caderno dia do trabalho

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QUARTA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2013

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Zero Hora publicou, em 1º de maio, o caderno especial Dia do Trabalho. O suplemento, que circulou na tiragem dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Centro-POA, destacou aspectos históricos relacionados à data, além de trazer números sobre a geração de empregos na região, dicas para o primeiro emprego e a programação do feriado, entre outros temas. A edição e diagramação foi trabalho da Agência Nakao. Clique aqui ou na imagem para visualizar o caderno na íntegra.

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Page 1: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 de MaiO de 2013

Page 2: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 De maio De 20132

EXPEDIENTE

Informe Comercial - AutoEstrada: este caderno circula encartado em Zero Hora na tiragem regional dos Vales do rio Pardo e taquari e Centro POa. Editor colaborador: Jansle appel Junior - MtB 15.066 - Diagramador colaborador: douglas rafael da Silva - NakaoPara anunciar ou sugestões, ligue: Comercial Santa Cruz do Sul. fone: (51) 3715.7345

Data nasceu da luta por redução da jornadaDia Do Trabalho

O Dia do Trabalho, co-

memorado no Brasil

e em várias partes

do mundo em 1º de

maio, é uma homenagem a uma

greve ocorrida na cidade de Chica-

go (EUA) em 1886. A data foi mar-

cada pela reunião de milhares de

trabalhadores que reivindicavam a

redução da jornada de trabalho de

13 para oito horas diárias.

Dias depois, em 4 de maio de

1886, outro ato ocorreu em Chica-

go e resultou na morte de policiais

e manifestantes (imagem). O even-

to também foi um dos originários

do Dia do Trabalho e ficou conhe-

cido como Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, em 1889, o

Congresso Internacional Socialista

realizado em Paris adotou como

resolução a organização anual,

em 1º de maio, de manifestações

operárias por todo o mundo, em

favor da jornada máxima de oito

horas de trabalho.

No ano seguinte, milhões de

trabalhadores da Alemanha, Áus-

tria, Hungria, Espanha, Estados

Unidos, entre outros países, fi-

zeram valer as decisões do Con-

gresso de 1889. O dia 1º de maio

foi marcado por uma greve geral,

quando operários desfilaram pelas

ruas de suas cidades para mostrar

apoio à causa trabalhista. O dia

passou a ser chamado de “Dia do

Trabalho” e passava a comprovar

o poder de organização dos traba-

lhadores em âmbito internacional.

No braSilA chegada dos imigrantes

europeus ao Brasil trouxe ideias

sobre princípios organizacionais

e leis trabalhistas, já implantadas

da Europa. Os operários brasileiros

começaram a se organizar. Em

1917 aconteceu a Greve Geral,

que parou indústria e comércio

brasileiros. A classe operária se

fortalecia e, em 1924, o dia 1º de

maio foi decretado feriado nacional

pelo presidente Artur Bernardes.

Mesmo tendo sido declarado

feriado no Brasil, até o início da Era

Vargas o 1º de maio era considera-

do um dia de protestos operários,

marcado por greves e manifesta-

ções. A propaganda trabalhista de

Getúlio Vargas habilmente passou

a escolher a data para anunciar

benefícios aos trabalhadores, po-

pularizando-a. Desta forma, o dia

não mais era caracterizado apenas

por protestos, e sim comemorado

com desfiles e festas populares.

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od

uçã

o

fonte: portal brasil

Page 3: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 de MaiO de 2013 3

Feriado será marcado por atividades nos ValesCoMEMoraÇÕES

Como presente aos tra-

balhadores pela pas-

sagem da data, vários

municípios da região

dos Vales do Rio Pardo e Taquari

promoverão atividades hoje. Em

Santa Cruz do Sul, a Administração

Municipal realiza a nona edição do

Parque do Trabalhador, no Parque

da Oktoberfest.

Com entrada gratuita, o evento

tem uma programação extensa,

buscando momentos de lazer e

integração entre os trabalhadores

e suas famílias. Durante o dia, o

parque irá receber mateada, feira

de artesanato, exposições, recre-

ação infantil, serviços de saúde e

atrações musicais, com shows de

Fandangaço, Muleques do Samba

(foto), Fabiano Fontoura & Banda,

Dodo & Fabio Lemos, além da

Banda Marcial do Sesi e do corpo

de danças do Open Extreme Brasil.

Durante o Parque do Traba-

lhador também será lançada a

Campanha do Agasalho 2013, pro-

movida pela Câmara de Dirigentes

Lojistas (CDL) de Santa Cruz do

Sul e Secretaria Municipal de In-

clusão, Desenvolvimento Social e

Habitação. A campanha irá sortear

prêmios entre as pessoas que rea-

lizarem doações até o fim de maio.

Em Venâncio Aires, os sindica-

tos prepararam uma programação

especial para o Dia do Trabalho. Um

sorteio de prêmios no pavilhão São

Sebastião Mártir será promovido

pelo Sindicato dos Trabalhadores

das Indústrias do Fumo, Alimen-

tação e Afins de Venâncio Aires

(STIFumo). Podem participar os

associados, que precisam levar o

panfleto com número para colocar

na urna.

A entidade ligada aos trabalha-

dores das indústrias da construção

civil e do mobiliário vai realizar

um evento em Sobradinho, pois

o município é atendido pelo sin-

dicato venâncio-airense. Haverá

uma confraternização e jogos de

futebol. Os comerciários, por sua

vez, confraternizarão em Santa

Cruz do Sul, com um torneio de

futebol. Já os metalúrgicos terão

um jantar-baile no próximo sábado,

no salão de exposições do Parque

do Chimarrão.

No Vale do Taquari, a Adminis-

tração Municipal de Encantado, por

intermádio da Secretaria da Juven-

tude, Desporto e Turismo, promove

hoje um passeio ciclístico, com

saída do Parque Multiesportivo.

O roteiro segue por diversas ruas,

com acompanhamento da Brigada

Militar para garantir a segurança

dos participantes. A concentração

está marcada para as 9 horas,

com aquecimento orientado pelos

monitores do Programa Viver Bem.

Haverá paradas para água, com

sorteio de brindes.

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Page 4: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 De maio De 20134

Safra do setor industrial impulsionanúmeros em Santa Cruz e Venâncio aires

GEraÇÃo DE EMPrEGo

Santa Cruz do Sul é a

segunda cidade com

maior criação de em-

pregos no Rio Grande

do Sul, de acordo com os dados do

Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados (Caged), divulga-

dos pelo Ministério do Trabalho. A

cidade está atrás apenas de Porto

Alegre – com 4, 5 mil novos postos

de trabalho criados em março. A

indústria do fumo, carro-chefe da

economia local, é o setor onde

surge o maior número de oportu-

nidades. Em março, pelo menos

3 mil pessoas foram contratadas,

representando 8,01% das vagas

no Estado.

Nos três primeiros meses do

ano, Santa Cruz gerou 5.468

empregos, número que põe o mu-

nicípio como oitavo neste quesito

entre todas as cidades brasileiras. A

vizinha Venâncio Aires, pelas mes-

mas razões, aparece igualmente

bem ranqueada, na 14ª posição,

com 4.376 vagas geradas entre

janeiro e março de 2013, conforme

os registros do Caged.

Segundo o estudo, o Rio Grande

do Sul é o segundo maior Estado

com geração de empregos, ficando

atrás apenas de São Paulo. Em

Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires,

a maioria dos novos empregados

é formada por temporários, que se

deslocam para a região no período

de safra do fumo. Alguns profissio-

nais são contratadas após os seis

meses de trabalho. Em uma só em-

presa fumageira, por exemplo, pelo

menos 2 mil novos trabalhadores

ingressaram nos últimos meses.

Cerca de 70% deles retornam às

atividades a cada novo período.

Somente no setor de destala

manual, onde é feita a retirada do

talo da folha do tabaco, a cada

turno 150 pessoas desenvolvem

as atividades na companhia. Para

o Secretário de Desenvolvimento

Econômico, Turismo, Ciência e

Tecnologia de Santa Cruz, Cé-

sar Cechinato, as oportunidades

ref letem consideravelmente no

desenvolvimento econômico. “Isso

reforça a atividade comercial e de

prestação de serviços. Ou seja, é

um forte agregador de renda no

nosso comércio e na economia

como um todo”.

A peculiar característica de ge-

ração de empregos temporários da

região, porém, se reflete negativa-

mente após o fim da safra, quando

ocorre o período de dispensas da

indústria. Neste caso, Santa Cruz e

Venâncio Aires acabam figurando

também no topo do ranking de

demissões. Levando estes fatores

em consideração, para f ins de

avaliação, é considerado o saldo

entre o número de contratações e

demissões, que nos últimos anos

tem sido positivo – demonstrando

que mais trabalhadores têm sido

absorvido de forma definitiva pela

indústria.

braSilNo Brasil, a criação de empre-

gos com carteira assinada em mar-

ço somou 112,4 mil vagas, segundo

o Ministério do Trabalho. É o maior

resultado para o mês desde março

de 2010, quando foram criadas

266,4 mil empregos. Mesmo assim,

o desempenho é apenas 0,63%

maior que no mesmo período do

ano passado, o que sugere uma

recuperação ainda tímida da eco-

nomia.

A indústria de transformação

também teve o melhor março dos

últimos três anos, ao gerar 25.790

novas vagas. No entanto, o setor

de serviços foi o que puxou a

recuperação do emprego no mês

passado, totalizando 61.349 novos

postos de trabalho. “O emprego

do futuro é o setor de serviços”,

afirmou o ministro do Trabalho,

Manoel Dias. Ele ainda disse que

está mantida a meta de geração

líquida de empregos formais de 1,7

milhão até o fim do ano.

No Rio Grande do Sul, a geração

de empregos com carteira assinada

foi a segunda melhor em dez anos

para o mês de março. O Estado

criou, em 2013, 28.104 vagas ce-

letistas no mercado de trabalho e

só não bateu recorde porque não

conseguiu superar o resultado

obtido em março de 2010 – 28.254

empregos formais. Os dados foram

divulgados pelo Cadastro Geral de

Empregados e Desempregados

(Caged) do Ministério do Trabalho.

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Page 5: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 de MaiO de 2013 5

Noz pecan: uma nova opção na agricultura

oPorTUNiDaDES No CaMPo

A produção de noz pecan

tornou-se uma nova

e boa opção como

fonte de geração de

emprego, renda e motivação para a

permanência do homem no campo,

uma vez que esta cultura contribui

para agregar valor às propriedades,

sejam elas desenvolvidas dentro do

sistema de agricultura familiar ou do

agronegócio.

Esta cadeia produtiva encontrou

um nicho de mercado totalmente

carente, no qual a produção da

fruta é absolutamente insuficiente

para abastecer a demanda na-

cional, visto que o País importa

hoje cerca de 90% do produto

que consome. Este fato também

vem estimulando muitos produto-

res locais, regionais, estaduais e

nacionais a investir nesta cultura,

visando a agregar valor às suas

propriedades, bem como planejar o

futuro de seus filhos e netos. Estes

produtores desejam que seus her-

deiros permaneçam no campo sob

a ótica de uma propriedade produ-

tiva, lucrativa e sustentável, onde

se possam colher bons frutos da

terra sem agredir o meio ambiente

e o ser humano, e não mais sob a

visão de que o campo é sinônimo

de atraso, como foi estigmatizado

nas últimas décadas.

A grande vantagem para o

produtor que se dispõe a investir

nesta cultura diz respeito aos ren-

dimentos. O investimento inicial gira

em torno de R$ 5 a R$ 7 mil por

hectare e a produção pode render

entre R$ 15 a R$ 18 mil/ha por ano

em sua fase produtiva, quando

atinge a estabilidade, e sempre

objetivando uma perspectiva de

maior produção a cada ano. Para

estes produtores interessados em

dar início aos seus pomares, estão

disponíveis linhas de crédito via

Programa Nacional de Fortaleci-

mento da Agricultura Familiar (Pro-

naf) e Agricultura de Baixo Carbono

(ABC), com prazo de 12 anos com

carência de até 8 anos.

Para implementar um pomar

de pecan, a orientação e acompa-

nhamento técnico oferecidos pela

Paralelo 30 Sul Agropecuária, de

Cachoeira do Sul, vêm a contribuir

com os agricultores para garantir

a qualidade e alta produtividade.

Com manejo, solo e clima adequa-

dos, um pomar de noz pecan pode

produzir 3 toneladas por hectares.

Em áreas irrigadas, esse volume

supera as 4 toneladas no auge

produtivo, entre o 12º e o 15º anos.

A produção de uma árvore adulta

corretamente implantada varia

entre 20 e 50 quilos na fase adulta.

Um pomar de noz pecan implan-

tado de maneira apropriada garante

produção precoce e longevidade

nas colheitas. A experiência da

empresa demonstra que algumas

árvores começam a produzir com

dois anos, com colheita econômica

a partir do quinto ano de implan-

tação. Por serem perenes, as

nogueiras ultrapassam gerações,

oferecendo estabilidade e rentabi-

lidade para as famílias.

graziela menezes

plantas no veiveiro da paralelo 30 agropecuároa em cachoeira do sul

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Page 6: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 De maio De 20136

Curso de aprendizagem vai qualificar pessoas com deficiência

Programa Crescer legal atua pela erradicação do trabalho infantil

VENÂNCio airES

EDUCaÇÃo

Nos olhos dos alunos

que iniciaram o Cur-

so de Aprendizagem

para Pessoas com

Deficiência (PcDs), na manhã de

9 de março, era possível constatar

di ferentes emoções. Enquan-

to alguns tinham a tradicional

curiosidade do início das aulas,

outros pareciam assustados com

a oportunidade de começar uma

nova fase nas suas vidas, que

vai culminar com a entrada no

mercado de traba lho. A au la

inaugural do curso, uma iniciativa

inédita no setor fumageiro e em

Venâncio Aires, aconteceu numa

das salas do Senai e contou com

a presença, além dos professores

e dos alunos, de colaboradores da

Alliance One e gerência da escola

profissionalizante.

O aluno Jonatas Bruni da Silva,

19 anos, afirmou estar preparado

para qualquer desafio. “Todos

sempre elogiaram o meu esforço

em buscar novas oportunidades

e quero que aconteça o mesmo

aqui”, relatou. Ele também desta-

cou que quer, no final do curso,

segu i r como co laborador da

Alliance One. A mesma expecta-

tiva tem a aluna Fabiane Siqueira

Rolim, 28 anos. “Quero aprender

muito neste curso para ter uma

oportunidade na empresa”, re-

velou. Fabiane é filha da colabo-

radora safrista Elisabete Rosane

Siqueira Rolim, que trabalha na

Destala Manual. Funcionária da

Alliance One há três safras, ela

possui outra f ilha que também

está inscrita no curso.

Os alunos, candidatos às va-

gas de auxiliar de Linha de Pro-

dução, foram divididos em duas

turmas de 12 pessoas, com as

aulas sendo realizadas nos turnos

da manhã e tarde. O curso terá

duração de 800 horas, divididas

em 400 teóricas no Senai e 400

horas práticas na empresa. Os ou-

tros 20 candidatos vão participar

do Curso de Assistente Adminis-

trativo, com aulas à tarde. Todos

os candidatos possuem alguma

deficiência, seja intelectual, física,

auditiva ou visual, têm mais de 14

anos e são alfabetizados.

MErCaDoO gerente de Recursos Huma-

nos da Alliance One, Vilson Peiter,

fez uma saudação aos alunos

e destacou a parceria entre a

empresa e o Senai na realização

de um curso de preparação para

o mercado de trabalho. “A sequ-

ência disso tudo está nas mãos

de vocês. Aproveitem a opor-

tunidade e sejam bem vindos à

nossa empresa”, ressaltou Peiter.

Antes do início da aula, os alunos

assinaram o contrato de trabalho

com a empresa que vai garantir

o pagamento de salário a todos

como aprendizes.

A gerente de Operações do

Senai, Rafaela Allgayer Pereira

Laimer, ressaltou que o desafio foi

lançado. “É um trabalho especial,

que exige uma atuação diferencia-

da, mas todos estão preparados

para atender as expectativas.

Será grande o aprendizado para

todos”, declarou ela. A pedagoga

Silvania Maria Laissmann, con-

tratada pela Alliance One para

auxiliar na identificação, recruta-

mento, seleção e adaptação dos

PcD’s, frisou que tudo estava den-

tro das expectativas e que muita

gente colaborou para chegar na-

quele momento. “Os funcionários

da empresa e do Senai, os pais,

enfim, muitos foram envolvidos

para conseguir os documentos

necessários e tornar realidade

o curso”. Silvania também disse

que agora é o aluno que precisa

entender a proposta para tirar

proveito do conhecimento para

usar na prática do seu dia a dia.

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via

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ação

four comunicação

turma na aula inaugural do curso de aprendizagem promovido no senai

Em seu segundo ano de ativi-

dades, o Programa Crescer Legal,

iniciativa do Sindicato Interestadual

da Indústria do Tabaco (SindiTa-

baco), empresas associadas e a

Associação dos Fumicultores do

Brasil (Afubra), foi aceito como

membro do Fórum Estadual de Pre-

venção e Erradicação do Trabalho

Infantil e Proteção ao Adolescente

Trabalhador do Rio Grande do Sul.

Desde o fim de março, o programa

é representado nas reuniões do

Fórum pelo consultor Evânio Rosa-

do. As plenárias são realizadas em

Porto Alegre.

“Desde 1998 trabalhamos com

a temática do combate ao trabalho

infantil. Na época o Programa O

Futuro é Agora!, embrião do atual

Programa Crescer Legal, semeou

uma nova consciência no campo:

a de adotar medidas que previnam

e combatam todas as formas de

trabalho de menores de 18 anos

na cultura do tabaco. Já estamos

colhendo resultados positivos e

vamos continuar trabalhando no

sentido de erradicar completamente

o trabalho infantil deste importante

segmento do agronegócio”, afirma

o presidente do SindiTabaco, Iro

Schünke.

Em 1998 o Programa O Futuro

é Agora!, foi lançado como uma

iniciativa pioneira do setor de ta-

baco do Sul do Brasil, por meio

do SindiTabaco (na época ainda

chamado Sindifumo), empresas

associadas e Afubra, com o objetivo

de combater o trabalho de crianças

e adolescentes na cultura do tabaco

e incentivar a educação dos filhos

dos produtores.

O Futuro é Agora! esteve focado

no engajamento e conscientização

dos produtores, informando-os

sobre a legislação e no incentivo à

educação dos filhos dos produtores.

As empresas associadas ao Sindi-

Tabaco instituíram projetos sociais

voltados a escolas que atendem

filhos de produtores de tabaco,

cujas atividades contemplam jor-

nada escolar ampliada, promoção

cultural, inclusão digital e esporte.

Em 2008, O Futuro é Agora! foi

ampliado com a criação de uma

rede social composta por agentes

públicos e privados e representan-

tes do setor de tabaco, para debater

e fortalecer ações de prevenção e

combate ao trabalho de crianças e

adolescentes.

EVolUÇÃoEm mais de doze anos de atu-

ação, as ações do Programa O

Futuro é Agora! alcançaram mais

de 180 mil produtores de tabaco

da região Sul do Brasil, que hoje

estão conscientes sobre os direitos

das crianças e adolescentes e a

importância da educação de seus

filhos. Considerando os resultados

alcançados pelo Programa O Futuro

é Agora!, a nova legislação vigente

e o amadurecimento do tema junto

aos produtores, demais agentes do

setor e da sociedade, foi estruturado

um planejamento estratégico basea-

do em valores e missão atualizados

à nova realidade que se apresenta.

Esta nova estrutura ampliou ho-

rizontes em relação ao Programa O

Futuro é Agora!, atingindo de forma

mais consistente o jovem rural, além

de manter ações voltadas às crian-

ças. Todo este crescimento e ama-

durecimento demandou também

nova denominação e identidade ao

Programa, que passou a se chamar

Crescer Legal.

andreoli msl

Page 7: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 de MaiO de 2013 7

O Sindicato dos Tra-

balhadores nas In-

dústrias do Fumo e

Alimentação (Stifa)

de Santa Cruz do Sul e Região

completa 65 anos em 2013, cons-

tituindo-se como uma das mais

importantes, representativas e

organizadas entidades de traba-

lhadores da região. Atualmente,

atende os municípios de Santa

Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol,

Sinimbu, Sobradinho, Candelária e

Gramado Xavier, oferecendo aos

assistidos serviços de saúde com

médicos (clínica geral, ginecologia

e pediatria, além de convênios com

especialistas), enfermagem, odon-

tologia, fisioterapia, acupuntura e

nutricionistas; assistência jurídica

e contábil.

O Stifa, porém, mantém sua

vocação como entidade de classe,

atuando fortemente na intermedia-

ção de acordos coletivos com as

indústrias. No período de safra, sua

representação se estende a cerca

de 13 mil trabalhadores. Esta luta

nasceu em 1948, quando um gru-

po de empregados da Companhia

Brasileira de Fumos em Folha, hoje

Souza Cruz, fundou a Associação

Profissional dos Trabalhadores nas

Indústrias do Fumo. Foi esse grupo

que, em 15 de outubro de 1948,

recebeu a representatividade de

Sindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias do Fumo de Santa Cruz.

A denominação atual foi insti-

tuída em 1959, quando passou a

atender não só os profissionais do

fumo, mas também das demais

empresas do setor de alimentação.

Em 1965, efetivou a construção

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lgaç

ão

sede atual do stifa recebeu mais de 24 mil pessoas para atendimento em 2012pacheco: “orgulha santa cruz”

Stifa representa trabalhadores do fumo e alimentação há 65 anos

SiNDiCaliSMo

SErViÇoS Para oS TrabalhaDorES

da sede própria, na Rua Fernando

Abott esquina com a Rua Roberto

Hartungs. Além do auditório, pas-

sou a oferecer um salão de festas,

duas salas de cursos, uma sala de

reuniões, três consultórios médi-

cos, um consultório odontológico,

um gabinete para o presidente, três

salas de espera e uma farmácia.

Além da preocupação de se ter

um espaço mais adequado à pres-

tação de serviços ao trabalhador,

o sindicato sempre se envolveu na

qualificação de seus profissionais.

Com este objetivo, na década de

1960, membros da diretoria parti-

ciparam de um curso de formação

sindical nos Estados Unidos. Outro

passo importante iniciado nesse

período se deu na assembleia do

dia 18 de outubro de 1963, em que

se discutiu a finalidade de fundação

da Federação Nacional dos Traba-

lhadores na Indústria do Fumo. O

movimento foi realizado em con-

junto com os demais sindicatos do

setor no País e tornou-se realidade

apenas em 1992.

Atualmente o Stifa é presidido

por Sérgio Luiz Pacheco, tendo

como vice Renê da Rosa. Em 2012,

mais de 24 mil pessoas, entre tra-

balhadores e dependentes, idosos

e gestantes (que integram progra-

mas específicos), foram atendidas

diretamente na entidade. “Toda

esta estrutura tem, ao longo dos 65

anos, garantido aos trabalhadores

e seus dependentes a tranquili-

dade de poder contar com uma

entidade forte e representativa que

orgulha Santa Cruz do Sul”, afirma

Pacheco.

• Serviços médicos (clínica geral, genecologia e pediatria, com atendi-

mento na sede, além de convênios com outros especialistas)

• Serviços odontológicos

• Enfermagem

• Fisioterapia/acupuntura

• Nutricionistas

• Convênios diversos

• Imposto de Renda de pessoa Física

• Cálculo de tempo de serviço

Page 8: Caderno Dia do Trabalho

QUarta-feira, 1 De maio De 20138

Mulheres representam mais de 70% dos estagiários no brasil

PorTa DE ENTraDa

Os cursos mais procu-

rados para estágio e

também um perfil dos

jovens que alcançam

uma vaga para estagiar foram

apresentados no levantamento

realizado pelo Ciee-RS referente

ao ano de 2012. De acordo com

os dados divulgados, as mulheres,

durante o ensino médio e o ensino

superior, representam 71% do total

de colocações no mundo do traba-

lho, contra 29% de homens.

Quando se trata de estágios

para educação profissional (cur-

so técnico) do ensino médio, o

percentual de estudantes do sexo

masculino em estágios é um pouco

mais elevado, chegando a 33%.

Nesse caso, as mulheres integram

67% das colocações. O cenário

tem pequena variação no Ensino

Superior: 28% das vagas em está-

gio são preenchidas por homens e

72% são ocupadas por mulheres.

Os resultados percentuais da pes-

quisa são praticamente os mesmos

se comparados com os levantados

em 2011.

Cinco cursos da educação

profissional são responsáveis por

mais de 75% do aproveitamento

de jovens em estágios. São eles

os técnicos em Administração

com 28%, Magistério (16%), Con-

tabilidade (12%), Enfermagem e

Informática, ambos com 10%. Ou-

tros cursos com boa performance

na colocação de estudantes no

mundo do trabalho são os técni-

cos em Eletrônica (5%), Mecânica

(3%), Segurança do Trabalho (3%),

Agropecuária (2%) e Química (2%).

Quando ingressam no Ensino

Superior, três cursos se destacam,

sendo responsáveis por mais da

metade do aproveitamento de

jovens em estágios – Administra-

ção com 22%, Pedagogia (18%)

e Direito (14%). De acordo com os

dados do CIEE-RS, as Engenha-

rias, com 7%, Educação Física e

Ciências Contábeis, ambas com

5%, também têm boa performance

na colocação de estudantes no

mundo do trabalho.

A novidade desse levantamento

é o crescimento de inscritos no

curso de Comunicação Social. A

participação de futuros jornalistas,

publicitários e relações públicas

recrutados pelo Ciee registrou

4% de inserção no ano passado,

enquanto no levantamento rela-

cionado a 2011 figurava na lista de

outros, sem percentual relevante.

Na pesquisa atual, outros cursos

correspondem a 17%. Arquitetura

e Informática, ambos com 3%,

vêm a seguir no ranking, enquanto

Psicologia corresponde a 2% das

vagas preenchidas.

assessoria ciee-rs

1. Seja conectado. Use as redes sociais a seu favor. Atualize frequen-

temente seu perfil profissional para deixar claro quais são suas áreas de

interesse, seus conhecimentos e atividades.

2. Esteja antenado. Acompanhe os noticiários para desenvolver um

espírito crítico em relação aos fatos. Quanto mais você souber, mais à

vontade você estará para conversar e contribuir.

3. Conheça e selecione a empresa onde você gostaria de trabalhar. Se

ela vai te escolher, você precisa tomar essa decisão antes. Selecione só

empresas com as quais você se identifica para se candidatar, ao invés

de disparar currículo sem critérios.

4. Mantenha coerência na sua vida real e virtual. Mais cedo ou mais

tarde, mentiras são descobertas. Não coloque no seu perfil qualidades que

você não tem. As mentiras criam situações que você não pode resolver.

5. Fique preparado para aprender e colaborar. Um bom estágio abre

muitas portas, especialmente quando você mostra opinião, conhecimento

e vontade. Quanto mais colaborativo for o estagiário, maiores serão as

chances dele se tornar um ótimo funcionário.

6. Demonstre motivação. Criar um blog, uma comunidade ou mesmo

um site com assuntos relacionados à sua carreira indica iniciativa, criati-

vidade e comprometido com o seu futuro.

7. Crie seu diferencial e deixe o mercado saber disso. Cursos de idio-

mas, de gestão e aprendizados voltados à área corporativa são sempre

bem vistos pelos selecionadores de Recursos Humanos.

DiCaS Para UM boM ESTáGio: