosData de início: 30-06-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 ·AVISO POISE-24-2015-13

✦ Vida Activa para DLD(desempregados de longaduração)Data de início: 30-06-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-31-2015-15

✦ Estágios para adultosData de início: 29-05-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-18-2015-03

✦ Apoios à contrataçãopara adultosData de início :29-05-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-18-2015-06

✦ Estágios Iniciativa EmpregoJovemData de início : 29-05-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-20-2015-04

✦ Emprego Jovem AtivoData de início: 29-05-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-20-2015-05

✦ Apoios à contrataçãoIniciativa Emprego JovemData de início: 29-05-2015 Data de encerramento: 30-09-2015 AVISO POISE-20-2015-07

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